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Metrologia e confiabilidade metrológica

Metrologia e confiabilidade metrológica

Carlos Eduardo Cardoso Galhardo


VIM -2012
Metrologia e confiabilidade metrológica

Vocabulário
Internacional de
Metrologia
( VIM-2012 )
VIM -2012
Metrologia e confiabilidade metrológica

http://www.inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/vim_2012.pdf
VIM -2012
Metrologia e confiabilidade metrológica

Este Vocabulário se propõe a ser uma referência comum para cientistas e


engenheiros – incluindo físicos, químicos, cientistas médicos – assim
como professores e técnicos envolvidos no planejamento e na realização
de medições, independentemente do nível de incerteza de medição e do
campo de aplicação. Ele também se propõe a ser uma referência para
organismos governamentais e intergovernamentais, associações
comerciais, organismos de acreditação, agências reguladoras e
associações profissionais.
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• Grandeza - 1.1 (1.1)
Propriedade de um (dum) fenômeno, de um (dum) corpo ou de uma
(duma) substância, que se pode ser expressa quantitativamente sob a
forma de um (dum) número e de uma (duma) referência.
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• Unidade - 1.9 (1.7)
Grandeza escalar real, definida e adotada por convenção, com a qual
qualquer outra grandeza da mesma natureza pode ser comparada
para expressar, na forma dum número, a razão entre as duas
grandezas.
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• valor de uma grandeza 1.19 (1.18)
Conjunto formado por um número e uma referência, que constitui a
expressão quantitativa de uma grandeza.

Exemplos: 1 kg ; 1 Pa; 1 m; 2 N; 3 Pa
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• Sistema Internacional de Grandezas (International System
of Quantities/Système International de grandeurs, ISQ ] -
1.6
Sistema de grandezas baseado nas sete grandezas de base:
comprimento, massa, tempo, corrente elétrica, temperatura
termodinâmica, quantidade de substância e intensidade luminosa.
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Grandeza de base Símbolo da dimensão
comprimento L
massa M
tempo T
corrente elétrica I
temperatura termodinâmica 
quantidade de substância N
intensidade luminosa J
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• Sistema de unidades 1.13 (1.9)
Conjunto de unidades de base e de unidades derivadas, juntamente
com os seus múltiplos e submúltiplos, definidos de acordo com
dadas regras, para um dado sistema de grandezas.
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• Sistema Internacional de Unidades - SI [International
System of Units, SI / Système International d’Unités, SI ]
1.16
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• Sistema Internacional de Unidades - SI [International
System of Units, SI / Système International d’Unités, SI ]
1.16
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• SI – 20 de maio de 2019 – (votado em 16 de Novembro de 2018)
• Quilograma passa a ser definido a partir da Constante de Planck
com valor exato de 6.62607015×10−34 J⋅s(J = kg⋅m2⋅s−2), dado as
definições de metro e segundo.
• Ampere passa a ser definido a partir da carga do elétron com
valor exato de 1.602176634×10−19 C (C = A⋅s), dado a definição
do segundo.
• Kelvin passa a ser definido a partir da Constante de Boltzmann
com valor exato de 1.380649×10−23 J⋅K−1, (J = kg⋅m2⋅s−2), dado a
definição do quilograma, do metro e do segundo.
• Quantidade de substância passa ser definido pelo valor fixo da
constante de Avogadro 6.02214076×1023 unidades elementares. A
constant de Avogadro é expressa em mol-1.
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• SI - 2019
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• mensurando; mensuranda (em Portugal) 2.3 (2.6)

Grandeza que se pretende medir.


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• Medição 2.1 (2.1)
Processo de obtenção experimental de um ou mais valores que
podem ser, razoavelmente, atribuídos a uma grandeza.

NOTA 1: A medição não se aplica a propriedades qualitativas.


NOTA 3: A medição pressupõe uma descrição da grandeza compatível
com a utilização pretendida de um resultado de medição, de um
procedimento de medição e de um sistema de medição calibrado, que
opera de acordo com procedimentos de medição especificados,
incluindo as condições de medição.
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• método de medição 2.5 (2.4)

Descrição genérica da organização lógica de operações utilizadas na


realização de uma medição.
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• procedimento de medição 2.6 (2.5)
Descrição detalhada de uma medição de acordo com um ou mais
princípios de medição e com um dado método de medição, baseada
em um modelo de medição e incluindo qualquer cálculo para se obter
um resultado de medição.
NOTA 1: Um procedimento de medição é geralmente documentado em
detalhes suficientes para permitir que um operador realize a medição.
NOTA 2: Um procedimento de medição pode incluir uma declaração
referente à incerteza-alvo.
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• Modelo de medição

z  f ( x, y)

• Grandeza de saída • Grandeza de entrada

• Grandeza de influência 2.52 (2.7)


Grandeza que, numa medição direta, não afeta a grandeza
efetivamente medida, mas afeta a relação entre a indicação e o
resultado de medição.
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• grandeza de entrada / grandeza de entrada num modelo de medição
2.50
Grandeza que deve ser medida, ou grandeza cujo valor pode ser obtido de outro modo,
para calcular um valor medido de um mensurando.

• grandeza de saída / grandeza de saída num modelo medição 2.51


Grandeza cujo valor medido é calculado utilizando-se os valores das grandezas de
entrada em um modelo de medição.
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• Condição de repetibilidade de medição 2.20
Condição de medição num conjunto de condições, as quais incluem o mesmo procedimento
de medição, os mesmos operadores, o mesmo sistema de medição, as mesmas condições
de operação e o mesmo local, assim como medições repetidas no mesmo objeto ou em
objetos similares durante um curto período de tempo.

• Condição de precisão Intermediária 2.22


Condição de medição num conjunto de condições, as quais compreendem o mesmo
procedimento de medição, o mesmo local e medições repetidas no mesmo objeto ou em
objetos similares, ao longo de um período extenso de tempo, mas pode incluir outras
condições submetidas a mudanças.

• Condições de reprodutibilidade de medição 2.24


Condição de medição num conjunto de condições, as quais incluem diferentes locais,
diferentes operadores, diferentes sistemas de medição e medições repetidas no mesmo
objeto ou em objetos similares.
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• Calibração 2.39 (6.11)

Operação que estabelece, sob condições especificadas, numa primeira


etapa, uma relação entre os valores e as incertezas de medição
fornecidos por padrões correspondentes com as incertezas associadas;
numa segunda etapa, utiliza esta informação para estabelecer uma
relação visando a obtenção dum resultado de medição a partir duma
indicação.

NOTA 1 Uma calibração pode ser expressa por meio duma declaração,
uma função de calibração, um diagrama de calibração, uma curva de
calibração ou uma tabela de calibração.
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• Calibração 2.39 (6.11)

Operação que, (...), estabelece uma relação entre os valores e as


incertezas de medição fornecidos por padrões, e as indicações
correspondentes com as incertezas associadas (...).

(...)numa segunda etapa, utiliza esta informação para estabelecer uma


relação visando a obtenção dum resultado de medição a partir duma
indicação.
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• valor verdadeiro / valor verdadeiro de uma grandeza 2.11
(1.19)
Valor de uma grandeza compatível com a definição da grandeza.
NOTA 1: Na Abordagem de Erro para descrever as medições, o valor
verdadeiro é considerado único e, na prática, desconhecido. A
abordagem de “incerteza” consiste no reconhecimento de que,
devido à quantidade inerentemente incompleta na definição de uma
grandeza, não existe um valor verdadeiro único mas, de preferência,
um conjunto de valores verdadeiros consistentes com a definição.
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• valor de referência 5.18
Valor de uma grandeza utilizado como base para a comparação com
valores de grandezas da mesma natureza.
NOTA 2: Um valor de referência com sua incerteza de medição
associada é geralmente relacionado a:
a) um material, por exemplo, um material de referência certificado;
b) um dispositivo, por exemplo, um laser estabilizado; c) um
procedimento de medição de referência; d) uma comparação de
padrões.
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• Material de referência 5.13 (6.13)
material de referência - MR

Material, suficientemente homogêneo e estável em relação a


propriedades específicas, preparado para se adequar a uma
utilização pretendida numa medição ou num exame de propriedades
qualitativas.
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• Material de referência certificado 5.14 (6.14)
material de referência certificado – MRC

Material de referência acompanhado duma documentação emitida


por uma entidade reconhecida, a qual fornece um ou mais valores de
propriedades especificadas com as incertezas e as rastreabilidades
associadas, utilizando procedimentos válidos.
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• erro de medição / erro 2.16 (3.10)
Diferença entre o valor medido de uma grandeza e um valor de
referência.
NOTA 2: O erro de medição não deve ser confundido com um erro de
produção ou um erro humano.
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• erro sistemático 2.17 (3.14)
Componente do erro de medição que, em medições repetidas,
permanece constante ou varia de maneira previsível.
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• erro aleatório 2.19 (3.13)
Componente do erro de medição que, em medições repetidas, varia
de maneira imprevisível.
REPRESENTAÇÃO DE UMA
MEDIÇÃO
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em

............. ..
:: ::
x
....
..::::::
..
VRef ::.
::. :::: .
es = erro sistemático
e S
e a
ea = erro aleatório

em = erro de medição
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• Correção 2.53 (3.15) (3.16)
Compensação de um efeito sistemático estimado.
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.. .... ..
... .. ::
::.::V::::
..::.
Ref

e a

c = correção c

ea = erro aleatório
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• incerteza de medição / incerteza 2.26 (3.9)
Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores
atribuídos a um mensurando, com base nas informações utilizadas.
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• incerteza de medição / incerteza 2.26 (3.9)
Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores
atribuídos a um mensurando, com base nas informações utilizadas.

NOTA 1 A incerteza de medição inclui componentes provenientes de efeitos sistemáticos, tais como
componentes associadas a correções e a valores atribuídos a padrões, assim como a incerteza
definicional. Algumas vezes, não são corrigidos efeitos sistemáticos estimados mas, em vez disso,
são incorporadas componentes de incerteza de medição associadas.
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• incerteza de medição / incerteza 2.26 (3.9)
Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores
atribuídos a um mensurando, com base nas informações utilizadas.
NOTA 3 A incerteza de medição geralmente engloba muitas componentes. Algumas delas podem ser
estimadas por uma avaliação do Tipo A da incerteza de medição, a partir da distribuição estatística
dos valores provenientes de séries de medições e podem ser caracterizadas por desvios-padrão. As
outras componentes, as quais podem ser estimadas por uma avaliação do Tipo B da incerteza de
medição, podem também ser caracterizadas por desvios-padrão estimados a partir de funções de
densidade de probabilidade baseadas na experiência ou em outras informações.
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• Avaliação do Tipo A da incerteza de medição 2.28

Avaliação duma componente da incerteza de medição por uma


análise estatística dos valores medidos, obtidos sob condições
definidas de medição.

NOTA 1 Para diversos tipos de condições de medição, ver condição de


repetibilidade, condição de precisão intermediária e condição de
reprodutibilidade.
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• Avaliação do Tipo B da incerteza de medição 2.28

Avaliação duma componente da incerteza de medição determinada por


meios diferentes daquele adotado para uma avaliação do Tipo A da
incerteza de medição.
EXEMPLOS Avaliação baseada na informação:
• associada a valores publicados por autoridade competente,
• associada ao valor dum material de referência certificado,
• obtida a partir dum certificado de calibração,
• relativa à deriva,
• obtida a partir da classe de exatidão dum instrumento de
medição verificado,
• obtida a partir de limites deduzidos da experiência pessoal.
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• Incerteza-padrão 2.30

Incerteza de medição expressa na forma dum desvio-padrão.

• Incerteza-padrão combinada 2.31

Incerteza-padrão obtida ao se utilizarem incertezas-padrão individuais


associadas às grandezas de entrada num modelo de medição.
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• Incerteza de medição expandia 2.35

Produto duma incerteza-padrão combinada por um fator maior do que o


número um.

NOTA 1 O fator depende do tipo de distribuição de probabilidade da


grandeza de saída e da probabilidade de abrangência escolhida.

NOTA 2 O termo “fator” nesta definição se refere ao fator de abrangência.


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• Veracidade de medição, ou Veracidade (2.14)
Grau de concordância entre a média de um número infinito de valores
medidos repetidos e um valor de referência.

• Precisão de medição, ou Precisão (2.15)


Grau de concordância entre indicações ou valores medidos, obtidos
por medições repetidas, no mesmo ou em objeto similares, sob
condições especificadas.

• Exatidão de medição 2.13 (3.5)


Grau de concordância entre um valor medido e um valor verdadeiro
de um mensurando.
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• repetibilidade de medição [repeatibility measurement ) / répétabilité de
mesure) ] 2.21
Precisão de Medição de uma série de condições de repetibilidade.

• precisão intermediária medição [intermediate measurement precision)


/ fidélite intermédiaire de mesure) ] 2.23
Precisão de medição sob um conjunto de condições de precisão
intermediária.

• reprodutibilidade de medição [reproducibility measurement ) /


reproductibilité de mesure) ] - 2.25
Precisão de medição conforme um conjunto de condições de
reprodutibilidade.
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Veracidade Precisão
(efeitos sistemáticos) (efeitos aleatórios)

. .
Valor de . . . . .. . . . .
.
referência . ..

Exatidão
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• Erros Sistemáticos • Erros Aleatórios
• Associados a instrumentos, • Causados por um grande número de
técnicas de medida e ao variações imprevisíveis e
experimentador. desconhecidas durante o
• Ocorrem sempre na mesma experimento.
direção e com mesma • São de tamanho e direção
magnitude em cada repetição. imprevisíveis.
• Têm influência sobre a • Podem ser analisados
veracidade. estatisticamente.
• Têm influência sobre a precisão.
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Melhorando veracidade

Tendência

Melhorando precisão
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Tipos de erro Conceitos Expressão


qualitativos quantitativa
Veracidade Tendência/Viés
Erro sistemático
(Trueness) (Bias)

Exatidão Incerteza de
Erro total
(Accuracy) medição

Precisão
Erro aleatório Desvio padrão
(Precision)

Repetibilidade Precisão intermediária Reprodutibilidade

Variabilidade mínima Variabilidade intermediária Variabilidade máxima


Fatores: Fatores constantes Fatores constantes Fatores variáveis
a) operador Curto período de tempo Longo período de tempo
b) equipamento
c) calibração do equipamento
d) condições ambientais
e) intervalo entre medições
Metrologia e confiabilidade metrológica

Revisão de conceitos de
probabilidade, estatística e
cálculo
Revisão
Metrologia e confiabilidade metrológica

• Notação científica

Utilizada para expressar números muito grandes ou muito pequenos de


forma concisa.

Onde “m” é a mantissa e “e” a ordem de grandeza.


Revisão
Metrologia e confiabilidade metrológica
• Algarismos significativos
Número de dígitos que possui significado em uma medição.

Não são algarismos significativos:


• Zeros a esquerda;
• Dígitos espúrios oriundos de uma computação;
• Zeros a direita quando utilizados apenas para marcação de escala.
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Mundo real Mundo mental


Modelo mental
Conhecimento

Dados
Dados Estatística descritiva
Estatística descritiva

Modelos Científicos

Estimativa de incerteza

Amostra
População
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Conceitos
•Estatística descritiva:
Técnicas que permitem sintetizar a informação contida nos dados.

•Inferência estatística:
Técnicas estatísticas para embasar afirmações a respeito de um conjunto
representativo sobre um universo.

•População:
Conjunto que contém elementos que possuem uma propriedade em comum que
será objeto de um estudo estatístico.

•Amostra:
Um porção de elementos oriundos da população.
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Medidas de tendência central


• Média aritmética

N
1
x
N
x
i 1
i Média amostral

• Mediana
Valor que separa a metade inferior de uma amostra de dados.

• Moda
Valor que detém o maior número de observações, ou seja, o valor ou valores
mais frequentes.
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Diferença entre média, mediana e moda


• Média aritmética

Suscetível a eventos espúrios.

• Mediana
Divide o conjunto em duas partes,
não levando em consideração os
valores.

• Moda
Valor que mais se repete. •Conjunto de 19 dados
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Medidas de dispersão

• Amplitude total
Dispersão entre os valores mínimos e máximos da distribuição.

A  xmax  xmin

Não diminui ao se aumentar o número de medições.

• Desvio padrão
Dispersão dos valores em relação à média.

1 N
x  
N i 1
( x  xi ) 2
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Medidas de dispersão

• Desvio padrão
Dispersão dos valores em relação à média
a) Desvio padrão da população N
1
N  tamanho da população
µ  média da população
x 
N
 (  x )
i 1
i
2

b) Desvio padrão amostral 1 N


N  tamanho da amostra sx  
N  1 i 1
( x  xi ) 2

x  média da amostra

c) Desvio padrão experimental da média (ou sx


erro padrão) sx 
N
Desvio padrão das médias das amostras em
relação à média das médias
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Probabilidade

• Definiremos como experimentos aleatórios todos os experimentos


realizados sob as condições que produzem resultados distintos.

• A probabilidade é uma medida aplicada aos eventos de um determinado


experimento aleatório com as seguintes propriedades.
• A soma da probabilidade de todos os eventos possíveis é 1;
• A probabilidade de um dado evento é sempre positiva;
• Se os eventos são excludentes a probabilidade do evento união é a soma da
probabilidade de cada evento ocorrer individualmente.
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Probabilidade

• A probabilidade pode ser calculada de forma objetivista, através da


frequência relativa de ocorrência.

• Qual a probabilidade de obtermos 1 ao lançarmos um dado de 6 faces?


Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Distribuição equiprovável de probabilidade

cara
coroa

•Distribuição de •Distribuição de probabilidade


probabilidade de um dado de uma moeda
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Variável aleatória discreta

• Variável aleatória discreta: •Função massa de probabilidade


• Função que associa um número a
cada elemento dos possíveis
eventos de um experimento
aleatório;
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Variável aleatória contínua

• Variável aleatória contínua: •Função densidade de probabilidade


• Função que associa um número a
cada elemento dos possíveis
eventos de um experimento
aleatório;

• Exemplo: Intervalo de tempo entre


a emissão de partículas de um
elemento radioativo
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Funções densidade de probabilidade


• Variáveis discretas

• Variáveis contínuas
Distribuições
Metrologia e confiabilidade metrológica

Distribuição retangular ou uniforme

Quando um certificado ou uma especificação oferecem limites sem um nível de


confiança ou sem haver qualquer informação sobre a forma da distribuição.

Desvio padrão

a
x 
3
Distribuições
Metrologia e confiabilidade metrológica

Distribuição Uniforme: exemplo

Calcular a média e a variância de uma distribuição uniforme no intervalo 0-


99.

Média = (intervalo) / 2 = 99 / 2 = 49,5


Variância = a^2/3 = 816,75

Podemos encontrar a média e a variância dessa distribuição através de


uma amostra: {0,1,2,3,4,...,99}?

média amostra= 49,5


Variância amostral = 841,67
Distribuições
Metrologia e confiabilidade metrológica

Distribuição triangular
A informação sobre a grandeza em questão é menos limitada que no caso de uma
distribuição retangular. Os valores em torno do centro do intervalo são mais prováveis
que nos extremos.

Desvio padrão

a
x 
6
Distribuições
Metrologia e confiabilidade metrológica

Distribuição normal ou gaussiana


A distribuição normal é uma das distribuições mais importantes. Os valores são
distribuídos em torno da média e diminuem rapidamente, numa curva em
forma de sino, ao se afastar da mesma. Entretanto, os valores não estão
limitados a um intervalo fixo.

Média 𝜇
Variância 𝜎2
Distribuições
Metrologia e confiabilidade metrológica

Distribuição normal ou gaussiana

A probabilidade de um evento longe da média cai rapidamente. Para valores


além de 3 desvios padrões a probabilidade de ocorrência é da ordem de 0,1%

Média 𝜇
Variância 𝜎2
Distribuições
Metrologia e confiabilidade metrológica

Distribuição normal padrão


A distribuição normal padrão é uma distribuição normal com média 0 e
variância 1. Qualquer variável aleatória normalmente distribuída pode ser
transformada numa normal padrão utilizando a seguinte transformação:

Média 0
Variância 1
Distribuições
Metrologia e confiabilidade metrológica

Distribuição normal padrão

A distribuição normal padrão é uma


distribuição normal com média 0 e
variância 1. Qualquer variável aleatória
normalmente distribuída pode ser
transformada numa normal padrão
utilizando a seguinte transformação:
Distribuições
Metrologia e confiabilidade metrológica

Distribuição normal padrão

A distribuição normal padrão é uma


distribuição normal com média 0 e
variância 1. Qualquer variável aleatória
normalmente distribuída pode ser
transformada numa normal padrão
utilizando a seguinte transformação:
Distribuições
Metrologia e confiabilidade metrológica
Exemplo
Um material de referência é usado para controle de qualidade num
laboratório . Suponha que o valor de referência de controle seja oriundo de
uma população normalmente distribuída com uma média de 90 u.a. e um
desvio padrão de 10 u.a.. Qual é a probabilidade de que uma medição
resulte em um valor superior 120 u.a.?
Seja X a variável aleatória que representa as medições. Sabemos que X tem
μ = 90 e σ = 10. Temos que encontrar a probabilidade de que x seja maior do
que 120 ou PX (x > 120)
Para x = 120, z = (120-90) / 10 = 3

PX (x > 120) = PZ (z > 3) = [área total] - [área à esquerda de z = 3]


= 1-0,9987 = 0,0013

A probabilidade de que uma medição resultar num valor superior a 120 u.a. é
igual a 0,13%.
Distribuições
Metrologia e confiabilidade metrológica

Distribuição T-student
Ao utilizarmos o desvio padrão amostral como estimador do desvio padrão da
população a distribuição das médias não é mais uma normal e sim uma
distribuição T. A distribuição T depende de um parâmetro conhecido como
graus de liberdade. Quanto maior mais próxima a distribuição T está da
distribuição normal.

𝑿−𝝁
𝑺/ 𝒏

n=n−1
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Teorema Central do Limite


Jogando dados
Para amostras aleatórias de tamanho n retiradas de
uma população com média µ e variância σ², a
distribuição amostral resultante das médias será tão
próxima de uma distribuição normal, com média µ e
variância σ²/n, quanto maior for n

População µ, σ²

n n n n

x1 x2 x3 x4

Distribuição normal

µ, σ²/n
Conceitos de Estatística
Metrologia e confiabilidade metrológica

Princípio da máxima entropia


Deve-se considerar a distribuição mais abrangente para o nível de informação que
se tem a respeito da fonte de entrada.

Ou seja, deve-se atribuir uma distribuição que não transmita mais informação do
que aquela que é conhecida.

Exemplo:
Se a única informação conhecida for sobre os limites máximo e mínimo de uma
variável, deve-se atribuir uma distribuição uniforme.

Variável x com valores Distribuição uniforme


entre -a e a com extremos em -a e a
-a < x < a -a +a

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