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INSTRUMENTAÇÃO

E CONTROLE I
UNIDADE – Lauro de Freitas
CURSO Manutencista Júnior em Elétrica e
Instrumentação

ISO9000 e Incerteza da Medição

DOCENTE: Jadson Rezende


(071) 999716340
Pós graduado em Projetos e Automação
Licenciado e Eletrônica
Técnico em Instrumentação
UNIDADE – Lauro de Freitas
CURSO Manutencista Júnior em Elétrica e
Instrumentação

•ISO9000 e Incerteza da Medição: 18 HORAS

CONTEÚDOS FORMATIVOS/BASES TECNOLÓGICAS


• Características Gerais dos Instrumentos: Range; Span;
Repetitividade; Sensibilidade; Zona Morta; Precisão; Exatidão;
Confiabilidade; Rangeabilidade; Histerese; Rastreabilidade; Tipos
de Erro e Telemetria
• ISO9000 - conceitos, elementos, manual da qualidade e
procedimento geral. Aplicação no processo.
Ações Básicas de Convivência:
 Celular SEMPRE no silencioso

 Navegação em redes sociais não é permitido

 Não é permitido a entrada de alimentos em sala de


aula

 Respeitar os horário de entrada e saída da sala de


aula
 .....
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Fundamentais e Gerais de Metrologia

Tempo de viagem = 10 min

Grandeza Mensurando Resultado da Medição simbolo da Unidade


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Fundamentais e Gerais de Metrologia
Metrologia - Ciência da medição. Conjunto de conhecimentos
científicos e tecnológicos abrangendo todos os aspectos teóricos e
práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em
quaisquer campos da ciência ou tecnologia.

Grandeza - Atributo de um fenômeno, corpo ou substância que pode


ser qualitativamente distinguido e quantitativamente determinado.
Exemplos Gerais: tempo, massa, temperatura, resistência elétrica,
comprimento.
Exemplos específicos: comprimento de uma barra, resistência de u
fio.
Exemplos de mesma natureza: (trabalho , calor, energia;
espessura, circunferência, comprimento de onda.
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Unidade (de medida) - Grandeza específica, definida e adotada por
convenção, com a qual outras grandezas de mesma natureza são
comparadas para expressar suas magnitudes em relação àquela
grandeza.
Exemplos: metro, kelvin, newton, quilograma, ohm, volt.
Valor de uma Grandeza - Expressão quantitativa de uma grandeza
específica, geralmente sob a forma de uma unidade de medida
multiplicada por um número.
Medir - Determinar experimentalmente o valor (resultado de
medição) de uma grandeza específica (mensurando).

Medição - Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um


valor de uma grandeza.
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Método de Medição - Sequência lógica de operações, descritas


genericamente, usadas na execução das medições.

Procedimento de Medição - Conjunto de operações, descritas


especificamente, usadas na execução de medições particulares, de
acordo com um dado método.

Mensurando - Objeto da medição. Grandeza específica submetida à


medição. Exemplos: comprimento de uma barra, resistência elétrica
de um fio, concentração de etanol em uma amostra de vinho.
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Sistema de Medição - Conjunto completo de instrumentos de


medição e outros equipamentos acoplados para executar uma
medição.
Do ponto de vista técnico, a medição é empregada para monitorar,
controlar ou investigar um processo ou fenômeno físico.
- O sistema de controle da temperatura no interior de um refrigerador
é um exemplo: um sensor mede a temperatura no interior do
refrigerador e a compara com o valor de referência pré-estabelecido.
Se a temperatura estiver acima do valor máximo aceitável, o
compressor é ativado até que a temperatura atinja um patamar
mínimo, quando é desligado
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Sistema de Medição - A análise sistêmica de diversos SM revela a


existência de três elementos funcionais bem definidos que se repetem
com grande frequência na maioria dos sistemas de medição em uso.
Em termos genéricos, um SM pode ser dividido em três módulos
funcionais: o sensor/transdutor, a unidade de tratamento do sinal e o
dispositivo mostrador. Cada módulo pode constituir uma unidade
independente ou pode estar fisicamente integrada ao SM.
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Sistema de Medição

(a) (b) (c)


- Caso (a) - A mola é o transdutor do dinamômetro: transforma a força
em deslocamento da sua extremidade, que é diretamente indicado
através de um ponteiro sobre a escala. Neste caso não há a
unidade de tratamento de sinais.
- Caso (b) - Incorpora uma Unidade de Tratamento de Sinais (UTS),
composta pelo mecanismo de alavancas. O pequeno deslocamento
da extremidade da mola é mecanicamente amplificado por meio da
alavanca que, contra a escala, torna cômoda a indicação do valor
da força.
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Sistema de Medição

(a) (b) (c)


- Caso (c) - O transdutor é composto de vários módulos: a força é
transformada em deslocamento por meio da mola, em cuja
extremidade está fixado um núcleo de material ferroso. Ao se mover,
provoca variação da indutância de uma bobina, que provoca um
desbalanceamento elétrico em um circuito, provocando uma variação
de tensão elétrica proporcional. Este sinal é amplificado e indicado
através de um dispositivo mostrador digital.
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Valor Verdadeiro (VV) - Valor consistente com a definição de uma dada


grandeza específica.
É um valor que seria obtido por uma medição perfeita.
Valores verdadeiros são, por natureza, indeterminados porque todos
os sistemas de medição, por melhor que sejam, possuem uma
incerteza.

Valor Verdadeiro Convencional (VVC) - Valor atribuído a uma


grandeza específica e aceito, às vezes por convenção, como tendo
uma incerteza apropriada para uma dada finalidade.

Resultado de uma Medição (RM) - Valor atribuído a um mensurando


obtido por medição.
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O Resultado de uma Medição
O trabalho de medição não termina com a obtenção da indicação. Neste
ponto, na verdade, inicia o trabalho do experimentalista. Ele deverá
chegar à informação denominada resultado de uma medição.

O resultado de uma medição (RM) expressa propriamente o que se pode


determinar com segurança sobre o valor do mensurando, a partir da
aplicação do SM sobre esta. É composto de duas parcelas:
(a)o chamado resultado base (RB), que corresponde ao valor central da
faixa onde deve situar-se o valor verdadeiro do mensurando;
(b)e a incerteza da medição (IM), que exprime a faixa de dúvida ainda
presente no resultado, provocada pelos erros presentes no SM e/ou
variações do mensurando, e deve sempre ser acompanhado da unidade
do mensurando.
RM = (RB ± IM) [unidade]
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O Resultado de uma Medição
O procedimento de determinação do RM deverá ser realizado com base
no conhecimento aprofundado do processo que define o mensurando (o
fenômeno físico e suas características), no conhecimento do sistema de
medição (características metrológicas e operacionais) e no bom senso.

Regras de Compatibilização de Valores


O resultado de uma medição (RM), envolvendo o resultado base (RB) e
a incerteza do resultado (IR), deve sempre ser apresentado de forma
compatível. É importante que o número e a posição dos dígitos que
representam estes componentes do RM guardem certa relação.
Seja, por exemplo, o RM representado da forma abaixo:

RM = (RB ± IR) → RM = (255,227943 ± 4,133333333) mm


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Regras de Compatibilização de Valores

Seja, por exemplo, o RM representado da forma abaixo:

RM = (RB ± IR) → RM = (255,227943 ± 4,133333333) mm

A forma acima é de difícil legibilidade por conter uma série de dígitos


que absolutamente não trazem nenhuma informação relevante.
Sabe-se que a IR (incerteza do resultado) é um número obtido em
função de certos procedimentos estatísticos, portanto é uma estimativa
aproximada. Não há necessidade de apresentar o tamanho da faixa de
incerteza com precisão melhor que um ou dois algarismos significativos
(não confundir com casas decimais). No caso, a representação ± 4,1,
ou mesmo ± 4, é suficiente para a IR. O resultado base deve ser
escrito de forma a conter o mesmo número de casas decimais que a
IR.
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Regras de Compatibilização de Valores

Quando se deseja arredondar um número para que seja expresso com


uma certa quantidade de dígitos significativos, deve-se aplicar as
regras convencionais de arredondamento:

Regra 1: Se o algarismo a direita do último dígito que se pretende


representar for inferior a 5, apenas desprezam-se os demais dígitos à
direita.
Exemplo: 3,1415926535 -> 3,14

Regra 2: Se o algarismo a direita do último dígito que se pretende


representar for maior que 5, adiciona-se uma unidade ao último dígito
representado e desprezam-se os demais dígitos à direita.
Exemplo: 3,1415926535 -> 3,1416
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Regras de Compatibilização de Valores

Regra 3: Se o algarismo a direita do último dígito que se pretende


representar for igual a 5:

a)adiciona-se uma unidade ao último dígito representado e desprezam-


se os demais dígitos à direita se este dígito for originalmente ímpar;

b)apenas são desprezados os demais dígitos à direita se este dígito for


originalmente par ou zero.

Exemplos: 3,1415926535 -> 3,142


12,625 -> 12,62
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Regras de Compatibilização de Valores

O Resultado de uma medição (RM) deve ser expresso


preferencialmente com apenas um algarismo significativo na incerteza
do resultado (IR).
Neste caso as regras de compatibilização 1 e 2 devem ser usadas:

Regra 1: Arredondar a IR para apenas um algarismo significativo, isto é,


com apenas um algarismo diferente de zero.

Regra 2: Arredondar o resultado base (RB) para mantê-lo compatível


com a IR de forma que ambos tenham o mesmo número de dígitos
decimais após a vírgula.
Exemplos: RM = (RB ± IR)
58,33333 ± 0,1 → 58,3 ± 0,1 385,42333 ± 0,2125 → 385,4 ± 0,2
37,8359 ± 1 → 38 ± 1 95,94 ± 0,0378 → 95,94 ± 0,04
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Regras de Compatibilização de Valores


A IR pode ser representada com dois dígitos significativos, quando se
tratar do resultado de uma medição crítica, executada com todo o
cuidado e envolvendo um grande número de medições e/ou quando a
IR for relativamente grande quando comparada ao RB. Nestes casos,
aplica-se a regra 3 em substituição à 1, em conjunto com a regra 2.

Regra 3: RM = (RB ± IR)


Escrever a IR com dois algarismos significativos, isto é, com apenas
dois algarismos diferentes de zero.
Exemplos:
• 3,1385 ± 0,15 → 3,14 ± 0,15
• 319,213 ± 11 → 319 ± 11
• 385,46333 ± 0,24374 → 385,46 ± 0,24
• 6,325 ± 0,414 → 6,32 ± 0,41
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Incerteza de medição (U) - Parâmetro associado ao resultado de


uma medição, que caracteriza a dispersão dos valores que podem ser
fundamentalmente atribuídos a um mensurando.

Indicação (I) - Valor de uma grandeza fornecido por um instrumento de


medição.

Padrão - Medida materializada, objeto ou instrumento destinado a


definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais
valores de uma grandeza para servir como referência.
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Parâmetros Característicos de Sistemas de Medição

Histerese - É a diferença máxima apresentada por um


instrumento para um
mesmo valor, em
qualquer ponto da
faixa de trabalho,
quando a variável
percorre toda a
escala no sentido
ascendente e descendente.
É expresso em porcentagem
do span.
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Repetitividade (Re) - É o Grau de concordância entre os resultados de


medições sucessivas de um mesmo mensurando efetuadas sob as
mesmas condições de medição.
Condições de repetitividade incluem:
- mesmo procedimento de medição;
- mesmo observador;
- mesmo instrumento de medição, utilizado nas mesmas condições;
mesmo local;
- repetição em curto período de tempo.
- Repetitividade pode ser expressa, quantitativamente, em função das
características da dispersão dos resultados
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Repetitividade (Re) - Repetibilidade
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Reprodutibilidade - Grau de concordância entre os resultados das


medições de um mesmo mensurando efetuadas sob condições
variadas de medição.
Para que uma expressão da reprodutibilidade seja válida, é necessário
que sejam especificadas as condições alteradas:
- Principio de medição;
- Método de medição;
- Observador;
- instrumento de medição;
- padrão de referência;
- local;
- condições de utilização;
- tempo.
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Resultado não corrigido - Resultado de uma medição, antes da
correção, devida aos erros sistemáticos.

Resultado corrigido - Resultado de uma medição, após a correção,


devida aos erros sistemáticos.

Exatidão da Medição - Grau de concordância entre o resultado de uma


medição e um valor verdadeiro do mensurando.
Exatidão é um conceito qualitativo.
O termo precisão deve ser utilizado como exatidão.

- A exatidão pode ser descrita de três maneiras: Percentual do Fundo


de Escala (% do F.E.) Percentual do Span (% do Span) Percentual
do Valor Lido (% do V.L.)
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Exatidão da Medição

Exemplo: Para um sensor de temperatura com range de 50 a 250 oC e


valor medido 100 oC determine o intervalo provável do valor real para as
seguintes condições:

Exatidão de 1% do Fundo de Escala


Valor real = 100,0 oC  (0,01 x 250) = 100,0 oC  2,5 oC

Exatidão de 1% do Span
Valor real = 100,0 oC  (0,01 x 200) = 100,0 oC  2,0 oC

Exatidão 1% do Valor Lido (Instantâneo)


Valor real = 100,0 oC  (0,01 x 100) = 100,0 oC  1,0 oC
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Precisão (pelo VIM, o termo precisão não deve ser mais
utilizado)

EXATIDÃO e PRECISÃO são conceitos que não podem ser atribuídos


individualmente a algum fator, tais como, à uma máquina, operador ou
condição ambiental. Estes conceitos somente podem ser relacionados
ao conjunto destes fatores, que são os PROCESSOS.

Rastreabilidade - Propriedade do resultado de uma medição ou do


valor de um padrão estar relacionado a referências estabelecidas,
geralmente padrões nacionais ou internacionais, através de uma
cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas
estabelecidas
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Rastreabilidade

Unidades do SI - Padrões Internacionais (Bureau


International des Poids et
BIPM Mesures)
- Padrões dos Institutos
Nacionais de Metrologia
Padrões Nacionais (INMETRO)
- Padrões de referência dos
laboratórios de calibração
Laboratórios de Calibração
credenciados
Laboratórios de Ensaio - Padrões de trabalho dos
laboratórios de chão de fábrica
Industrias e outros setores
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Ajuste - Operação destinada a fazer com que um instrumento de
medição tenha desempenho compatível com o seu uso; Manutenção
realizada no instrumento a fim de apresentar a sua melhor
performance.

Regulagem - Ajuste, empregando somente os recursos disponíveis no


instrumento para o usuário, isto é, sem desmontá-lo; Preparação do
instrumento antes de sua utilização
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Calibração (Aferição) - Conjunto de operações que estabelece,
sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados
por um instrumento de medição ou sistema de medição ou valores
representados por uma medida materializada ou um material de
referência, e os valores correspondentes das grandezas
estabelecidos por padrão (VVC’s).

- Calibração direta: comparação da indicação de um padrão com a


indicação do instrumento;
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- Calibração indireta: comparação das indicações de um sistema de


medição padrão (SMP) com as indicações de um sistema de medição
a calibrar (SMC). Observar que os dois sistemas devem estar
submetidos ao mesmo mensurando.
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Divisão de escala - Parte de uma escala compreendida entre duas
marcas sucessivas quaisquer; Em um sistema de leitura digital, a
divisão de escala corresponde ao menor incremento fornecido pelo seu
último dígito.

Resolução - Menor diferença entre indicações de um dispositivo


mostrador que pode ser significativamente percebida.
A avaliação da resolução é feita em função do tipo de instrumento:
-Nos sistemas com mostradores digitais, a resolução corresponde ao
incremento digital;
-Nos sistemas com mostradores analógicos, a resolução teórica é zero.
No entanto, em função das limitações do operador, da qualidade do
dispositivo indicador e da própria necessidade de leituras mais ou
menos criteriosas, a resolução a adotar poderá ser uma fração do valor
de uma divisão (VD).
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Sensibilidade - É o quociente entre a variação da resposta (sinal de
saída) do SM e a correspondente variação do estímulo (mensurando).

Zona Morta - Intervalo máximo no qual um estímulo variar em ambos os


sentidos, sem produzir variação na resposta de um instrumento de
medição.

Estabilidade - Aptidão de um instrumento de medição em conservar


constantes suas características metrológicas ao longo do tempo.

Confiabilidade - é a habilidade ou probabilidade de um instrumento se


manter em operação, em um nível especificado de desempenho, sob
condições ambientais determinadas, durante um determinado período
de tempo e com um mínimo de atenção. É expresso em MTBF, que
significa Mean Time Between Fails (Tempo Médio Entre Falhas).
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Tempo de resposta - Intervalo de tempo entre o instante em
que um estímulo é submetido a uma variação brusca e o instante em
que a resposta atinge e permanece dentro de limites especificados
em torno do seu valor final estável.

Erro de medição - Resultado de uma medição menos o valor


verdadeiro do mensurando.
Uma vez que o valor verdadeiro não pode ser determinado, utiliza-se,
na prática, um valor verdadeiro convencional. Onde:
E = I – VV
E = erro de medição
I = indicação
VV = valor verdadeiro ou VVC (valor verdadeiro convencional)
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Tipos de Erro – Para melhor entendimento, o erro de medição pode ser
considerado como composto de três parcelas aditivas:
E = Es + Ea + Eg (sendo):
E = erro de medição
Es = erro sistemático
Ea = erro aleatório
Eg = erro grosseiro

Erro sistemático - O erro sistemático (Es) é a parcela de erro sempre


presente nas medições realizadas em idênticas condições de
operação. É a diferença entre a média de um número infinito de
medições do mesmo mensurando e o valor verdadeiro do mensurando
quando são obedecidas as condições de repetitividade
Ex: um ponteiro torto, desgaste do sistema de medição, fatores
construtivos, condições ambientais.
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Erros sistemáticos

ZERO FAIXA LINEARIDADE


+1

-1

+1

-1

+1

-1
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Erro Aleatório - Resultado de uma medição menos a média que
resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando
efetuadas sob condições de repetitividade. Erro aleatório é igual ao erro
menos o erro sistemático.
EX: existência de folgas, atritos, vibrações, flutuações da tensão
elétrica.

Erro grosseiro - O erro grosseiro (Eg) é, geralmente, decorrente de mau


uso ou mau funcionamento do SM. Pode, por exemplo, ocorrer em
função de leitura errônea, operação indevida ou dano do SM. Seu valor
é totalmente imprevisível, porém geralmente sua existência é
facilmente detectável. Sua aparição pode ser resumida a casos muito
esporádicos, desde que o trabalho de medição seja feito com
consciência. Seu valor será considerado nulo neste texto.
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Erro grosseiro – Exemplos


A figura seguinte exemplifica uma situação onde é possível caracterizar
erros sistemáticos e aleatórios. A pontaria de quatro tanques de guerra
está sendo colocada à prova. O objetivo é acertar os projéteis no centro
do alvo colocado a uma mesma distância.
Cada tanque tem direito a 15 tiros. Os resultados da prova de tiro dos
tanques A, B, C, e D estão mostrados nesta mesma figura.
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As marcas dos tiros do tanque "A" se espalharam por uma área


relativamente grande em torno do centro do alvo. Estas marcas podem
ser inscritas dentro do círculo tracejado desenhado na figura. Embora
este círculo apresente um raio relativamente grande, seu centro coincide
aproximadamente com o centro do alvo. O raio do círculo tracejado está
associado ao espalhamento dos tiros que decorre diretamente do erro
aleatório. A posição média das marcas dos tiros, que coincide
aproximadamente com a posição do centro do círculo tracejado, reflete a
influência do erro sistemático.
Pode-se então afirmar que o tanque "A" apresenta elevado nível de erros
aleatórios enquanto o erro sistemático é baixo.
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No caso do tanque "B", além do raio do círculo tracejado ser grande, seu
centro está distante do centro do alvo.
Neste caso, tanto os erros aleatórios quanto sistemáticos são grandes.

Na condição do tanque "C", a dispersão é muito menor, mas a posição do


centro do círculo tracejado está ainda distante do centro do alvo, o que
indica reduzidos erros aleatórios e grande erro sistemático.
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Já a situação do tanque "D" reflete reduzidos níveis de erros aleatórios e


também do erro sistemático. Obviamente que, do ponto de vista de
balística, o melhor dos tanques é o tanque "D", por acertar quase
sempre muito próximo do centro do alvo com boa repetitividade.
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Ao se comparar os resultados do tanque "C" com o "A", pode-se afirmar


que o tanque "C" é melhor. Embora nenhum dos tiros disparados pelo
tanque "C" tenha se aproximado suficientemente do centro do alvo, o
seu espalhamento é muito menor. Um pequeno ajuste na mira do
tanque "C" o trará para uma condição de operação muito próxima do
tanque "D", o que jamais pode ser obtido com o tanque "A".
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Tanto no exemplo da figura, quanto em problemas de medição, o erro


sistemático não é um fator tão crítico quanto o erro aleatório. Através de
um procedimento adequado é possível estimá-lo relativamente bem e
efetuar a sua compensação, o que equivale ao ajuste da mira do
tanque "C". Já o erro aleatório não pode ser compensado embora sua
influência sobre o valor médio obtido por meio de várias repetições se
reduza na proporção de 1/√n , onde "n" é o número de repetições
considerado na média
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Exemplo de Erro Grosseiro
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Fontes de Erros

- Toda medição está afetada por erros. Estes erros são provocados pela
ação isolada ou combinada de vários fatores que influenciam o
processo de medição, envolvendo o sistema de medição, o
procedimento de medição, a ação de grandezas de influência e o
operador.

- O comportamento do SM pode ser fortemente influenciado por


perturbações externas e internas, bem como pela influência do
operador, ou mesmo do SM, modificar indevidamente o mensurando.
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Fontes de Erros

- O comportamento metrológico do SM depende fortemente de fatores


conceituais e aspectos construtivos. Suas características tendem a se
degradar com o uso, especialmente em condições de utilização muito
severas.

- O procedimento de medição adotado deve ser compatível com as


características do mensurando. O número e posição das medições
efetuadas, o modelo de cálculo adotado, a interpretação dos resultados
obtidos podem também introduzir componentes de incerteza relevantes
no resultado da medição.
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Fontes de Erros
A figura abaixo ilustra uma situação onde se pretende medir a temperatura de
um cafezinho. Para tal é empregado um termômetro de bulbo. Ao ser inserido
no copo, há um fluxo de energia do café para o termômetro: o bulbo esquenta
enquanto o café esfria, até que a temperatura de equilíbrio seja atingida. É esta
temperatura, inferior à temperatura inicial do cafezinho, que será indicada pelo
termômetro. Este é outro exemplo onde o mensurando é modificado pelo SM. A
modificação do mensurando por outros módulos da cadeia de medição,
acontece, por exemplo, na conexão indevida de dispositivos registradores.
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Faixa nominal (range) - É o conjunto de valores de um mensurando
para o qual admite-se que o erro de um instrumento de medição
mantém-se dentro de limites especificados.
Exemplos:
- Termômetro: FM = -50 a 280 °C

Amplitude da faixa nominal (span) - É a diferença algébrica entre o


valor superior e inferior da faixa de medida do instrumento. Ex: um
instrumento com range de 100 a 500 °C, seu span é de 400°C
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Estatística aplicada à metrologia

Conceitos básicos - Estatística é ciência que se preocupa com a


organização, descrição, análise e interpretação dos dados experimentais.
A confiabilidade metrológica utiliza-se de ferramentas estatísticas para
avaliar a eficiência de ensaios e produzir resultados confiáveis.
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Estatística aplicada à metrologia

População é o conjunto global de medidas.


Amostra é um subconjunto da população, um pequeno número de elementos que
serão examinados e medidos.

Amostra
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Estatística aplicada à metrologia - Caracterização da amostra

Média
Se um conjunto de medições de um mesurando fornece “n” valores individuais
independentes x1, x2, x3, o resultado do valor mais provável para o conjunto, é
expresso como sendo a média aritmética amostral dos “n” valores individuais, a qual é
definida pela expressão:

Onde:
x ou Xm = média aritmética
x = valores da amostra
n = números de elementos da amostra
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Estatística aplicada à metrologia - Caracterização da amostra

Média - Exemplo:
Após o ajuste de um transmissor de pressão, foram feitas três leituras seguidas =
4,02 mA, 3,99 mA e 4,10 mA. Calcule a média das 3 leituras.

xm = 4,02 + 3,99 + 4,10 = 4,036 mA


3
Utilizando-se a regra de arredondamento teremos o resultado da média de 4,04
mA.
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Estatística aplicada à metrologia - Caracterização da amostra

Medida de dispersão - Variância da amostra


A variância da amostra avalia o quanto os valores observados estão dispersos ao redor
da média. O cálculo da variância é obtido através da soma dos quadrados da diferença
entre cada valor e a média aritmética, dividida pela quantidade de elementos
observados (- 1).

Onde:
Variância
Xi = valor analisado
= média aritmética do conjunto
n = numero de dados do conjunto
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Estatística aplicada à metrologia - Caracterização da amostra

Medida de dispersão - Variância da amostra


- Exemplo 01:
Após o ajuste de um transmissor de pressão, foram feitas três leituras seguidas: 4,02
mA, 3,99 mA e 4,10mA. Calcule a variância das 3 leituras.

Sx2 = 0,0065 = 0,00325 = 0,0032


3–1
Observação: se estivermos trabalhando com a variância amostral, dividiríamos pela
quantidade de elementos observados subtraída de um (– 1)
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia

Estatística aplicada à metrologia - Caracterização da amostra

Medida de dispersão - Variância da amostra


- Exemplo 02: quantidade de peças produzidas
FUNCIONARIO SEG TER QUA QUI SEX
A 10 9 11 12 8
B 15 12 16 10 11
C 11 10 8 11 12
D 8 12 15 9 11

MEDIA A 10 VARIANCIA A 2
MEDIA B 12,8 VARIANCIA B 5,36
MEDIA C 10,4 VARIANCIA C 1,84
MEDIA D 11 VARIANCIA D 6

- Média A = (10+9+11+12+8)/5 = 10
- Variância A = ((10-10)^2+(9-10)^2+(11-10)^2+(12-10)^2+(8-10)^2)/5 = 2
- Quanto maior for a variância, mais distantes da média estarão os valores, e quanto menor
for a variância, mais próximos os valores estarão da média
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia

Desvio - Valor menos seu valor de referência


Desvio Padrão (DP) - Para uma série de “n” medições de um mesmo
mensurando, a grandeza “s”, que caracteriza a dispersão dos
resultados. É simplesmente o resultado positivo da raiz quadrada da
variância, e é dada pela fórmula:
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia

Estatística aplicada à metrologia - Desvio padrão

A variância é uma média dos desvios ( xi - x) ao quadrado. O desvio padrão é a raiz


quadrada positiva da variância.

sx  x
s 2

Onde:  ou  ou Sx = desvio padrão


S 2 = variância da amostra
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia

Estatística aplicada à metrologia - Desvio padrão

A variância é uma média dos desvios ( xi - x) ao quadrado. O desvio padrão é a raiz


quadrada positiva da variância.

sx  s
quantidade de peças produzidas
FUNCIONARIO SEG TER QUA QUI SEX 2
A
B
10
15
9
12
11
16
12
10
8
11
x
C 11 10 8 11 12
D 8 12 15 9 11

MEDIA A 10 VARIANCIA A 2
MEDIA B 12,8 VARIANCIA B 5,36
MEDIA C 10,4 VARIANCIA C 1,84
MEDIA D 11 VARIANCIA D 6
Média aritmética (x) ± Desvio Padrão
DESVIO PADRÃO A = RAIZ(2) = 1,41 FUNCIONARIO
DESVIO PADRÃO A 10 ± 1,41
A 1,41
B 12,8 ± 2,32
B 2,32
C 1,36
C 10,4 ± 1,36
D 2,45 D 11 ± 2,45
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia
Desvio Padrão (DP)

Exemplo:
Dez medições de uma
resistência deram
101,2 Ω
101,7 Ω
101,3 Ω
101,0 Ω
101,5 Ω
101,3 Ω
101,2 Ω
101,4 Ω
101,3 Ω
101,1 Ω
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia
Desvio Padrão (DP)

Exemplo:
Dez medições de uma
resistência deram
101,2 Ω
101,7 Ω
101,3 Ω
101,0 Ω
101,5 Ω
101,3 Ω
101,2 Ω
101,4 Ω
101,3 Ω
101,1 Ω
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia
Variância x Desvio Padrão (DP)
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia
Variância x Desvio Padrão (DP)
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia
Variância x Desvio Padrão (DP)
VIM – Vocabulário Internacional de Termos
Fundamentais e Gerais de Metrologia
Estatística aplicada à metrologia

Mediana
A mediana de um conjunto de números, organizados por ordem de grandeza, é o valor
central ou a média aritmética dos dois valores centrais.
Exemplos:
A mediana dos números 3, 4, 5, 6, 8, 8, 10 é 6
O conjunto 5, 5, 7, 9, 11, 12, 15, 18 tem a mediana ½(9+11) = 10

Moda
A moda de um conjunto de números é o valor que ocorre com a maior frequência, ou
seja, é o valor mais comum. A moda pode não existir, ou existir mas não ser única.
Exemplos:
• O conjunto 2, 2, 5, 7, 9, 9, 9, 10, 10, 11, 12, 18 tem moda 9
• O conjunto 3, 5, 8, 10, 12, 15, 16 não tem moda
• O conjunto 2, 3, 4, 4, 4, 5, 5, 7, 7, 7, 9 tem duas modas, 4 e 7 (diz-se por isso que é
bimodal; ver 4.4.4)
NORMA ABNT ISO 9000

Normas da Série ISO 9000

- ISO 9000 (NBR ISO 9000, versão brasileira na ABNT) - Normas de


gestão da qualidade e garantia da qualidade. Não é normativa.
- Auxilia a empresa na seleção da norma mais apropriada para o seu
negócio e na sua utilização.
- Descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e
estabelece a terminologia para estes sistemas.
NORMA ABNT ISO 9000

Normas da Série ISO 9000

- ISO 9001 (NBR ISO 9001) - Sistemas da qualidade. Modelo para


garantia da qualidade em projeto, desenvolvimento, produção, instalação
e assistência técnica.
- É a norma mais geral da família e pode ser aplicável a qualquer
empresa ou atividade.
- Especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade, onde
uma organização precisa demonstrar sua capacidade para fornecer
produtos que atendam os requisitos do cliente e os requisitos
regulamentares aplicáveis, e objetiva aumentar a satisfação do
cliente.
NORMA ABNT ISO 9000

Normas da Série ISO 9000

- ISO 9002 (NBR ISO 9002) - Sistemas da qualidade. Modelo para


garantia da qualidade em produção e instalação.
- Aplica-se a empresas que não têm atividades de desenvolvimento como por
exemplo serviços em geral (exceto os de projeto)

- ISO 9003 (NBR ISO 9003) - Sistemas da qualidade. Modelo para


garantia da qualidade em inspeção e ensaios finais.
NORMA ABNT ISO 9000

Normas da Série ISO 9000

- ISO 9004 (NBR ISO 9004) - Gestão da qualidade e elementos


do sistema da qualidade. Diretrizes. Não é normativo
- fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia como a eficiência do
sistema de gestão da qualidade. O objetivo desta norma é melhorar o
desempenho da organização e a satisfação dos clientes e das outras
partes interessadas.

- A ABNT NBR ISO 19011 fornece diretrizes sobre auditoria de sistemas de gestão da
qualidade e ambiental.

 Juntas elas formam um conjunto coerente de normas sobre sistema de gestão da


qualidade, facilitando a compreensão mútua no comércio nacional e internacional.
NORMA ABNT ISO 9000

OS 8 PRINCÍPIOS DE GESTÃO DO SISTEMA QUALIDADE

- Foco no cliente;
- Organizações dependem de seus clientes e, portanto, convém que entendam
as necessidades atuais e futuras do cliente, os seus requisitos e procurem
exceder as suas expectativas.
- Liderança sobre objetivos comuns;
- Líderes estabelecem unidade de propósito e o rumo da organização.
Convém que eles criem e mantenham um ambiente interno, no qual as
pessoas possam estar totalmente envolvidas no propósito de atingir os
objetivos da organização.
- Envolvimento de todos;
- Pessoas de todos os níveis são a essência de uma organização, e seu total
envolvimento possibilita que as suas habilidades sejam usadas para o benefício
da organização.
NORMA ABNT ISO 9000

OS 8 PRINCÍPIOS DE GESTÃO DO SISTEMA QUALIDADE

- Abordagem de processo
- Um resultado desejado é alcançado mais eficientemente quando as
atividades e os recursos relacionados são gerenciados como um
processo.

- Abordagem sistêmica para a gestão


- Identificar, entender e gerenciar processos inter-relacionados como um
sistema contribui para a eficácia e eficiência da organização no sentido
desta atingir os seus objetivos.

- Melhoria contínua
- Convém que a melhoria contínua do desempenho global da organização
seja seu objetivo permanente.
NORMA ABNT ISO 9000

OS 8 PRINCÍPIOS DE GESTÃO DO SISTEMA QUALIDADE

- Decidir após ter os dados;


- Decisões eficazes são baseadas na análise de dados e informações.

- Benefícios mútuos entre clientes e fornecedores


- Uma organização e seus fornecedores são interdependentes, e uma
relação de benefícios mútuos aumenta a habilidade de ambos em agregar
valor.
NORMA ABNT ISO 9000

OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

a) organizações que buscam vantagens através da implementação de


um sistema de gestão da qualidade;

b) organizações que buscam a confiança nos seus fornecedores de que


os requisitos de seus produtos serão atendidos;

c) usuários dos produtos;

d) aqueles que têm interesse no entendimento mútuo da


terminologia utilizada na gestão da qualidade (por exemplo:
fornecedores, clientes, órgãos regulamentadores);
NORMA ABNT ISO 9000

OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

e) aqueles, internos ou externos à organização, que avaliam o sistema


de gestão da qualidade ou o auditam, para verificarem a
conformidade com os requisitos da ABNT NBR ISO 9001 (por
exemplo: auditores, órgãos regulamentadores e organismos de
certificação);

f) aqueles, internos ou externos à organização, que prestam


assessoria ou treinamento sobre o sistema de gestão da qualidade
adequado à organização;

g) grupos de pessoas que elaboram normas correlatas.


NORMA ABNT ISO 9000

JUSTIFICATIVAS PARA SISTEMAS DE GESTÃO DA QULIDADE

- Sistemas de gestão da qualidade podem ajudar as organizações a


aumentar a satisfação do cliente.

- Clientes exigem produtos com características que satisfaçam


as suas necessidades e expectativas.

- Como as necessidades e expectativas dos clientes estão mudando, e


por causa das pressões competitivas e dos avanços tecnológicos,
as organizações são induzidas a melhorar continuamente seus
produtos e processos.
NORMA ABNT ISO 9000

JUSTIFICATIVAS PARA SISTEMAS DE GESTÃO DA QULIDADE

- A abordagem do sistema de gestão da qualidade incentiva as


organizações a:
• analisar os requisitos do cliente
• definir os processos que contribuem para a obtenção de um produto
que é aceitável para o cliente
• manter estes processos sob controle
NORMA ABNT ISO 9000

Razões para adotar a qualidade

- Conscientização da alta administração


- “por livre e espontânea vontade”

- Razões contratuais
- “por livre e espontânea pressão”

- Competividade
- “ou nos enquadramos ou quebramos”

- Modismo
- “temos que dançar conforme a música”
NORMA ABNT ISO 9000

FUNÇÃO DA ALTA DIREÇÃO NO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

a) estabelecer e manter a política da qualidade e os objetivos da


qualidade da organização;

b) promover a política da qualidade e os objetivos da qualidade por


toda a organização para aumentar a conscientização, motivação e
envolvimento;

c) assegurar, em toda a organização, o foco nos requisitos do cliente;


NORMA ABNT ISO 9000

FUNÇÃO DA ALTA DIREÇÃO NO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

d) assegurar que processos apropriados são implementados para


possibilitar que requisitos de clientes e de outras partes
interessadas são atendidos, e que os objetivos da qualidade são
alcançados;

e) garantir que um sistema de gestão da qualidade eficaz e eficiente


seja estabelecido, implementado e mantido para atingir estes
objetivos da qualidade;

f) garantir a disponibilidade dos recursos necessários;


NORMA ABNT ISO 9000

FUNÇÃO DA ALTA DIREÇÃO NO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

g) analisar criticamente o sistema de gestão da qualidade,


periodicamente;

h) decidir sobre ações a serem adotadas em relação à política da


qualidade e aos objetivos da qualidade;

i) decidir sobre as ações para a melhoria do sistema de gestão da


qualidade.
NORMA ABNT ISO 9000

VALOR DA DOCUMENTAÇÃO NO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

A documentação permite a comunicação do propósito e a consistência


da ação. Seu uso contribui para:
• atingir a conformidade com os requisitos do cliente e a melhoria da
qualidade
• Prover treinamento apropriado
• assegurar a rastreabilidade e a repetibilidade,
• prover evidência objetiva, e
• avaliar a eficácia e a contínua adequação do sistema de gestão da
qualidade.
NORMA ABNT ISO 9000

TIPOS DE DOCUMENTOS USADOS NO SISTEMA DE GESTÃO DA


QUALIDADE

a) documentos que fornecem informações consistentes, tanto


internamente como externamente, sobre o sistema de gestão da
qualidade da organização; tais documentos são referidos como
manuais da qualidade;
b) documentos que descrevem como o sistema de gestão da qualidade
é aplicado em um projeto, contrato ou produto específico; tais
documentos são referidos como planos da qualidade;
c) documentos que estabelecem requisitos; tais documentos são
referidos como especificações;
NORMA ABNT ISO 9000

TIPOS DE DOCUMENTOS USADOS NO SISTEMA DE GESTÃO DA


QUALIDADE

e) documentos que fornecem informações sobre como realizar


atividades e processos de forma consistente; tais documentos
podem incluir procedimentos documentados, instruções de trabalho
e desenhos;
f) documentos que fornecem evidência objetiva de atividades
realizadas ou de resultados alcançados; tais documentos são referidos
como registros.
NORMA ABNT ISO 9000

PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

a) O processo está identificado e apropriadamente definido?


b) As responsabilidades estão atribuídas?
c) Os procedimentos estão implementados e mantidos?
d) O processo é eficaz em alcançar os resultados requeridos?
NORMA ABNT ISO 9000

AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

- Auditorias são usadas para determinar em que grau os requisitos do


sistema de gestão da qualidade foram atendidos.
- As constatações da auditoria são usadas para avaliar a eficácia do
sistema de gestão da qualidade e para identificar oportunidades de
melhoria e:
• são realizadas pela própria organização ou em seu nome, para
propósitos internos
• podem formar a base para uma auto declaração da conformidade
da organização
• São realizadas pelos clientes da organização, ou por outras
pessoas em nome do cliente
NORMA ABNT ISO 9000

AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

- As constatações da auditoria são usadas para avaliar a eficácia do


sistema de gestão da qualidade e para identificar oportunidades de
melhoria e:
• realizadas por organizações externas independentes
• tais organizações, normalmente credenciadas, fornecem
certificações ou registro de conformidade com requisitos tais como
aqueles da ABNT NBR ISO 9001.
NORMA ABNT ISO 9000

AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

- A ABNT NBR ISO 19011 fornece diretrizes sobre auditorias.


NORMA ABNT ISO 9000

ANALISE CRITICA DE SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

- Entre outras fontes de informação, os relatórios de auditoria


são usados para a análise crítica do sistema da qualidade.

AUTO AVALIAÇÃO
- A auto avaliação de uma organização é uma análise crítica detalhada e
sistemática das atividades da organização e de seus resultados,
comparados com o sistema de gestão da qualidade ou um modelo de
excelência.
NORMA ABNT ISO 9000

MELHORIA CONTINUA DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

a) análise e avaliação da situação existente para identificar áreas para


melhoria;
b) estabelecimento dos objetivos para melhoria;
c) pesquisa de possíveis soluções para atingir os objetivos;
d) avaliação e seleção destas soluções;
e) implementação da solução escolhida;
f) medição, verificação, análise e avaliação dos resultados da
implementação para determinar se os objetivos foram atendidos;
g) formalização das alterações.
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Produto
resultado de um processo

Existem quatro categorias genéricas de produto:


• serviços (por exemplo: transporte);
• informações (por exemplo: programa de computador, dicionário);
• materiais e equipamentos (por exemplo: parte mecânica de um motor);
• materiais processados (por exemplo: lubrificante).
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Processo
conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que
transforma insumos - (entradas) em produtos (saídas)

 Qualidade
grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a
requisitos

 Sistema
conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Sistema
conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos

 Sistema de gestão
sistema para estabelecer política e objetivos e para atingir estes
objetivos

 Sistema de gestão da qualidade


sistema de gestão para dirigir e controlar uma organização, no que
diz respeito à qualidade
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Politica da qualidade
intenções e diretrizes globais de uma organização, relativas à
qualidade, formalmente expressas pela Alta Direção

 Gestão (management)
atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização

 Alta Direção (top management)


pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma organização
no mais alto nível
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Gestão da qualidade
atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização, no
que diz respeito à qualidade

 Planejamento da qualidade
parte da gestão da qualidade focada no estabelecimento dos
objetivos da qualidade e que especifica os recursos e processos
operacionais necessários para atender a estes objetivos

 Controle da qualidade
parte da gestão da qualidade focada no atendimento dos requisitos
da qualidade
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Garantia da qualidade
parte da gestão da qualidade focada em prover confiança de que os
requisitos da qualidade serão atendidos

 Eficácia
extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os
resultados planejados, alcançados

 Eficiência
relação entre o resultado alcançado e os recursos usados
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Organização
grupo de instalações e pessoas com um conjunto de
responsabilidades, autoridades e relações

 Estrutura organizacional
conjunto de responsabilidades, autoridades e relações entre pessoas

 Cliente
organização ou pessoa que recebe um produto
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Fornecedor
organização ou pessoa que fornece um produto

 Rastreabilidade
capacidade de recuperar o histórico, a aplicação ou a localização
daquilo que está sendo considerado

 Conformidade
Atendimento a um requisito
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Defeito
não atendimento a um requisito relacionado a um uso pretendido ou
especificado

 Ação preventiva
ação para eliminar a causa de uma potencial não-conformidade
ou outra situação potencialmente indesejável

 Ação corretiva
ação para eliminar a causa de uma não-conformidade (3.6.2)
identificada ou outra situação indesejável
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Correção
ação para eliminar uma não-conformidade identificada

 Retrabalho
ação sobre um produto não-conforme, a fim de torná-lo conforme aos
requisitos

 Reparo
ação sobre um produto não-conforme, a fim de torná-lo aceitável
para o uso pretendido
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Refugo
ação sobre um produto não-conforme, para impedir a sua utilização
prevista originalmente

 Manual da qualidade
documento que especifica o sistema de gestão da qualidade de uma
organização

 Plano da qualidade
documento que especifica quais os procedimentos e recursos
associados devem ser aplicados, por quem e quando, a um
empreendimento, produto, processo ou contrato específicos
NORMA ABNT ISO 9000

TERMOS E DEFINIÇÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

 Inspeção
avaliação da conformidade pela observação e julgamento,
acompanhada, se necessário, de medições, ensaios ou comparação
com padrões

 Auditoria
processo sistemático, documentado e independente, para obter
evidência da auditoria e avaliá-la objetivamente para determinar a
extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos
NORMA ABNT ISO 9000

Benefícios da qualidade

- Para o cliente
- Saber a capacidade corrente e potencial de um fornecedor.

- Para a empresa de desenvolvimento


- Determinar a capacidade corrente e potencial de seu próprio
processo de desenvolvimento.
- Definir áreas e prioridades para um processo de melhoria
contínua de software (SPI).
- Um mapa para guiar durante SPI.
- Abertura de novos mercados
NORMA ABNT ISO 9000

Benefícios da qualidade

- Para a empresa de desenvolvimento


- Maior conformidade às exigências dos clientes
- Melhor uso dos recursos existentes
- Aumento da lucratividade
- Maior integração entre os setores da organização
- Melhores condições para gerenciar os processos
- Diminuição dos custos de desenvolvimento
NORMA ABNT ISO 9000

- ISO 9000-3: diretrizes para a aplicação da ISO 9001 ao projeto,


desenvolvimento, fornecimento, instalação e manutenção de
software.

- Estrutura do Sistema da Qualidade


NORMA ABNT ISO 9000

- Manual da Qualidade
– diretrizes da empresa para a qualidade
– pode incluir ou fazer referência a procedimentos
- Procedimentos
– descrevem quem executa as tarefas, sua responsabilidade e
autoridade, o que é feito, onde e em que momentos (fluxo de
execução)
– detalhes mais operacionais podem ser remetidos às instruções de
trabalho, quando apropriado
- Instruções de Trabalho
– detalhes de nível operacional e rotinas de execução de tarefas
- Registros da Qualidade
– evidências objetivas que o trabalho está sendo executado de acordo
com as regras e procedimentos
NORMA ISO 9001:2015

Sobre a ISO 9001:2015

ISO 9001, norma líder mundial em qualidade internacional, ajudou


milhões de organizações a melhorar sua qualidade e desempenho
operacional desde que foi publicada pela primeira vez como BS
5750 em 1979. A nova versão garante que a ISO 9001 mantenha
a relevância no mercado de hoje e continue a oferecer às
organizações um melhor desempenho e benefícios de negócios.

pode ser implementada em conjunto com outras normas e por


empresas de qualquer porte, independentemente da área de
atividade.
NORMA ISO 9001:2015

Benefícios da certificação
 Auxilia no planejamento estratégico e no alcance de metas.
 Reduz os custos de diversas áreas, assim como aumenta a
eficiência dos processos interno, garantindo melhores
oportunidades e maior competitividade frente aos mercados
nacional e internacional. Para o cliente, a grande vantagem é ser
atendido por organizações que têm o objetivo satisfazê-lo de
forma estruturada e focada no aumento da sua satisfação.
 Estabelece gerenciamento dos riscos, oportunidades e
mudanças.
 Possibilita gerenciar melhorias.

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