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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA – A POLITÉCNICA

ISPUNA
Curso de Engenharia Mecânica
4° Ano
2021
Instrumentação Mecânica
Aula 2
Caracteristicas Gerais dos Sistemas de Medição

Bilal Amade
2.1
Introdução aos Sistemas
de Medição
2
2.1 Introdução aos Sistemas de Medição
• A expressão sistema de medição tem sido preferida para descrever,
de forma mais abrangente, qualquer meio de medição, incluindo
desde os intrumentos de medição mais simples àqueles compostos
por vários módulos interligados, como as máquinas de ensaio de
tracção de materiais e as máquinas de medir por coordenadas.

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2.1 Introdução aos Sistemas de Medição
Medir
• Medir é o procedimento experimental pelo qual o valor
momentâneo de uma grandeza física (mensurado) é determinado
com um múltiplo e/ou uma fracção de uma unidade, estabelecida
por um padrão e reconhecida internacionalmente.
• Assim, medir consiste em comparar a quantidade ou variável
desconhecida com um padrão definido para o tipo de quantidade,
implicando então num certo tipo de escala.

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2.1 Introdução aos Sistemas de Medição
• Para encontrar o número de vezes em que a unidade de medição
está contida dentro do mensurado, dois caminhos são normalmente
utilizados:
 A comparação do mensurado com um valor de referência, ou

 A obtenção de um efeito mensurável proposrcional ao valor do


mensurado.
• Esses princípios são a base dos dois principais métodos de
medição: comparação (ou zeragem) e indicação (ou deflexão). O
método diferencial combina elementos dos dois métodos principais.

5
2.2
Métodos Básicos de
Medição
6
2.2 Métodos Básicos de Medição
• Método da Comparação – o método de medição por comparação
determina o valor do mensurado comparando-o com um artefacto
cujo valor de referência é muito bem conhecido.
• Procura-se compor uma medida materializada com valor
conhecido, equivalemte ao mensurado, deforma que ambos,
actuando sobre um dispositivo comparador, indiquem diferença
zero.

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2.2 Métodos Básicos de Medição
• Método da Comparação

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2.2 Métodos Básicos de Medição
O método de substituição é uma variante do método da comparação
e consiste em recolocação de algo de valor desconhecido por algo de
valor conhecido, sem alterar as condições de medição.

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2.2 Métodos Básicos de Medição
• Método da Indicação – os sistemas de medição que utilizam o
método da indicação são construidos de forma a tornar perceptível
para o usuário um efeito proporcional ao valor do mensurado.
• Normalmente traduzem a deflexão de um ponteiro, ou o
incremento do valor de um mostrador digital, que é percebido
pelo usuário.

10
2.2 Métodos Básicos de Medição
Método da Indicação

11
2.2 Métodos Básicos de Medição
Método diferencial – este métoo combina elementos das medições
combinação dos métodos da indicação e da comparação.
• O mensurado é comparado a uma medida materializada, cujo valor
é próximo ao do mensurado, e a diferença entre ambos é medida por
um instrumento que opera pelo método da indicação.
• Com este método mede-se não comprimento, mas também outras
grandezas como pressão, temperatura, tensão eléctrica, força e massa,
entre outras.

12
2.2 Métodos Básicos de Medição
Método diferencial

13
2.2 Métodos Básicos de Medição
• Factores a considerar na escolha dos métodos básicos de medição:
 Velocidade de medição

 Possibilidade de medição computarizada

 Incerteza e sua estabilidade ao longo do tempo

 Custo

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2.2 Métodos Básicos de Medição
Comparação entre os Métodos Básicos de Medição
Característica Comparação Indicação Diferencial
Velocidade de Muito lento Muito rápido Rápido
medição
Possibilidade de Muito difícil Muito fácil Muito fácil
medição
computarizada
Incerteza e sua Muito estável Instável Estável
estabilidade com o
tempo
Custo Elevado Moderado a elevado Moderado
15
2.3
Módulos Básicos de um
Sistema de Medição
16
2.3 Módulos Básicos de um Sistema de Medição
• A grande maioria dos sistemas de medição que operam pelo
princípio de indicação apresenta três módulos funcionais bem
definidos:
 Transdutor e/ou sensor

 Unidade de tratamento do sinal

 Dispositivo mostrador ou registrador

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2.3 Módulos Básicos de Um Sistema de Medição
Transdutor
• Transdutor é o módulo do sistema de medição que gera um sinal
de medição geralmente proporcional ao valor do mensurado. O
transdutor fica em contacto com o mensurado. É uma série de
fenômenos físicos podem ocorrer no transdutor, produzindo um
sinal de medição.
• O sinal de medição pode ser mecânico, pneumático, eléctrico ou
de outra natureza, mas está sempre relacionado ao valor do
mensurado por meio de uma função bem definida.

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2.3 Módulos Básicos de Um Sistema de Medição
Undidade de Tratamento de Sinais/Condicionador de Sinais
• Undidade de Tratamento de Sinais – processa o sinal de medição
do transdutor e normalmente amplifica sua potência
• O sinal gerado pelo transdutor normalmente é de baixa energia
sendo difícil de ser directamente indicado.
• A unidade de tratamento de sinal tem por função principal
amplificar a potência do sinal de medição

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2.3 Módulos Básicos de Um Sistema de Medição
Dispositivo Mostrador e/ou Registrador
• Dispositivo Mostrador e/ou Registrador é o módulo do sistema de
medição que torna o sinal de medição perceptível para o usuário.
• É o último módulo do sistema de medição.
• Recebe o sinal de medição já tratado, e através de de recursos
mecânicos, electromecânicos, electrónicos ou outros, transforma-o
em número inteligível ao usuário, ou seja, produz uma informação
directa perceptível.
• Existem mostradores analógicos e digitais.
20
2.3 Módulos Básicos de Um Sistema de Medição
Exemplos

21
2.3 Módulos Básicos de Um Sistema de Medição
Exemplos
Um dispositivo transfere o deslocamento da mola para o núcleo ferromagnético “N” que transforma as indutâncias das duas
boninas “B” conectadas a um circuito PW (Ponte de Wheatsone) que transforma a diferença de indutância das duas
bobinas em um sinal de tensão elécrtica proporcional. Este sinal de baixa potência é amplifado pelo “A” e é mostrado pelo
Indicador “ID”.

22
2.4.
Características dos
Instrumentos de
Medição
23
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
1. Faixa de Indicação – É o intervalo compreendido entre o menor e
o maior valor que pode ser indicado pelo dispositivo mostrador do
sistema de medição.
• Exemplos:
– Micrômetro: FI = 50 a 75 mm
– Termômetro: FI = -20 a 60°C
– Voltímetro: FI = ±200V

24
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
1. Faixa de Indicação (FI)
• Para indicadores digitais, a faixa de indicação é melhor expressa
pelo número de dígitos que podem ser mostrados.
Exemplo
• Termômetro digital: FI = ±99.99 °C (faixa de indicação de 4
dígitos).
• Voltímetro digital: FI = ±1,999 V (3 ½ dígitos)

25
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
• 1. Faixa de Indicação (FI)

26
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
1. Faixa de Indição
• A indicação pode ser realizada de forma analógica ou digital.
• Instrumentos analógicos envolvem ponteiros ou marcas que se
movem sobre uma escala permitindo a leitura da indicação.
• Os indicadores digitais possuem dígitos numéricos. A leitua é mais
cômoda e menos susceptível a erros que nos analógicos

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
2. Faixa de Medição (FM) – Measuring Range
• É conjunto de valores do mensurando para o qual o sistema foi
desenhado para operar.
• Dentro dessa faixa, os erros dos istema de medição mantêm-se
dentro dos limites especificados pelo fabricante.
• A faixa de medição é menor ou, no máximo igual à faixa de
indicação.

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
2. Faixa de Medição (FM) – Measuring Range
Sistema de Medição Faixa de Indicação Faixa de Medição
Termômetro de bulbo -20 a 60°C -20 a 60°C
Paquímetro mecânico 0 a 220 mm 0 a 150 mm
Termômetro digital ±99,99°C (4 dígitos) -20 a 60°C
Paquímetro digital 0 a 99,999 mm (5 dígitos) 0 a 25 mm

29
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
3. Alcance (Span)
• A amplitude nominal ou span diferenca nominal entre os dois
limites de uma faixa nominal (de acordo com o INMETRO), ou
seja, e a diferenca entre o maior e menor valor de uma escala de
um instrumento (Procel).

Exemplo
Um instrumento que possui a faixa de medição de entre 200 a
1200°C, o span sera de 1000°C.
30
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
4. Faixa de Nominal (FN) – Alguns sistemas de medição possuem várias
faixas de indicação, isto é, em seu mostrador estão presentes várias escalas.
A selecção da faixa é feita por meio de controlos disponibilizados para o
usuário. Nesse caso, cada uma dessas faixas é denominada de faixa
nominal.

Exemplo
Um voltímetro digital pode ter as seguintes faixas:
±200mV, ±2V, ±20V, ±200V e ±1000V

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
5. Resolução (R) - Resolução é a menor diferença entre indicações
que pode ser significativamente percebida.
– Nos mostradores digitais corresponde ao incremento digital.
– Nos mostradores analógicos a resolução depende de factores como
qualidade dos dispositivo indicador e capacidade do usuário em fazer
interpolações.

Valor Mínimo de Entrada


Resolução  100%
Fundo de Escala

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
5. Resolução (R)
Para mostradores analógicos – Valor de uma divisão de escala (VD)
– Nos mostradores analógicos é a diferença entre os valores da escala
entre duas marcas sucessivas.

Exemplos
Escala milimétrica: VD = 1 mm
Termômetro: VD = 1°C
Velocímetro de automóvel VD = 5 km/h

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
5. Resolução (R)
Para mostradores digitais - Incremento Digital (ID) – Corresponde à
menor variação da indicação directa possível de ser apresentada por
um dispositivo mostrador digital. É determinada pela forma como
varia o último dígito.
Exemplo

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
6. Curva Característica de Resposta – É a relação entre o estímulo e a
resposta de um sistema de medição.
Nem sempre a resposta é proporcional ao estímulo devido a factores
como impossibilidade física ou dificuldades construtivas

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
7. Sensibilidade (Sb)
• Sensibildade é o quociente entre a variação da resposta (sinal de
saída) e a correspondente variação do estímulo (sinal de entrada).
• Geometricamanete a sensibilidade corresponde à inclinação da
curva característica de resposta.
Sensibilidade   Percentagem de sensibilidade  Range

S  %S  Range

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
7. Sensibilidade
Exemplos:
Sensibilidade de inidcação do ponteiro de um tanque de
combustível. Início (tanque de combustível vazio) e fim (tanque de
combustível cheio).

Um instrumento com range de 0 a 500ºC e com uma sensibilidade


de 0,05% terá valor de sensibilidade absoluta de:
0, 05
  (500  0)  0, 25º C
100 37
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
8. Curva de Erros (CE)
• Curva de erros é o gráfico que representa os erros apresentados
pelo sistema de medição como função da sua indicação. É composta
por uma linha central, que representa os erros sistemáticos e uma
faixa que representa os erros aleatórios.
• Os contornos da faixa são simetricamente afastads da curva dos
erros sistemáticos de uma distância equivalente à repetitividade.

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
8. Curva de Erros (CE)
• A forma da curva dos erros é imprevisível e decorre das
características individuais de cada sistema de medição avaliado.
• Assim, em função da indicação é possível encontrar a parcela do
erro sistemático e a indicação da repetitividade associada à parcela
aleatória do erro de medição.

39
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
8. Curva de Erros

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
9. Histerese (H)
• É a não coincidência das curvas ascendente e descendente.
• Quando um certo valor de entrada é atingido, a primeira vez
quando os valore de entrada estão aumentando, e a segunda vez
quando eles estão diminuindo, a diferença das saídas é chamada de
histerese, a qual pode ter diversas causas físicas.
• Calcula-se a este parâmetro como sendo o valor pico da diferença
das saídas, em referência ao fundo de escala e em porcentagem

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
9. Histerese (H)

42
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
10. Tempo de Resposta (TdR)
Tempo de Resposta de um sistema de medição é o intervalo de tempo
entre o instante em que este é submetido a um estímulo com uma
variaçãobrusca e o instante em que a resposta atinge e permanece
dentro de limites especificados em torno do seu valor final estável.

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
11. Tendência (Td) e Correcção (C)
• Tendência – é uma estimativa do erro sistemático apresentado por
um sistema de medição. É calculada a partir da média das medições
repetitivas efectuadas, da qual é subtraido o valor verdadeiro
convencional do padrão medido.
• Correcção é o valor que, somado ao reultado não corrigido de uma
mdeição, compensa o erro sistemático. Numéricamente corresponde à
tendência com sinal trocado.

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
12. Repetitividade (Re)
A repetitividade exprime a intensidade com que agem os erros
aleatórios em repetidas medições do mesmo mensurado, efectuadas
sob as mesmas condições de medição.

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
13. Reprodutividade (Rp)
A reprodutividade exprime a intensidade com que agem os erros
aleatórios em repetidas medições do mesmo mensurado efectuadas
sob condições variadas de medição.

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
14. Linearidade
Lenearidade exprime o quanto a curva característica da resposta real
se aproxima da linha recta ideal.

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
15. Erro de Linearidade – é um parâmetro que exprime o quanto a
curva característica de resposta real se afata da linha recta ideal

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
16. Estabilidade e Deriva
Estabilidade expressa a aptidão de um sistema de medição em manter
constantes suas características metrológicas, geralmente ao longo do
tempo.
Deriva descreve a taxa de variação de uma característica que ocorre de
manaira lenta e uniforme com o tempo ou outra grandeza de influência.
Exemplo:
• O valor de da resistência de um resistor-padrão que aumenta 0,002 Ω a
cada kelvin de aumento de temperatura ambiente possui uma deriva de
0,002 Ω/K.
• Um voltímetro digital cuja indicação não permanece estável, ams
diminui 0,8μV a cada duas horas, possui uma deriva de -0,4 μV/h.
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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
17. Erro ou Offset – É a diferença entre o valor medido pelo instrumento
e o valor real da grandeza.
• Erros randômicos: são aqueles que variam de forma aleatória entre
medidas sucessivas da mesma quantidade (operação, ambiente,
dinâmico)
• Erros sistemáticos: são erros que não variam de uma leitura para outra
(construção, aproximações, envelheciment, )
• Erros absolutos: são definidos como a diferença entre o valor atual
medido e o valor livre de erro (Padrão).
Ea  X i  X s

50
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
Erros relativos – são definidos como os erros absolutos normalizados,
ou seja o erro absoluto dividido por uma quantidade de referência

Xi  X s
Er  ( ) 100%
X
Onde:
xi = valor atual da medida
xs = valor correcto da medida
X = valor de referência

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
Erro em Instrumento Analógico – Geralmente é fornecido em função
do fundo de escala (expresso em percentual)
 Fundo de escala 
Erro de medição  Erro do instrumento   
 Leitura 
Valor real  Leitura  Erro de medição

Exemplo: Um voltímetro que possui erro de 5% de fundo de escala está sendo


utilizado na escala de 1.000V para medir uma tensão de 220V. Qual é o erro da
medida e o valor da leitura considerando o erro?
 1000 
Erro de medição  0, 05    100%  23%
 220 
U  (220  23%) V
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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
Erro em Instrumento Analógico
Erro de Interpolação
• Posicionamento do ponteiro de medição em relação à escala do
equipamento.

Qual é o valor da pressão?


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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
Erro em Instrumento Analógico
• Erro de Paralaxe – Incorreto posicionamento do usuário em
relação ao equipamento. Quanto maior o ângulo entre a linha de
visão do usuário e uma reta perpendicular à escalar, maior será o
erro.

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
Erro em Instrumento Digital
• Paralaxe e Interpolação são eliminados.
• A resolução desses instrumentos é a mudança de tensão que faz
variar o bit menos significativo no display do medidor.
• O erro é uma combinação de fatores.

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
18. Exactidão
• Exatidão indica o quanto o sensor é capaz de indicar um valor próximo
do valor verdadeiro.
• Podemos definir como a aptidão de um instrumento de medição para
dar respostas próximas a um valor verdadeiro. A exatidão pode ser
descrita de três maneiras:
– Percentual do Fundo de Escala (% do FE), ou seja, do valor máximo da escala
– Percentual do Span (% do span)
– Percentual do Valor Lido (% do VL)

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
18. Exactidão
Exemplo: Para um sensor de temperatura com range de 50 a 250°C e valor
medindo 100°C, determine o intervalo provável do valor real para as
seguintes condições:

Solução
• Exatidão 1% do Fundo de Escala: Valor real = 100°C ± (0,01 x 250) = 100°C
± 2,5ºC
• Exatidão 1% do Span: Valor real = 100ºC ± (0,01 x 200) = 100ºC ± 2,0ºC
• Exatidão 1% do Valor Lido (Instantâneo): Valor real = 100ºC ± (0,01 x 100)
= 100ºC ± 1,0ºC 57
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
19. Precisão
• É a medida da consistência do sensor e indica a sua repetibilidade,
isto é qual a capacidade do sensor em indicar o mesmovalor, estando
nas mesmas condições de operação, em um dado período de tempo.
• É um termo associado à pouca dispersão, ou seja, erros aleatórios.

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
18 e 19 Precisão e exactidão

59
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
20. Repetibilidade
• É o grau de concordância entre os resultados de medições
sucessivas de um mesmo mensurando efectuados sobre as mesmas
condições de medição.
• É a medida da capacidade de um instrumento repetir a mesma
saída (medida) para um dado valor, quando a mesma entrada
precisa é aplicada várias vezes.

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2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
20. Repetibilidade (Rp)

Valor máximo  Valor mínimo


Rp  100
Fundo de Escala

61
2.4.1 Características Estáticas dos Instrumentos
21. Zona Morta
• É a máxima variação que a variável pode ter sem que provoque
alteração na indicação ou sinal de saída de um instrumento.
Zona Morta  Range  %Zona Morta
Onde Range = Faixa de Medição

Exemplo: Um instrumento com range de 0 a 200ºC e uma zona morta de 0.1%,


o valor absoluto dessa zona morta será:
0.1
Zona Morta  (200  0)   0, 2º C
100
62
2.4.2
Características
Dinâmicas dos
Instrumentos
63
2.4.2 Características Dinâmicas dos Instrumentos
1. Resposta transitória/Constante de tempo
Quando um sistema é submetido a uma entrada que apresenta uma
variação abrupta (do tipo degrau), a saída toma um certo tempo para
atingir seu valor final. A constante de tempo (τ ) de um sistema é
definida como o tempo que esse sistema toma para atingir 63,2% do
seu valor final.

64
2.4.2 Características Dinâmicas dos Instrumentos
1. Resposta transitória/Constante de tempo

65
2.4.2 Características Dinâmicas dos Instrumentos
2. Resposta em frequência (Largura de Banda)
• Quando o sinal aplicado a um instrumento apresenta uma
variação com a frequência, chama-se resposta em frequência deste
instrumento, a mudança da relação saída / entrada do
instrumento, usualmente dado em dB (decibeis).
• Define-se também largura de banda (Bw) como a faixa de
frequência cuja relação (saída/entrada) normalizada encontra-se
entre 0 e –3 dB.

66
2.4.2 Características Dinâmicas dos Instrumentos
2. Resposta em frequência (Largura de Banda)

67
2.4.2 Características Dinâmicas dos Instrumentos
3. Frequência Natural
Frequência Natural – É a frequência de oscilação livre (ωn) do
sistema em questão. Um instrumento deve ser projetado para ter sua
frequência natural 5-10 vezes superior à máxima frequência de
trabalho do instrumento.

68
2.4.2 Características Dinâmicas dos Instrumentos
4. Factor de Amortecimento
É a característica de dissipação de energia (ξ) do sistema que junto
com a frequência natural determina o limite da resposta em
frequência do instrumento ou sistema.

69
2.5
Classificação dos
Instrumentos de
Medição
70
2.5 Classificação dos Instrumentos de Medição
 Quanto a Função

71
2.5 Clasificação dos Instrumentos de Medição
 Quanto a Função

72
2.5 Clasificação dos Instrumentos de Medição
 Quanto ao tipo de Sinal produzido ou manipulado
1. Pneumáticos – Sinais produzidos por alteração da pressão do ar
(ou ou outro gás) num tubo de sinal proporcional à mudança
medido em uma variável de processo.
• Faixa padrão da indústria comum: 3 -15 psig (0.2 a 1.0 kgf/cm2)

73
2.5 Clasificação dos Instrumentos de Medição
Vantagens dos Instrumentos Pneumáticos
• Operação segura em áreas onde existe risco de explosão (centrais de gás, por
exemplo).
Desvantagens dos Instrumentos Pneumáticos
• Necessita de tubulação de ar comprimido (ou outro gás) para seu suprimento e
funcionamento;
• Necessita de equipamentos auxiliares para fornecer aos instrumentos ar seco, e
sem partículas sólidas;
• Transmissão é limitada a aproximadamente 100m;
• Vazamentos ao longo da linha de transmissão;
• Não permite conexão direta aos computadores.

74
2.5 Clasificação dos Instrumentos de Medição
2. Instrumentos Hidráulicos - Utiliza-se da variação de pressão exercida
em óleos hidráulicos para transmissão de sinal.
• São especialmente utilizados em aplicações onde torque elevado é
necessário ou quando o processo envolve também pressões elevadas.

Vantagens dos Instrumentos Pneumáticos


• Podem gerar grandes forças e assim accionar equipamentos de grande
peso e dimensão;
• Resposta rápida.

75
2.5 Clasificação dos Instrumentos de Medição
Desvantagens dos Instrumentos Pneumáticos
• Precisa de tubulações de óleo para transmissão e suprimento;
• Precisa de inspeção periódica do nível de óleo bem como sua
troca.
• Precisa de equipamentos auxiliares, tais como reservatório, filtros,
bombas, etc.

76
2.5 Clasificação dos Instrumentos de Medição
3. Instrumentos Eléctricos – São feitos utilizando sinais elétricos de corrente ou tensão.
• São largamente usado em todas as indústrias, onde não ocorre risco de explosão.

Vantagens dos instrumentos eléctricos


• Permite transmissão para longas distâncias com poucas perdas;
• A alimentação pode ser feita pelos próprios fios que conduzem o sinal de
transmissão;
• Necessita de poucos equipamentos auxiliares;
• Permite fácil conexão aos computadores;
• Fácil instalação;
• Permite operações matemáticas de forma fácil

77
2.5 Clasificação dos Instrumentos de Medição
Desvantagens dos instrumentos eléctricos
• Precisa de técnico especializado para sua instalação e manutenção
• Exige utilização de instrumentos e cuidados especiais em
instalações localizadas em áreas de riscos;
• Exige cuidados especiais na escolha do encaminhamento de cabos
ou fios de sinais;
• Os cabos de sinal devem ser protegidos contra ruídos elétricos.

78
2.5 Clasificação dos Instrumentos de Medição
 Quanto ao Tipo de Sinal de Transmissão

• 1. Instrumentos Digitais – Nesse tipo, “pacotes de informações” sobre a variável medida são
enviados para uma estação receptora, através de sinais digitais modulados e padronizados.
Para que a comunicação entre o elemento transmissor receptor seja realizada com êxito é
utilizada uma “linguagem” padrão chamado protocolo de comunicação.
Vantagens dos Instrumentos de Transmissão Digital
• Não necessita ligação ponto a ponto por instrumento;
• Pode utilizar um par trançado ou fibra óptica para transmissão dos dados;
• Imune a ruídos externos;
• Permite configuração, diagnósticos de falha e ajuste em qualquer
• ponto da malha;
• Menor custo final.
79
2.5 Clasificação dos Instrumentos de Medição
Desvantagens dos Instrumentos de Transmissão Digital
• Existência de vários protocolos no mercado, o que dificulta a
comunicação entre equipamentos de marcas diferentes.
• Caso ocorra rompimento no cabo de comunicação pode-se perder
a informação e/ou controle de várias malhas.

80
2.5 Clasificação dos Instrumentos de Medição
2. Instrumento de Transmissão de Sinal Via Rádio – Neste tipo, o sinal
ou um pacote de sinais medidos são enviados à sua estação receptora
via ondas de rádio em uma faixa de freqüência específica.
Vantagens de Transmissão de Sinal Via Rádio
• Não necessita de cabos de sinal.
• Pode-se enviar sinais de medição e controle de máquinas em
movimento.
Desvantagens de Transmissão de Sinal Via Rádio
• Alto custo inicial.
• Necessidade de técnicos altamente especializados.
81
2.5 Clasificação dos Instrumentos de Medição
3. Instrumentos de Transmissão de Sinal Via Modem – A transmissão dos
sinais é feita através de utilização de linhas telefônicas pela modulação
do sinal em freqüência, fase ou amplitude.
Vantagens de Instrumentos de Transmissão de Sinal Via Modem
• Baixo custo de instalação.
• Pode-se transmitir dados a longas distâncias.
Desvantagens de Instrumentos de Transmissão de Sinal Via Modem
• Necessita de profissionais especializados.
• Baixa velocidade na transmissão de dados.
• Sujeito a interferências externas, inclusive violação de informações.

82
Exercícios
1. Para um sensor de temperatura com range de 50 a 250 ºC e
valor medindo 100ºC, determine o intervalo provável do valor
real para as seguintes condições:
a) Exatidão 1% de Fundo de Escala
b) Exatidão 1% do Span
c) Exatidão 1% do valor lido (instantâneo)

2. Um sensor de temperatura tem um intervalo de 0 a 120 ° C e uma


exatidão absoluta de ± 3 ° C. Qual é a sua exatidão em % de fundo de
escala?

83
Exercícios
3. Um sensor de pressão tem uma faixa de 30-125 kPa e a exatidão absoluta é ± 2
kPa. Qual é sua exatidão de fundo de escala e de span?

4. Uma balança de mola tem um span de 10 a 120 kg, a precisão absoluta é ± 3 kg.
Qual é a sua exatidão de fundo de escala e de span?

5. Certo instrumento de vazão com range de 10 a 100 L/s tem os seguintes valores
percentuais de exactidão:
± 0,5 % de leitura
±0,5% de fundo de escala
a) Determine a exatidão absoluta para uma leitura de 45 L/s.
b) Determine a exactidão absoluta do fundo de escala.
84
Exercícios
6. Desenhe o gráfico das leituras do sensor de pressão para
determinar se há histerese, e em caso afirmativo, qual é a histerese
como uma percentagem do fundo de escala?

Pressão real
(Pa) 0 20 40 60 80 100 80 60 40 20 0
Manómetro
(kPa) 0 15 32 49.5 69 92 87 62 44 24 3

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