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1 MEDIDAS ELÉTRICAS
Para garantir a segurança do trabalho e para garantir a economia de recursos é
necessário verificar as grandezas elétricas em que os circuitos e sistemas elétricos
irão trabalhar. Existem inúmeras metodologias teóricas que utilizam a matemática
como meio para definir os valores destas grandezas, entretanto, a verificação real se
faz necessária através de instrumentos adequados: por um lado para a confirmação
do correto comportamento do circuito como o planejado; por outro lado pela falta de
informações prévias.
Pelos entendimentos mostrados acima, fica claro que os erros são comuns em
medições, entretanto com os procedimentos adequados eles podem ser tão pequenos
quanto possível. Ainda segundo os mencionados professores, em medidas elétricas,
costuma-se considerar três categorias de erros:
Outra parte importante destes instrumentos é a escala, pois ela é quem permitirá a
leitura das medidas realizadas por eles. Nelas temos os seguintes parâmetros: fundo
de escala ou calibre, que consiste no valor máximo possível de ser medido sem
danificar o equipamento; posição do zero, que consiste na localização do ponteiro
quando o equipamento não está realizando medições, pode ser: zero à esquerda, zero
à direita, zero central, zero central ou zero suprimido.
1
𝑆=
𝐼𝑚á𝑥
A unidade de medida da sensibilidade é Ohms por Volts (Ω/V), ela define o impacto
do efeito da resistência interna aparelho no circuito em que ele realiza a medição,
quanto maior for o seu valor de sua sensibilidade melhor será o instrumento.
Sobre os medidores analógicos de painel ainda cabe destacar que normalmente são
projetados para funcionar na posição vertical, apesar de em alguns casos poderem
ser utilizados em outras posições. A atenção que o profissional deve ter é a de que se
o instrumento projetado para ser usado em determinada posição for usado em outra
diversa, ele poderá incorrer em erros grosseiros de leitura. A simbologia é mostrada a
seguir:
Agora que já compreendemos os princípios de funcionamentos dos medidores
analógicos passaremos a entender os medidores digitais. Mas fique atento: no
próximo capítulo iremos tratar de medidores analógicos específicos novamente!
.1.14.2.1 Galvanômetro
Este aparelho tem como função a medição de corrente elétrica e isto é possível pelo
seu efeito magnético. Além disso, o galvanômetro é a parte fundamental dos
aparelhos analógicos que medem corrente e tensão que são comumente utilizados
nos laboratórios a partir de associações com resistores. Veremos como fazer isto em
breve!
O valor da corrente é indicado por este medidor através da deflexão de uma agulha
sobre uma escala. LEMBRE-SE: o valor máximo de corrente possível de ser
representado é a corrente de fundo de escala, quanto maior este valor, menor será a
sensibilidade do instrumento.
O galvanômetro é essencialmente um medidor de corrente e pode ser usado
diretamente para medir correntes que não ultrapassem a corrente máxima IFE (Figura
2a). Correntes maiores, além de não poderem ser indicadas pelo aparelho, podem
danificá-lo e portanto não podem ser medidas diretamente. Correntes muito menores
do que IFE também não podem ser medidas por um aparelho de sensibilidade finita.
1.14.2.2 Amperímetro
𝐼𝑠 𝑅𝑔
=
𝐼𝑔 𝑅𝑠
E que:
𝐼 = 𝐼𝑔 + 𝐼𝑠
𝑅𝑔
𝐼 = (1 + )𝐼
𝑅𝑠 𝑔
𝑅𝑔 𝐼𝑓𝑒
𝐼𝑚𝑎𝑥 =
𝑅𝑎
O produto da resistência numa escala pela corrente máxima nessa escala é igual para
todas as escalas e corresponde à máxima queda de potencial no amperímetro. Esse
valor é uma característica do galvanômetro utilizado no amperímetro, e é igual ao
produto da resistência do galvanômetro Rg pela corrente de fundo IFE:
1.14.2.3 Voltímetro
𝑈𝑠 𝑅𝑠
=
𝑈𝑔 𝑅𝑔
E que:
𝑈 = 𝑈𝑔 + 𝑈𝑠
𝑅𝑔
𝐼 = (1 + )𝑈
𝑅𝑠 𝑔
1.14.2.4 Ohmímetro
Este instrumento possui junto com a bobina de tensão um circuito defasado composto
por um resistor R um indutor L, conforme o esquema acima. Como o fator de potência
dos circuitos elétricos pode ter comportamento resistido, indutivo ou capacitivo a
deflexão do ponteiro pode ocorrer nos dois sentidos da escala.
1.14.2.7 Frequêncímetro
É certo que são instrumentos com funções diferentes e bem definidas, e que o
terrômetro é específico para medições em sistemas de aterramento, mas quanto ao
princípio de funcionamento dos instrumentos, para o megômetro, existe um sistema
composto basicamente por um gerador cc, duas bobinas móveis cruzadas e um
regulador de tensão. Caso se deseje medir a resistência de isolamento de um motor,
por exemplo, elege-se a tensão para medição (cuja estabilidade o regulador de tensão
do megômetro é responsável por garantir), que é enviada aos terminais do
equipamento. Estando o motor desconectado (condição necessária para medição da
resistência de isolação), a tensão é aplicada no enrolamento do motor, através do qual
circulará uma corrente elétrica. No interior do megômetro esta corrente gerará um
campo magnético que será responsável pela deflexão de um ponteiro ajustado numa
bobina móvel (para o instrumento analógico).
No caso do terrômetro, de uma forma bem simplificada, para medição de resistência
de aterramento pelo método de Wenner (NBR 7117), utiliza-se uma configuração de
quatro eletrodos igualmente espaçados, cravados no solo a uma mesma
profundidade; então é injetada uma intensidade de corrente elétrica, a qual passa pela
primeira e última haste; então, por ação do campo eletromagnético, é induzida uma
corrente elétrica nas duas hastes centrais, em relação às quais surge uma diferença
de potencial cuja impedância pode ser obtida. É claro que várias circunstâncias irão
influenciar nos resultados obtidos, entre eles: umidade, clima, resistividade do solo…
Logicamente esta instrução visa orientar o operador a evitar o choque elétrico pela
passagem de corrente oriunda de uma descarga atmosférica, mas nas entrelinhas
existe uma indicação indireta de que o equipamento é utilizado para medições em
sistemas de aterramento (sendo ou não concebido especificamente para este fim).
1.14.3 SIMBOLOGIA
Instrumento eletrodinâmico
Sistema Ressonante
O instrumento baseia o seu funcionamento nos efeitos de ressonância. Uma
determinada quantidade de Lâminas metálicas (línguas) de diferentes frequências,
próprias de ressonância, é levada a vibrar, pela ação dos impulsos magnéticos
provenientes de um eletroímã alimentado com frequência nominal da rede. Com isto,
uma das lâminas vibrará com maior intensidade, e exatamente aquela cuja frequência
própria é a mesma cômoda frequência aplicada. Lâminas adjacentes também
vibrarão, porém com menor intensidade. Esse sistema é usado nos frequêncímetros.