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Eletricidade
Engenharia de Produção
Abril, 2009
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INSTRUMENTOS DE MEDIDAS
Objetivos:
Entender os princípios fundamentais de instrumentos de medição elétrica.
Conhecer alguns instrumentos de medição elétrica.
1. Introdução
Um instrumento, no sentido mais amplo, quer dizer qualquer dispositivo
utilizado para executar uma ação e/ou fazer alguma observação ou mensuração.
Exemplos não faltam nas áreas da mecânica (alicate, régua, correia, paquímetro, ...),
biomédica (bisturi, estetoscópio, ...), eletrônica (voltímetro, amperímetro, ohmímetro,
anemômetro, ...), etc.
Da ciência da medição, a metrologia, tem-se os instrumentos de medição.
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Para realizar uma medição é necessário definir os seguintes itens:
1. Determinar o que medir;
2. Definir que instrumento usar;
3. Definir os critérios para avaliar a medição.
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valores: 8,0 V; 8,1 V; 8,2 V; 8,4 V; 8,2 V e 8,3 V. Então, um valor que poderemos
utilizar será:
Assim, o valor 8,2 V nos dará uma maior confiança. Correto? Nem sempre, e se
o instrumento for de péssima qualidade, a média de péssimas medições resultaria em
uma medição mais confiável? É claro que não. Entretanto, a média pode agregar alguma
confiança na medição.
Uma outra solução, evidentemente, seria utilizar um instrumento de maior
qualidade. Aliás, o que é um instrumento de qualidade?
Vamos supor que temos dois instrumentos. O primeiro nos dá uma medição
baseada no seguinte resultado:
V = 8,2 ±1V, e o segundo: V = 8,2 ±0,1V
Assim, com o primeiro instrumento, sabemos que o valor verdadeiro está entre
7,2V e 9,2V. Com o segundo, o valor verdadeiro está entre 8,1V e 8,3V. É claro que o
segundo instrumento é o mais confiável, pois a dispersão das medições, ou seja, a faixa
entre o valor máximo e mínimo, é bem menor.
Esse parâmetro, ±1V , ± 0,1V , ou, em geral, ±δ é denominado de incerteza de
medição. Assim, quanto menor é a incerteza atribuída ao instrumento, maior é a sua
qualidade.
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circuitos dedicados, no entanto, existem alguns instrumentos de medição globais e
fundamentais.
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- Ambas
2.1.5 Aplicação
De acordo com o tipo de utilização dos instrumentos, pode-se classificá-los
como:
- Industriais: Robustos e tolerantes a sobrecargas, distinguindo-se em:
- De quadro: Para instalação fixa em painéis de instrumentos.
- Portátil: Para aplicação móvel
3.1 Voltímetro
O voltímetro é um instrumento de medida da amplitude da tensão elétrica. É
dotado de duas pontas de prova de acesso ao exterior, através das quais se pode medir a
tensão aos terminais de uma fonte de tensão constante, entre dois quaisquer pontos de
um circuito elétrico, ou ainda entre um qualquer ponto e a referência.
A ligação de um voltímetro ao circuito é do tipo paralela. O mesmo é dizer que
durante a medição o instrumento constitui um caminho paralelo ao elemento ou circuito
a diagnosticar. No entanto, um voltímetro ideal procede à medição da tensão sem
absorver qualquer corrente elétrica (apresenta, por isso, uma resistência elétrica de
entrada infinita), característica que garante a não interferência do aparelho no
funcionamento do circuito.
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No passado, todos os voltímetros eram do tipo analógico. Nos aparelhos deste
tipo, a amplitude da tensão é indicada através da posição de um ponteiro sobre uma
escala graduada, cuja seleção condiz com a amplitude prevista para a tensão.
Atualmente existe uma grande variedade de voltímetros analógicos e digitais, sendo em
geral uma das múltiplas funções disponibilizadas pelo multímetro. O voltímetro pode
ter escalas de medida em AC e DC.
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3.2 Amperímetro
O amperímetro é um instrumento de medida da amplitude da corrente elétrica.
Ao contrário do processo de medição da tensão, a medição de uma corrente elétrica
obriga a que o instrumento seja percorrido pela grandeza a diagnosticar. Um
amperímetro ideal caracteriza-se pela capacidade de medir a corrente sem incorrer em
qualquer queda de tensão entre os seus dois terminais. Também pode executar medidas
em AC e DC.
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3.3 Wattímetro
O wattímetro é um instrumento que permite medir a potência elétrica fornecida
ou dissipada por um elemento. O wattímetro implementa o produto das grandezas
tensão e corrente elétrica no elemento, razão pela qual a sua ligação ao circuito é feita
simultaneamente em série e em paralelo. Assim, dois dos terminais são ligados em
paralelo com o elemento, efetuando a medição da tensão, e os dois restantes são
interpostos no caminho da corrente. Tal como o voltímetro e o amperímetro, o
wattímetro ideal mede a tensão sem desvio de qualquer fluxo de corrente, e mede a
corrente sem introduzir qualquer queda de tensão aos seus terminais.
3.4 Multímetro
O multímetro é um instrumento de medida multifuncional que congrega, entre
outras, as funções de voltímetro e de amperímetro. Com ele, grandezas básicas como
corrente, tensão e resistência podem ser medidas e através destas medidas o técnico
pode saber se o circuito está ou não em boas condições.
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Para se utilizar o multímetro é necessário alguns conhecimentos básicos. O
multímetro mede, e estas medidas devem ser interpretadas.
Atualmente existe no mercado uma enorme variedade de multímetros: de tipo
analógico ou digital; de pequenas (bolso) ou grandes dimensões; de baixa ou elevada
precisão; de baixo ou elevado preço.
Vulgarmente chamado de “multitester”, é o principal instrumento de um
eletrônico.
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- não deve haver outra corrente circulando pelo componente analisado, ou seja, se o
componente estiver num circuito, este circuito deve estar desligado.
- não deve haver outros percursos possíveis para a corrente a não ser pelo componente
analisado, ou seja, o componente deve estar fora do circuito (figura)
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Medidas de Resistência
Evidentemente, o teste mais simples que podemos fazer com o multímetro
refere-se à medida de resistência de resistores ou potenciômetros, como é mostrado na
figura.
A escala escolhida deve ser
tal que tenhamos uma indicação da
resistência na região central da escala
onde a precisão do aparelho é maior.
Assim, se a leitura for 5 com a escala
x1k o valor lido deve ser 5k ou 5000
ohms.
No caso de potenciômetros
fazendo a leitura da resistência entre
os terminais extremos teremos o
valor nominal do componente. Por
exemplo, se lermos 22k trata-se de um componente de 22k, não importando a posição
do eixo.
Já, lendo a resistência entre o terminal central e qualquer um dos extremos, a
resistência depende da posição do cursor. Movimentando lentamente o cursor, se o
ponteiro der saltos bruscos e não variar suavemente, teremos então um componente com
problemas.
Um resistor aberto ou potenciômetro aberto fornece uma leitura infinita.
Há um “truque” que todo técnico reparador deve conhecer e que permite testar
resistores no circuito, conforme mostra a figura, o valor lido deve ser menor ou igual da
resistência marcada no componente, mas nunca maior. Se for maior, teremos um
resistor certamente aberto.
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Normalmente os resistores “abrem” ou seja, tendem a alterar o valor para mais e
nunca para menos quando ocorrem anomalias, é um meio prático de encontrar
problemas.
Observe, que se o valor lido for igual ou menor que a resistência marcada em
princípio não podemos com certeza afirmar que ele está bom. Aí sim, deve ser feito um
teste fora do circuito, em caso de dúvidas.
Medidas de Capacitores
Os multímetros não medem capacitância mas podem revelar alguns problemas
que ocorrem com certos tipos de capacitores. Assim, para os capacitores plástico, a
única coisa que um multímetro pode revelar é um eventual curto entre as armaduras.
Um capacitor bom e um capacitor “aberto” (sem capacitância) dará a mesma indicação
no multímetro.
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Assim sendo, utilizar o multímetro no teste deste tipo de componente tem suas
limitações. Um pouco mais pode ser obtido no teste de capacitores de valores elevados,
no caso dos eletrolíticos.
Quando encostamos as pontas de prova de um multímetro num capacitor
eletrolítico, a bateria interna do multímetro carrega o capacitor através de um circuito de
certa resistência existente no interior do instrumento. Esta carga será tanto mais rápida
quanto menor for o valor do capacitor.
O instrumento acusa então, por alguns instantes esta corrente de carga fazendo
com que o ponteiro se movimente no sentido das baixas resistências.
No entanto, assim que a carga se completa, não flui mais corrente no circuito, e
o ponteiro cai ao mínimo, ou seja, passa a indicar uma corrente infinita.
Na prova de um capacitor eletrolítico temos então uma rápida oscilação do
ponteiro que desloca-se no sentido das baixas resistências, para depois voltar para as
resistências infinitas.
Evidentemente, as coisas
devem ocorrer deste modo se o
capacitor estiver bom. E se
estiver ruim?
Temos duas possibilidades
para um capacitor ruim:
- sem capacitância ou aberto.
Neste caso, o capacitor tem sua
capacitância muito reduzida ou
nenhum por motivos diversos
como por exemplo o vazamento
do eletrólito ou sua evaporação.
Ao encostar as pontas de prova do multímetro nos terminais de um capacitor com este
problema a agulha não se movimenta conforme indicado, permanecendo na posição de
infinito.
- em curto ou fuga excessiva: neste caso, pode haver uma fuga de corrente entre as
armaduras ou baixa resistência. A agulha do instrumento na prova vai em direção às
baixas resistências e não volta. Se a agulha voltar, indicando não uma resistência
infinita, mas anormalmente alta, entre 100k e 1M, diremos que o capacitor tem “fuga” e
isso pode ser ruim se o usarmos em aplicações em que este fator pode influir no
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funcionamento do circuito. É o caso de timers, por exemplo onde a fuga não deixa o
capacitor “carregar” totalmente.
3.5 Osciloscópio
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Para se medir um sinal elétrico com um osciloscópio, é necessário se dispor das
“ponteiras de prova”, que deverão ser conectadas aos canais do osciloscópio e à fonte
do sinal elétrico que se deseja medir.
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3.5.4 O que significa o seletor AC/DC/GND
Os sinais elétricos a serem observados no laboratório são geralmente
constituídos por duas componentes: uma componente variável no tempo, e uma
componente contínua. O seletor AC/DC/GND permite a filtragem da componente
contínua dos sinais, bem como visualizar na tela a posição correta para a referência
(terra ou “tensão-zero”) do circuito que está sendo observado. Assim, esse seletor tem o
seguinte significado:
DC: o sinal de entrada é mostrado integralmente (componente contínua e componente
variável no tempo);
AC: apenas a componente do sinal variável no tempo é mostrada, sendo filtrada a
componente contínua do sinal;
GND: mostra a posição do “terra” do circuito na tela do osciloscópio.
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3.5.7 Amplitude de um sinal
A amplitude dos sinais mostrados por um osciloscópio pode ser determinada
diretamente. Para isso, basta observar a escala do eixo vertical do osciloscópio, quando
um determinado sinal está sendo mostrado em função do tempo (modo X-T). Deve-se
contar o número de divisões e multiplicar pela escala que está sendo utilizada.
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elas cruzam o eixo horizontal é uma informação importante, sendo chamada de
“defasagem” entre as duas ondas. A medida da defasagem “X” (em graus), é
determinada observando-se os tempos T e T/4, na tela do osciloscópio, e fazendo-se a
regra de três mostrada na figura anterior. No caso mostrado, a onda de menor amplitude
está atrasada 90 graus em relação à de amplitude maior.
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