Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Objetivos
Estudar os instrumentos mais comumente empregados nas medições elétricas
O que medir?
Há a possibilidade da medição de uma gama bastante vasta de grandezas. Na medição elétrica as grandezas
fundamentais são:
Corrente - I(A);
Tensão – E(V);
Freqüência – F(HZ) ;
Potência (Ativa – Pa(W), Aparente – Ps(VA), Reativa – Pq(VAR);
Resistência – R(Ω);
Capacitância – C(F);
Indutância – L(H);
Fator de potência – FP (pu).
Com o emprego de dispositivos chamados transdutores, existe a possibilidade de medir grandezas físicas tais
como:
Exige conhecimentos fundamentais da medição elétrica para que o emprego de um determinado instrumento
seja adequado e exato para a medição desejada.
Os instrumentos dividem-se, de acordo com a finalidade e quanto ao sistema de medição com qual funcionam.
Os sistemas de medição mais empregados são os seguintes, com a indicação de algumas grandezas que
poderão ser medidas por eles:
Sistema
bobina móvel (A, V, R, °C, r.p.m.)
Sistema ferro móvel (/A., V)
Sistema de lâminas vibráteis (Hz, r.p.m.)
Sistema eletrodinâmico (W, A, V)
Sistema ímã móvel (A, V)
Sistema eletrônico digital (A, V, Hz)
A decisão para mudar algo no processamento poderá ser feita manualmente, ou por intermédio de
instrumentos chamados reguladores, que poderão ou não funcionar nos mesmos princípios dos instrumentos
indicadores.
A avaliação por um período mais longo e de valores instantâneos pode ser feita por intermédio de
registradores funcionando ou não nos mesmos princípios dos instrumentos indicadores.
Podemos dividir os instrumentos de medida quanto ao seu emprego nos seguintes grupos:
Instrumentos indicadores
Instrumentos reguladores
Instrumentos registradores
Instrumentos portáteis
São empregados na manutenção ou laboratório e, portanto de uso descontínuo, para avaliação, controle
e pesquisa de uma instalação, de um outro instrumento ou de um determinado fenômeno ou grandeza .
Um instrumento de medida elétrica aproveita a ação de uma corrente para produzir uma força. Esta faz com
que um elemento móvel do instrumento se desloque. Havendo uma força contrária haverá equilíbrio de forças,
fazendo com que este elemento pare em algum lugar.
Desta maneira é possível a graduação de uma escala para a obtenção dos diversos pontos de equilíbrio para
diversos valores de corrente.
Detalhes construtivos
O instrumento, propriamente dito, com seus acessórios internos intercambiáveis se chama instrumento de
medida elétrica.
O instrumento com seus acessórios externos intercambiáveis ou não, formam o conjunto de medição.
Componentes principais
Mecanismo ou sistema de medição
Compreende o conjunto de peças que possibilitam a transformação de uma corrente elétrica em um
movimento. Nelas estão compreendidas as bobinas fixas ou móveis, o eixo, os mancais, as molas espirais, o
amortecedor e outras peças ativas, como por exemplo o imã permanente e o núcleo de ferro.
Mostrador
Representa a peça sobre a qual, geralmente sob fundo branco, está inscrita a escala com as divisões e
numerações mediante as quais se pode ler o valor da grandeza medida.
Nos instrumentos de medida é de grande importância uma graduação bem feita da escala. Dependendo do
instrumento os traços devem ser grossos para leituras à distância, e finas para instrumentos de laboratório.
As divisões da escala não devem ser muito compridas e nem muito espaçadas para a obtenção de uma boa
leitura. Na figura abaixo são mostrados os diferentes tipos de escalas:
São as peças solidárias ao conjunto ou elemento móvel e que indicam sobre a escala o valor da grandeza
medida. Dependendo do tipo e uso do instrumento o ponteiro pode ter diversa formas como os
representados na figura abaixo.
Acessórios internos
São representados pelos resistores-série que servem para amplificar um campo de tensão, ou derivadores
paralelos que são empregados na ampliação do campo de corrente.
Acessórios externos
Podem ser constituídos pelos cabos de ligação especiais, para conexão do instrumento de medida a seu
acessório, bem como também os resistores série ou deriva dores para a amplificação dos campos de medida.
Podem ser:
Intercambiáveis: usados para qualquer instrumento
Não intercambiáveis: somente poderão ser usados em conexão com um determinado tipo de instrumento.
Circuitos de medição
Circuito de corrente ou série
Aquele pelo qual circula a mesma corrente que atravessa o circuito a ser medido.
Circuito de tensão ou paralelo
Aquele alimentado pela tensão do circuito a ser medido.
Definições e nomenclaturas
Instrumento indicador
É aquele que indica em qualquer momento o valor instantâneo efetivo, médio ou de pico de uma grandeza a
ser medida.
Instrumento registrador
É aquele que inscreve ou registra sucessivamente os valores instantâneos, efetivos ou médios da grandeza a
ser medida.
Multímetro
É aquele que serve para medição de diversas grandezas elétricas no mesmo instrumento, por exemplo:
corrente, tensão e resistência.
Instrumento eletrodinâmico
É aquele que tendo bobinas fixas e bobinas móveis deslocam as últimas eletrodinamicamente, pela ação das
correntes que nelas atuam. Podem ser construídas com peças ferro-magnético para aumentar o campo
eletromagnético.
Instrumentos de indução
É aquele que tem bobinas fixas percorridas por corrente elétrica e de peças condutivas móveis, que são
deslocadas pelas correntes induzidas nelas eletromagneticamente.
Instrumento de vibração
É aquele que é formado por lâminas vibráteis que entram em ressonância sob a ação de
uma corrente.
Instrumento eletrostático
É aquele que apresenta peças metálicas fixas e outras móveis sobre as quais agem forças do campo
eletrostático.
Instrumento bi metálico
É aquele que tem um elemento móvel formado por bimetal que se deforma pela ação direta ou indireta de
uma corrente.
Simbologia
Para a identificação rápida das diversas características do instrumento de medida, foram adotados símbolos
inscritos na escala, de modo que cada um determina uma destas características.
Determinação da classe de exatidão
Para determinação da classe de exatidão de um instrumento, é necessária a definição de erro.
Erro absoluto
É a diferença algébrica entre o valor, indicado no instrumento, de uma determinada grandeza e o seu valor
verdadeiro:
Erro relativo
É o quociente do erro absoluto pelo valor verdadeiro da grandeza que esta sendo medida:
Erro percentual
É o erro expresso como uma percentagem do valor verdadeiro: 100 R E % E
Variação na indicação
É a diferença entre os valores medidos da mesma grandeza, quando uma grandeza de influência, apresenta
sucessivamente dois valores especificados diferentes
Exatidão
É definida pelos limites de erros e pelos limites da variação da indicação.
Pela tabela acima um instrumento da classe 0,5 poderá ter no máximo um erro de 0,5 %, isto é se o valor
no fim de escala do instrumento for 100 V, o erro poderá ser no máximo de 0,5 V, e isto compreendido dentro
de toda a sua escala.
Portanto, quando o instrumento indicar um valor de 50 V, o erro poderá permanecer na faixa 40,5 a 50,5 V.
Não existindo indicação do índice de classe, o instrumento poderá ser considerado da classe de erro 10 %.
Uma bobina pivotada de fio fino, conduzindo uma corrente. É defletida pela interação magnética entre essa
corrente e o campo magnético de um imã permanente (figura).
Este torque se opõe ao de uma mola, semelhante a uma mola de relógio de pulso, torque este proporcional ao
deslocamento angular. A deflexão angular da agulha presa à bobina é diretamente proporcional à corrente na
bobina, e o dispositivo pode ser calibrado para medir corrente. A deflexão máxima para a qual o instrumento é
desenhado, tipicamente 90° a 120°, é chamada deflexão de fundo de escala.
A corrente necessária para produzir uma deflexão de fundo de escala (tipicamente da ordem de 10 A a 10
mA) e a resistência da bobina (tipicamente da ordem de 10 a 1 000Ω) são as características essenciais do
medidor.
Para a sua utilização para medida de corrente ou de tensão um galvanômetro precisa de um resistor que pode
ser colocado em paralelo ou em série com a bobina que tem uma resistência.
Amperímetro
Mede a corrente, logo não deve alterar seu valor final, portanto a resistência interna deve ser pequena. Ideal
que seja nula.
Por isso a resistência interna deve estar em paralelo e ter um valor baixo. O amperímetro deve ser sempre
colocado em série no circuito.
Voltímetro
Mede a d.d.p. (tensão ou voltagem) entre dois pontos. Para evitar o equilíbrio entre a d.d.p. (nula) o
instrumento deve ter uma resistência interna elevada e que esteja ligada em série para eliminar ao máximo a
perda de potencial entre os pontos. Ideal que tenha resistência infinita.
Ohmímetro
Utilizado para medir a resistência. Consiste de um galvanômetro, um resistor e uma fonte (pilha) ligados em
série. A resistência em série deve ser tal que quando os terminais estiverem em curto circuito (R = 0) a
deflexão da bobina seja máxima. Quando o circuito estiver aberto a deflexão não ocorrerá indicando
resistência infinita.
Multímetro digital
É um instrumento capaz de medir tensão, corrente e resistência. Modelos recentes,mesmo os mais simples,
medem ganho estático de transistor bipolar (ganho ) e testam diodos retificadores. Modelos mais
sofisticados medem capacitância e indutância.
Quanto à utilização do multímetro, antes da medida propriamente dita, dois aspectos precisam ser verificados.
A ponteira preta é encaixada no borne denominado comum; a vermelha ou no borne indicado à medição de
corrente, ou no borne indicado à medição de tensão e resistência.
A conexão do multímetro para a medição de tensão, corrente ou resistência é procedida conforme descrito a
seguir.
Tensão
Uma tensão é sempre verificada entre dois pontos. Para medir tensão as ponteiras são encostadas nestes dois
pontos. Se o valor apresentado no mostrador do multímetro for positivo, o ponto em que está encostada a
ponteira vermelha corresponde ao pólo positivo e o ponto em que está encostada a ponteira preta, ao
negativo. Caso o valor apresentado no mostrador seja negativo,vale o oposto. Um multímetro preparado para
medir tensão apresenta elevada resistência elétrica para que sua inserção não altere o comportamento do
circuito (deveria idealmente apresentar resistência infinita).
Corrente
Para um multímetro medir corrente, esta deve circular através do instrumento. Para isto o circuito deve ser
interrompido e aos dois pontos resultantes da interrupção deve ser conectado o multímetro. Se a corrente
entra pela ponteira vermelha (sentido convencional) um valor positivo de corrente será apresentado no
mostrador, e um valor negativo, caso a corrente entre na ponteira preta. Um multímetro preparado para medir
corrente apresenta resistência elétrica muito baixa para que sua inserção não altere o comportamento do
circuito (deveria idealmente, apresentar resistência nula – curto-circuito).
Muito cuidado deve ser tomado com o multímetro quando pronto para medição de corrente. Se seus terminais
forem conectados aos terminais de uma fonte de tensão, por exemplo, circulará, uma corrente muito elevada
pelo instrumento, o que poderá danificá-lo. A medição de corrente em várias partes de um circuito é um
procedimento um pouco inconveniente, devido ao risco de provocar curto-circuito em caso de mau uso, e
principalmente, devido à necessidade de alteração do circuito.
Resistência
Para medir a resistência de um resistor deve-se encostar as ponteiras do multímetro aos sues terminais. Deve-
se tomar o cuidado de que pelo menos um dos terminais do resistor não esteja conectado a nenhum outro
componente de circuito. Para medir a resistência equivalente de um circuito composto exclusivamente por
resistores, conectam-se as ponteiras do multímetro aos dois pontos de referencia.