Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANALOGICA
BASICA
Compilado de várias apostilas do Senai/SC
Principais componentes s, simbologia e aspecto físico.
2
Corrente elétrica é o fluxo ordenado alimentar aparelhos eletrônicos (entre 1,2V e
de elétrons que fluem por um determinado 24V) e os circuitos digitais de equipamento de
condutor informática (computadores, modems, hubs,
etc.). Este tipo de circuito possui um pólo
Tensão elétrica (Ddp) também
negativo e outro positivo (é polarizado),
conhecida como diferença de potencial, na
prática significa a diferença entre a quantidade
de cargas elétricas entre dois corpos. Essa
diferença é medida em Volts, e suas
subunidades são:
Kilovolts = KV
Milivolts = mv
Tensão contínua ou mais chamada de
corrente contínua (CC ou, em inglês, DC -
direct current), é o fluxo constante e ordenado
de elétrons sempre em uma direção. Esse tipo
de corrente é gerado por baterias, pilhas,
dínamos, células solares e fontes de
alimentação de várias tecnologias, que retificam
a corrente alternada para produzir corrente
contínua. Normalmente é utilizada para
Tensão Alternada ou chamada de corrente alternada denomina CA, difere da tensão contínua
porque troca de polaridade constantemente. Provocando nos circuitos um fluxo de corrente ora em um
sentido, ora em outro. Uma fonte de tensão alternada alterna a polaridade constantemente com o tempo.
Os diversos tipos de tensão em CA podem ser distinguidos através de quatro características:
1)Formas de onda.
2 ) Ciclo. É uma variação completa da forma de onda. O ciclo é, em resumo, uma parte da forma de onda
que se repete sucessivamente.
3 ) Período é a designação empregada para definir o tempo necessário para que se realize um ciclo
completo de uma corrente alternada , é representado pela notação T e sua unidade de medida é o
segundos(S).
4 ) Freqüência.é número de ciclos de uma corrente alternada que ocorrem em 1 segundo. É indicado
pela letra f e sua unidade é o Hertz (Hz).
Geralmente a tensão CA é dada quase sempre em seu valor eficaz, que é o valor quadrático
médio desse sinal elétrico (em inglês é chamado de root mean square, ou rms), sendo escrita como Vef
(ou Vrms).
Vef é útil no cálculo da potência consumida por uma carga
Assim, é usual a especificação de corrente ou tensão alternada em termos de valores eficazes,
isto é, valores de corrente ou tensão contínua que produzem a mesma dissipação de potência. Para
medirmos a tensão eficaz utilizamos o multímetro, para medirmos a tensão de pico ou pico a pico
utilizamos o osciloscópio
Resistência elétrica: Chamamos de resistência elétrica a oposição que um determinado corpo
oferece a passagem de corrente elétrica. No caso dos _os condutores essa resistência de pende dos
seguintes fatores:
1. Espessura do fio: quando mais grosso menor será a resistência apresenta;
2. Comprimento do fio: quando mais comprido maior a resistência;
3. Tipo de material usado: cada material apresenta diferentes valores de resistência.
3 Eletrônica
Lei de Ohm: Em certos materiais condutores a relação entre a tensão aplicada e a corrente que flui
por ele, a uma dada temperatura, é constante. Neste caso dizemos que o condutor obedece a lei de
Ohm: R= V / I ou V= R x I ou I = V/R
Onde, R= resistência em ohms V= tensão em volts e I= corrente em Àmperes
4
2-INSTRUMENTOS DE MEDIÇÕES
O osciloscópio é um instrumento de medição que nos permite ver o comportamento da tensão
elétrica. Com ele, podemos medir tensões contínuas, alternadas, períodos e defasagem.
As partes principais do osciloscópio são : botão liga/desliga, intensidade, foco, escalas
TENSÃO/DIV e TIME/DIV, posição horizontal e vertical.
Escala Tensão/Div –
Canal 1 Escala Tensão/Div – Escala Time/Div
Canal 2
Conector
canal 1 Conector
canal 2
CALIBRAÇÃO:
Antes de qualquer leitura com o osciloscópio, devemos seguir o seguinte procedimento:
Ligamos o osciloscópio e esperamos aparecer a imagem;
Selecionamos o canal 1 (CH1) na chave VERT MODE e pressionamos o botão GND do CH1
ajustando-o no centro horizontal da tela;
Ajustamos a intensidade luminosa e o foco de modo a conseguir uma boa visualização da linha;
Ajustamos a posição vertical e horizontal que irá facilitar as medidas;
Conectamos o cabo do osciloscópio no conector X IN, que é um terminal de entrada de sinal;
Conectamos a outra extremidade do cabo (ponta com gancho) ao pino Ponta de Prova,
deixando a garra jacaré livre.
Pressionamos novamente o botão GND do CH1 e deixamos o botão AC/DC em AC;
Ajustamos o botão TIME/DIV para uma boa visualização da onda.
Deveremos ver uma onda quadrada com nível de tensão e freqüência especificadas no osciloscópio.
5 Eletrônica
Contamos quantas divisões (quadrados) existem entre o início da onda e o ponto onde ela
tem o seu valor máximo;
Multiplicamos este número pelo valor da escala VOLT/DIV.
1 – Medições:
a) Siga o procedimento descrito acima, preparando os dois canais do osciloscópio e fazendo a
leitura do nível de tensão e do período, e calculando a freqüência do sinal gerado no
osciloscópio.
Tensão:________ Período (T):_________ Freqüência (f):__________
b) Interligue a fonte de tensão contínua (DC) com o osciloscópio, aumentando a tensão a partir do
0V, meça qual o valor máximo de tensão que é possível visualizar em cada escala, lembrando
que o GND deve estar no centro da tela:
Escala de 0.1V;
Máximo valor:________
Escala de 0.5V;
Máximo valor:________
Escala de 2V;
Máximo valor:________
6
3 - Resistores
São dispositivos utilizados para limitar a passagem da corrente elétrica nos circuitos, são feitos
com material condutor de alta resistividade elétrica e transformam a energia elétrica em energia térmica
(efeito Joule)
Tipos de Resistores quando à Resistência
AJUSTÁVEIS: o valor da resistência elétrica pode ser escolhido e ajustado dentro de uma faixa
de valores. Geralmente são usados para calibração de circuitos elétricos e eletrônicos. Exemplo: trimpots
VARIÁVEIS: o valor da resistência elétrica pode ser variado dentro de uma faixa de valores, são
usados para controle de parâmetros em circuitos elétricos e eletrônicos. Exemplo: potenciômetros,
reostatos.
a) RESISTOR DE FIO:
- Consiste de um tubo cerâmico (ou vidro) que serve de suporte a um fio condutor de alta
resistividade enrolado (níquel-cromo) sobre este tubo.
- O comprimento e o diâmetro do fio determinam sua resistência elétrica.
- robustos e suportam altas temperaturas;
- geralmente na cor verde podendo ser fixo ou ajustável;
- especificações impressas no seu corpo (resistência, tolerância e potência nominal)
- baixa resistências (a k)
- alta potência (de 5W a 1000kW)
- alta tolerância (10% a 20%)
c) POTENCIÔMETRO
É um resistor variável de 3 terminais, sendo 2 ligados às extremidades da resistência e um ligado a um
cursor móvel;
- entre os extremos: resistência fixa;
- entre um extremo e o cursor: resistência variável;
- uma haste é acoplada ao cursor para permitir variação da resistência;
- usados em circuitos para variar grandezas controladas por corrente ou tensão elétrica. Exemplos:
volume de som, contraste de cores em TV, temperaturas, etc.
d) TRIMPOT
É um resistor ajustável cujo cursor é acoplado a uma base plana giratória vertical ou horizontal,
dificultando o acesso manual;
- usados em circuitos em que não se deseja mudança freqüente da resistência.
Exemplos: circuitos para ajuste ou calibração (uso interno)
f) REOSTATOS:
os reostatos são resistores de fio variáveis ou ajustáveis;
sua resistência varia em função do comprimento do fio utilizado entre os contatos móvel (cursor) e
fixo.
8
Testando potenciômetro e trimpot
a) Sempre que variamos a resistência
pelo cursor, a resistência AB e BC variam.
b) Quando a resistência AB aumenta a
resistência BC diminui, dependendo do sentido
em que se gira o eixo do potenciômetro.
c) O valor da resistência do
potenciômetro é sempre a resistência entre AC
(resistência fixa).
9 Eletrônica
Valores comerciais de resistores
Os resistores são fabricados e vendidos com valores nominais padronizados. A tabela abaixo
apresenta as raízes das séries de valores comerciais de resistores. Todos os valores comerciais
encontrados são múltiplos das raízes das séries de valores, valores padronizados (resistência nominal);
Exemplo: Resistores da Série I, raiz 27, podem ter valores como: 0,27; 270; 2k7; 270k; etc.
- Os valores padronizados são determinados a partir de séries de valores (raízes), dos quais são
determinados utilizando múltiplos e submúltiplos;
- O código de cores determina o valor padrão (resistência nominal) dos resistores a partir dos anéis
coloridos impressos no corpo do resistor;
- Normalmente os resistores vêm com 4 anéis coloridos;
Os resistores de precisão possuem 3 algarismos significativos e vêm com 5 anéis impressos, em
geral, o primeiro anel a ser lido é aquele mais próximo a um dos terminais do resistor, desde que não
seja da cor preta, ouro ou prata.
A tolerância representa percentualmente a faixa de variação admissível para o valor da
resistência do resistor.
Exemplo:
Exemplo:
Resistor de 80com potência nominal de 10W. Determinar sua tensão nominal (máxima tensão
admissível): R1 R2
1k 1k R3
1k
Associação de resistores
É muito comum associar resistores para obter um determinado valor de resistência, os principais
tipos de associação são descritos a seguir:
Associação em série: Quando dois ou mais resistores estão ligados em serie, a resistência total é a
soma de suas resistências, basicamente consiste em que a corrente tem um único condutor para fluir:
Rtotal = R1 + R2 + R3 + _ _ _ + Rn
Associação em paralelo: quando estão ligados em paralelos e1ka resistência é dividida entre elas,
basicamente consiste em que a corrente possui mais de um condutorR1
para fluir.
R5 R3
R4
1k 1k 1k
1k
R2
Resistores especiais
O termistor é um resistor dependente da temperatura, ou seja, seu valor de resistência varia com a
temperatura a que está submetido. Esta variação não é linear. Os termistores podem ser de dois tipos:
PTC e NTC.
11 Eletrônica
Os PTCs são resistores cuja resistência elétrica aumenta com o aumento da temperatura. São usados
em Termostatos, proteção de bobinados de motores, estabilização de temperatura de um líquido.
LDR
Resistor que varia sua resistência testar este componente, primeiramente mede-se
conforme a intensidade da luminosa, quanto sua resistência na presença de luz em seguida
maior a intensidade de luz menor a resistência. tapa-se a região sensível e deverá se observar
Por não necessitarem de amplificadores os
LDRs simplificam em muito os circuitos de
controle industriais, uma vez que podem atuar
diretamente sobre os relés de comutação. Para
que a resistência aumenta sensivelmente.
Varistor
Os varistores de óxido de zinco ou SIOV
são componentes bipolares passivos,
destinados a proteger circuitos de surtos ou
transientes de tensão. A resistência dos
varistores diminui sempre que a tensão aplicada
aos seus terminais atinge um valor limite,
fazendo com que o componente passe a
conduzir corrente e conseqüentemente
mantendo a um nível mais baixo o valor da
tensão. É muito utilizado na proteção de
contatos de interruptores para evitar as
sobretensões, em circuitos retificadores com
diodos de silício e na entrada de equipamentos
eletrônicos com a finalidade de protegê-los de
possíveis sobretensões.
SMD
Resistores do tipo sdm são os mais comuns em computadores, isso porque tem um tamanho
extremamente reduzido e são muito baratos. São muito sensíveis e difíceis de trabalhar por isso
geralmente usam-se ferramentas próprias para o manuseio de micros componentes.
CAPACITOR
O capacitor ou condensador possui a capacidade de armazenar cargas elétricas liberando-as
posteriormente sem grandes alterações da ddp da corrente elétrica. Esse componente apresenta entre
outras características :
É capaz de gerar campo elétrico de diferentes configurações e intensidade
Pode confinar campos elétricos intensos em pequenos volumes
Armazena energia, sendo usado como acumulador de cargas
O capacitor é formado por duas placas de condutoras separadas por um material isolante, chamado
dielétrico.
12
Propriedades do capacitor
Capacitância (C): capacidade de acumulação de cargas elétricas no capacitor quando aplicamos
em seus terminais determinada tensão. Sua capacitância é determinada pelas dimensões das placas e
pela distância de uma em relação à outra. Unidades de Medida da capacitância: Farad (F), Microfarad
(F), Nanofarad (F) e Picofarad (F).
Q=CxU
onde Q = carga, C= capacitância U = tensão.
Quando uma Tensão Contínua é aplicada às placas do capacitor, através dele não se verifica
nenhuma passagem de corrente, devido a presença do dielétrico. Por outro lado, ocorre uma
acumulação de carga elétrica nas placas de tal forma, que a placa ligada ao pólo negativo do gerador
acumula elétrons enquanto que a placa ligada ao pólo positivo do gerador falta elétrons. Este fenômeno
é chamado de Polarização do Dielétrico.
Quando a tensão aplicada é interrompida, a carga acumulada mantém-se devido ao Campo
Elétrico que se forma entre as placas. a tensão leva certo tempo para atingir o valor máximo. Portanto,
no capacitor, a corrente está adiantada em relação à tensão. O tempo necessário para que o capacitor
se carregue totalmente depende das resistências do circuito.
Para um circuito RC em série, quanto maior o valor do resistor e do capacitor, mais tempo leva
para que o capacitor carregue-se totalmente.
A medida da velocidade de crescimento da tensão no capacitor é dada pela constante de tempo
() do circuito.
=R.C
Ch R
Vcc C
Onde:
Gráfico Vc x t Gráfico i x t
Vc i
Vc -------------
|
|
|
0.63V --- |
5 t (s) t (s)
13 Eletrônica
Em geral: O capacitor comporta-se como um Circuito Aberto em Corrente Contínua e como uma
Resistência Elétrica em Corrente Alternada.
Vc = Xc . Ic
Associação de Capacitores
Associação em Série
A Capacitância Total diminui, pois há um aumento efetivo da distância entre as placas. Para
calcular a Capacitância Total em Paralelo:
1 = 1 + 1 + 1 Ou para 2 capacitores: CT = C1 . C2
CT C1 C2 Cn C1 + C2
Associação em Paralelo
A Capacitância Total aumenta, pois aumenta a área de placas que recebem cargas. Para calcular
a Capacitância Total em Série:
CT = C1 + C2 + Cn
Há um limite para a tensão que pode ser aplicada a um capacitor qualquer. Se for aplicada uma
tensão alta, haverá uma corrente que forçará uma passagem através do Dielétrico. O capacitor entra em
curto-circuito e é descarregado. A tensão máxima a ser aplicada a um capacitor é chamada de Tensão
de Trabalho e não deve ser ultrapassada.
identificação
TRANSFORMADORES E INDUTORES
Sempre que circulamos uma corrente elétrica através de um condutor, conseguimos obter um
campo magnético.
Uma bobina que um pedaço de cabo enrolado cuja finalidade é de concentrar campos
magnéticos, esses campos magnéticos alteram algumas características da corrente, uma delas é atrasar
sua passagem.
Indutores
Os indutores como os capacitores também podem armazenar energia elétrica. Nos indutores
este armazenamento é feito graças ao campo magnético que surge em torno de componente sempre
que é percorrido por uma corrente. Devido a esta característica podemos também gerar uma corrente em
um indutor. O princípio da geração de energia baseia-se no fato de que toda vez que um condutor se
movimenta no interior de um campo magnético é gerado neste condutor uma corrente elétrica.
A aplicação de uma tensão em uma bobina provoca o aparecimento de campo magnético em
expansão que gera na própria bobina uma tensão induzida. A tensão gerada na bobina por auto-indução
tem como característica, a polaridade oposta à tensão aplicada aos seus terminais, razão pela qual é
denominada de força contra eletromotriz (Fcem). Esta capacidade de se opor às variações de corrente é
denominada de indutância e é representada pela letra “L”, e a resistencia provocada por ela é chamada
de reatancia indutiva e é determinada pela fórmula :
XL = 2 x f x L
onde:
15 Eletrônica
XL = reatância indutiva em ohms;
2 = constante (6,28);
f = freqüência da corrente CA em Hz;
L = indutância do indutor em Henrys.
Transformadores
Ao posicionarmos duas bobinas enroladas no mesmo núcleo temos o que chamamos de
transformador,
Cada uma das bobinas são chamadas de enrolamento. Ao submetermos um dos rolamentos a
uma tensão, uma corrente é criada no segundo rolamento com uma tensão menor, igual ou maior que no
primeiro rolamento. Quando aplicamos uma tensão no rolamento primário e temos um rolamento
secundário de menor numero de voltas à tensão será reduzida, esse é o princípio de funcionamento dos
transformadores
As bobinas primária e secundária são eletricamente isoladas entre si. A transferência de energia
de uma para a outra se dá exclusivamente através das linhas de forças magnéticas. A tensão induzida
no secundário é proporcional ao número de linhas magnéticas que cortam a bobina secundária e ao
número de suas espiras. Por isso, o primário e o secundário são montados sobre um núcleo de matéria
ferromagnético.
Esse núcleo tem a função de diminuir a dispersão do campo magnético, fazendo com que o
secundário seja cortado pelo maior número possível de linhas magnéticas. Como conseqüência, obtém-
se uma transferência melhor de energia entre primário e secundário.
O transformador é um conversor de energia elétrica, de alta eficiência (podendo ultrapassar 99%),
que altera tensões e correntes, e isola circuitos
Relação de transformação
É a relação que expressa a interação entre primário e secundário de um transformador, ou seja,
expressa a relação entre a tensão aplicada ao primário e tensão induzida no secundário:
Vs/ Vp = Ns/Np ou então Ip/Is = Ns/Np ou então Vs * Is = Vp * Ip
Onde:
VS = tensão no secundário do transformador;
VP = tensão no primário do transformador;
NS = número de espiras no secundário do transformador;
16
NP = número de espiras no primário do transformador.
IS = Corrente no secundário
IP = Corrente no primário
Os trafos podem ser transformadores abaixadores, que reduzem a tensão no secundário ou
transformadores elevadores que elevam a tensão no secundário, e como a tensão induzida é sempre
oposta a tensão indutora, se conclui que a tensão no secundário tem sentido contrário a do primário.
17 Eletrônica
SEMICONDUTORES
São materiais que podem apresentar características de isolante ou de condutor, dependendo da
forma como se apresenta a sua estrutura química.
Os semicondutores se caracterizam por serem constituídos de átomos que tem quatro elétrons na
camada de valência (tetravalentes). As figuras mostram a configuração de dois átomos que dão origem a
materiais semicondutores, respectivamente o germânio e o silício.
Os átomos que possuem quatro elétrons na ultima camada tem tendência a se agruparem
segundo uma formação cristalina. Neste tipo de ligação cada átomo se combina com quatro outros,
fazendo com que cada elétron pertença simultaneamente a dois átomos. Este tipo de ligação química é
denominado de ligação covalente, e é representada simbolicamente por dois traços que interligam dois
núcleos.
Dopagem
18
Obs: A lacuna não é propriamente uma carga
positiva, mas sim, ausência de uma carga
negativa.
Diodos
O diodo semicondutor é um componente que apresenta a característica de se comportar como
um condutor ou como um isolante elétrico dependendo da forma como a tensão seja aplicada a seus
terminais, devido a estrutura que se constitui na junção de duas pastilhas de material semicondutor: uma
de cristal do tipo P e outra de cristal do tipo N.. A corrente elétrica trafega com facilidade do P para o N
mas não consegue fazer o caminho inverso.
Polarização do diodo
Polarização Direta: é considerada direta quando a tensão positiva da fonte de alimentação é
aplicada ao cristal P e a tensão negativa da referida fonte é aplicada ao cristal N. O pólo positivo da fonte
repele as lacunas do cristal P em direção ao pólo negativo, enquanto os elétrons livres do cristal N são
repelidos pelo pólo negativo em direção ao positivo da fonte, reduzindo o tamanho da barreira.
Nesta situação o diodo permite a circulação de corrente no circuito e, diz-se que o diodo está em
condução ou saturado.
Polarização Inversa: consiste na aplicação de tensão positiva no cristal N e negativa no cristal P.
Nesta condição os portadores livres de cada cristal são atraídos pelos potenciais da bateria para os
extremos do diodo. Observa-se que a polarização inversa provoca um alargamento da região de
deplexão, porque os portadores são afastados da junção.
Portanto conclui-se que a polarização inversa faz com que o diodo impeça a circulação de
corrente no circuito elétrico ao qual ele está inserido. Diz-se que nesta situação o diodo está em corte ou
em bloqueio.
Testado diodos
A tensão de polarização para teste do diodo será fornecida pelo próprio multímetro. Sendo assim
o diodo será considerado em bom estado, quando polarizado diretamente, apresentar uma resistência
baixa (na casa das dezenas de ohms) e, quando polarizado inversamente, apresentar uma resistência
alta (vários K ohms). Se nas duas polarizações o diodo apresentar uma baixa resistência, significa que o
mesmo está em curto. Mas se nas duas polarizações o diodo apresentar uma alta resistência, diz-se que
ele está aberto., se baixa resistência está em curto.
19 Eletrônica
Utilizando diodos retificadores
O retificador de meia onda converte a tensão de entrada (U2 SECUNDÁRIO) CA numa tensão
pulsante positiva UR. Este processo de conversão de AC para CC, é conhecido como “retificação”.
A analise acima temos: quando a senóide for positiva, o diodo estará conduzindo pois está
polarizado diretamente, quando a senoite for negativa, ele estará bloqueando pois está polarizado
inversamente.
O resistor R indicado no circuito representa a carga ôhmica acoplada ao retificador, podendo ser
tanto um simples resistor como um circuito complexo e normalmente ele é chamado de resistor de carga
ou simplesmente de carga. A tensão média de um retificador de meia onda mostrada por um voltímetro é
dado por:
VCC = 0.318 UP diodo ideal
VCC = 0.318 (UP - Vσ) diodo 2ª aproximação
As duas tensões denominadas de U2/2 são idênticas em amplitude e fase. O transformador ideal
pode ser, portanto, substituído por duas fontes de tensão idênticas, retificador de meia onda com a
observação de que agora se tem um ciclo completo e o valor será o dobro. É dado por:
VCC = 2*0.318 (UP/2) = 0,318UP diodo ideal
VCC = 0.636 (UP/2 - Vσ) diodo 2ª aproximação
20
ciclos a direção da corrente em R é a mesma. O efeito final é portanto reproduzir na saída o valor
absoluto da tensão de entrada, a menos da queda de tensão sobre dois diodos.
Pode-se agora introduzir um capacitor de filtragem, C, antes da carga R, tal que o produto RC seja
muito maior que o período da oscilação de entrada, a fim de se obter um nível de tensão na saída Vs.
Um filtro LC seria ainda mais recomendável, desde que os valores de L e C sejam elevados. A Figura á
seguir apresenta um circuito para gerar um nível de tensão constante a partir de uma fonte de corrente
alternada. Foi acrescentado um transformador para converter a amplitude de tensão de entrada à
amplitude esperada na saída.
21 Eletrônica
ruptura. A sua principal aplicação é a de limitador de corrente. Graficamente é possível
conseguir uma tensão estável (tensão de obter a corrente elétrica sob o zener com o uso
ruptura). Normalmente ele está polarizado de reta de carga.
reversamente e em série com um resistor
Transistor
O transistor bipolar é um componente eletrônico constituído por materiais semicondutores, capaz
de atuar como controlador de corrente, o que possibilita o seu uso como amplificador de sinais ou como
interruptor eletrônico. A estrutura básica do transistor bipolar se compõe de duas pastilhas de material
semicondutor, de mesmo tipo, entre as quais é colocada uma terceira pastilha, mais fina de material
semicondutor com tipo diferente de dopagem.
A configuração da estrutura, em forma de sanduíche, permite que se obtenha dois tipos distintos
de transistores de transistores:
Um com pastilhas externas do tipo N e internas do tipo P, denominado NPN;
Outro com pastilhas externas do tipo P e internas do tipo N, denominado PNP.
Analisando-se a estrutura dos transistores observa-se que entre a BASE e o COLETOR forma-se
uma junção PN, que para fins de teste pode ser tratada como um diodo.
Da mesma forma, entre BASE e EMISSOR forma-se outra junção PN, que para fins de teste pode
ser tratada como um diodo. Sendo assim testar um transistor é verificar se há um curto ou abertura entre
cada par de terminais (BE, BC e CE).
22
Polarização de transistor
Polarização direta.
As correntes no transistor
IE = I C + I B
Bcc = Ic / Ib
23 Eletrônica
2. Encosta-se a ponta de prova positiva no ânodo
O ohmímetro deve indicar resistência baixa.
3. Inverte-se as pontas de provas, a resistência deve ser alta.
Teste de funcionamento de um transistor npn com um ohmímetro
1. Encosta-se a ponta de prova negativa na base do transistor
2. Encosta-se a ponta de prova positiva no coletor do transistor
O ohmímetro deve indicar resistência alta.
3. Muda-se a ponta de prova positiva para o emissor do transistor
O ohmímetro deve indicar resistência alta.
4. Inverte-se as pontas de provas, isto é, encosta-se a positiva na base e repete os itens 2 e 3.
As resistências devem ser baixas. Isto é válido para os multímetros digitais. Em geral, nos multímetros
analógicos, a ponta de prova positiva está ligada ao pólo negativo da bateria.
Para obter o extremo superior da reta de carga (corrente I C) devemos supor um curto entre coletor
e emissor (VCE = 0), de forma que toda a tensão de alimentação se fixe no resistor de coletor.
Teremos então: IC = VCC / RC
Para obter o extremo inferior da reta de carga, devemos supor os terminais de coletor e emissor
abertos.
Teremos então: VCE = VCC
Fica então caracterizado que o transistor opera apenas em um dos extremos da reta de carga:
corte ou saturação. Pode-se então, tomando como exemplo o circuito mostrado anteriormente, calcular a
corrente de base e a corrente de coletor.
24
IBRB +VBE - VBB = 0
Onde:
E de saída.
VRC = VCC - VCE
Assim tem-se :
Rb =(Ve – Vbe) Rc = Vcc
Ib Ic
Para encontrar as correntes:
Ib = (Vcc – Vce) Ib = ( Vcc –Vce)
Rb
25 Eletrônica
Supondo o transistor com um curto entre coletor e o emissor (totalmente saturado). A tensão de
saída vai a zero e a corrente de saturação será:
Ic (max) = 5/330 Ic (max) 15,2mA
Isto é aproximadamente 10 vezes o valor da corrente de base, ou seja, certamente há uma
saturação forte no circuito. No circuito analisado, uma tensão de entrada de 0V produz uma saída de 5V
e uma tensão de entrada de 5V, uma saída de 0V. Em circuitos digitais este circuito é chamado de porta
inversora.
Transistor como Amplificador
O transistor como amplificador tem seu emprego na amplificação de sinais que poderão ser
fornecidos por sensores ou quaisquer outras fontes de sinais de baixa intensidade. O circuito mais usado
em amplificadores é chamado de polarização por divisor de tensão O valor de I deve ser bem maior que
IB para a corrente IB não influenciar na tensão sob R2. Como regra prática, considerar a corrente I 20
vezes maior que IB.
Como amplificador o transistor atua na região ativa, que é caracterizada por:
Junção BE diretamente polarizada;
Junção BC inversamente polarizada;
Determinação dos resistores polarizadores
Para simplificar a analise matemática, podemos considerar algumas aproximações e estimativas,
que em nada prejudicam os resultados obtidos, tais como:
IC = IE ß> 100
A tensão sobre o resistor de coletor RC e a tensão de alimentação está relacionada entre si.
Neste tipo de estágio adota-se normalmente uma tensão no resistor de coletor igual ou próximo a
metade da tensão de alimentação.
Vrc = Vcc/2
Exemplo:
Dados IC = 1.38 mA
VBE = 0,7 V;
ΒCC = 250
VCC = 10 V;
VCE = 5 V (VCC/2);
VRE = 1 V (VCC/10);
Cálculo de IB
1.38/450 =3.06µA
Cálculo de RB
Cálculo de RC
Cálculo de IE
f) Cálculo de RE
26
TIRISTORES
Os tiristores são semicondutores semi controlados, em que estado bloqueado pode suportar
cargas positivas e negativas, normalmente são usados para controle de potência em sistemas
eletrônicos e elétricos .
Scr
De todos tiristores, o SCR ( silicon- NPN, o catodo do diodo.
controlled rectifier ) é o mais antigo, possui o
menor custo por kVA, e é capaz de controlar a
maior quantidade de potência.Dispositivos de
5000 a 7000 V que suportam milhares de
ampares são disponíveis no mercado. O
símbolo do SCR e um circuito equivalente
contendo transistores NPN e PNP do tipo BJT.
Ele é um diodo controlado por pulso, aplicado
no gatilho ( gate ). Sua estrutura PNPN é igual à
da trava ideal, sendo o pulso positivo aplicado
no terminal que corresponde à base do
transistor NPN, o gatilho. O emissor do PNP é o
anodo e o do
Diac
Pode ser entendido como dois diodos Schokley em antiparalelo. O seu disparo ocorre quando se
atinge a tensão de bloqueio em qualquer sentido, da ordem de 25 a 40 V. É usado em geral para
disparar o TRIAC, em circuitos de controle de tensão CA por ângulo de disparo. Sua estrutura é PNP, e
funciona como um transistor cuja base só é alimentada quando se atinge a tensão de ruptura, o que leva
à saturação, caindo a tensão nos terminais para uns 0.2 V.
Triac
É o equivalente ao SCR, para operação em CA, a sua estrutura é a mais complexa entre os
tiristores, contendo diversas regiões PNPN que atuam como travas ideais interligadas, o que permite que
o disparo seja feito com tensão + ou -, e a polarização entre terminais principais 1 e 2 (análogos ao K e A
do SCR) + ou - , o que é chamado operação em 4 quadrantes. A corrente de disparo é menor no
quadrante 1 (gatilho e terminal principal 2 - MT2 - positivos em relação ao terminal principal 1- MT1) e
maior no quadrante 4, (G + e MT2 -). O TRIAC seria mais comum em aplicações CA se não fosse menos
robusto e sensível (exige bem maior corrente de disparo), além de mais caro que 2 SCR’s ou GTO’s em
antiparalelo de grandes correntes. É usado em controle de lâmpadas e motores universais, e
chaveamento de cargas até uns 50A.
27 Eletrônica
Os tiristores podem ser disparados de diversos modos: através de pulso, por ângulo de fase em
CA e por CC. O disparo por CC é usado em chaveamento de cargas por longos períodos, como
lâmpadas, calefatores, eletroimãs e motores, em sistemas de controle tipo liga-desliga e por ciclos.
Nestes casos manter a alimentação de gatilho, apesar do consumo de energia desnecessário e o
aquecimento da junção, simplifica o circuito de comando. O disparo por ângulo de fase é típico de
controle de luminosidade de lâmpadas em CA (dimmer), e de velocidade de motores universais ou de
CC.
Podemos testar um SCR ou um TRIAC usando um multímetro analógico com rapidez e eficiência.
Para isto lembre-se de identificar quem é anodo, catodo e gate no SCR ou M1, M2, e gate no TRIAC.
Componentes com o encapsulamento TO 220(aquele do TIP 31 por exemplo), tem a seguinte pinagem
olhando-o de frente:
SCR:
Da esquerda para a direita = Catodo – Anodo – Gate
TRIAC:
Da esquerda para a direita = M1 – M2 – Gate
Coloque a ponta de prova negativa no catodo do SCR e a positiva no anodo do SCR. Agora,
mantendo a ponta positiva encostada no anodo, enconte-a também no gate. Quando fizer isto o ponteiro
deve se mover e indicar uma resistência. Se o SCR for de pequena potência, mesmo desencostando a
ponta, só do gate, ele manterá a leitura de resistência. Isto indica que ele conduz quando tem um pulso
positivo aplicado no gate e que está bom. Se o SCR for de alta potência ao desencostar a ponta do gate
o ponteiro do multímetro irá indicar resistência infinita, mas este SCR também está bom, é que a corrente
de manutenção, que é a mínima corrente que ele precisa entre anodo e catodo para continuar
conduzindo sem pulso no gate, é maior que a corrente que o multímetro fornece.
Um SCR não deve indicar resistência entre anodo e catodo, se indicar o mesmo está com
problemas. Um scr deve indicar uma resistência entre gate e catodo,mas apenas em um sentido. Se ele
nâo indicar esta resitência pode estar com problemas.
O mesmo procedimento se aplica em relação aos TRIACs, mas devemos usar a terminologia
correta, ou seja, M1, M2 e gate.
Estes teste feitos com a maioria dos SCRs e TRIACs da linha TIC (TIC 106, TIC226 e quivalentes)
apresenta resultados corrretos.
Circuitos integrados
28
Um circuito integrado, também conhecido por chip, é um dispositivo microeletrônico que consiste
de muitos transístores e outros componentes interligados capazes de desempenhar muitas funções.
Suas dimensões são extremamente reduzidas, os componentes são formados em pastilhas de material
semicondutor.
A importância da integração está no baixo custo e alto desempenho, além do tamanho reduzido
dos circuitos aliado à alta confiabilidade e estabilidade de funcionamento. Uma vez que os componentes
são formados ao invés de montados, a resistência mecânica destes permitiu montagens cada vez mais
robustas a choques e impactos mecânicos, permitindo a concepção de portabilidade dos dispositivos
eletrônicos. No circuito integrado completo ficam presentes os transistores, condutores de interligação,
componentes de polarização, e as camadas e regiões isolantes ou condutoras obedecendo ao seu
projeto de arquitetura.
Timer 555
O 555 é um circuito integrado composto de um Flip-Flop do tipo RS, dois comparadores
simples e um transistor de descarga. Projetado para aplicações gerais de temporização, este
integrado é de fácil aquisição no mercado especializado de Eletrônica.
Ele é versátil e possui tantas aplicações que se tornou um padrão industrial, podendo trabalhar
em dois modos de operação: monoestável (possui um estado estável) e astável (não possui estado
estável). Sua tensão de alimentação situa-se entre 5 e 18v, o que o torna compatível com a família
TTL de circuitos integrado e ideal para aplicações em circuitos alimentados por baterias. A saída
deste C.I. pode fornecer ou drenar correntes de até 200mA ou 0,2A, podendo assim comandar
diretamente reles, lâmpadas e outros tipos de carga relativamente grandes.
Nas figuras abaixo são mostrados os pinos e o diagrama simplificado.
Configuração genérica
Configuração genérica
Vcc
4 8
7
out
3
555 29 Eletrônica
6
2
1