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GERADOR DE VAN DE GRAFF

Objetivos
􀂃Desenhar as linhas de força para vários formatos de eletrodos, tendo como base experimental a cuba.
􀂃Comparar se as linhas de força são realmente perpendiculares às equipotenciais para o caso de placas paralelas e
circulares.
􀂃Encontrar a carga máxima que pode ser armazenada no gerador do laboratório.

Fundamento teórico

Os fenômenos eletrostáticos são conhecidos desde o tempo dos gregos. Naquela época já se sabia que o âmbar,
atritado com um pedaço de lã, era capaz de atrair pequenos pedaços de fibra vegetal (palha, linho, etc.). E, durante
vários séculos o fenômeno foi considerado apenas como uma curiosidade natural. Mas, em 1600, o médico inglês
William Gilbert publicou o primeiro tratado a respeito da eletricidade, no qual fazia
referência às cargas elétricas geradas por atrito.

Seu trabalho deu origem às primeiras "máquinas eletrostáticas", que produziam eletricidade pelo atrito de um disco
de âmbar entre dois pedaços de pele de carneiro.
Mais tarde, em 1752, Benjamin Franklin chegava à conclusão de seus trabalhos em eletricidade atmosférica, nos
quais provava a existência de cargas elétricas no ar.

Estes conceitos básicos sobre a natureza da eletricidade levaram à conclusão de que as máquinas eletrostáticas
produziam e armazenavam cargas elétricas, sem contudo poder movimentá-las, devido às propriedades isolantes dos
materiais usados em sua construção. Só se conseguiu compreender as propriedades elétricas dos vários materiais
isolantes e condutores após o desenvolvimento das teorias a respeito do átomo.

Sabe-se, atualmente, que um determinado material é isolante porque o elétrons de seus átomos não gozam de
mobilidade, como acontece no caso dos átomos de metais, que são bons condutores. Ao serem produzidas, as cargas
permanecem na superfície do material isolante, até que sejam retiradas por um corpo condutor.

Este fato é aproveitado para a construção dos geradores eletrostáticos do tipo Van de Graff; tendo aparecido em
1930, destinam-se a produzir voltagens muito elevadas para serem usadas em experiências de física.

Geradores eletrostáticos

Robert Jemison Van de Graff (1901 - 1967)

Um gerador eletrostático é um equipamento capaz de gerar cargas elétricas estáticas. Os geradores eletrostáticos
transformam energia mecânica em energia elétrica. O primeiro gerador de eletricidade foi um gerador eletrostático de
fricção. Foi construído
no século XVII pelo alemão Otto von Guericke e era constituído por uma esfera de enxofre com um eixo ligado a uma
manivela. Girando a manivela, a esfera friccionava um pano de lã e produzia eletricidade. Outros geradores
eletrostáticos se lhe seguiram.
Dentre eles, os geradores eletrostáticos por indução que utilizam a fricção, mas permitem a geração de eletricidade
por influência. Enquanto os primeiros modelos apenas geravam uma forma de eletricidade (positiva ou negativa),
outros permitiam gerar as duas formas.

Em 1785 foi construído um gerador eletrostático capaz de produzir tensões de 300 000 Volt e descargas com 60 cm
de comprimento.

Em 1930 um físico norte-americano construiu uma máquina eletrostática que tomou o seu nome, o gerador de Van
de Graaf, que é uma máquina destinada a laboratórios de Física Nuclear sendo constituída por dois cilindros ligados
por uma correia na qual a geração de eletricidade ocorre por fricção e por indução. Os geradores de Van der Graaf
atingem tensões de milhões de Volt.

Gerador de Van de Graff para laboratórios de ensino

No gerador de Van de Graaff, um motor movimenta uma correia isolante que passa por duas polias, uma delas
acionada por um motor elétrico que faz a correia se movimentar.
A segunda polia encontra-se dentro da esfera metálica oca (figura).

Através de pontas metálicas a correia recebe carga elétrica de um gerador de alta tensão. A correia eletrizada
transporta as cargas até o interior da esfera metálica, onde elas são coletadas por pontas metálicas e conduzidas
para a superfície externa da esfera. Como as cargas são transportadas continuamente pela correia, elas vão se
acumulando na esfera. Por esse processo, a esfera pode atingir um potencial de até 10 milhões de volts, no caso dos
grandes geradores utilizados para experiências de física atômica, ou milhares de volts nos pequenos geradores
utilizados para demonstrações nos laboratórios de ensino.

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