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Sinésio Raimundo Gomes

Engenheiro Eletricista - CREA 5060689324


sinesiogomes@yahoo.com.br

Aula 01 - História dos motores elétricos


Tudo começa com o grego Tales de Mileto que, em 41 a.C. ao esfregar um pedaço de
resina fóssil em um pano, a resina parecia atrair pequenos corpos, como fios de cabelo.
Depois de muito tempo, cerca de quinze séculos, Mileto foi completado pelo físico e inglês
da corte, William Gilbert, em 1600, descobriu que além da resina experimentados por
Tales, muitos outros materiais poderiam atrair se fossem friccionados.
A partir desse marco muitos inventos
surgiram. Foi em 1663, o alemão Otto Von
Guericke construiu a primeira máquina
eletrostática, que transformava energia mecânica
em energia elétrica. No final do século XVIII, foi
verificado também que, por meio do princípio
eletrostático, poderia ser possível também gerar
energia mecânica. Antes dessa comprovação, o
americano Benjamin Franklin, em 1752, com o
experimento da pipa percebeu que a eletricidade
Figura 8.1: Otto Von Guericke.
podia ser captada e conduzida por fios.
Somente após o final do século XVIII, com o dinamarquês Hans Christian Oersted e o
francês André Marie Ampère que foi dado realmente o primeiro e grande passo ao
surgimento do motor elétrico.
Entre 1831 quando Faraday comprovou o eletromagnetismo e 1886 quando o cientista
alemão Werner Von criou o primeiro motor elétrico, esse intervalo de 35 anos para que o
primeiro motor elétrico da história surgisse não atrapalhou que durante esse período,
outras máquinas com o mesmo princípio fossem inventadas, pra começar Faraday criou
um gerador, o inglês W. Ritchie inventou o comutador, peça que seria importante na
composição do motor elétrico e o mecânico francês H. Pixii colocou o invento em prática.
Pixii construiu um gerador composto de um imã em ferradura que girava na frente de
duas bobinas presas com um núcleo de ferro, no final dessa mesma década, o alemão,
Moritz Hermann Von Jacobi, instalou um motor movido a pilhas galvânicas dentro de
uma lancha e transportou 14 pessoas durante algumas horas foi ai que se mostrou, pela
primeira vez, que a energia elétrica podia ser utilizada a favor do trabalho mecânico,
porem o custo fez com que o invento se tornasse um item de luxo.
Werner Von Siemens, em 1866, já tenha criado um gerador de tensão elétrico baseado
no princípio de indução eletromagnética, construiu um dínamo, ou seja, uma máquina
eletrodinâmica que converte força mecânica em corrente elétrica e provou que a tensão
necessária para o magnetismo podia ser extraída do próprio enrolamento do rotor, assim,
a máquina podia gerar sua própria energia e não ficar dependente dos imãs então a
invenção barateou o gerador, que também funcionava como motor quando alimentado
por energia elétrica. Com preço menor, estavam criadas as condições para uma maior
propagação do invento.

Manutenção de Sistemas Elétricos e Comandos elétricos. Aula 01


Sinésio Raimundo Gomes
Engenheiro Eletricista - CREA 5060689324
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Novas evoluções foram surgindo, em 1879, Siemens em conjunto com Johann George
Halske, apresentou uma nova invenção: uma locomotiva movida por um motor elétrico de
dois quilowatts. O motor, apesar de mais barato que no início, continuava com o custo
muito elevado para ser produzido em escala industrial, além de apresentar problemas
técnicos.
O italiano Galileu Ferraris, o iugoslavo Nicolau Tesla
e alemão Friedrich Haselwander passar a estudar a
maquina e tentar tornar mais viável, então suas
descobertas pareciam solucionar os problemas em um
primeiro momento, mas logo se mostram inútil.
Em 1890, o cientista russo enraizado na Alemanha,
Michael Von, que antes, desenvolveu um motor trifásico
de corrente alternada com potência contínua de 80 watts
e rendimento de aproximadamente 80%. O equipamento
mostrou-se ideal para os planos da indústria, por
apresentar alto rendimento, ótima partida, relativo
silêncio durante o funcionamento e baixa complexidade
o que facilitava a manutenção, tornando-o mais seguro
para a operação.
Figura 8.2: Galileu Ferraris. Em 1891, o construtor russo já tinha conseguido
produzir o novo equipamento em série.
Simultaneamente, começaram a aparecer às primeiras indústrias de motores que logo se
tornaram muitas. Os equipamentos se padronizaram e aos poucos diminuíram de
tamanho e peso os motores de hoje, cujo peso representa somente 8% das máquinas com a
mesma potência fabricada no início do século XIX.
Para que desenvolvimentos e inovações ocorressem, foram necessários diversos
motivos. O primeiro deles pode ser creditado na conta dos estudiosos da área, que ao
analisar mais detalhadamente os aspectos técnicos do motor elétrico, consolidaram a teoria
necessária para que construtores pudessem a partir delas realizar melhorias. O segundo
fator deve-se à competição. Em busca de maiores fatias do mercado, indústrias de motores
buscavam destaque, lançando equipamentos diferentes da concorrência, assim eram
colocados à disposição dos consumidores motores com potência igual, mas cada vez
menor. A terceira razão foi o uso de matérias-primas mais nobres e apropriadas na
estrutura dos motores. A quarta talvez mais importante foi o uso em grande escala dos
motores pela população mundial que impulsionou os fabricantes a desenvolverem mais e
melhores produtos.
© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 20/02/2015

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