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Geração de energia

A geração de energia elétrica consiste num efeito físico eprovém da interaçãoentre condutores
e campo magnético . O efeito físico consiste em um girar um enrolamento (bobina) imerso
num campo magnético com um norte e sul fixo. Porém, o contrário também é possível, pois
rotacionando um imã permanente ou um eletroímã ao redor ou no centro de um enrolamento
obtém-se o mesmo efeito de geração de energia elétrica.

Ao analisar esse fenômeno observa-se que ao movimentar um condutor dentro de um campo


magnético é então gerado uma FEM no terminais desse condutor.

Esse fenômeno foi descoberto por um físico e cientista chamado Michael Faraday em 1831,
conhecido mais tarde por suas pesquisassobre indução eletromagnéticana qual sua teoria é
base para todo estudo sobre o assunto de geradores elétricos e máquinas elétricas. Ele definiu
a equação dessa FEM gerada sendo:

= Força eletromotriz induzida, FEM - (V)


Variação do fluxo magnético - (Wb)

= Intervalo de tempo - (s)

O fluxo magnético é definido pela equação:

= Fluxo magnético

B = Densidade do campo magnético

A = Área imersa no campo magnético

Cosθ = Ângulo entre a superfície e o sentido do campo magnético

Fluxo magnético em uma bobina

(Fonte:http://efisica.if.usp.br)
Linha de campo em um imã

(Fonte:https://brasilescola.uol.com.br)

Todo esse material de estudo e descoberta realizado por Faraday e Lenzcontempla o


funcionamento de um gerador elétrico, na qual realiza basicamente todos esses efeitos
físicos para gerar eletricidade na ponta de seus terminais. Geradores são amplamente
utilizador para gerar energia nas industrias, zonas rurais, hidrelétricas dentre outras
inúmeras ocasiões. O gerador é parte fundamental desse projeto e qualquer outro que
venha a ser construído com tal finalidade e sem ele se torna impossível a geração de
energia. Será apresentado a seguir explanando melhor o assunto sobre quais seus tipos e
características.

Geradores elétricos
Geradores elétricos são as máquinas mais essenciais para o desenvolvimento tecnológico e
econômico da humanidade pois sem eles não seria possível a produção de inúmeros
produtos, não seria possível comer diversos alimentos pois não existiriam , lazer seria
limitado, segurança não seria mais eletrônica, enfim, existe uma infinidade de argumentos
que fazem os geradores e maquinas síncronas serem as máquinas mais importantes para a
humanidade.

Um estudo realizado pela ... Adicionar informação

Gerador de Energia Elétrica

O tipo mais comum de gerador elétrico, o dínamo, depende da indução


eletromagnética para converter energia mecânica em energia elétrica. A lei
básica de indução eletromagnética é baseada na Lei de Faraday de indução
combinada com a Lei de Ampére que são matematicamente expressas pela 3º
e 4º equações de Maxwell respectivamente.
O dínamo funciona convertendo a energia mecânica contida na rotação do seu
eixo, que faz com que a intensidade de um campo magnético, produzido por
um imã permanente que atravessa um conjunto de enrolamentos, varie no
tempo, o que, pela Lei da indução de Faraday, leva a indução de tensões em
seus terminais.

A energia mecânica (muitas vezes proveniente de uma turbina hidráulica, a gás


ou a vapor) é utilizada para fazer girar o rotor, o qual induz uma tensão nos
terminais dos enrolamentos que, ao serem conectados a cargas, levam à
circulação de correntes elétricas pelos enrolamentos e pela carga.

No caso de um gerador que fornece uma corrente contínua,


um interruptor mecânico ou anel comutador alterna o sentido da corrente de
forma que a mesma permaneça unidirecional independente do sentido da
posição da força eletromotriz induzida pelo campo. Os grandes geradores
das Usina elétrica fornecem corrente alternada e utilizam turbinas hidráulicas
e geradores síncronos.

Há muitos outros tipos de geradores elétricos. Geradores eletrostáticos como


a máquina de Wimshurst, e em uma escala maior, os geradores de van de
Graaff, são principalmente utilizados em trabalhos especializados que
exigem tensões muito altas, mas com uma baixa corrente e potências não
muito elevadas. Isso se deve pelo fato de nesses tipos de gerador, a densidade
volumétrica de energia não é pequena, ou seja, para que se tenha uma grande
quantidade de energia sendo convertida é necessário um grande volume por
parte da estrutura do gerador.

O mesmo não ocorre nos geradores que operam baseados em princípios


eletromagnéticos, pois os mesmos permitem uma concentração volumétrica de
energia bem maior.

Um dos exemplos de aplicação é no fornecimento de energia para


os aceleradores de partículas.

Lei de Faraday

A indução eletromagnética foi descoberta de forma independente por Michael


Faraday em 1831 e Joseph Henry em 1832. Faraday, no entanto, foi o primeiro
a publicar os resultados de seus experimentos. Em 29 de agosto de 1831, data
da primeira demonstração experimental da indução eletromagnética feita por
Faraday, ele amarrou dois fios em lados opostos de um anel de ferro (ou toro,
um arranjo similar a um transformador toroidal moderno). Face às recém-
descobertas propriedades do eletromagnetismo, ele esperava que, quando a
corrente começasse a passar em um fio, uma espécie de onda viajaria através
do anel e causaria algum efeito elétrico no lado oposto. Conectou, então, um
dos fios a um galvanômetro e o outro a uma bateria. Foi observada, de fato,
uma corrente transiente – que ele chamou de "onda de eletricidade" – nos
momentos em que conectou e desconectou o fio à bateria. Esta indução
ocorreu devido à mudança que houve no fluxo magnético quando a bateria foi
conectada e desconectada.

Ilustração do aparato usado por Faraday em sua primeira demonstração da indução


eletromagnética.

Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2a/Faraday_emf_experiment.svg

Faraday explicou a indução eletromagnética usando um conceito que chamou


de linhasde força. No entanto, grande parte dos cientistas da época rejeitavam
suas ideias teóricas, principalmente porque não havia uma formulação
matemática para elas..JamesClerk Maxwell, contudo, usou as ideias de
Faraday como a base para sua teoria eletromagnética quantitativa. Nos
estudos de Maxwell, o aspecto da variabilidade com o tempo da indução
eletromagnética é expressado como uma equação diferencial, a qual Oliver
Heaviside referiu-se como a lei de Faraday, embora seja diferente da versão
original da lei de Faraday. A versão de Heaviside é a forma que hoje é
reconhecida como parte do grupo de equações conhecido como equações de
Maxwell.

A lei de Lenz, formulada por Heinrich Lenz em 1834, descreve o "fluxo através
do circuito", e fornece a direção da força eletromotriz e corrente induzidas
resultantes da indução eletromagnética

Ilustração das linhas de força


Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2a/Faraday_emf_experiment.svg

A lei de Faraday-Neumann-Lenz, ou lei da indução de Faraday, ou


simplesmente, lei da indução eletromagnética, é uma das equações básicas
do eletromagnetismo. Ela prevê como um campo magnético interage com
um circuito elétrico para produzir uma força eletromotriz — um fenômeno
chamado de indução eletromagnética. É a base do funcionamento
de transformadores, alternadores, dínamos, indutores, e muitos tipos
de motores elétricos, geradores e solenoides.

Atribui-se a Michael Faraday a descoberta da indução eletromagnética e, por


conseguinte, o nome da lei relativa a esse fenômeno. Este foi comprovado
experimentalmente por Faraday diversas vezes, apesar de sua explicação
limitar-se ao conceito de linhas de força. A primeira formulação matemática da
lei de Faraday foi feita por Franz Ernst Neumann em 1845. Nela, a força
eletromotriz produzida em um circuito, pela indução, era expressa pelo
negativo da derivada do fluxo magnético com o tempo através da área
delimitada por esse circuito. O sinal negativo diz respeito ao sentido da FEM –
e, por conseguinte, da corrente elétrica – e pode ser expressa formalmente por
meio da chamada Lei de Lenz, desenvolvida por Heinrich Lenz em 1834, que
integra o corolário da lei de Faraday.

Suas aplicações são inúmeras; na prática, quase todos os equipamentos


eletro-eletrônicos utilizam o fenômeno da indução, seja para produzir
uma corrente contínua, como nos dínamos, ou uma corrente alternada, como
nos geradores, transformadores, alternadores e indutores, todos por meio da
variação no campo magnético.

A equação de Maxwell–Faraday é uma generalização da lei de Faraday, e


compõe uma das equações de Maxwell. Ela descreve como a variação de um
campo magnético no tempo através de um circuito em repouso produz
um campo elétrico não-eletrostático que, por sua vez, produz uma corrente
elétrica no circuito. O movimento relativo entre um imã e o condutor e a
produção, ou não, de um campo elétrico nessa experiência levaram a uma
aparente dicotomia, exercendo, por sua vez, papel fundamental no
desenvolvimento da relatividade restrita por Albert Einstein em 1905.

Lei de Ampere

Uma das revoluções mais marcantes na física foi a descoberta feita por Hans
Cristian Oersted, onde através de seus experimentos comprovou a existência
de um campo magnético ao redor de um fio quando esse era percorrido por
uma corrente elétrica.

Embora Oersted tenha descoberto que um fio percorrido por uma corrente
elétrica gera um campo magnético a sua volta, foi André Marie Ampère quem,
matematicamente, deduziu esse campo. Podemos dizer que o grande feito de
Ampère foi ter desenvolvido uma famosa lei chamada de Lei de Ampère.

A lei de Ampère, como ficou conhecida, estabelece o campo magnético ( )


gerado por um condutor retilíneo percorrido por uma corrente elétrica de
intensidade i, a uma distância (R) do condutor.

Matematicamente, o vetor campo magnético ( ) é determinado pela seguinte


equação:

Onde o termo μ é uma constante conhecida como permeabilidade magnética


do vácuo. Por comodidade matemática, essa constante foi definida como:

μ = 4π .10-7T.m/A

Sendo esse um valor convencional, que pode ter seu número infinito de
algarismos significativos por causa do valor de π, pode-se adotar para
permeabilidade magnética do vácuo ou do ar o valor abaixo (quando expresso
com dois algarismos significativos):

μ = μar = 1,3 .10-6T.m/A

A direção e o sentido do vetor campo magnético são dados pela regra da mão
direita, lembrando que o vetor é sempre tangente às circunferências
imaginárias descritas em torno do condutor, em planos perpendiculares.

Regra de mão direita


Fonte: https://mauriciotada.files.wordpress.com/2012/10/fio-reto-campo-eq6.png?w=483&h=174

Lei de Maxwell

As formulações de Maxwell em 1865 estavam em torno de vinte equações de


vinte variáveis, que incluíam diversas equações hoje consideradas auxiliares
das equações de Maxwell: a Lei de Ampère corrigida, uma equação de três
componentes; a Lei de Gauss para carga, descrita por uma equação; a relação
entre densidade de corrente total e de deslocamento, descrita por três
equações, a relação entre campo magnético e o vetor potencial, descrita por
uma equação de três componentes, que implica a ausência de monopolo
magnético; a relação entre campo elétrico e os potenciais escalar e vetorial,
descrita por equações de três componentes, que implicam a Lei de Faraday; a
relação entre campos elétrico e de deslocamento, descrita por equações de
três componentes, a Lei de Ohm, que relaciona intensidade de corrente e
campo elétrico, descrita por equações de três componentes; e a equação de
continuidade, que relaciona a intensidade de corrente e densidade de carga,
descrita por uma equação.

A formulação matemática moderna das equações de Maxwell deve-se a Oliver


Heaviside e Willard Gibbs, que em 1884 reformularam o sistema original de
equações em uma representação mais simples, utilizando-se de cálculo
vetorial. Maxwell também havia publicado seu trabalho, em 1873, utilizando
notações com base em quaterniões, que acabou se tornando impopular. A
mudança para notação vetorial produziu uma representação matemática
simétrica que reforçava a percepção das simetrias físicas entre os vários
campos. Esta notação altamente simétrica inspiraria diretamente o
desenvolvimento posterior da física fundamental.

Como um dos resultados derivados das equações de Maxwell, surge a


velocidade das ondas eletromagnéticas, dada por {\displaystyle v={\frac {1}
{\sqrt {\varepsilon _{0}\mu _{0}}}}} . Como consequência, interpretações de

físicos logo em seguida sugeriam que as equações de Maxwell expressariam


o eletromagnetismo apenas no referencial inercial do éter luminífero. Naquela
época, para os físicos, o éter luminífero seria o meio pelo qual a luz oscilaria
como onda, assim como uma onda mecânica tendo como meio uma corda, e
serviria como refencial absoluto para todo o Universo.
O experimento conduzido por Albert Abraham Michelson e Edward
Morley produziu um resultado nulo para a hipótese da mudança da velocidade
da luz devido ao movimento hipotético da Terra através do éter. Porém,
explicações alternativas foram buscadas por Lorentz, entre outros. Isto
culminou na teoria de Albert Einstein da relatividade especial, que postulava a
ausência de qualquer referencial absoluto e a invariância das equações de
Maxwell em todos os referenciais.

As equações do campo eletromagnético têm uma íntima ligação com a


relatividade especial: as equações do campo magnético podem ser derivadas
de interpretações das equações do campo elétrico sob transformações
relativísticas sob baixas velocidades. Na relatividade restrita, as equações são
escritas em uma forma mais compacta, manifestamente covariante, em termos
de um quadritensor da intensidade do campo antissimétrico de segunda ordem,
que unifica os campos eléctrico e magnético em um único objeto.

Equações de Maxwell:

As equações de Maxwell descrevem como cargas e correntes dão origem


a campos elétricos e magnéticos. Essas equações são dadas, em sua forma
integral, por
Onde:

S ´e uma superfície fechada,

dS˙ ´e um vetor perpendicular a S;

C ´e uma curva fechada,

d˙l ´e um vetor paralelo (tangencial) a C;

E˙ ´e o campo elétrico;

B˙ ´e o campo magnético;
Φ S ´e o fluxo elétrico que atravessa S;
E

Φ S ´e o fluxo magnético que atravessa S;


B

qin ´e a carga elétrica dentro de S;

iin = dq/dt ´e a corrente elétrica que atravessa C;

ΦC
E ´e o fluxo elétrico na superfície aberta apoiada em C; ΦC ´e o fluxo
magnético
B na superfície aberta apoiada em C;

ǫ0 = 8.85 × 10−12 C2/Nm2 ´e a permissividade elétrica no vácuo;

µ0 = 4π × 10−7 = 1.26 × 10−6 T.m/A ´e a permeabilidade magnética no


vácuo.

 Lei de Gauss: indica como cargas elétricas criam campos elétricos; note
que somente as cargas dentro da superfície Gaussiana contribuem para
o fluxo elétrico.
 Lei de Gauss do magnetismo: formaliza a inexistência de
monopólios magnéticos (cargas magnéticas).
 Lei de indução de Faraday: indica que um fluxo magnético variável pode
induzir a formação de um campo elétrico circulante e, por conseguinte,
uma diferença de potencial e uma corrente elétrica. O sinal negativo
garante que a corrente induzida produz um campo magnético que se
opõe a variação que lhe deu origem (Lei de Lenz). Caso contrário, o
feedback positivo seria incompatível com conservação de energia.
 A Lei de Ampere descreve duas maneiras de gerar um campo magnético
circulante: através de correntes elétricas, por variação temporal do fluxo
elétrico.
 Por outro lado, cargas testes q com velocidade v na presença
destes campos sofrem forças eletromagnéticas, descritas pela força de
Lorentz
F˙ =qE˙ + q˙v × B˙

 Juntas, essas equações descrevem todos os fenômenos


eletromagnéticos conhecidos.
Corrente elétrica

Corrente elétrico é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga


elétrica ou o deslocamento de cargas dentro de um condutor, quando existe
uma diferença de potencial elétrico entre as extremidades. Tal deslocamento
procura restabelecer o equilíbrio desfeito pela ação de um campo elétrico ou
outros meios (reações químicas, atrito, luz, etc.).
Microscopicamente, as cargas livres estão em movimento aleatório devido à
agitação térmica. Apesar desse movimento desordenado, ao estabelecermos
um campo elétrico na região das cargas, verifica-se um movimento ordenado
que se apresenta superposto ao primeiro. Esse movimento recebe o nome
de movimento de deriva das cargas livres.
Raios são exemplos de corrente elétrica, bem como o vento solar, porém a
mais conhecida, provavelmente, é a do fluxo de elétrons (pt-
BR) (pt)
ou eletrões através de um condutor elétrico, geralmente metálico.
A intensidade da corrente elétrica é definida como a razão entre o módulo da
quantidade de carga ΔQ que atravessa certa secção transversal (corte feito ao
longo da menor dimensão de um corpo) do condutor em um intervalo de
tempo Δt.
A unidade padrão no SI para medida de intensidade de corrente é
o ampère (A). A corrente elétrica é também chamada informalmente
de amperagem. Embora seja um termo válido na linguagem coloquial, a
maioria dos engenheiros eletricistas repudia o seu uso por confundir
a grandeza física (corrente eléctrica) com a unidade que a medirá (ampère). A
corrente elétrica designada por I, é o fluxo das cargas de condução dentro de
um material. A intensidade da corrente é a taxa de transferência da carga, igual
à carga transferida durante um intervalo infinitesimal dividida pelo tempo.
Denominamos corrente elétrica a todo movimento ordenado de partículas
eletrizadas. Para que esses movimentos ocorram é necessário haver tais
partículas − íons ou elétrons − livres no interior dos corpos.
Corpos que possuem partículas eletrizadas livres em quantidades razoáveis
são denominados condutores, pois essa característica permite estabelecer
corrente elétrica em seu interior.
Nos metais existe grande quantidade de elétrons livres, em movimento
desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um (Denominamos corrente
elétrica a todo movimento ordenado de partículas eletrizadas. Para que esses
movimentos ocorram é necessário haver tais partículas − íons ou elétrons −
livres no interior dos corpos denominados condutores, pois essa característica
permite estabelecer corrente elétrica em seu interior.

Nos metais existe grande quantidade de elétrons livres, em movimento


desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um no interior de um corpo
metálico, esses movimentos passam a ser ordenados no sentido oposto ao do
vetor campo elétrico (), constituindo a corrente elétrica.
Nas soluções eletrolíticas existe grande quantidade de cátions e ânions livres,
em movimento é desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um campo
elétrico () no interior de uma solução eletrolítica, esses movimentos passam a
ser ordenados: o movimento dos cátions, no sentido do vetor campo elétrico (
), e o dos ânions, no sentido oposto. Essa ordenação constitui a corrente
elétrica.
Nos gases ionizados existe grande quantidade de cátions e elétrons livres, em
movimento desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um campo
elétrico () no interior de um gás ionizado, esses movimentos passam a ser
ordenados: o movimento dos cátions, no sentido do vetor campo elétrico ( ), e
o dos elétrons, no sentido oposto. Essa ordenação constitui a corrente elétrica.
Com a finalidade de facilitar o estudo das leis que regem os fenômenos ligados
às correntes elétricas, costumamos adotar um sentido convencional para a
corrente elétrica, coincidente com o sentido do vetor campo elétrico () que a
produziu.
Conseqüentemente, esse sentido será o mesmo do movimento das partículas
eletrizadas positivamente e oposto ao das partículas eletrizadas negativamente
( ) no interior de um corpo metálico, esses movimentos passam a ser

ordenados no sentido oposto ao do vetor campo elétrico ( ), constituindo


a corrente elétrica.
Nas soluções eletrolíticas existe grande quantidade de cátions e ânions livres,
em movimento é desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um campo
elétrico (Denominamos corrente elétrica a todo movimento ordenado de
partículas eletrizadas. Para que esses movimentos ocorram é necessário haver
tais partículas − íons ou elétrons − livres no interior dos corpos.
Corpos que possuem partículas eletrizadas livres em quantidades razoáveis
são denominados condutores, pois essa característica permite estabelecer
corrente elétrica em seu interior.
Nos metais existe grande quantidade de elétrons livres, em movimento
desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um ( ) no interior de um
corpo metálico, esses movimentos passam a ser ordenados no sentido oposto
ao do vetor campo elétrico ( ), constituindo a corrente elétrica.

Nas soluções eletrolíticas existe grande quantidade de cátions e ânions livres,


em movimento é desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um campo
elétrico ( ) no interior de uma solução eletrolítica, esses movimentos passam a

ser ordenados: o movimento dos cátions, no sentido do vetor campo elétrico (


), e o dos ânions, no sentido oposto. Essa ordenação constitui a corrente
elétrica.
Nos gases ionizados existe grande quantidade de cátions e elétrons livres, em
movimento desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um campo
elétrico ( ) no interior de um gás ionizado, esses movimentos passam a ser

ordenados: o movimento dos cátions, no sentido do vetor campo elétrico ( ), e


o dos elétrons, no sentido oposto. Essa ordenação constitui a corrente elétrica.
Com a finalidade de facilitar o estudo das leis que regem os fenômenos ligados
às correntes elétricas, costumamos adotar um sentido convencional para a
corrente elétrica, coincidente com o sentido do vetor campo elétrico () que a
produziu.
Conseqüentemente, esse sentido será o mesmo do movimento das partículas
eletrizadas positivamente e oposto ao das partículas eletrizadas negativamente
( ) no interior de uma solução eletrolítica, esses movimentos passam a ser
ordenados: o movimento dos cátions, no sentido do vetor campo elétrico ( ), e
o dos ânions, no sentido oposto. Essa ordenação constitui a corrente elétrica.
Nos gases ionizados existe grande quantidade de cátions e elétrons livres, em
movimento desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um campo
elétrico () no interior de um gás ionizado, esses movimentos passam a ser
ordenados: o movimento dos cátions, no sentido do vetor campo elétrico ( ), e
o dos elétrons, no sentido oposto. Essa ordenação constitui a corrente elétrica.
Com a finalidade de facilitar o estudo das leis que regem os fenômenos ligados
às correntes elétricas, costumamos adotar um sentido convencional para a
corrente elétrica, coincidente com o sentido do vetor campo elétrico () que a
produziu.Consequentemente, esse sentido será o mesmo do movimento das
partículas eletrizadas positivamente e oposto ao das partículas eletrizadas
negativamente.

Corrente continua

Corrente contínua (CC ou DC do inglês direct current) é o fluxo ordenado


de elétrons sempre numa direção, diferente da corrente alternada cujo sentido
dos elétrons varia no tempo. Esse tipo de corrente é fornecido por baterias de
automóveis ou de motos (6, 12 ou 24V), pequenas baterias (geralmente de
9V), pilhas (1,2V e 1,5V), dínamos, células solares e fontes de alimentação de
várias tecnologias, que retificam a corrente alternada para produzir corrente
contínua. Normalmente é utilizada para alimentar aparelhos eletrônicos (entre
1,2V e 24V) e os circuitos digitais de equipamento de informática
(computadores, modems, hubs, etc.). Além disso pode-se utilizado para
transmissão de energia elétrica em grandes distâncias devido as vantagens,
em circunstâncias muito específicas, comparada a transmissão CA
convencional. Este tipo de circuito possui um polo negativo e outro positivo
(é polarizado).
Uma corrente é considerada contínua quando não altera seu sentido, ou seja, é
sempre positiva ou sempre negativa.
A maior parte dos circuitos eletrônicos trabalha com corrente contínua, embora
nem todas tenham o mesmo "rendimento", quanto à sua curva no gráfico i x t, a
corrente contínua pode ser classificada por:

Corrente contínua constante

Diz-se que uma corrente contínua é constante, se seu gráfico for dado por um
segmento de reta constante, ou seja, não variável. Este tipo de corrente é
comumente encontrado em pilhas e baterias.

Corrente contínua pulsante

Embora não altere seu sentido as correntes contínuas pulsantes passam


periodicamente por variações, não sendo necessariamente constantes entre
duas medidas em diferentes intervalos de tempo.

A ilustração do gráfico acima é um exemplo de corrente contínua constante.

Esta forma de corrente é geralmente encontrada em circuitos retificadores de


corrente alternada.

Corrente alternada
Dependendo da forma como é gerada a corrente, esta é invertida
periodicamente, ou seja, ora é positiva e ora é negativa, fazendo com que os
elétrons executem um movimento de vai-e-vem.

Este tipo de corrente é o que encontramos quando medimos a corrente


encontrada na rede elétrica residencial, ou seja, a corrente medida nas tomada
de nossa casa.

Corrente Alternada

A corrente alternada diferente da corrente contínua, não possui polaridade fixa


e este é o motivo de receber este nome, exatamente porque o nível de corrente
alterna entre o positivo e o negativo repetidamente e não possui um valor fixo,
logo ela segue o seguinte fluxo:
Inicia com nível zero e aumenta gradativamente até o máximo positivo e inicia
seu retorno ao zero formando um semiciclo, observe que facilmente podemos
considerar este semiciclo como sendo metade de uma circunferência e temos
então 180°.
Neste exato momento, ou seja, ao chegar ao zero temos então imediatamente
o início do semiciclo negativo, o que isto significa? O nível de corrente assume
novamente sua trajetória mas agora em sentido oposto, no sentido negativo,
sendo assim a corrente aumenta até seu ponto máximo negativo e em seguida
retorna a zero novamente.

Gerador CC
O gerador de corrente contínua é uma máquina capaz de converter
energia mecânica em energia elétrica ou energia elétrica em mecânica (motor).
O termo "gerador elétrico" se reserva apenas para as máquinas que convertem
a energia mecânica em elétrica. Conforme as características da corrente
elétrica que produzem, os geradores podem ser de corrente contínua
(dínamos) e alternada (alternadores).
Além disso, quando se trata de um gerador de corrente continua, os
mesmos princípios que formam a base de operação de maquina de corrente
alternada e de corrente continua são governadas pelas mesmas leis
fundamentais. Desta forma no calculo do torque desenvolvido por um
dispositivo eletromecânico se aplica tanto para geradores CA, quanto para CC.
À única diferença entre ambos são os detalhes de construção mecânica, isto
também se aplica para força eletromotriz no rotor. Em um gerador seja CC é
necessário que haja uma força eletromotriz para assim produzir um campo
magnético e em seguida gerar uma corrente que ao passar pelo anel
comutador gere uma corrente continua. A seguir pode-se compreender um
pouco melhor sobre os grandes conjuntos que compõem fisicamente um
gerador do tipo CC.

Constituição de um gerador CC

As principais partes de um gerador de corrente continua são: rotor


(armadura), anel de comutação, estator (parte fixa) e par de escovas. Abaixo
através da figura é possível visualizar e compreender a disposição destes para
um gerador modelo simples

.
Perspectiva com corte parcial do gerador CC

Rotor: Parte girante, montada sobre o eixo da máquina, construído de


um material ferromagnético envolto em um enrolamento chamado de
enrolamento de armadura e o anel comutador. O rotor gira por efeito de
uma força mecânica externa. A tensão gerada na armadura é então
ligada a um circuito externo, ou seja, o rotor do gerador libera corrente
para o circuito externo. Este enrolamento suporta uma alta corrente em
comparação ao enrolamento de campo e é o circuito responsável por
transportar a energia proveniente da fonte de energia.
Rotor bobinado máquina CC.

Anel comutador: Responsável por realizar a inversão adequada do


sentido das correntes que circulam no enrolamento do rotor, constituído
de um anel de material condutor, segmentado por um material isolante
de forma a fechar o circuito entre cada uma das bobinas do enrolamento
de armadura e as escovas no momento adequado. O anel é montado
junto ao eixo da máquina e gira junto com o mesmo. O movimento de
rotação do eixo produz a comutação entre os circuitos dos
enrolamentos.

Anel de comutação

Estator: Parte estática da máquina, montada em volta do rotor, de forma


que o mesmo possa girar internamente. Também é constituído de
material ferromagnético, envolto em um enrolamento de baixa potência
chamado de enrolamento de campo que tem a função apenas de
produzir um campo magnético fixo para interagir com o campo do rotor. A fonte
de corrente de campo pode ser uma fonte separada, chamada
de excitador, ou proveniente do próprio rotor.
Figura 4: Estator motor CC.

Escovas: São conectores de grafita fixos, montados sobre molas que


permitem que eles deslizem (ou "escovem“) sobre o comutador no eixo
do rotor. Assim, as escovas servem de contato entre os enrolamentos da
armadura e a carga externa.

Par de escovas de carvão.

Princípio de Funcionamento do gerador CC.

Quando se trata de um gerador, a energia mecânica é tirada pela


aplicação de um torque e da rotação do eixo da máquina, uma fonte de energia
mecânica pode ser, por exemplo, uma turbina hidráulica, uma turbina eólica,
etc.
A fonte de energia mecânica tem o papel de produzir o movimento
relativo entre os condutores elétricos dos enrolamentos de armadura e o
campo magnético produzido pelo enrolamento de campo e desse modo,
provocar uma variação temporal da intensidade do mesmo, e assim pela lei de
Faraday induzir uma tensão entre os terminais do condutor. Desta forma, a
energia mecânica fornecida ao eixo, é armazenada no campo magnético da
máquina para ser transmitida para alimentar alguma carga conectada à
máquina. A fonte de energia mecânica tem o papel de produzir o movimento
relativo entre os condutores elétricos dos enrolamentos de armadura e o
campo magnético produzido pelo enrolamento de campo e desse modo,
provocar uma variação temporal da intensidade do mesmo, e assim pela lei de
Faraday induzir uma tensão entre os terminais do condutor.
A lei de Faraday-Lenz enuncia que a força eletromotriz induzida num
circuito elétrico é igual à variação do fluxo magnético conectado ao circuito. É
importante notar que um campo magnético constante não dá origem ao
fenômeno da indução. Por esta razão, não é possível colocar um magneto no
interior de um solenoide e obter energia elétrica. É necessário que o magneto
ou o solenóide movam-se, consumindo energia mecânica. Por esse motivo que
um transformador só funciona com corrente alternada. A lei é de natureza
relativística, portanto o seu efeito é resultado do movimento do circuito em
relação ao campo magnético.
A contribuição fundamental de Heinrich Lenz foi à direção da força
eletromotriz (o sinal negativo na fórmula). A corrente induzida no circuito é de
fato gerada por um campo magnético, e a lei de Lenz afirma que o sentido da
corrente é o oposto da variação do campo magnético que a gera.

Posição do Plano da Bobina de Fio, relativamente à Direção do Campo Magnético, e a


correspondente Força Eletromotriz Induzida.

GERADORES DE CORRENTE ALTERNADA

1.1 – PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DOS ALTERNADORES

O gerador de CA é o meio mais importante para a produção da energia elétrica


que usamos atualmente. Como sabemos, a tensão CA é usada na maioria das
aplicações,devido à facilidade com que o seu valor pode ser modificado com o
auxílio de transformadores. O tamanho dos geradores CA, ou alternadores,
depende muito da energia que eles devem fornecer. Por exemplo, um dos 20
geradores existentes na usina hidrelétrica de Itaipu gera 700 MW
(capacidade instalada = 14.000 MW). Por outro lado, os alternadores
empregados nos modernos automóveis geram comumente menos de 500 W.
Entretanto, independentemente do tamanho, todos os geradores, sejam de CC
ou de CA, dependem para seu funcionamento da ação de um condutor (ou
bobina) cortando um campo magnético. Desde que haja movimento relativo
entre um condutor e um campo magnético, será gerada uma tensão.
Como você sabe, para que exista a condição acima, todos os geradores são
formados por duas partes mecânicas: um rotor (parte móvel – rotativa) e um
estator (parte fixa – estática). Os geradores elementares de CA e de CC têm o
mesmo princípio de funcionamento, diferenciando-se apenas na forma como
coletam a tensão induzida na armadura (que é sempre alternada).

(a) Gerador Elementar de CC. (b) Gerador Elementar de CA.

Fig.: A forma da tensão no comutador do gerador CC e nos anéis coletores do gerador CA.

Conforme estudado nos geradores de CC, a saída do gerador é proporcional à


intensidade do campo e à velocidade com que as bobinas e o campo
interagem. Como os geradores de CA trabalham normalmente com velocidade
constante para manter a freqüência constante, o controle da tensão de saída é
realizado por meio da variação da intensidade do campo. Aprendemos que no
gerador de CC (dínamo) a parte rotativa é sempre a armadura. Contudo, em
um gerador de CA (alternadores) isto não é o comum. Nos geradores CA o
enrolamento da armadura – que é o enrolamento onde a tensão elétrica vai ser
induzida – pode estar posicionado tanto no rotor quanto no estator, sendo a
configuração mais comum a de armadura estacionária e campo rotativo.

Um gerador elementar consiste de uma espira de fio disposta de tal modo que
pode ser girada em um campo magnético uniforme. Este movimento causa a
indução de uma tensão na espira. Para ligar a espira (fonte) a um circuito
externo (carga) que aproveite a fem induzida, são usados contatos deslizantes.
Os pólos norte e sul do ímã que proporciona o campo magnético são as peças
polares. A espira de fio que gira dentro do campo é chamada de armadura. As
extremidades da espira são ligadas a anéis, chamados anéis coletores, que
giram com a armadura. Escovas fazem contato com os anéis coletores e
ligam a armadura ao circuito externo. Na descrição do funcionamento do
gerador, abaixo, imagine a espira girando dentro do campo
magnético (contudo, é bom lembrar que, com a mesma facilidade, poderíamos
fazer o ímã girar). À medida que os lados da espira cortam as linhas de força
do campo, há produção de uma fem induzida que provoca a circulação de
corrente através da espira, anéis coletores, escovas, amperímetro de zero
central e resistor de carga – tudo ligado em série. O valor da fem induzida que
é gerada na espira e, portanto, da corrente produzida, depende da posição
instantânea da espira em relação às linhas de fluxo do campo
magnético.

POSIÇÃO 0° POSIÇÃO 90°

POSIÇÃO 180° POSIÇÃO 270°

Fig: Geração de 1 ciclo de tensão CA com um alternador de uma única espira

Fig: Forma de onda da tensão de saída correspondente a uma rotação completa da espira.

TIPOS DE ALTERNADORES

Os geradores de corrente alternada também são chamados de alternadores.


Praticamente toda energia elétrica consumida nas residências e indústrias é
fornecida pelos alternadores das usinas que produzem eletricidade. Um
alternador simples é formador por:

(1) um campo magnético forte e constante;

(2) condutores que giram através do campo magnético;

(3) alguma forma de se manter uma ligação contínua dos condutores à medida
que eles giram.

O campo magnético é produzido pela corrente que flui pela bobina de campo
estacionário ou estator. A excitação para a bobina de campo é fornecida por
uma bateria ou qualquer outra fonte CC.

Fig. 1-4 : Alternador monofásico na configuração de armadura rotativa e campo estacionário

Fig. : Alternador 3φ (2 pólos) com estator de pólos salientes (campo) e rotor ranhurado
(armadura).
A armadura, ou rotor, gira dentro do campo magnético. Para uma única espira
em volta do rotor, cada extremidade é ligada a anéis coletores separados,
isolados do eixo. Cada vez que o rotor gira e se completa uma rotação,
processa-se um ciclo completo de corrente alternada (no caso de 2 pólos). Na
prática, um alternador contém várias centenas de espiras enroladas nas fendas
(ranhuras) do rotor. Duas escovas são pressionadas através de molas contra
os anéis coletores de modo a manter uma ligação contínua entre a corrente
alternada induzida no rotor (bobina da armadura) e o circuito externo (carga). O
pequeno gerador CA, baixas potências, geralmente é de armadura rotativa e
campo estacionário. Uma desvantagem, desta configuração, é que os contatos
entre os anéis coletores e as escovas estão em série com a carga, ou seja, a
corrente da carga passa pelas escovas. Se essas partes
se desgastarem ou ficarem sujas, o fluxo de corrente pode ser interrompido.

Entretanto, se a excitação do campo for ligada ao rotor, as espiras do estator


terão uma corrente alternada induzida passando por elas (Fig. 1-6). Pode-se
ligar uma carga através dessas bobinas da armadura estacionária sem ser
necessário nenhum contato móvel no circuito (anel coletor e escova). A
corrente de excitação é fornecida ao campo rotativo através dos anéis
coletores e das escovas. Uma outra vantagem do gerador CA de armadura
estacionária e campo rotativo está na grande facilidade de se isolar
as bobinas do estator, comparada com a isolação das bobinas do rotor. Como
são freqüentemente geradas tensões altas, da ordem de 18.000 a 20.000 V,
esta alta tensão não precisa ser trazida até os anéis de contato e as escovas,
mas pode ser levada diretamente para a carga através de condutores isolados
a partir da armadura estacionária. Outro fator importante é a maior facilidade na
troca de calor entre o enrolamento da armadura (no estator) e o ar ambiente,
uma vez que se a armadura estiver posicionada no rotor a dissipação de calor
será bem mais difícil.

Fig. 1-6 : Alternador monofásico na configuração de armadura estacionária e


campo rotativo.
Fig. : Alternador 1φ ou 3φ (4 pólos) com estator ranhurado (armadura) e rotor de pólos
salientes (campo).

Nos geradores CA de armadura estacionária e campo rotativo (Fig. 1-6) a


tensão gerada é retirada diretamente do enrolamento de armadura (neste caso
o estator) sem passar pelas escovas. A potência de excitação destes geradores
normalmente é inferior a 5% da potência nominal. Por este motivo, o tipo de
gerador CA mais utilizado é o de armadura estacionária e campo rotativo.

FREQÜÊNCIA DA TENSÃO GERADA

O valor da tensão gerada por um gerador CA depende da intensidade do campo e da


velocidade do rotor. Como a maioria dos geradores funciona com velocidade constante
(geradores síncronos), o valor da fem induzida (ou tensão gerada) é controlado através da
excitação do campo.

A freqüência da fem gerada depende do número de pólos do campo e da velocidade do rotor,


como mostra a equação abaixo:

F= p.n/120

Onde:

f → freqüência da tensão gerada, Hz

p → número total de pólos da máquina

n → velocidade do rotor, rotações por minuto (RPM)


Fig.: Alternadores monofásicos com números de pólos diferentes e mesma velocidade do
rotor

Para uma máquina de um par de pólos, a cada giro das espiras teremos um
ciclo completo da tensão gerada. Os enrolamentos podem ser construídos com
um número maior de pares de pólos, que se distribuirão alternadamente (um
norte e um sul). Neste caso, teremos um ciclo a cada par de pólos. Os
geradores da usina hidrelétrica de Itaipu possuem 78 pólos e giram a uma
velocidade de 92,3 rpm. Note que o número de pólos da máquina terá que ser
sempre par, para formar os pares de pólos. Na Tabela 1-1, são mostradas as
velocidades síncronas correspondentes para as freqüências e polaridades
mais utilizadas.

Tabela 1-1: Velocidades síncronas em rotações por minuto.

Número de
f = 60 Hz f = 50 Hz
Pólos

2 3.600 rpm 3.000 rpm

4 1.800 rpm 1.500 rpm

6 1.200 rpm 1.000 rpm

8 900 rpm 750 rpm

10 720 rpm 600 rpm

ASPECTOS CONSTRUTIVOS DOS ALTERNADORES (TIPOS DE ROTOR)

Quando a máquina primária (do gerador) é essencialmente um acionador de


baixa velocidade, como no caso de uma turbina hidráulica (usada em usinas
hidrelétricas), requerer-se-á um grande número de pólos. Como a ventilação
não é um problema a baixas velocidades, pode-se utilizar um rotor
de pólos salientes. Da mesma forma, se a máquina primária for um motor a
gasolina, óleo diesel, gás ou vapor, ou seja, numa máquina primária de
velocidade essencialmente moderada, utilizar-se-ão pólos lisos (ou não-
salientes) em número de 4 a 12. No caso de máquinas primárias de velocidade
elevada, como turbinas a vapor ou a gás (o vapor podendo ser obtido a partir
de caldeiras convencionais a carvão ou a óleo, ou a partir de reatores
nucleares), usualmente utilizam-se pólos lisos. Em grande parte, a
determinação do tipo de construção de campo do gerador CA a ser utilizado é
feita a partir da espécie de combustível ou fonte de energia disponível no local
geográfico onde se irá gerar eletricidade. Geradores CA de baixa velocidade e
de pólos salientes requerem um estator de grande circunferência, no qual
possam ser inseridos muitos condutores. Tais estatores requerem condutores,
para os enrolamentos de campo e da armadura, que tenham pequeno
comprimento axial. Por outro lado, geradores CA de alta velocidade e de pólos
lisos (ranhurados) têm uma pequena circunferência, requerendo condutores
para os enrolamentos de campo e da armadura de grande comprimento axial.
Assim, pela diferença marcante na aparência externa, podemos distinguir
facilmente as máquinas síncronas de pólos salientes e de pólos lisos, mesmo
sem observar o seu rotor como mostra a Fig.

Rotores de Pólos Lisos e de Pólos Salientes


Os geradores síncronos são construídos com rotores de pólos lisos ou salientes.
PÓLOS LISOS: São rotores nos quais o entreferro é constante ao longo de toda a
periferia do núcleo de ferro.
PÓLOS SALIENTES: São rotores que apresentam uma descontinuidade no entreferro
ao longo da periferia do núcleo de ferro. Nestes casos, existem as chamadas regiões
interpolares, onde o entreferro é muito grande, tornando visível a saliência dos pólos.

Fig.: Perfil das chapas laminadas utilizadas nos núcleos magnéticos de rotores.

CARACTERÍSTICAS DA TENSÃO NOS TERMINAIS DO GERADOR CA

A tensão de saída de um gerador CA é semelhante à de um gerador CC. No


gerador CC, há duas causas para a queda de tensão interna:

(1) a resistência da armadura;

(2) a reação da armadura.

A figura e a equação a seguir indicam que há agora três causas para a “queda”
de tensão interna no gerador CA, que são:

(1) a resistência da armadura;

(2) a reatância da armadura;

(3) a reação da armadura.

Além disso, para um alternador, enquanto os dois primeiros fatores sempre


tendem a reduzir a tensão, o terceiro (reação da armadura) pode tender a
diminuí-la ou aumentá-la. Assim, a regulação de tensão do gerador CA difere
da do gerador CC, em dois aspectos importantes: (1) há uma queda de tensão
devida à reatância da armadura; e (2) o efeito de reação da armadura
(dependendo do fator de potência da carga) pode produzir um aumento da
tensão gerada que tende a tornar mais elevada a tensão nos terminais.

Fig.: A tensão nos terminais de saída do gerador CA é afetada por três fatores (Ra, Xa e XRA)

Vg= Vt-Ra . IL-Xa . IL + XRA . IL

A variação de tensão causada pela reação da armadura depende do fator de


potência da carga, se é indutivo ou capacitivo. A reação da armadura afeta a
intensidade do campo CC de modo que, quando a carga é indutiva ela
enfraquece o campo, e quando é capacitiva ela fortalece o campo aumentando
Vg.

REAÇÃO DA ARMADURA NO GERADOR CA

Em vazio (com rotação constante), a tensão de armadura depende do fluxo


magnético gerado pelos pólos de excitação, ou ainda da corrente que circula
pelo enrolamento de campo (rotor). Isto porque o estator não é percorrido por
corrente, portanto é nula a reação da armadura, cujo efeito é alterar o fluxo
total. A relação entre tensão gerada e a corrente de excitação chamamos de
característica a vazio onde podemos observar o estado de saturação da
máquina (máximo fluxo e máxima tensão)

Fig.: Característica a vazio (tensão gerada x corrente de excitação).


Em carga, a corrente que atravessa os condutores da armadura cria um campo
magnético, causando alterações na intensidade e distribuição do campo
magnético principal. Esta alteração depende da corrente, do cosφ e das
características da carga.

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