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Sumário
BIBLIOGRAFIA:
NUPEA - Núcleo de Pesquisa e Extensão em Energias Alternativas Prof. Sebastião Camargo Guimarães Júnior – 2015/2
UFU – Faculdade de Engenharia Elétrica Transmissão de energia Elétrica (Apostila uso interno) – Cap. 3 – pg. 1 de 58
CAPÍTULO 3
3.1 – Introdução
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A linha de transmissão da Figura 3.1 pode ser representada por seu circuito equivalente,
mostrado na Figura 3.2, que consiste de uma indutância L [Henry/km], uma capacitância C
[Farad/km] e dos elementos representativos das perdas nos condutores: resistência r [Ohm/km]; e
perdas nos dielétricos: condutibilidade g [Siemens/km]. Este circuito equivalente é constituído
por parâmetros distribuídos.
Iniciamos a contagem dos tempos no instante que a chave Ch for ligada. Num instante
imediatamente anterior a t=0, a diferença de potencial U só existe no terminal 0 da chave, o que
indica a existência de um acúmulo de cargas elétricas. No instante t=0, quando a chave Ch é
ligada, esse potencial aparece em 1, tendo havido migração de cargas através de Ch. Em virtude
de xL, levará um tempo t, para que apareça a mesma diferença de potencial no terminal “a”
do capacitor xC; um tempo t=2t para que esse mesmo potencial atinja “b”, assim,
sucessivamente, até a energização total da linha. Ela não é, pois, instantânea. A energização se
dá pelo deslocamento das cargas elétricas ao longo da linha. Cargas elétricas em movimento dão
origem aos campos magnéticos e a simples presença das cargas, aos campos elétricos. Portanto,
a partir de t=0, campos elétricos e campos magnéticos são estabelecidos progressivamente ao
longo das linhas. Dizemos que se “propagam” do transmissor ao receptor.
“Decorre, portanto, um tempo finito entre o instante em que se aplica uma tensão ao
transmissor duma linha de transmissão e o instante em que esta tensão possa ser medida em seu
receptor”.
Podemos, pois, definir uma velocidade de propagação dos campos elétricos e magnéticos
para uma linha de comprimento ℓ [km]:
v [km/s] (3.1)
T
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U Z0
x
A corrente de carga I0 começa a fluir na linha um tempo Δt [s] após o instante em que a
tensão é aplicada. Sua intensidade independe do comprimento da linha. Se esta for de
comprimento infinito, essa corrente de carga será suprida pela fonte, sem alteração de valor,
enquanto o valor da tensão da fonte se mantiver inalterado, indefinidamente. Podemos assim
definir uma impedância de entrada da linha
U
Z0 [ohm] (3.2)
I0
1
Z0 [Ohm] (3.4)
Cv
ou
Z0 L v [Ohm] (3.7)
1
v [km/s] (3.8)
LC
Do eletromagnetismo temos:
D
L 2 10 4 ln [H/km] (3.9)
r
1 [F/km] (3.10)
C
D
18 106 ln
r
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L
Z0 [ohm] (3.12)
C
D
Z 0 60Ln [ohm] (3.13)
r
Portanto Z0 não depende do comprimento da linha, mas somente do meio em que esta se
encontra e de suas dimensões físicas (D e r). É, pois, constante para cada linha e, por isso
mesmo, considerada uma grandeza característica denominada impedância natural da linha, ou
como veremos mais adiante, impedância de surtos da linha.
Por exemplo, sejam os cabos, para antenas de TV, vendidos comercialmente. Eles
possuem as seguintes impedâncias naturais:
U constante
I0 [A] (3.14)
Z0
Logo, a corrente de carga de uma linha, excitada por uma fonte de tensão constante,
também independe de seu comprimento, o que, aliás, é uma peculiaridade. Não poderia, no
entanto, ser diferente: a corrente de carga I0, quando começa a fluir, desconhece o comprimento
da Linha e a forma pela qual é terminada.
Exemplo 3.1 – Um cabo unipolar para 138 3 [kV] possui as seguintes características elétricas:
Solução
Comentário: Essa redução no valor da celeridade com relação ao caso anterior se deve às
características do dielétrico.
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I 02 Lx
a - no campo magnético: E m [Ws] (3.15)
2
U 2 Cx
b - no campo elétrico: E e [Ws] (3.16)
2
I 02 Lx U 2 Cx
c – energia total: E E m E e U I 0 t [Ws] (3.17)
2 2
A Equação (3.17) nos diz que a energia fornecida pela fonte foi armazenada pelos dois
campos, sem, no entanto, nos esclarecer sobre sua divisão entre os mesmos. Vejamos como esta
se faz. Temos que U I o Z o I o L C que introduzimos na Equação (3.16) para obter:
2
L Cx I o2 Lx
E e I o
2 2 E m (3.18)
C
- R2 = Z0 (Caso base)
Teremos então:
U = I0.Z0 = I0.R2
ou
U U
I0 (3.19)
Z0 R2
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Uma vez que na terminação da linha não há campos magnéticos e elétricos a armazenar
energia, toda a energia fornecida pela fonte será dissipada na resistência R2. Logo:
E d I 2 U.I 0 .t I 0 .R 2 .t
2
(3.20)
Onde E d I 2 : energia dissipada na resistência R2 devido à circulação da corrente I2.
Fig. 3.4 – Equivalência entre linhas de comprimento infinito e linhas terminadas em R2 = Z0.
Quando o valor de R2 for diferente do valor de Z0, o equilíbrio estabelecido pela Equação
(3.19) será alterado, pois o segundo membro desta equação poderá ser maior ou menor do que o
primeiro, dependendo da capacidade de dissipação de R2. Devemos considerar, portanto, dois
casos.
Neste caso a corrente I '2 , através da resistência R '2 , será menor que a corrente Io e a
energia dissipável E 'd I '2 será igualmente menor do que a energia dissipável E d I 2
U U
Io I '2 I '2 I 0
Z0 R '2
2
2
E 'd I '2 I '2 R '2 t < I o R 2 t I 2 R 2 t 2
E 'd I '2 < E d I 2
Onde E 'd I '2 : energia dissipada na resistência R '2 devido a circulação da corrente I '2 .
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Nas equações acima se deve verificar que, apesar de agora R '2 > R 2 ( R 2 é o caso base), a
corrente I '2 é menor que I o e, como no cálculo da energia a corrente está elevada ao quadrado
teremos, portanto, uma menor energia dissipada em R '2 Junto ao terminal da linha haverá um
excesso de energia. Um novo estado de equilíbrio deverá ocorrer, pois esse excesso de energia
não poderá ser destruído.
Uma redução da corrente na linha leva também a uma redução da energia armazenada no
campo magnético. Devemos lembrar que a energia armazenada no campo magnético no caso
base era E m 1 2 xLI 02 , mas agora a corrente estabelecida é I '2 I 0 resultando agora numa
energia armazenada no campo magnético de E 'm 1 2 xL I '2 , conseqüentemente E 'm < E m
2
. O campo magnético, por conseguinte, além de não poder armazenar o excesso de energia
devido à redução de I2, deve ainda ceder parte da energia que possui armazenada. Essa duas
parcelas só podem ter um destino: o campo elétrico. Portanto, a partir do momento que I '2
começa a fluir através de R '2 , o campo elétrico recebe a energia excedente, que se manifesta na
forma de uma elevação da tensão U2 e que irá propagar ao longo da linha, acompanhada da
redução de I0, com a mesma velocidade v [km/s], como é mostrado na Figura 3.5.
Vale a pena examinar um caso extremo, ou seja, quando R '2 = , isto é, na linha de
comprimento finito, aberta junto ao receptor. Neste caso pode ser observado que:
b- o campo elétrico tem que armazenar toda a energia, isto é, aquela que chega pela linha e
aquela que é cedida pelo campo magnético (como a corrente I '2 0 o campo magnético não pode
armazenar energia) . Devemos lembrar aqui que, como mencionado no item 3.2.3d, a divisão de
energia era de 50% para cada campo, mas como o campo magnético não pode armazenar
energia, o campo elétrico deve armazenar estas duas parcelas de 50% de energia.
Seja U2 o valor da tensão que a linha atingirá junto ao receptor. A energia armazenada em
um Δx de linha será:
1 2
U 2 Cx (3.21)
2
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2U 2 Cx (3.22)
1 2
U 2 Cx 2U 2 Cx
2
U 22 4U 2
Ou
U 2 2U [V] (3.23)
Portanto, em uma linha ideal aberta a tensão no receptor cresce ao dobro do valor da
tensão aplicada, Figura 3.6. Essa tensão se propaga do receptor ao transmissor.
Neste caso a corrente I "2 , através da resistência R "2 , será maior que a corrente Io e a
energia dissipável E "d I "2 será igualmente maior do que a energia dissipável E d I 2
U U
Io I "2 I "2 > I 0
Z0 R "2
2
2
E "d I "2 I "2 R "2 t > I o R 2 t I 2 R 2 t 2
E "d I "2 > E d I 2
Onde E "d I "2 : energia dissipada na resistência R "2 devido a circulação da corrente I "2 .
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Nas equações acima se deve verificar que, apesar de agora R "2 < R 2 ( R 2 é o caso base), a
corrente I "2 é maior que I o e, como no cálculo da energia a corrente está elevada ao quadrado
teremos, portanto, uma maior energia dissipada em R "2 . Junto ao terminal da linha ocorrerá um
déficit de energia que não poderá ser fornecido de imediato pela fonte que alimenta o sistema. O
novo estado de equilíbrio somente poderá ser atingido se essa deficiência for suprida pela própria
linha, a expensas da energia armazenada por ela durante o processo de energização.
A energia armazenada no campo magnético no caso base era E m 1 2 xLI 02 , mas agora
a corrente estabelecida é I "2 > I 0 resultando agora numa energia armazenada no campo
magnético de E "m 1 2 xL I "2 , conseqüentemente E "m > E m . Uma vez que há um aumento
2
no valor da corrente que passa de I2 = I0 para I "2 , o campo magnético não somente não pode
ceder energia, como também deve armazenar maior quantidade da mesma, o que faz à custa do
campo elétrico, que a cede. Haverá, portanto, uma redução na tensão U2 junto ao receptor, que
caminha progressivamente em direção à fonte, como é mostrado na Figura 3.7.
Fig. 3.7 – Variação de tensão e corrente em linha ideal terminada com R "2 < Z0
Outro caso extremo de operação da linha, bastante interessante, é o caso de uma linha
terminada em curto-circuito, ou seja, com R2 = 0. Observa-se, neste caso:
a – a tensão junto ao receptor somente pode ser nula, propagando-se esse valor do receptor ao
transmissor;
Uma vez que toda energia que estava armazenada no campo elétrico não pode ser retida
pelo mesmo, ela é cedida ao campo magnético, que também deverá receber toda a energia que a
fonte continuará fornecendo. A energia no campo magnético será agora em um Δx de linha:
2
1 " 2
I 2 Lx (3.23)
Nos dois campos da linha havia I 0 2 Lx de energia armazenados (duas parcelas de
energia de 50%) e a fonte, em Δt(s), fornecerá mais I 0 2 Lx (novas duas parcelas de energia de
50%). Logo, o campo magnético terá que armazenar:
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2I 0 Lx
2
(3.24)
Quantia essa que deverá ser igual àquela definida pela equação (3.23). Logo
I 2 Lx 2I 0 Lx
1 " 2
2
2
I " 2
2 4I 0
2
Ou
U = Ud Ur (3.26a)
I = Id Ir (3.26b)
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U Ud = U
I0 Id = I0
1 2
U R2
1’ 2’
Ur
Ir
Fig. 3.8a – Ondas viajantes devido a energização da linha de transmissão.
b- dependendo do valor relativo da impedância terminal da linha, como vimos, haverá ou não
reflexão:
- quando Z2 Z0 , há, como vimos, um aumento no valor da tensão e uma redução no valor
da corrente. Há, portanto, reflexão das ondas: as ondas de tensão se refletem com mesma
polaridade das ondas diretas, o que de acordo com a Equação (3.26a) indica um aumento da
tensão no receptor para U 2 U d U r . As ondas de corrente, no entanto, se refletem com
polaridades opostas às das ondas incidentes, revelando, de acordo com a Equação (3.26b), uma
redução de corrente para I 2 I d I r . As ondas refletidas se propagam desde os pontos de
descontinuidade para as linhas com a mesma velocidade com que aí chegaram as ondas
incidentes. As Equações (3.26a) e (3.26b) passam a valer, progressivamente, em cada um dos
pontos da linha. Portanto, ondas incidentes e ondas refletidas se movimentam nas linhas em
sentidos opostos;
As três condições acima podem ser vistas na Figura 3.8b. As ondas refletidas se relacionam
com as ondas incidentes através dos coeficientes de reflexão Kr :
Onde
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Z2 Z0
K ru (3.32)
Z2 Z0
Z0 Z2
K ri (3.33)
Z2 Z0
Os valores de Kru e Kri variam de +1 a –1, conforme se verifica facilmente na análise das
linhas em aberto, em curto-circuito e para Z2 = Z0, quando são nulos.
Exemplo 3.2: Mostrar a variação no tempo da tensão e da corrente junto ao receptor de uma
linha ideal, alimentada por uma fonte ideal, terminada em Z2 = 3Z0 .
U
R2 = 3Z0
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Solução:
Z1 Z 0 0 Z 0
K ru1 1
Z1 Z 0 0 Z 0
Z 0 Z1 Z 0 0
K ri1 1
Z1 Z 0 Z 0 0
3Z 0 Z 0 1
K ru2
3Z 0 Z 0 2
Z 0 3Z 0 1
K ri2
3Z 0 Z 0 2
Kru1=-1 Kru2=1/2
U1=U U
U2=0
t v
1/2U U2=0+U+1/2U=3/2U
t 2 v
-1/2U
U1=U+U/2-U/2=U
t 3 v
U2=3/2U-1/2U-1/4U=3/4U
-1/4U
t 4 v
1/4U
U1=U-U/4+U/4=U
t 5 v
1/8U U2=3/4U+1/4U+1/8U=9/8U
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Kri1=1 Kri2=-1/2
I1=I0 I0
I2=0
I2=0+I0-1/2I0=1/2I0
-1/2I0
I1=I0-1/2I0-1/2I0=0
-1/2I0
I2=1/2I0-1/2I0+1/4I0=1/4I0
1/4I0
I1=0+1/4I0+1/4I0=1/2I0 1/4I0
I2=1/4I0+1/4I0-1/8I0=3/8I0
-1/8I0
Uma linha de transmissão bifilar aérea é suprida por uma fonte de tensão constante e
igual a 800 [volt]. A indutância dos condutores é de 0,001358 [henry/km] (fluxo interno
considerado), sua capacitância é igual a 0,008488.10-6 [farad/km]. Tratando-se de linha sem
perdas, deseja-se saber, sendo seu comprimento igual a 100 [km]:
a - Z2 = 100 [ohm];
b - Z2 = 400 [ohm];
c - Z2 = 1600 [ohm].
U = 800 V Z2
1’ 2’
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Solução:
A – A impedância natural ou impedância de onda ou impedância de surtos pode ser calculada
através d equação:
L
Z0 [ohm] (3.12)
C
Logo,
L 0,001358
Z0 x10 6 400 [ohm]
C 0,008488
B – A energia armazenada em cada quilômetro de linha poderá ser calculada pelas Eqs. (3.14),
(3.15) ou (3.16):
a - energia armazenada no campo magnético:
I 20 L x
E m [Ws] (3.15)
2
Sendo
U 800
Io 2 [ A]
Z o 400
Teremos
2 2 x0,001358
E m 0,002716 [ w.s]
2
U 2 C x
E e [Ws] (3.16)
2
8002 x0,008488.10 6
E e 0,002716 [ w.s]
2
c – energia total armazenada
E E m E e 0,005432 [w.s]
Nota: esse valor é um pouco inferior àquele preconizado para a linha ideal, podendo-se
atribuir esse fato à consideração do fluxo magnético interno dos condutores, que, no caso da
linha ideal, foi desprezado.
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Z2 Z0
K ru 2 (3.32)
Z2 Z0
serão:
100 400 3
- para Z2 = 100 [ohm] K ru 2
100 400 5
400 400
- para Z2 = 400 [ohm] K ru 2 0
400 400
1600 400 3
- para Z2 = 1600 [ohm] K ru 2
1600 400 5
c – os coeficientes de reflexão no transmissor serão, considerando fonte ideal,
Z1 Z 0 0 Z 0
K ru1 1
Z1 Z 0 0 Z 0
t v
U2=0+U-3U/5=2U/5
-3U/5
t=2ℓ/v
U1=U-3U/5+3U/5=U
3/5U
t 3 v
-9U/25 U2=2U/5+3U/5-9U/25=16/25U
t=4ℓ/v
U1=U-9U/25+9U/25=U
9/25U
t 5 v
U2=16U/25+9U/25-27U/125=98U/125
-27U/125
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1 2
Zf = 10
Z0=400 Z2=100
L = 0,001358 [henry/km]
C= 0,008488.10-6 [farad/km]
U = 800 V
1’ 2’
Solução:
L 0,001358
Z0 x10 6 400 [ohm]
C 0,008488
Z1 Z 0 10 400
K ru1 0,95
Z1 Z 0 10 400
Z 2 Z 0 100 400
K ru 2 0,6
Z 2 Z 0 100 400
Zf = 10
Z0
U = 800 V
1’
Uf 800
Io 1,9512
Z f Z 0 10 400
Uf
U1 I o Z o Z o → U1 I o Z o 1,9512x 400 780,48 [V]
Zf Z0
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Kru1=-0,95 Kru2=-0,6
U1=780,48 U2=0
U1=780,48 U2=0+780,48-468,288
=312,192
-468,288
U1=780,48-468,288+444,874
=757,066
444,874
U2=312,192+444,874-266,924
=490,142
-266,924
U1=757,066-266,924+253,57
=743,72
253,578 U2=490,142+253,578-152,147
=591,573
-152,147
U2=591,573+144,54-86,724
144,54
=649,389
-86,724
82,388 U2=649,389+82,388-49,433
=682,344
-49,433
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1 2
Zf = 10
Z2=100
U = 800 V
1’ 2’
Uf 800
I2 7,2727 [A]
Z f Z 2 10 100
Uma linha unipolar de transmissão de 100 [km] de comprimento foi desligada instantaneamente
em ambas as extremidades, permanecendo nela uma carga acumulada, uniformemente
distribuída ao longo da mesma, de forma tal que um potencial de 175,72 [kV] pode ser medido.
Admitamos que, em ambas as extremidades das linhas, se faça um aterramento através de
resistências de 20 [ohm]. Qual será a variação da tensão e da corrente através das resistências? E
no meio da linha?
Solução:
A LT é alimentada por uma fonte de tensão U1 e supre uma carga Z2 com o sistema
operando em regime permanente.
1 LT 2
U Z2
U1
2
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1 LT 2
U Z2
U1
2
Com a abertura da LT nos pontos 1 e 2 só existe carga estática acumulada na LT. Assim,
toda energia está armazenada no campo elétrico.
A LT é então curto-circuitada, em ambas as extremidades, através dos resistores de
aterramento. Com o curto-circuito o estado de equilíbrio que existia anteriormente é alterado,
com transferência de parte da energia do campo elétrico para o campo magnético (circulação das
correntes I1 e I2 ). Devido a esta alteração teremos o surgimento de ondas viajantes na LT.
1 LT 2
I1
I2
Z0
Z0
20 20
U2
U1
L = 221,12 [ohm]
Z0
C
Z Z 0 20 221,12
K ru1 K ru 2 0,83
Z Z 0 20 221,12
Z 0 Z 22112
, 20
K ri1 K ri2 0,83
Z Z 0 20 22112
,
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U 175.720
I I1 I 2 728,77 [A]
R Z 0 20 22112
,
U1 = 0,083U
U1 = U + Ud + Ur
14.575 = 175720 + 0 +Ur
Ur = -161.145 [V]
Ur = 0,917U
I1 = I’ + Id + Ir
728,77 = 0 + 0 + Ir
Ir = 728,77 [A]
Ir = I
U2=0,083U
U1=0,083U
U1/2 (1)
0,917U 0,917U
U2=0,083U-0,917U+0,761U
U1=0,083U0,917U+0,761U
= 0,073U
= 0,073U U1/2 (2)
0.761U 0.761U
U2=-0,073U+0,761U0,632U
= 0,056U
U1/2 (3)
0,632U 0,632U
U2=0,056U0,632U+0,525U
= 0,051U
U1/2 (4)
0,525U 0,525U
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I I
0,83I 0,83I
I1 =0,83I+0,83I+0,69I = 0,69I
I2= 0,83I0,83I0,69I = 0,69I
I1/2 =0
0,69I 0,69I
I1 = 0,57I
I2= 0,69I+0,69I+0,57I = 0,57I
I1/2 =0
0,57I 0,57I
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Tendo obtido, pela análise qualitativa, noções físicas sobre o mecanismo do aparecimento
e comportamento de ondas viajantes nas linhas de transmissão, procuraremos mostrar como
essas ondas podem ser estudas quantitativamente. Interpretando um pensamento de Lord Kelvin,
poder-se-ia afirmar: ”Entender um fenômeno significa associá-lo a números.”
É o que nos propomos a fazer em seguida através da análise matemática. Esta será feita
de forma genérica, ou, mais precisamente, considerando tensões e correntes como funções
genéricas do tempo. Raciocinando em termos de ondas de impulso, em geral encaradas pelos
autores de livros-texto de linhas de transmissão de energia elétrica como um fenômeno à parte,
estaremos não só aumentando nossa flexibilidade de raciocínio, como também lançando as bases
para o estudo sistemático dos surtos de sobretensão as quais são sujeitas as linhas de transmissão,
como também das linhas excitadas por correntes senoidais, em regime permanente.
Deixemos a linha ideal, por ora, e consideremos uma linha real, incluindo em seu circuito
equivalente elementos representativos das perdas nos condutores r [ohm/km] e das perdas nos
dielétricos g [Siemens/km], com é mostrado na Figura 3.10, na qual representamos um elemento
x da linha.
2 u u 2 u
r g u ( r C Lg) LC 2 (3.39)
x 2 t t
2i i 2i
r g i ( r C Lg) LC 2 (3.40)
x 2 t t
u U x sent (3.41)
i I x sen(t ) (3.42)
x U x e jt
U
I x I x e ( jt )
x
d2U 2
x ( r C Lg) dU x LC d U x
rgU (3.43)
dx 2 dt dt 2
d 2 I x dI d 2 I
r g I x ( r C Lg) x LC 2x (3.44)
dx 2 dt dt
Substituindo as derivadas
d d
d/dt =j : (por exemplo temos que: U x U x e jt j U x e jt jU
x)
dt dt
x
d2U x ( r C Lg)( j) U
rgU x LC( j) 2 U
x
2
dx
d 2 I x
2
r g I x ( r C Lg)( j)I x LC( j) 2 I x
dx
x
d2U x z y U
( r jL)(g jC) U x
2
dx
(3.45)
d 2 I x
( r jL)(g jC)I x z y I x (3.46)
dx 2
x A
U 1e x
zy 2 e x
A
zy
[V] (3.47)
I x 1 1e x 2 e x
(A zy
A zy
) [A] (3.48a)
z y
e A
A são constantes com dimensão de tensão. Seu valor pode ser encontrado através
1 2
das condições de contorno. Para tanto consideramos a linha junto ao receptor, que elegemos
como referência para as distâncias x, uma vez que as condições aí existentes é que ditam o
comportamento das linhas. Nessas condições, para x = 0 teremos U x U 2 e I x I 2 . Das
Equações (3.47) e (3.48a) obteremos, respectivamente:
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A
U A
2 1 2
I 1 ]
2 [ A1 A 2
z y
U 2 I 2 z y A e j1
A (3.49)
1 1
2
U 2 I 2 z y A e j 2
A (3.50)
2 2
2
2 I 2 z y
x U2 I 2 z y e x
U
zy
U
e x
zy
[V] (3.51)
2 2
Ondas diretas Ondas refletidas
2 I 2 z y
I x U 2 I 2 z y e x
zy
U
e x
zy
[A] (3.52)
2 z y 2 z y
Essas são as equações gerais das linhas de transmissão de correntes alternadas senoidais,
em regime permanente. Através delas poderemos relacionar tensões e correntes em qualquer
ponto ao longo das linhas, em função das condições existentes no receptor. São equações exatas,
servindo de base para a derivação de processos de cálculo simplificados, usados na prática, como
veremos no Capítulo 4.
Em resumo: conhecidos U e I pode-se calcular tensão e corrente em qualquer ponto x
2 2
da linha de transmissão.
j = constante de propagação
= constante de atenuação [néper/km]
= constante de fase [rad/km]
e x zy
e x e x e jx
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z r jL
Z
c Z c e j [ohm] (3.59)
y g jC
t x 1 cons tan te
dt x 1
0
dt
dx
v [km/s] (3.65)
dt
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Calcular a tensão e corrente no transmissor da linha quando ela alimentar no barramento receptor
uma carga de 450 [MVA], fp2 = 0,95 ind, com tensão de 380 [kV].
Solução:
c
Z z r jx L 0,0715 j0,512 = 404,2 -3,98 [ohm]
Z
Y y g jb j3,165 10 6
2 U
N 2 I [VA/fase] → I 2 N 2 [A]
2
2
U
I 2 N 2 150 10 18,19 683,7-18,19
6
[A]
2
U 219.3930
1 U 2 I 2 Z c e U 2 I 2 Z c e
U [V] (3.51)
2 2
2 I 2 Z
U c 219.3930683,7 18,19 404,2 3,98
= 243309,3-12,4
2 2
2 I 2 Z
U c 219.3930683,7 18,19404,2 3,98
= 55.247,6109,3
2 2
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3
e e ( 0,08877.10 ).600
e 0,053 1,0544
3
e j e j(1,276.10 ).600
e j0,7656 e j43,87
A tensão no transmissor é:
1 = 243.309,2-12,4x1,054443,87 + 55.247,6109,3x0,9483-43,87
U
1 = 256.545,331,47 + 52.391,365,43
U
1
U = 301.424,3 37,04 [V]
Aplicando a Eq.(3.52) a corrente no transmissor é:
I x U 2 I 2 Z c e U 2 I 2 Z c e [A]
2Zc 2Zc
Vimos anteriormente que o desempenho de uma linha depende das condições terminais
existentes junto ao receptor, em linha excitada por fonte de tensão constante. A análise que agora
faremos para as linhas excitadas por tensões senoidais nos mostrará que as condições terminais
são igualmente importantes em seu desempenho, como também é o seu comprimento físico ℓ
[km], tomado em relação ao seu comprimento de onda λ [km]. Ou seja, a relação é
importante no desempenho das linhas de transmissão.
O comprimento de onda de uma linha é definido como a distância entre dois pontos mais
próximos da onda senoidal, na direção de sua propagação, cujas fases de oscilação estejam
separadas de 2π.
Para x = x = 2
= 2 2
(3.67)
como
2f 2f
v
v
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Substituindo em (3.67)
2 2v v
(3.68)
2f f
=∞
Z 2 I 2 = 0
x0 U 2 (e x e x )
U [V] (3.69)
2
U
I x0 2 (e x e x )
[A] (3.70)
2 Zc
x0 U 2 [e x (cos x j sen x) e x (cos x j sen x)]
U (3.71)
2
Ondas diretas Ondas refletidas
I U 2 [e x (cos x jsenx) e x (cos x jsenx)] (3.72)
2Z
x0
c
Onde
Os valores de tensão e corrente são obtidos pela soma vetorial dos fasores:
U x1 Ud1 U r1
I x1 Id1 Ir1
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Fig. 3.14 – Construção dos pontos dos diagramas polares das tensões e correntes.
Fig. 3.15 – Variação das tensões ao longo de linha real, operando em vazio.
Fig. 3.16 – Variação das correntes ao longo de linha real, operando em vazio.
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- aumento sensível da tensão ao longo da linha com relação a tensão aplicada Ux (Efeito
Ferranti);
=0
Z 2 =0
U
2
xcc I 2 Z c (e x e x )
U [V] (3.80)
2
I xcc I 2 (e x e x ) [A] (3.81)
2
Expandindo as equações:
U xcc I 2 Z c [e x (cos x j sen x) e x (cos x j sen x)] (3.82)
2
Ondas diretas Ondas refletidas
I xcc I 2 [e x (cos x j sen x) e x (cos x j sen x)] (3.83)
2
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2 Z c
a – Linha Terminada em Z
U
U
I 2 2 2
2 Zc
Z
2 e x U
x U
U 2 e x (cosx j sen x) [V] (3.89) (3.91)
x U
U
2 Z c Z c e j Z 2 e j2 [ohm] (3.93)
I x I 2
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- a LT se comporta como um circuito série, com Z série R
N 2 I 2
2 P2 jQ 2 U (3.96)
como
c Z c e j
2 Z
Z
temos
j0
I 2 U 2 U 2 e I 2 e j
Z c Z c e j
logo
2
2 U 2 I 2 e j U 2 e j
N
Zc
U 22
P2 Pc cos [w] (3.98a)
Zc
Pc = potência característica
U 22 [w] (3.98b)
P0
Z0
P0 = Potência natural, também conhecida como potência SIL - surge impedance loading –
carregamento com a impedância de surtos.
Sendo a potência natural P0 uma potência ativa, ela é adotada como unidade base de
potência. P0 independe do comprimento da linha, é usada na escolha das tensões de transmissão
em primeira aproximação (Tabela 3.1):
U 2 P0 Z 0 [V] (3.99)
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b – Linha Terminada em Z 2 Z c
2 I 2 z y
x U2 I 2 z y e x
U
zy
U
e x
zy
[V] (3.51)
2 2
2 I 2 z y
I x U 2 I 2 z y e x
zy
U
e x
zy [A] (3.52)
2 z y 2 z y
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O ângulo de potência θ, entre a tensão no início de uma linha U 1 e a tensão no fim dessa
linha, que, como já foi mencionado, é de sumo interesse na manutenção da estabilidade do
sistema a que pertence a linha, pode ser determinado como mostra a Figura 3.19, a partir dos
fasores das ondas diretas Ud e refletidas da tensão Ur .
U1
Ө
U2
Fig. 3.19a – Ângulo de potência
a) U 1
b) I 1
c) N
1
d) ângulo de potência
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Solução:
= z y 362 0,52278,23,204.10 6 90 = 0,46884,1 = 0,0481+j0,465
c z 0,52278,2
Z = 403,64-5,9 [ohm]
y 3,204 10 6 90
I 2 N 2 50 10 25,84 433 -25,84 [A]
6
2
U 115,47 10 3 0
a) 1 U 2 I 2 Z c e U 2 I 2 Z c e
U [V] (3.51)
2 2
e e 0,0481 1,049
e e 0,0481 0,953
1 146.678,487,45 + 46.574,5883,2
U
1 164.45923,38
U [V] U1 = 284.851 [V] (FF)
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b) I U 2 I 2 Z c e U 2 I 2 Z c e [A] (3.52)
2Z c
1
2Z c
= 23,38 - 0 = 23,38
Até aqui temos raciocinado em termos de linhas a dois condutores metálicos. Estas,
mesmo sendo largamente usadas na prática na forma de linhas monofásicas em corrente
alternada, o são em níveis de tensão apropriadas à distribuição. Nos níveis de tensão extra-
elevadas, iremos encontrá-las como linhas em corrente contínua. No entanto, a maior parte da
energia elétrica produzida e consumida no mundo é transportada e distribuída através das linhas
trifásicas de corrente alternada. Esse fato, nas frequências industriais em uso, em nada afeta a
teoria desenvolvida, pois, uma vez que tensões e correntes são mantidas equilibradas nos
sistemas comerciais, podemos representá-las por circuitos monofásicos equivalentes, como
aprendemos a fazê-lo nos cursos de circuitos. A presença de outros condutores e de cabos para-
raios somente afeta as características de propagação de tensões e correntes de frequências mais
elevadas e altas frequências, como também das ondas decorrentes dos surtos de sobretensão.
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3.5 – EXERCÍCIOS
3.5.1 – Uma linha de transmissão bifilar aérea é suprida por uma fonte de tensão constante e
igual a 800 [volt]. A indutância dos condutores é de 0,001358 [Henry/km] (fluxo interno
considerado, sua capacitância é igual a 0,008488. 10-6 [farad/km].
Tratando-se de linha sem perdas, deseja-se saber, sendo seu comprimento igual a 100
[km]:
Solução:
L
Z0 [ohm]
C
logo,
0,001358 6
Z0 .10 399,98 400,00 [ohm]
0,008488
B – A energia armazenada em cada quilômetro de linha poderá ser calculada pelas Equações:
I 02 L
Em [Ws]
2
sendo
U 800
I0 2 [A]
Z 0 400
teremos
Em
2 0,001358
2
0,002716
2 [Ws]
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U2 C
Ee [Ws]
2
Ee
800 0,008488 10 6
2
0,002716
2 [Ws]
E E m E e 0,005432 [Ws]
1
v [km/s]
LC
1
v 294.542 [km/s]
0,001358 0,008488 10 6
Nota: Esse valor é um pouco inferior àquele preconizado para a linha ideal, podendo-se atribuir
esse fato à consideração do fluxo magnético interno dos condutores, que, no caso da linha ideal,
foi desprezado.
3
D – Cálculo das tensões no receptor – O intervalo de tempo t será suficiente para que
v
ocorra a segunda reflexão de onda de tensão. Teremos:
Z2 Z0
K ru 2
Z0 Z2
iii – os coeficientes de reflexão no transmissor serão considerando fonte ideal (Z1 = 0):
Z1 Z 0 0 400
K ru1 1
Z 0 Z1 400 0
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t v
-3U/5 U2=0+U3U/5 = 2U/5 (320 V)
t 2 v
U1=U3U/5+3U/5=U 3U/5
t 3 v
U2=2U/5+3U/59U/25=16U/25 (512 V)
9U/25
t 4 v
U1=U9U/25+9U/25=U 9U/25
t 5 v
27U/125 U2=16U/25+9U/2527U/125=98U/125
(627,2 V)
Z 2 Z 0 400 400 0
K ru 2 0
Z 0 Z 2 400 400 800
Kru1= 1 Kru2= 0
U1=U U
U2=0
t v
0 U2=0+U+0 = U (800 V)
t 2 v
U1=U+0+0=U 0
t 3 v
U2=U+0+0=U (800 V)
0
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t v
3U/5 U2=0+U+3U/5 =8U/5 (1280 V)
t 2 v
U1=U+3U/53U/5=U 3U/5
t 3 v
U2=8U/53U/59U/25=16U/25 (512 V)
9U/25
t 4 v
U1=U9U/25+9U/25=U 9U/25
t 5 v
27U/125 U2=16U/25+9U/25+27U/125=152U/125
(972,8 V)
3.5.2 – Repetir a parte D do exercício anterior, admitindo que a fonte possua uma impedância
interna igual a 10 [ohm]. Neste caso, considerar a tensão de 800 [volt] como sendo a tensão em
vazio da fonte.
Resposta:
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3.5.3 – Qual o valor, em ohms, da resistência terminal de uma linha ideal de dois condutores de
fio de alumínio no 6 AWG, separados entre si de 1 m para que não haja reflexão de onda?
Solução:
D
R 2 60 ln
r
1
R 2 60 ln
0,0023365
3.5.4 – Qual o coeficiente de reflexão se a linha acima for terminada em um resistor de 200
[ohm]? Qual o sinal da onda refletida?
Resposta:
K ru 2 0,29 K ri 2 0,29
3.5.5 – Uma linha unipolar de transmissão de 100 [km] de comprimento foi desligada
instantaneamente em ambas as extremidades, permanecendo nela uma carga acumulada,
uniformemente distribuída ao longo da mesma, de forma tal que um potencial de 175,72 [kV]
pode ser medido. A indutância da linha é de 0,0007496 [henry/km] e sua capacitância é de
0,0153303 [farad/km].
Determinar a variação do valor da corrente e da tensão em ambas as extremidades, se
uma de suas extremidades for curto-circuitada.
Solução:
1 LT 2
I1
U = 175,72 kV
Z0
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L 0,0007496
Z0 221,12 [ohm]
C 0,0153303 10 6
Z1 Z 0 0 Z 0 Z 0 Z1 Z 0 0
K ru1 1 K ri1 1
Z 0 Z1 0 Z 0 Z 0 Z1 0 Z 0
Z2 Z0 Z2 Z0 Z2 Z2
K ru 2 1 K ri 2 1
Z0 Z2 Z2 Z0 Z2 Z2
U 175.720
I1 794,6 [A]
Z0 221,12
U1 = U + Ud + Ur
tensão no ponto 1 = tensão que existia antes + onda direta + onda refletida
Ur = -U
I1 = I + Id + Ir
Para a corrente temos que fazer a seguinte observação: Quando a linha foi desligada em
ambas as extremidades, havia permanecido nela um potencial, portanto temos uma onda de
tensão que viaja inicialmente da extremidade aberta para a extremidade curto circuitada, com
velocidade v e amplitude U. Já para a corrente, quando ambas as extremidades estavam abertas,
seu valor era nulo, o que é facilmente compreensível.
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Kru1= 1 Kru2= 1
U1=0 U U2=U
t v
U2=UUU =U
U
t 2 v
U1=0U+U=0 U
t 3 v
U2=-U+U+U=U
U
t 4 v
U1=0+UU=0
Kri1= 1 Kri2= 1
I1=794,6 I
I2=0
t v
I2=0+II=0
I
t 2 v
I1=III=I I
t 3 v
I2=0I+I=0
I
t 4 v
I1=I+I+I=I
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As ondas refletidas partem para a extremidade aberta, onde voltam a se refletir, e assim
sucessivamente, como mostrado nas figuras acima. Esse movimento não cessa, pois, sendo a
linha ideal, não há dissipação de energia. O transitório é de simples troca de energia entre os
campos elétrico e magnético e dura indefinidamente.
Numa linha real, na qual existem perdas por efeito Joule e de dispersão, há dissipação de
energia armazenada. Nesse caso, tensão e corrente decrescem exponencialmente à medida que
viajam ao longo da linha.
Esse amortecimento será tanto mais eficiente quanto maiores forem as perdas. Nas linhas
reais, R e G, em geral, elas são pequenas e o tempo necessário para descarregá-las é
relativamente grande.
O fenômeno descrito nos serve de advertência para uma aplicação prática: para a
efetuação de manutenção em linhas, estas são desconectadas do sistema por meio de disjuntores.
Dada à rapidez e eficiência destes, cargas são retidas nas linhas e, dependendo do ponto de corte
da onda de tensão, o potencial remanescente pode ser de valor substancial e mesmo perigoso.
Sem nenhuma outra providência, a linha perderá sua carga gradativamente, pela fuga através dos
isoladores e no dielétrico. O tempo, para tanto, é grande. É usual o aterramento dos condutores
em uma das extremidades ou em ambas. Esse aterramento apressará a dissipação de energia,
pois, o solo também possui resistência. Deve-se, no entanto, ter a precaução de esperar
decorrerem vários minutos antes de iniciar qualquer trabalho ao longo da linha ou em sua
extremidade aberta, a fim de se assegurar a descarga total da linha. O aterramento do ponto de
trabalho, realizado pela equipe de manutenção, representa precaução adicional e deve ser feito
com equipamento para linha viva.
3.5.6 – Admitindo que a linha do exercício anterior seja aterrada através de uma resistência de
R = 20 [ohm], fazer os diagramas de variação da tensão e da corrente em suas extremidades.
Comentário
Neste caso, para a aplicação da equação da continuidade no ponto de aterramento,
devemos lembrar que:
U
U1 I1 R [V] e I1
Z 0 R [A]
Continuando válidas as demais considerações.
Resposta:
Tensão no transmissor:
t0 U1 = 14.575 [V] t 2 v U1 = 12.821 [V] t 4 v U1 = 9.917 [V]
Tensão no receptor:
t v U2 = 146.580 [V] t 3 v U2 = 120.928 [V] t 5 v U2 = 101.104 [V]
Corrente no transmissor:
t0 I1 = 728,77 [A] t 2 v I1 = 604,88 [A] t 4 v I1 = 502,05 [A]
Corrente no receptor:
t v I2 = 0 [A] t 3 v I2 = 0 [A] t 5 v I2 = 0 [A]
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Resposta:
U = 175,72 [kV]
Tensão no ponto 1 Tensão no meio da linha Tensão no ponto 2
0 U 0
0 U 0
0 U 0
0 U 0
Resposta:
U = 175,72 [kV]
Tensão no ponto 1 Tensão no meio da linha Tensão no ponto 2
0,083U U 0,083U
0,073U 0,834U 0,073U
0,056U 0,688U 0,056U
0,051U 0,576U 0,051U
0,474U
3.5.9 – Qual deve ser a capacidade em [W] de dissipação de energia da resistência do exercício
6?
Resposta:
P = 10,6.106 [W]
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A – função de propagação;
B – atenuação;
C – constante de fase;
D – velocidade de fase;
E – comprimento de onda;
F – impedância característica;
G – impedância natural.
Solução:
j = z
y = ( r jx L )(g jb)
Como g = 0,
j = (r jx L ) jb)
j = z
y = ( r jx L )(g jb)
R = 0 e g = 0, logo:
j = jx L jb) jw L C
j = j (0,512)(3,165 10 6 )
-3 j90°
1,273x10 e [1/km]
j = z
y = ( r jx L )(g jb) [1/km]
R = 0 e g = 0, logo:
0 [néper/km]
1,273 10 3 [rad/km]
v
377
v 295.448 [km/s]
1,276 103
377
v 296.144 [km/s]
1,272 103
E – Usando a equação:
v
f
v 295.488
4.924 [km]
f 60
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v 296.144
4.936 [km]
f 60
c
Z z r jx L 0,0715 j0,512 = 404,2 e-j3,98° [ohm]
Z
Y y g jb j3,165 10 6
L xL j0,512
Z0 = 402,2 [ohm]
C b j3,165 10 6
A – qual deve ser a tensão no transmissor quando a linha opera em vazio, a fim de que o valor da
tensão no receptor não seja ultrapassado?
B – qual o valor da corrente de carga da linha quando esta opera em vazio?
C – quais os valores em módulo e fase, das ondas diretas e refletidas, ainda operando em vazio?
D – qual o valor da tensão, em modulo e fase, no receptor, quando a linha vazia é ligada a um
barramento de tensão entre fases igual a 400.000 [V]?
E – calcular o valor da corrente de carga da linha nas condições do item D.
Solução:
A – empregamos a expressão:
U 2 (e e )
U [V] (3.69)
1
2
e e
U
U [V]
1 2
2
Como:
e e
cosh cosh( j) cosh cos jsenh sen
2
Teremos:
U
U (cosh cos jsenh sen)
1 2
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para
600 [km]
0,7674 ej86,02° = 0,05326+j0,76555
Como:
Portanto:
cosh 1,00142 0,721 j0,05329 0,69293 0,72202 j0,03693 0,72296e j2,928
Teremos:
U
U cosh 380.000 0,72296 e j2,928
1 2
3
I U 2 e e
[A]
Z c
10
2
ou
I U 2 senh [A]
Z c
10
logo,
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I 380.000
j3, 98
0,69497e j86,831
3 404,1 e
10
U 2 e U 2 e e j
U [V]
1d
2 2
U 2 e U 2 e e j
U [V]
1r
2 2
ou
83.417,658 j80.170,915
U [V]
1d
74.988,894 j72.070,212
U [V]
1r
Portanto:
U
U U 158.406,55 j8.100,704 [V]
1 1d 1r
I U 2 e U 2 e e j [A]
2 Z c 2 Z c
1d
U U
I1r 2
e 2
e e j [A]
2 Zc
2 Zc
I 380.000
e 0,05326 e j43,863 286,309 e j47,843 [A]
2 3 404,1 e j3,98
1d
I 380.000
1r j3, 98
e 0,05326 e j43,863 257,507 e j39,883 [A]
2 3 404,1 e
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logo,
a referência:
D – da Equação 3.69, passando U 1
U 1
U
cosh
2 1
400.000
U
1
319.436,91 e j2,928
2 j2 , 928
3 0,72296 e
U e e U
U
I10 2 (e e ) 2 2 senh [A]
2Z c Z c 2 Zc
j2 , 928
I 319.436,91 e 0,69497 e j86,831 549,367 e j87,883 [A]
404,1 e j3,98
10
3.5.12 – Pretende-se transportar uma potência de 1.500 [MW] a uma distancia de 800 [km]
através de uma linha aérea de transmissão, com circuito simples e cabos alumínio-aço. Qual a
tensão normalizada mais recomendada?
Solução:
A escolha dessas tensões, bem como da composição dos condutores de fase deve-se
basear em fatores econômicos. No entanto, para fins de orientação preliminar, podemos lançar
mãos da Equação 3.99:
U 2 P0 Z 0 [V]
As tensões normalizadas (IEC) que mais se aproximam dos valores acima são 500 [kV] e
750 [kV], para transmitir em corrente alternada. Tudo indica que, no caso particular, o emprego
da corrente contínua merece também um exame econômico criterioso.
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3.5.13 – As Equações 3.51 e 3.52 permitem calcular as tensões e correntes em qualquer ponto da
linha, situados a uma distância x do receptor e conhecidas as tensões neste. Determinar
expressões que permitam calcular U 2 e I 2 , quando são conhecidos U 1 e I 1 , no transmissor, sito a
uma distância [km] do receptor.
Comentário:
x A
U 1e x
zy 2 e x
A
zy
[V]
I x 1 1e x 2 e x
(A zy
A zy
) [A]
z y
dx
d x
Resposta:
I z y d
U1 I1 z y e d
U z y
U 1 1
e z y
[V]
x
2 2
I z y
I U1 I1 z y e d z y
U 1 1
ed z y
[A] (3.52)
x
2 z y 2 z y
Solução:
Da equação 3.80, que pode ser posta sob forma hiperbólica, temos:
I 2 Z c (e e )
U [V] I U 1cc
[A]
Z c senh
1cc 2 cc
2
400.000
I 2cc j3, 98
3 404,1 e 0,69497 e j86,831
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3.5.15 – Qual deverá ser a tensão no transmissor da linha do exercício 10 quando a tensão no
barramento receptor for de 380 [kV], estando a linha fornecendo:
Solução:
2
380 3 e j3,98 119,1 10 6 e j3,98 [VA]
N 2c
404,1
119,1 106 (cos 3,98 jsen 3,98) 119,1 106 (0,9976 j0,0694
N [VA]
2c
Q 2c j8.27 [MVAr]
Teremos então:
b-
N '2' c 95,28 106 e j3,98 [MVA]
c- ''' 142,92 106 e j3,98
N [MVA]
2c
119,1 10 6 e j3,98
a- I '2 542,9 e j3,98 [A]
380.00 / 3
95,28 10 6 e j3,98
b- I '2' 434,3 e j3,98 [A]
380.00 / 3
U 2 I 2 Z c e U 2 I 2 Z c e [V]
U 1
2 2
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I ' Z
U (380.000 / 3) 542,9 e j3,98 404,1 e j3,98
a- 2 2 c
219.385,9 e j0
2 2
I ' Z
U 2 2 c
0
2
I '' Z
U (380.000 / 3) 434,3 e j3,98 404,1 e j3,98
b- 2 2 c
197.446,9 e j0
2 2
I '' Z
U (380.000 / 3) 434,3 e j3,98 404,1 e j3,98
2 2 c
21.946,2 e j0
2 2
I ''' Z
U (380.000 / 3) 651,4 e j3,98 404,1 e j3,98
c- 2 2 c
241.311,9 e j0
2 2
I ''' Z
U (380.000 / 3) 651,4 e j3,98 404,1 e j3,98
2 2 c
21.918,8 e j0
2 2
Temos também:
3
e e 0,08810 600
e 0,05328 1,0547
e e 0,05328 0,9481
3
e j e j1,27610 600
e j0,7656 e j43,87
e j e j0,7656 e j43,87
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3.5.16 – Qual o valor em módulo e fase, da corrente no início da linha, para as cargas
especificadas no problema 15?
Resposta:
3.5.17 – Calcular a tensão e a corrente no início da linha do exercício 10, quando ela fornece
uma carga de 80+j 60 [MVA] sob a tensão de 400 [kV] no receptor.
Resposta:
198.278,21 e j10,83
U [V]
1
3.5.18 – Uma linha de transmissão a circuito simples, 60 [c/s], com um comprimento de 362
[km], entrega uma potência de 125 [MW] a um barramento de 200 [kV], sob fator de carga de
95% IND. Calcular as tensões incidentes e refletidas no receptor e no transmissor. Determinar a
tensão entre fases no transmissor, a partir das tensões incidentes e refletidas.
São dados:
r = 0,107 [ohm/km]
L = 1,355 [mH/km]
C=0,00845 [F/km]
Resposta:
3.5.19 – A linha de transmissão descrita no exercício 10 deve operar com os seguintes regimes
de carga, mantendo-se U2 = 380 [KV] no receptor:
Resposta:
3.5.20 – Mostrar que, de uma linha ideal operando com uma carga tal que o fator de reflexão de
onda seja 0,5, os diagramas polares das tensões e correntes são elipses.
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