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INSTRUMENTAÇÃO DE CONTROLE
INTRODUÇÃO
Por esta e outras razões, é que, neste capítulo, vamos estudar os instrumentos
(medidores) utilizados para fazer a detecção, a medição, à automação, a transmissão e a
monitoração das grandezas físicas envolvidas nos sistemas ou nas malhas de controles dos
processos industriais de terra ou marítimos, em especial os instrumentos aplicados ao
controle automático. Vamos conhecer a função que eles desempenham no controle de
processos industriais de fabricação de produtos essenciais ao bem estar, conforto,
segurança humana e nos transporte em especial nos navios.
Você sabia?
Nos navios a cada ano que passa permite um controle mais apurado e confiável das
variáveis dos diversos sistemas dando maior segurança as operações e a navegação.
80
Na malha de controle automático (automação), são definidos como sensores.
Atualmente, os sensores mais usados se baseiam nos conhecimentos físicos das
propriedades elétricas.
Você sabia?
82
Fig. 3.2 – Terminologia técnica dos instrumentos de controle.
5) Escala de Zero Elevado ( Elevated Zero) - É uma escala na qual o valor de zero da
variável medida é maior que o valor inferior do alcance (Range).
Exemplo: o
6) Erro (erro) – É a diferença algébrica entre o valor lido ou transmitido pelo instrumento
em relação ao valor real da variável medida. Podemos ter dois tipos de erro.
6.1) Erro Estático – Se tivermos o processo em regime permanente, dependendo da
indicação do instrumento, o qual poderá estar efetivamente indicando a mais ou a menos,
chamaremos o erro de estático, podendo, então, ser positivo e negativo.
Exemplo: - Valor real da variável = 110ºC
- Valor lido = 112ºC
- Erro Estático de 2ºC positivo.
6.2) Erro Dinâmico – Quando não tivermos a variável constante, teremos um atraso na
transferência de energia do meio para o medidor. O valor medido estará geralmente
atrasado em relação ao valor real da variável. Essa diferença entre o valor real e o valor
medido é chamado de erro dinâmico.
Exemplo: Num dado instante, t○, temos a variável e a indicação em 100ºC. Em outro
instante, t1, a variável está-se modificando e passando por 110ºC e a indicação, em t1, é de
106ºC. Teremos, nesse, momento, um erro dinâmico de 4ºC.
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determinar se ele está funcionando da maneira requerida. Portanto, “precisão” significa
PRECISÃO DE REFERÊNCIA.
a) x % da Amplitude ( Span.)
Exemplo:
Na figura 3.2 , para uma leitura de 150°C e uma precisão de ± 0,5 %, o valor real da
temperatura estará compreendido entre 150 ± 0,5 % x 200/100 = 150 ± 1, ou seja,
podendo ser 149°°C ou 151°°C.
b) Diretamente em unidade da variável medida.
Exemplo:
Precisão de ± 1°°C.
c) x % da leitura efetuada.
Exemplo:
Precisão de ± 1% de 150°°C, ou seja ± 1,5°°C.
d) x % do valor máximo da faixa de medida (Ranger).
Exemplo:
Precisão de ± 0,5 % de 300°°C, ou seja, = ± 1,5°°C.
e) x % do comprimento da escala.
Exemplo:
Se o comprimento da escala do instrumento da figura 3.2 é 150 mm, a precisão de ±
0,5 % representará ± 0,75 mm da escala.
A precisão varia em cada ponto da faixa de medida do instrumento, por mais que o
fabricante especifique em um todo. Algumas vezes é indicado seu valor em uma zona
da escala.
Exemplo:
Um manômetro pode ter uma precisão de ± 1 % em toda a escala e de ± 0,5 % na
zona central.
84
Exemplo:
Um termômetro de 0-150°C e de ± 1 % de precisão situada em um plano de temperatura
constante a 80· C, pode ser calibrado a este valor, de modo que a sua precisão neste
ponto de trabalho é a máxima que se pode obter com um termômetro padrão.
Exemplo:
Um instrumento que na fábrica tem uma precisão de calibração de ± 0,8 %, e na
inspeção corresponde a ± 0,9 % é fornecido ao usuário ± 1 %.
8) Zona morta ou banda morta (dead zone ou dead band) – É a máxima variação que a
variável possa ter sem que provoque uma variação na indicação ou sinal de saída de um
instrumento. É dado em tantos porcentos (x %) da amplitude.
Você sabia?
Exemplo:
O instrumento da figura 3.2 é de ± 0,1 %. Aplicando-se a equação, o valor calculado, em
graus, é: 0,1 x 200/100 = ± 0,2 °C.
9) Sensibilidade (sensitivity) – É a mínima variação que a variável possa ter que provoque
variação na indicação ou sinal de saída de um instrumento. É dada em x % da
amplitude. Não se deve confundir a sensibilidade com a zona morta, são termos
distintos.
Exemplo:
Se a sensibilidade do instrumento de temperatura da figura 3.2 é de ± 0,05 %, seu valor
será de 0,05 x 200/100 = ± 0,1 °C.
10) Repetibilidade (repeatibility) – É a capacidade de reprodução das posições do ponteiro
ou índice do instrumento ao medir repetidamente valores idênticos da variável nas
mesmas condições de serviço e no mesmo sentido de variação, percorrendo toda a
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faixa. Normalmente se considera seu valor máximo (Repetibilidade máxima) em x % da
amplitude (SPAN).
Exemplo:
No instrumento da figura 3.2 é de ± 0,3 %, então, seu valor será de ± 0,3 de 200°C = ±
0,6°°C.
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3.1.2.1 T ipos de Zo nas e de Grupos de Ár e a s
Cla ssificadas.
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Ex.: da categoria “ia” – devem ser incapazes de provocar ignição em operação
normal, ou em caso de ocorrência de até duas falhas (defeitos) simultâneos qualquer,
possuindo, em sua concepção de circuitos, componentes eletrônicos redundantes que
garantam a manutenção da baixa energia no circuito de campo, mesmo em caso da
ocorrência de defeitos ou de erros de ligação.
3.1.3 T elemetria
Nos dias atuais os sinais utilizados obedecem a normas específicas definidas como
“protocolo de comunicação”.
INTRODUÇÃO
processo moderno de síntese no campo da química e dos plásticos, que operam sobre
pressões extremamente elevadas;
eletrodeposição de metais, que é feita sobre alto vácuo;
processos na indústria de alimentação, que operam sobre pressões elevadas para
reduzir o tempo de cozimento;
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evaporadores, que são mais eficientes quando trabalham sob condições de alto vácuo;
processos de lançamento de foguetes e mísseis, que exigem medições de pressão e
vácuo;
torres de destilação, que exigem medição e controle de pressão absoluta com valores
exatos;
nos navios; temos medição da pressão da caldeira, vácuo das bombas, pressão de
injeção de combustível, pressão do ar de lavagem, etc.
Normalmente, o que o instrumento detecta e indica é a pressão diferencial, que é de
grande interesse numa variedade de controle e monitoramento de processos. No entanto,
esses instrumentos podem também ser empregados para deduzir os valores de outras
variáveis associadas a gases e líquidos, como é o caso de medidores de vazão (fluxo), os
quais estudaremos mais adiante.
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Pressão Atmosférica
a pressão atmosférica não é constante. Varia com a temperatura, com a altitude, com
o vento, etc.
Realmente, pesquisas científicas mostraram que para cada 100 m de altitude que
subimos acima do nível do mar a temperatura desce 0,65°C e a pressão cai,
aproximadamente, segundo a fórmula:
O Sistema Internacional de Medidas (SI), acordado como padrão a ser aplicado aos
navios, recomenda o emprego da unidade BAR ou MILIBAR para a indicação da pressão.
Suas principais equivalências com outras unidades são relacionadas a seguir, tomando-se
como base a pressão atmosférica normal ao nível do mar na temperatura de 0º C:
90
Você sabia?
É importante compreender
que os manômetros são
calibrados para ler zero de
pressão atmosférica e que esses
instrumentos não medem a
pressão total ou efetiva do fluido
num reservatório ou numa
tubulação; o que eles medem é a
diferença de pressão entre a
pressão total do fluido e a pressão
atmosférica.
Fig. 3.3 – Manômetro do tipo tubo de Bourdon, com mostrador redondo e escala inglesa (PSI).
91
Pressão Diferencial
É a diferença entre duas pressões, sendo representada pelo símbolo ∆P (delta P).
Essa diferença de pressão normalmente é utilizada para medir vazão, nível e pressão.
Pressão Estática
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Os mecânicos podem ser classificados em dois grupos:
Por mais popular que seja o manômetro analógico, o emprego dos dispositivos
eletrônicos digitais (sensores), figura 3.6, vem tendo grande aceitação e a cada dia que
passa maiores são suas aplicações. Isto se deve à necessidade de processamento
automático de dados e às características dos instrumentos baseados na eletrônica digital:
rápidos, versáteis, precisos, inteligentes e mais econômicos que os analógicos. A escolha
do sensor ou indicador de pressão depende das seguintes especificações:
pressão de trabalho;
fidelidade;
alcance normal e valor máximo (span
e range);
resposta de frequência;
vida útil;
estabilidade;
material de construção;
meio onde vai trabalhar; e
outras definidas no item 3.2.1 Fig. 3.6 – Sensor/transmissor de vazão.
(terminologia técnica).
93
3.2.2 T ipos de T écnicas para Medir a Pressão de pressão.
3.2.3 Barômetro.
Você sabia?
Quem pela primeira vez empregou um dispositivo para medir a pressão atmosférica foi
Torricelli e seu instrumento é conhecido como Tubo de Torricelli, onde o seu
experimento foi conduzido pelo seu discípulo Vincenzo Viviani .
94
3.2.3.1 Barôme tro de C ister na.
O princípio desse instrumento foi descoberto por Vidi, e mede o valor da pressão
atmosférica por simples leitura da posição de uma agulha sobre uma escala (figura 3.11).
Constitui-se de uma caixa metálica, cilíndrica, de dentro da qual se extraiu o ar. A face
superior dessa caixa é canelada circularmente para torná-la mais sensível e levanta-se
ou baixa-se, conforme a pressão exterior diminui ou aumenta. Os deslocamentos da
face superior da caixa são transmitidos a uma mola e ampliados por um sistema de
alavanca que atua sobre uma agulha. Esta agulha desloca-se diante de uma graduação
indicando a pressão.
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3.2.4 Med idore s de pressão por de for mação elást icas do s materia is.
São dispositivos que quando são submetidos a uma pressão exercida pelos fluídos
que se deseja medi-lo, sofrem uma deformação elástica. Isto é, o elemento sensor retorna a
sua posição inicial depois de cessado à força que o deformou.
Fórmula: F= Kx
Onde:
F – força resultante
a) Tubo de Bourbon;
b) Diafragma não metálico e metálico;
c) Fole;
96
Conforme mostrado na figura 3.20, 3.21 e 3.22, os tubos de Bourdon podem ser
fabricados nos seguintes tipos/formatos: “C”, espiral e helicoidal.
Figura 3.20
O principal componente desse tipo de medidor é o Tubo (Mola) Bourdon. Esse tubo
é fabricado pelo processo de conformação mecânica em uma calandra.
Se a pressão no interior do tubo for maior que a pressão exterior, haverá uma
tendência de sua seção de forma achatada se aproximar da forma circular. Essa pequena
deformação força a curvatura da “letra C” para fora, e o tubo faz um pequeno movimento no
sentido de assumir uma forma mais reta. Se fixarmos uma das extremidades, a posição da
outra extremidade passará a ser função da diferença entre as pressões internas e externas.
Se a pressão externa for à pressão atmosférica, como acontece na maioria das aplicações,
esse tubo comporta-se como um sensor de pressão manométrica.
97
O formato “C” é adequado para medir pressões altas, até 7.000 Kgf/cm2.
Usualmente, a menor pressão que ele é mede é de 1 Kgf/cm2 de vácuo. Para pressões
menores que estas se empregam o formato espiral ou helicoidal.
98
Fig. 3.22 – Tubo Bourdon formato helicoidal
3.2.4.2 Ma n ô me tr o de D ia fr a g ma .
Ligado a uma das superfícies, temos um pequeno êmbolo ou, o mais comum, uma
mola, calibrada de forma a cobrir uma determinada faixa de medidas, normalmente bastante
baixa. Acoplado à mola ou ao êmbolo (figura 3.13), por meios mecânicos, poderemos ter
um ponteiro ou outro dispositivo que indique a pressão através da deformação sofrida pelo
diafragma.
99
Fig. 3.13 - Transdutor de pressão capacitivo com
Fig. 3.12 – Diafragma metálico. sensor de diafragma.
Você sabia?
100
Fig. 3.15 – Manômetro de diafragma duplo (cortesia
Fig. 3.14 – Manômetro de diafragma simples. haenni).
3.2.4.3 Ma n ô me tr o de F o le
Você sabia?
101
Fig. 3.16 – Manômetro de fole.
102
A cápsula de selagem se constitui em duas câmaras separadas por um diafragma
metálico de aço inoxidável. Uma das câmaras se comunica com o elemento sensor do
instrumento e é totalmente evacuada e cheia com um líquido que ocupa todo espaço. A
outra câmara é quem entra em contato direto com o fluído sobre medição.
103
3.2.4.4.3 Proteção Contra Pulsações.
104
Transdutor de Indutância
Quando uma corrente alternada flui através de uma bobina, pode ser induzida uma
fem alternada numa bobina vizinha. Esse efeito é chamado de indução eletromagnética. O
valor da fem induzida depende da distância entre as duas bobinas e da quantidade de
material magnético presente.
Exemplo
Na figura 3.17, o movimento do fole força o núcleo de ferro a mover-se ao longo do
eixo das duas bobinas, montadas de topo entre si. As duas bobinas são conectadas em
um circuito de ponte, de forma que, quando o núcleo de ferro estiver igualmente interno
a cada bobina, não haverá voltagem indicada no voltímetro. Quando o núcleo de ferro
estiver mais interno a uma bobina que a outra, o voltímetro indicará uma voltagem.
Desta forma, a pressão que atua no fole e posiciona o núcleo de ferro é convertida em
informação de voltagem.
105
Fig. 3.18 - Fole aplicado como transdutor de pressão
tipo magnético de redutância.
106
“a pressão hidrostática exercida por um líquido na parte inferior de uma coluna é
diretamente proporcional a altura do líquido da coluna”. O funcionamento destes
instrumentos se baseiam no princípio dos vasos comunicantes, que nos garante
que o nível de vários vasos que se comuniquem entre si e contenham o mesmo
líquido, será o mesmo senão houver fluxo de líquido entre eles.
Funcionamento
Um dos ramos do tubo é ligado ao lugar do qual se deseja saber o valor da pressão.
Essa pressão age sobre o líquido, fazendo-o descer em um dos ramos do tubo e,
conseqüentemente, subir no outro ramo. A altura do líquido deslocado fornece, por meio
da escala graduada, uma indicação direta da pressão diferencial.
Exemplo:
o manômetro mostrado na figura 3.08 é constituído por um tubo com formato em “U”
com ambas extremidades abertas, com as colunas líquidas cheias de mercúrio e
possuindo uma escala graduada em milímetro de Hg. Verifica-se que, quando suas
extremidades estiverem em contato com a atmosfera, a altura das duas colunas será a
mesma e teremos indicado na escala o valor zero. Por outro lado, se o ramo do lado
direito do tubo estiver ligado a um equipamento com uma determinada pressão, haverá
um deslocamento da coluna, exemplificada como de valor quatro (4), correspondente a
uma pressão acima da pressão atmosférica de 8 polegadas de Hg.
Os principais líquidos usados são o mercúrio, água colorida, líquidos orgânicos
(densidade inferior a água) e composto de bromo (densidade superior a da água). O líquido
e a densidade escolhidos dependem da faixa (range) exigida pelo processo. Quando o
líquido do manômetro é a água, o manômetro é usado para baixas pressões. A tabela a
seguir indica as características dos principais líquidos empregados.
PESO PONTO DE
LÍQUIDO SÍMBOLO ESPECÍFICO EBULIÇÃO COR
Tetra-cloreto de
carbono CC 1 4 1,594 7 6 °C Arroxeada com iodo
107
Tetra-cloreto de 2
acetileno ( CHBr 2 ) 2,95 2 4 0 °C Azul
Exemplo:
a densidade do mercúrio varia com a temperatura:
0° C ---------------------------- = 13,595;
15° C ----------------------------- = 13,558;
20° C ----------------------------- = 13,546.
Na figura 3.9, observamos que uma pequena diferença no nível de mercúrio, no tubo
vertical de grande área (A2), apresenta uma grande mudança na posição do mercúrio no
tubo inclinado de pequena área (A1).
Você sabia?
A distância que o mercúrio percorre no tubo inclinado é igual à altura do líquido no ramo
vertical multiplicado pela cossecante do ângulo que o tubo inclinado faz com a
horizontal.
108
O ponto de maior pressão é ligado ao ramo vertical e o de menor pressão, ou vácuo,
ao ramo inclinado. Para medir pressão muito baixa, geralmente, utiliza-se um líquido mais
leve que a água. A escala pode ser graduada em ¼ de milímetro, o que permite leituras
exatas ao décimo de milímetro e a leitura é praticamente direta. Estes tipos de manômetros
são usados, na maioria dos casos, para determinar as pressões diferenciais muito baixas na
tiragem de caldeiras, pressões estáticas em sistemas de ar condicionado e pressões em
fornalhas.
Fig. 3.23 – Tubo Bourdon “c” aplicado como transdutor/conversor de sinal de pressão para
sinal elétrico.
“se uma peça de fio metálico é tracionada, não somente se torna mais longa e mais
estreita, como também sua resistência elétrica aumenta..”
Quanto maior o esforço sofrido pelo fio, tanto maior o aumento da resistência. A
informação na forma de uma variação de comprimento é convertida na forma de uma
variação de resistência.
109
A figura 3.24 mostra um tipo de calibre de tensão, feito de fio de metal. O elemento
de resistência é montado sobre apoio de metal, de forma que, quando não é ligado à
superfície de um metal, ficam isolado eletricamente do metal.
Os calibres ativo e fantasma são ligados a um circuito de medição de tal maneira que
os efeitos de temperatura nos dois calibres cancelam-se, restando somente a diferença
entre os dois resultantes da tensão a ser medida.
110
3.2.6.2 Sensores P iezore sistivo s.
R = resistência;
P.L P = resistividade;
R= L = comprimento;
S S = área seccional.
111
3.2.6.3 Me d i dor e s de P r e ssã o P ie ze lé tr ic o.
112
As principais vantagens dos transdutores piezelétricos consistem na robustez, na sua
independência de partes eletrônicas para uma pré-amplificação, possui faixas largas de
pressões com resposta rápida da ordem microssegundos.
113
3.3 MEDIDORES DE T EMPERAT URA
Introdução
Tanto nos navios como nas instalações industriais modernas é bastante comum o
sensor de temperatura estar ligado a um dispositivo eletroeletrônico (termostato) que desliga
o equipamento quando a temperatura supera um valor pré-fixado. Tal procedimento constitui
o desligar em função da temperatura máxima ou mínima. Entretanto, dificilmente o sensor
elétrico permanece junto a zona onde a temperatura é importante, mas sim a alguma
distância.
114
Nos últimos anos, o controle passou a ser feito com base no gradiente de
temperatura máxima (gradiente térmico), determinado por microprocessador que recebe o
sinal do sensor que mede a temperatura.
Você sabia?
dt
Gradiente Termico = ---------
dy
A medição da temperatura a bordo dos navios é exigida em todos os casos nos quais a
aplicação de calor ou frio é necessária para o controle de um processo ou operação de
manobra.
3.3.1 T emperatura
Quanto mais rápido o movimento das moléculas, mais quente se encontra o corpo, e,
quanto mais lento o movimento, mais frio se apresenta o corpo.
115
A qualidade, a precisão da medida e a rapidez com que pode ser feita a medição da
temperatura depende da aplicação e do tipo de instrumento empregado. Assim podemos ter
simples indicadores ou um registrador ou controlador mais complexo como os atuais CLPs
ou ainda os instrumentos inteligentes.
116
Como podemos ver, fundamentalmente, as escalas Celsius e Fahrenheit medem as
mesmas diferenças de temperatura, mas valores diferentes foram arbitrariamente escolhidos
como pontos fixos, sobre os quais se baseia cada sistema, assim como para as escalas
Rankine e Kelvin. Porém, há uma relação simples entre elas, como se vê na figura 3.28, e
comprova-se nas equações a seguir.
Para converter
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Ponto de Fusão Graus °C
Tungstênio 3370 °C
Carbeto de Titânio 3140 °C
Tântalo 3027 °C
Dióxido deZircônio 2715 °C
Molibdênio 2620 °C
Irídio 2454 °C
Boro 2300 °C
Alumina 2020 °C
Ródio 1985 °C
Nióbio 1950 °C
Cromo 1890 °C
Titânio 1800 °C
Vanádio 1710 °C
Sílica 1710 °C
Níquel 1455 °C
Silício 1420 °C
Berílio 1280 °C
Urânio 1113 °C
Cobre 1083 °C
Ouro 1063 °C
Prata 961 °C
Rádio 960 °C
Germânio 958 °C
Cloreto de Sódio 801 °C
Estrôncio 760 °C
Alumínio 660 °C
Magnésio 651 °C
Zinco 420 °C
Chumbo 327 °C
Cádmio 320 °C
Bismuto 271 °C
Estanho 232 °C
Selênio 220 °C
Enxofre 113 °C
Água 0,000 °C
Mercúrio Sub. − 39 °C
Árgon − 78,5 °C
Nitrogênio − 189 °C
Hidrogênio − 210 °C
− 259 °C
118
Princípios Físicos das Medições de Temperatura
As temperaturas são deduzidas a partir de seus efeitos sobre uma substância, cujas
características são conhecidas.
de Enchimento • Diafragma
Pressão Mola • Fole
• Bourdon
• Cobre-Constantan
• Ferro-Constantan
Par-Termoelétrico • Cromel-Constantan
(Termopar) • Cromel-Alumel
• Platina-Platinumradio tipo R e S
• Radiação • Lentes
Pirômetros • Espelho
• Ótico
119
3.3.2 T ermômetro de Líqu ido co m Bu lbo de V idro
Você sabia?
Por muitos anos o liquido mais empregado para este tipo de termômetro tem sido o
MERCÚRIO, porém, devido ser nocivo à saúde contaminante e tóxico ao meio ambiente,
atualmente não se recomenda a sua utilização principalmente em controles de caldeira e
equipamentos que apresentem risco de ruptura ao vidro. A tabela a seguir lista os principais
líquidos empregados.
120
LÍQUIDO COEFICIENTE DE EXPANSÃO CALOR
( B x 10 3) ESPECÍFICO
Água 0,25 1,0
Tetracloreto de carbono 1,1 0,2
Tuleno 1,1 0,4
Álcool etílico 1,1 0,5
Tabela 3.3 – Coeficiente de expansão de alguns líquidos.
Como é o Funcionamento?
O recipiente metálico relato acima tem uma função muito importante que é proteger o
bulbo contra choques mecânicos ou picos de pressão produzidos por um determinado tipo
de fluído como vapor e também permite a sua utilização em vasos pressurizados.
121
Fig. 3.30 - Termômetros de líquido com bulbo de vidro.
122
3.3.3 T ermômetro B imetá lico
Como é o Funcionamento?
Características Construtivas:
123
Fig. 3.33 - Tipos de elementos bimetálicos. Fig. 3.34 - Indicação da temperatura no
termômetro bimetálico.
Qual é a aplicação?
a) São usados para fins industriais e laboratoriais. O tipo industrial tem uma constituição
mais robusta, o que causa uma pequena perda de fidelidade e velocidade de resposta.
Processos como refinação de óleo e temperatura dos tanques de decantação usam os
termômetros bimetálicos.
b) Aplica-se a medição de temperaturas de –185ºC a 650ºC, porém nas temperaturas
muito altas, não pode ser com base contínua, pois o elemento bimetálico tende a
superesticar (fadiga térmica), causando infidelidade permanente.
c) Também é muito aplicado como elemento de compensação nos sistemas termométricos
cheios com fluido expansivo.
Vantagens:
a) Tem baixo custo;
b) É simples de usar;
c) Disponíveis com muitas faixas de
medições;
d) O mecanismo é robusto, adequado para
instalações industriais;
e) A leitura é direta;
f) Não necessita de energia auxiliar
(baterias, etc.);
Desvantagens:
a) Não é adaptável para leituras remotas;
b) Não é tão exato;
c) Não é recomendável para leituras
transiente devido o elevado tempo de
resposta;
124
3.3.4 T ermômetro T ipo Pressão Mo la
125
Fig. 3.36 – Nomenclatura do termômetro de Bourdon de mola espiral
126
ATENÇÃO!
Se for para fazer registo, o instrumento pode ser um sistema com bulbo e tubo
capilar muito curto localizado na carcaça do registrador, como mostra a figura 3.38a, ou
então pode ter um sistema de tubo capilar longo para leituras mais distantes, como o
mostrado na figura 3.38b.
Como é o Funcionamento?
127
O sistema é completamente selado e para quaisquer problemas com efeito de
pressão de vapor ou de diferença na altura entre a posição do bulbo e o medidor, o sistema
é pressurizado em volta de 70 bar no tipo enchimento com mercúrio. Durante a operação,
qualquer variação na temperatura que está sendo medida varia o volume do líquido e esta
troca de volume é transmitida ao tubo Bourdon, através da pressão.
Para distâncias menores de 15 metros, a sutileza do tubo capilar não produz nenhum
erro apreciável. A fim de manter o sistema com boa resposta, deve ser feita uma
compensação pelos meios que serão estudados mais adiante.
128
Se o coeficiente de expansão volumétrica do bulbo e do líquido são similares, o
efeito total reduz a expansão do líquido para uma certa faixa de medição. Se o termômetro
foi bem calibrado, tolerâncias (distinções) podem ser feitas para pequenas variações no
coeficiente.
Não esqueçamos que nenhum fluido tem comportamento ideal. Entretanto, estes
medidores são suficientemente precisos para encontrar grandes aplicações na indústria e
nos navios.
Este tipo de termômetro de pressão-mola (figura 3.39) difere dos tipos de líquido e
gás. Vapor não expedem uniformemente, como líquido e gás expande. Por isso, as
graduações nas escalas são mais afastadas para leituras altas do que para leituras baixas.
Isto aumenta a capacidade de leituras entre as linhas.
Princípio de funcionamento
À medida que a temperatura aumenta, mais liquido se torna vapor e exerce mais
pressão no tubo de Bourdon, o que faz com que ele se estire (movimente-se). Quando a
temperatura cai, o vapor passa a liquido e reduz-se a pressão, resultando numa contração
do tubo de Bourdon e do capilar com liquido.
O termômetro da figura
3.38 tem a sua constituição
semelhante ao enchimento de
líquido, porém o sistema é
parcialmente enchido com um
líquido volátil do tipo:
a) cloreto de metila;
b) éter;
c) butano;
d) nexano;
e) propano; Fig. 3.39 - Termômetro pressão-mola de enchimento
f) tuleno; e ou líquido e vapor.
g) dióxido de enxofre.
129
Como a substância de enchimento estará sempre no estado líquido, na parte mais
fria do sistema, o aparelho deverá conter uma quantidade suficiente de substância a fim de
que a interface do líquido e vapor esteja sempre situada no bulbo.
Pode ser utilizado numa faixa de –10ºC até 300ºC e não existe erro devido à
variação da temperatura ambiente; eles podem ser usados com comprimentos de capilar de
até 60m sem compensação. A escala é não linear e o sistema tem um considerável atraso
de tempo no registro de variações de temperatura. O bulbo e o tubo capilar são geralmente
construídos em aço inoxidável, bronze e chumbo e podem ser revestidos com plástico.
Compensação do Mostrador
130
É a equalização do erro no elemento receptor causado pelo fato de estar o sistema
termométrico cheio de liquido, que faz com que as variações de temperatura ambiente
afetem não somente o liquido no bulbo, mas ainda o existente no tubo capilar e o próprio
elemento receptor (tubo Bourdon, fole, etc.).
A compensação do
mostrador é feita pela
colocação de uma lâmina de
um bimetálico rigidamente
presa à ponta fixa do hélice,
(figura 3.40). Variando a
temperatura ambiente nas
proximidades do elemento
Bourdon (espiral), o bimetálico
responde com um aumento ou
uma diminuição ao movimento
da espiral, de forma a fornecer
Fig. 3.40 – Compensação do mostrador com elemento
uma leitura correta, apesar do bimetálico em um termômetro de Bourdon do tipo espiral.
efeito da temperatura local.
131
Empregam-se para este tipo de compensação duas espirais e dois tubos capilares
(figura 3.41). A espiral de medição está ligada ao bulbo na maneira usual. A espiral de
compensação está ligada a um capilar colocado dentro da mesma armadura do capilar
ligado à espiral de medição e que termina fechado, junto do bulbo. A espiral de
compensação e seu capilar são também enchidos com o liquido.
A proteção dada a um
instrumento contra uma temperatura
excessiva é a máxima temperatura a
que o bulbo pode ser exposto,
indefinidamente, sem dano ao
sistema.
A figura 3.43
apresenta um diagrama
que mostra o tempo de
resposta de vários tipos
de termômetros com
bulbo cheio com fluido.
132
3.3.6 T ERMOP AR
Como é o Funcionamento?
Fig. 3.44 - Esquema típico de um termopar. Fig. 3.45 – Junção quente do termopar.
133
3.3.6.1 Princ ip io de Func iona ment o do T ermopar
Você sabia?
Observou ele que, quando se funde um fio de cobre (condutor A) com um de ferro
(condutor B), formando um circuito, e aquece-se uma das junções fundidas com uma
temperatura T1, enquanto a outra extremidade se encontra a uma temperatura T2, uma
corrente contínua circula pelo circuito. Esta corrente continuará fluindo enquanto houver
diferença entre as temperaturas T1 e T2, ou seja, obterá uma força eletromotriz (f.e.m.)
Ele também descobriu que a corrente fluía do cobre para o ferro na extremidade
aquecida. Isto permitiu definir que o conduto A é positivo em relação a B, se a corrente
flui de A para B na junção de menor temperatura.
A f. e. m. de Peltier
Em 1834, Jean Peltier descobriu que, quando uma corrente circula pela junção de
dois condutores metálicos, dá origem a uma absorção ou liberação de calor.
Se a corrente flui no mesmo sentido que a produzida pelo efeito Seebeck, na junta
quente o calor é absorvido, enquanto que na junta fria o calor será liberado.
134
A f. e. m. Thomson.
A parte da f.e.m. total de um termopar que existe devido à diferença de potencial numa
única seção do fio ou condutor que possui um gradiente de temperatura é a f.e.m. de
Thomson.
Isto significa que haverá um potencial num fio de material homogêneo se uma
extremidade estiver a uma temperatura maior que a outra. A teoria complexa usada para
explicar este fenômeno não se ajusta exatamente a todos os efeitos observados
experimentalmente.
3.3.6.2 Ma te r ia l d os T e r m opa r e s
Os fios dos termopares são escolhidos de tal forma que produzam uma grande f.e.m.
e que variem linearmente com a temperatura. O material do termopar, escolhido idealmente,
deve permitir que:
a) As f.e.ms. de Thomson dos dois fios somem-se no circuito;
b) As f.e.ms. de Thomson variem diretamente com a temperatura;
c) As fem’s. de Peltier, que desenvolvem potenciais na junção quente, tenham o
mesmo sentido das fem’s. de Thomson;
d) As fem’s. de Peltier variem diretamente com a temperatura; e
e) A potência termelétrica seja tão elevada quanto possível.
135
Fig. 3.46 – Gráfico das curvas da relação temperatura x f.e.m. de termopares do tipo comum.
Não são somente diferentes combinações de fios, mas diferentes bitolas de fios nas
mesmas combinações de metais, que podem ser necessárias para se obter a resistência
física necessária a uma dada aplicação. O gráfico da figura 3.47 nos mostra as limitações
em temperatura de diversas combinações com fios de bitolas apropriadas.
Fig. 3.47 – Limitações, em temperatura, de tipos de combinações de metais aplicados aos fios dos termopares.
136
Os termopares raramente são usados na forma de fios nus, exceto na junção
detectora. A capa dos fios pode ser de esmalte resistente ao calor ou verniz, borracha
resistente ao calor, algodão trançado encerado, asbesto trançado, trançado de vidro
impregnado de silicone, asbesto impregnado de silicone, trançado de fibra de vidro,
trançado de vidro/teflon, nylon extrudado, trançado de sílica de alta temperatura, tubos de
cerâmica, filetes de cerâmica, óxido de alumínio ou molibdênio.
Você sabia?
Exemplo:
Num termopar Ferro-constantan, ferro é usado para fio positivo e constantan para fio
negativo. Na figura 3.49 e na tabela a seguir, estão as características, domínio dessas
combinações de fios, os pares termo-elétricos definidos pela norma americana ASTM,
com polaridade de cada metal, a faixa de aplicação, e os códigos de cor. .
137
Tabela 3.4 – Características de materiais dos termopares.
138
Fig. 3.49 – Termopar com capa protetora.
Fig. 3.48 – Tipos de tubos ou capas protetoras
dos termopares.
140
Quando um termopar é usado em conjunto com um milivoltímetro ou potenciômetro,
que mede a f.e.m gerada e indica ou registra esta f.e.m em termos de temperatura, temos
um pirômetro a termopar.
141
Limite máximo de aplicação.
Limite de Erro.
142
É igualmente importante que os fios de extensão usados sejam de material
adequado, ou seja, que tenham quase as mesmas características termelétricas que as do
material do par. Muito freqüentemente o fio do próprio termopar é usado como fio de
extensão, pois o termopar na verdade é constituído pelo par mais os fios de extensão.
Você sabia?
Os termopares não podem ser ligados a fios condutores comuns porque cada
ligação se comportaria como um termopar adicional com características diferentes.
O tamanho ou bitola do fio de extensão pode ser variado de modo a ajudar a casar a
resistência do medidor, especialmente quando são feitas medições múltiplas de termopares
localizados em distâncias diferentes dos instrumentos de medição.
Ligação em série
Este tipo de medição é utilizada quando se deseja ampliar o sinal elétrico gerado
pelos termopares, ou seja, obter-se alta sensibilidade a variação de temperatura que pode
ser observada na figura abaixo. É a chamada termopilha. A fem (Força Eletromotriz) total
desenvolvida é a soma de cada termopar utilizado. A resistência total é a soma das
resistências individuais. Isto é representado e mostrado de forma algébrica nas equações a
seguir. A temperatura média do sistema ou processo é achada, dividindo-se a f.e.m total
pelo número de termopares usados. Esse arranjo em série proporciona maior sensibilidade,
mas pode apresentar uma menor precisão, pois podem ser introduzidas incertezas devidas
à heterogeneidade dos pares.
143
onde:
Em = E1 + E2 + E3 + ... + En - Em = diferença de potencial no milivoltímetro;
e - E1, 2, 3, n = potencial desenvolvido por cada
RT = R1 + R2 + R3 + ... + Rn termopar utilizado;
- RT = resistência total; e
- R1,2,3n = resistência de cada termopar.
Ligação em paralelo.
e1 e2 e3 en Rm
Em = (------ + ------ + ------ + ------ ) . (------------------------------------------------------- )
r1 r2 r3 rn 1 + (RM + RL)(1/r1 + 1/r2 + 1/r3 + 1/rn)
Onde:
- Em = diferença de potencial através do medidor-indicador;
- RM = resistência do medidor-indicador;
- RL = resistência de linha no circuito;
- r1, 2, 3n = resistência de cada unidade; e
- e1, 2, 3n = potencial gerado por cada unidade.
144
3.3.7 Sensores de T emperatura T ipo Bulbo d e Resistência.
Um dos métodos elementares para medição de temperatura envolve mudança no
valor da resistência elétrica de certos metais com a temperatura. São comumente chamados
de bulbo de resistência e por suas condições de alta estabilidade e repetibilidade, baixa
contaminação, menor influência de ruídos e altíssima precisão, são muito usados nos
processos industriais.
Essas características aliadas ao pequeno desvio em relação ao tempo o Tornou
Padrão Internacional (ITS-90) para a medição de temperatura na faixa de -259,3467ºC a
961,78ºC.
Principio de funcionamento.
O funcionamento destes sensores chamados de termoresistências ou bulbos de
resistência ou termômetro de resistência ou RTD, se baseiam no princípio de variação da
resistência ôhmica em função da variação da temperatura. Elas aumentam a resistência
com o aumento da temperatura.
Seu elemento sensor consiste de uma resistência em forma de fio de platina de alta
pureza, de níquel ou de cobre (menos usado) encapsulado num bulbo de cerâmica ou de
vidro.
Características Gerais.
Você sabia?
Você sabia?
Ao bobinar o fio de platina, deve-se manter, em cada passo, distâncias iguais, como
medida de segurança, evitando, assim, quando submetidos a altas temperaturas,
contactarem entre si e, por conseguinte, não entrarem em curto-circuito.
146
Outro fator importante em bobinar o fio com distâncias paralelas iguais, é evitar o
ruído indutivo.
Por não ter contato direto com o exterior e apresentar ausência de condensação em
temperaturas baixas, é utilizado para temperaturas na faixa de - 269,15ºC a 450ºC e
funciona como elemento isolante.
Tamanho - O diâmetro varia de 1 mm a 4 mm, e o comprimento, de 10 mm a 40 mm.
Neste elemento isolante o fio de platina, após bobinar a cerâmica, é envolto por uma
selagem de cerâmica.
147
Figura 3.54 – Tubos de proteção.
Vantagens
1. Possui maior precisão dentro da faixa de trabalho do que outros medidores.
2. Com ligação adequada não existe limitação para distância de oreração.
3. Dispensa utilização de fiação especial para ligação.
4. Se adequadamente protegido, permite utilização em qualquer ambiente.
5. Tem boas características de reprodutividade
Desvantagens..
1. É mais caro do que outros sensores utilizados nessa faixa de temperatura.
2. Se deteriora mais facilmente, operando fora da sua faixa de trabalho, ou seja,
acima da temperatura permitida.
3. É necessário que todo o corpo do bulbo esteja com a temperatura equilibrada
para indicar uma leitura corretamente.
148
3.3.9 Pirô metro
Um raio de luz que incida sobre um espelho com um ângulo de incidência (i) será
refletido com um ângulo da reflexão igual (figura 3.54). Se o espelho girar um ângulo (θ),
então o ângulo de incidência mudará para (i + θ). O ângulo de reflexão também deverá
tornar-se (i + θ) . Antes da rotação do espelho, o ângulo entre os raios incidente e refletido
era (2i) e, depois da rotação, é 2. (i + θ ). Assim, o ângulo entre os raios incidente e refletido
variou (2θ) , como resultado de uma rotação (θ) .
Você sabia?
Se um espelho for girado certo ângulo, o raio refletido girará duas vezes esse ângulo.
Esse princípio pode ser utilizado para fornecer uma ampliação (igual a 2) de um
deslocamento angular.
149
Fig. 3.55 – Princípio de funcionamento do pirômetro de radiação óptico - ângulo da reflexão igual.
Uma fonte de luz, colocada no ponto focal de uma lente convexa, originará raios
paralelos de luz emergindo da lente. Diz-se que a lente produz um feixe facho da luz
colimado e ela é chamada de lente colimadora.
Se os raios de luz paralelos incidirem perpendicularmente sobre um espelho plano, isto
é, com ângulo de incidência zero, então os raios refletidos retornarão ao longo da
mesma trajetória dos raios incidentes. Se, entretanto, os raios paralelos não atingirem o
espelho com ângulo de incidência zero, então os raios refletidos não retornaram pela
mesma trajetória. O resultado é mostrado pela figura 3.55.
Quando os raios retornam, ao longo da mesma trajetória, através de uma lente convexa,
então a imagem é formada na mesma posição da fonte da qual os raios emergiram
inicialmente. Quando não retornam ao longo da mesma trajetória, a imagem se forma
numa posição diferente da posição da fonte inicial.
Características
Uma maior ampliação pode ser alcançada com lentes de maiores distâncias focais.
A distância entre o refletor, isto é, o espelho, e a lente não têm efeito sobre a
ampliação; somente a distância focal determina a ampliação. Ângulo que gira não deve ser
muito grande, caso contrário o facho de luz refletida se desviará inteiramente da lente. Esse
fator limita a distância entre o espelho e a lente.
150
Pirômetros de radiação total são os que
medem a temperatura, captando parte da
energia de radiação emitida pelo corpo.
151
3.4 MEDIDORES DE NÍVEL
INTRODUÇÃO
Quando a carga é grão (trigo, milho, soja, aveia, centeio, cevada, arroz, semente e
derivados beneficiados, de comportamento similar a grãos em estado natural), os cuidados
são rigorosos e deve-se atender as recomendações contidas na SOLAS Capítulo VI, o que
obriga a um controle adequado tanto no carregamento como no descarregamento, de forma
a não comprometer a estabilidade do navio.
Na maioria das indústrias e mesmo nos portos, além das dificuldades citadas acima,
a capacidade de estocagem cada vez é menor, principalmente nos processos contínuos.
Porém, com medidas apropriadas de nível e com controles corretamente aplicados, às
dimensões dos reservatórios e os estoques podem ser reduzidos sem que cause prejuízos
ao funcionamento normal.
Conceito:
Importância.
Aplicação.
152
Em terra, é aplicado para: A bordo é aplicado para:
a) indústrias químicas; a) agua potável, água de serviços;
b) de petróleo, de papel; b) óleos lubrificantes;
c) de alimentação; c) óleos combustíveis para as máquinas;
d) têxtil; d) carga líquida;
e) de tratamento de água; e e) carga de gás; e
f) nas usinas de força elétrica. f) carga de granel, etc.
Unidades de Nível
153
Não devemos esquecer que:
Classificação
- Sonda;
a) Medição direta - Visores;
- Flutuadores (Bóias).
- Borbulhamento
- Baseado na pressão - Manômetro em U
hidrostática. - Caixa de diafragma
b) Medição indireta - Por meio de pressão - d/p cell
diferencial - Manômetro em U
- Por meio de medição Corpo imerso
de empuxo
- Contatos de eletrodos
- Capacitância
c) Medidores baseados na - Radioatividade
característica elétrica - Ultra–som
dos líquidos. - Fotoelétrico
- Termistor
154
3.3.8 Med idore s D ireto s
Os principais são:
3.3.8.1 Sonda
Normalmente é feita de uma vara, haste ou fita métrica metálica (trena) graduadas
em centímetro ou outra unidade apropriada, que pode ser inserida no tanque ou
reservatório; a verdadeira profundidade (altura) do material é dada pela porção molhada na
sonda.
Este método é bastante utilizado nos navios para medir a altura do fluido nos tanques
de água, de óleo lubrificante, armazenamento de óleo combustível e dalas dos porões
de carga.
Tal medição é simples e eficiente, porém não é muito prática quando o material é
tóxico ou corrosivo, além de que o indivíduo tem de permanecer sobre a abertura e manejar
a sonda de medição quando esta é retirada do reservatório.
Você sabia?
Este método não oferece meios de controlar o nível visualmente e requer um cálculo
para se saber a quantidade do produto estocado.
Os visores de nível apresentam efetivamente uma forma mais simples, mais precisa
e mais largamente empregada para ser medir nível em vasos de processamento contínuo.
Princípio de funcionamento.
155
O visor é um instrumento empregado em recipientes abertos ou fechados para os
quais nos permite somente uma indicação local, ou seja, o nível do material é monitora e
controlado visualmente. Este método exige que haja um operador uma pessoa de serviço
controlando manualmente o nível do fluído dentro dos limites preestabelecido como, por
exemplo, o nível de uma caldeira.
156
Tipos:
Tubo de Vidro -
Normalmente é um tubo de
vidro simples ou raramente de
plástico especial, com as
duas extremidades ligadas
através de flanges ou solda
diretamente tanque, contendo
o líquido por meio de válvulas
de bloqueio (esfera) ao
recipiente, facilitando a sua
manutenção. Os tubos de
vidro podem ser protegidos
utilizando um revestimento de
metal ou com protetores de
mica. São empregados em
tanques pressurizados até 7
kg/Cm.
Princípio de Funcionamento.
Você sabia?
157
Fig. 3.61 – Visor de nível refletivo simples.
Fig. 3.62 – Visor de nível refletivo duplo. Fig. 3.63 – Visor de nível magnético.
158
Este consiste em uma ou duas placas de vidro de alta resistência protegidas por
armaduras metálicas. A superfície de vidro que fica em contato com o líquido é provida de
ranhuras que atuam como prismas de reflexão, indicando a zona de líquido onde a cor for
mais escura. Em alguns casos utiliza-se uma luz especial atrás do visor ou lâminas
coloridas, de tal forma que, para níveis diferentes, são vistas cores diferentes.
São apropriados para suportarem pressões de vapor de até 220 atm e temperaturas
de até 5.300ºC. Variações especiais são empregadas para aplicações a baixas
temperaturas e para líquidos viscosos ou corrosivos.
Para maior segurança as válvulas de bloqueio incorporam uma esfera que atua como
se fosse uma válvula de retenção, no caso de ruptura do vidro.
Um visor de vidro indica variações de nível com uma precisão de 0,4mm nas
melhores condições, mas não indica o volume real do líquido no reservatório. Portanto, se
houver necessidade de estabelecer o volume de líquido no recipiente é necessário fazer
uma conta que leva em consideração a área do reservatório, variação da carga hidrostática
e a densidade do líquido.
159
Princípio de funcionamento dos Transmissores de níveis por Empuxo.
Você sabia?
160
deve ser aplicada para indicação de nível ou para comandar válvula de controle em tanques
com líquidos em ebulição, pois estes provocam ondulações na superfície a ser medida.
A bóia deve ser construída de tal forma que flutue no material, isto significa que a
densidade da bóia deve ser menor que a do material onde se imerge. O material da
bóia deve ser escolhido de modo a não ser corroído ou desgastado pelo produto no qual ela
flutua, caso contrário a sua densidade será desgastada.
B) Medidor de nível de bóia com polias e cabos com contrapeso (figura 3.66)
161
Fig. 3.66 – Medidor de nível de indicação direta com
registrador tipo bóia com polia, cabo e contrapeso. Fig. 3.67 – Nomenclatura.
Este tipo pode ser encontrado abordo dos navios para controle da água de
alimentação das caldeiras, ligando e desligando a bomba de água de alimentação e nos
tanque do Poceto (Esgoto). Nos sistemas magnéticos de indicação de nível, a bóia flutua
livremente e qualquer coisa que restrinja seu movimento ou faça mudar a densidade produz
um erro na medição do nível.
162
3.3.9 Med idore s Ind ireto s Baseados na Pressão Hidro stát ica
Eles medem a pressão hidrostática exercida pela altura (h) do líquido sobre o sensor,
compreendida entre o nível do tanque e o eixo do medidor. A indicação, porém, será de
acordo com o peso específico (Y) desse líquido.
Esse método pode ser empregado para líquidos límpidos, devido sua simplicidade é
baixo custo. Porém, para líquidos com impurezas, ou viscosos e corrosivos, exigem
separação ou sistemas de purga que são de difícil manutenção e aumenta em muito os
custos.
163
Fig. 3.69 – Medidor de nível baseado na pressão hidrostática, tipo diafragma.
2 – baixo custo;
164
O instrumento determina a
diferença de pressão entre as
duas conexões ao tanque, sendo
que a pressão total detectada em
cada conexão corresponde a
pressão de altura do líquido e
mais a pressão acima do líquido.
Como a pressão acima do líquido,
nos dois casos, é a mesma, seu
valor fica cancelado. Portanto, a
pressão diferencial medida pelo
instrumento é aquela produzida
apenas pela altura do líquido no
tanque e independente de
pressão ou vácuo existente
dentro do tanque.
A) Tipo DP-Cell
165
Fig. 3-70b – Medidor diferencial de pressão – Célula DP Cell.
166
Com a A pressão exercida pelo fluído depende da altura do líquido e do seu peso
específico, então a pressão na linha de ar detectada pelo medidor é a pressão de retorno
gerada pela altura do líquido, a qual é indicada em unidade de coluna líquida.
a) o tubo de interligação deve ter diâmetro apropriado para não dar perda de carga;
b) é importante manter a vazão do gás constante, especialmente quando o nível
varia amplamente, para evitar o entupimento da extremidade do tubo
mergulhado;
c) a extremidade inferior do tubo mergulhado deve ter uma forma dentada para
fazer borbulhamentos suaves.
Princípio de funcionamento.
167
Exemplo
A válvula reguladora permite ligar o manômetro à atmosfera para calibrar e pode ligar o
sinal da linha do tubo de alta pressão o qual permite o fluxo de purga de ar ser
introduzido na linha de sinal enquanto que as leituras do manômetro são mantidas
constantes. Esta pode também ligar as linhas de sinal com o manômetro.
O corpo (displacer) é suportado por uma mola e, à medida que o nível varia, o peso
aparente do corpo se modifica, solicitando mais ou menos a mola. Os deslocamentos
resultantes, são proporcionais às variações do nível, são então aproveitados para fornecer
uma indicação local do nível do reservatório que pode ser visto pela figura abaixo.
168
Você sabia?
A ação desses medidores é similar aos medidores de bóia só que o seu movimento é
mais restrito. Pode ser empregado para indicação do nível em tanques de fermentação ou
que tenha muita agitação e borbulhamento.
O deslocador tem a vantagem sobre a bóia flutuante simples por ser mais sensível a
pequenas variações de nível e estar menos sujeito a atrito mecânico. Os deslocadores e os
recipientes são construídos em aço, monel e aço inoxidável. O comprimento dos
deslocadores variam de 35cm até 4,5 metros.
Exemplo
A figura 3.73 nos mostra um medidor desse tipo, quando varia o nível do líquido,
também varia a camada submersa do deslocador. A força de impulsão que atua no
deslocador é cada vez maior quanto mais submerso ele estiver. Esta força é transmitida
a um sistema pneumático através de um tubo torque ou de um eixo fletor. Para cada
nível de líquido haverá uma força diferente atuando no eixo. Isto fará com que o eixo
assuma nova posição. O sistema pneumático é concebido de tal forma que para cada
posição do eixo haverá uma pressão de ar diferente.
Funcionamento
O recipiente com o deslocador acha-se ligado com o fundo e o topo do tanque. Uma
haste com suporte é presa em um dos lados do flutuador e a outra é sustentada por
ponto de apoio fixado a um tubo-torque que fica a 90 graus da haste.
169
O tubo-torque possui no seu interior uma conexão que prende uma extremidade do eixo
giratório. Esse se projeta para o exterior por meio de um flange de vedação,
aparafusado, a prova de pressão. A outra extremidade do eixo giratório pode ser ligada a
um ponteiro, se for apenas indicador local de nível, mas em geral acha-se conectada a
um transmissor pneumático ( conjunto bico-palheta).
Não havendo líquido no recipiente do deslocador, o seu peso total exerce uma força na
extremidade livre da haste de suporte, o que provoca um movimento de giro no tubo-
torque e no eixo giratório em seu interior. Entrando líquido no recipiente do flutuador,
provoca um empuxo no deslocador, cuja força é igual ao peso do líquido deslocado. Esta
ação diminui o movimento giratório do tubo-torque e do eixo giratório, proporcional ao
nível.
a) condutivos, e
b) capacitivo.
3 . 3 . 1 0 . 1 Me d i dor e s de ní ve l po r c ondu t iv i da d e e lé tr ic a
170
As limitações são de não serem empregados com líquidos:
a) não condutores;
b) condutores mais viscosos, pois que formam depósitos nos eletrodos, dando
curto-circuito com as paredes do tanque; e
c) corrosivos ao aço inoxidável.
Como é o funcionamento?
O líquido permanece em contato com o eletrodo, passa uma corrente elétrica pelo
circuito. Quando o nível estiver alto, o circuito se desliga no instante em que o liquido não
alcança mais o eletrodo. Como o relé controlador faz distinção entre estas duas condições,
ele liga ou desliga a operação de uma válvula de controle, atuando como um controlador on-
off, acende um sinal luminoso ou soa um alarme
Basta um só eletrodo para líquido desde que não tenha espuma. Em líquidos com
turbulência ou com espuma são necessários dois eletrodos, colocados aproximadamente no
mesmo nível. Um eletrodo atua abrindo a válvula e o outro fechando a válvula. Esse
instrumento pode ser utilizado para controlar o nível do tanque Poceto (esgoto).
3 . 3 . 1 0 . 2 Me d i dor e s de Ní ve l Ca pa c it i vo s
171
Fig. 3.75 - Medidor de nível capacitivo.
Como é o funcionamento?
Medidores radioativos podem ser usados para medição de níveis contínuos e para
indicação de simples pontos. Eles são primordialmente usados quando o material a ser
medido é também corrosivo ou a temperatura no ponto do processo é muito alta ou em geral
quando a situação se mostra inadequada instalar o elemento primário dentro do tanque de
armazenamento.
Você sabia?
172
Fig. 3.76 - Medidor de nível radioativo.
a) eletromecânicos;
c) pressão diferencial.
173
3.4 MEDIDORES DE VAZ ÃO
Introdução
Das grandezas físicas importantes dos fluidos, estudamos até aqui a medição da
temperatura, da pressão e do nível. Agora vamos estudar a medição da vazão. Porém,
devemos lembrar que outras grandezas, tais como velocidade, ondas de choque,
gradiente de massa específica, turbulência, viscosidade etc. também são determinadas
,mas neste curso não iremos estudar.
3.4.1 Generalidades
Nos navios a medição da vazão tem sua aplicação nos processo de controle da água
potável, do consumo de combustível dos motores, das caldeiras, e no carregamento e
descarregamento da carga em navios tanques. Em geral a bordo dos navios, essa medição
torna-se difícil porque o meio de trabalho que se controla pode ter diferentes temperaturas e
pressões. Isto influencia sobremaneira na escolha do método e do tipo de aparelho.
A medição de vazão é a única que deve ser feita com fluido em movimento, ao
passo que todas as outras medições podem ser feitas com o fluido no estado estático.
Basicamente há duas maneiras de ser feita: em função da quantidade em volume de
174
líquido num determinado período de tempo e em função do fluxo do líquido na unidade de
tempo.
Onde:
F = força
F=PxA P = pressão
A = área
a.1) metro cúbico por minutos (m3/min), adequado para medições de ar e gases;
a.2) litros por minutos (lit./min.), adequado para medições de líquidos; e
a.3) barril por hora (Barril/h), utilizado na medição dos produtos derivados do
petróleo.
a) peso específico;
b) densidade;
c) viscosidade;
d) temperatura;
e) pressão barométrica; e
f) supercompressibilidade.
No caso de líquidos homogêneos, é fácil obter seu volume mediante seu peso e sua
densidade. Mas no caso de vapores e gases, onde as densidades variam dependendo das
condições de trabalho, tais como temperatura e pressão, é prudente medir as vazões em
unidades gravimétricas.
175
B) Em função da medição do fluxo do líquido na unidade de tempo
Para medir a vazão, na maioria dos casos, deve-se colocar algum obstáculo ao fluxo
na tubulação, o que irá provocar perturbação no mesmo, causando perdas de carga. Na
prática existem numerosos dispositivos para medição dessas grandezas e empregam-se
diversos métodos, tais como:
a) método direto;
b) método indireto;
c) gravimétrico;
d) volumétrico;
e) eletrônico;
f) eletromagnético; e
g) óptico.
Tubo de Pitot
Placa de Orifício
Tubo de Venturi
Tubo Dall
b) por área variável (perda de carga constante)
Rotâmetro
c) por velocidade de impacto do fluido
176
Tipo hélice;
Tipo turbina; e
d) medidores especiais.
Eletromagnético;
Ultra Sônico;
Mass Flow; e
Fio Quente;
Os métodos de determinação gravimétricos ou volumétricos são os mais precisos,
neles o peso ou o volume é medido por balança ou por tanque calibrado num intervalo
de tempo que é contado por um cronômetro.
Princípios Físicos
Número de Reynolds
177
Com o aumento da temperatura os líquidos escoam mais facilmente, porém os
gases tendem a escoar mais vagarosamente. Esta característica da facilidade de
escoamento é chamada viscosidade.
O valor numérico destas quatro grandezas é conhecido como número de Reynolds (R).
Este é um numero não dimensional e dado pela expressão:
O escoamento lâminas ocorre com o número de
Reynolds inferior a 2000, e o escoamento turbulento
apresenta um número de Reynolds acima de 4000.
Coeficiente de Descarga
Coeficiente de Velocidade
Coeficiente de Contração
178
A quantidade de fluxo na linha de escoamento é proporcional à raiz quadrada da
pressão diferencial, equação (5.4).
179
3.4.2.2 T ubo Pito t
180
Portanto, para a indicação da vazão ser correta o tubo de impacto deverá ficar no
ponto onde se encontra a velocidade média do fluxo. Devem ser calibrados, pois podem
apresentar medidas muito altas ou muito baixas. O alinhamento com o escoamento não é
crítico, de modo que o erro esperado será de alguns por cento para um desalinhamento de
15 %.
O tubo Venturi é outro tipo de elemento primário que mede a vazão em uma
tubulação por diferencial de pressão. São usados nas medições de escoamento de polpa de
papel, de líquidos com cristais, de esgotos e de água.
181
características de um bocal de vazão. O cone de saída recupera uma grande parte da perda
de carga como pode ser visto pela figura abaixo.
a) tubo de vazão;
b) bocal de vazão Gentile; e
c) tubo de vazão Dall.
Os tubos e os bocais de vazão são ambos empregados para medir fluxos de alta
velocidade (usualmente água e vapor) além da capacidade de uma placa de orifício, e
necessitam de uma menor extensão reta de tubo. O bocal de vazão opera bem em fluidos
com quantidades moderadas de sólidos em suspensão.
Os tubos Gentile e Dall são melhores para fluidos límpidos, gases e líquidos com
sólidos e para as mais baixas perdas de pressão. Pelo fato de apresentarem uma menor
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obstrução ao escoamento, os sólidos não se acumulam na seção de estrangulamento. Os
tubos de vazão são construídos de aço, aço inoxidável e Monel. A seção de
estrangulamento é feita de bronze ou aço inoxidável.
Fig. 3.81 – Tubo de Fluxo Gentile. Fig. 3.82 – Tubo de Fluxo tipo Bocal.
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As placas de orifício, quando bem fabricadas e instaladas adequadamente fornecem
leituras precisas e, se usadas com coeficiente de correção, podem ser tão precisas quanto à
maioria dos medidores de vazão. O tipo mais comum é uma chapa fina do tipo orifício
concêntrico de bordas vivas. São ainda usados os orifícios excêntricos ou segmentos de
orifício.
a) Orifício Concêntrico
Este tipo de placa de orifício é utilizado para líquido, gases e vapor que não
contenham sólidos em suspensão. Podemos ver sua representação a seguir:
A face de entrada deverá ser polida. O ângulo de entrada do orifício deverá ser de
90° com aresta viva e totalmente isenta de rebarbas e imperfeições.
Observação:
b) Orifício Excêntrico
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Este tipo de orifício é usado especialmente em tubulações horizontais. Ao contrário
do que aconteceria com a placa de orifício concêntrica, neste não teríamos problemas de
cúmulo de impurezas na entrada da placa.
Durante sua instalação o orifício deverá ser tangente inteiramente ao tubo, porém
admite-seque o orifício fique ligeiramente afastado do círculo inteiro do tubo sendo que este
fastamento não poderá exceder 1/16” ou seja 1,6 mm.
c) Orifício Segmental
Este tipo de placa de orifício tem a abertura para passagem do fluido disposta em
forma de segmentos de círculo.
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Fig. 3.84 - Medição da vazão com placa de orifício.
Para tubulações grandes (superiores a 24”) o orifício segmental é geralmente
soldado inteiramente ao tubo.
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1. Vantagens – Sua instalação é fácil e econômica, de construção simples e de
baixo custo, e que tanto sua manutenção como troca são operações fáceis.
São medidores utilizam o mesmo princípio dos medidores de pressão diferencial, isto
é, a relação entre energia cinética e energia de pressão, sendo que:
a) rotâmetros; e
b) tipos de cilindro e pistão.
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O flutuador alcança uma posição de equilíbrio que é proporcional ao escoamento
quando a força ascendente do fluido, passando pelo espaço anular, torna-se igual à
força descendente do flutuador.
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Tipos de Flutuadores
Os flutuadores podem ter vários perfis de construção. Na figura a seguir, podemos
ver os tipos mais utilizados.
1 - Esférico
Para vazões medias e elevadas sofre uma influência média da viscosidade do fluido.
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3.4.4.1 T anque medidor
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3.4.4.3 Movimen to ro tat ivo o sc ilante
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Algumas vantagens:
a) boa precisão e ampla faixa de medição;
b) repetibilidade boa;
c) adequado para fluidos de alta viscosidade;
d) aceita grande variação de viscosidade;
e) não requer energia auxiliar;
f) possibilidade de alta resolução de impulso;
g) ampla faixa de vazão.
Algumas desvantagens:
a) componentes móveis com tolerância estritas sujeitos a desgaste;
b) exige manutenção e atendimento regular;
c) não adequado a líquidos abrasivos sujos ou não lubrificantes;
d) grande e volumoso quando para diâmetros grandes;
e) capacidade limitada para um dado tamanho;
f) peças de reposição dispendiosas;
g) instalação difícil; e
h) alta perda de pressão.
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Um medidor de turbina corretamente projetado e fabricado tem uma elevada
precisão numa faixa de vazão superior a 10:1 e excelente repetibilidade. Ademais, é
pequeno e leve (relativamente ao tubo) e tem alta capacidade de vazão para um dado
tamanho de medidor.
Algumas vantagens:
a) alta precisão;
b) repetibilidade muito boa;
c) faixa de vazão de 10:1;
d) versátil e adequado para funcionamento sob condições severas;
e) adequado a pressões virtualmente limitadas e faixa de temperatura muito
ampla;
f) alta confiabilidade;
g) saída digital linear;
h) resposta rápida;
i) dimensão e pesos reduzidos; e
j) fácil instalação.
Algumas desvantagens:
a) inadequado a viscosidade elevada;
b) requer aferição;
c) pode ser danificado por velocidade excessiva ou formação de gases;
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d) relativamente dispendioso;
e) requisitos grandes quanto a contrapressão;
f) componente móvel sujeito a desgaste;
g) exige indicador separado; e
h) requer instalação de filtro.
Esses medidores são os únicos que não têm obstruções de qualquer espécie no
percurso do líquido. Portanto, a perda de carga é quase nula. Por este motivo constituem os
elementos primários ideais para medidas de vazões de líquidos viscosos ou com sólidos em
suspensão. A única condição é que o líquido tenha uma condutividade elétrica acima de um
certo mínimo.
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Circuitos de compensação e artifícios vários permitem que este método conduza a
uma precisão à volta de 1%. É muito útil na medida de vazão de líquidos com sólidos em
suspensão, pastosos ou corrosivos. Há atualmente primários eletromagnéticos cujos
eletrodos não tem contato ôhmico com o líquido mas somente capacitivo.
Algumas vantagens:
a) sem componentes móveis;
b) passagem completamente desobstruída;
c) quimicamente compatível com virtualmente todos os líquidos;
d) não é afetado pela viscosidade, pressão, temperatura, densidade ou
condutividade;
e) saída analógica/digital linear;
f) aumento do custo com o tamanho não é tão violento como em muitos outros
medidores; e
g) possibilidade de fluxo bidirecional.
Algumas desvantagens:
a) líquido deve ser eletricamente condutor;
b) não adequado para gás;
c) exige energia auxiliar;
d) difícil adaptação para áreas perigosas;
e) pode ser sensível ao perfil de fluxo assimétrico; e
f) requer calibragem.
3.4.7 MED IDO R DE V AZ ÃO ULT R A-SÔ NICO
Funcionamento
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Este tipo de medidor tem uma precisão melhor que a placa de orifícios e não introduz
qualquer obstrução, identicamente ao medidor eletromagnético. Serve, pois, para líquidos
viscosos e pastosos ou perigosos (alta pressão, corrosivos, radioativos). Necessita de uma
correção automática de temperatura por meio de um termistor porque a velocidade do som é
alterada em função da temperatura.
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