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Instrumentação Básica

7. Instrumentação

7.1 Classes e Sistemas de Instrumentação


Podemos classificar os instrumentos e dispositivos utilizados em instrumentação de
acordo com a função que o mesmo desempenha no processo (instrumentos de painel,
campo, à prova de explosão, poeira, líquido, etc.). Combinações dessas classificações
são efetuadas formando instrumentos conforme a necessidade.

7.1.1 Instrumentos Receptores


São instrumentos que recebem sinais padronizados de instrumentação provenientes de
transmissores em geral.

7.1.1.1 Indicador
Instrumento que dispõe de um ponteiro e uma escala graduada na qual
podemos ler o valor da variável. Os indicadores digitais indicam a variável
em forma numérica com dígitos ou barras gráficas.

7.1.1.2 Registrador
Instrumento que registra a(s) variável(s) através de um traço contínuo ou
pontos em um gráfico.

7.1.2 Transmissores
Medem o valor de uma variável no processo através de um elemento primário (que pode
estar incorporado ou não) e produzem sinal de saída (pneumático, eletrônico ou digital)
proporcional.
Exemplos:
a) Transmissor Pneumático de Nivel
b) Transmissor Eletrônico de Temperatura

7.1.3 Conversores
Instrumento que recebe um sinal em um padrão industrial de grandeza física e o
converte em um sinal de outra grandeza, proporcionalmente.
Exemplos:
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a) I/P - Converte sinal de corrente em pressão


b) E/I - Converte sinal de tensão em corrente

7.1.4 Controladores
Instrumento que compara a variável controlada com um valor
desejado e fornece um sinal de saída a fim de manter a variável
controlada em um valor específico ou entre valores determinados. A
variável pode ser medida diretamente, pelo controlador ou
indiretamente, através do sinal de um transmissor ou transdutor.
Tipos de controlador quanto ao processamento do sinal:
a) Analógico Pneumático
b) Analógico Eletrônico
c) Digital

Tipos de controlador quanto controladas:


a) Controlador “single-loop”: controla uma única variável.
b) Conrtrolador “multi-loop”: controla mais de uma variável simultaneamente. Possui
diversos blocos de controle, que são interligados internamente, através de uma
programação (configuração), conforme as necessidades do usuário.

7.1.5 Elementos Finais de Controle


Instrumentos que atuam diretamente sobre a variável manipulada alterando seu valor.
Exemplos:
a) Válvulas de Controle
b) Reguladores de Velocidade

7.1.6 Controlador Programável (CLP)


Possui uma memória programável para o armazenamento interno de instruções
específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem e aritmética,
para controlar, através de módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas e
processos.

7.1.7 Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)


É um sistema que possui ligações de estações de controle local a um computador com
monitores de vídeo, teclado, impressora e traçador de gráficos, permitindo a visualização
e monitoração de todas as informações do processo.

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7.1.8 Sistema Supervisório


É um sistema que recebe informações de diversos “devices” (instrumentos), com
possibilidade de monitorar, controlar, manter e operar uma planta industrial. Incorpora
funções de controle supervisório, tais como comando de atuadores de campo,
monitoração de dados de processo, controle contínuo, controle em bateladas e
controle estatístico, além de alarmes de condições e estado de variáveis de processo,
emissão de relatórios e aquisição de dados.

7.1.9 Acessórios de Instrumentação


São instrumentos que auxiliam o bom funcionamento de um instrumento, malha ou
sistema de controle, além do controle do processo em geral.

7.1.9.1 Chaves
São instrumentos que detectam a variável do processo em um ponto pré ajustado e
mudam o estado de um interruptor, possibilitando a energização ou desenergização de
um circuito elétrico, eletrônico ou digital. Podem ser utilizadas como alarme, segurança e
controle.
Exemplos:
a) Chaves de Pressão (pressostatos)
b) Chaves de Temperatura (temostatos)
c) Chaves de Nível

7.1.9.2 Válvulas "On-Off"


São utilizadas para bloquear ou liberar a passagem de fluidos. Podem ser utilizadas em
controles e sistemas de segurança, onde o exemplo mais comum é a válvula solenóide.

7.1.9.3 Visores de Nível


Auxiliam a operação do processo na visualização do nível de tanques.

7.1.9.4 Válvulas Reguladoras de Pressão


São utilizadas para reduzir e manter uma determinada pressão constante. São utilizadas
frequentemente para alimentação de instrumentos pneumáticos.

7.1.9.5 Válvulas de Segurança e Alívio


São utilizadas para proteção de equipamentos sujeitos à elevação de pressão, como
caldeiras e reatores. O aumento da pressão irá liberar o excesso de carga para a
atmosfera ou para outro reservatório.

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7.1.6 Sistemas de alarme e segurança


Os sistemas de alarme e segurança englobam os anunciadores de alarme e os sensores
instalados para detectar irregularidades nos processos. Os anunciadores de alarme
identificam anormalidades e alertam o operador através de sons ou luzes intermitentes.
É utilizado para qualquer tipo de variável, bastando que se utilize um elemento sensor
apropriado.

7.2 Terminologia
Os instrumentos de controle empregados na indústria de processos, têm sua própria
terminologia. Os termos utilizados definem as características próprias de medida e
controle dos diversos instrumentos utilizados: indicadores, registradores, controladores,
transmissores e válvulas de controle.
A terminologia utilizada é padronizada entre fabricantes, usuários e organismos que
intervêm direta ou indiretamente no campo da instrumentação industrial.

7.2.1 Faixa de medida (Range)


É o conjunto de valores da variável medida compreendidos dentro do limite superior e
inferior da capacidade de medida ou de transmissão do instrumento. Expressa-se
determinando os valores extremos.
Exemplos: 100 à 5000C, 0 à 20 PSI e 4 à 20 mA.

7.2.2 Alcance (Span)


É a diferença algébrica entre o valor superior e inferior da faixa de medida do
instrumento. Exemplo: Um instrumento com range de 100 à 5000C, possui span = 4000C.

7.2.3 Erro
É a diferença entre o valor lido ou transmitido pelo instrumento em relação ao valor real
da variável medida. Se tivermos o processo em regime permanente chamaremos de erro
estático que poderá ser positivo ou negativo dependente da indicação do instrumento o
qual poderá estar indicando a mais ou menos. Quando tivermos a variável teremos um
atraso na transferência de energia do meio para o medidor. O valor medido estará,
geralmente, atrasado em relação ao valor real da variável. Esta diferença entre o valor
real e o valor medido é chamado de erro dinâmico.

7.2.4 Exatidão
Podemos definir como sendo o maior valor de erro estático que um instrumento possa ter
ao longo de sua faixa de trabalho. Ou ainda, podemos definir como o grau de
concordância entre o resultado de uma medição e um valor verdadeiro do mensurando.
Pode ser expresso de diversas maneiras:

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a) Em porcentagem do alcance (span).


Um instrumento com range de 50 a 150 ºC, está indicando 80 ºC e sua exatidão é de ±
0,5 % do span. Sendo ± 0,5% = ± 0,5 = ± 0,005 e o span = 100 ºC, teremos:
0,005. 100 = ± 0,5 ºC 100
Portanto, a temperatura estará entre 79,5 ºC e 80,5 ºC.

b) Em unidades da variável
Um instrumento com range 0 a 200 PSI e exatidão de ± 0,5 PSI. Se o instrumento
estiver indicando 80 PSI, o valor correto estará entre 79,5 à 80,5 PSI.

c) Em porcentagem do valor medido


Um instrumento com range de 50 a 150 ºC está indicando 80 ºC e sua exatidão é de ±
0,5 % do valor medido. Sendo ± 0,5% = ± 0,005 e o valor medido = 80 ºC, teremos
0,005. 80 = ± 0,4 ºC. Portanto, a temperatura estará entre 79,6 ºC e 80,4 ºC.

d) Com variação ao longo da escala


Neste caso, o fabricante indica o valor da exatidão em algumas faixas da escala do
instrumento. Exemplo: Um manômetro pode ter uma exatidão de ± 1% em todo o seu
range e na faixa central possuir uma exatidão de ± 0,5% do span.

7.2.5 Zona Morta


É a máxima variação que a variável pode ter sem provocar variações na indicação ou no
sinal de saída de um instrumento ou em valores absolutos do range do mesmo.
Exemplo: Um instrumento com range de 0 ºC a 200 ºC possui uma zona morta de ± 0,1%
do span. A zona morta do instrumento pode ser calculada da seguinte forma:

Sendo ± 0,1% = ± 0,1 = ± 0,001, teremos: 0,001. 200 = ± 0,2 ºC


100
Portanto, se a variável de processo variar 0,2 ºC, o instrumento não apresentará
resposta alguma.

7.2.6 Histerese
É a diferença máxima apresentada por um instrumento, para um mesmo valor, em
qualquer ponto da faixa de trabalho, quando a variável percorre toda a escala no sentido
ascendente e descendente. É expresso em porcentagem do span.
Exemplo: Durante a calibração de um determinado instrumento com range de 0 à 200
ºC, foi levantada a curva dos valores indicados, conforme mostrado na figura 1. A
diferença entre 120,2 ºC e 119,8 ºC, representa o erro de histerese correspondente a 0,2
% do span. Podemos observar que o termo zona morta está incluído na histerese.

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Figura 7.1 - Curva característica do erro de histerese.

7.2.7 Repetibilidade
É a máxima diferença entre diversas medidas de um mesmo valor da variável, adotando
sempre o mesmo sentido de variação. Expressa-se em porcentagem do span.
Exemplo: Um instrumento com range de 0 à 1000 l/min, com repetibilidade de ± 0,1 %
do span e com exatidão de ± 1% do span, para uma vazão real na primeira passagem
ascendente for 750 l/min e o instrumento indicar 742 l/min, numa segunda passagem
ascendente com vazão real de 750 l/min o instrumento indicará 742 ± 1 l/min, conforme
mostrado na figura 2, a seguir:

Figura 7.2 - Curva característica do erro de repetibilidade.

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7.2.8 Resolução
É a menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador, significativamente
percebida. Exemplo: Se um instrumento possuir uma escala onde o menor valor
corresponda a 1ºC sua resolução será de 1ºC.

7.2.9 Ajuste
Operação destinada a fazer com que um instrumento de medição tenha desempenho
compatível com sua utilização.

7.2.10 Calibração
Conjunto de Operações que estabelece, sob condições específicas, a relação entre os
valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição ou valores
representados por uma medida materializada ou material de referência, e os valores
correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões.

7.2.11 Incerteza de Medição


O resultado de uma medição é somente uma estimativa do valor do mensurando. Sendo
assim, a expressão completa que representará o valor de tal mensurando deverá incluir
a incerteza de medição.
A incerteza de medição é um parâmetro que caracteriza o intervalo no qual estão os
valores que poderão ser atribuídos razoavelmente ao mensurando com uma
determinada probabilidade.
A incerteza de medição é a indicação quantitativa da qualidade dos resultados da
medição, sem a qual os mesmos não poderiam ser comparados entre si, com os valores
de referência especificados ou com um padrão.

7.2.12 Erro Combinado


É o desvio máximo entre a reta de referência e a curva de medição, incluindo os efeitos
de não-linearidade, histerese e repetibilidade, expresso em porcentagem do sinal de
saída nominal.

7.2.13 Padrão
Medida materializada, instrumento de medição, material de referência ou sistema de
medição destinados a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou
mais valores de uma grandeza para servir como referência

7.3 Identificação e Simbologia de Instrumentação


As normas de instrumentação norma ISA S5.1 , 5.2 , 5.3 e 5.4 ( 1992 ) estabelecem
símbolos, gráficos e codificações para identificação alfanumérica de instrumentos ou

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funções programadas que deverão ser utilizados nos diagramas e malhas de controle de
projetos de instrumentação.

7.3.1 Identificação de Instrumentação


De acordo com a norma pré-estabelecida, cada instrumento ou função programada
serão identificados por um conjunto de letras que os classifica funcionalmente e um
conjunto de algarismos, que indica a malha à qual o instrumento ou função programada
pertence.
Eventualmente, para completar a identificação, poderá ser acrescido um sufixo. A figura
abaixo mostra um exemplo de instrumento identificado de acordo com a norma pré-
estabelecida.

Identificação do Instrumento: PRC - 00102A


P RC 001 02 A
Variável Função Área da Atividade nº Seqüencial S
Identificação Funcional Identificação da Malha de Controle U
F
I
X
O

Onde:
P - Variável medida - Pressão.
R - Função passiva ou de informação - Registrador.
C - Função ativa ou de saída - Controlador.
001 - Área de atividade onde o instrumento atua.
02 - Número seqüencial da malha de controle.
A - Sufixo

A identificação funcional é formada por um conjunto de letras cujo significado é dado na


tabela 1. São letras que identificam qual é o tipo de medição ou indicação que se está
efetuando. A primeira letra identifica a variável medida. Assim, um controle de
temperatura se inicia com a letra “T", o mesmo para pressão, “P".
As letras subseqüentes identificam as funções do instrumento ou ainda fazem o papel de
letras modificadoras, pois modificam seu nome original. Por exemplo: um TE tem a
primeira letra (T) identificando a variável “temperatura“ e a segunda (E) chamada de
subseqüente, identificando um elemento primário , que pode ser um sensor de
temperatura seja PT-100 ou termopar ou outro princípio de medição de temperatura .
Outro exemplo: um FI = Indicador de Vazão, tem como primeira letra a variável vazão
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(F). Ao acrescentarmos a letra Q, coluna " Modificadora ", esta modificará o nome
original do FI, pois acrescenta ao instrumento um dispositivo de Totalização, portanto
ficando a identificação funcional = FQI.
A identificação funcional é estabelecida de acordo com a função do instrumento e não de
acordo com sua construção. Um registrador de pressão diferencial, quando usado para
registrar a vazão, é identificado por FR. Se um indicador de pressão ou um pressostato
forem conectados a um tanque onde se deseja indicar o nível e um alarme de nível por
chave , estes são identificados com LI e LS, respectivamente.
A primeira letra da identificação funcional é selecionada de acordo com a variável
medida e não com a variável manipulada. A variável manipulada é a variável controlada
pela variável medida, logo, uma válvula de controle que varia a vazão para controlar um
nível, comandada por um controlador de nível , é identificada como LV e não como FV.
As letras subseqüentes identificam as funções do instrumento, podendo ser:

Æ Funções passivas - elemento primário, orifício de restrição, poço;


Æ Funções de informação - indicador, registrador, visor;
Æ Funções ativas ou de saída - controlador, transmissor, chave e outros;
Æ Funções modificadoras - alarmes ou indicação de instrumento multifunção.

As letras subseqüentes usadas como modificadoras podem atuar ou complementar o


significado da letra precedente. A letra modificadora modifica a primeira letra ou uma das
subseqüentes. No caso de LILL, desejou-se explicar que o instrumento estava indicando
um nível muito baixo. Então utilizou-se uma quarta letra, um “L" de "low“. Veja que se o
instrumento indicasse apenas um alarme de nível baixo, teríamos LIL. É possível incluir-
se uma quarta letra na identificação intencional do instrumento, sendo que esta opção
deve ser apenas utilizada em casos de extrema necessidade.
A seqüência de formação da identificação Intencional de um instrumento é dada pela
posição das letras. A primeira letra deve sempre indicar a variável medida. Veja a coluna
"Variável medida ou Inicial", na Tabela 1. Se a primeira letra possuir sua função
modificada, veja a coluna "Modificadora ".
As letras subsequentes indicam as funções do instrumento na seguinte ordem:

a) Letras que designam funções passivas ou de informação, veja a coluna "função de


informação ou passiva " na tabela em anexo.
b) Letras que designam funções ativas ou saídas , veja a coluna "função final".
c) Letras que modificam a função do instrumento ou que funcionam como complemento
de explicação de função, veja a coluna "Modificadora" dentro da coluna de letras
subsequentes.

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Se houver letras modificadoras, estas devem ser colocadas imediatamente após a letra
que modificam.
A identificação funcional deve ser composta de, no máximo, três (3) letras. Uma quarta
letra somente será permitida no caso da extrema necessidade de se explicar
completamente qual é a função do instrumento:
a) para instrumentos mais complexos, as letras podem ser divididas em subgrupos.
b) no caso de um instrumento com indicação e registro da mesma variável a letra I ,
pode ser omitida.
Um instrumento complexo, com diversas medições ou funções, pode ser designado por
mais de urna identificação funcional. Assim um transmissor registrador de razão de
vazões, com uma chave atuada pela razão, em fluxogramas, pode ser identificado por
dois círculos tangenciais ( vide símbolos gerais de instrumentação), contendo as
identificações FFRT e FFS. Em outros documentos, onde são usados símbolos gráficos,
o instrumento pode ser identificado por FFRT / FFS. Todas as letras da identificação
funcional devem ser maiúsculas.

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A tabela a seguir é a transcrição original da norma ISA- 55.1.

1A LETRA LETRAS SUBSEQUENTES


Variável Letra de Função de Leitura Função de Saída
Letra Medida Modificação Passiva ou Final Letra de Modificação

A Analisador (4) Alarme


Queimador
B (Chama) Indefinida Indefinida Indefinida
Condutibilidade
C Elétrica Controlador
Densidade ou Peso
D Específico Diferencial ( 3 )

E Tensão (Fem) Elemento Primário

F Vazão Razão ( 3 )

G Medida Dimensional Visor (7 )

H Comando Manual Alto (5 , 11 , 12 )


Indicação ou
I Corrente Elétrica Indicador

J Potência Varredura
Tempo ou Estação de
K Programa Controle

L Nível Lâmpada Piloto Baixo (5 , 11 , 12 )

M Umidade Médio (5 , 11 , 12 )
Orifício de Restrição
O (8)

P Pressão Ponto de Teste

Q Quantidade Integração ( 3 )

R Radioatividade Registrador
Velocidade ou Chave ou
S Freqüência Segurança ( 6 ) Interruptor

T Temperatura Transmissor

U Multivariáveis (1) Multifunção Multifunção Multifunção


Vibração, Analise
V Mecanica Válvula, Damper

W Peso ou Força Poço

X (2) Não classificada Não classificada Não classificada


Relê ou
Computador
Y (9,10)
Elemento Final de
Z Posição Controle

Notas da Tabela

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(1) O uso da letra “U” para variáveis ou instrumentos que executam multifunção, em
lugar de uma combinação de letras, é opcional.
(2) A letra não classificada “X” é própria para indicar variáveis que serão usadas somente
uma vez . Se usada como primeira letra, poderá ter qualquer significado , e qualquer
significado como letra subsequente. Por exemplo: Um XR pode ser um registrador de
amplitude; ou um TX pode ser um P/I ou um I/P, montado no corpo de uma válvula de
controle de temperatura, ou pode estar montado no campo . Outro exemplo, um XR pode
ser um registrador de tensão mecânica, etc.
(3) Qualquer primeira letra se usada em combinação com as letras modificadoras “D”
(diferencial) , “F” (vazão) ou “Q” (Totalização ou integração), ou qualquer combinação
delas, representará uma nova variável medida e a combinação será tratada como
primeira letra.
(4) A primeira letra “A” para analise, cobre todas as análises não listadas na Tabela .
Cada tipo de análise deverá ser definida fora do seu círculo de identificação no
fluxograma símbolos tradicionalmente conhecidos como pH , 02 e CO, têm sido usado
opcionalmente em lugar da primeira letra “A”. Como exemplo podemos citar um AT, ou
seja um Analisador de concentração de ácido, pode ser simbolizado como mostramos na
figura abaixo:

(5) O uso dos termos modificadores alto, baixo, médio (intermediário) e varredura é
preferido, porém opcional. Muito utilizado para explicar se uma variável apresenta uma
determinada condição de alarme, como por exemplo um TAL , um instrumento que
indica um alarme baixo de temperatura . Note que a letra “A” funciona como letra de
função passiva , pois na realidade o instrumento pode ser um simples indicador de
temperatura, onde não é importante dizer que este também indica, caso contrário sua
representação seria TIAL= indicador de temperatura com alarme de temperatura baixa .
(6) O termo segurança se aplicará somente para elementos primários de proteção de
emergência . Então, uma válvula auto - operada que previne a operação de um sistema
acima da pressão desejada , aliviando a pressão do sistema, será uma PCV, mesmo que
a válvula não opere continuamente, ou seja, uma válvula proporcional. Entretanto esta
válvula receberá a representação de PSV se for usada para proteger o sistema contra
condições de emergência, isto é, condições que colocam em risco o pessoal e o
equipamento, ou ambos, e que não são esperados acontecer normalmente.
A designação “PSV” se aplica para todas as condições de emergência em termos de
pressão ou temperatura "TSV", não importando a construção e o modo de operação da
válvula de alívio ou válvula de segurança ou outra.

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É comum encontrarmos a designação "PV, TV ou LV", para válvulas proporcionais ou


outro tipo e que estão efetuando controle da variável manipulada. Indicamos “PCV, TCV
ou LCV”, quando as válvulas são auto-controladas, auto-operadas ou auto-pilotadas.
(7) A função passiva visor, aplica-se a instrumentos que indicam diretamente o processo
e normalmente não possuem escala . Por exemplo os visores de vidro acoplados à
tanques para indicar a existência de fluido interno ou tubos de vidro, plásticos, ou outros
materiais, conectamos à um tanque para indicar o nível.
(8) A letra “O” é usada precedida da letra “F”, significando orifício de restrição,
independente da finalidade a que se destina, isto é, reduzir pressão ou limitar vazão . O
orifício de restrição não é usado para medição.
(9) Dependendo da aplicação, um dispositivo que conecta , desconecta ou transfere um
ou mais circuitos pode ser uma chave, um relê, um controlador de duas posições.
(10) As funções associadas com o uso da letra subsequente “Y”, devem ser definidos
fora do círculo de identificação. Este procedimento não é necessário quando a função for
evidente, tal como uma válvula solenóide em uma linha de sinal. A letra “Y” descrita na
tabela, coluna "letras subsequentes função final" refere-se à relês ou funções de
computação, ou seja, funções lógicas E , OU etc. , funções diversas tais como "
Multiplicação /Divisão /Soma/ Subtração / Extração de raiz Quadrada e etc." ou ainda
funções matemáticas especiais. É importante notar que estas funções devem ser
representadas fora do circulo de identificação do instrumento
(11) O uso dos termos modificadores alto, baixo, e médio, corresponde a valores das
variáveis medidas e não dos sinais . Como abordado anteriormente, são muito
freqüentes para indicar o parâmetro de alarmes de uma variável. Por exemplo, um
alarme de nível alto atuado pelo sinal de um transmissor de nível será um LAH.
(12) Os termos alto e baixo aplicados a posições de válvulas, são definidos como:
a) alto - denota que a válvula está ou aproxima-se da posição totalmente aberta.
b) baixo - denota que a válvula está , ou aproxima-se da posição totalmente fechada .
Esta notação não é comumente utilizada para válvulas de controle proporcionais, porém
no caso de válvulas On / Off que possuam sensores de proximidade e deseja-se indicar
que esta atingirá a posição "Aberta" ou "Fechada “, pode ser possível.
Exemplos de identificação funcional de instrumentos
O objetivo é dar alguns exemplos sucintos de formação da identificação funcional de
instrumentos. Esta identificação é muito importante, pois descreve qual é a variável que
esta sendo medida qual é o tipo de instrumento e qual recurso que este esta utilizando.

a) Indicadores e Registradores
PI = Indicador de pressão: “P" é a variável medida (Pressão), e “I“ é a função de
informação ou passiva. Neste caso pode-se ter vários tipos de instrumentos. Desde um
manômetro mecânico à instrumentos eletrônicos sofisticados. Note que ao indicar PI em

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um fluxograma a intenção é descrever que naquele determinado ponto deseja-se


somente indicar a pressão, independentemente do tipo de instrumento utilizado.
LI = Indicador de Nível
SI = Indicador de Velocidade
MR = Indicador de Umidade
AIR = Registrador Indicador de Condutividade, ou pH, ou 02 e etc.

b) Controladores:
PIC = Indicador controlador de Pressão: Neste caso a função final é o controle de uma
malha , portanto , letra "C" da coluna “função final" e a letra "I” somente uma função
passiva mencionando que o instrumento também esta indicando de alguma forma a
variável "P" pressão.
FIC = Controlador Indicador de Vazão
JRC = Controlador Registrador de Potência
SC = Controlador de Velocidade
BC = Controlador de Queima ou Combustão (Queimadores de caldeiras, fomos ou
outros)

c) Alarmes:
LAH = Alarme de Nível Alto: Neste exemplo a letra "A" define a função de informação ,
indicando que o instrumento esta sendo utilizado para um alarme. A letra modificadora
"H“ complementa esta informação indicando o parâmetro do alarme, no caso nível alto.
TAH = Alarme de Temperatura Alta
SAL = Alarme de Velocidade Baixa
WAL = Alarme de Peso Baixo

d) Válvulas:
HV = Válvula de controle manual: A letra “ V “ indica a função final e a letra “ H “ indica a
variável inicial. Note que neste caso esta válvula não é proporcional .
LCV = Válvula de controle de nível auto - operada: Neste exemplo a letra '"C" pode
estar indicando que a válvula é auto - operada.
LV = Válvula de nível : Geralmente esta notação determina que se trata de uma válvula
de controle proporcional.
Obs.: A primeira letra sempre indica a variável medida e não a variável que esta sendo
manipulada.

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7.3.2 Símbologia de Instrumentação

Funções de Processamento de Sinais


Símbolo Nome do relê Símbolo Nome do relê
Σ ou + Somador x Multiplicador
Σ/M Calculador de média ÷ Divisor
∆ ou - Subtrator √ Extrator de raiz quadrada
n
K ou P Proporcional √ Extrator de raiz
n
∫ ou I Integrador X Exponencial
d/dt ouD Derivativo f (a) Função não linear
> Seletor de sinal alto < Seletor de sinal baixo
± Polarizador I/P Conversor de sinal

Identificação dos Conversores de Sinais


I P E mV A D
Corrente Pressão Tensão MiliVoltagem (FEM) Analõgico Digital

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7.3.3 Sinais de Transmissão e Conexões de Processo

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