PROJETO 25:000.04-016
JUNHO 2011
16/02/2011 17/02/2011
5) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;
Participante Representante
Prefácio
Os documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
Scope
This International Standard specifies general requirements for the competence of providers of
proficiency testing schemes and for the development and operation of proficiency testing schemes.
These requirements are intended to be general for all types of proficiency testing schemes, and they can
be used as a basis for specific technical requirements for particular fields of application.
Introdução
Comparações interlaboratoriais são amplamente utilizadas para vários propósitos e seu uso vem
crescendo internacionalmente. Propósitos típicos para comparações interlaboratoriais incluem:
i) atribuição de valores para materiais de referência e avaliação de sua adequação para uso em
ensaios ou procedimentos de medição específicos; e
Esta Norma foi elaborada para fornecer uma base consistente a todas as partes interessadas para
determinar a competência de organizações provedoras de ensaios de proficiência. Ao fazê-lo, substitui
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 2/49
ABNT/CB-25
PROJETO 25:000.04-016
JUNHO 2011
ambas as partes do Guia ISO/IEC 43:1997. O ABNT ISO/IEC Guia 43 incluía não apenas orientação no
desenvolvimento, operação, seleção e uso de ensaios de proficiência pelos organismos de acreditação
de laboratórios, mas também, descrições úteis de tipos típicos de ensaios de proficiência. Esta Norma
preservou e atualizou os princípios para a operação dos ensaios de proficiência descritos no ABNT
ISO/IEC Guia 43 e manteve nos Anexos A a C as informações sobre os tipos típicos de programas de
ensaios de proficiência, orientação sobre os métodos estatísticos apropriados, seleção e uso de
programas de ensaios de proficiência pelos laboratórios, organismos de acreditação, organismos
reguladores e outras partes interessadas.
1 Escopo
Esta Norma especifica requisitos gerais para a competência de provedores de ensaio de proficiência e
para o desenvolvimento e operação de programas de ensaio de proficiência. Estes requisitos gerais se
aplicam a todos os tipos de programas de ensaios de proficiência e podem ser utilizados como base
para requisitos técnicos específicos em campos específicos de aplicação.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ISO/IEC Guide 99:2007 – International vocabulary of metrology - Basic and general concepts and
associated terms (VIM)
3 Termos e definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005, do
VIM e dos seguintes:
3.1
valor designado
valor atribuído a uma propriedade específica de um item de ensaio de proficiência
3.2
coordenador
um ou mais indivíduos com responsabilidade para organizar e gerenciar todas as atividades envolvidas
na operação de um programa de ensaio de proficiência
3.3
cliente
organização ou pessoa para a qual um programa de ensaio de proficiência é fornecido através de um
contrato
3.4
comparação interlaboratorial
organização, desempenho e avaliação de medições ou ensaios nos mesmos ou em itens similares por
dois ou mais laboratórios, de acordo com as condições predeterminadas
3.5
valor discrepante (outlier)
observação em um conjunto de dados que parece ser incompatível com o restante deste conjunto de
dados.
NOTA Um valor discrepante pode ser originário de uma população diferente ou ser o resultado de um registro
incorreto ou outro erro grosseiro.
3.6
participante
laboratório, organização ou indivíduo que recebe itens de ensaio de proficiência e submete os
resultados para análise crítica pelo provedor de ensaio de proficiência.
3.7
ensaio de proficiência
avaliação do desempenho do participante contra critérios pré-estabelecidos por meio de comparações
interlaboratoriais.
NOTA 1 Para os propósitos desta Norma, o termo “ensaio de proficiência” é considerado em seu sentido mais
abrangente e inclui, mas não está limitado a:
b) programa qualitativo – onde o objetivo é identificar ou descrever uma ou mais características do item de
ensaio de proficiência;
c) programa sequencial – onde um ou mais itens de ensaio de proficiência são distribuídos sequencialmente
para ensaio ou medição e são devolvidos ao provedor do ensaio de proficiência a intervalos.
d) programa simultâneo – onde os itens de ensaio de proficiência são distribuídos para ensaio ou medição
concomitante em um período de tempo definido;
e) exercício único –onde itens de ensaio de proficiência são fornecidos em uma única ocasião;
f) programa contínuo – onde os itens de ensaio de proficiência são fornecidos a intervalos regulares;
h) interpretação e transformação de dados – onde conjuntos de dados ou outras informações são fornecidas e a
informação é processada para fornecer uma interpretação (ou outro resultado).
NOTA 2 Alguns provedores de ensaio de proficiência na área médica usam o termo “Avaliação Externa de
Qualidade (AEQ)” para seus programas de ensaio de proficiência, ou para seus programas mais amplos, ou
ambos (ver Anexo A). Os requisitos desta Norma abrangem somente aquelas atividades AEQ que atendam à
definição de ensaio de proficiência.
3.8
item de ensaio de proficiência
amostra, produto, artefato, material de referência, equipamento, padrão, conjunto de dados ou outra
informação utilizada pelo ensaio de proficiência
3.9
provedor de ensaio de proficiência
organização que se responsabiliza por todas as tarefas no desenvolvimento e na operação de um
programa de ensaio de proficiência
3.10
rodada de ensaio de proficiência
uma sequência completa de distribuição de itens de ensaio de proficiência, a avaliação e o relato de
resultados para os participantes.
3.11
programa de ensaio de proficiência
ensaio de proficiência projetado e operado para uma ou mais rodadas de uma área específica de
ensaio, medição, calibração ou inspeção.
NOTA Um programa de ensaio de proficiência poderia abranger um tipo específico de ensaio, calibração, inspeção
ou um número de ensaios, calibrações e inspeções em itens de ensaio de proficiência.
3.12
método estatístico robusto
método estatístico insensível a pequenos desvios de uma ou mais suposições em que se baseia um
modelo probabilístico.
3.13
desvio-padrão para avaliação da proficiência
medida de dispersão utilizada na avaliação de resultados de ensaios de proficiência, baseada nas
informações disponíveis.
NOTA 1 O desvio-padrão aplica-se somente aos resultados das escalas intervalar e proporcional.
NOTA 2 Nem todos os programas de ensaios de proficiência avaliam a proficiência baseada na dispersão de
resultados.
3.14
subcontratado
organização ou indivíduo que tem compromisso com o provedor de ensaio de proficiência para
desempenhar atividades especificadas nesta Norma e que afetam a qualidade do programa de ensaio
de proficiência.
NOTA O termo “subcontratado” inclui o que muitos provedores de ensaio de proficiência chamam de
colaboradores.
3.15
rastreabilidade metrológica
propriedade de um resultado de medição pela qual tal resultado pode ser relacionado a uma referência
através de uma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações, cada um contribuindo para a
incerteza de medição.
NOTA 1 Para esta definição, uma “referência” pode ser uma definição de uma unidade de medida por meio de sua
realização prática, ou um procedimento de medição que engloba a unidade de medida para uma grandeza não
ordinal, ou um padrão.
NOTA 3 A especificação da referência deve compreender a data em que ela foi utilizada no estabelecimento da
hierarquia de calibração, juntamente com qualquer outra informação metrológica relevante sobre a referência, tal
como a data na qual foi realizada a primeira calibração da hierarquia de calibração.
NOTA 4 Para medições com mais de uma grandeza de entrada no modelo de medição, cada valor de entrada
deve ter sua própria rastreabilidade e a hierarquia de calibração envolvida pode formar uma estrutura ramificada
ou uma rede. O esforço envolvido no estabelecimento da rastreabilidade metrológica para cada valor da grandeza
de entrada deve ser proporcional à sua contribuição relativa para o resultado de medição.
NOTA 5 A rastreabilidade metrológica de um resultado de medição não assegura que a incerteza de medição seja
adequada para um dado objetivo ou que exista uma ausência de erros humanos.
NOTA 6 Uma comparação entre dois padrões pode ser considerada como uma calibração se ela for utilizada para
verificar e, se necessário, corrigir o valor e a incerteza de medição atribuídos a um dos padrões.
NOTA 7 A ILAC1) considera que os elementos necessários para confirmar a rastreabilidade metrológica são uma
cadeia de rastreabilidade ininterrupta a um padrão internacional ou a um padrão nacional, uma incerteza de
medição documentada, um procedimento de medição documentado, uma competência técnica reconhecida, a
rastreabilidade metrológica ao SI e os intervalos entre calibrações (ver ILAC P-10:2002).
3.16
incerteza de medição
Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos a um mensurando, com
base nas informações utilizadas.
NOTA 1 A incerteza de medição compreende componentes provenientes de efeitos sistemáticos, tais como
componentes associadas a correções e valores atribuídos a padrões, assim como a incerteza definicional.
Algumas vezes não são corrigidos efeitos sistemáticos estimados; em vez disso são incorporadas componentes
de incerteza de medição associadas.
NOTA 2 O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão denominado incerteza padrão (ou um de seus
múltiplos) ou a metade de um intervalo tendo uma probabilidade de abrangência determinada.
___________________________________
¹) International Laboratory Accreditation Cooperation.
NOTA 3 A incerteza de medição geralmente engloba muitas componentes. Algumas delas podem ser estimadas
por uma avaliação do Tipo A da incerteza de medição, a partir da distribuição estatística dos valores provenientes
de séries de medições e podem ser caracterizadas por desvios-padrão. As outras componentes, as quais podem
ser estimadas por uma avaliação do Tipo B da incerteza de medição, podem também ser caracterizadas por
desvios padrão estimados a partir de funções de densidade de probabilidade baseadas na experiência ou em
outras informações.
NOTA 4 Geralmente para um dado conjunto de informações, subentende-se que a incerteza de medição está
associada a um determinado valor atribuído ao mensurando. Uma modificação deste valor resulta numa
modificação da incerteza associada. [Guia ISO/IEC 99:2007, definição 2.26].
4 Requisitos técnicos
4.1 Generalidades
O desenvolvimento e a operação dos programas de ensaio de proficiência devem ser conduzidos por
provedores de ensaio de proficiência que tenham competência para realizar comparações
interlaboratoriais e acesso ao conhecimento especializado para o tipo específico de itens de ensaio de
proficiência. Os provedores de ensaio de proficiência ou seus subcontratados devem também ter
competência na medição das propriedades a serem determinadas.
NOTA A ABNT NBR ISO/IEC 17025 ou ABNT NM ISO 15189 podem ser utilizadas para demonstrar a
competência do laboratório do provedor de ensaio de proficiência, ou do laboratório subcontratado para realizar
ensaios ou medições relacionadas aos programas de ensaio de proficiência.
O ABNT ISO Guia 34 pode ser utilizado para demonstrar a competência dos produtores de materiais de
referência que provêem itens de ensaio de proficiência.
4.2 Pessoal
4.2.1 O provedor de ensaio de proficiência deve ter pessoal gerencial e técnico com a autoridade e os
recursos necessários e competência técnica requerida para desempenhar suas atribuições.
4.2.2 A direção do provedor de ensaio de proficiência deve definir os níveis mínimos de qualificação e
experiência necessários para as funções-chave dentro de sua organização e assegurar que estas
qualificações sejam atendidas.
4.2.3 O provedor de ensaio de proficiência deve utilizar pessoal que seja empregado ou contratado
por ele. Quando for utilizado pessoal técnico ou pessoal-chave de apoio, adicional ou contratado, o
provedor de ensaio de proficiência deve assegurar que estes sejam supervisionados e competentes e
que trabalhem de acordo com o sistema de gestão.
NOTA Quando são utilizados técnicos especialistas ad-hoc ou como parte de um grupo consultivo ou coordenador
(ver 4.4.1.4), a existência de acordos formais através de, por exemplo, termos de referência do grupo ou outros
meios, podem ser considerados como satisfazendo a este requisito.
O provedor de ensaio de proficiência deve ter uma política e procedimentos para identificar as
necessidades de treinamento e proporcioná-las ao pessoal. O programa de treinamento deve ser
adequado às necessidades presentes e futuras do provedor de ensaio de proficiência.
4.2.7 O provedor de ensaio de proficiência deve assegurar que a equipe receba treinamento
necessário para garantir o desempenho competente de medições, operação de equipamentos e
quaisquer outras atividades que afetem a qualidade do programa de ensaio de proficiência. Deve ser
avaliada a eficácia das atividades de treinamento.
NOTA Medidas objetivas podem ser utilizadas para avaliar a manutenção da competência.
4.3.1 O provedor de ensaio de proficiência deve assegurar que existam acomodações apropriadas
para a operação do programa de ensaio de proficiência. Isso inclui instalações e equipamentos
destinados à fabricação, manuseio, calibração, ensaio, armazenamento e expedição, para
processamento de dados, comunicações e para recuperação de materiais e registros.
4.3.2 O provedor de ensaio de proficiência deve assegurar que as condições ambientais não
comprometam o programa de ensaio de proficiência ou a qualidade requerida das operações. Um
cuidado especial deve ser tomado quando operações são realizadas em locais fora das instalações
4.3.3 O acesso e o uso de áreas que afetem a qualidade dos programas de ensaio de proficiência
devem ser controlados.
4.3.4 O provedor do ensaio de proficiência deve identificar as condições ambientais que possam
influenciar significativamente na qualidade dos itens de ensaio de proficiência e em qualquer ensaio e
calibração realizados, incluindo as condições requeridas em especificações relevantes e procedimentos
de medição. O provedor de ensaio de proficiência deve controlar e monitorar estas condições, e deve
registrar todas as atividades de monitoramento relevantes. Atividades relevantes do ensaio de
proficiência devem ser interrompidas quando as condições ambientais comprometerem a qualidade ou
as operações do programa de ensaio de proficiência.
NOTA As condições podem incluir, por exemplo, esterilidade biológica, poeira, distúrbios eletromagnéticos,
radiação, umidade, alimentação elétrica, temperatura, e níveis de som e vibrações, conforme apropriado às
atividades técnicas em questão.
4.3.5 Deve existir separação efetiva entre áreas vizinhas nas quais existam atividades incompatíveis.
Devem ser tomadas medidas para prevenir contaminação cruzada.
4.4.1 Planejamento
4.4.1.1 O provedor de ensaio de proficiência deve identificar e planejar os processos que afetem
diretamente a qualidade do programa de ensaio de proficiência e deve assegurar que eles sejam
realizados de acordo com os procedimentos estabelecidos.
NOTA Os interesses das partes podem ser considerados no desenvolvimento de um plano e informações
relevantes.
4.4.1.3 O provedor do ensaio de proficiência deve documentar um plano antes do início do programa de
ensaio de proficiência que aborde os objetivos, finalidade e projeto básico do programa de ensaio de
proficiência, incluindo as informações a seguir e, onde apropriado, razões para sua seleção ou
exclusão:
g) uma descrição da faixa de valores ou características, ou ambos, que podem ser esperados para os
itens de ensaio de proficiência;
i) requisitos para produção, controle da qualidade, armazenamento e distribuição dos itens de ensaio
de proficiência;
k) uma descrição das informações a serem fornecidas aos participantes e o cronograma para as
diversas fases do programa de ensaio de proficiência;
l) para programas de ensaio de proficiência contínuos, a freqüência ou datas nas quais os itens de
ensaio de proficiência são distribuídos aos participantes, os prazos finais para o retorno de
resultados pelos participantes e, onde apropriado, as datas nas quais o ensaio ou medição devem
ser realizados pelos participantes;
s) uma descrição dos dados, relatórios preliminares ou informações a serem retornadas aos
participantes;
t) uma descrição da extensão na qual os resultados dos dos participantes e as conclusões serão
tornados públicos, baseados nos resultados dos ensaios de proficiência; e,
u) ações a serem tomadas em caso de perda ou dano dos itens de ensaio de proficiência.
4.4.1.4 O provedor do ensaio de proficiência deve ter acesso à especialização técnica necessária e
experiência no campo pertinente de ensaio, calibração, amostragem ou inspeção, assim como
estatística. Isto deve ser alcançado, se necessário, por meio da criação de um grupo consultivo
(nomeado conforme o caso).
4.4.1.5 A especialização técnica deve ser utilizada, conforme apropriado, para determinar questões tais
como as seguintes:
NOTA É recomendável que o provedor do ensaio de proficiência considere a preparação de número suficiente de
itens de ensaio de proficiência, a fim de possibilitar a substituição de quaisquer itens de ensaio de proficiência que
sejam perdidos ou danificados durante a distribuição, ou que se destinem a uso após avaliação dos resultados do
programa de ensaio de proficiência. Tais usos podem incluir auxílio ao treinamento para os participantes ou
utilização como um material de referência.
Os procedimentos devem assegurar que os materiais utilizados para produzir itens de ensaio de
proficiência sejam obtidos de acordo com regulamentos e requisitos éticos relevantes.
4.4.2.4 Nos programas de ensaios de proficiência que requerem que os participantes submetam ao
provedor itens de ensaio de proficiência preparados ou manipulados ou ambos por eles, o provedor
deve fornecer instruções para preparação, embalagem e transporte do item de ensaio de proficiência.
4.4.3.1 Critérios para homogeneidade e estabilidade adequados devem ser estabelecidos e baseados
no efeito que a não homogeneidade e a instabilidade terão na avaliação do desempenho dos
participantes.
NOTA 1 Os requisitos nesta subcláusula estão destinados a assegurar que todos os participantes recebam itens
de ensaio de proficiência comparáveis, e que estes itens permaneçam estáveis durante o ensaio de proficiência.
Para tal, são necessários planejamento, fabricação e transporte cuidadosos dos itens e, em geral, é necessário
realizar ensaio para esta confirmação.
NOTA 2 Em alguns casos, não é viável que itens de ensaio de proficiência sejam submetidos a ensaios de
homogeneidade e estabilidade. Tais casos podem incluir, por exemplo, quando o material disponível para preparar
os itens de ensaio de proficiência é limitado.
NOTA 3 Em alguns casos, os melhores materiais disponíveis não são suficientemente homogêneos ou estáveis,
entretanto podem ainda ser úteis como itens de ensaio de proficiência se consideradas as incertezas dos valores
designados ou na avaliação dos resultados (ver B.3.1.3 e ISO 13528:2005, Anexo B).
NOTA 4 Considerações sobre homogeneidade e estabilidade são discutidas com mais detalhes no ABNT ISO
Guia 34, ISO Guia 35 e ISO 13528.
NOTA Em alguns casos é mais apropriado uma seleção sistemática ou aleatória estratificada do lote total dos
itens de ensaio de proficiência.
4.4.3.3 Normalmente, a avaliação da homogeneidade deve ser realizada após a embalagem na forma
final dos itens de ensaio de proficiência e antes da distribuição aos participantes, a menos que, por
exemplo, estudos de estabilidade indiquem que eles devam ser armazenados a granel.
NOTA 1 A homogeneidade pode ser demonstrada antes da embalagem quando não for esperada nenhuma
influência desta.
NOTA 2 Em algumas ocasiões, o ensaio de homogeneidade não pode ser realizado antes da distribuição por
razões práticas, técnicas ou logísticas.
4.4.3.4 Os itens de ensaio de proficiência devem ser demonstrados como sendo suficientemente
estáveis para assegurar que estes não sofrerão qualquer alteração significante durante a realização do
ensaio de proficiência, incluindo condições de armazenamento e transporte. Quando isto não for
possível, a estabilidade deve ser quantificada e considerada como um componente adicional da
incerteza de medição associada ao valor designado do item de ensaio de proficiência, e/ou levada em
consideração nos critérios de avaliação.
4.4.3.5 Quando os itens de ensaio de proficiência das rodadas anteriores forem retidos para uso futuro,
os valores da propriedade a serem determinados no programa de ensaio de proficiência devem ser
confirmados pelo provedor de ensaio de proficiência antes da distribuição.
4.4.3.6 Quando não for viável o ensaio de homogeneidade e estabilidade, o provedor de ensaio de
proficiência deve demonstrar que os procedimentos utilizados para coleta, produção, embalagem e
distribuição dos itens de ensaio de proficiência são suficientes para o propósito do ensaio de
proficiência.
4.4.4.1 Os modelos estatísticos devem ser desenvolvidos para atender os objetivos do programa,
baseados na natureza dos dados (quantitativos ou qualitativos incluindo ordinais e nominais),
pressupostos estatísticos, a natureza dos erros e o número esperado de resultados (ver B.3.2.2).
NOTA 1 O modelo estatístico abrange o processo de planejamento, coleta, análise e relato dos dados do
programa de ensaio de proficiência. Os modelos estatísticos são freqüentemente baseados nos objetivos
estabelecidos do programa de ensaio de proficiência, tal como detecção de certos tipos de erros com potência
especificada ou determinação de valores designados com incerteza de medição especificada.
NOTA 2 Métodos de análise de dados podem variar desde os mais simples (por exemplo, estatísticas descritivas)
aos complexos, utilizando modelos estatísticos com pressupostos probabilísticos ou combinações de resultados
para diferentes itens de ensaio de proficiência.
NOTA 3 Nos casos em que uma dada especificação (de um cliente, autoridade regulatória ou
organismo de acreditação, por exemplo) obrigue o uso de um projeto do programa de ensaio de
proficiência, o modelo estatístico e os métodos de análise dos dados podem ser obtidos diretamente da
especificação.
NOTA 4 Na ausência de informações confiáveis necessárias para elaborar um modelo estatístico, uma
comparação interlaboratorial preliminar pode ser utilizada.
h) quando apropriado, os objetivos a serem atendidos pelo modelo do programa e a frequência das
rodadas de ensaio de proficiência.
4.4.5.2 Os programas de ensaio de proficiência na área de calibração devem ter valores designados
com rastreabilidade metrológica, incluindo incerteza de medição.
4.4.5.3 Para programas de ensaio de proficiência em outras áreas que não calibração, a relevância, a
necessidade e a viabilidade da rastreabilidade metrológica e incerteza de medição associada ao valor
designado devem ser determinadas considerando os requisitos especificados dos participantes ou
outras partes interessadas, ou pelo modelo do programa de ensaio de proficiência.
NOTA A cadeia de rastreabilidade metrológica requerida pode diferir dependendo do tipo de item de ensaio de
proficiência, do mensurando ou característica e da disponibilidade de calibrações rastreáveis e de materiais de
referência.
4.4.5.4 Quando um valor de consenso for utilizado como valor designado (ver Anexo B), o provedor de
ensaio de proficiência deve documentar a razão para aquela seleção e deve estimar a incerteza do
valor designado como descrito no plano do programa de ensaio de proficiência.
4.4.5.5 O provedor de ensaio de proficiência deve ter uma política em relação à divulgação dos valores
designados.
A política deve assegurar que os participantes não possam obter vantagem a partir de uma divulgação
antecipada.
4.5.2 Quando os participantes são autorizados a usar um método de sua escolha, o provedor de
ensaio de proficiência deve:
a) ter uma política e seguir um procedimento contemplando a comparação de resultados obtidos por
diferentes métodos de medição ou ensaio.
b) estar ciente de quais diferentes métodos de medição ou de ensaio são tecnicamente equivalentes
para qualquer mensurando e definir etapas para avaliar os resultados dos participantes de acordo
com estes métodos.
4.6.1.1 O provedor de ensaio de proficiência deve notificar os participantes com antecedência suficiente
ao envio dos itens de ensaio de proficiência, informando a data provável de chegada ou de envio dos
itens de ensaio de proficiência a menos que o modelo do programa de ensaio de proficiência torne esta
ação inapropriada.
a) a necessidade de tratar os itens de ensaio de proficiência da mesma forma que a maioria das
amostras ensaiadas rotineiramente (salvo se houver exigências específicas do programa de ensaio
de proficiência que demandem desvio deste princípio);
b) detalhes sobre fatores que possam influenciar o ensaio ou calibração dos itens de ensaio de
proficiência, como por exemplo, a natureza dos itens de ensaio de proficiência, condições de
armazenamento, se o programa de ensaio de proficiência é limitado a métodos de ensaio
selecionados e ao prazo para realização do ensaio ou medição;
d) quaisquer instruções apropriadas sobre o manuseio dos itens de ensaio de proficiência, incluindo
quaisquer requisitos de segurança;
NOTA Geralmente, esta instrução inclui parâmetros tais como as unidades de medição, o número de algarismos
significativos ou casas decimais e forma de expressão do resultado (ex. em base seca, ou “como recebido”).
g) a data final de recebimento dos resultados do ensaio de proficiência ou medições para análise dos
dados pelo provedor;
4.6.2.1 O provedor de ensaio de proficiência deve assegurar que os itens de ensaio de proficiência
estejam apropriadamente identificados e segregados e que não sejam contaminados ou degradados,
desde a preparação até sua distribuição aos participantes.
Devem ser definidos procedimentos apropriados para autorização de envio e recebimento para tais
áreas.
4.6.2.3 Quando apropriado, a condição de itens de ensaio de proficiência, produtos químicos e materiais
armazenados ou estocados deve ser avaliada em intervalos específicos durante seu tempo de
armazenamento para detectar possível deterioração.
4.6.2.4 Quando forem usados itens de ensaio de proficiência, produtos químicos e materiais
potencialmente perigosos, devem estar disponíveis instalações adequadas para garantir seu manuseio,
descontaminação e disposição seguros.
NOTA A distribuição adequada de itens de ensaio de proficiência pode apresentar problemas severos para alguns
tipos de material, ex. aqueles que exigem armazenamento ininterrupto em condições frias ou que convém não
serem expostos a raios-X, choque ou vibração.
A maioria dos tipos de materiais químicos pode ser beneficiada pela embalagem hermética, a fim de
evitar a contaminação atmosférica, ex. vapores de combustível ou gases de emissões de motores que
podem ser encontrados durante o transporte.
4.6.3.2 O provedor de ensaio de proficiência deve especificar as condições ambientais relevantes para
o transporte de itens de ensaio de proficiência. Quando relevante, o provedor de ensaio de proficiência
deve monitorar as condições ambientais pertinentes do item de ensaio de proficiência durante o
transporte e avaliar o impacto das influências ambientais sobre o mesmo.
4.6.3.3 Nos programas de ensaio de proficiência onde os participantes são requisitados a transportar os
itens de ensaio de proficiência a outros participantes, devem ser fornecidas instruções documentadas
para esse transporte.
4.6.3.4 O provedor de ensaio de proficiência deve assegurar que os rótulos estejam fixados
seguramente às embalagens dos itens individuais de ensaio de proficiência e que sejam projetados
para permanecerem legíveis e intactos durante toda a rodada do ensaio de proficiência.
4.6.3.5 O provedor de ensaio de proficiência deve seguir um procedimento que permita confirmar a
entrega dos itens de ensaio de proficiência.
NOTA Isto pode ser obtido de acordo com o item 4.6.1.1, solicitando aos participantes que informem ao provedor
se os itens de ensaio de proficiência não foram recebidos em conformidade com as datas programadas.
4.7.1.2 Os resultados recebidos dos participantes devem ser registrados e analisados por métodos
apropriados.
4.7.1.3 A análise de dados deve gerar o resumo estatístico, estatísticas de desempenho, e informações
associadas consistentes com o modelo estatístico do programa de ensaio de proficiência.
4.7.1.4 A influência de resultados discrepantes no resumo estatístico deve ser minimizada através do
uso de métodos estatísticos robustos ou testes estatísticos apropriados para detectar valores
discrepantes (outliers).
4.7.1.5 O provedor de ensaio de proficiência deve ter critérios e procedimentos documentados para
tratar os resultados de ensaio que possam ser inadequados para avaliação estatística. Por exemplo,
erros de cálculo, de transcrição e outros erros grosseiros.
4.7.1.6 O provedor de ensaio de proficiência deve ter critérios e procedimentos documentados para
identificar e gerenciar os itens de ensaio de proficiência que foram distribuídos e encontraram-se
subsequentemente inadequados para avaliação de desempenho. Por exemplo, devido a não
homogeneidade, instabilidade, dano ou contaminação.
4.7.2.1 O provedor de ensaio de proficiência deve utilizar métodos válidos de avaliação que estejam de
acordo com o propósito do programa de ensaio de proficiência. Os métodos devem ser documentados e
incluir uma descrição dos fundamentos para a avaliação. A avaliação de desempenho não deve ser
subcontratada (ver 5.5.2).
4.7.2.2 Quando apropriado para o propósito do programa de ensaio de proficiência, o provedor deve
fornecer comentários de especialistas sobre o desempenho de participantes, levando em consideração
o seguinte:
d) possíveis fontes de erro (com referência a resultados discrepantes) e sugestões para melhoria do
desempenho;
f) situações onde fatores incomuns impossibilitem a avaliação dos resultados e comentários sobre o
desempenho;
h) conclusões.
NOTA: Pode ser útil fornecer periodicamente resumos individuais para os participantes durante ou após conclusão
de um programa de ensaio de proficiência específico.
Esses podem incluir resumos atualizados de desempenho para participantes individuais em rodadas
sucessivas de ensaio de proficiência de um programa contínuo. Tais resumos podem ser analisados
posteriormente e as tendências destacadas, se necessário.
4.8 Relatórios
4.8.1 Os relatórios de ensaio de proficiência devem ser claros e abrangentes e devem incluir dados
relativos aos resultados de todos os participantes, junto com uma indicação dos desempenhos
individuais. A autorização do relatório final não deve ser subcontratada (ver 5.5.2).
NOTA Quando não puderem ser relatados todos os dados originais aos participantes, um sumário dos resultados
pode ser fornecido, por exemplo, na forma de tabela ou de gráfico.
4.8.2 Os relatórios devem incluir o seguinte, salvo se não for aplicável ou se o provedor de ensaio de
proficiência tiver razões válidas para não fazê-lo:
d) uma indicação de quais atividades foram subcontratadas pelo provedor de ensaio de proficiência;
i) uma descrição clara dos itens de ensaio utilizados no programa, incluindo detalhes sobre sua
preparação e a avaliação da homogeneidade e estabilidade;
o) valores designados e sumários estatísticos para métodos e procedimentos de ensaio utilizados por
cada grupo de participantes (se diferentes métodos forem utilizados por diferentes grupos de
participantes);
t) comentários ou recomendações com base nos resultados obtidos nas rodadas de ensaio de
proficiência.
NOTA Para programas contínuos de ensaio de proficiência pode ser suficiente um relatório simplificado, de
maneira que muitos itens desta seção poderiam ser excluídos dos relatórios de rotina, porém incluídos nos
protocolos dos programas ou nos relatórios periódicos resumidos que são disponibilizados aos participantes.
4.8.3 Os relatórios devem estar disponíveis aos participantes dentro dos prazos estabelecidos. Em
programas de ensaio de proficiência sequenciais onde, por exemplo, o tempo da rodada pode ser muito
longo e, em programas envolvendo materiais perecíveis, resultados preliminares ou antecipados podem
ser fornecidos antes dos resultados finais serem divulgados.
4.8.4 O provedor de ensaio de proficiência deve ter uma política para o uso de relatórios por
indivíduos e organizações.
4.8.5 Quando for necessário emitir um novo relatório ou uma emenda ao relatório do programa de
ensaio de proficiência, este deve incluir o seguinte:
d) acordos de confidencialidade; e
4.9.2 Os registros relevantes de comunicações com os participantes devem ser mantidos e retidos,
conforme apropriado
4.9.3 Devem existir procedimentos documentados para possibilitar aos participantes a apelação contra
a avaliação de seu desempenho no programa de ensaio de proficiência. A disponibilidade deste
processo deve ser comunicada aos participantes do programa de ensaio de proficiência.
4.10 Confidencialidade
4.10.1 A identidade dos participantes no programa de ensaio de proficiência deve ser confidencial e
apenas conhecida pelas pessoas envolvidas na operação do programa de ensaio de proficiência, salvo
se o participante renunciar à confidencialidade.
NOTA Os participantes podem optar por renunciar à confidencialidade dentro do programa de ensaio de
proficiência para efeitos de discussão e assistência mútua, ex. melhorar o desempenho. A confidencialidade pode
também ser renunciada pelo participante para fins de regulamentação ou reconhecimento. Na maioria dos casos,
os resultados do ensaio de proficiência podem ser fornecidos à autoridade competente pelos próprios
participantes.
4.10.3 Quando uma parte interessada requerer que os resultados do ensaio de proficiência sejam
diretamente fornecidos pelo provedor do ensaio de proficiência, os participantes devem ficar cientes do
acordo antes da participação.
4.10.4 Em circunstâncias excepcionais, quando uma autoridade reguladora requerer que os resultados
de ensaio de proficiência sejam diretamente fornecidos à autoridade pelo provedor do ensaio de
proficiência, os participantes afetados devem ser notificados por escrito desta ação.
5 Requisitos da direção
5.1 Organização
5.1.1 O provedor de ensaio de proficiência, ou a organização de qual faz parte, deve ser uma entidade
legalmente identificável e responsável.
5.1.3 O sistema de gestão deve cobrir os trabalhos realizados nas instalações permanentes do
provedor de ensaio de proficiência, em locais fora de suas instalações permanentes, e em instalações
associadas temporárias.
5.1.4 Se o provedor de ensaio de proficiência for parte de uma organização que realiza outras
atividades, o provedor de ensaio de proficiência deve identificar as responsabilidades do pessoal chave
da organização, que tenha um envolvimento ou influência nas atividades de ensaio de proficiência, de
modo a identificar potenciais conflitos de interesse. Onde potenciais conflitos de interesse forem
identificados, devem ser postos em prática procedimentos para assegurar que todas as atividades do
provedor de ensaio de proficiência sejam conduzidas com imparcialidade.
b) ter meios para assegurar que sua direção e o seu pessoal estejam livres de quaisquer pressões
indevidas, comerciais, financeiras e outras, internas ou externas, que possam afetar adversamente
a qualidade dos seus trabalhos.
c) ter políticas e procedimentos para assegurar a proteção das informações confidenciais e direitos de
propriedade dos seus participantes, incluindo os procedimentos para a proteção ao
armazenamento e a transmissão eletrônica dos resultados.
d) ter políticas e procedimentos para evitar envolvimento em quaisquer atividades que poderiam
diminuir a confiança na sua competência, imparcialidade, julgamento ou integridade operacional.
g) assegurar que o pessoal esteja ciente da relevância e da importância de suas atividades e de como
eles contribuem para o que sejam atingidos os objetivos do sistema de gestão;
h) prover supervisão adequada do pessoal técnico, inclusive daqueles em treinamento, por pessoas
familiarizadas com os procedimentos de cada atividade;
i) ter gerência técnica que tenha responsabilidade total pelas operações técnicas e pela provisão dos
recursos necessários para assegurar a qualidade requerida dos programas de ensaio de
proficiência, incluindo o acesso à especialização técnica requerida e à experiência em área
pertinente de ensaio, calibração ou inspeção, bem como estatística, conforme indicado em 4.4.1.4;
j) nomear um membro do seu quadro de pessoal como gerente da qualidade (qualquer que seja a
denominação) que, independentemente de outros deveres e responsabilidades, deve ter
responsabilidade e autoridade definidas para assegurar que o sistema de gestão relacionado à
qualidade seja implementado e seguido permanentemente; o gerente da qualidade deve ter acesso
direto ao mais alto nível gerencial onde são tomadas as decisões sobre as políticas ou recursos do
provedor de ensaio de proficiência; e,
NOTA Quando os provedores de ensaio de proficiência têm um número reduzido de pessoal, algumas pessoas
podem ter mais de uma função e pode ser impraticável designar substitutos para cada função.
5.1.6 A alta direção deve assegurar que os processos de adequados de comunicação sejam
estabelecidos dentro da organização e que haja comunicação a respeito da eficácia do sistema de
gestão.
5.2.2 O provedor de ensaio de proficiência deve definir e documentar suas políticas, programas,
procedimentos e instruções na medida necessária para assegurar a qualidade de todos os aspectos de
ensaio de proficiência. A documentação do sistema deve ser comunicada, compreendida, estar à
disposição e implementada pelo pessoal apropriado.
NOTA Estes aspectos incluem, mas não estão limitados, à qualidade do item de ensaio de proficiência (ex.
homogeneidade e estabilidade), caracterização (ex. calibração de equipamento e validação do método), atribuição
de valores de propriedade (ex. uso de procedimentos estatísticos apropriados), avaliação de desempenho do
participante, distribuição de itens de ensaio de proficiência, procedimentos de armazenamento e transporte,
tratamento estatístico de resultados de ensaio, e relatório.
d) um requisito de que todo pessoal envolvido nas atividades de ensaio de proficiência familiarize-se
com a documentação da qualidade e implemente as políticas e os procedimentos nos seus
trabalhos; e
5.2.4 A alta direção deve fornecer evidência do seu comprometimento com o desenvolvimento e
implementação do sistema de gestão e também com a melhoria contínua de sua eficácia.
5.2.5 A alta direção deve comunicar à organização a importância de atender aos requisitos do cliente,
assim como aos requisitos estatutários e regulamentares.
5.2.6 O manual de qualidade deve incluir ou fazer referência aos procedimentos complementares,
incluindo procedimentos técnicos. Ele deve descrever a estrutura da documentação usada no sistema
de gestão.
5.2.8 A alta direção deve assegurar que a integridade do sistema de gestão seja mantida quando são
planejadas e implementadas mudanças no sistema de gestão.
5.3.1 Generalidades
O provedor de ensaio de proficiência deve estabelecer e manter procedimentos para controlar todos os
documentos que fazem parte de seu sistema de gestão (gerados internamente ou obtidos de fontes
externas) tais como regulamentos, normas, outros documentos normativos, protocolos de programa de
ensaio de proficiência, métodos de ensaio e/ou calibração, assim como desenhos, especificações de
software, instruções e manuais.
5.3.2.1 Todos os documentos emitidos como parte do sistema de gestão devem ser analisados
criticamente e aprovados para uso por pessoal autorizado antes de serem emitidos.
Uma lista mestra ou um procedimento equivalente para o controle de documentos que identifique a
situação da revisão atual e a distribuição dos documentos do sistema de gestão deve ser estabelecida e
estar prontamente disponível, para evitar o uso de documentos inválidos e/ou obsoletos.
5.3.2.2 Os procedimentos adotados devem também assegurar que:
a) edições autorizadas dos documentos apropriados estejam disponíveis em todos os locais onde
sejam realizadas as atividades ou operações essenciais para o efetivo funcionamento dos
programas de ensaio de proficiência;
c) documentos inválidos e/ou obsoletos sejam prontamente removidos de todos os pontos de emissão
ou uso, ou de qualquer outra forma seja impedido o seu uso não intencional; e
d) documentos obsoletos retidos por motivos legais e/ou para preservação de conhecimento sejam
adequadamente identificados.
5.3.2.3 Documentos de sistema de gestão gerados pelo provedor de ensaio de proficiência devem ser
univocamente identificados. Esta identificação deve incluir a data da emissão e/ou identificação de
revisão, paginação, o número total de páginas ou uma marca que identificando o final de um
documento, e a(s) autoridade(s) emitente(s).
5.3.3.1 As alterações nos documentos devem ser analisadas criticamente e aprovadas pela mesma
função que realizou a análise crítica e aprovação originais, salvo prescrição em contrário. O pessoal
designado deve ter acesso à informação prévia pertinente para subsidiar sua análise crítica e
aprovação.
5.3.3.2 Onde praticável, o texto alterado ou o novo texto deve ser identificado no documento ou em
anexos apropriados.
5.3.3.4 Devem ser estabelecidos procedimentos para descrever como são realizadas e controladas as
alterações nos documentos mantidos em sistemas computadorizados.
5.4.1 O provedor de ensaio de proficiência deve estabelecer e manter políticas e procedimentos para
análise crítica dos pedidos, propostas e contratos. Essas análises críticas devem garantir que:
b) o provedor de ensaio de proficiência tenha capacidade e recursos para atender aos requisitos; e
NOTA 1 Esta análise crítica é particularmente importante quando um cliente solicita que um programa de ensaio
de proficiência seja criado para um propósito específico ou para um nível ou frequência de participação diferente
daquele normalmente ofertado.
NOTA 2 Esta análise pode ser simplificada quando o programa de ensaio de proficiência for completamente
descrito em um catálogo ou outra instrução, e o participante se inscrever para uma rodada de rotina.
5.4.2 Devem ser mantidos registros das análises críticas, incluindo quaisquer modificações. Devem
também ser mantidos registros de discussões pertinentes com o cliente relacionados aos seus
requisitos ou aos resultados do trabalho durante o período de execução do contrato, ou ambos.
5.4.3 A análise crítica deve cobrir todos os aspectos do pedido, incluindo qualquer trabalho
subcontratado pelo provedor de ensaio de proficiência.
5.4.5 Se um pedido ou contrato for modificado após o programa de ensaio de proficiência estar em
andamento, o mesmo processo de análise crítica deve ser repetido e quaisquer emendas devem ser
comunicadas a todo pessoal afetado.
5.5.1 Quando um provedor de ensaio de proficiência subcontrata trabalhos, deve demonstrar que a
experiência e a competência técnica do subcontratado são suficientes para a execução das atividades
designadas e que estão em conformidade com os requisitos pertinentes desta Norma e de outras
apropriadas.
NOTA Isto não impede que o provedor do ensaio de proficiência utilize consultoria ou assistência de quaisquer
assessores, especialistas ou grupo consultivo.
5.5.3 O provedor de ensaio de proficiência deve informar aos participantes, com antecedência e por
escrito, os serviços que são, ou possam ser, subcontratados.
NOTA Esta notificação pode ser feita na forma de declaração na documentação do programa de ensaio de
proficiência, como por exemplo: “Vários aspectos do programa de ensaio de proficiência podem ser
eventualmente subcontratados. Quando ocorre uma subcontratação, ela é estabelecida com um subcontratado
competente e o provedor do ensaio de proficiência é responsável por esse serviço.”
5.5.4 O provedor de ensaio de proficiência deve ser responsável perante os participantes e outros
clientes pelo trabalho subcontratado, exceto no caso em que uma autoridade regulamentadora
especificar o subcontratado a ser utilizado.
5.6.1 O provedor de ensaio de proficiência deve ter uma política e procedimento(s) para a seleção de
serviços e suprimentos utilizados e que afetem a qualidade de seus programas de ensaio de
proficiência. Devem existir procedimentos para a compra, recebimento e armazenamento de reagentes,
itens de ensaio de proficiência, materiais de referência e outros materiais de consumo que sejam
importantes para os programas de ensaio de proficiência.
5.6.3 Os documentos de aquisição dos itens que afetam a qualidade dos programas de ensaio de
proficiência devem conter dados que descrevam os serviços e suprimentos solicitados. Estes
documentos devem ter seu conteúdo técnico analisado criticamente e aprovados antes da liberação.
NOTA Entende-se que alguns provedores de ensaio de proficiência podem ser requisitados a implementar seus
procedimentos de aquisição de acordo com as políticas definidas pela suas coligadas ou pela organização
principal.
5.7.1 O provedor de ensaio de proficiência deve estar disposto a cooperar com os participantes e
outros clientes, para esclarecimento o pedido do cliente e monitorar o desempenho do provedor de
ensaio de proficiência em relação ao trabalho realizado, desde que o provedor fornecedor de ensaio de
proficiência assegure a confidencialidade em relação aos seus participantes.
5.7.2 O provedor de ensaio de proficiência deve procurar realimentação, tanto positiva quanto
negativa, de seus clientes.
A realimentação deve ser usada e analisada para aprimorar o sistema de gestão, os programas de
ensaio de proficiência e o atendimento ao cliente.
NOTA Exemplos de tipos de realimentação incluem pesquisas de satisfação e análises críticas de relatórios de
ensaio de proficiência com os clientes.
O provedor de ensaio de proficiência deve ter uma política e seguir um procedimento para solucionar as
reclamações e apelações recebidas dos participantes, clientes ou de outras partes. Devem ser mantidos
registros de todas as reclamações, das apelações, das investigações e ações corretivas implementadas
pelo provedor de ensaio de proficiência.
5.9.1 O provedor de ensaio de proficiência deve ter uma política e procedimento(s) que devem ser
implementados quando qualquer aspecto de suas atividades não estiver em conformidade com seus
próprios procedimentos ou com os requisitos acordados com os seus clientes.
c) seja tomada imediatamente uma decisão sobre a necessidade de ação e definição de prazos, junto
com qualquer decisão sobre a aceitação do trabalho não-conforme;
NOTA - A identificação de trabalho não conforme ou de problemas, tanto com o sistema de gestão quanto com as
atividades técnicas podem ocorrer em vários pontos no sistema de gestão e nas operações técnicas. Por exemplo:
reclamações de participantes, análises críticas pela direção, auditorias internas ou externas, controle de qualidade,
preparações de itens de ensaio de proficiência, ensaios de homogeneidade e estabilidade, análise de dados,
instruções para os participantes, e manuseio e armazenamento de materiais.
5.9.2 Onde a avaliação indicar que o trabalho não conforme pode se repetir ou que existe dúvida
sobre a conformidade das operações do provedor do ensaio de proficiência ou subcontratado com suas
próprias políticas e procedimentos, o procedimento de ação corretiva dado em 5.11 deve ser
imediatamente seguido.
5.10 Melhoria
5.11.1 Generalidades
O provedor do ensaio de proficiência deve estabelecer uma política e procedimento(s) e deve designar
pessoal apropriado para implementar ações corretivas quando for(em) identificado(s) trabalho(s) não-
conforme(s), ou desvios das políticas e procedimentos no sistema de gestão ou nas operações
técnicas.
O procedimento para ação corretiva deve iniciar com uma investigação para determinação da(s)
causa(s) raiz do problema.
NOTA: A análise da causa é a chave e, algumas vezes, a parte mais difícil no procedimento de ação corretiva.
Frequentemente a causa raiz não é óbvia e, portanto, é necessária uma análise cuidadosa de todas as causas
potenciais do problema. As causas potenciais podem incluir requisitos do cliente, itens de ensaio de proficiência e
suas especificações, métodos e procedimentos, habilidades e treinamento do pessoal, materiais de consumo,
preparação dos itens de ensaio de proficiência, testes de homogeneidade e estabilidade, modelo estatístico,
instruções para participantes, e manuseio e armazenamento de itens.
5.11.3.1 Onde for necessária uma ação corretiva, o provedor do ensaio de proficiência deve identificar
as potenciais ações corretivas. Ele deve selecionar e implementar a(s) ação(ões) que seja(m) mais
provável(is) para eliminar o problema e prevenir sua reincidência.
5.11.3.2 Ações corretivas devem ser de um grau apropriado à magnitude e ao risco do problema.
O provedor do ensaio de proficiência deve monitorar os resultados para garantir que as ações corretivas
tomadas sejam eficazes.
NOTA: Essas auditorias adicionais são frequentemente feitas após a implementação das ações corretivas, para
confirmar sua eficácia. Quando for identificado um sério risco ao programa de ensaio de proficiência pode ser
necessária uma auditoria adicional
5.12.1 Devem ser identificadas as melhorias necessárias e potenciais fontes de trabalho não-conforme,
sejam técnicas ou referentes ao sistema de gestão. Quando forem identificadas oportunidades de
melhoria ou se forem requeridas ações preventivas, devem ser desenvolvidos, implementados e
monitorados planos de ação, para reduzir a probabilidade de ocorrência de tais trabalhos não-
conformes e para aproveitar as oportunidades de melhoria.
5.12.2 Os procedimentos para ações preventivas devem incluir o inicio de tais ações e a aplicação de
controles para garantir que elas sejam eficazes.
5.13.1 Generalidades
5.13.1.2 Todos os registros devem ser legíveis e devem ser armazenados e de tal preservados de tal
forma que possam ser prontamente recuperados, em instalações que ofereçam ambiente adequado de
forma a prevenir danos, deterioração ou perda. O tempo de retenção dos registros deve ser
estabelecido.
NOTA Os registros podem estar em quaisquer meios, tais como em papel ou meio eletrônico.
5.13.1.3 Todos os registros devem ser mantidos seguros e com confidencialidade, e de acordo com os
requisitos regulamentares aplicáveis.
5.13.1.4 O provedor de ensaios de proficiência deve ter procedimentos para proteger e fazer cópias de
segurança dos registros armazenados eletronicamente e prevenir o acesso ou emendas não
autorizados nesses registros.
5.13.2.1 O provedor de ensaios de proficiência deve preservar os registros de todos os dados técnicos
relacionados com cada rodada do ensaio de proficiência, por um período definido, incluindo, mas não
necessariamente limitado a:
NOTA 1 Convém manter informações suficientes para estabelecer uma linha de auditoria sobre o processamento
dos resultados das rodadas do ensaio de proficiência.
NOTA 2 Registros técnicos são acumulação de dados e informações que resultam da realização de todas as
atividades de ensaio de proficiência. Eles podem incluir formulários, contratos, folhas de trabalho, livros de
trabalho, folhas de conferência, notas de trabalho, relatórios de subcontratado e realimentação de participantes.
5.13.2.2 Entrada de dados, verificação e cálculos devem ser registrados no momento em que são
realizados e devem ser identificáveis à tarefa específica e ao pessoal responsável.
5.13.2.3 Quando ocorrem erros nos registros e forem feitas alterações, devem ser tomadas ações para:
NOTA Convém que o programa para auditoria interna do sistema de gestão seja completado a cada 12 meses.
5.14.2 Quando as constatações da auditoria lançarem dúvidas quanto à eficácia das operações,
incluindo a adequação e a correção de itens de ensaio de proficiência, procedimentos, avaliações
estatísticas e apresentação de dados, o provedor do ensaio de proficiência deve tomar ações corretivas
em tempo hábil e deve notificar aos seus clientes e/ou participantes sobre aquelas atividades dos
programas de ensaio de proficiência que podem ter sido afetadas.
5.14.3 Devem ser registradas a área de atividade auditada, as constatações da auditoria e as ações
corretivas dela decorrentes.
h) reclamações e apelações
NOTA 1 Um período típico para realização de uma análise crítica pela direção é de uma vez a cada 12 meses.
NOTA 2 Os resultados podem realimentar o sistema de planejamento do provedor de ensaio de proficiência e
incluir objetivos e planos de ação.
NOTA 3 Uma análise crítica pela direção inclui a consideração de assuntos a ela relacionados nas reuniões
regulares da direção.
NOTA 4 No caso do provedor de ensaio de proficiência ser parte de uma organização maior, pode ser apropriado
realizar uma reunião de análise crítica separada para cobrir as atividades de ensaio de proficiência.
5.15.2 As constatações das análises críticas pela direção e as ações delas decorrentes devem ser
registradas. A direção deve garantir que essas ações sejam executadas dentro de um prazo adequado
e combinado.
Anexo A
(informativo)
Tipos de programas de ensaio de proficiência
A.1 Generalidades
Ensaio de proficiência tornou-se um aspecto essencial de práticas de laboratório em todas as áreas de
ensaio, calibração e inspeção. Os programas de ensaio de proficiência variam de acordo com as
necessidades do setor em que eles são utilizados, a natureza dos itens de ensaio de proficiência, os
métodos em uso e o número de participantes. Entretanto, em sua forma mais simples, a maioria dos
programas de ensaio de proficiência possui a característica comum de comparação de resultados
obtidos por um laboratório com aqueles obtidos por um ou mais diferentes laboratórios.
— Os resultados de uma medição quantitativa são numéricos e são relatados em um intervalo ou uma
escala de razão. Ensaios por medição quantitativa podem variar em sua precisão, veracidade,
sensibilidade analítica, e especificidade.
— Os resultados de ensaios qualitativos são descritivos e relatados em uma escala nominal ou ordinal,
Por ex.,identificação de microrganismos, ou por identificação da presença de um mensurando
específico (tal como droga ou graduação/classificação de uma característica). A avaliação de
desempenho por análise estatística pode não ser apropriada para exames qualitativos.
— Em ensaios interpretativos, o “item de ensaio de proficiência” é um resultado de ensaio (por ex. uma
declaração de morfologia descritiva), um conjunto de dados (por ex. para determinar uma curva de
calibração) ou outro conjunto de informações (por ex. um estudo de caso), relativo à competência do
participante na interpretação do resultado.
Outros programas de ensaio de proficiência têm características adicionais que dependem de seus
objetivos, conforme apresentado no item 3.7, Nota 1, a) a h). Algumas aplicações comuns daqueles
tipos de ensaio de proficiência são discutidas abaixo e ilustradas na Figura A.1. Estes programas
podem ser realizados em uma única rodada ou de forma continua, em intervalos regulares.
b) Os resultados de medições individuais são comparados com o valor designado estabelecido pelo
laboratório de referência. Convém que o coordenador considere a incerteza de medição declarada
de cada participante ou o nível de especialização declarado. Pode ser difícil comparar resultados
com base em um grupo, pois pode haver relativamente poucos participantes que tenham
capacidades de medição próximas.
c) Programas envolvendo participação sequencial demandam algum tempo (em alguns casos, anos)
para serem concluídos. Isto causa várias dificuldades tais como:
— o monitoramento rigoroso da circulação entre participantes e o tempo permitido para a medição pelos
participantes individuais, e
d) Itens de ensaio de proficiência (artefatos de medição) utilizados neste tipo de ensaio de proficiência
podem incluir, por exemplo, padrões de referência de medição (ex. Resistores, micrômetros e
contadores de frequência) ou, em programas médicos, lâminas de histologia com diagnóstico
confirmado.
e) Programas que seguem este modelo mas que são limitados a situações onde um único participante
é independentemente avaliado são frequentemente chamados de “auditorias de medição”.
f) Em algumas situações, o valor designado para um item de ensaio de proficiência pode ser
determinado por consenso, após todos participantes (ou em algumas situações, um subconjunto de
participantes) terem finalizado a comparação de medição.
disponibilizado aos participantes pelo provedor do ensaio de proficiência com o objetivo de promover
melhoria do desempenho. O Modelo 2 na Figura A.1 apresenta programas de ensaio de proficiência
deste tipo, geralmente para laboratórios de ensaio. O Modelo 3 apresenta um tipo de programa que é
frequentemente utilizado com programas de ensaio de proficiência simultâneos, para supervisão ou fins
educativos.
Conforme discutido no Anexo B, os valores designados para estes programas de ensaio de proficiência
podem ser determinados por várias formas. Entretanto, as avaliações de desempenho são baseadas
nos valores de consenso dos participantes (todos participantes, ou um subgrupo de “especialistas”), ou
nos valores designados determinados independentemente.
Programas de valor conhecido utilizam valores designados que são determinados independentemente
dos participantes e envolvem preparação de itens de ensaio de proficiência com um número conhecido
de mensurandos ou características. Materiais de referência certificados podem também ser utilizados
nestes programas, assim como seu valor certificado e sua incerteza de medição podem ser utilizados
diretamente. Uma comparação direta pode também ser feita entre um item de ensaio de proficiência e
um material de referência certificado sob condições de repetitividade.
Entretanto, convém que seja assegurado que o material de referência certificado seja comparável o
mais próximo possível com um item de ensaio de proficiência. Itens de ensaio de proficiência de
rodadas prévias podem ser utilizados neste tipo de programa, se o item tiver demonstrado estabilidade.
Uma aplicação especial de ensaio de proficiência, muitas vezes chamado de ensaio de proficiência
“cego”, é aquele que o item de ensaio de proficiência é indistinguível dos itens normais de clientes ou
amostras recebidas pelo laboratório. Este tipo de ensaio de proficiência pode ser difícil, uma vez que
requer coordenação com um cliente habitual do laboratório. Além disso, por causa da embalagem
original e necessidades de transporte, o processamento em lote geralmente não é viável e o ensaio de
homogeneidade é difícil.
Um modelo comum para ensaio de proficiência é o modelo de “níveis distintos”, quando níveis similares
(mas não idênticos) de medição são incluídos em dois itens separados de ensaio de proficiência. Este
modelo é utilizado para estimar a precisão do participante em um nível específico de uma medição.
Evita problemas associados a medições repetidas no mesmo item de ensaio de proficiência, ou a
inclusão de dois itens idênticos de ensaio de proficiência na mesma rodada.
Um tipo especial de modelo de ensaio de proficiência, que é frequentemente utilizado por clientes de
participantes e alguns organismos reguladores, é o modelo de “amostras divididas”.
NOTA Este modelo não deve ser confundido com o modelo de níveis distintos, apresentado em A.3.2.
Usos para este tipo de programa incluem identificar baixa exatidão e tendências, e verificar a eficácia de
ações corretivas. Este modelo pode ser utilizado para avaliar um ou ambos participantes como
fornecedores de serviços de ensaio, ou em casos onde há muito poucos participantes para avaliação
apropriada de resultados.
Nesses programas, um dos participantes pode ser considerado para operar em um nível metrológico
mais alto (ou seja, menor incerteza de medição), devido ao uso de metodologia de referência e
equipamentos mais avançados, etc., ou através da confirmação de seu próprio desempenho pela
participação satisfatória em um programa de comparação interlaboratorial reconhecido. Seus resultados
são considerados como valores designados em tais comparações, podendo atuar como um laboratório
consultor ou mentor para outros participantes, comparando os dados de amostras divididas com os
seus.
Tipos especiais de ensaio de proficiência envolvem a avaliação das habilidades dos participantes em
realizar partes do ensaio ou o processo total de medição. Por exemplo, alguns programas de ensaio de
proficiência avaliam as habilidades dos participantes em transformar e relatar um determinado conjunto
de dados (ao invés de realizar o ensaio ou medição reais), a fim de fazer interpretações baseadas em
um conjunto de dados ou itens de ensaio de proficiência, tais como distensões sanguíneas coradas
para diagnóstico, ou retirar e preparar amostras ou espécimes de acordo com uma especificação.
Uma característica típica de programas de AEQ é o caráter educacional aos participantes e promover
melhoria da qualidade. Orientação e comentários educacionais compreendem parte do relatório
disponibilizado aos participantes para alcançar este objetivo.
Participante(s) compar
Distribuir ao Distribuir os itens de Receber resultados Receber itens de tilham os resultados
primeiro participante ensaio aos e interpretações dos ensaio dos ou enviam ao
participantes participantes participantes coordenador artefatos
Receber dos
Determinar critérios Elaborar gráficos ou
Receber de volta o participantes os Determinar critérios
aceitáveis para outros meios de
item ou enviar ao resultados e aceitáveis para
respostas e comparar resultados no
próximo participante informações sobre os respostas
interpretações estudo atual ou prévio
métodos
a
Dependendo de como o valor designado for obtido, ele será determinado antes da distribuição dos
itens de ensaio de proficiência ou após o retorno dos resultados dos participantes.
Figura A.1 – Exemplos de tipos comuns de programas de ensaios de proficiência
Anexo B
(informativo)
B.1 Generalidades
Os resultados dos ensaios de proficiência podem aparecer de muitas formas, abrangendo uma ampla
faixa de tipos de dados e de distribuições estatísticas. Os métodos estatísticos utilizados para analisar
os resultados precisam ser apropriados para cada situação, e por isso são muito variados para serem
especificados nesta Norma. A ISO 13528 descreve métodos específicos preferidos para cada uma das
situações discutidas abaixo, mas também declara que outros métodos podem ser utilizados, contanto
que estes sejam estatisticamente válidos e sejam completamente descritos aos participantes. Alguns
dos métodos na ISO 13528, especialmente para ensaio de homogeneidade e estabilidade, estão
levemente modificados no Relatório Técnico da IUPAC . “O Protocolo Internacional Harmonizado para
ensaio de proficiência de laboratórios químicos analíticos” [18]. Estes documentos também apresentam
orientação sobre delineamento e análises visuais de dados. Outras referências podem ser consultadas
para tipos específicos de programas de ensaio de proficiência, por. exemplo, programas de comparação
de medição para calibração.
Os métodos discutidos neste anexo e nos documentos referenciados cobrem as etapas fundamentais
comuns a quase todos os programas de ensaio de proficiência, ou seja:
c) avaliação de desempenho;
Este anexo não considera métodos estatísticos para estudos analíticos que não sejam para o
tratamento de dados de ensaios de proficiência. Métodos diferentes podem ser necessários para
implementar outros usos dos dados de comparações interlaboratoriais, listados na Introdução.
__________________________
2) União Internacional de Química Pura e Aplicada.
a) valores conhecidos – com resultados determinados por formulação específica do item de ensaio de
proficiência (por. exemplo, manufatura ou diluição).
d) valores de consenso de participantes especialistas - convém que os especialistas (os quais podem,
em algumas situações, ser laboratórios de referência) tenham competência demonstrável na
determinação do(s) mensurando(s) sob ensaio, utilizando métodos validados conhecidos por serem
altamente exatos e precisos e comparáveis a métodos de uso geral.
B.2.2 Convém que valores designados sejam determinados para avaliar participantes de forma justa,
além de encorajar concordância entre ensaios ou métodos de medição. Isto é alcançado pela seleção
de grupos de comparação comuns e o uso de valores designados comuns, quando possível.
B.2.4 Métodos estatísticos para determinação do valor designado para dados qualitativos (também
chamados de valores “ordinais” ou “nominais”), ou valores semi-quantitativos (também chamados de
valores “ordinais”) não são discutidos na ISO 13528 ou no Protocolo Internacional Harmonizado da
IUPAC. Em geral, estes valores designados precisam ser determinados por julgamento de especialista
ou do fabricante. Em alguns casos, um provedor de ensaio de proficiência pode utilizar um valor de
consenso, conforme definido pela concordância de uma maioria de um percentual predeterminado das
respostas (p. ex. 80% ou mais). Entretanto, convém que o percentual utilizado seja determinado com
base nos objetivos do programa de ensaio de proficiência e no nível de competência e experiência dos
participantes.
B.2.5 Valores discrepantes (outliers) são tratados estatisticamente como descrito abaixo.
a) Convém que erros óbvios, tais como aqueles com unidades incorretas, erros de casas decimais e
resultados de um item de ensaio de proficiência diferente sejam removidos do conjunto de dados e
tratados separadamente. Convém que estes resultados não sejam submetidos a testes de valores
discrepantes (outliers) ou métodos estatísticos robustos.
b) Convém que, quando os resultados dos participantes forem utilizados para determinar os valores
designados, sejam empregados métodos estatísticos para minimizar a influência dos valores
discrepantes (outliers). Isto pode ser alcançado com métodos estatísticos robustos ou pela
remoção dos valores discrepantes (outliers) antes do cálculo. Em programas de ensaio de
proficiência maiores ou rotineiros, pode ser possível ter triagem automatizada de valores
discrepantes (outliers), se justificado por evidência objetiva de eficácia.
c) Convém que, se os resultados forem removidos como valores discrepantes (outliers), estes sejam
removidos somente para o cálculo do sumário estatístico.
Convém que estes resultados ainda sejam avaliados no programa de proficiência e seja dada a
avaliação apropriada de desempenho.
NOTA A ISO 13528 descreve um método robusto específico para determinação da média e desvio padrão de
consenso, sem a necessidade de remoção dos valores discrepantes (outliers).
b) Convém que o provedor do ensaio de proficiência tenha critérios para a aceitação de um valor
designado em termos de sua incerteza. Na Norma ISO 13528 e no Protocolo Internacional
Harmonizado da IUPAC, critérios são fornecidos com base na finalidade de limitar o efeito que a
incerteza no valor designado tem na avaliação, ou seja, os critérios limitam a probabilidade de ter
um participante recebendo uma avaliação inaceitável por causa da incerteza no valor designado.
B.3.1.3 Estatísticas comumente utilizadas para resultados quantitativos são relacionadas a seguir, em
ordem crescente do grau de transformação dos resultados dos participantes.
D = (x - X) (B.1)
onde
x é o resultado de participante;
X é o valor designado.
(B.2)
c) Os escores z são calculados usando a Equação (B.3):
(B.3)
d) O escore zeta, é calculado utilizando a Equação (B.4), cujo cálculo é muito semelhante ao número
En [ver e) abaixo], exceto que são utilizadas as incertezas padrões ao invés das incertezas expandidas.
Isto permite a mesma interpretação como para escores z tradicionais.
(B.4)
Onde
Ulab é a incerteza padrão combinada do resultado do participante;
uav é a incerteza padrão do valor designado.
e) Números En são calculados utilizando a Equação (B.5):
(B.5)
onde
Ulab é a incerteza padrão expandida do resultado do participante;
Uref é a incerteza expandida do valor designado do laboratório de referência.
NOTA 1 As fórmulas nas Equações (B.4) e (B.5) estão corretas somente se x e X forem independentes.
NOTA 2 Para abordagens estatísticas adicionais, ver ISO 13528 e Protocolo Internacional Harmonizado da
IUPAC.
a) A diferença simples entre o resultado do participante e o valor designado pode ser adequada para
determinar o desempenho e é mais facilmente compreendida pelos participantes. A quantidade (x -
X) é denominada de “estimativa da tendência do laboratório” nas ISO 5725-4 e ISO 13528.
e) Se o consenso for utilizado para determinar , convém que as estimativas de variabilidade sejam
confiáveis, ou seja, baseadas em informações suficientes para reduzir a influência de valores
discrepantes (outliers) e alcançar incerteza suficientemente baixa.
B.3.2.3 Não é apropriado calcular estatísticas de sumário habituais para dados ordinais, mesmo se os
resultados forem numéricos. Isso porque os números não estão em uma escala intervalar, ou seja, a
diferença entre 1 e 2, em algum sentido objetivo, poderá não ser a mesma diferença entre 3 e 4, então
médias e desvios padrões não podem ser interpretados. Portanto, não é apropriado utilizar estatísticas
de avaliação tais como escores z para resultados semi-quantitativos. Convém que estatísticas
específicas, tais como estatísticas de classificação (postos) ou ordenação, delineadas para dados
ordinais, sejam utilizadas.
O desempenho pode ser avaliado com base em mais de um resultado em uma única rodada do ensaio
de proficiência. Isto ocorre quando há mais de um item de ensaio de proficiência para um mensurando
particular, ou uma família de mensurandos relacionadas. Isto poderia fornecer uma avaliação de
desempenho mais compreensível.
Métodos gráficos, tais como gráfico Youden ou um gráfico mostrando estatísticas h de Mandel, são
ferramentas eficazes para interpretar o desempenho (ver ISO 13528).
Em geral, as médias de escores de desempenho são desencorajadas porque elas podem mascarar
baixo desempenho em um ou mais itens do ensaio de proficiência, o que convém ser investigado. O
escore de desempenho combinado mais comumente utilizado é simplesmente o número (ou
percentagem) de resultados determinados como aceitáveis.
c) determinação estatística para escores, ou seja, convém que os critérios sejam apropriados para
cada escore; exemplos comuns de aplicação de escores são:
1) para escores z e zeta (para simplicidade, somente z é indicado nos exemplos a seguir, mas
“ ” pode ser substituído por z em cada caso):
|z| 2 indica desempenho satisfatório e não gera sinal;
2 < |z| < 3 indica desempenho questionável e gera um sinal de alerta;
|z| ! 3 indica desempenho insatisfatório e gera um sinal de ação.
B.4.1.2 Para delineamentos de amostras divididas, um objetivo pode ser identificar calibração
inadequada ou grande flutuação aleatória nos resultados, ou ambos. Nestes casos, convém que as
avaliações sejam baseadas em um número adequado de resultados e ao longo de uma ampla faixa de
concentrações. Apresentações gráficas são úteis para identificar e descrever estes problemas e são
descritas na ISO 13528. Convém que estes gráficos usem diferenças entre os resultados no eixo
vertical, ao invés de gráficos de resultados de um participante versus outro, devido a problemas de
escala.
Uma consideração fundamental é se resultados de um dos participantes têm, ou podem vir a ter,
incerteza de medição inferior. Neste caso, aqueles resultados são a melhor estimativa do nível real do
mensurando. Se ambos os participantes tiverem aproximadamente a mesma incerteza de medição, a
média do par de resultados será a estimativa preferida do nível real.
B.4.1.3 Convém que gráficos sejam utilizados, sempre que possível, para demonstrar o desempenho
(p. ex: histogramas, diagramas ou gráficos de barras de erro, diagramas ou gráficos de escores z
ordenados), como descrito na ISO 13528 e no Protocolo Internacional Harmonizado da IUPAC.
B.4.2.2 Convém que métodos gráficos sejam usados para facilitar a interpretação por urna variedade
de leitores mais ampla. Tradicionais cartas de controle de “Shewhart” são úteis, particularmente para
propósitos de auto-aperfeiçoamento. Listagens de dados e sumário estatístico permitem uma revisão
mais detalhada. Convém que os escores padronizados para avaliar o desempenho, como o escore z,
sejam usados para estes gráficos e tabelas. ISO 13528 apresenta exemplos adicionais e ferramentas
gráficas.
B.4.2.3 Quando um desvio padrão de consenso é utilizado como o desvio padrão para o ensaio de
proficiência, convém que seja tomado cuidado no monitoramento do desempenho ao longo do tempo,
pois o grupo participante pode mudar, e pode ter efeitos desconhecidos nos escores. Também é comum
para o desvio padrão interlaboratorial decrescer ao longo do tempo, pois participantes tornam-se
familiares com o programa de ensaio de proficiência ou as metodologias melhoram. Isto pode causar
um aparente aumento nos escores z, quando o desempenho individual dos participantes não tiver
mudado.
Os procedimentos para isto estão detalhados na ISO 13528 e no Protocolo Harmonizado Internacional
da IUPAC. Estes documentos definem “homogeneidade suficiente” em relação ao intervalo de avaliação
para o programa de ensaio de proficiência, e assim as recomendações são baseadas em subsídios
para a incerteza devido à heterogeneidade em relação ao intervalo da avaliação. Enquanto a ISO 13528
coloca um limite restrito sobre a heterogeneidade e instabilidade para limitar o efeito sobre a incerteza
e, portanto, o efeito que tem sobre a avaliação, o Protocolo Harmonizado Internacional da IUPAC
expande os critérios para permitir um ensaio estatístico da estimativa de heterogeneidade e
instabilidade, em relação aos mesmos critérios recomendados na ISO 13528.
B.5.2 Há necessidades diferentes para os requisitos na ISO Guia 34 e ISO Guia 35, que determinam
os valores de referência para materiais de referência certificados, incluindo suas incertezas. A ISO Guia
35 utiliza análises estatísticas de variação para estimar a variabilidade “frasco-a-frasco” e a variabilidade
“dentro-do-frasco” (quando apropriado), e subsequentemente utiliza aquelas variações como
componentes da incerteza do valor designado.
B.5.3 A estabilidade é normalmente verificada para assegurar que a(s) medição(ções) não mudaram
durante o curso da rodada. Como especificado na ISO 13528, no Protocolo Internacional Harmonizado
da IUPAC e no ISO Guia 35, convém que os itens de ensaio de proficiência sejam testados sob a
variedade de condições que ocorrem na operação normal de um programa de ensaio de proficiência, p.
ex. condições de remessa e manuseio quando distribuído aos participantes. O critério para instabilidade
aceitável é o mesmo para heterogeneidade na ISO 13528, embora tipicamente com menos ensaios ou
medições.
Anexo C
(informativo)
C.1 Generalidades
Este anexo estabelece os princípios para a seleção e uso de programas de ensaio de proficiência pelos
participantes e outras partes interessadas. Este anexo também pretende promover o uso harmonizado
de programas de ensaio de proficiência pelas partes interessadas (ex. organismos de acreditação,
organismos reguladores ou clientes do participante).
Também é importante para os participantes terem um entendimento claro das políticas das partes
interessadas para a participação em tais programas de ensaio de proficiência, os critérios que eles
utilizam para julgar o desempenho satisfatório nos programas de ensaio de proficiência, e as suas
políticas e procedimentos para acompanhamento de quaisquer resultados insatisfatórios da rodada do
ensaio de proficiência. Entretanto, além das exigências específicas dos organismos reguladores, é de
responsabilidade dos próprios participantes selecionar o programa de ensaio de proficiência apropriado
e avaliar seus resultados corretamente.
Entretanto, convém que seja reconhecido que as partes interessadas também considerem a adequação
dos dados de ensaio produzidos a partir de outras atividades além dos programas de ensaio de
proficiência, incluindo, por exemplo, resultados do participante nos próprios procedimentos internos do
controle de qualidade com amostras controle, comparação com dados de amostras divididas (“split-
sample”) de outros participantes e desempenho em ensaios de materiais de referência certificados.
Portanto, ao selecionar um programa de ensaio de proficiência, convém que o participante considere as
outras atividades de controle de qualidade que estão disponíveis ou já tenham sido realizadas.
C.2.2 Ao selecionar um programa de ensaio de proficiência, convém que os seguintes fatores sejam
considerados:
d) a adequação das logísticas organizacionais para o programa de ensaio de proficiência (ex. tempo,
localização, considerações sobre a estabilidade das amostras, programas de distribuição)
relevantes ao grupo de participantes proposto para o programa de ensaio de proficiência;
e) a adequação dos critérios de aceitação (ou seja, para julgar o desempenho bem sucedido no
ensaio de proficiência);
f) os custos;
NOTA: Alguns programas de ensaio de proficiência podem incluir ensaios que não correspondem exatamente com
os ensaios realizados pelo participantes (ex., o uso de padrões nacionais diferentes para a mesma determinação),
mas pode ainda ser tecnicamente justificado participar do programa de ensaio de proficiência se o tratamento de
dados levar em consideração quaisquer diferenças significativas na metodologia de ensaio ou em outros fatores.
C.3.2 Os assuntos que convém que sejam abordados nas políticas de participação de programas de
ensaio de proficiência específicos incluem:
b) a frequência de participação;
c) os critérios utilizados pela parte interessada para julgar o desempenho satisfatório ou insatisfatório;
d) os critérios utilizados pelo provedor de ensaio de proficiência para avaliar o desempenho dos
participantes;
C.4.2 Convém que os participantes mantenham seus próprios registros de desempenho no ensaio de
proficiência, incluindo os resultados de investigações de quaisquer resultados insatisfatórios e quaisquer
ações corretivas e preventivas subsequentes.
NOTA Outras políticas sobre ensaio de proficiência relevantes para a conformidade de organismos de acreditação
com requisitos para membresia no Acordo de Reconhecimento Mútuo da ILAC estão especificados em ILAC P-9.
C.5.1.2 Os resultados dos programas de ensaio de proficiência são úteis tanto para participantes
quanto para organismos de acreditação. Entretanto, há limitações sobre a utilização de tais resultados
para determinar competência. O desempenho satisfatório em um programa de ensaio de proficiência
específico pode representar evidências de competência para aquela participação, porém pode não
refletir a competência continuada. Da mesma forma, o desempenho insatisfatório em um programa de
ensaio de proficiência pode refletir um desvio aleatório a partir de um estado normal de competência do
participante. É por essas razões que convém que o ensaio de proficiência não seja a única ferramenta
utilizada pelos organismos de acreditação em seus processos de acreditação.
C.5.1.3 Para participantes que relatam resultados insatisfatórios, convém que os organismos de
acreditação tenham políticas para:
c) (quando necessário) assegurar que a avaliação no local dos participantes seja realizada por
avaliadores técnicos apropriados para confirmar que as ações corretivas são eficazes.
C.5.1.4 Convém que os organismos de acreditação alertem seus organismos acreditados sobre as
possíveis consequências do desempenho insatisfatório em um programa de ensaio de proficiência.
Esses podem variar desde a continuidade da acreditação sujeita à atenção bem sucedida para ações
corretivas dentro do prazo acordado, suspensão temporária da acreditação para os ensaios relevantes
(sujeitos a ações corretivas), até a retirada da acreditação para os ensaios relevantes.
NOTA De modo geral, as opções selecionadas por um organismo de acreditação dependerão do histórico do
desempenho do participante ao longo do tempo e das avaliações no local mais recentes.
NOTA Os dados de ensaio de proficiência utilizados para validar declarações de competência são normalmente
utilizados por organizações em conjunto com outra evidência, tais como acreditação. Ver C.5.1.2.
C.6.2 Se o programa de ensaio de proficiência for operado por um organismo regulador, convém que
seja operado de acordo com os requisitos desta Norma Internacional.
C.6.3 Convém que organismos reguladores que utilizam provedores de ensaio de proficiência
independentes
Bibliografia
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General principles and definitions
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