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O GRUPO POLAR

A Polar Técnica foi pioneira na fabricação de


elementos refrigerantes e desenvolvimento de
pesquisas em cold chain. Devido à competência
técnica e os valores praticados durante todos
esses
anos, a Polar tornou-se referência no mercado.
Para ampliar o leque de atuação e atender a
todas
as necessidades técnicas dos clientes, originou-
se
o Grupo Polar. União das empresas, Polar
Técnica,
Cibragel e Valida.

O Grupo Polar atua também com a fabricação


de
embalagens térmicas, serviços de qualificação
e a mais nova divisão de equipamentos para
monitoramento de temperatura, oferecendo
soluções completas em todos os elos da cadeia
fria.
“CADEIA FRIA: ETAPAS E PROCESSOS
DA QUALIFICAÇÃO TÉRMICA NA
PRÁTICA
SEGUINDO OS REQUERIMENTOS DO GUIA
DA ANVISA: QUALIFICAÇÃO DE
TRANSPORTE DE PRODUTOS BIOLÓGICOS”

Liana Montemor – Gerente de


Desenvolvimento Estratégico em
Cold Chain
Liana Montemor
Gerente de Desenvolvimento Estratégico em Cold Chain do Grupo
Polar, onde atuo há mais de 12 anos.
Graduada em Farmácia Industrial pela Universidade Anhembi
Morumbi. Pós Graduada em Cosmetologia pela Universidade Oswaldo
Cruz. Docente de cursos de Pós Graduação em Logística
Farmacêutica (Universidade Santo Amaro – UNISA e Instituto Racine).
Vice – Presidente do ISPE afiliada Brasil (biênio 2015/2016) e do
Comitê de Cadeia Fria do ISPE, Coordenadora e Coautora do Livro
“Manual Brasileiro de Boas Práticas de Cadeia de Frio” – ISPE Brasil.
Membro do Comitê de Cadeia Fria e Logística do Sindusfarma.
Coautora do Livro “Cadeia Fria: Guia Sindusfarma para a Indústria
Farmacêutica”.

2006
2018
Guia n°02, Versão 02 de abril de 2017

Guia = expressa o entendimento da


Anvisa sobre as melhores práticas
com relação a procedimentos,
rotinas e métodos considerados
adequados ao cumprimento de
requisitos técnicos ou administrativos
exigidos pela legislação.

Não confere ou cria novas


obrigações, devendo ser utilizado por
agentes públicos e privados como
referência para cumprimento
legislativo.
Guia n°02, Versão 02 de abril de 2017

Abordagens alternativas são


possíveis, de modo que sua
inobservância não caracteriza
infração sanitária, nem constitui
motivo para indeferimento de
petições, desde que atendidos os
requisitos exigidos pela legislação,
ainda que por meio diverso daquele
previsto nesta recomendação.

As recomendações contidas no Guia


produzem efeitos a partir da
data de sua publicação no Portal da
Anvisa.
Escopo

Objetivo principal: orientar as atividades de qualificação de


transporte dos insumos biológicos ativos, produtos biológicos
a granel, produtos biológicos em sua embalagem primária e
produtos biológicos terminados.

Não são abordados assuntos pertinentes aos procedimentos


de armazenagem, apenas aqueles relacionados ao
transporte.

Este guia não deve ser adotado como regulamento, portanto,


o seu cumprimento não é de caráter compulsório pelo setor
regulado. Cada empresa deverá avaliar o conteúdo do guia
e verificar sua aplicabilidade.

A Vigilância Sanitária tampouco deverá exigir o cumprimento


do conteúdo do guia por parte das empresas.
MEDICAMENTOS
BIOLÓGICOS
São, frequentemente, constituídos por
moléculas proteicas altamente complexas,
cuja atividade biológica é dependente da sua
integridade estrutural. Tanto a instabilidade
química quanto a física podem contribuir para
uma perda de atividade. A instabilidade física
pode ser minimizada com um cuidado
especial na armazenagem e transporte.
Normalmente, para evitar a instabilidade física,
estes produtos são mantidos sob temperatura
controlada.

A cadeia do frio engloba todas as instalações


de armazenamento e transporte necessárias
para o embarque de um produto que requeira
refrigeração, desde o fabricante até o usuário
final.

A qualificação dos sistemas de transporte é a


principal ferramenta para demonstrar sua
robustez, levando a uma redução nas
excursões de temperatura.
Base Legal
RDC n° 55/2010 (registro de produtos
biológicos): exige que as empresas
apresentem a validação de transporte.

É necessário enviar a qualificação de


operação e desempenho das caixas a
serem utilizadas para o transporte do
princípio ativo, do produto biológico a
granel, do produto biológico intermediário,
do produto biológico em sua embalagem
primária, do produto biológico terminado,
do diluente e do adjuvante e a
qualificação de operação e desempenho
das caixas a serem utilizadas para o
transporte do produto biológico terminado
em território nacional.
Base Legal

Além de possuir o sistema de


transporte adequadamente
qualificado, todo transporte de
um produto biológico precisa
ser monitorado continuamente
durante o processo de
importação, quanto a
manutenção da temperatura.

Estes requisitos estão


estabelecidos na RDC n°
38/2010.
Validação X Qualificação
Processos de transporte podem ser qualificados ao invés de
validados, uma vez que não é possível controlar, no mundo real,
todos os parâmetros que podem afetar o processo de transporte
(por exemplo, condições climáticas, atrasos de aduana e tráfego,
falhas mecânicas, etc).

RDC 55/2010 – usa o termo “validação”


Considerações Gerais

Responsabilidade na cadeia fria:

Desde o laboratório fabricante até a entrega ao cliente final (incluindo


processos de importação), mantendo as condições do produto
durante o transporte, evitando excursões de temperatura.
Considerações Gerais
A temperatura na qual o produto biológico
deve ser transportado é aquela que assegure
a qualidade do produto, de acordo com o
estudo de estabilidade de longa duração
apresentado.

O transporte não deve ser realizado em


situações diferentes das demonstradas no
estudo de estabilidade de longa duração
aprovado.

A empresa poderá prever excursões de


temperatura ao longo do transporte, por
tempos limitados, desde que a mesma tenha
realizado estudos de estabilidade de estresse,
que deem suporte as excursões pretendidas.
Considerações Gerais

Sistemas de transporte:

• Adequados para proteger os


produtos das condições de
temperatura e umidade mais
extremas que podem ocorrer ao
longo do ano na rota de transporte a
ser qualificada.

• Não podem comprometer a


integridade e qualidade dos produtos.

• Devem prevenir danos físicos ao


medicamento.

• Devem prevenir possível


contaminação.
Considerações Gerais
Conforme preconizado pela RDC n°
55/2010, para fins de registro, a
qualificação dos procedimentos de
transporte é compreendida,
principalmente, pelas etapas de
qualificação de operação e qualificação
de desempenho do sistema de transporte
a ser utilizado.

Além de possuir a cadeia de transporte


adequadamente qualificada, toda
importação de um produto biológico deve
ser monitorada quanto a manutenção da
temperatura de conservação.

Adicionalmente, recomenda se o
monitoramento da temperatura durante o
transporte de produtos biológicos em
território nacional.
Monitores de temperatura

 Intervalo de dados ajustado


conforme necessidade.

Monitores eletrônicos  Devem ser calibrados


de temperatura são periodicamente, nas faixas de
equipamentos capazes utilização.
de armazenar dados
por longos períodos,  Devem estar localizados o
criando histórico mais próximo possível do
contínuo para emissão produto, conforme testado nas
de relatórios não qualificações.
editáveis.
 Exatidão mínima de +/-
0,5°C e resolução mínima de
0,1°C.

 Utilizar dataloggers.
Soluções para monitoramento
Monitores de temperatura
 Número de monitores de temperatura dependerá do tamanho do
carregamento. Informar a localização e justificativa para
posicionamento.

 Devem ser posicionados para garantir que em todas as partes da


carga a temperatura se mantenha aceitável.

 Durante o transporte de rotina, determinar o número de monitores


de temperatura com base nos resultados das qualificações – QO e
QD. Sensor Tampa

Sensor Centro
Sensor Centro
Sensor
Externo
Sensor
Externo

Carga mínima de 20 litros Sensor Fundo

Carga máxima de 20 e 46 litros e mínima de 46 litros


Sistemas de Transporte

Fatores decisórios para escolha: 20 litros parede tripla


• Tamanho do carregamento
• Natureza do produto
• Risco a exposição às altas e
baixas temperaturas
• Tempo de exposição do
sistema ao risco de
condições adversas

46 litros parede tripla


Sistemas qualificados para 72 horas de 2 a 8°C
Requerimentos de Usuário
Especificação de Requerimento de
Usuários - ERU: documento que deve
definir os requerimentos necessários de
forma detalhada e consistente para
atender um projeto de qualificação,
descrevendo o que se quer realizar
com ele.

Protocolo
de QO
Requerimentos para uma ERU

• Caracterização de Rotas

Rota é o mapeamento detalhado da


origem até o destino, considerando
todos os nós logísticos e o(s) tipo(s) de
transporte, bem como o tempo de
cada etapa.

Caracterização das rotas é um dos


elementos necessários, junto aos
demais elementos logísticos para a
definição do perfil de temperatura. E
este servirá para o desenvolvimento do
sistema de transporte e para a
realização dos testes de qualificação.
Requerimentos para uma ERU

• Verificação das Condições


Ambientais

Considerando a origem, o destino


(clientes) e os principais nós logísticos,
verifica-se as condições ambientais
para cada período definido para o perfil
de temperatura (ex.: verão e inverno).

Para isso, pode-se basear em algum


levantamento realizado pela empresa,
ou utilizar fontes meteorológicas oficiais.
Requerimentos para uma ERU

• Definição do Pior Caso

A definição de pior caso também


deverá levar em consideração as
variáveis de rota (duração, distância)
e etapas de transporte.

As condições de pior caso podem ser


utilizadas para contemplar rotas menos
críticas.
Definição do Perfil de Temperatura
• Definição do Perfil de
Temperatura

Com os tempos de cada etapa e


temperaturas máximas e mínimas,
para os diferentes períodos, define-
se o perfil de temperatura. É
recomendável apresentar este
resultado graficamente.

A definição da ERU, incluindo o perfil


de temperatura, é necessária para a
realização dos testes de
qualificação. Cada organização ou
empresa deve definir seu perfil de
temperatura, uma vez que as
características citadas acima
variam de acordo com a rota
utilizada.
Definição do Perfil de Temperatura

• Definição do Perfil de Temperatura

Através de dados de histórico ambiental, levando em


consideração os seguintes parâmetros:

• Temperaturas da origem, destino e ao longo das rotas de


transporte (locais de embarque e desembarque)

• Temperaturas sazonais (verão e inverno)

• Duração, temperatura e localização dos vários pontos de


manuseio e parada ao longo das rotas (aeroporto / porto,
armazenamentos intermediários)
Definição do Perfil de Temperatura

• Definição do Perfil de Temperatura

Outras informações necessárias –


obtidas através de fontes oficiais
(INMET, Infraero) ou dados de campo:

• tempo e distância entre cidades


• duração de voos
• temperaturas (máximas e mínimas)
nas diversas cidades onde ocorrem
as entregas
Os dados históricos de temperatura da
rota devem ser considerados, a fim de
avaliar a uniformidade das
temperaturas máximas e mínimas
registradas e evitar equívocos
provenientes de uma avaliação
baseada em dados pontuais.

Na tarde de 3 de agosto, a temperatura


chegou aos 41,4°C em Buriticupu, no
noroeste do Maranhão. Esta foi a maior
temperatura nesta cidade este ano, mas
também a maior temperatura no Brasil em 3
de agosto, pelas medições do Instituto
Nacional de Meteorologia.
Exemplo de perfil de temperatura (verão)

Rota de Verão: 4hs à 25°C / 16hs à 35°C / 16hs à 25°C / 12 hs à 40°C.


Definição do Perfil de Temperatura

 Através de conhecimento empírico

 Através de informações históricas de


temperatura
Modelo
 Através de dados reais, coletados
matemático PDA,
diretamente do ambiente da cadeia
Prof. Rafik Bishara
de distribuição
Modelo Matemático

 Dados reais de temperatura de rota

 Probabilidade de exposição da carga

 Frequência e relevância das temperaturas


Modelo Matemático
Perfil térmico de 100 h
Temperatura °C Tempo (horas)
32°C 3
24°c 8
15°C 1
08°C 0,5
15°C 2
24°C 5
32°C 1
40°C 2
32°C 3
24°C 7
15°C 3
24°C 7
32°C 3
48°C 0,5
32°C 2

24°C
15°C
7
3
 Detalhar no protocolo como
24°C 7 os perfis foram elaborados.
32°C 4
40°C 2
32°C 5
24°C 7
15°C 2
24°C 8
32°C 7
Qualificações do Sistema de Transporte

 Protocolo pré-aprovado: bem


detalhado, descrevendo os tipos de
transporte (aéreo, marítimo, terrestre) e
especificando em que condições
ocorrem (caminhão refrigerado, por
exemplo) e por quanto tempo.

 Descrição da arrumação da carga e


dos materiais auxiliares (esquema de
montagem com fotos).
Qualificações do Sistema de Transporte

 Informar o tipo de material refrigerante,


sua localização e quantidade.

A escolha do material refrigerante deve ser


feita com critérios. Em alguns casos, como
por exemplo, quando um produto é
desnaturado pelo congelamento, deve-se
evitar o contato direto do material
refrigerante com o produto, utilizando-se
barreiras adequadas para este propósito.

O uso de material refrigerante não deve


afetar adversamente a qualidade do
produto e das suas embalagens primária e
secundária (exemplo: gelo água).
Qualificações do Sistema de Transporte

 Apresentar certificados de calibração


dos dispositivos de monitoramento de
temperatura, informando a data da
última e da próxima calibração.

 Estabelecer critérios de aceitação para


cada protocolo de qualificação.

 Os resultados obtidos durante as


qualificações devem estar descritos na
forma de um relatório.

 Este relatório não deve se restringir


apenas a apresentar os resultados; os
mesmos devem ser amplamente
discutidos, usando referências
bibliográficas, sempre que possível.
Qualificações do Sistema de Transporte

Desenho Operação Desempenho

• Protocolo • Protocolo • Protocolo


• Execução • Execução • Execução
• Relatório • Relatório • Relatório

A qualificação de desenho não é Recomenda-se que os protocolos e


exigida pela RDC n° 55/2010. No relatórios sejam emitidos para cada
entanto, quando pertinente, as
empresas poderão apresentá-la
etapa e a próxima etapa somente
junto com a documentação da poderá ser iniciada após a conclusão
qualificação de transporte. e aprovação da etapa anterior.
Qualificações do Sistema de Transporte

A manutenção do status
“qualificado” deve ser feita através
de avaliação periódica.

Uma requalificação pode ser


necessária quando for realizada a
mudança de algum item que tenha
impacto no sistema qualificado.
Qualificação de Desenho

A qualificação de desenho é realizada para


garantir que os requerimentos funcionais do sistema
de transporte proposto sejam cumpridos.

Os parâmetros avaliados em uma qualificação de


desenho normalmente incluem:

• duração do processo;

• perfil de temperatura ambiente definido;

• localização e quantidade do material


refrigerante;

• configuração da carga no sistema de transporte;

• localização dos equipamentos responsáveis por


monitorar a temperatura;

• massa térmica mínima e máxima.


Qualificação de Operação

RDC nº 17/2010: qualificação de


operação é o conjunto de operações
que estabelece, sob condições
especificadas, que o sistema ou
subsistema opera conforme previsto, em
todas as faixas operacionais
consideradas.

A qualificação de operação é uma


simulação das piores condições que
podem acontecer em um transporte real.

Os testes devem ocorrer em ambientes


de temperatura controlada, em câmaras
climáticas.
Qualificação de Operação

 Realizar com o produto ou com amostras


representativas do produto, desde que a
massa térmica seja preservada.

 Racionais com pior caso podem ser usados


para justificar que uma qualificação No caso da empresa planejar uma
contemple outros produtos, desde que excursão de temperatura no
justificado pela massa térmica. protocolo de qualificação, a
mesma deve informar o tempo
 Realizar por um tempo significativamente máximo e a maior temperatura a
que o produto pode ser exposto
maior do que o esperado para o transporte
sem que a sua qualidade seja
real, de modo a ter uma faixa de segurança comprometida. Nestas situações,
para qualquer imprevisto que possa ocorrer os estudos de estabilidade de
durante o transporte. estresse concluídos devem ser
apresentados, conforme
 A empresa deverá demonstrar que o sistema preconizado pela RDC n° 50/2011,
de transporte é capaz de manter a a fim de suportar as excursões de
temperatura propostas.
temperatura de conservação do produto,
sem que haja excursão de temperatura, em
cada situação testada, por um tempo
superior ao previsto para o transporte real.
Qualificação de Operação

Devem ser utilizados dataloggers em Sensor Centro

quantidade suficiente para o Sensor

mapeamento do sistema testado. Externo

Avaliar os pontos críticos do sistema,


mais suscetíveis as variações de
temperatura, justificando a escolha dos Sensor Tampa

pontos a serem monitorados na


qualificação de desempenho e durante Sensor Centro

o transporte real Sensor


Externo

Os carregamentos de pior caso devem


ser desafiados, pois a quantidade de Sensor Fundo

massa térmica poderá influenciar na


manutenção da temperatura interna.

Fotos ilustrativas, foram utilizados


produtos do cliente
Qualificação de Operação
 A temperatura externa deve ser
monitorada, de forma que sejam
simuladas as situações mais críticas da
rota a ser utilizada.

 Não há menção de perfis que simulem


verão e inverno, obrigatoriamente.

 Recomenda-se registrar as
temperaturas (tanto externa quanto
interna) em um intervalo máximo de 30
minutos.

 Um número suficiente de testes deve ser


realizado para assegurar a robustez dos
resultados. Normalmente, três
simulações em cada cenário
(carregamento e perfil de temperatura
externa) é o número recomendado para
a elaboração do protocolo da
qualificação de operação.
Qualificação de Operação
Se durante o transporte forem
necessárias atividades de abertura e
fechamento do sistema de transporte,
assim como a reposição de material
refrigerante, estas devem ser incluídas
no protocolo de qualificação.

Testes vibracionais e de choque podem


ser planejados como avaliações
adicionais para a qualificação de
operação do sistema de transporte.
Qualificação de Desempenho

RDC n° 17/2010: qualificação de


desempenho é a verificação
documentada que o equipamento ou
sistema apresenta desempenho
consistente e reprodutível, de acordo
com parâmetros e especificações
definidas, por períodos prolongados.

Consiste em embarques consecutivos do


produto (ou de amostras representativas
do produto) em condições reais, para
demonstrar que o processo é efetivo e
reprodutível.
Qualificação de Desempenho

Normalmente, a qualificação é realizada


utilizando configurações de
carregamento típicas do próprio produto.
03 baterias:
Recomenda-se que os embarques sejam  São Paulo - SP (rodoviário)
realizados com o próprio produto. No  Serra - ES (multi-modal)
entanto, quando não for possível, os
 Teresina - PI (multi-modal)
embarques podem ser realizados com
 Porto Alegre - RS (multi-modal)
amostras representativas do produto,
assim como ocorre para a qualificação
de operação.

Quando possível, os embarques deverão


ocorrer na época do ano onde a
temperatura da rota seja mais crítica.
Qualificação de Desempenho
Sensor Centro
Os monitores da temperatura interna Sensor
devem estar localizados naqueles pontos Externo

avaliados como mais críticos durante as


qualificações de operação e desenho,
de acordo com o volume do sistema e
da quantidade de carga. Carga mínima de 20 litros
Sensor Tampa

A temperatura externa também deve ser


monitorada ao longo de todo o
transporte, por pelo menos um monitor.
Sensor
Externo

Conforme o documento ASTM 3103 –


Standard Test Method for Thermal
Sensor Fundo

Insulation Performance of Distribution Carga máxima de 20 e 46


Packages, recomenda-se os intervalos litros e mínima de 46 litros
de registros de dados entre 10 a 30
minutos.
Leitura de dados a cada 30 minutos
Qualificação de Desempenho
O tipo, número, tamanho, localização e
quantidade de material refrigerante
utilizado nesta qualificação devem ser
os mesmos utilizados nas qualificações
de operação e desenho.

Um número suficiente de testes deve ser


realizado para assegurar a robustez dos
resultados. Normalmente, três envios é o
número mínimo considerado e
recomendado para a elaboração do
protocolo da qualificação de
desempenho.

Caso ocorram excursões de


temperatura durante esta qualificação,
a empresa deve justificar e apresentar
os estudos de estabilidade de estresse
concluídos, conforme recomendado na
RDC 50/2011.
Resultados finais de QO

TEMPO 
QUANTIDADE 
VOLUME DA CAIXA ICE FOAM CARGA APROVADO PARA 
DE ICE FOAM
ENTREGA
20 litros parede 
IF‐1900 03 Mínima 74,0 horas
tripla
20 litros parede 
IF‐1900 03 Máxima 73,5 horas
tripla
46 litros parede 
IF‐2500 03 Mínima 72,0 horas
tripla
46 litros parede 
IF‐2500 03 Máxima 74,5 horas
tripla
Resultados finais de QD - Verão

TEMPO 
VOLUME DA  QUANTIDADE  MINIMO 
ICE FOAM CARGA
CAIXA DE ICE FOAM APROVADO 
PARA ENTREGA
20 litros parede 
IF‐1900 03 Mínima 78,0 horas
tripla
20 litros parede 
IF‐1900 03 Máxima 78,0 horas
tripla
46 litros parede 
IF‐2500 03 Mínima 75,5 horas
tripla
46 litros parede 
IF‐2500 03 Máxima 74,0 horas
tripla
Resultados finais de QD - Inverno

TEMPO MINIMO 
VOLUME DA  QUANTIDADE 
ICE FOAM CARGA APROVADO 
CAIXA DE ICE FOAM
PARA ENTREGA
20 litros parede 
IF‐1900 03 Mínima 79,0 horas
tripla
20 litros parede 
IF‐1900 03 Máxima 78,0 horas
tripla
46 litros parede 
IF‐2500 03 Mínima 81,0 horas
tripla
46 litros parede 
IF‐2500 03 Máxima 79,0 horas
tripla
Considerações Finais

É fundamental conhecer, monitorar, controlar e


documentar, as atividades de armazenagem,
distribuição e transporte de produtos sensíveis à
temperatura, buscando sempre a otimização da
cadeia de frio.

Brasil: é um país com diversos fatores críticos para o


transporte de medicamentos sensíveis à temperatura,
como ampla variação climática e extensão territorial
de proporção continental, somadas as dificuldades
inerentes ao transporte, como a descentralização dos
serviços, volume de circulação de mercadorias, tipo
de modal de transporte, dentre outros fatores.
Considerações Finais

Por estes motivos existe uma grande facilidade em


romper os elos da cadeia fria e uma vulnerabilidade
em não garantir a qualidade e segurança dos
produtos nas operações logísticas.

Com a publicação do Guia, espera-se que haja uma


maior harmonização dos conceitos utilizados para a
Cadeia de Frio e orientação quanto ao transporte dos
produtos biológicos sensíveis a temperatura.
No final de toda cadeia de
suprimentos há uma vida!!!!
MUITO OBRIGADA!

liana@polartecnica.com.br

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