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São conversas que vão desenterrando motivos e histórias, como aquela da visita de
Ryan O’Neal a Cary Grant, a inspiração da sua personagem em What’s up Doc(1972), e
o conselho de Cary a Ryan sobre como ser Grant: roupa interior de seda. Ou o paradoxo
biográfico de Bogdanovich, americano de ascendência servo-croata, que se é capaz de
olhar para a América com distância, manifesta-se contra a “nefasta” influência das
vagas europeias nos seus pares.
Anos depois, escreveria The Killing of a Unicorn — Dorothy Stratten 1960-1980, livro
com que se pode lidar de várias maneiras: expiação de culpa, exorcismo íntimo na
fronteira do impudor, documento sobre os códigos e impasses da era da “libertação
sexual” (a Mansão Playboy de Hugh Hefner é o cenário), herança que estamos hoje
condenados a reavaliar... nesse sentido The Killing of a Unicorn assusta pela forma
como parecia estar já investido dessa consciência e pela reverberação de uma coisa
infernal: as relações, os homens, as mulheres...
tp.ocilbup@aramac.ocsav