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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Ciências

Mestrado em Ciências e Tecnologias de Energias Renováveis

Recursos Tecnológicos de Energias Renováveis - Energia de Biomassa

Relatório da Aula Laboratorial

Análise imediata de diversas biomassas carbonáceas sólidas –


Endocarpo de Coco

Estudantes:

Jambo, Eugénio Gabriel;

Nhanombe, Marta Luísa;

Senda, Henriques Francisco;

Uanicela, José Pedro Francisco.

Docentes:

Doutor Carlos Lucas, Eng⁰ .;

Doutor Adolfo Condo, Eng⁰ .;

Doutor Fabião Manhiça, Eng⁰ .;

Doutor Carlos Cuvilas, Eng⁰ .

Maputo, 09 de Março de 2020


UEM Faculdade de Ciências MCTER-2020
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Resumo

Diante da necessidade da busca por novos recursos energéticos e da crescente


preocupação com o meio ambiente, estudos e pesquisas vem sendo realizados com
objectivo de encontrar alternativas para o uso de resíduos antes descartáveis, a exemplo
dos resíduos de origem agrícola, que se apresentam como fortes candidatos a biomassa
para geração de energia. O presente trabalho retrata um resumo de uma aula laboratorial,
onde determinou-se parâmetros da análise imediata para a determinação do poder
calorífico do endocarpo de coco. Essas análises indicaram que o valor energético do
endocarpo de coco é alto, confirmando os achados apresentados em estudos anteriores.

Palavras-chaves: biomassa, endocarpo de coco, poder calorifico.

Abstract

In view of the need to search for new energy resources and the growing concern with the
environment, studies and research have been carried out with the aim of proposing
alternatives for the use of previously disposable waste, such as agricultural waste, which
are presented as strong candidates for biomass for energy generation. The present work
portrays a summary of a laboratory class, where parameters of immediate analysis were
determined to determine the calorific power of the coconut endocarp. These analyzes
indicated that the energy value of the coconut endocarp is that of the high coconuts,
confirming the findings presented in previous studies.

Key words: biomass, coconut endocarp, calorific value.

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Índice

1. Introdução.................................................................................................................. 6
1.2. Objectivos .............................................................................................................. 7
1.2.2. Objectivos Específicos. .............................................................................. 7
2. Revisão da Literatura ................................................................................................ 8
2.1. Caracterização da biomassa ................................................................................... 8
2.2. Composição Imediata ........................................................................................ 8
2.3. Teor de Humidade ............................................................................................. 8
2.4. Teor de Voláteis ................................................................................................. 9
2.5. Teor de Cinzas ................................................................................................... 9
2.6. Teor de Carbono Fixo ...................................................................................... 10
2.7. Poder Calorífico Superior ................................................................................ 10
2.8. Poder calorífico Inferior ................................................................................... 10
3. A Experiência Laboratorial ..................................................................................... 10
4. Resultados e Análise das Experiências ................................................................... 16
4.1. Análise de Resultado ........................................................................................... 17
4.1.1. Cálculo do poder Calorífico .......................................................................... 17
5. Discussão dos Resultados........................................................................................ 19
6. Conclusão ................................................................................................................ 21
7. Referência Bibliográfica ......................................................................................... 22
8. Apêndice..................................................................................................................... i

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Índice de Figuras

Figura 1 - Processo de moagem da biomassa (1A), biomassa após a moagem e crivagem


(1B) ................................................................................................................................. 12
Figura 2 - Pesagem da amostra antes de entrar na estufa (2A), arrefecimento da amostra
no dessecador (2B). ........................................................................................................ 13
Figura 3 - Biomassa na munfla (3A) e cadinho com cinza do endocarpo (3B). ............ 14
Figura 4 - Pesagem da amostra (3A), retirada da amostra da munfla (3B), resultado da
experiência (3C). ............................................................................................................ 15
Figura 5 - Crivo (Instrumento que permite a crivagem da biomassa moída) .................... i
Figura 7 - Placa de Petri (Instrumento utilizado para suportar a amostra até ao laboratório)
.......................................................................................................................................... 1
Figura 8 - Placa de Petri (Instrumento utilizado para suportar a amostra até ao laboratório)
.......................................................................................................................................... 1
Figura 10 - Dessecador ..................................................................................................... ii

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Listas de Tabelas

Tabela 1 - Matérias e equipamentos utilizados nas Experiências .................................. 11


Tabela 2 - Resultados das experiências .......................................................................... 16
Tabela 3 - Resultados do ensaio de determinação do teor de humidade. ........................ iii
Tabela 4 - Resultados do ensaio de determinação do teor de cinzas ............................... iv
Tabela 5 - Resultados do ensaio de determinação da material volátil .............................. v

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1. Introdução

Se formos a elaborar uma pesquisa no nosso meio social para procurar saber de onde vem
a gasolina, o petróleo de iluminação, o gás de cozinha, que são fontes de energias mais
comuns, com certeza muitos dirão de hidrocarbonetos, porém a questão principal talvez
seria se sabem que esses recursos geram um certo problema ao ambiente, que apesar de
parecerem abundantes um dia vai acabar, e caso isso aconteça com certeza gere uma nova
crise energética. Porém, com essa possível visão que temos do futuro caso continuemos
a explorar os recursos naturais de forma insustentável e produzir resíduos que degradam
o ambiente, quais seriam as outras possíveis fontes de energia que tornem essa previsão
tenebrosa apenas imaginável? Nos últimos tempos tem-se falado bastante de energias
renováveis, como solução para satisfazer as necessidades energéticas globais.

A energia renovável usa fontes de energia que são continuamente reabastecidas pela
natureza - o sol, o vento, a água, o calor da Terra e as plantas. As tecnologias de energia
renovável transformam esses combustíveis em formas utilizáveis de energia - na maioria
das vezes electricidade, mas também calor, produtos químicos ou energia mecânica
(BOYLE, Godfrey 2001, pag. 02). Consumir energia 100% limpa é o jeito mais eficiente
de compensar as emissões de CO2.

Como citado pelo Godfrey boyle 2001, existem varia formas de obtenção de energia de
forma quase limpa e uma delas é a biomassa que é, o material proveniente de plantas e
animais, incluindo seus resíduos. É um material orgânico baseado em carbono que reage
com o oxigênio em processos metabólicos naturais e em combustão para libertar calor
que, especialmente se a temperaturas for >400 ° C, pode ser usado para gerar trabalho e
eletricidade (TWIDELL & WEIR, 2015. P.326).

Segundo Açma (apud Vieira 2012,p.07), a energia presente na biomassa pode ser
transformada (através de processos de conversão físicos, químicos e biológicos) em
combustíveis líquidos, sólidos e gasosos. O objetivo desta conversão é transformar um
material carbonáceo de baixa eficiência energética para uma eficiência economicamente
viável, porém para que este objetivo seja atingido, uma caracterização da biomassa deve
ser feita, ou seja, conhecer suas propriedades, para que haja uma melhor escolha da
biomassa adequada e consequentemente da tecnologia de conversão.

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A caracterização pode basear nas propriedades físicas (granulometria, massa específica,


densidade e teor de humidade), na análise imediata (teor de humidade, voláteis, cinzas e
carbono fixo), análise elementar, a qual analisa os elementos químicos presentes na
biomassa, análise somativa (teor de lignina, celulose e hemicelulose) e Poder Calorífico,
porém na aula de laboratório efectuada nos dias 02 e 03 de Março na faculdade de
engenharia da UEM, Departamento de Engenharia Química, o enfoque foi para a análise
imediata do Endocarpo de coco.

1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral

 Efectuar uma estimação com base em análises laboratoriais do poder calorífico do


endocarpo do coco.

1.2.2. Objectivos Específicos.


 Determinação do teor de cinzas da amostra
 Determinação da percentagem de material volátil presente na amostra
 Determinação do teor de Humidade

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2. Revisão da Literatura

2.1. Caracterização da biomassa


O Endocarpo de coco é a camada pétrea e muito dura que envolve a parte comestível e a
água de coco. Os resíduos resultantes tanto do consumo doméstico como industrial, o
endocarpo, podem ser aproveitados para a produção de diversos materiais e formas de
energia, como por exemplo o carvão activado, (Andrade, apud Fernandes 2012).

A composição da biomassa varia em função de fatores como localização geográfica,


clima, tipo de solo e parte da planta (raízes, caule, galhos) e é de fundamental importância
para a compreensão do comportamento da biomassa frente a diferentes tratamentos
térmicos. A composição da biomassa pode ser determinada por meio da análise imediata
(teor de humidade, teor de materiais voláteis, teor de cinzas e teor de carbono fixo).

2.2. Composição Imediata

A análise imediata de um combustível fornece a percentagem do material que se queima


no estado gasoso (material volátil) e no estado sólido (carbono fixo), bem como o
percentual do material residual inorgânico (cinzas), sendo, portanto, de fundamental
importância quando se almeja um uso energético da biomassa (Brito & Barrichelo, 1978).
Existe uma relação positiva entre carbono fixo da biomassa e o rendimento em carvão
enquanto os teores de voláteis e de cinzas relacionam-se negativamente com o rendimento
em carvão (Brito e Barrichelo, 1977 apud, Macedo 2012). Desse modo, é esperado que
biomassas com maior teor de voláteis conduzam a uma maior produção de gases em
detrimento da fase sólida.

2.3. Teor de Humidade

Segundo Vieira (2012) apud Nogueira (2003), teor de humidade pode ser definido como
a massa de água contida na biomassa e pode ser expressa tanto na base húmida (bu) quanto
na base seca (bs), a qual pode ser avaliada pela diferença entre os pesos de uma amostra,
antes e logo após ser submetida à secagem.
O teor de humidade da biomassa é uma característica muito relevante para a gaseificação,
pois teor de humidade elevado diminui o poder calorífico, reduzindo as temperaturas de
combustão e a eficiência do processo.

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2.4. Teor de Voláteis


Segundo Vieira apud McKendry (2002) o teor de voláteis é a parte da biomassa que
evapora como um gás (incluindo humidade) por aquecimento, ou seja, o teor de voláteis
é quantificado medindo-se a fracção de massa da biomassa que volatiliza durante o
aquecimento de uma amostra padronizada e previamente seca.

Os materiais voláteis são definidos como aqueles componentes que se desprendem no


início da combustão, sendo constituídos principalmente por hidrogênio, hidrocarbonetos,
monóxido de carbono (CO) e dióxido de carbono (CO2) (Marcelino, 2017). De acordo
com McKendry (2002), apud Souza 2016), o teor de materiais voláteis está relacionado
à reatividade da biomassa à queima, ou seja, à facilidade de ignição da biomassa devido
à volatilização de substâncias do material durante o aquecimento. Teor de voláteis fornece
informações sobre a reactividade do combustível, pois quanto maior o teor de voláteis,
maior a reactividade e mais rápida é a ignição (Borges, 2018). O que ajuda planejar
fornalhas e quantidades de ar necessárias ao fluxo adequado dos gases e à combustão
suficiente da biomassa nos processos de conversão energética.

2.5. Teor de Cinzas


Cinzas são resíduos sólidos inorgânicos resultantes da queima completa de um
determinado combustível. Os seus elementos primários são SiO2, Al2O3, Fe2O3, CaO,
assim como pequenas quantidades de Mg, Ti, Na e K. (Marcelino, 2012).

O conhecimento do comportamento destas cinzas é importante de modo a evitar


operações inadequadas. Pois, quando em alta concentração pode diminuir o poder
calorífico (PC), podem ainda causar perda de energia e sua presença afecta também a
transferência de calor. Destaca-se que o efeito da adubação para elevar o potencial
produtivo do solo e para atender as demandas nutricionais das culturas agrícolas,
promoveu o acúmulo de minerais na constituição dos tecidos vegetais, resultando em
teores mais altos de cinzas (Paula et al., 2011a; Vale et al., 2011, apud souza 2016). O
teor de cinza da biomassa varia de 0,1 %, no caso da madeira, até 15 % em alguns
materiais agrícolas, (Marcelino, 2012).

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2.6. Teor de Carbono Fixo


O teor de carbono fixo indica a quantidade de calor a ser gerado. Quanto maior este
percentual, mais lentamente o combustível irá queimar e, consequentemente, maior sua
resistência a elevadas temperaturas (Marcelino, 2012). Este representa a massa restante
após a saída de compostos voláteis, excluindo as cinzas e teores de humidade. Segundo
Brito & Barrichello (1982) apud Souza 2016), a vantagem para maiores valores de
carbono fixo se dá por uma liberação da energia presente na biomassa de uma forma mais
lenta, implicando em maior tempo de residência nos fornos.

2.7. Poder Calorifico Superior


O poder calorífico de um combustível é a quantidade de energia liberada na queima
completa de uma determinada massa de combustível (ALMEIDA, 2008).
De acordo com Vieira (2012), o Poder Calorífico Superior (PCS) representa o calor
liberado, ou seja, a quantidade máxima de energia que pode ser obtida na transferência
de calor do combustível.

2.8. Poder calorifico Inferior


De acordo com Vieira apud Klautau (2008) apontam Poder Calorifico Inferior como a
quantidade de calor liberado durante a combustão sendo que a água está no estado de
vapor.

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3. A Experiência Laboratorial

3.1. Materiais e Equipamentos

Na aula laboratorial foram procedidas 3 experiências:

 Determinação do Teor de Humidade;


 Determinação do Teor de Cinzas; e
 Determinação da Matéria Volátil.

Porém, antes de começar os experimentos foi necessário preparar a amostra, reduzindo a


sua granulometria com o auxílio de um Moinho Tetsch-ZM 200. As fotos dos Materiais
podem encontrar no apêndice.

Para estas experiências foi necessário o auxílio de materiais e equipamentos, conforme


indicado na tabela abaixo.

Teor de Humidade Teor de Cinzas Teor de Material Volátil


1 Placa de Petri 2 Cadinhos de Porcelana 3 Cadinhos de Metal com.
1 Balança de alta precisão 1 Balança de alta precisão 1 Balança de alta precisão
(0.1mg) (0.1mg) (0.1mg)
1 Colherinha 1 Colherinha 1 Colherinha
1 Pinça 1 Pinça Suporte de metal para os
cadinhos
1 Estufa 1 Munfla 1 Munfla
1 Dessecador 1 Dessecador 1 Dessecador
Tabela 1: Matérias e equipamentos utilizados nos Experimentos

3.2. Método Experimental

i) Preparação da Amostra

Antes de começarmos com qualquer experimento, foi necessário primeiro preparar a


nossa biomassa para poder utiliza-la de acordo com o que as normas estabelecem. O
mesmo consistiu em quebrar o endocarpo de coco com o auxílio de um martelo o máximo
possível, de seguida triturar a biomassa em um moinho para reduzir a sua granulometria
a uma velocidade de 8000 rpm/s (figura1A), e passava ao mesmo tempo passava pela
crivagem dentro do moinho (figura 1B). Terminado este processo, leva-se uma parte da

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biomassa a secar na estufa dentro de uma placa de Petri a uma temperatura de 105ºC por
1 hora que no caso da nossa amostra começou as 16:45 ate as 17:45, e outra parte é
reservada para o ensaio de teor de humidade. Passado este tempo, a amostra é retirada e
colocada em dessecador para arrefecer por 30 minutos para podermos começar com os
ensaios. Enfatizar que todos os recipientes utilizados na experiência passaram por uma
boa lavagem e esterilização para que não haja nenhuma contaminação.

Figura 1- Processo de moagem da biomassa (1A), biomassa apos a moagem e


crivagem (1B)

ii) Determinação do Teor de Humidade

Esta experiência foi executado de acordo com a norma ASTM D-871-82, que consistiu
em pesar a placa de petri em uma balança de alta precisão (0.1mg), depois tarar a balança
e colocar a amostra de biomassa a uma massa de 5g (figura 2A) e depois do processo de
pesagem colocar a amostra na estufa a 103ºC, por um período de 16h. Passado este tempo
ela é retirada da estufa, colocada no dessecador por 30 minutos para baixar a temperatura
(figura 2B) e depois pesar. Terminada a pesagem a amostra é colocada novamente na
estufa por 30 minutos e colocada no dessecador para baixar a temperatura novamente e
passa pelo processo de pesagem. Este processo é necessário que seja realizado para que
se analise a existência ou não de uma variação significativa do peso final da amostra com
a placa, e caso haja, será necessário repetir o processo novamente pois pode indicar a
existia ainda da humidade na nossa amostra. De constar que o experimento é realizado
em duas amostras.

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Nota: Enfatizar que a nossa amostra já esta a bastante tempo seca (naturalmente), a
humidade é reduzida, o que será diferente de quando trabalhamos com um endocarpo de
coco recentemente adquirido.

Figura:2 - Pesagem da amostra antes de entrar na estufa (2A), arrefecimento da amostra


no dessecador (2B).

A determinação do teor de humidade é expressa pela seguinte equação:


𝑚ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 −𝑚𝑠𝑒𝑐𝑎
𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 = , Equação (1)
𝑚ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎

Onde:

Hseca = Humidade relativa seca;

𝑚ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 = Massa antes da secagem;

𝑚𝑠𝑒𝑐𝑎 = Massa depois da secagem

ii) Determinação do Teor de Cinzas

A experiência foi executada de acordo com a norma ASTM D-1102, que consistiu em
pesar o cadinho de porcelana em uma balança de alta precisão (0.1mg), onde de seguida
coloca-se dentro do cadinho ainda na balança ate um peso de 2g e apos a pesagem ela é
colocada em uma mufla onde a temperatura é padronizada para que ocorra uma subida
suave da temperatura na munfla de 600ºC em 4h, e depois das 4h ele estabilize a essa

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temperatura por 16h (figura 3A). Passadas as 16h, os cadinhos são retirados da munfla e
colocadas em um dessecador para que reduza a temperatura sem interferência do
ambiente do laboratório, passado 30 minutos, o cadinho com as cinzas passa pelo
processo de pesagem e termina o processo (figura 3B). Em norma o ensaio devia ocorrer
com 3 réplicas para obtivéssemos resultados com melhor precisão e comparação, porém
devido a demanda foi possível apenas efectuar 2 (duas) réplicas.

Figura:3 - Biomassa na munfla (3A) e cadinho com cinza do endocarpo (3B).

O Teor de cinzas presente na amostra é obtido pela seguinte fórmula:

𝑚2 −𝑚1
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠 = ∗ 100% , Equação (2)
𝑚0

Onde:

m2 = massa de cadinho + cinzas;

m1 = massa de cadinho vazio;

m0 = peso da amostra fresca

iii) Determinação da Matéria Volátil

O terceiro e último ensaio foi executado de acordo com a norma E-872 consistiu antes de
qualquer outro processo em ligar a mufla primeiro e padroniza-la para que atinja 950ºC,
enquanto a munfla subindo e equilibrando a temperatura, efectua-se a pesagem do

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cadinho com tampa em uma balança de alta precisão (0.1 mg), (figura 4A), de seguida
tara-se a balança e coloca-se dentro do cadinho 1g de biomassa e depois tampa-se o
cadinho e leva-se a munfla. O cadinho deve ficar 7 min na munfla a temperatura
anteriormente estabelecida onde passados os 7 min são removidas da munfla (Figura 4B)
e arrefecidas no dessecador durante 20 minutos e depois efectua-se a pesagem do cadinho.

Figura:4 - Pesagem da amostra (3A), retirada da amostra da mufla (3B), resultado do


ensaio (3C).

A percentagem de material volátil é obtida pela seguinte fórmula:

𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 −𝑚𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑀𝑉𝑜𝑙𝑎𝑡𝑖𝑙 = ∗ 100 , Equação (3)
𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

Onde:

Minicial = o peso da amostra fresca

Mfinal = o peso do carvão

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4. Resultados e Análise das Experiências

Experiência Resultado Media dos resultados

Teor de Humidade Placa3 = 6,6827% 6,6912%

Placa8= 6,6998%

Cadinho1= 78,9047%

Teor de Material Volátil Cadinho2= 78,6637% 79,00%

Cadinho3= 79,44%

Teor de Cinzas Cadinho4= 1, 1631% -

Cadinho6= 0,5291%
Tabela 2 - Resultados das experiências

Na tabela Acima estão representados os resultados das experiências obtidos e as suas


médias. O teor de cinzas obteve uma discrepância, optando em não efectuar a media.

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4.1. Análise dos Resultados


Em geral das experiências obteve-se bons resultados, os resultados das amostras não
apresentam muita diferença de seus valores, no que diz respeito a teor de humidade e teor
de Material voláteis. Porém, as amostras de teor de cinzas apresentam resultados bastantes
diferentes e discrepantes, indicando alguma anomalia ocorrido durante o ensaio, sendo
assim dissidiu-se em não efectuar a média dos resultados e sim analisar separadamente
cada caso.

4.1.1. Cálculo do poder Calorífico


4.1.1.1. Poder calorífico superior
Para o cálculo do poder calorifico iremos utilizar a fórmula abaixo (equação 5), porém
antes teremos que calcular o carbono fixo, que será calculado da seguinte fórmula:

%CF=100 - (%MV + %TCz), Equação (4)

%CF= 100- (79%+1,1631%)

%CF= 19,8369

i) Cálculo do Poder Calorifico Superior

PCS = 84,5104 x (%CF) + 37,2601 x (% MV) - 1,8642 x (%TCz), Equação (5)

PCS= 85,5104 * 19,8369% + 37,2601*79% - 1,8642 * 1,1631%

PCS= 4.691,854Kcal/Kg = 19,643MJ/Kg

ii) Cálculo do Poder Calorifico Inferior

PCI= PCS – (600 x 0,09 x % Hidrogênio), Equação (6)

PCI= 4.691,854 – (600 * 0,09 * 6,56%)

PCI= 4.337,614Kcal/Kg = 18,160MJ/Kg

iii) Cálculo do Poder Calorífero Útil

PCU = (PCI x (1 – (0,01 x % Humidade) – (600x 0,01 x % Humidade) Equação (6)

PCU= (4,338,796 *(1- (0,01 * 6,68))) – (600 * 0,01 * 6,68)

PCU= 4.008, 884Kcal/Kg = 16,784 MJ/Kg

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iv) Cálculo do Poder Calorífico Superior usando a fórmula de Gouthal

PCS = 82(CF)+A(MV) Equação (7)

PCS= 82 * 19,8369 + 85(79)

PCS= 8.630,6138 Kcal/Kg = 34.9247MJ/Kg

O valor de A é obtido por interpolação na figura da página 12 da monografia da Sra.


Daiane de Souza Borges.

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5. Discussão dos Resultados

Segundo Nogueira e Rendeiro (2008), o teor de voláteis para biomassa vegetal varia de
50 a 80 %. Já para Vieira (2012) diz que genericamente, a biomassa apresenta um alto
conteúdo volátil, com valores em torno de 75 a 90 % dependendo de suas características.
O teor de volátil encontrado no endocarpo de coco 79%, encontra-se bem próximo dos
valores geralmente encontrados para a madeira, onde segundo Brito (1982), apud Esteves
2014, a faixa de teor de voláteis esta entre 75 e 85% para a madeira. O teor de Voláteis
determina a facilidade com que o combustível inicia a queima, o que leva a indicar maior
espontaneidade de queima do endocarpo de coco.

O teor de cinzas encontrado na amostra foi de 1,16%, onde Silva (2007) apud Esteves
2014 encontrou valores de cinzas para resíduos de madeira em torno de 1,34%. Enfatizar
que para o ensaio de teor de cinzas como relatado na análise de resultados apresentou um
valor discrepante entre as amostras, não sendo possível determinar a média, assim sendo
levando em conta a revisão bibliográfica, os autores citados encontram valores próximos
a amostra 1 do cadinho 4 e optou-se em ficar com esse valor para os cálculos.

O valor de carbono fixo encontrado na nossa amostra foi de 20%, os onde Silva (2007)
apud Esteves 2014, encontrou para madeira um teor de 20%. Assim, conclui-se que é o
endocarpo de coco é bastante útil como biomassa para produção de energia.

O teor de humidade apresenta uma media de 6,68%, segundo Silva (2007) encontrou o
teor de humidade para madeira uma media de 10%. Enfatizar que a amostra para o
experimento encontrava- se bastante tempo seco.

O poder calorifico superior do endocarpo de coco é de 18 MJ/Kg, o Abraim et all, (2019)


e Kumari et al 2016 encontraram 20,15 MJ/kg para esta biomassa. Tudo indica que a
nossa biomassa é eficiente, ou seja a biomassa tem pouco oxigénio, consequentemente
maior percentagem de teor de voláteis o que lhe facilita a sua queima e maior produção
de energia. Através de caracterização é possível verificar que a biomassa não apresenta
entraves quanto à sua utilização na geração de energia. Pois apresentou menor teor de
cinzas (1,16%) e maior eficiência energético evidenciado pelo maior valor do poder
calorífico inferior e menor proporção de oxigênio (6,56% para o endocarpo de coco), em
sua composição elementar.

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Por uma questão de comparação efectou-se o cálculo do poder calorifico usando a fórmula
de análise imediata e usando fórmula de Gouthal. Primeiramente para na fórmula
Gouthal, o factor de correção A foi obtido por interpolação dos dados do material volátil
seguindo as recomendações da Borgues, 2018, onde obteve-se um valor aproximado a 88.
Na fórmula de Gouthal, obteve-se um valor de 36.16 MJ/Kg, para o poder calorífero
superior quase o dobro da análise imediata onde obteve um valor de 19,643MJ/Kg. O que
significa que com o factor de correção A é possível maximizar a produção de energia pelo
endocarpo de coco.

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6. Conclusão

Ao longo dos anos, houve sérias preocupações com os poluentes ambientais emergentes
de fontes não renováveis de energia. Como tal, o uso de energia da biomassa ganhou
enorme atenção dada aos seus muitos benefícios sociais, econômicos e ambientais.
Alguns dessas biomassas geralmente são resíduos disponíveis em abundância e são
descartadas inadequadamente, resultando em poluição ambiental. A biomassa agrícola
representa um recurso energético renovável e de baixa emissão, pois contém grandes
quantidades de constituintes orgânicos e possui alto valor energético. Portanto, pode ser
reconhecida como uma fonte potencial de energia renovável com base nos benefícios da
recuperação de energia e protecção ambiental. O com bases nos resultados, o experimento
indicou que a aplicação da biomassa do endocarpo de coco pode ser uma alternativa
promissora devido aos baixos teores de cinza, a grande percentagem de carbono fixo e o
grande poder calorifico que ele apresenta. O alto valor energético do endocarpo de coco
também pode ser atribuído à presença de lignina e celulose.

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7. Referencia Bibliográfica

 ABRABIM, B.N; HOMENAUTH,O. Biomass energy potential of coconut


varieties in Guyana. 2016. Disponivel em:
<http://www.mecenaspublishing.com/journals/index.php/asbjournal/article/d
ownload/91/168 > Acesso em 07/03/2020.
 BORGES, D.S; Estimativa do poder calorífico de espécies nativas
madeireiras. Cuiabá-MT 2018. Disponivel em: <
https://www1.ufmt.br/ufmt/unidade/userfiles/publicacoes/3271ee7dba0734d
14a9ac3dd0ca01043.pdf > Acesso em 06/03/2020
 ESTEVES, M. R; Estudos do potencial energetico e aproveitamento das
cascas de coco verde para a producao de briquete em maceio-AL;
Maceio.2014. Disponivel em: <
http://www.repositorio.ufal.br/browse?type=program&order=ASC&rpp=100
&value=Programa+de+P%C3%B3s-
Gradua%C3%A7%C3%A3o+em+Engenharia+Qu%C3%ADmica > Acesso
em: 06/03/2020
 SOUZA, F; VALE,A.T;.Densidade energética de briquetes de biomassa
lignocelulósica e sua relação com os parâmetros de briquetagem
Brasilia.2015. Disponivel em: <
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/155664/1/Densidade-
energetica-de-briquetes.pdf > Acesso em 05/03/2020
 VIEIRA,A.C;. Caracterização da biomassa proveniente de resíduos
agrícolas.Parane-Brasil.2012. Disponivel em: <
http://portalpos.unioeste.br/media/File/energia_agricultura/pdf/Dissertacao_
Ana_C_Vieira.pdf > Acesso em: 04/03/2020
 BOYLE,G.R. Renewable Energy: An Overview. First edition.
California.2001.Disponivel em: <
https://www.nrel.gov/docs/fy01osti/27955.pdf >
 TWIDELL,J;WEIR,T. Renewable Energy Resources. Third edition.2015.
Disponivel em: < http://folk.ntnu.no/falnes/teach/wave/JF_introduction2010-
06-28.pdf > Acesso em: 04/03/2020

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8. Apêndice

1. Material e Equipamentos do Experimento

Figura 5 - Moinho (para moer as amostras) Figura 6 - Crivo (para a crivagem da


biomassa moída)

Figura 5 - Placa de Petri (Instrumento Figura 6 - Placa de Petri (Instrumento


utilizado para suportar a amostra até ao utilizado para suportar a amostra até ao
laboratório) laboratório)

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Figura 7 - Balnça (Equipamento usado Figura 8 – Dessecador


para medir a massa biomassa)

Figura 11- Estufa usada para a secagem da amostra

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2. Cálculo do Teor de Humidade


i) Resultados do teor de Humidade

Tipo de Biomassa: Endocarpo de coco


Placa Placa Vazia Amostra Placa + Placa + Resultado
amostra amostra
3 50,6360 5,0024 55,3110 55,3041
8 30, 7828 5,0001 35,4529 35,4479
Tabela 3 - Resultados do ensaio de determinação do teor de humidade.

A determinação do teor de humidade é expressa pela seguinte equação:

𝑚ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 − 𝑚𝑠𝑒𝑐𝑎
𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 =
𝑚ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎
Onde:
Hseca = Humidade relativa seca;
𝑚ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 = Massa antes da secagem;
𝑚𝑠𝑒𝑐𝑎 = Massa depois da secagem

1ª Amostra 2ªAmostra
𝑚ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎− 𝑚𝑠𝑒𝑐𝑎 𝑚ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎− 𝑚𝑠𝑒𝑐𝑎
𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎3 = 𝐻𝐻𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒8 = ∗ 100%
𝑚ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 𝑚ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎
5,0024 − 4,6681 5,0001 − 4,6651
𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒3 = ∗ 100% 𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒8= ∗ 100%
5,0024 5,0001
𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 3 = 6,6827% 𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒8 = 6,6998%

𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒3+ 𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒8
𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 =
2
6,6827 + 6,6998
𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 =
2
𝐻ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 6,6912%

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3. Cálculo de teor de Cinzas

Tipo de Biomassa: Endocarpo de coco


Pesos em (g) (±0.0001g)
Nº do Cadinho vazio Amostra fresca Cadinho + cinza Resultados
Cadinho (m1) (mo) (m2)
4 28,8514 2,0034 28,8747 1,1631
6 30,0618 2,0031 30,0724 0,5291
Tabela 4 - Resultados do ensaio de determinação do teor de cinzas

O Teor de cinzas presente na amostra é obtido pela seguinte fórmula:

𝑚2 − 𝑚1
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠 = ∗ 100%
𝑚0
Onde:
m2 = massa de cadinho + cinzas;
m1 = massa de cadinho vazio;
m0 = peso da amostra fresca

m2 −m1
Teor de Cinzas4 = ∗ 100%
m0

28,8747 − 28,8514
Teor de cinzas4 = ∗ 100%
2,0034
Teor de Cinzas4 = 1,1631%

m2 −m1
Teor de cinzas6 = ∗ 100%
mo

30,0724−30,0618
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠6 = ∗ 100%
2,0031

Teor de Cinzas6 = 0,5291%

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4. Cálculo de Matéria Volátil


iii) Resultados do material volátil

Tipo de Biomassa: Endocarpo de coco

Nº do Cadinho Cadinho vazio Amostra fresca Cadinho + Resultados


(mcadinho) (minicial ) Carvão (mfinal)
1 65,2654 1,0007 65,4764

2 63,6696 1,0011 63,8832


3 62,4656 1,0000 62,6712

Tabela 5 - Resultados do ensaio de determinação da material volátil

A percentagem de material volátil é obtida pela seguinte fórmula:


𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 −𝑚𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑀𝑉𝑜𝑙𝑎𝑡𝑖𝑙 = 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
∗ 100%

Onde:
Minicial = o peso da amostra fresca
Mfinal = o peso do carvão

𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙− 𝑚𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − 𝑚𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙


𝑀𝑉1 = 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
∗ 100% 𝑀𝑉2 = ∗ 100%
𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
1,0007 − 0,2111 1,0011 − 0,2136
𝑀𝑉1 = ∗ 100% 𝑀𝑉2 = ∗ 100%
1,0007 1,0011
𝑀𝑉1 = 78,9047% 𝑀𝑉2 = 78,6634%

𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − 𝑚𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑀𝑉3 = ∗ 100%
𝑚𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
1,0000−0,2056
𝑀𝑉3 = 1,0000
∗ 100%

𝑀𝑉3 = 79,44%

𝑀𝑉1 + 𝑀𝑉2 +𝑀𝑉3


𝑀𝑉𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 =
3
78,9047 + 78,6634 + 79.44
𝑀𝑉𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 =
3
𝑀𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 79,00%

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