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Eletrônica Básica

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estudantes desenvolvam atividades empregando
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diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante
possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema
estudado.

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assunto ou "curiosidades" e notícias recentes relacionadas
ao tema estudado.

Aula prática: apresenta atividades em diferentes níveis de


aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e
conferir o seu domínio do tema estudado.

Palavra do Professor

São evidentes a evolução e a melhoria na qualidade de vida das sociedades nestes últimos cinquenta
anos. Dentre as razões dessa evolução destacam-se as áreas relacionadas à tecnologia como
telecomunicações, informática, diagnósticos através de imagens na medicina e a automação industrial
como grande alavanca dos sistemas produtivos e da qualidade.
Essa evolução tem como base a eletrônica, que proporcionou as condições necessárias para a atual
revolução tecnológica. Destaca-se a invenção do transistor semicondutor em 1947, considerada uma
das maiores do século XX, que possibilitou a produção de equipamentos portáteis alimentados por
pilhas e baterias. Podemos citar como exemplo o velho radinho transistorizado.
Destaca-se ainda a invenção do circuito integrado, que proporcionou grandes avanços na
miniaturização e na confiabilidade dos equipamentos eletrônicos, de fundamental importância na área
da microeletrônica.
Neste curso de eletrônica básica vamos apresentar os fundamentos básicos da eletrônica, para
possibilitar ao educando o ingresso no mundo fascinante dos materiais semicondutores. Nosso estudo
inicia-se na física dos semicondutores, evoluindo para os primeiros dispositivos como os diodos,
transistores e componentes especiais. Em cada unidade são desenvolvidas as teorias dos circuitos
eletrônicos pertinentes e necessárias a cada assunto e, para tanto, é fundamental a compreensão dos
princípios da eletricidade e de suas leis. Caro estudante, é nosso objetivo proporcionar a você uma
nova visão sobre a eletrônica, possibilitando-lhe percorrer um caminho cheio de novidades, desafios,
desenvolvendo as suas habilidades neste campo da tecnologia.

Bom estudo!

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Eletrônica Básica

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Eletrônica Básica

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 - NOÇÕES BÁSICAS DE ELETRÔNICA DIGITAL - NOTAÇÃO CIENTÍFICA E


ELEMENTOS PASSIVOS ....................................................................................................................... 5
1.1 - NOTAÇÃO CIENTÍFICA.......................................................................................................................................... 5
1.2 - RESISTORES: CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................... 7
1.2.1 - Características dos Resistores ................................................................................................................. 7
1.2.2 - Simbologia ................................................................................................................................................ 7
1.2.3 - Código de Cores para Resistores ............................................................................................................ 8
1.3 - CAPACITOR ...................................................................................................................................................... 11
1.3.1 - Capacitância ........................................................................................................................................... 11
1.3.2 - Tensão de Trabalho ................................................................................................................................ 12
1.3.3 - Tipos de Capacitores .............................................................................................................................. 12
1.3.4 - Reatância Capacitiva .............................................................................................................................. 13
1.3.5 - Associação de Capacitores .................................................................................................................... 13
1.4 - INDUTOR .......................................................................................................................................................... 13
1.4.1 - Auto-indução ........................................................................................................................................... 14
1.4.2 - Associação de Indutores ........................................................................................................................ 15
1.5 - TRANSFORMADOR............................................................................................................................................. 15
1.5.1 - Princípio de Funcionamento ................................................................................................................... 16
1.5.2 - Relação de Transformação .................................................................................................................... 16
1.5.3 - Tipos de Transformadores...................................................................................................................... 16

CAPÍTULO 2 - MATERIAIS SEMICONDUTORES E DIODOS .............................................................. 19


2.1 - ESTRUTURA QUÍMICA DOS SEMICONDUTORES .................................................................................................... 19
2.1.1 - Dopagem ................................................................................................................................................ 19
2.2 - DIODO SEMICONDUTOR..................................................................................................................................... 20
2.2.1 - Estrutura Básica ..................................................................................................................................... 20
2.2.2 - Comportamento dos Cristais Após a Junção ......................................................................................... 20
2.2.3 - Aplicação de Tensão Sobre o Diodo ...................................................................................................... 20
2.2.4 - Parâmetros Máximos do Diodo .............................................................................................................. 21
2.2.5 - Teste de Diodos Semicondutores .......................................................................................................... 21

CAPÍTULO 3 - TRANSISTORES BIPOLARES DE JUNÇÃO ............................................................... 23


3.1 - INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 23
3.2 - POLARIZANDO O TRANSISTOR............................................................................................................................ 23
3.2.1 - Polarização Direta .................................................................................................................................. 23
3.2.2 - Polarização Reversa ............................................................................................................................... 24
3.2.3 - Polarização Direta-reversa ..................................................................................................................... 24

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Eletrônica Básica

3.2.4 - Alfa CC ......................................................................................................................................... 24

3.2.5 - Beta CC ........................................................................................................................................ 25


3.3 - SIMBOLOGIA DOS TRANSISTORES ...................................................................................................................... 25
3.4 - REGIÕES DE OPERAÇÃO DE UM TRANSISTOR...................................................................................................... 25
3.5 - O TRANSISTOR OPERANDO COMO CHAVE .......................................................................................................... 25

CAPÍTULO 4 - COMPONENTES ELETRÔNICOS ESPECIAIS ............................................................ 30


4.1 - TERMISTORES ................................................................................................................................................... 30
4.2 - PTC (POSITIVE TEMPERATURE COEFICIENT) ...................................................................................................... 30
4.3 - NTC (NEGATIVE TEMPERATURE COEFICIENT) .................................................................................................... 31
4.4 - LDR ................................................................................................................................................................. 31
4.5 - FOTODIODO ...................................................................................................................................................... 31
4.6 - FOTOTRANSISTOR ............................................................................................................................................. 32
4.7 - DIODO EMISSOR DE LUZ (LED) .......................................................................................................................... 32
4.8 - VARISTOR ......................................................................................................................................................... 32

CAPÍTULO 5 - CONHECENDO OS COMPONENTES: PROTOBOARD, MULTÍMETRO E


RESISTORES ........................................................................................................................................ 34
5.1 - PARTES DE UM MULTÍMETRO ............................................................................................................................. 34

CAPÍTULO 6 - ACENDER LED UTILIZANDO RESISTORES E CAPACITORES ................................. 38

CAPÍTULO 7 - IDENTIFICANDO MATERIAIS CONDUTORES E ISOLANTES .................................... 40

CAPÍTULO 8 - DIODO SEMICONDUTOR ............................................................................................. 43

CAPÍTULO 9 - TRANSISTOR BIPOLAR............................................................................................... 45

CAPÍTULO 10 - PCI - PLACA DE CIRCUITO INTEGRADO ................................................................. 48

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Capítulo 1 - Noções básicas de Eletrônica Digital - Notação


Científica e Elementos Passivos
Objetivos
Fazer cálculos referentes à notações numéricas. Identificar na prática valores comerciais de resistores
utilizando o código de cores. Conhecer os princípios de funcionamento dos seguintes componentes
eletrônicos: capacitor, indutor e transformador. Conhecer o protoboard e realizar a primeira montagem e
medição com multímetro.

1.1 - Notação Científica


Nos cálculos de eletroeletrônica, utiliza-se a notação numérica denominada notação científica para
exprimir números da ordem de milhares ou milésimos da unidade. Tal notação facilita o uso e a
compreensão desses números quando utilizados na matemática aplicada naquelas ciências. Para
grandes números, a notação científica consiste em escrever o número sempre em algarismos
menores do que dez, e em seguida, multiplicá-los por dez, tantas vezes quantas forem necessárias
para localizar a vírgula decimal. O número de vezes que a vírgula deslocou-se para a direita será
indicado como expoente da base dez.
Exemplo:
4.000.000.000 = 4 x 109
6.250.000 = 6,25 x 106
452.683 = 4,52683 x 105
Para números menores do que 1 (um) escreve-se o número sempre menor do que dez, multiplicando-
se por uma potência de dez com expoente negativo. O expoente é sempre igual ao número de casa que
a vírgula deslocou-se para a direita.
Exemplo:
0,00000000295 = 2,05 x 10-9
0,000195 = 1,95 x 10-4
0,4523 = 4,523 x 10-1
É conveniente expressar as potências de dez em múltiplos e submúltiplos do número 3 (três), sempre
que possível. Essas potências passam a receber designação própria, tomada do idioma grego ou latino
e adotado pelo sistema internacional (SI), como é visto nesta tabela.
Factor Nome Símbolo Factor Nome Símbolo
-1 -1
10 Deca da 10 Deci d
-2 -2
10 Hecto h 10 Centi c
-3 -3
10 Kilo k 10 Milli m
-6 -6
10 Mega M 10 Micro µ
-9 -9
10 Giga G 10 Nano n
-12 -12
10 Tera T 10 Pico p
-15 -15
10 Peta P 10 Femto f
-18 -18
10 Exa E 10 Atto a
-21 -21
10 Zetta Z 10 Zepto z
-24 -24
10 Yotta Y 10 yocto y

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Atividade de Aprendizagem

1 - Escreva os seguintes números em notação científica:


a) 570.000 g) 82 x 103
b) 12.500 h) 640 x 105
c) 50.000.000 i) 9.125 x 10-3
d) 0,0000012 j) 0,0002
e) 0,032 k) 0,05 x 103
f) 0,72 l) 0,0025 x 10-4

2 - Um livro de Física tem 800 páginas e 4,0 cm de espessura. A espessura de uma folha do livro vale,
em milímetros:
a) 2,5 x 10-2
b) 5,0 x 10-2
c) 1,0 x 10-1
d) 1,5 x 10-1
e) 2,0 x 10-1

3 - A nossa galáxia, a Via Láctea, contém cerca de 400 bilhões de estrelas. Suponha que 0,05% dessas
estrelas possuam um sistema planetário onde exista um planeta semelhante à Terra. O número de
planetas semelhantes à Terra, na Via Láctea, é:
a) 2,0 . 104
b) 2,0 . 106
c) 2,0 . 108
d) 2,0 . 1011
e) 2,0. 1012

4 - Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano. Considerando que, aproximadamente, a


velocidade da luz é de trezentos milhões de metros por segundo e um ano tem 32 milhões de
segundos, devemos multiplicar (trezentos milhões) por (32 milhões) para obter o valor do ano-luz em metros.
Efetue esta conta em notação científica.

5 - A massa do planeta Júpiter é de 1,9 x 1027 kg, e a massa do Sol é de 1,9891 x 1030 kg. Calcule, em
notação científica:
a) a soma das duas massas;
b) aproximadamente, quantas vezes o Sol é mais massivo que Júpiter.

6 - A plataforma continental brasileira é rica em jazidas de petróleo. Dela são extraídas 60% da
produção nacional. As reservas de petróleo do país somam 2,816 milhões de barris. Escreva em
notação científica e em unidades de barris nossas reservas petrolíferas.

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1.2 - Resistores: Classificação e Identificação


Um resistor é um dispositivo cuja resistência ao fluxo de corrente tem um valor conhecido e bem
determinado. Os resistores são elementos comuns na maioria dos dispositivos elétricos e eletrônicos.
Algumas aplicações frequentes dos resistores são: estabelecer a variação adequada da tensão do
circuito, limitar a corrente e constituir-se numa carga.

1.2.1 - Características dos Resistores


Os resistores possuem características elétricas importantes, através das quais se distinguem uns dos
outros:
 Resistência ôhmica: é o valor específico de resistência do
componente. Os resistores são fabricados em valores
padronizados, estabelecido por norma, nos seguintes valores
base: 10, 12, 15, 18, 22, 27, 33, 39, 47, 56, 62, 68, 82. A faixa
completa de valores de resistência se obtém multiplicando-se
os valores base por: 0,1, 1, 10, 100, 1K, 10K, 100K.
 Percentual de tolerância: os resistores estão sujeitos a
diferenças no seu valor específico de resistência, devido ao
processo de fabricação. Estas diferenças situam-se em 5
faixas: mais ou menos 20% de tolerância; mais ou menos 10%
de tolerância; mais ou menos 5% de tolerância; mais ou menos
2% de tolerância; mais ou menos 1% de tolerância.
Os resistores com 20%, 10% e 5% de tolerância são considerados comuns, 2% e 1% são considerados
de precisão. O percentual de tolerância indica a variação que o componente pode apresentar em
relação ao valor padronizado impresso em seu corpo.
 Potência: define a capacidade de dissipação de calor do resistor sendo esse valor uma função
da tensão e da corrente a que ele está submetido.

1.2.2 - Simbologia
A figura ao lado mostra o símbolo oficial da ABNT,
para representação de resistores em circuitos
eletrônicos.

Tipos de resistores
Existem três tipos de resistores quanto a constituição:
 Resistor de filme de carbono: também é conhecido como resistor de película, sendo constituído
de um corpo cilíndrico de cerâmica que serve como base para uma fina camada espiral de
material resistivo (filme de carbono) que determina seu valor ôhmico. O corpo do resistor pronto
recebe um revestimento que do acabamento na fabricação e isola o filme de carbono da ação da
umidade. Suas principais características são a precisão e estabilidade do valo resistivo.
 Resistor de carvão: é constituído por um corpo cilíndrico de porcelana. No interior da porcelana
são comprimidas partículas de carvão que definem a resistência do componente. Os valores de
resistência não são precisos.
 Resistores de fio: constitui-se de um corpo de porcelana ou cerâmica que serve como base.
Sobre o corpo é enrolado um fio especial (por exemplo, níquel-cromo) cujo comprimento e seção
determinam o valor do resistor. Os resistores de fio têm capacidade para trabalhar com maiores
valores de corrente, produzindo funcionamento.

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Eletrônica Básica
Cada um dos tipos tem, de acordo com a sua constituição,
características que os tornam mais adequados que os outros
em sua classe de aplicação.
Quanto à construção os resistores são divididos em três
grupos:

Resistores fixos
São resistores cujo valor ôhmico já vem definido de
fábrica, não sendo possível altera-los.
Resistores ajustáveis
São resistores que permitem que se atue sobre seu
valor ôhmico, alterando-o conforme for necessário.
Uma vez definido o valor, o resistor é lacrado e não se
atua mais sobre o mesmo. É utilizado em pontos de
ajuste ou calibração de equipamentos.
Em baixa potência temos também esse tipo de
resistor, sendo denominado de trimpot, podendo ser de uma ou várias voltas (multivoltas).
Resistores variáveis
São resistores que permitem que se atue sobre o seu valor ôhmico, sendo utilizados onde se necessite
de um constante ajuste da resistência. Estes resistores são empregados no controle de volume de
televisores, rádios, etc.

1.2.3 - Código de Cores para Resistores


O valor ôhmico dos resistores e sua tolerância podem ser
impressos no corpo do componente, através de anéis
coloridos.
A disposição das cores em forma de anéis possibilita que
o valor do componente seja lido de qualquer posição.
O código se compõe de três anéis utilizados para
representar o valor ôhmico, e um para representar o
percentual de tolerância.
O primeiro anel a ser lido é aquele que estiver mais próximo de uma das extremidades do componente.
Seguem na ordem 2º, 3º, 4º anel colorido.
Sendo assim:
1º anel - 10 número significativo;
2º anel - 20 número significativo;
3º anel - multiplicador (número de zeros);
4º anel - tolerância.

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Eletrônica Básica

Casos especiais do código de cores


 Resistores de 1 a 10 ohms: Para representar resistores e 1 a 10 ohms, o código estabelece o
uso da cor dourado no terceiro anel. Esta cor no terceiro anel indica a existência de uma vírgula
entre os dois primeiros números. Exemplo: Marro, cinza, dourado, dourado = 1,8 ohms ± 5%.
 Resistores abaixo de 1 ohm: Para representar resistores abaixo de 1 ohm, o código determina o
isso do prateado no terceiro anel. Esta cor no terceiro anel indica a existência de um 0 (zero)
antes dos dois primeiros números. Exemplo: marrom, cinza, prato, ouro = 0,18 ohms ± 5%.
 Resistores de cinco anéis: em algumas aplicações são necessários resistores com valores mais
precisos, que se situam entre os valores padronizados. Estes resistores têm seu valor impresso
no corpo através de cinco anéis coloridos. Nestes resistores, três primeiros anéis são dígitos
significados, o quarto anel representa o número de zeros (fator multiplicativo) e o quinto anel é a
tolerância. Exemplo: laranja, branco, branco, laranja, marrom = 39900 ohms ± 1.

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Atividade de Aprendizagem

1 - Complete o quadro abaixo usando o código de cores dos resistores.


Na coluna VALOR, complete com o valor do resistor e sua tolerância conforme as cores das
faixas. Onde existir o valor, complete com as cores correspondentes nas outras colunas.
Valor 1º faixa 2º faixa 3º faixa 4º faixa 5º faixa
VERDE AZUL VERMELHA OURO -
2K2 2%
MARROM VERMELHA MARROM LARANJA MARROM
680K 5%
1m 20%
2K7 1%
MARROM VERDE MARROM - -
1,25Ω 1%
VERMELHA VERMELHA PRATA PRATA -
AZUL CINZA AMARELA OURO -

2 - Determinar a resistência equivalente entre os pontos A e B:

a)

b)

c)

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3 - Dado o circuito abaixo determine:

a) Req. (resistência total equivalente)


b) IT (Corrente total e única)
c) VAD (tensão entre os pontos A e D)
d) VBE (tensão entre os pontos B e E)
e) RCF (resistência entre os pontos C e F)
f) RAD (resistência entre os pontos A e D)
g) PAB (potência entre os pontos A e B)
h) PT (potência total)

1.3 - Capacitor
O capacitor é um componente capaz de armazenar cargas elétricas, sendo largamente empregado nos
circuitos eletrônicos. É composto basicamente de duas placas de material condutor, denominadas de
armaduras, isoladas eletricamente entre si por um material isolante chamado dielétrico.
Quando um capacitor é conectado a uma fonte de tensão, o campo elétrico fará com que os elétrons da
armadura que estiver ligada ao positivo da fonte de alimentação seja por estarem atraídos e
consequentemente os elétrons presentes na armadura que estiver ligada ao negativo da mesma fonte
de alimentação sejam por ela repelidos.
Quando a tensão de um capacitor atingir 99,3% da tensão da fonte a que ele esteja submetido, diz-se
que o capacitor está carregado, nesta situação mesmo que se desconecte o capacitor da fonte de
tensão ele permanecerá com uma tensão em seus terminais de valor praticamente igual ao da fonte de
tensão que o carregou.

1.3.1 - Capacitância
É a grandeza que exprime a quantidade de cargas elétricas que um capacitor pode armazenar.
Seu valor depende de alguns fatores:
 Área da armadura: quanto maior a área das armaduras, maior a capacitância;
 Espessura do dielétrico: quanto mais fino o dielétrico, mais próximo estarão as armaduras. O
campo elétrico gerado entre as armaduras será maior e consequentemente a capacitância será
maior.
 Natureza do dielétrico: quanto maior a capacidade de isolação do dielétrico, maior a capacitância
do capacitor.

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Eletrônica Básica
A unidade de medida da capacitância é a Farad representado pela letra F, entretanto a unidade Farad é
muito grande, o que leva ao uso de submúltiplos tais como:
 Microfarad = μF = 10-6
 Nanofarad = ηF = 10-9
 Picofarad = ρF = 10-12

1.3.2 - Tensão de Trabalho


É a máxima tensão que o capacitor pode suportar entre suas armaduras sem danifica-lo. A aplicação de
uma tensão no capacitor superior a sua tensão de trabalho máxima, pode provocar o rompimento do
dielétrico fazendo com que o capacitor entre em curto, perdendo suas características.

1.3.3 - Tipos de Capacitores


Os capacitores podem ser classificados basicamente em quatro tipos:

Capacitores fixos despolarizados: apresentam um valor


de capacitância específico, não podendo ser alterado.
Por ser despolarizado podem ser utilizados tanto em
CA como em CC.

Capacitores ajustáveis: são capacitores que permitem


que se atue sobre sua capacitância, alterando-a dentro
de certos limites, por exemplo 10ρF a 30ρF. são
utilizados nos pontos de calibração dos circuitos como
por exemplo, na calibração de estágios osciladores de
receptores ou transmissores de ondas de radio.

Capacitores variáveis: são capacitores que também


permitem que se atue na sua capacitância, sendo
utilizados em locais onde a capacitância é
constantemente modificada. Como por exemplo, nos
circuitos de sintonia de rádios receptores.

Capacitores Eletrolíticos: São capacitores fixos cujo


processo de fabricação permite a obtenção de altos
valores de capacitância com pequeno volume. O fator
que diferencia os capacitores eletrolíticos dos demais
capacitores fixos é o dielétrico. Nos capacitores fixos
comuns o dielétrico é de papel, mica, cerâmica ou ar. O
dielétrico dos capacitores eletrolíticos é um preparo
químico chamado de eletrólito que oxida pela aplicação
de tensão elétrica. Esses capacitores apresentam
polaridade, que deverá ser observada, a não
observância dessa polaridade implica na total
destruição do componente. Sendo assim estes
capacitores não podem ser aplicados em circuitos
alimentados por tensão C.A.

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Eletrônica Básica
1.3.4 - Reatância Capacitiva
Quando um capacitor é alimentado com tensão CA, a corrente que circula por esse capacitor será
limitada pela reatância capacitiva (Xc). Sendo assim a reatância capacitiva é a grandeza que se opõe a
passagem de corrente CA por um capacitor, e é medida em ohms. Matematicamente teremos:

Onde:

 = reatância capacitiva em ohms;

 = 3,14

 = frequência em Hertz;

 = capacitância em Farads.
Exemplo: A reatância capacitiva de um capacitor de 100µF aplicado a uma rede CA de frequência 60Hz
é:

1.3.5 - Associação de Capacitores


Os circuitos série, paralelo e série-paralelo constituídos de capacitores possuem as mesmas formas que
os circuitos constituídos de resistores.
Associação em Série: A fórmula matemática que exprime a capacitância equivalente (Ceq) é:

A reatância capacitiva é dada por:

Associação Paralelo: A fórmula matemática que exprime a Ceq num circuito paralelo é dada por:

A reatância capacitiva é dada por:

1.4 - Indutor
Os indutores como os capacitores também podem armazenar energia elétrica. Nos indutores este
armazenamento é feito graças ao campo magnético que surge em torno de componente sempre que é
percorrido por uma corrente.
Devido a esta característica podemos também gerar uma corrente em um indutor. O princípio da
geração de energia baseia-se no fato de que toda vez que um condutor se movimenta no interior de um
campo magnético é gerado neste condutor uma corrente elétrica.

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Eletrônica Básica
O cientista inglês Michael Faraday, ao realizar estudos com o eletromagnetismo, determinou as
condições necessárias para que uma tensão seja induzida em um condutor. As observações de
Faraday podem ser resumidas em duas conclusões:
 Quando um condutor elétrico é sujeito a um campo magnético variável tem origem neste
condutor uma tensão induzida. É importante notar que para ter-se um campo magnético variável
no condutor pode-se:
 Manter-se o campo magnético estacionário e movimentar o condutor perpendicularmente ao
campo.
 Manter o condutor estacionário e movimentar o campo magnético;
 A magnitude da tensão induzida é diretamente proporcional à intensidade do fluxo magnético,
isto significa:
 Campo mais intenso = maior tensão induzida;
 Variação do campo mais rápida = maior tensão induzida.

1.4.1 - Auto-indução
A aplicação de uma tensão em uma bobina provoca o
aparecimento de um campo magnético em expansão que gera
na própria bobina uma tensão induzida.
A tensão gerada na bobina por auto-indução tem como
característica, a polaridade oposta à tensão aplicada aos seus
terminais, razão pela qual é denominada de força contra
eletromotriz ( ).

Como a atua contra a tensão da fonte, a tensão aplicada a


bobina, é na realidade:

A corrente no circuito é causada por esta corrente resultante:

Esta capacidade de se opor às variações de corrente é denominada de indutância e é representada


pela letra “L”. Quando se aplica um indutor em um circuito de CC a sua indutância se manifesta apenas
nos momentos em que existe variação de corrente.
Já em CA, como os valores de tensão e corrente estão em constante modificação o efeito da indutância
se manifesta permanentemente.
Esta manifestação permanente da oposição a circulação de uma corrente variável é denominada de
reatância indutiva, representada pela notação XL. A reatância é expressa em ohms e pode ser
determinada através da equação:

Onde:

 reatância indutiva em ohms;

 = constante 3,14;

 = frequência da corrente CA em Hz;

 = indutância do indutor em Henrys.

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Eletrônica Básica
Exemplo: a reatância de um indutor de 600mH aplicado a uma rede CA de 60Hz é:

A corrente que circula em um indutor (IL) aplicado a CA pode ser calculada com base na Lei de Ohm,
substituindo-se R por XL.

Onde:

 = corrente eficaz no indutor em ampères;

 = tensão eficaz em volts;

 = reatância indutiva em ohms.


Exemplo: qual a corrente que circula por um indutor de 600mh quando é aplicado a uma rede CA de
110V/60Hz?

1.4.2 - Associação de Indutores


Os indutores podem ser associados em série, paralelo e até mesmo de forma mista, embora esta última
não seja muito utilizada.
Associação série: a associação série é utilizada como forma de se obter uma maior indutância, que é
dada pela equação:

Associação paralela: é utilizada como forma de obter indutâncias menores ou como forma de dividir
uma corrente entre diversos indutores, sendo expressa por:

1.5 - Transformador
O transformador é um dispositivo que permite elevar ou rebaixar os valores de tensão ou corrente em
um circuito de CA.

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Eletrônica Básica
1.5.1 - Princípio de Funcionamento
Quando uma bobina primária é conectada a uma fonte de tensão CA, surge um campo magnético
variável ao seu redor. Aproximando-se uma bobina secundária à primeira, o campo magnético variável
gerado na primeira bobina corta as espiras da segunda bobina. Como consequência da variação do
campo magnético sobre suas espiras surge na segunda bobina uma tensão induzida (voltagem secundária).
A bobina na qual se aplica a tensão CA é denominada de primário do transformador e, a bobina onde
surge a tensão induzida é denominada de secundário deste transformador. A tensão induzida no
secundário de um transformador é proporcional ao número de linhas magnéticas que corta a bobina
secundária. Por esta razão, o primário e o secundário de um transformado são mostrados sobre um
núcleo de material ferromagnético.
O núcleo diminui a dispersão do campo magnético, fazendo com que o secundário seja cortado pelo
maior número de linhas magnéticas possíveis, obtendo uma melhor transferência de energia entre
primário e secundário. Com a inclusão do núcleo o aproveitamento do fluxo magnético gerado no
primário é maior. Entretanto, surge um inconveniente: o ferro maciço sofre grande aquecimento com a
passagem do fluxo magnético. Para diminuir este aquecimento utiliza-se ferro silício laminado para a
construção do núcleo. O núcleo de ferro é empregado em transformadores que funcionam em baixas
frequências (50Hz, 60Hz, 120Hz). Já os transformadores que trabalham em frequências mais altas (KHz) são
montados em núcleos de ferrite, haja visto que sua permeabilidade magnética é superior a do ferro.

1.5.2 - Relação de Transformação


É a relação que expressa a interação entre primário e secundário de um transformador, ou seja,
expressa a relação entre a tensão aplicada ao primário e tensão induzida no secundário.
Relação de transformação:

Onde:
 VS = tensão no secundário do transformador;
 VP = tensão no primário do transformador;
 NS = número de espiras no secundário do transformador;
 NP = número de espiras no primário do transformador.

1.5.3 - Tipos de Transformadores


Quanto à relação de transformação os transformadores podem ser classificados em três grupos:
 Transformador elevador: é todo transformador que possui uma relação de transformação maior
que 1, NS > NP, sendo assim a tensão no secundário será superior a tensão no primário;
 Transformador abaixador: é todo transformador com relação de transformação menor que 1, NS
< NP. Neste tipo de transformador a tensão no secundário é menor que a tensão no primário;
 Transformador isolador: denomina-se de isolador o transformador que tem uma relação de
transformação igual a 1, NS = NP. Como o número de espiras no secundário e no primário é
igual, a tensão no secundário e no primário também será igual.

16
Eletrônica Básica
Aula Prática - Introdução os circuitos elétricos: identificação de resistores e montagens
básicas

1 - Introdução: Na primeira etapa desta aula prática, iremos aprender a identificar resistores comerciais
pelo código de cores. Para determinarmos o valor do resistor devemos:
a) Identificar a cor do primeiro anel, e verificar através da tabela de cores o algarismo
correspondente à cor. Este algarismo será o primeiro dígito do valor do resistor.
b) Identificar a cor do segundo anel. Determinar o algarismo correspondente ao segundo dígito do
valor da resistência.
c) Identificar a cor do terceiro anel. Determinar o valor para multiplicar o número formado pelos
itens 1 e 2. Efetuar a operação e obter o valor da resistência.
d) Identificar a cor do quarto anel e verificar a porcentagem de tolerância do valor nominal da
resistência do resistor.
Obs.: utilize a tabela do código de cores do item 1.2.3 desta apostila.

2 - Na segunda etapa desta aula prática, iremos conhecer o protoboard, ou melhor, placa para
protótipos, usado para as montagens de circuitos temporários, sem o uso de soldas. No protoboard, os
terminais dos componentes são introduzidos nos orifícios da placa, a qual incumbe-se das conexões
básicas. É, na prática, um circuito impresso provisório. Não só os terminais dos componentes, como
também, interligações mediante fios (jumpers) podem ser espetados nos orifícios dessa placa.
Objetivos: Conhecer o procedimento de identificação de resistores; exercitar a prática de manuseio do
protoboard; utilizar as diferentes variações do multímetro para medições (resistência, tensão e corrente).
Materiais Necessários: resistores comerciais diversos, protoboard, multímetro, fonte de
tensão/corrente variáveis.

17
Eletrônica Básica
a) Identificar na bancada os resistores de 1K e 33K.
b) Utilizar o protoboard para fazer uma ligação em série de um LED com o resistor de 1K. Regular
a fonte de tensão em 5V e testá-la com o multímetro. Feita a ligação, medir a tensão aplicada
sobre o resistor e sobre o LED. Anotar os valores de VResistor e VLED. Repetir o procedimento para o
resistor de 33K. Depois de anotados os valores, confirme os resultados utilizando a Lei de Ohm.
Resistor 1KW - 5V Resistor 33KW - 5V
VResistor = VResistor =
VLED = VLED =
Resistor 1KW - 9V Resistor 33KW - 9V
VResistor = VResistor =
VLED = VLED =

18
Eletrônica Básica

Capítulo 2 - Materiais Semicondutores e Diodos


Objetivos
Conhecer a formação e o comportamento de materiais semicondutores. Entender tipos de ligações
químicas. Conhecer um dos principais componentes eletrônicos: o diodo. Exercitar na prática a
montagem de fontes retificadoras de meia onda e onda completa.

São materiais que podem apresentar características de isolante ou de condutor, dependendo da forma
como se apresenta a sua estrutura química.

2.1 - Estrutura Química dos Semicondutores


Os semicondutores se caracterizam por serem constituídos de
átomos que tem quatro elétrons na camada de valência (tetravalentes).
Os átomos que possuem quatro elétrons na ultima camada tem
tendência a se agruparem segundo uma formação cristalina. Neste
tipo de ligação cada átomo se
combina com quatro outros,
fazendo com que cada elétron
pertença simultaneamente a
dois átomos. Este tipo de
ligação química é denominada
de ligação covalente, e é representada simbolicamente por dois
traços que interligam dois núcleos. As estruturas cristalinas de
elementos tetravalentes são eletricamente isolantes.

2.1.1 - Dopagem
A dopagem é um processo químico que tem por finalidade introduzir átomos estranhos a uma
substância na sua estrutura cristalina.
Cristal “N”
Quando o processo de dopagem introduz na estrutura cristalina uma quantidade de átomos com mais
de quatro elétrons na ultima camada, forma-se uma nova estrutura cristalina denominada cristal N.
Exemplo: A introdução de átomos de fósforo que possuí cinco (5) elétrons na ultima camada. Dos cinco
elétrons externos do fósforo apenas
quatro encontram um par no cristal que
possibilite a ligação covalente. O quinto
elétron por não encontrar um par para
formar uma ligação, tem a característica
de se libertar facilmente do átomo,
passando a vagar livremente dentro da
estrutura do cristal, constituindo-se um
portador livre de carga elétrica.
Cristal “P”
A utilização de átomos com menos de quatro elétrons na ultima camada para o processo de dopagem
dá origem a um tipo de estrutura chamada cristal P.

19
Eletrônica Básica
Exemplo: O átomo de índio que tem três elétrons na ultima camada,
dá origem a um cristal P. Quando os átomos de índio são colocados
na estrutura do cristal puro verifica-se a falta de um elétron para a
formação de ligações covalentes, esta falta é denominada de
lacuna, sendo representada por uma carga elétrica positiva na
estrutura química. Obs: A lacuna não é propriamente uma carga
positiva, mas sim, a ausência de uma carga negativa.

2.2 - Diodo Semicondutor


O diodo semicondutor é um componente que apresenta a
característica de se comportar como um condutor ou como um
isolante elétrico dependendo da forma como a tensão seja aplicada
a seus terminais.

2.2.1 - Estrutura Básica


O diodo se constitui na junção de duas pastilhas de material semicondutor: uma de cristal do tipo P
(anodo) e outra de cristal do tipo N (catodo).

2.2.2 - Comportamento dos Cristais Após a Junção


Após a junção das pastilhas que formam o diodo ocorre um
processo de "acomodamento" químico entre os cristais. Na
região da junção alguns elétrons livres saem do material N e
passam para o material P, recombinando-se com as lacunas
das proximidades.
O mesmo ocorre com algumas lacunas que passam do
material P para o material N e se recombinam com os elétrons
livres. Forma-se na junção uma região onde não existem
portadores de carga, porque estão todos recombinados,
neutralizando-se.
Esta região é denominada de região de
depleção, e verifica-se que nela existe uma
diferença de potencial proporcionada pelo
deslocamento dos portadores de um cristal
para o outro.
Essa barreira de potencial é da ordem de
0,7V para diodos de silício e de 0,3V para
os diodos de germânio.

2.2.3 - Aplicação de Tensão Sobre o Diodo


A aplicação da tensão sobre o diodo estabelece a forma como o componente se comporta
eletricamente. A tensão pode ser aplicada ao diodo de duas formas diferentes, denominadas
tecnicamente de:
 Polarização Direta: A polarização do diodo é considerada direta quando a tensão positiva da
fonte de alimentação é aplicada ao cristal P e a tensão negativa da referida fonte é aplicada ao
cristal N. O polo positivo da fonte repele as lacunas do cristal P em direção ao polo negativo,
enquanto os elétrons livres do cristal N são repelidos pelo polo negativo em direção ao positivo
da fonte.
20
Eletrônica Básica
Se a tensão da bateria externa for maior que a tensão da barreira de potencial as forças de
atração e repulsão provocadas pela fonte de tensão externa permitem aos portadores adquirir
velocidade suficiente para atravessar a região onde há ausência de portadores. Nesta situação o
diodo permite a circulação de corrente no circuito e, diz-se que o diodo está em condução ou
saturado. É importante observar que a seta do símbolo do componente indica o sentido de
circulação (convencional) da corrente elétrica.
 Polarização Inversa: A polarização inversa de um diodo consiste na aplicação de tensão
positiva no cristal N e negativa no cristal P. Nesta condição os portadores livres de cada cristal
são atraídos pelos potenciais da bateria para os extremos do diodo. Observa-se que a
polarização inversa provoca um alargamento da região de depleção, porque os portadores são
afastados da junção. Portanto conclui-se que a polarização inversa faz com que o diodo impeça
a circulação de corrente no circuito elétrico ao qual ele está inserido. Diz-se que nesta situação o
diodo está cortado ou em bloqueio.

2.2.4 - Parâmetros Máximos do Diodo


Os parâmetros máximos estabelecem os limites da tensão e corrente que podem ser aplicados ao
diodo, sem provocar danos a sua estrutura.
Corrente máxima direta
A corrente máxima de cada diodo é dada pelo fabricante em folhetos técnicos. Este é o valor máximo
admissível para a corrente, devendo-se trabalhar com valor em torno de 20% inferiores ao máximo,
para garantir a vida útil do componente.
Tensão reversa máxima
As tensões reversas colocam o diodo em corte. Nesta situação toda tensão aplicada ao circuito fica
sobre o diodo. Cada diodo tem a estrutura preparada para suportar um determinado valor de tensão
reversa, que nunca deverá ser ultrapassado, sob pena da destruição do componente.
Aqui também é aconselhável trabalhar-se com valores em torno de 20% inferiores ao valor máximo.

2.2.5 - Teste de Diodos Semicondutores


Os testes realizados para se determinar as condições de um diodo se resumem a uma verificação da
resistência do componente nos sentidos de condução e bloqueio.
A tensão de polarização para teste do diodo será fornecida pelo próprio multímetro.
Sendo assim o diodo será considerado em bom estado, quando polarizado diretamente, apresentar uma
resistência baixa (na casa das dezenas de ohms) e, quando polarizado inversamente, apresentar uma
resistência alta (vários K ohms).
Se nas duas polarizações o diodo apresentar uma baixa resistência, significa que o mesmo está em
curto. Mas se nas duas polarizações o diodo apresentar uma alta resistência, diz-se que ele está aberto.

Atividade de Aprendizagem

1 - O que são materiais semicondutores? Explique sua estrutura química.

2 - O que é uma estrutura cristalina?

21
Eletrônica Básica
3 - Qual a diferença entre cristal tipo p e tipo n?

4 - O que é um diodo semicondutor?

5 - Quais são os terminais de um diodo?

6 - O que caracteriza a região de depleção de um diodo?

7 - Diferencie a polarização direta da polarização inversa de um diodo.

Aula Prática 2 - Circuitos Retificadores

Introdução: Toda a distribuição doméstica de energia elétrica é através de ondas senoidais em


frequência de 60 Hz e 127 ou 220 Vrms. Já vimos que é possível utilizar um transformador para adequar
o valor da tensão. Porém, o sinal continua alternado. Quase todos os equipamentos elétricos com
construção mais elaborada (TVs, rádios, computadores, instrumentos de pesquisa em geral) utilizam alimentação
contínua. A transformação de uma tensão alternada em tensão contínua é uma das aplicações mais
importantes dos diodos.
Objetivos: Montar um circuito retificador de meia onda e de onda completa.
Materiais Necessários: 2 diodos tipo 1N4001, 1 capacitor de 1 µF, 1 resistor de 10 k, 1 transformador
220V/20V.
a) Monte um circuito retificador de meia onda, segundo o esquema abaixo. Não conecte o diodo
com ligação pontilhada (esta montagem é para a retificação completa). Observe a forma de onda no
osciloscópio, com o auxílio do professor.

Atenção: Extremo cuidado ao conectar os diodos e o capacitor, pois em caso de curto circuito, a
corrente será muito elevada! Atenção à polaridade do capacitor eletrolítico (não inverta a
polaridade, sob risco de explosão). Não ligue o circuito sem a anuência do professor, em hipótese
alguma!!!
b) Para o retificador de onda completa, conecte o fio tracejado, acrescentando um segundo diodo
no circuito. Observe a forma de onda no osciloscópio, com o auxílio do professor.

Procure em livros ou na internet outras formas de circuitos retificadores,


principalmente os construídos por pontes de diodos. Este item é de
fundamental importância para esta disciplina.

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Eletrônica Básica

Capítulo 3 - Transistores Bipolares de Junção


Objetivos
Conhecer o transistor bipolar de junção, tipos NPN e PNP. Entender suas principais equações e as
relações entre emissor, coletor e base. Aprender a calcular e medir os resistores polarizados em
circuitos práticos.

3.1 - Introdução
Um transistor é um componente eletrônico ativo que é formado por duas junções PN. São geralmente
feitos de Silício e neste caso, como os diodos, possuem nas junções PN uma barreira de potencial de
0,7 V. Possui três terminais chamados de coletor, base e emissor.
Conforme se vê na ilustração, a região de emissor é fortemente dopada, e a região de base é
fracamente dopada. Já a região de coletor apresenta uma dopagem mediana. A região de coletor é
muito maior que as outras regiões devido ao fato de ser nesta região que se dissipa todo calor gerado
durante o funcionamento do transistor.
A região de base é muito fina e durante o processo de formação de junção PN emissor / base à camada
de depleção se aprofunda mais na região de base principalmente devido ao fato desta região ser
fracamente dopada. O mesmo ocorre na formação da junção entre coletor / base, porém com menor
intensidade.

3.2 - Polarizando o Transistor


Por ser um componente ativo, o transistor
precisa obrigatoriamente ser alimentado por
fontes externas para que possa ser utilizado.
Os circuitos de polarização de transistores
mais comuns são formados por fontes de
tensão e resistores para de limitação da
corrente. A polarização do transistor é
definida pela relação entre as correntes de
base, emissor e coletor. Há diversas configurações possíveis.

3.2.1 - Polarização Direta

Na polarização direta:

23
Eletrônica Básica
3.2.2 - Polarização Reversa
Quando se polariza as junções reversamente as junções se comportam como diodos comuns sofrendo
um alargamento da largura das camadas de depleções, expansão esta limitada somente pelas
características das junções.
A junção BE normalmente é capaz de suportar tensões de até 30 V. Já a junção BC suporta tensões de
até mais ou menos 300 V.

3.2.3 - Polarização Direta-reversa

Polarizando o transistor desta forma nota se


que existe uma corrente circulando de E para
B, pequena devido ao fato da base ser
pouco dopada (poucas lacunas disponíveis para
recombinação). Como a junção CB está
reversamente polarizada, era de se supor
que não houvesse corrente de coletor.
A corrente de coletor se forma quando a
base recebe elétrons em grande número do
emissor, que é fortemente dopado. Já que a base (região P) é fracamente dopada, fica rapidamente
estabilizada em número de lacunas e elétrons com a recombinação proporcionada pelos elétrons
fornecidos pelo emissor. Sendo a base muito estreita e estando estabilizada em número de lacunas e
elétrons, há uma tendência dos elétrons em excesso, fornecidos pelo emissor, atravessarem a junção
BC, atraídos pelo potencial positivo da fonte ligada ao coletor.
Isso faz com que apareça uma corrente muito forte de emissor para coletor, o que é fácil de entender
devido ao fato das fontes VBE e VCB estarem ligadas em série, forçando assim a circulação de
corrente de E para C.
Nos transistores cerca de 95% da corrente injetada no emissor fluem em direção ao coletor, e apenas
5% da corrente de emissor flui em direção á base. A relação entre a corrente de coletor e a corrente de
emissor é conhecida por αCC.

3.2.4 - Alfa CC

Exemplo:
Um transistor tem uma corrente de coletor (IC) de 4,1 mA e uma corrente de emissor (IE) de 5mA. Pede-
se determinar qual seu . Quanto mais próximo o for próximo de “1”,mais fina será a região de
base.

24
Eletrônica Básica

3.2.5 - Beta CC
A relação entre a corrente de coletor e a corrente de base é chamada de βCC e é muito utilizado nos
cálculos de polarização de transistores em todas as regiões de operação.
Um exemplo claro da utilidade do βCC é a determinação da corrente de base de um transistor, quando
pelo coletor flui uma determinada corrente.

Exemplo:
Se em um transistor se mede uma corrente de coletor de 5 mA qual deverá ser sua corrente de base se
seu βCC = 100.

3.3 - Simbologia dos Transistores


Existem dois tipos de transistores bipolares, um chamado de NPN e outro chamado de PNP; os dois
funcionam de maneira análoga, porém um com correntes ao contrário do outro. Observando os
símbolos deve-se lembrar que:
1 - A corrente de emissor sempre será a corrente de base mais a corrente de coletor.

2 - A corrente de coletor é aproximadamente igual a corrente de emissor.


3 - A corrente de base é sempre muito menor que a corrente de coletor ou corrente de emissor.

3.4 - Regiões de Operação de um Transistor


Os transistores operam em duas regiões distintas, uma chamada de fonte de corrente (região linear) e
outra chamada de região de corte/saturação.
Região de corte / saturação
É a região de operação de transistor onde ele atua como uma chave elétrica, ligado e desligado. Nesta
região a corrente de base é bastante alta e a do coletor também, é a região onde o transistor sofre
menos aquecimento e onde a tensão entre coletor e emissor é menor. (aproximadamente 0 V)
Na região de ruptura a tensão entre coletor e emissor fica muito elevada causando a destruição do
componente, devendo ser evitada; já na região linear o transistor se comporta como uma fonte de
corrente controlada, é uma região utilizada para amplificação e como a tensão VCE é muito elevada há
uma geração de calor no transistor bastante elevada.

3.5 - O Transistor Operando Como Chave


Quando o transistor está operando como chave (região de
corte / saturação) só existe duas situações possíveis de
corrente de coletor: Total, quando saturado, e zero,
quando comutado (aberto). Quando saturado a base se
encontra energizada e a tensão VCE é baixa (1 ou menos
volt), é quando o transistor dissipa menos calor, nesta
situação a corrente de base é relativamente alta em
comparação a operação na região linear.

25
Eletrônica Básica
Em geral se considera a corrente de base dez vezes menor que a corrente de base; isto supondo o
corte e saturação ocorrendo em baixas frequências. Com esta regra pode-se dizer que:

Exemplo:
Calcular o circuito abaixo (RB e RC), onde:

= 20 V

= 12 V

= 15 mA
Escrevendo a equação da malha de base:

Como ,

Substituindo na equação da malha de base, considerando :

Então,

Usou-se um resistor comercial maior devido ao ganho ser baixo: = 10. Escrevendo agora a
equação da malha de coletor, considerando :

Utilizou-se um resistor de 1K2 devido ser o valor comercial mais próximo.

Atividade de Aprendizagem

1 - Determine os valores dos resistores RC e RB do circuito abaixo. Dica: a corrente que circula no LED
é a mesma que circula no resistor RC.

26
Eletrônica Básica
2 - Calcule RB e RC para que o transistor funcione como uma chave que seja capaz de acender um
conjunto de três LEDs em paralelo, sendo que a corrente em cada um deles deve ser de 15mA, como
mostrado no esquema abaixo:

3 - Calcular qual a resistência de base no transistor do circuito abaixo. Demonstrando as equações


necessárias.

Aula Prática 2 - Circuitos Retificadores

Introdução: O teste de transistores bipolares segue o mesmo procedimento adotado para os diodos,
visto que um transistor possui duas junções PN. Se o multímetro possuir uma escala e conector
especial para medir o ganho de transistores, o teste destes componentes ficará bastante facilitado.
Basicamente pode-se medir a resistência das junções do transistor conforme mostrado nas figuras
abaixo.
Objetivos:
Os objetivos desta aula de laboratório são:
 Identificar e testar transistores bipolares com o multímetro;

 Entender o funcionamento de circuitos de polarização de transistores;

 Montar circuitos envolvendo os transistores bipolares de junção.

Materiais Necessários: 1 transistor BC548, 1 transistor BC558, 1 resistor de 47k, 1 resistor de 270,
1 fonte de tensão regulável, 1 protoboard.

27
Eletrônica Básica

Figura 1 - Medindo a resistência da junção base-emissor. Figura 2 - Medindo a resistência da junção base-coletor.

a) Meça as junções dos transistores BC548 (NPN) e BC558 (PNP) com ajuda do multímetro e anote
os valores nas tabelas 1 e 2. O teste de um transistor PNP segue o mesmo procedimento que o
teste de um transistor NPN, no entanto, as polaridades das ponteiras devem estar invertidas um
em relação ao outro. Meça também o ganho dos transistores (β) usando o multímetro. Nas
medidas de resistência, em alguns instrumentos não será possível testar os transistores. Desta
forma, o teste deve ser feito utilizando a escala de teste de diodos.

Tabela 1 - Teste de transistores NPN com multímetro (BC548).


Tensão de Polarização medida
Junção
[V ou mV]
Base(+)  emissor(-)
Base(-)  emissor(+)

Base(+)  coletor(-)
Base(-)  coletor(+)

Coletor(+)  emissor(-)
Coletor(-)  emissor(+)

Ganho medido com o multímetro (β ou hFE)

28
Eletrônica Básica
Tabela 2 - Teste de transistores PNP com multímetro (BC558).
Tensão de Polarização medida
Junção
[V ou mV]
Base(+)  emissor(-)
Base(-)  emissor(+)

Base(+)  coletor(-)
Base(-)  coletor(+)

Coletor(+)  emissor(-)
Coletor(-)  emissor(+)

Ganho medido com o multímetro (β ou hFE)

b) Monte o circuito mostrado na figura abaixo, onde se utiliza um transistor na configuração


emissor-comum. Realize as medições solicitadas na tabela 3, anotando também os valores
calculados. Calcule o erro utilizando a seguinte expressão:

Tabela 3 - Transistor bipolar de junção com polarização simples.


Variável Valor teórico Valor prático Erro (%)
VCE
VBE
VBC
IC
IB
IE
βCC

Atenção: Não ligue o circuito sem a anuência do professor, em hipótese alguma!!!

29
Eletrônica Básica

Capítulo 4 - Componentes Eletrônicos Especiais


Objetivos
Conhecer os princípios de funcionamento dos seguintes componentes eletrônicos: termistores, PTC,
NTC, LDR, fotodiodo, fototransistor, LED e varistor. Exercitar o aprendizado com a montagem de um
oscilador com transistores bipolares.

4.1 - Termistores
Este é um dispositivo muito importante para os circuitos que trabalham em locais de grande amplitude
térmica. O termistor é um resistor dependente da temperatura, ou seja, seu valor de resistência varia
com a temperatura a que está submetido. Esta variação não é linear. Na fabricação dos termistores é
difícil conseguir uniformidade.
As características de um termistor pode variar com o tempo e com a temperatura. Se a temperatura for
elevada aumenta o processo de difusão, portanto, não é fácil utilizar um termistor como transdutor de
precisão. Os termistores não podem suportar temperaturas muito elevadas, por isso seu emprego é
muito limitado. Geralmente, a temperatura máxima que um termistor pode suportar é,
aproximadamente, 400ºC. Os termistores podem ser de dois tipos: PTC e NTC.

4.2 - PTC (Positive Temperature Coeficient)


Os PTCs são resistores cuja resistência elétrica aumenta com o aumento da temperatura. Dados que
devem acompanhar todo termistor:
 A resistência (W) a 25ºC;
 A máxima tensão admissível;
 A corrente máxima suportável.
Os dados para se reconhecer um termistor são fornecidos pelo fabricante. Exemplo: P50/80/30/01.
Onde:
 P = Termistor PTC;
 50 = Sigla da nomenclatura de fabricação;
 80 = Corrente máxima em mA;
 30 = Coeficiente de variação (30%ºC);
 01 = Sigla da nomenclatura de fabricação.

Simbologia do termistor PTC.

O teste deste componente é feito da seguinte forma: com um ohmímetro mede-se a resistência do
componente a temperatura ambiente, em seguida aproxima-se do componente uma fonte de calor e
deverá ser notado um acréscimo na resistência ôhmica do mesmo. Os termistores PTC são utilizados
mais frequentemente em:
 Termostatos;
 Proteção de bobinados de motores;
 Estabilização de temperatura de um líquido.
30
Eletrônica Básica

4.3 - NTC (Negative Temperature Coeficient)


Os NTC’s são resistores formados por semicondutores cerâmicos feitos de óxidos metálicos, cuja
resistência elétrica diminui com o aumento da temperatura. Os NTC’s são usados em faixas de
temperatura que estão entre 0ºC e 400 ºC. Estes componentes se destacam nas aplicações tais como:
 Medidores de temperatura;
 Proteção de circuitos;
 Circuitos de alarme.
Para testá-los deve-se medir a sua resistência a temperatura ambiente, em seguida, aproximar o
componente de uma fonte qualquer de calor. Observar no multímetro que o valor da resistência diminui,
com o aumento da temperatura.

Simbologia do termistor NTC.

4.4 - LDR
O LDR (Light Dependent Resistor - Resistor Dependente de Luz), é o um resistor cuja resistência elétrica diminui
com o aumento da luz incidente na sua superfície sensível.
Este efeito fotoelétrico (fotocondutividade) se baseia no seguinte princípio: quando um semicondutor recebe
a luz, incide sobre ele fótons com energia suficiente para arrancar elétrons da banda de valência e
passar a banda de condução.
A resistência de uma célula LDR depende do número de fótons incidentes e, portanto, da intensidade
luminosa. Por não necessitarem de amplificadores os LDRs simplificam em muito os circuitos de
controle industriais, uma vez que podem atuar diretamente sobre os relés de comutação. Para testar
este componente, usa-se o multímetro em ohms. Primeiramente mede-se sua resistência na presença
de luz em seguida tapa-se a região sensível e deverá se observar que a resistência aumenta
sensivelmente.

Simbologia do LDR.

4.5 - Fotodiodo
Trata-se de uma junção P-N, com uma abertura, com lente, para a entrada dos raios de luz. Quando
polarizado inversamente, a luz libera mais portadores minoritários e consequentemente há um aumento
da corrente de fuga. Para testar este componente, coloca-se o multímetro em uma alta escala de
resistência e mede-se com e sem luz incidente sobre a abertura. A medida efetuada com luz deve ter
valor consideravelmente inferior à medida sem luz.

Simbologia do fotodiodo.

31
Eletrônica Básica

4.6 - Fototransistor
Componente com a mesma estrutura do transistor bipolar convencional, porém é deixada uma abertura
com lente, na região da junção base-coletor. Com a incidência de luz, diminui consideravelmente a
resistência desta junção.
A principal diferença entre um fotodiodo e um fototransistor reside no fato de que no fototransistor a
corrente é mais intensa, uma vez que o transistor já fornece uma amplificação deste sinal.
Para testar este componente, mede-se o valor da resistência entre coletor emissor, com e sem luz. A
medida efetuada com luz deve apresentar valor bem mais baixo do que a medida efetuada com a
superfície sensível escurecida.

Simbologia do fototransistor.

4.7 - Diodo Emissor de Luz (LED)


O LED (Ligth Emission Diode - Diodo Emissor de Luz) é um componente utilizado para sinalização. Sua junção
P-N, é acrescida de certas ligas, como por exemplo, o arsianeto de gálio, que tem a propriedade de
emitir luz, quando diretamente polarizado.
O LED substitui as tradicionais lâmpadas piloto, com as vantagens de não aquecer, possuir vida útil
muito maior, apresentar baixo consumo, etc.
Para testar o LED deve-se liga-lo a uma fonte de tensão CC, não esquecendo de ligar em série com o
mesmo um resistor que limite a corrente em 20mA.

Simbologia do Led.

4.8 - Varistor
Os varistores de óxido de zinco ou SIOV são componentes bipolares passivos, destinados a proteger
circuitos de surtos ou transientes de tensão.
A resistência dos varistores diminui sempre que a tensão aplicada aos seus terminais atinge um valor
limite, fazendo com que o componente passe a conduzir corrente e consequentemente mantendo a um
nível mais baixo o valor da tensão.
É muito utilizado na proteção de contatos de interruptores para evitar as sobretensões, em circuitos
retificadores com diodos de silício e na entrada de equipamentos eletrônicos com a finalidade de
protegê-los de possíveis sobretensões.

Simbologia do varistor.

32
Eletrônica Básica

Atividade de Aprendizagem

1 - O que é um termistor? Explique seu funcionamento.

2 - Qual a diferença entre um resistor PTC e um resistor NTC?

3 - Como funciona um fototransistor?

4 - O LED é um diodo? Explique.

5 - O que é e como funciona um varistor?

Aula Prática 4 - Oscilador com transistores bipolares

Introdução: Um oscilador eletrônico é um circuito que produz um sinal eletrônico repetitivo,


frequentemente uma onda senoidal ou uma onda quadrada, sem a necessidade de aplicação de um
sinal externo. Um oscilador é baseado num circuito amplificador e numa malha de realimentação
positiva, que induz a uma instabilidade de operação que resulta na oscilação.
Objetivos: Montar no protoboard um oscilador com transistores bipolares.
Materiais Necessários: 2 leds, 2 transistores BC557, 2 capacitores de 100µF, 2 resistores de 330, 2
resistores de 15k, 1 fonte de tensão regulável, 1 protoboard.
a) Monte um circuito retificador de meia onda, segundo o esquema abaixo.

Atenção: Não ligue o circuito sem a anuência do professor, em hipótese alguma!!! ~

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Eletrônica Básica

Capítulo 5 - Conhecendo os Componentes: Protoboard, Multímetro


e Resistores

Para qualquer procedimento no laboratório utilizando componentes eletrônicos, é preciso conhecer o


funcionamento de 02 elementos essenciais para nossas práticas: Protoboard e Multímetro.
Como utilizar uma Protoboard: As protoboads talvez sejam umas das ferramentas mais importantes
para quem está começando com eletrônica e montagem de circuitos, pois com ela é possível montar
dezenas de circuitos sem a necessidade de soldar qualquer componente. Sendo assim, se você não
tem certeza de como um determinado circuito irá se comportar durante seu funcionamento, a
protoboard é o lugar mais recomendado para montar este circuito e efetuar todos os testes necessários.
Uma oura utilização muito comum é interligar sensores e circuitos integrados (CIs) aos diversos
microcontroladores disponíveis como, por exemplo, o Arduino.
Antes de começarmos a montar os circuitos em nossas protoboards, precisamos conhecer as áreas
disponíveis na protoboard e entender como elas funcionam. Na imagem abaixo temos as três áreas
disponíveis nas protoboards, a área para montagem de CIs (parte central da protoboard), a área para
distribuição da alimentação elétrica (duas linhas superiores e inferiores) e a área para montagem dos
componentes (colunas). As linhas azuis representam as ligações internas da protoboard, ou seja,
internamente elas já estão interligadas.
Conhecer os princípios de funcionamento dos seguintes componentes eletrônicos: termistores, PTC,
NTC, LDR, fotodiodo, fototransistor, LED e varistor. Exercitar o aprendizado com a montagem de um
oscilador com transistores bipolares.

Com isso, podemos observar que as linhas de alimentação estão separadas no meio, formando 4
barramentos de alimentação que permitem a utilização de diferentes fontes de energia. Apenas atente-
se que esta separação está disponível apenas para os modelos de protoboards maiores (840 ou mais
furos), para os modelos menores não existe esta separação. Também observamos que as colunas
formam agrupamentos de 5 furos em 5 furos, ou seja, assim que inserirmos um componente em um dos
furos, ele estará eletricamente conectado a todos os outros furos daquela coluna.
Usando um Multímetro: um Multímetro é um aparelho para testes e medição de grandezas elétricas,
extremamente popular entre técnicos e engenheiros eletrônicos devido à sua grande
utilidade, permitindo, mesmo nos modelos mais simples, efetuar a medição de Corrente, Tensão e
Resistência Elétricas, permitindo assim realizar diversos tipos de diagnósticos em circuitos elétricos.
Vamos utilizar neste artigo um Multímetro Digital, pois é o tipo mais amplamente usado hoje em dia, em
larga escala.

5.1 - Partes de um Multímetro


Um multímetro possui três partes principais:
 Display (Visor);
 Botão de Seleção (Chave Seletora);
 Bornes onde são conectadas as Pontas de Prova (Ponteiras).

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Eletrônica Básica
O Visor é onde os resultados das medições são exibidos. Dependendo do modelo do multímetro, pode
ter 3 ou mais dígitos, e um dígito adicional para representar o sinal de negativo.
O botão de seleção é um botão rotativo, de múltiplas posições, que usamos para selecionar a função
que desejamos medir, e a precisão da escala de medição, e também para desligar o multímetro quando
não em uso, para economizar sua bateria, que geralmente é uma bateria de 9 V.
As ponteiras são conectadas em bornes específicos presentes no multímetro, sendo uma ponteira
geralmente na cor vermelha para representar a polaridade POSITIVA, e outra ponteira na cor preta,
para representar a polaridade NEGATIVA. Comumente, um multímetro possui mais de dois bornes de
conexão para as ponteiras, os quais permitem a medição de outras grandezas quando as ponteiras são
trocadas de conector.
O multímetro nos permite realizar medições de Tensão Alternada e Contínua, Resistência, Corrente
Elétrica (contínua apenas), realizar teste em baterias de 1,5 V e 9 V, e testar o ganho (hFE) de transístores
NPN e PNP, além de realizar teste de continuidade. A figura abaixo mostra a localização de cada uma
dessas funções na escala do multímetro:

Grandezas medidas pelo multímetro e suas escalas: Para efetuar essas medições, é necessário
conectar as pontas de prova nos bornes corretos. A figura a seguir mostra as funções que são medidas
em cada borne, lembrando que a ponteira preta sempre deve ser conectada ao borne COM, e a
vermelha, ao demais bornes, conforme o teste que se deseja realizar:

Efetuando Medições: Para efetuarmos medições, a primeira coisa a se fazer é determinar a grandeza a
ser mensurada. Vamos começar efetuando medição de Tensão Elétrica. Para isso, vamos conectar as
pontas de prova nos bornes conforme segue:
 Ponteira vermelha no borne VΩ
 Ponteira preta no borne COM
Agora, precisamos determinar que tipo de tensão elétrica vamos medir: Contínua (DCV) ou Alternada
(ACV).

Medição de uma Bateria de 9V, que opera com Tensão Contínua: Para isso, precisamos localizar no
Multímetro a escala de tensão contínua, e ajustar sua precisão para acomodar o valor que pretendemos
medir, que é de aproximadamente 9V. Para isso, escolhemos na escala o valor que for mais próximo e
acima do valor esperado na medição, para evitar danos ao multímetro. Se estiver com dúvida com
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Eletrônica Básica
relação ao valor da tensão que será medida, coloque a chave de seleção no valor mais elevado e
depois vá baixando, para aumentar a precisão, até o valor máximo ainda seguro para a medição.
No caso, o valor de escala mais próximo e acima de 9V é o de 20 DCV (tensão contínua), que permite
medir valores de 0 até 19,99 V. Veja a escala selecionada na figura abaixo:

Vamos à medição. Após selecionar a escala correta no aparelho girando a chave seletora, conecte as
pontas de prova aos polos da bateria, com firmeza, e verifique no visor do multímetro o valor medido.
Caso você inverta a polaridade das ponteiras, não haverá problema, pois, o multímetro mede a tensão
em relação ao ponto comum (COM). Neste caso, a única diferença que você verá é que o sinal aparecerá
com o sinal de negativo no visor. Veja a medição realizada na figura abaixo:

Note o valor medido: 9,81 V, um pouco acima do esperado para esta bateria, que é de 9 V. Isso pode se
dar por conta de ajustes de calibração do multímetro ou por conta de variações na tensão da bateria em
si. Note que esse multímetro possui uma posição específica para medição de baterias, tando de 9V
quanto pilhas de 1,5V. Mas muitos multímetros não possuem essa opção, então a forma mais comum
de efetuar essa medição é a que acabamos de mostrar.
Medindo Tensão Alternada - Rede Elétrica: Vamos medir agora a tensão da rede elétrica, em uma
tomada de 110 V. Essa tensão é alternada, portanto vamos ter de alterar a posição da chave seletora
para ACV, escolhendo a escala de 200 V (neste caso sabemos o valor que será medido; caso não soubéssemos se a
tomada é de 110 V ou de 220 V, deveríamos colocar a chave seletora na posição 750 V para não danificar o multímetro). Veja
a medição na figura a seguir:

O valor medido foi de 116,3 V, dentro da normalidade para a rede elétrica convencional. Lembre-se de
que se for medir uma tomada de 220 V, ou se não souber a tensão da tomada, coloque o multímetro na
escala de 750 ACV (ou a mais alta que seu multímetro possuir) para evitar acidentes.

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Eletrônica Básica
Medindo Resistência Elétrica: Vamos efetuar agora a medição de Resistência Elétrica de um resistor. O
resistor possui a marcação de sua resistência em seu corpo, mas vamos supor que não houvesse tal
marcação, ou que ela fora apagada. Neste caso, vamos começar colocando a chave seletora na escala
de medição de resistência (Ω), no valor mais alto presente no multímetro, que é a posição 200 M (200
MegaOhms). Não precisamos nos preocupar com a polaridade para esta medição, e é importante notar
que o componente deve estar desconectado de qualquer circuito. Portanto, se você quiser medir um
resistor que esteja soldado a uma placa, será necessário soltar (dessoldar) ao menos um de seus
terminais, de modo que a medição não sofra influência dos demais componentes conectados ao
circuito.

Aula Prática 5

Materiais Necessários: para montar o seu circuito você vai precisar de 01 protoboard, 01 multímetro,
03 resistores, 01 suporte/plug de bateria de 9 V, 01 bateria de 9 V.
Objetivos: Circuito Eletrônico - Esquema de montagem

Abaixo segue o esquema detalhado de montagem e conexão dos componentes eletrônicos do circuito.
Você pode montá-lo em uma protoboard.

Associação em série Associação em Paralelo Associação Mista

Seguindo os circuitos acima das associações, pegue seus componentes e faça os circuitos no
Protoboard.

Resultados

1 - Quais foram as cargas utilizadas em cada resistor?


R1:
R2:
R3:

2 - Quais foram os valores finais em cada associação?


Série:
Paralelo:
Mista:

3 - De acordo com a teoria estudada em sala de aula sobre associações, os cálculos mostraram os
mesmos resultados?

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Eletrônica Básica

Capítulo 6 - Acender LED Utilizando Resistores e Capacitores


Agora que você já estudou em sala de aula, os componentes resistores e capacitores, a prática de hoje
vai mostrar como podem trabalhar juntos em um circuito.

Aula Prática 6 - Acender um LED

Materiais necessários: Protoboard, Fios, 02 Resistores 1Ω, 01 Capacitor 1000µF, 01 LED 5V, 01
bateria 9V com conector/plug.
Acompanhe o circuito elétrico que seu professor irá representar no quadro. E siga os passos abaixo:
Alimentação

Inserindo o capacitor (positivo com positivo e negativo com negativo)

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Eletrônica Básica
Inserindo resistores em série

Inserindo o LED (positivo com resistor e negativo alimentação)

1 - Resultados

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Eletrônica Básica

Capítulo 7 - Identificando Materiais Condutores e Isolantes


Objetivo: Produzir um equipamento de teste de bons e maus condutores de eletricidade.

Como vimos em sala de aula, existem materiais que são bons condutores de eletricidade e maus
condutores (isolantes).
Todos os corpos são constituídos por átomos e estes são formados por partículas com pequenas
dimensões que são os nêutrons (não possuem carga), os prótons (partículas de carga positiva) e os elétrons
(partículas de carga negativa). Os nêutrons juntamente com os prótons ficam no interior do núcleo, e os
elétrons ficam na eletrosfera. Para manter esses elétrons sempre em órbita na eletrosfera, existem
forças internas que os seguram, não deixando que os mesmos escapem. No entanto, quanto maior a
distância entre a órbita e o núcleo, mais fraca é a força que mantém o elétron preso ao átomo, pois,
dessa forma, pode se mover com certa liberdade no interior do material, dando origem aos chamados
elétrons livres.
O que determina se um material é condutor ou isolante é justamente a existência dos elétrons livres.
São eles os responsáveis pela passagem e transporte da corrente elétrica através dos materiais. São
chamados de condutores aqueles materiais onde há possibilidade de trânsito da corrente elétrica
através dele como, por exemplo, o ferro. Este é um elemento químico que possui dois elétrons na última
camada, os quais estão fracamente ligados ao núcleo. Dessa forma, o ferro se torna um ótimo condutor
de eletricidade.
Com os materiais isolantes, também chamados de materiais dielétricos, ocorre o processo inverso.
Nesses materiais, os elétrons estão fortemente ligados ao núcleo atômico, ou seja, eles não possuem
elétrons livres ou a quantidade é tão pequena que pode ser desprezada. Dessa maneira, não permitem
passagem de corrente elétrica. São bons exemplos de materiais isolantes: o vidro, a borracha, a
cerâmica e o plástico.

Aula Prática 7

Materiais Necessários: 01 LED, 01 resistor 100Ω, 02 garras jacaré, 01 suporte para 02 pilhas, 02
pilhas de 1,5V, fios, 01 saboneteira e fita isolante.

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Eletrônica Básica

Montando o equipamento de teste

Conectar um fio (verde) em uma das garras de jacaré e conectar no negativo do suporte de pilhas.
Conectar o positivo do suporte de pilhas com o positivo do LED, conectar o negativo do LED ao resistor,
e o resistor ao fio (amarelo) da garra de jacaré.

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Eletrônica Básica

Inserir tudo dentro da saboneteira

Testar diferentes materiais

1 - Resultados

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Capítulo 8 - Diodo Semicondutor


Objetivo: Conhecer o dispositivo diodo; Consultar folha de dados de um diodo comercial; Utilizar o
diodo em circuito; Comparar o diodo como uma chave.

É um dispositivo eletrônico de dois terminais que se comporta como uma chave fechada quando
diretamente polarizado (anodo com potencial maior que catodo), e como uma chave aberta quando
inversamente polarizado (modelo ideal).

Na polarização direta, apresenta queda de tensão nos seus terminais de 0,1V à 0,6V para diodos de
germânio (Ge), e 0,6 a 1,1V para os de silício (Si). Na polarização inversa, apresenta uma pequena
corrente de fuga da ordem de nanoamperes.

Aula Prática 8

Materiais Necessários: 01 fonte de 12V, 04 resistores (220, 330, 390 e 680Ω), 01 diodo 1N4007 e
protoboard.
Montando os circuitos

1 - Consultar a folha de especificações do diodo 1N4007, no anexo, e identificar:


Tensão direta a corrente máxima (VF):
Corrente média direta máxima - IF (AV):
Máxima tensão reversa de pico repetitiva (VRRM):

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Eletrônica Básica
2 - Calcular a corrente (Id) e tensão (Vd) nos terminais do diodo dos seguintes circuitos (considerar diodo
ideal):

3 - Montar os circuitos do item 2 e medir a tensão (Vd) e corrente (Id) no diodo. Comparar com os valores
calculados.

4 - Conclusões

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Eletrônica Básica

Capítulo 9 - Transistor Bipolar


Objetivo: Capacitar o aluno a identificar os terminais de um transistor; Identificar as características
de um transistor; Consultar a folha de dados de um transistor; Ligar o transistor em um circuito
eletrônico; Fazer a curva característica de um transistor.

O transistor bipolar é um dispositivo de três terminais (base, coletor, emissor) constituído de duas junções
semicondutoras PN. Há basicamente dois tipos de transistores: NPN e PNP.

As junções semicondutoras são encapsuladas em invólucros de plástico ou metal, sendo o material


semicondutor acessível eletricamente através de terminais. O transistor tem a característica de que uma
pequena corrente de base pode controlar uma grande corrente de coletor. Por isso, é utilizado
principalmente como uma chave controlada por corrente.

Aula Prática 9

Materiais Necessários: Protoboard, fonte 12V, resistores (2,2MΩ 4,7kΩ 2,7kΩ 4,7kΩ 1MΩ 2,7kΩ 1,5kΩ 2,7kΩ
680kΩ 1,5kΩ 1kΩ) 01 transistor BC548, e fios.

Montando o circuito
1 - Montar o circuito abaixo no protoboard e ligar a alimentação:

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Eletrônica Básica
2 - Levantar a curva característica do transistor. Variar os valores de Rb e Rc conforme tabela abaixo.
Medir os valores das correntes Ib e Ic, e os valores das tensões Vce e Vbe. Completar a tabela com os
valores medidos:

3 - Desenhar o gráfico da curva característica do transistor (Ic x Vce) com os dados medidos no item 02.

4 - Qual é o valor aproximado do ganho de corrente (ß) do transistor utilizado?

5 - Consultando a folha de dados do transistor BC548, dê o valor de:

6 - Conclusões

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Eletrônica Básica
Aula Prática 10 - Cara ou Coroa Eletrônico

Materiais Necessários: 4 resistores 22k, 2 resistores 1k, 2 capacitores 3,3 µf eletrolítico 16v, 2
transistores NPN TIP41, 2 LEDs de cores diferentes, 1 Botão de pressão push-buton, fios, protoboard e
fonte 12V.
Objetivo: Conhecer o seu funcionamento dentro de um circuito com outros componentes.

Montando o circuito

1 - Resultados

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Eletrônica Básica

Capítulo 10 - PCI - Placa de Circuito Integrado


Objetivo: Manusear os componentes eletrônicos, soldando-os corretamente, através do esquema
representativo (circuito elétrico), na placa de circuito integrado.

Atualmente, placas de circuitos impressos (PCIs) são amplamente empregadas em todos os tipos de
equipamentos eletrônicos, principalmente quando se empregam em sua construção circuitos integrados.
O material inicialmente usado para a fabricação de placas de circuito impresso (PCIs) foi uma chapa
conhecida como fenolite. As chapas de fenolite são feitas com a mistura de uma resina fenólica com
certa quantidade de papel picado ou serragem de madeira (carga), apresentando cor marrom claro ou
escura, dependendo do tipo de carga utilizada. A mistura é moldada e prensada a quente na forma de
chapas, com diferentes espessuras.

Atualmente, há diferentes tipos de placas, pode ser constituída de uma placa isolante de fenolite, fibra
de vidro, fibra de poliéster, filme de poliéster, filmes específicos à base de diversos polímeros, etc, que
possuem a superfície com uma ou, duas faces, por fina película de cobre, constituindo as trilhas
condutoras, revestidas por ligas à base de ouro, níquel entre outras, que representam o circuito onde
serão soldados e interligados os componentes eletrônicos.

Aula Prática 11

Materiais Necessários: Ferro de solda, sugador de solda, PCI, componentes eletrônicos (resistores,
capacitores, transistores) dependendo do projeto proposto por seu professor, alicates.

Com o auxílio do professor, defina o circuito integrado que irá soldar e faça os testes.

1 - Resultados

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