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Formação Inicial e
Continuada
+
IFMG
Lucas Frederico Jardim Meloni
Belo Horizonte
Instituto Federal de Minas Gerais
2021
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2021
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Sobre o material
Formulário de
Sugestões
Bons estudos!
O autor.
Apresentação do curso
Este curso está dividido em duas semanas, cujos objetivos de cada uma são apresentados,
sucintamente, a seguir.
Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando eles
aparecem no texto. Veja aqui o seu significado:
Objetivos
Nesta semana você verá os principais componentes
semicondutores utilizados em inversores de tensão, além das
principais topologias monofásicas, incluindo uma introdução
aos inversores multinível.
Conversores C.C.- C.A são circuitos capazes de sintetizar tensões e correntes alternadas à
partir de fontes de alimentação contínuas (HART, 2012). A Figura 1 mostra a representação
em diagrama de blocos de circuitos inversores fonte de tensão e corrente. Como mostrado
na Figura 1(a), um inversor fonte de tensão, ou inversor de tensão, utiliza uma fonte de
tensão contínua (VCC) para produzir saídas de corrente (io(t)) e tensão (vo(t)) alternadas. Já
o inversor fonte de corrente, representado na Figura 1 (b) utiliza uma fonte de corrente
contínua (ICC) para produzir suas saídas alternadas de corrente e tensão.
Figura 1 – Circuitos inversores monofásicos: (a) Inversor fonte de tensão monofásico; (b) Inversor fonte de
corrente monofásico.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
2
Figura 2– Circuitos inversores trifásicos: (a) Inversor fonte de tensão trifásico; (b) Inversor fonte de corrente
trifásico.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
3
1.2 Módulo 2 - Dispositivos Semicondutores de Potência
4
Figura 3 - Diodo de junção. (a) Simbologia de circuito elétrico para o diodo de junção de potência. (b) Curva
de operação.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
A operação do diodo pode ser explicada através do gráfico da Figura 1 (b), cujo eixo
vertical mostra a corrente de anodo iA(t), e o eixo horizontal mostra a tensão anodo-catodo
vAK(t). Se o potencial elétrico do anodo for maior que o potencial do catodo, vAK(t) será
positiva e o diodo está preparado para conduzir. Se o valor de tensão de polarização direta
Vf não for atingido, o diodo não conduzirá, mesmo que polarizado diretamente. Quando
vAK(t) estiver próximo de Vf, a corrente iA(t) crescerá exponencialmente, sendo limitada pelo
circuito externo. Nesta condição, o diodo estará no estado ligado ou em condução.
Quando a tensão vAK(t) é negativa, o diodo está polarizado reversamente e não
conduzirá valores significantes iA(t). Assim, o mesmo encontra-se no estado bloqueado e
irá comportar-se como um resistor com alta resistência elétrica. Entretanto, se a magnitude
da tensão vAK(t) negativa atingir um valor, denominado tensão de polarização reversa (Vbr)
o diodo entrará em uma região de operação denominada ruptura reversa e conduzirá
correntes significativas no sentido reverso. A menos que o diodo seja projetado para operar
nessa região, como o diodo especial denominado diodo Zener, esta condição deve ser
evitada.
Para o estudo de inversores de tensão ou demais conversores chaveados, pode-se
utilizar o modelo ideal para o diodo, descrito na curva da Figura 4. Neste modelo, para uma
tensão vAK(t) maior do que zero, o diodo inicia sua condução, sendo que a corrente iA(t) será
diferente de zero. Nesta região, o diodo comporta-se idealmente como uma chave fechada.
Na outra região, quando a tensão vAK(t) for negativa, o diodo é polarizado reversamente e
não conduzirá corrente, independente da amplitude da tensão vAK(t). Nesta região, o diodo
comporta-se como uma chave fechada.
5
Figura 4 - Modelo ideal para o diodo.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
Assim, concluímos que o diodo não é um dispositivo controlável, uma vez que a sua
condução depende exclusivamente de sua tensão vAK(t) de polarização. Entretanto, o diodo
possui um papel importante na operação dos inversores de tensão. Exemplos de diodos de
potência são mostrados na Figura 5.
6
Figura 6 - Transistores Bipolares de Junção.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
Figura 7 - Curvas características do transistor bipolar NPN: (a) relação entre corrente de base e tensão base-
emissor; (b) relação entre corrente de coletor e tensão coletor-emissor.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
7
Na região de saturação o transistor NPN tem seus terminais base-emissor e base-
coletor polarizados diretamente. Como mostra Figura 7 (b), a tensão vCE é baixa nesta região
e a corrente de coletor ic é elevada, dando ao transistor uma característica de chave fechada.
Na região ativa o transistor possui os terminais base-emissor polarizados diretamente e os
terminais base-coletor polarizados reversamente. Nesta região o transistor opera como um
amplificador linear, com correntes iB e mantidas em valores constantes. Assim, pequenas
variações na corrente iB produzirão variações na corrente iC, ocasionando variações na
tensão vCE. A relação entre as correntes iB e iC é dada nesta região pelo ganho de corrente,
mostrado na expressão (1).
iC = βiB (1)
8
Figura 8 - Transistores de efeito de campo de enriquecimento Metal-Óxido Semicondutor.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
9
Figura 9- Curva de operação de um MOSFET de enriquecimento de canal n.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
10
Figura 10 – Exemplos de módulos de potência MOSFET.
Fonte: Imagem retirada de Semikron (2020b).
Figura 11 – Transistor bipolar de porta isolada (IGBT): (a) Simbologia de circuito; (b) circuito equivalente.
11
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
Para fazer com que o IGBT entre em condução é necessário aplicar uma tensão vGE
positiva, conforme mostrado na Figura 11 (b). Dessa forma, o MOSFET do circuito
equivalente conduzirá e drenará corrente de base do transistor NPN, fazendo-o também
conduzir. Segundo (ERICKSON; MAKSIMOVIC, 2001) os IGBTs possuem um efeito
denominado tiristor parasita, devido seu aspecto construtivo, que aciona a condução do
dispositivo indevidamente. Entretanto, os mesmos mencionam que os dispositivos modernos
não sofrem mais com esse efeito.
Os circuitos necessários para acionamento do IGBT são semelhantes aos circuitos
dos MOSFETS. Atualmente os IGBTs são os dispositivos mais comumente empregados em
inversores de tensão (RASHID, 2014). A Figura 12 mostra exemplos de módulos IGBTs com
circuitos prontos para serem utilizados em inversores de tensão monofásicos em trifásicos.
12
Um exemplo simples de circuito é a configuração drive totem pole mostrada na Figura 13.
Neste circuito, o sinal de comando vin é aplicado na entrada do comparador de tensão,
representado pelo triângulo. Se for aplicado um sinal para que o transistor M1 entre em
condução, o comparador de tensão fará com que o transistor NPN entre em condução, ao
mesmo tempo que o transistor PNP entrará em corte. Isso fará com que uma tensão positiva
(+VCC) seja aplicada na porta de M1, garantindo uma tensão vGS positiva. Por outro lado, se
o sinal de comando for aplicado para que M1 opere como chave aberta, a saída de tensão
do circuito comparador fará com que o transistor PNP sature, ao mesmo tempo que o
transistor NPN entrará em corte. Isso fará com que a tensão vGS em M1 seja igual a zero,
fazendo-o bloquear.
O circuito totem pole é muito útil e permite o controle total da abertura ou fechamento
de MOSFETs ou IGBTs. Também é possível modificar esse circuito para aplicar tensões vGS
negativas, fazendo com que o transistor desligue de forma mais rápida. Para cada transistor
a ser comandado, deve-se utilizar um circuito completo da Figura 13. Também é necessário
utilizar fontes CC de alimentação isoladas para cada transistor, o que encarecerá o circuito
final.
Topologias totem pole também pode ser encontradas em circuitos integrados (CIs)
acopladores ópticos (optoacopladores), como o mostrado na Figura 14. Além do
acionamento dos transistores, estes circuitos proporcionam um isolamento entre os sinais
de comando e potência. Também é necessário utilizar um acoplador óptico para cada
transistor.
13
Figura 14– Circuito integrado acoplador óptico para acionamento de MOSFETs ou IGBTs.
Fonte: Imagem retirada de Avago (2020).
14
curto-circuito, tempo morto e intertravamento (SUPPLIER, 2020). Outro exemplo de placa é
mostrado na Figura 17.
15
1.3 Módulo 3 – Inversores de tensão monofásicos Meia-Ponte
16
Figura 18– Circuito inversor de tensão monofásico em Meia-Ponte.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
17
Ainda na Figura 19 é importante destacar duas características que devem ser
garantidas pelos circuitos gate driver ou pelos circuitos produtores de sgA1 e sgA2: o
intertravamento e o tempo morto (TDT). O intertravamento significa garantir que ao tempo
em que se aplica o sinal comando para que um transistor conduza, o outro transistor deverá
estar bloqueado. Assim, os sinais sgA1 e sgA2 devem ser complementares, evitando que
ocorra a condução simultânea dos transistores, o que ocasionará um curto-circuito no
barramento CC. O tempo TDT é um pequeno atraso entre a troca de níveis lógicos dos sinais
de comando. Este tempo é necessário para garantir que os dois transistores não conduzam
simultaneamente durante a comutação entre os estados de condução e bloqueio, o que
evitará seu sobreaquecimento ou curto-circuito (SUPPLIER, 2020).
Figura 20 – Características de uma carga resistiva: (a) representação em simbologia de circuito; (b) formas de
onda de corrente e tensão.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
18
Em uma resistência, a potência instantânea p(t) é dada pelo produto entre tensão
vo(t) e a corrente io(t), conforme mostrado na equação (3). A potência média é dada pelo
valor médio da potência instantânea, como mostrado na equação (4) (HART, 2012).
v2o (t)
p(t) = vo (t)io (t) = Ri2o (t) = (3)
R
1 𝑇 1 𝑇 1 1 𝑇
∫0 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = R (𝑇 ∫0 i2o (t)𝑑𝑡) = ( ∫ 𝑆 vo2 (t)𝑑𝑡)
𝑆 𝑆
P𝑚é𝑑𝑖𝑎 = (4)
𝑇𝑠 𝑠 R 𝑇 0𝑠
1 𝑇
V𝑜𝑅𝑀𝑆 = √ ∫0 𝑆 vo2 (t)𝑑𝑡 (5)
𝑇 𝑠
1 𝑇
I𝑜𝑅𝑀𝑆 = √ ∫0 𝑆 i2o (t)𝑑𝑡 (6)
𝑇 𝑠
Ao comparar as expressões (4), (5) e (6), verifica-se que a potência média em uma
carga resistiva pode ser determinada pela sua resistência R e pelos valores eficazes de
tensão e corrente, como mostrado na expressão (7).
(𝑉𝑜𝑅𝑀𝑆 )2
P𝑚é𝑑𝑖𝑎 = R(𝐼𝑜𝑅𝑀𝑆 )2 = (7)
R
19
Uma desvantagem da topologia meia-ponte está na amplitude da tensão de saída, a
qual é metade da tensão do barramento cc. Além disso, enquanto o transistor QA2 estiver
bloqueado, este deverá suportar uma tensão reversa igual a vCC(t), o que demonstra que
são necessários dispositivos que suportem uma amplitude de tensão maior que a produzida
na saída vAB(t).
Durante a ETAPA 2, no período TQA2 Figura 22, os níveis lógicos de sgA1 e sgA2 são
invertidos, fazendo com que o transistor QA2 conduza enquanto QA1 será bloqueado, como
mostrado na Figura 21(b). Isso ligará o capacitor CCC2 ao resistor de carga, tornando a tensão
vo(t) = -(1/2)vCC(t). Assim, durante TQA2 o voltímetro 1 indicará um valor positivo de tensão,
enquanto o voltímetro 2 indicará um valor negativo.
As formas de onda de vo(t) e io(t) serão quadradas e com período total (T1) igual a
soma entre os períodos de condução TQA1 e TQA2, como mostrado pela expressão (8).
T𝑄𝐴1 T𝑄𝐴2
𝐷 = = 1− (9)
T1 T1
1 TS
Voméd = ∫0 vo (t)dt = (2D-1) (10)
Ts
20
Figura 21 – Operação do inversor meia-ponte com carga resistiva.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
21
Figura 22 – Formas de onda da tensão vo(t) e corrente io(t) de saída do inversor monofásico meia ponte.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
1 T VCC
VoRMS = √ ∫0 S v2o (t)dt = (10)
T s 2
22
1.3.2 Inversor meia-ponte com carga resistiva e indutiva (RL).
A Figura 23(a) mostra as características de uma cara RL, constituída por uma
associação série entre um indutor e um resistor. Neste tipo de carga, a relação entre a
corrente io(t) e a tensão vo(t) é dada pela equação (12), onde La é o valor da indutância e R
o valor da resistência da carga.
dio (t)
vo (t) = vLa (t) + vR (t) = La + Rio (t) (12)
dt
Figura 23- Características de uma carga RL: (a) circuito elétrico equivalente; (b) formas de onda de corrente
e tensão.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
Como mostrado na expressão (11), a relação entre vo(t) e io(t) não é linear, o que
indica que seus formatos serão diferentes. Além disso, o formato de io(t) dependerá da
relação entre R e La e será mais próximo do senoidal, devido as propriedades de filtragem
da indutância (HART, 2012). A indutância é um elemento que armazena energia na forma
de campo magnético. Através da expressão (11), é possível ver que a tensão induzida vLA(t)
é igual ao produto da indutância La e a derivada de io(t). Isso mostra que a tensão induzida
é proporcional a variações na corrente da carga.
As etapas de operação do inversor meia-ponte com carga RL é ilustrada são
ilustradas na Figura 24. Devido a introdução da indutância, surgirão outras duas etapas de
operação, nas quais os diodos DA1 e DA2 entrarão em condução. As formas de onda de
tensão e corrente de saída são mostradas na Figura 25.
Na ETAPA 1, durante o período t1 da Figura25, um nível lógico alto é aplicado em
sgA1 e um nível lógico baixo em sgA2. O transistor QA1 conduzirá e conectará o capacitor
23
CCC1 à carga. Durante esta etapa a corrente da carga crescerá até atingir o valor máximo
Imáx., com o formato determinado através da solução da expressão (11).
Em seguida, na ETAPA 2 que ocorrerá a inversão dos níveis lógicos dos sinais de
comando sgA1 e sgA2. Apesar de sgA2 estar com nível lógico alto e o circuito GDA2 estar
aplicando uma tensão porta-emissor positiva, o transistor QA2 não entra em condução e
conectará o capacitor CCC2 à carga. Ao invés disso, o diodo DA2 entrará em condução,
fazendo com que a corrente io(t) permaneça com o mesmo sentido, até que a energia
armazenada na indutância seja descarregada. Durante esta etapa, o sentido de vo(t) e io(t)
são opostos, o que indica que a energia da indutância está voltando para a fonte de
alimentação. Neste caso, o amperímetro exibiria um valor positivo e o voltímetro um valor
negativo.
Na ETAPA 3, durante o período t3 mostrado na Figura 25, o nível lógico alto ainda
aplicado em sgA2 fará com que QA2 agora conduza, invertendo o sentido da corrente io(t).
Por fim, durante o período t4 na ETAPA 4, o diodo DA1 entrará em condução até a energia
armazenada na indutância descarregar.
24
Figura 25 – Formas de onda de tensão e corrente de saída do inversor monofásico meia-ponte com carga RL.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
25
Figura 26 – Inversor de tensão monofásico em ponte completa.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
26
Figura 27– Circuito analógico para acionamento bipolar para o inversor de tensão monofásico.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
As etapas de operação para carga resistiva são mostradas na Figura 28. As formas
de onda da tensão vo(t) e corrente io(t) na carga são mostradas na Figura 29. Na ETAPA1,
durante o período TQA1 mostrado na Figura 29, níveis lógicos altos são aplicados em sgA1 e
sgA4 e níveis lógicos baixos em sgA2 e sgA3, conforme indicado na Tabela 1, fazendo com
que os transistores QA1 e QA4 conduzam, enquanto QA2 e QA3 permanecem bloqueados. A
tensão na carga será vo(t) = vcc(t) e a corrente io(t) pode ser determinada através da
expressão (2).
Na ETAPA 2, durante o período TQA2 ilustrado na Figura 29, os níveis lógicos de sgA2
e sgA3 serão altos e os de sgA1 e sgA4 serão baixos. Com isso, os transistores QA2 e QA3
entrarão em condução, fazendo com que a tensão na carga se torne vo(t) = -vcc(t).
Novamente, a corrente io(t) assumirá o mesmo formato, com sua amplitude determinada
através da expressão (2).
As formas de onda das figuras 22 e 29 são semelhantes, exceto pela amplitude.
Assim, as definições de razão cíclica e período mostradas para a Figura 22 também podem
ser migradas para a Figura 29. O valor eficaz da tensão na carga é determinado através da
equação (13), que também demonstra que o valor eficaz da tensão de saída é igual a tensão
do barramento CC.
1 T 1 2π
VoRMS = √ ∫0 S v2o (t)dt = √ ∫0 v2o (θ)dθ = VCC (13)
T s 2π
27
Figura 28 – Etapas de operação do conversor monofásico ponte completa com carga resistiva.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
28
Figura 29 – Formas de onda para a tensão e corrente na carga resistiva, para acionamento bipolar do inversor
monofásico em ponte completa.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
A inclusão da indutância na carga fará com que os diodos DA1 a DA4 possam entrar
em condução. Todas as etapas de operação são mostradas na Figura 30 e descritas na
Tabela 2. As formas de onda da tensão e corrente na carga são mostradas na Figura 31. As
etapas 1 e 3, que ocorrem durante os períodos t1 e t3, mostrados na Figura 31, e são
idênticas as etapas mostradas na Figura 28. Durante estas etapas a corrente io(t) crescerá
até atingir uma amplitude máxima de módulo Imax.
Na ETAPA 2, durante o período t2 da Figura 31, apesar dos sinais sgA2 e sgA3 estarem
com nível lógico alto, os transistores QA2 e QA3 não entrarão em condução, devido a tensão
induzida pela bobina. Esta condução ocorrerá até que io(t) torne-se zero, para poder inverter
seu sentido de condução. Nesta etapa os sentidos de vo(t) e io(t) são opostos, o que mostra
mais uma vez que a energia armazenada na indutância retornará para a o barramento CC.
A ETAPA 4 funcionará de forma análoga, sendo agora os diodos DA1 e DA4 que entrarão em
condução.
29
SINAIS DE SINAIS DE
DISPOSITIVOS QUE
PERÍODO DE COMANDO EM COMANDO EM TENSÃO
PODERÃO ENTAR
ACIONAMENTO NÍVEL LÓGICO NÍVEL LÓGICO vAB(t)
EM CONDUÇÃO
ALTO BAIXO
Figura 30 – Etapas de operação do inversor monofásico ponte completa com acionamento bipolar e carga RL.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
30
Figura 31– Formas de onda de tensão vo(t) e corrente io(t) na carga RL acionada por um inversor ponte
completa monofásico.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
O acionamento unipolar permite produzir tensões de saída vAB(t) com três níveis:
vcc(t), -vcc(t) e zero. Uma sequência de acionamento unipolar é mostrada na Tabela 3. Para
produzir uma tensão nula na saída, como mostrado nas etapas 2 e 4, deve-se acionar os
transistores superiores QA1 e QA3 ou inferiores QA2 e QA4 simultaneamente.
SINAIS DE SINAIS DE
COMANDO COMANDO DISPOSITIV
PERÍODO DE TENSÃO
ETAPA COM NÍVEL COM NÍVEL OS
ACIONAMENTO vAB(t)
LÓGICO LÓGICO ACIONADOS
ALTO BAIXO
31
O circuito analógico da Figura 32 poderá ser usado para realizar o acionamento
unipolar do inversor monofásico em ponte completa. São necessários dois comparadores e
de tensão e dois blocos inversores lógicos. Cada comparador acionará um braço do
conversor de forma complementar. Também são necessários dois sinais de referência vref1(t)
e vref2(t) defasados de modo a produzir a sequência e níveis lógicos proposta na Tabela 3.
1 T 1 2π 2α
VoRMS = √ ∫0 S v2o (t)dt = √ ∫0 v2o (θ)dθ = VCC √1- (14)
T s 2π π
32
Através da expressão (14) é possível observar que a tensão eficaz de saída com o
acionamento unipolar é menor que a tensão produzida pelo acionamento bipolar. Entretanto,
é possível obter valores diferentes, modificando o período α.
33
Figura 33 – Etapas de operação do inversor monofásico ponte completa com acionamento unipolar e carga
resistiva.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
Figura 34 – Formas de onda para a tensão vo(t) e corrente io(t) de saída do inversor monofásico em ponte
completa com acionamento unipolar e carga resistiva.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
Com a carga RL, os diodos em antiparalelo entrarão em condução toda vez que
houver a troca dos sinais de comando. A corrente da carga permanecerá circulando no
mesmo sentido até chegar ao valor zero, quando a indutância descarregar sua energia
armazenada. Uma sequência de operação é mostrada na Tabela 4, com os períodos de
acionamento são mostrados na Figura 35 e as etapas de circuito são mostradas na Figura
36.
Comparando-se as formas de onda da Figura 35, quando vo(t) for igual a zero, io(t)
diminuirá de magnitude, mas não circulará para o barramento CC. Os períodos t2, t4, t6 e t8
podem ser ajustados, dependendo das características da carga, para que não ocorra
circulação de corrente da carga para o barramento CC. Caso contrário, além das etapas de
condução da Figura 36, também surgirão as etapas 2 e 4 mostradas na Figura 30.
O aspecto da corrente io(t) mostrado na Figura 35 é muito mais próximo de uma forma
de onda senoidal, quando comparado com os formatos das Figuras 25 e 31. O motivo é a
introdução do terceiro nível de tensão, produzido quando vo(t) é nulo. Portanto, o
acionamento unipolar permite tanto a alteração do valor eficaz da tensão, quanto a melhora
no aspecto da corrente.
34
SINAIS DE SINAIS DE
PERÍODO DE COMANDO COMANDO DISPOSITIVOS TENSÃO
ETAPA
ACIONAMENTO COM NÍVEL COM NÍVEL CONDUZINDO vAB(t)
LÓGICO ALTO LÓGICO
BAIXO
t1 1 sgA1; sgA4 sgA2; sgA3 QA1; QA4 vcc(t)
t2 2 sgA1; sgA3 sgA2; sgA4 QA1; DA3 0
t3 3 sgA2; sgA3 sgA1; sgA4 QA2; QA3 -vcc(t)
t4 4 sgA2; sgA4 sgA1; sgA3 QA2; DA4 0
t5 1 sgA1; sgA4 sgA2; sgA3 QA1; QA4 vcc(t)
t6 6 sgA2; sgA4 sgA1; sgA3 DA2; QA4 0
t7 2 sgA2; sgA3 sgA1; sgA4 QA2; QA3 -vcc(t)
t8 5 sgA1; sgA3 sgA2; sgA4 DA1; QA3 0
Tabela 4 – Sequência de acionamento unipolar para o inversor monofásico ponte completa e carga RL.
Fonte: produzida pelo autor.
Figura 35 - Formas de onda para a tensão vo(t) e corrente io(t) de saída do inversor monofásico em ponte
completa com acionamento unipolar e carga RL.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
35
Figura 36– Etapas de operação do inversor monofásico ponte completa com acionamento unipolar e carga
RL.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
36
1.5 - Módulo 5 – Inversores de tensão monofásicos multiníveis e o inversor
NPC
Nesta sessão veremos algumas ferramentas matemáticas que nos permitirão analisar
o desempenho de inversores de tensão. Também veremos o que são os inversores
multiníveis e quais são suas características. Por fim, será apresentado o inversor multinível
NPC, capaz de produzir tensões de saída com formato próximo do senoidal e baixo conteúdo
harmônico.
f(t)= a0 + ∑∞
n=1[an cos(nω1 t) + bn sen(nω1 t)] (15)
1 T/2
a0 = ∫ f(t)dt (16)
T -T/2
2 T/2
an = T ∫-T/2 f(t)cos(nω1 t)dt (17)
2 T/2
bn = ∫ f(t)sen(nω1 t)dt (18)
T -T/2
f(t) = a0 + ∑∞
n=1 Cn cos(nω1 t + θn ) (19)
f(t) = a0 + ∑∞
n=1 Cn sen(nω1 t + Φn ) (22)
37
a
Φn = tg -1 ( n ) (23)
bn
1 T
FRMS = √ ∫0 f2 (t)dt (25)
T
c1
F1RMS = (26)
√2
cn
FnRMS = (27)
√2
1 F1RMS
FD = √ ( )2 = (28)
1+ THD FRMS
38
Ao utilizarmos um instrumento de medição ou softwares, podemos elaborar um
diagrama que representará o espectro de frequências do sinal analisado. Por exemplo, os
sinais da Figura 37 ilustra as formas de onda e o espectro de frequências de dois sinais de
tensão de saída de um inversor monofásico ponte-completa com acionamentos bipolar, na
Figura 37(a) e unipolar na Figura 37(b). Neste diagrama, o eixo horizontal representa as
frequências fundamental e harmônica, enquanto que o eixo vertical representa a amplitude
destas componentes. Observa-se que o espectro da Figura 37(b) possui componentes
harmônicas com amplitudes menores. Portanto o mesmo possui um conteúdo harmônico
menor e é mais próximo do aspecto senoidal puro.
Figura 37 – Análise por séries de Fourier de tensões de saída de inversores monofásicos ponte completa: (a)
inversor com acionamento bipolar; (b) inversor com acionamento unipolar.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
Com auxílio da transformada de Fourier também é possível determinar a potência
ativa e a potência aparente (HART, 2012). Inicialmente é necessário analisar as correntes e
tensões e expressá-las nos formatos (29) e (30).
39
v(t) = V0 + ∑∞
n=1 Vn cos(nω1 t + θn ) (29)
i(t) = I0 + ∑∞
n=1 In cos(nω1 t + φn ) (30)
1 T Vn In
Pativa = ∫ v(t)i(t)dt = V0 I0 + ∑∞
T 0 n=1 ( 2
) cos(θn - φn ) (31)
1 T
Pativa = ∫ (va (t)ia (t) + vb (t)ib (t) + vc (t)ic (t))dt (33)
T 0
Pativa
F.P. = (35)
S
40
1.5.2 - Inversores multinível
Figura 38 – Inversor multinível com conversores ponte completa em cascata: (a) circuito elétrônico; (b) formas
de onda de tensão.
Fonte: retirado e modificado de (HART, 2012).
41
1.5.3 - Inversor monofásico de ponto neutro grampeado em Meia-Ponte
42
SINAIS DE SINAIS DE
PERÍODO DE COMANDO EM COMANDO EM TENSÃO
ACIONAMENTO NÍVEL LÓGICO NÍVEL LÓGICO vAB(t)
ALTO BAIXO
Figura 40- Etapas de operação do Inversor multinível NPC meia ponte com carga resistiva.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
43
Figura 41 – Forma de onda da tensão na carga resistiva, para o inversor meia ponte mostrado na Figura 40.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
44
Atividade: Para concluir a primeira semana de estudos,
vá até a sala virtual e responda ao questionário da
primeira semana. Aproveite e deixe uma mensagem no
“Fórum” sobre o que você entendeu do conteúdo da
primeira Semana. Se possível, simule os circuitos
estudados em algum software gratuito.
Esta primeira semana foi muito intensa!!! Agora é hora de uma pequena pausa, para
que você absorva os conteúdos apresentados. Utilize os textos e vídeos fornecidos, além
das leituras complementares. Reflita sobre as novas concepções que este módulo lhe
proporcionou e se possível utilize algum software gratuito como o PSim Demo para simular
os circuitos apresentados. Pense quais problemas você poderia resolver utilizando circuitos
inversores de tensão!
45
Semana 2 – Inversor trifásico, PWM e produção de tensão
Objetivos:
Nesta semana você estudará o inversor trifásico e o
acionamento de inversores através de modulação por largura
de pulso (PWM). Também será visto como são estruturadas
as malhas de controle de tensão e corrente de saída de
inversores. Por fim, será feita uma introdução na operação de
inversores de frequência dedicados ao acionamento de
motores de indução.
Inversores de tensão trifásicos utilizam uma fonte de tensão para produzir tensões
trifásicas em sua saída, como ilustrado na Figura 2 (a). A configuração mais comum para o
inversor trifásico utiliza três braços meia-ponte, como mostrado na Figura 43. A carga
trifásica poderá ser conectada em estrela (Y) ou Delta (∆).
As tensões de fase vA(t), vB(t) e vC(t) são tomadas entre os braços e o ponto GND,
definido através dos capacitores CCC1 e CCC2 do barramento CC. As tensões de linha são
definidas vAB(t), vBC(t) e vCA(t), através das expressões (36) a (38).
46
Figura 43– Inversor de tensão trifásico.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
47
Figura 44 – Acionamento 180º para o inversor de tensão trifásico: (a) Sequencia de sinais em nível lógico alto
durante um período T1;(b) Tensões de fase vA(t), vB(t) e vC(t); (c) Tensões de linha vAB(t), vBC(t) e vCA(t).
Fonte: imagem modificada de (MARTINS; BARBI, 2008).
48
braço. Em suas entradas não inversoras são conectados os sinais de referência vrefA(t),
vrefB(t) e vrefC(t), defasados entre si de (1/3)T1, ou que equivale a 120º. Existem oito
possibilidades de combinar os sinais de comando sgA1 a sgA6, e produzir tensões de linha,
na saída do inversor. Para cada possibilidade pode ser definido como um vetor base de
tensão, com as denominações v0 a v7 listadas na Tabela 6, bem como a sequência de
períodos de acionamento mostrada na Figura 44. As etapas de operação de cada vetor são
mostradas nas Figuras 46 e 47.
49
Figura 46 – Etapas de operação v0 a v3 para o inversor de tensão trifásico.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
50
Figura 47 – Etapas de operação v4 a v7 para o inversor de tensão trifásico.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
51
2.1.1 - Operação com carga resistiva conectada em Y
Figura 48 – Formas de conexão de cargas trifásicas resistivas: (a) conexão em estrela (Y); (b) conexão em
Delta (∆).
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
52
A relação entre as tensões va(t), vb(t) e vc(t) se relacionam com as tensões van(t),
vbn(t) e vcn(t) através das expressões (42) a (44), sendo necessário também determinar vn(t).
A relação entre a amplitude dos fasores eficazes das tensões de linha e de fase-
neutro na carga resistiva da Figura 48(a) é dada por (45).
van (t)
ia (t) = (46)
R
vbn (t)
ib (t) = (47)
R
vcn (t)
ic (t) = (48)
R
Na Figura 44(c) é possível observar que a somatória das tensões de linha é igual a
zero, durante cada um dos períodos t1 a t6. Como feito em (MARTINS; BARBI, 2008), com
essa informação e com auxílio das expressões (39) a (44) é possível determinar a amplitude
da tensão de neutro vn(t), dada por (49).
vCC (t)
vn (t) = ± (49)
6
A Figura 49(a) ilustra o esquema elétrico do inversor trifásico com uma carga resistiva
ligada em Y. As formas de onda para a tensão vab(t), van(t), vn(t) e ia(t) são mostradas na
Figura 49(b), assumindo que a tensão no barramento CC é constante e dada por vcc(t) =
Vcc. A tensão vn(t) terá um aspecto de forma de onda quadrada, com frequência seis vezes
maior que as tensões de linha. A amplitude máxima das tensões fase-neutro nas cargas será
dois terços de VCC.
53
Figura 49 – Inversor trifásico com acionamento 180º e carga Y resistiva: (a) diagrama elétrico; (b) formas de
onda de vab(t), van(t), vn(t) e ia(t).
Fonte: imagem produzida pelo autor.
54
2.1.2 - Operação com carga resistiva conectada em ∆
A relação entre os valores eficazes das correntes nas cargas iab(t), ibc(t) e ica(t) e as
correntes de linha ia(t), ib(t) e ic(t) é dada por (53).
As correntes nas cargas podem ser determinadas através das expressões (54) a (56),
utilizando a primeira Lei de Ohm.
vab (t)
iab (t) = (54)
R
vbc (t)
ibc (t) = (55)
R
vca (t)
ica (t) = (56)
R
55
Figura 50 - Inversor trifásico com acionamento 180º e carga ∆ resistiva: (a) diagrama elétrico; (b) formas de
onda de vab(t), ia (t), iab(t) e ica(t).
Fonte: imagem produzida pelo autor.
56
2.1.3 - Operação com carga RL conectada em Y
Para cargas RL conectadas em Y, como mostrado na Figura 51(a), também são
válidas as relações entre tensões mostradas pelas equações (39) a (44), bem como a
relação entre os valores eficazes de tensão mostrada em (45). A determinação das correntes
de linha ib(t), ib(t) e ic(t) será dada pelas expressões (57) a (59).
𝑑𝑖𝑎 (𝑡)
𝑣𝑎𝑛 (𝑡) = 𝑣𝐿1 (𝑡) + 𝑣𝑅1 (𝑡) = 𝐿 + 𝑅𝑖𝑎 (𝑡) (57)
𝑑𝑡
𝑑𝑖𝑏 (𝑡)
𝑣𝑏𝑛 (𝑡) = 𝑣𝐿2 (𝑡) + 𝑣𝑅2 (𝑡) = 𝐿 + 𝑅𝑖𝑏 (𝑡) (58)
𝑑𝑡
𝑑𝑖𝑐 (𝑡)
𝑣𝑐𝑛 (𝑡) = 𝑣𝐿3 (𝑡) + 𝑣𝑅3 (𝑡) = 𝐿 + 𝑅𝑖𝑐 (𝑡) (59)
𝑑𝑡
𝑑𝑖𝑎𝑏 (𝑡)
𝑣𝑎𝑏 (𝑡) = 𝑣𝐿1 (𝑡) + 𝑣𝑅1 (𝑡) = 𝐿 + 𝑅𝑖𝑎𝑏 (𝑡) (60)
𝑑𝑡
𝑑𝑖𝑏𝑐 (𝑡)
𝑣𝑏𝑐 (𝑡) = 𝑣𝐿2 (𝑡) + 𝑣𝑅2 (𝑡) = 𝐿 + 𝑅𝑖𝑏𝑐 (𝑡) (61)
𝑑𝑡
𝑑𝑖𝑐𝑎 (𝑡)
𝑣𝑐𝑎 (𝑡) = 𝑣𝐿3 (𝑡) + 𝑣𝑅3 (𝑡) = 𝐿 + 𝑅𝑖𝑐𝑎 (𝑡) (62)
𝑑𝑡
57
Figura 51 -– Inversor trifásico com acionamento 180º e carga Y RL: (a) diagrama elétrico; (b) formas de onda
de vab(t), van(t), vn(t) e ia(t).
Fonte: imagem produzida pelo autor.
58
Figura 52 - Inversor trifásico com acionamento 180º e carga ∆ RL: (a) diagrama elétrico; (b) formas de onda
de vab(t), ia (t), iab(t) e ica(t).
Fonte: imagem produzida pelo autor.
59
2.2 - Módulo 7 – Modulação por largura de pulso (PWM)
Figura 53 – Definições de tensões e correntes em elementos passivos de circuitos: (a) resistor; (b) indutor; (c)
capacitor.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
dvCa (t)
iCa (t) = Ca (65)
dt
60
Impedância pode ser definida como uma propriedade de um elemento de circuito, que
representa a oposição deste à passagem de corrente elétrica (NILSSON; RIEDEL, 2009).
As impedâncias podem ser classificadas em resistiva (ZRa), indutiva (ZLa) ou capacitiva (ZCa).
As equações (66) a (68) mostram as definições de impedâncias, onde os termos XRa, XLa e
XCa são as reatâncias resistiva, indutiva e capacitiva, respectivamente. O termo f representa
a frequência das correntes e tensões nestes elementos.
ZR = R = XRA (66)
61
Figura 54– Curva de magnitude em função da frequência para um filtro passa-baixas.
Fonte: retirado e modificado de Boylestad e Nashelsky (2013b).
62
Também são encontrados filtros que permitem a passagem apenas de tensões ou
correntes com frequência localizada dentro de uma faixa. Estes filtros são denominados
passa-faixa e possuem uma banda de passagem limitada por uma frequência de corte
inferior (f1) e por uma frequência de corte superior (f2). Esta banda também está
centralizada ao redor da frequência central (f0)¸como mostrado na Figura 56.
Por fim, os filtros rejeita-faixa, duais dos filtros passa-faixa, possuem uma banda de
atenuação limitada por frequências de corte inferior (f 1) e superior (f2). Sinais fora da banda
de atenuação terão sua magnitude pouco alterada. A curva de magnitude em função da
frequência para um filtro rejeita-faixa é mostrada na Figura 57.
63
Um exemplo de filtro passa-baixas é mostrado na Figura 58(a). A resposta em
frequência deste filtro é mostrada ao lado, nas curvas da Figura 58(b) conhecidas como
curvas de Bode. A curva superior mostra a magnitude do ganho em decibéis ao longo da
frequência, enquanto a outra relaciona a fase entre os sinais. O ganho é determinado através
do módulo da resposta em frequência, obtida através das expressões (69) e (70). Para
converter o ganho em Decibéis é usada a expressão (72). A fase é determinada através da
expressão (71).
vo (jω)
= G(jω) = Re +Im j (69)
vs (jω)
v (jω)
|G(jω)|dB = 20log|G(jω)| = 20log | o | (72)
v (jω)
s
Figura 58 – Exemplo de filtro passa-baixas e sua resposta em frequência: (a) circuito elétrico; (b) curvas de
Bode
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
Filtros passivos projetados para filtrar sinais em baixas frequências serão construídos
com indutores e capacitores com valores elevados. Quanto maior o valor de indutância,
maior a quantidade de cobre necessária para construir o indutor. Portanto o volume e peso
64
do indutor serão maiores, bem como as perdas envolvidas. Portanto, não é conveniente
produzir formas de onda senoidais, de tensão ou corrente, através de inversores de tensão
com saídas quadrada ou retangular.
A modulação PWM (Pulse Width Modulation) é uma técnica de acionamento capaz
de produzir tensões ou correntes de saída com baixa distorção harmônica total (HART,
2012). Com o acionamento por PWM, são necessários filtros passivos menores, para
produzir tensões ou correntes de saída senoidias. Existem técnicas digitais e analógicas
para implementar a PWM em inversores monofásicos e trifásicos.
A modulação por largura de pulso (Pulse Width Modulation - PWM) é uma técnica que
utiliza uma forma de onda portadora de alta frequência para transportar a informação de um
sinal de referência através de pulsos de alta frequência, com razão cíclica (D), ou largura,
variável (ASHFAQ, 2008). A largura de pulso pode ser definida como a razão entre o
período total T1 e o período de acionamento do conversor, no qual a tensão de saída
permanece em um valor positivo (TQA1), como mostrado pelas expressões (8) e (9), para o
inversor monofásico meia-ponte.
Pra realizar modulação por largura de pulso senoidal (SPWM), um sinal de referência
vref(t) será usado para produzir os sinais de comando sgA1 a sgA4. A Figura 59 mostra um
conversor monofásico que acionará uma carga RL com a modulação PWM bipolar. Assume-
se que a carga se comporte como um filtro passa-baixas de corrente, permitindo apenas a
passagem de componentes com frequência menores ou iguais a vref(t). Um circuito analógico
que implementará a modulação SPWM bipolar é mostrado na Figura 60.
65
O circuito da Figura 60 é simples e necessita apenas de um comparador de tensão.
A entrada inversora (+) do comparador receberá um sinal triangular vtri(t) o qual será a forma
de onda portadora. A entrada inversora (-) receberá o sinal de referência senoidal vref(t).
Quando a tensão do sinal vref(t) for maior que a tensão do sinal vtri(t), será produzida uma
tensão positiva na saída do comparador, produzindo um nível lógico alto para sgA1 e sgA4 e
baixo em sgA2 e sgA3. Isso fará com que a tensão vAB(t) seja positiva. Se a tensão do sinal
vtri(t) for maior que a tensão vref(t), será produzido um nível lógico baixo em sgA1 e sgA4 e
algo em sgA2 e sgA3, fazendo com que a tensão vAB(t) torne-se negativa. A Figura 61 ilustra
as formas de onda para vref(t), vtri(t) e vAB(t).
Figura 61 – Formas de onda portadora vtri(t), de referência vref(t) e de saída vAB(t) para o inversor monofásico
ponte completa com modulação SPWM bipolar.
Fonte: Imagem retirada e modificada de Hart (2012).
66
Para o acionamento SPWM pode-se definir o índice de modulação de amplitude
(ma) e o índice de modulação em frequência (mf) através das expressões (73) e (74),
respectivamente. O termo ma definirá a amplitude da tensão na carga vo(t), enquanto que o
termo mf determinará a localização das frequências das componentes harmônicas (HART,
2012).
Amplitude da referência
ma = (73)
Amplitude da portadora
frequência da portadora
mf = (74)
frequência do sinal de referência
Figura 62 – Exemplo de formas de onda da tensão de saída vAB(t) e corrente io(t) na carga, para um inversor
monofásico em ponte completa com modulação SPWM bipolar, acionando uma carga RL.
Fonte: imagem retirada e modificada de Pomilio (2014).
67
2.2.2 - Modulação SPWM unipolar para inversores monofásicos em ponte
completa
A modulação SPWM unipolar permite obter três níveis para a tensão vAB(t) na saída
do inversor. Os pulsos produzidos também terão o dobro da frequência da portadora
triangular. O circuito analógico da Figura 63 poderá ser utilizado para realizar esta
modulação. São necessários dois comparadores de tensão, cada um acionará um braço do
inversor ponte completa. A entrada não inversora dos comparadores receberá a portadora
vtri(t). Um dos comparadores receberá em sua entrada inversora o sinal vref(t), enquanto o
outro receberá o sinal de referência invertido.
Figura 63 – Circuito analógico para modulação SPWM unipolar para um conversor monofásico em ponte
completa.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
68
A Figura 64 mostra a forma de onda da tensão vAB(t) e da corrente io(t) para um
conversor como o da Figura 59 operando com modulação SPWM unipolar. Na figura 59
também é mostrado o espectro de frequência do conjunto de pulsos de vAB(t) coletados
durante um período T1. Com a modulação unipolar é possível produzir correntes em uma
carga RL com conteúdo harmônico menor, já que a frequência dos pulsos produzidos é o
dobro da frequência da forma de onda portadora.
Figura 64– Exemplo de formas de onda da tensão de saída vAB(t) e corrente io(t) na carga, para um inversor
monofásico em ponte completa com modulação SPWM, acionando uma carga RL.
Fonte: retirado e modificado de Pomilio (2014).
VCC
LA = (75)
2fs Io_max ∆Io_max
69
103/20 + 1
CA = 2 (76)
LA (2πfc )
Figura 65 – Conversor ponte-completa monofásico com modulação SPWM para produção de tensões
senoidals.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
A modulação SPWM também pode ser aplicada em inversores trifásicos. Para isso é
necessário utilizar três sinais de referência vrefa(t), vrefb(t) e vrefc(t), como mostrado na Figura
66, ambos com defasagem de 120º um do outro. Um exemplo de circuito analógico é
mostrado na Figura 67, onde são necessários três comparadores de tensão que
compartilhem a mesma forma de onda portadora vtri(t).
70
Figura 66 – Representação para circuito inversor de tensão trifásico com acionamento SPWM.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
71
Figura 68 – Resultados de simulação para inversor trifásico com acionamento SPWM com carga RL ligada
em Y.
Fonte: Imagem produzida pelo autor.
72
Para cagas ∆ a operação é semelhante, uma vez que são mantidos os formatos das
tensões de linha vab(t), vbc(t) e vca(t), bem como as tensões va(t), vb(t) e vc(t). As correntes
ia(t), ib(t), ic(t) e as correntes nas cargas RL em ∆ serão também senoidais, mas com a
diferença de amplitude dada por √3.
A modulação SPWM é simples de ser implementada, mas traz algumas
desvantagens, como maior conteúdo harmônico para as tensões e correntes de saída,
menor amplitude para a componente fundamental e maiores perdas nos transistores
(PAREKH, 2005). A modulação mais empregada em aplicações modernas com inversores
trifásicos é a modulação PWM por espaços vetoriais (Space Vector Pulse Width Modulation
– SVPWM). Trata-se de uma modulação digital, implementada através de
microcontroladores ou processadores digitais de sinais (DSPs) e que trata o inversor trifásico
como uma única entidade, não como três inversores meia-ponte operando de forma conjunta
(PINHEIRO et al., 2005). Esta técnica exige alta capacidade de processamento e realização
de vários cálculos vetoriais. Para conhecer melhor a modulação Space Vector acesse à
videoaula “Módulo 7 – Modulação PWM – Parte 2” e veja o artigo sobre modulação SVPWM
disponibilizado no Glossário de Códigos QR.
73
= 4200 Hz para a portadora vtri(t). A carga é formada por uma resistência R = 35 Ω e
indutância L = 30 mH. Observa-se que o sinal de referência vref(t) e o sinal obtido no
transdutor de corrente vtransdut(t) não possuem a mesma fase e amplitude.
Quando alterados os parâmetros para a carga, tornando R = 35 Ω e L = 60 mH, obtém-
se o resultado mostrado na Figura 70. Nota-se que os sinais vtransdut(t) e vref(t) não estão em
fase e com amplitude iguais. Também é notável a diferença em relação a situação anterior,
mostrada na Figura 69.
Figura 69 – Esquema elétrico e simulação de um inversor de tensão monofásico com acionamento SPWM
bipolar e carga R = 35 Ω e L= 30 mH operando em malha aberta.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
Figura 70 - Esquema elétrico e simulação de um inversor de tensão monofásico com acionamento SPWM
bipolar e carga R = 35 Ω e L= 60 mH operando em malha aberta.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
74
com o sinal de referência vref(t) e produz-se o sinal de erro verr(t). Este sinal é utilizado por
um controlador de corrente, que produzirá o sinal vcont(t) para o circuito PWM. Dessa forma,
pequenas perturbações na corrente io(t) serão detectadas pelo transdutor de corrente e
compensadas pelo controlador. Com isso é possível garantir que os sinais v transdut(t) e vref(t)
estarão em fase e com a mesma amplitude.
Figura 71– Esquema elétrico e simulação de um inversor de tensão monofásico com acionamento SPWM
bipolar e carga R = 35 Ω e L= 30 mH operando em malha fechada, com um controlador de corrente.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
Figura 72– Esquema elétrico e simulação de um inversor de tensão monofásico com acionamento SPWM
bipolar e carga R = 35 Ω e L= 60 mH operando em malha fechada, com um controlador de corrente.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
75
Neste curso não entraremos em detalhes sobre estes modelos matemáticos ou o
projeto de controladores. Apenas apresentaremos as estruturas básicas para malhas
fechadas de controle de tensão e corrente de saída em conversores monofásicos. Também
é possível utilizar estas topologias em sistemas trifásicos, mas abordaremos apenas
sistemas monofásicos neste curso.
Transdutores são dispositivos conversores de energia, que correlacionam variações
entre duas ou mais grandezas. Transdutores de tensão produzem sinais de saída
correlacionados com variações de tensão em suas entradas. Como exemplo podemos citar
transformadores de potencial, sensores de efeito Hall e divisores resistivos. Os
Transdutores de corrente são dispositivos que produzem sinais de saída correlacionados
com variações de corrente em suas entradas. Exemplos de transdutores de corrente são
transformadores de corrente, sensores de corrente de efeito Hall, circuitos com acopladores
ópticos e também resistores shunt de precisão. As Figuras 73 e 74 ilustram exemplos de
tensão e corrente, respectivamente. Ambos são transdutores lineares de efeito Hall.
76
Fonte: imagem retirada de Lem (2020b).
Figura 75 - Exemplo de estrutura de conversor em malha fechada para controle da corrente de saída io(t).
Fonte: imagem produzida pelo autor.
A Figura 76 mostra uma estrutura para uma malha de controle de tensão. É formada
pelo filtro LC, cuja tensão de saída vo(t) deverá ser controlada. O modelo matemático da
planta deve conter uma relação entre a tensão de saída vo(t) e a tensão de saída do inversor
vAB(t). É formado pelo inversor de tensão e pelo circuito modulador PWM. O modelo
matemático do atuador deve conter uma relação entre a tensão produzida vAB(t) e a tensão
de controle vcont(t). O controlador é um circuito que deve ser projetado para modificar o sinal
vcont(t) de modo que o sinal de erro verr(t) seja minimizado. O circuito escolhido deve ter um
modelo matemático que relacione a tensão de saída vcont(t) e o sinal de erro verr(t).
77
Figura 76 - Exemplo de estrutura de conversor em malha fechada para controle da tensão de saída v o(t).
Fonte: imagem produzida pelo autor.
78
2.4 - Módulo 9 – Inversores de frequência
79
– MÓDULO DE FRENAGEM: é um módulo usado durante as operações de
frenagem dinâmica do motor, para evitar que a tensão do barramento CC
aumente;
– INVERSOR DE TENSÃO TRIFÁSICO: É o dispositivo controlado que
produzirá as correntes trifásicas para acionar o motor (MIT).
Os circuitos retificadores mais comuns são os trifásicos com diodos, como mostrado
na Figura 80. Estes circuitos possuem em sua saída CC um banco capacitivo que visa
melhorar a qualidade da tensão. Também pode ser incluído um indutor CC (DC choke)
responsável por melhorar a qualidade da corrente de entrada e reduzir um pouco seu
conteúdo harmônico total.
80
Comum (YASKAWA, 2010). Tanto correntes quanto tensões distorcidas podem fazer com
que equipamentos industriais operem de forma inadequada, causar o sobreaquecimento em
máquinas elétricas, além de reduzir o fator de potência total. Há também a possibilidade de
ocorrer problemas de ressonância, que podem piorar ainda mais a circulação de correntes
e tensões distorcidas (YASKAWA, 2010).
O IEEE Standard 519-2014 é um documento que trada de recomendações propostas
pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) para reduzir ou evitar a
degradação na qualidade de energia elétrica (IEEE, 2014). Segundo essa recomendação os
consumidores devem limitar a distorção na corrente drenada por suas cargas. Os
fornecedores de energia devem assegurar que a alimentação de tensão seja senoidal, com
um limite máximo de distorção especificado.
81
Figura 81 – Relação V/f para controle de motores.
Fonte: imagem produzida pelo autor.
Figura 82 – Circuito equivalente para uma das fases de um motor de indução trifásico.
Fonte: retirado e modificado de Rashid (2014).
82
Figura 83 – Efeito da variação da frequência ω no motor, mantendo a razão V/f constante.
Fonte: retirado e modificado de Rashid (2014).
83
1 1
1 − −
𝑓𝛼𝑠 2 2 𝑓𝑎𝑠
√3 √3
[𝑓𝛽𝑠 ] = 0 [𝑓𝑏𝑠 ] (77)
2 2
𝑓0 1 1 1 𝑓𝑐𝑠
[2 2 2 ]
2𝜋 4𝜋
𝑐𝑜𝑠((𝜔 − 𝜔𝑟 )𝑡) 𝑐𝑜𝑠 ((𝜔 − 𝜔𝑟 )𝑡 − 3 ) 𝑐𝑜𝑠 (𝑐𝑜𝑠((𝜔 − 𝜔𝑟 )𝑡) − 3 )
𝑓𝑑𝑠 𝑓𝑎𝑠
𝑓 2
[ 𝑞𝑠 ] = ( ⁄3) 𝑠𝑒𝑛((𝜔 − 𝜔𝑟 )𝑡) 𝑠𝑒𝑛 ((𝜔 − 𝜔𝑟 )𝑡 − )2𝜋 4𝜋 [𝑓𝑏𝑠 ] (78)
𝑠𝑒𝑛 ((𝜔 − 𝜔𝑟 )𝑡 − )
3 3
𝑓0 𝑓𝑐𝑠
1⁄ 1⁄ 1⁄
[ 2 2 2 ]
84
Figura 85 – Controle vetorial por orientação indireta de fluxo.
Fonte: retirado e modificado de Rashid (2014).
85
86
Referências
87
PHILLIPS, C. L.; HARBOR, R. D. Sistemas de Controle e Realimentação. 1. ed. São
Paulo: Makron Books do Brasil, 1997.
PINHEIRO, H. et al. Modulação Space Vector para inversores alimentados em tensão: uma
abordagem unificada. Sba: Controle & Automação Sociedade Brasileira de Automática,
v. 16, n. 1, p. 13–24, 2005.
POMILIO, J. A. Conversores CC-CA como fontes de alimentação com frequência fixa.
Disponível em: <http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor/pdffiles/eltpot/cap6.pdf>. Acesso
em: 6 out. 2020.
RASHID, M. H. Eletrônica de Potência: circuitos, dispositivos e aplicações. 4. ed. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.
RIBEIRO, E. R.; BARBI, I. Harmonic Voltage Reduction Using a Series Active Filter Under
different Load Conditions. IEEE Transactions on Power Electronics, v. 21, n. 5, p. 1394–
1402, 2006.
SEDRA, A. S.; SMITH, K. C. Microeletrônica. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 2000.
SEMIKRON. Discrete Diodes. Disponível em:
<https://www.semikron.com/products/product-classes/discretes/diodes.html>. Acesso em:
12 out. 2020a.
SEMIKRON. Power Modules and Systems. Disponível em: <https://www.semikron.com/>.
Acesso em: 13 out. 2020b.
SEMIKRON. SKHI 22 A/B H4 R. Disponível em:
<https://www.semikron.com/products/product-classes/igbt-driver/detail/skhi-22-ab-h4-r-
l5012522l5012524.html>. Acesso em: 17 nov. 2020c.
SUPPLIER. DRM100D80A. Disponível em: <http://www.supplier.ind.br//produto/drivers-
para-igbt-e-mosfet/6/driver-igbt-e-mosfet-duplo-e-isolado-8-a/125>. Acesso em: 17 nov.
2020.
WEG. Motores de indução alimentados por inversores de frequência PWM. Jaraguá do
Sul: WEG, 2020a.
WEG. SIW-INVERSORES STRING Eficiência e segurança em energia solar. Disponível
em: <https://static.weg.net/medias/downloadcenter/ha4/h35/WEG-inversores-string-
SIW500H-SIW300H-50076575-pt.pdf>. Acesso em: 7 out. 2020b.
WEG. INVERSOR CFW700A06P0B2DB20Y1. Disponível em:
<https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/Automação-e-Controle-
Industrial/Drives/Inversores-de-Frequência/Drives-para-OEMs-e-Uso-Geral/Inversor-de-
Frequência-CFW700/INVERSOR-CFW700A06P0B2DB20Y1/p/12104581>. Acesso em: 7
out. 2020c.
WIKIPEDIA. Retificador. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Retificador>. Acesso
em: 15 nov. 2020.
YASKAWA. Understanding Input Harmonics and Techniques to Mitigate Them.
Disponível em: <https://www.yaskawa.com/downloads/search-
index/details?showType=details&docnum=PP.HarmonicMitigation.01%0A>. Acesso em: 14
nov. 2020.
88
Currículo do autor
89
90
Glossário de códigos QR (Quick Response)
Mídia Digital
Módulo 2 -
Mídia Digital Semicondutores de
Módulo 1 - Introdução Potência
91
Mídia Digital Mídia Digital
Módulo 8 - Controle Módulo 8 - Controle
Tensão – Parte 1 Tensão – Parte 2
Dica do Professor
Artigo complementar
sobre modulação
Space Vector.
92
Plataforma +IFMG
Formação Inicial e Continuada EaD