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Equipe técnica
Sandro Silva
Elaboração
Giovani Gujansky
Revisão técnica
Lygia Bellotti
Adaptação de linguagem
Tatyana Ferreira
Revisão pedagógica
Vitória
2009
© 2009. Senai - Departamento Regional do Espírito Santo
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por
quaisquer meios, sem autorização prévia do Senai-ES.
Senai-ES
Divisão de Educação e Tecnologia - Detec
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
• Comandos Elétricos
5
• Comandos Elétricos
6
Sumário
Comandos Elétricos................................................................................................................. 9
Circuitos básicos de acionamento elétrico.................................................................... 27
Diagramas.................................................................................................................................. 37
Motores elétricos e chaves de partida............................................................................. 45
Instalações de sistemas de partida de motores elétricos......................................... 57
Referências Bibliográficas.................................................................................................... 73
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
• Comandos Elétricos
7
• Comandos Elétricos
8
Comandos Elétricos
Para que você trabalhe com propriedade e segurança nessa área, você
estudará neste curso os diferentes sistemas de partida de motores elé-
tricos monofásicos e trifásicos, além dos componentes utilizados na
montagem de quadros de comando de cada um dos tipos de motores.
A interpretação dos diagramas que representam os circuitos de aciona-
mentos desses dispositivos também será abordada.
Bons estudos!
Dispositivos
Os dispositivos de comando, proteção e sinalização têm a função de
comandar, proteger e sinalizar os comandos elétricos. Neste capítulo
você vai conhecê-los melhor. O primeiro tipo abordado vão ser os dis-
positivos de comando.
Dispositivos de comando
Estes elementos de comutação são responsáveis por permitir ou impedir
a passagem da corrente elétrica entre uma ou mais partes do circuito.
Chave
As chaves, que recebem também o nome de contato, realizam a cone-
xão ou desconexão entre dois pontos do circuito elétrico. Possuem dois
terminais, um que fica ligado a uma fonte ou gerador e outro que se
Achou importante? conecta à carga ou receptor.
Faça aqui suas anotações.
• Comandos Elétricos
9
Esses dispositivos são fabricados a partir de metais de resistência elétrica
de baixo valor, para não dificultar a passagem da corrente e de alta resis-
tência mecânica para ligar e desligar.
A parte de metal deve ter área de secção transversal de acordo com a cor-
rente comandada. Quanto maior for a corrente que demanda comando,
maiores precisam ser os contatos usados na montagem.
Quanto maior for a tensão na qual o contato atua, maior deve ser a sepa-
ração dos contatos no momento do desligamento do circuito.
Para evitar que haja desgaste no circuito por conta de arco voltaico resul-
tante do processo de desligamento de processo que envolva carga indu-
tiva, a velocidade de ligação ou desligamento deve ser a maior possível.
Seccionadora
Este tipo de chave é responsável por promover a manobra de abertura
ou de desligamento dos condutores que fazem parte de uma instalação
elétrica. Esta abertura é feita para manter a instalação desligada.
• Comandos Elétricos
10
Sob carga interruptora
Neste caso, a chave é responsável pelo desligamento do circuito. Para
isso, deve possuir câmara de extinção do arco voltaico, que se forma no
desligamento, sua abertura e fechamento que devem ser auxiliadas por
molas para elevar a velocidade das operações.
Sem carga
Se as chaves não possuírem carga, a passagem da corrente será interrom-
pida por um outro dispositivo, como o disjuntor. Nesse caso, a chave só
deverá ser aberta se o circuito já estiver sem corrente. Assim, esta pode
possuir uma chave NA auxiliar que precisa desligar o disjuntor antes que
a operação de abertura termine.
Seletora
Este tipo de chave apresenta duas ou mais posições e pode desempe-
nhar uma ou mais funções em um processo. A chave seletora possui um
ponto de contato comum com os outros contatos. Veja na ilustração a
seguir esse tipo de chaves.
C NF
NA
(b) Chave trava: duas posições
Botoeiras
Este é um tipo de dispositivo que não possui retenção e que pode ser
acionado manualmente. Na maioria dos casos, as botoeiras apresentam
um contato aberto e outro fechado. Conforme o tipo de sinal que deve
ser enviado ao comando elétrico, recebem o nome de pulsadores ou de
trava.
botão tipo 13 11
cogumelo
contato NF
14 12
simbolo
bornes bornes
• Comandos Elétricos
12
Relé
O relé apresenta normalmente uma bobina e um conjunto de contatos.
Observe a figura a seguir que ilustra a parte física de um relé, além do
símbolo elétrico que o representa.
NF
Isolador
NA
M
Terminais da
a
bobina
Núcleo
NA NF NA NF
C C
NF
S NA NF
NA
24V K
C C
127V 220V
Carga 1 Carga 2
• Comandos Elétricos
13
Outra propriedade muito explorada nos relés é a propriedade de memó-
ria por meio de circuito de autorretenção ilustrado na figura a seguir.
K
S1 K
V1
S2
K L
No caso ilustrado acima, a chave (botoeira) (S1) ativa a bobina (K) e faz
com que o contato auxiliar (K) estabeleça um novo modo de manu-
tenção da bobina energizada. Assim, não há desligamento do relé no
momento que a chave S1 é desativada. O contato auxiliar é comumente
denominado contato de retenção ou selo. Para o desligamento, é utili-
zada a chave (S2).
De tempo
Os relés de tempo são ativados por corrente alternada. Sua aplicação
ocorre em manobras que demandam temporização, em esquemas de
comando, para partida, proteção e regulagem de diversos equipamen-
tos. Os relés de tempo eletrônicos também podem ter aplicações em
corrente contínua.
• Comandos Elétricos
14
acordo com uma escala.
S L
K
NA NF
fechada
chave S aberta
acesa
lâmpada L apagada
L
S L
K
NA NF
fechada
chave S aberta
acesa
lâmpada L apagada
t
• Comandos Elétricos
15
Contator
O contator é um elemento eletromagnético responsável pelo aciona-
mento e o desligamento do circuito do motor. Sua aplicação é feita espe-
cialmente em comandos elétricos automáticos à distância. O dispositivo
possui uma bobina que, ao receber energia, desenvolve um campo mag-
nético no núcleo fixo que atrai um núcleo móvel que tem a função de
fechar o circuito.
Ip Contato móvel
Mola
Ip Contato fixo
Núcleo móvel
Bobina
Núcleo fixo
Ip
Contatos
Um contator possui contatos principais e auxiliares. Geralmente, os prin-
cipais são mais robustos e toleram valores de correntes mais elevados,
de acordo com o tipo de carga que o motor precisa movimentar. Assim,
quanto maior for a carga, maior deverá ser a corrente nos contatos.
• Comandos Elétricos
16
Confira a seguir a simbologia de contatores e a identificação dos conta-
tos e da bobina.
1 3 5
K1
2 4 6
Bobina
Contatos principais
A1
13 21 31 43
K1
Bobina 14 22 32 44
A2
Contatos auxiliares
• Comandos Elétricos
17
As chaves de impulso que ficam no painel do contador é que oferecem
as condições para o usuário programar os aparelhos. No momento em
que o número de impulsos elétricos na bobina for o mesmo programado
pelo usuário haverá o acionamento dos contatos do contador. Veja a
seguir o funcionamento do dispositivo.
S L
K
NA NF
chave S fechada
aberta
Reset aconado
desacionado
acesa
lâmpada L apagada
Proteção
Os dispositivos de proteção são aplicados no circuito de modo inter-
calado visando a impedir a passagem de corrente elétrica, em caso de
serem identificadas condições anormais, como o curtos-circuitos ou
sobrecargas. Os curtos-circuitos ocorrem devido a ligações eventuais de
elementos condutores submetidos a tensão, o que faz com que a cor-
rente alcance um valor além do normal, causando excesso de tempera-
tura e de esforços térmicos eletrodinâmicos.
Para que estas disfunções não ocorram, normalmente, são aplicados dis-
positivos de proteção, como fusível, o disjuntor e o relé. Você vai conhe-
cer cada um deles a seguir. Confira.
• Comandos Elétricos
18
Fusível
O acionamento do fusível ocorre devido à abertura de um filamento que
é atravessado por corrente elétrica maior que o valor da especificação. A
ilustração a seguir representa um fusível tipo cartucho e seu símbolo. Há
também outros tipos, como Diazed e NH, usados quando é necessária
maior capacidade de corrente.
Filamento
Tubo de Vidro
Terminal
(a) Representação
FUS. 5A
Tipo: Diazed
Usado em circuitos baixa potência
(possui porta-fusível)
Tipo: “NH”
Usado em circuitos de alta potência
(conetado por encaixe)
• Comandos Elétricos
19
Disjuntor termomagnético
Este dispositivo pode ser usado para proteção e, algumas vezes, como
chave. A função dele é cessar a passagem de corrente, se houver sobre-
carga ou curto-circuito. A ação é realizada com base no princípio da dila-
tação de lâminas fabricadas a partir de metais distintos e que possuem
coeficientes de dilatação diferentes. Uma pequena sobrecarga deforma
o sistema sob o calor, e o circuito é desligado.
Relé Térmico
Vr FUS
1 4
Vs FUS
2 5
Vt FUS
3 6
C
Motor
FUS
+
R1
S1 c
S2
c
-
Sinalização
Os dispositivos de sinalização demonstram o estado de painéis de
comando ou de processos automatizados. Os dados mais comuns identi-
ficados por estes dispositivos são: ligado, desligado, falha e emergência.
Estude cada um deles.
Indicador visual
Estes elementos enviam sinais de luz que demonstram, por exemplo,
estado de emergência, falha, entre outros. Os indicadores visuais são
os dispositivos mais aplicados, pois além de simples, apresentam baixo
custo e são eficientes na indicação.
• Comandos Elétricos
21
As informações são fornecidas por lâmpadas, também conhecidas como
LED - sigla em inglês diodos emissores de luz. Veja a tabela a seguir que
demonstra as cores que indicam cada estado.
Estado Cor
Ligado Vermelho
L
Desligado Verde
Falha Amarelo
Indicador acústico
Este dispositivo envia sinais sonoros que indicam falhas ou emergência,
por meio de sirenes e buzinas elétricas. Geralmente, os indicadores acús-
ticos são aplicados em locais que não permitem a visualização de sinais
luminosos e quando é necessário que sejam percebidos por várias pes-
soas em diferentes locais.
Símbolo
SÍMBOLO DESCRIÇÃO
Transformador trifásico
Botoeira NF
E
Fusível
• Comandos Elétricos
22
SÍMBOLO DESCRIÇÃO
Lâmpada / Sinalização
M Motor trifásico
3~
1 3 5
A1
Contator
2 4 6 A2
1 3 5 12 14
2 4 6 11
Relé
• Comandos Elétricos
23
Identificação dos contatos auxiliares
Veja como identificar contatos auxiliares.
1
Contato Normalmente Fechado(NF) (abridor)
2
3
13 23 33 41
a Número Número
de Identificação de Idenficação
b da função da sequência
14 23 34 42
Número de identificação
Número de identificação
3 Fechadores 3 1
1 Abridor
13 21 31 43
A1
A2
14 22 32 44
95 95 97
96 98 96 98
• Comandos Elétricos
24
Veja a tabela com a denominação para os aparelhos nos esquemas elé-
tricos:
DENOMINACÃO APARELHOS
b0 ou S0 Botão de comando desliga
b1 ou S1 Botão de comando liga
b2 – b22 ou S2-S22. Botão de comando esquerda/direita
K1 – K2 K3 K4 K5 ou C1,C2,
Contator principal
etc.
Contator auxiliar-relé de tempo relê
d1 – d2 d3
auxiliar.
F1 – F2 F3 Fusível principal
F7 – F8 F9 Relé bimetálico
F21 F22 Fusível para comando
h1 Armação de sinalização liga
Armação de sinalização direita/
h2
esquerda
M1 Motor, trafo principal
M2 Auto trafo
Circuito de medição-corrente alter-
nada
RST
• Comandos Elétricos
25
• Comandos Elétricos
26
Circuitos básicos de acionamento elétrico
Retenção
Um circuito de retenção funciona do modo como é apresentado na
figura a seguir. Ao apertar a botoeira “b1”, a bobina do contator “d” é
energizada. Isso faz com que os contatos de retenção “d” se fechem e o
contato “d” também para a lâmpada, que é acesa. Se a botoeira “b1”for
liberada, a bobina continua energizada, e a lâmpada “h” se mantém
acesa. No momento em que a botoeira “b0” for apertada, a bobina não
receberá mais energia, o que provoca a abertura dos contatos de reten-
ção para a lâmpada “h”, que se apaga.
(b)
(a) b0
b0
d b1 d
b1 d d
d h d h
Observe.
b13 (a)
b12
d d
2 2
b13 b12
d1 d2 h2 h3
b12 b13
d d
1 2
d2 d1
d1 d2 h12 h13
(b)
b0
d d
1 2
b12 b13
d1 d2
d2 d1
d1 d2 h12 h13
• Comandos Elétricos
28
Se as botoeiras “b12” ou “b13” forem acionadas, a bobina do contator
“d1” ou “d2” passa a receber energia e o contato de selo “d1” ou “d2” se
fecha e conserva a energização. O contato de intertravamento de “d1”
ou “d2”, ligado em série com “d2” ou “d1”,impede que haja energização
simultânea das duas bobinas. Para fornecer energia para a bobina “d2”
ou “d1”, é preciso acionar a botoeira “b0”, impedindo a energização da
bobina “d1” ou “d2” antes de apertar “b13” ou “b12”.
(a)
b0
d d
1 2
b12 d2
d1
b12 b13
d2 d1
d1 d2 h12 h13
(b)
b0
d d
1 2
b12
b12 d1 b13 d2
d2 d1
d1 d2 h12 h13
• Comandos Elétricos
29
Prioridades
Os circuitos de prioridades têm a função de estabelecer a ordem pela
qual os elementos serão acionados no circuito. Você conhecerá a seguir
somente circuitos que permitem que seus contatores sejam energiza-
dos, de acordo com especificações previamente estabelecidas. Os circui-
tos abordados neste tópico podem ser divididos em:
Primeira ação
Recebe este nome, pois possibilita a energização somente do contator
acionado em primeiro lugar. Veja:
d1 d2 da
b0 d1 d2
d1 d2
d2 da
h12 h13 h1a
Última ação
Já o circuito da imagem a seguir, permite a energização do contator ati-
vado em último lugar.
d1 d2 da
b0 b12 b13
d1 d2 da
d2 da
h12 h13 h1a
• Comandos Elétricos
30
Primeiro lugar
O circuito a seguir permite a energização de qualquer contator em pri-
meiro lugar.
d1 d2 da
b0 d1 d2
d1 d2 da
h12 h13 h1a
Sequência
Este circuito possibilita que os contatores sejam energizados somente
em sequência, a partir do primeiro.
bo
d1 d2 da
b12 d1 b13 d2 b 1a d3
Temporizado
O momento de acionamento ou retirada de um dispositivo do circuito é
atribuição do temporizado. Observe a seguir os circuitos dos quais fazem
parte este elemento.
Liga retardado
Quando a chave seccionadora “a” do circuito representado pela figura
(a) é ativada, a lâmpada “h” se acende depois de um tempo “t” determi-
nado no temporizador “d”. No mesmo momento em que a chave “a” é
liberada, a lâmpada “h” se apaga.
• Comandos Elétricos
31
Já o circuito da figura (b) tem a mesma função do anterior, a diferença entre
eles é que o acionamento neste caso é feito com o uso de botoeiras.
b0
a
Cd
Cd b1 d
d h
d h
(a) (b)
Desliga retardado
Na ilustração da figura (a) a seguir, no momento em que a chave seccio-
nadora “a” é ativada, a lâmpada “h” se acende. Se a chave for liberada,
após certo tempo “t”, ajustado no temporizador “d2”, a lâmpada “h” se
apaga.
a d1 d2
d3
b1 C
d2
d1 d2 d3 h
(a)
b1 d2
d3
C2
b0 d1 -
d1 d2 h
(b)
• Comandos Elétricos
32
Liga-desliga retardado
No circuito liga-desliga retardado representado na figura (a), a seguir, se
a chave seccionadora “a” for acionada, após tempo “t” determinado pelo
temporizador “d1” a lâmpada “h” se acende. Se a chave seccionadora
“a” for liberada, após certo tempo “t2”, ajustado no temporizador “d2”, a
lâmpada “h” se apaga.
O circuito da figura (b) tem a mesma função do anterior, mas nele o acio-
namento é por botoeiras.
a C d3
d1
d3
C C
d1 d2
d1 d2 d3 h
(a)
b0 C d3
d1
d3
C C
d1 d1 d2
b1
d1 d2 d3 h
(b)
• Comandos Elétricos
33
Ação temporizada
No circuito de ação temporizada da figura (a) quando a chave secciona-
dora “a” é ativada, a lâmpada “h” é acesa no mesmo instante e perma-
nece acesa durante o tempo “t”, ajustado no temporizador “d”. O circuito
da figura (b) tem a mesma função, mas é acionado por botoeiras.
a Cd
1
Cd
1
h
d1 d2
(a)
b0
b1 d2
Cd
C a
d3
d1 d2 d2 h
(b)
• Comandos Elétricos
34
O circuito da figura (b) tem a mesma função, e o acionamento por
botoeiras.
a Cd
1
Cd
1
h
d1 d2
(a)
b0
b1 d2
Cd
C a
d3
d1 d2 d2 h
(b)
• Comandos Elétricos
35
• Comandos Elétricos
36
Diagramas
Tipos
Conheça agora os tipos de diagrama.
Multifilar completo
Este diagrama demonstra o modo com que o circuito elétrico se desen-
volve. A representação deste tipo de circuito é complexa, no caso de eles
serem mais elaborados, como o da figura a seguir.
3~60Hz 380V
R
S 21 22
T
C1
b1 b2 b0
C1 C2
a4
UV W
M
3~
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
• Comandos Elétricos
37
Funcional e de disposição
A leitura dos circuitos elétricos apresenta três questões importantes,
como:
• Caminhos de corrente ou os circuitos que se estabelecem do início
ao fim da operação.
• A atribuição de cada elemento no conjunto, sua dependência e
interdependência em relação a outros elementos.
• A localização dos elementos no circuito.
b0
C1 C2
b2 b1
b1 b2
e4 C1 C2
SVW
M C2 C1
m1 3~ C1 a a
C2
S b b
e22 4 5 5 7
• Comandos Elétricos
38
Já na segunda parte há a representação, a identificação e a localização
física dos elementos que é realizada pelo diagrama de execução ou de
disposição. Veja como fica a ilustração, neste caso.
e1 e1 e1 e21 e22
c1 c2
BORNES
e2
a a a a
c1 c2 d1 d2
b b b b
• Comandos Elétricos
39
Identificação por símbolos gráficos
Esta identificação é feita da seguinte maneira:
a a
Y Y Identificação
por função
b b
3~60Hz 380V
R 2~60Hz220V
S
T Ro
N e21
e1
e4
C1 C2 b0
b2 b1
b1 b2
e4
UV W C1 C2
M
m1 3~ C2 C1
C1 a C2
a
N b b
Definição
A partir de agora você vai aprender o conceito de circuito de força e de
controle.
• Comandos Elétricos
40
Circuito de força
Este tipo de circuito, que também recebe o nome de circuito principal,
tem a função de fornecer a corrente que a operação demanda para os
equipamentos. Em montagens realizadas em laboratório, por exemplo,
os equipamentos são motores de potência baixa, já que neste caso, sua
aplicação é somente didática.
L1 L2 L3
1 3 5
L
2 4 6
1 3 5
R
2 4 6
1 3 1
2 4 2
Circuito U v w
de força Motor
X Y Z
2 4 6
Y
1 3 5
Circuito de comando
O circuito, que também pode ser denominado auxiliar, é aplicado em
ações de ativação e desligamento de elementos de manobra, como con-
tatores, relés, temporizadores, entre outros.
O dispositivo pode ser usado ainda para realizar travamento no caso de serem
identificadas disfunções em equipamentos de força e de sinalização.
5L
1
F
2
Desliga S1
alarme Circuito
S2
21 de comando
Desliga L
22 B1
B3
Liga Ra
B4
B2
O2 O4 O4
L Y
O3 O3
O1 B B B B
L Ra TM
Y
A A A A
1L
• Comandos Elétricos
41
Algumas especificidades deste tipo de circuito serão apresentadas ao
longo desta unidade.
Intertravamento de contatores
O intertravamento é um sistema, elétrico ou mecânico, usado para impe-
dir que dois ou mais contatores se fechem ao mesmo tempo e ocorra,
assim, curto-circuito ou alteração de sequência de funcionamento do cir-
cuito. Aqui, você vai conhecer mais de perto o intertravamento elétrico.
2~60Hz220V
R
e21 11
e4 o14
12
1
b0 2
1 1
b2 b1
2 2
3 3
b1 b2
4 4
13 13
C1 14 C2 14
11 11
C2 12 C1 12
C1 a C2 a
S b b
e22
Elétrico
O intertravamento elétrico pode ser realizado de dois modos:
• Por contatos auxiliares do contator: neste caso, é aplicado contato
auxiliar tipo “NF” (normalmente fechado) de um contator do circuito de
comando, que alimenta a bobina de outro contator. Assim, o funciona-
mento de um está sujeito ao do outro, conforme ilustrado na figura ante-
rior.
• Por botões conjugados: Quando o intertravamento é realizado por
botões conjugados, estes são inseridos no circuito de comando de modo
que, ao serem ativados para acionar um contator, provoquem a interrup-
ção do outro.
• Comandos Elétricos
42
Quando for possível, é recomendável aplicar ambos os processos (a e b)
de intertravamento.
• Comandos Elétricos
43
• Comandos Elétricos
44
Motores elétricos e chaves de partida
Motores elétricos
Os motores elétricos podem ser monofásicos ou trifásicos e de sua cons-
tituição podem fazer parte enrolamentos, chaves de partida, ligações,
velocidades, além de outros itens que influenciam o funcionamento
ordenado e sincrônico.
Achou importante?
Rotor Gaiola
Faça aqui suas anotações.
• Comandos Elétricos
45
Ao receber energia, o motor passa a operar como um transformador que
possui secundário em curto-circuito. Neste momento, a corrente elétrica
pode chegar a sete vezes a corrente nominal. Se o campo girante arrasta
o rotor e eleva a velocidade, a corrente cai até chegar ao mesmo valor da
corrente nominal, ao mesmo tempo em que a rotação atinge seu valor
nominal.
• Comandos Elétricos
46
são aplicados em máquinas de lavar roupas, eletrobombas, geladeiras e
enceradeiras de potência elevada.
Principal
Auxiliar
• Comandos Elétricos
47
Para alterar o sentido de rotação dos motores de seis terminais é preciso
modificar os terminais de 5 para 6. Se a tensão for 110V, as bobinas são
ligadas em paralelo, no caso de ser 220 V, elas devem ser ligadas em série.
Capacitor
Enrolamento auxiliar
Interruptor automático(chave centrifuga)
Ligações
Para 110V Para 220V
1 2 3 2 3
2
34 5 6 5 6
5 1 4 1 4
6
110V 220V
Para inverter a rotação trocar 5 por 6
Enrolamento principal
Trifásicos assíncronos
Este tipo de motor, muito usado na indústria, é adequado para ser utili-
zado em sistemas elétricos de três fases e disponibiliza condições mais
adequadas de operação do que os motores monofásicos, já que não
demanda auxílio de partida, apresenta melhor rendimento e está dis-
ponível em potências mais elevadas. No estator do motor assíncrono de
CA estão alojados três enrolamentos adequados para as três fases. Os
enrolamentos são montados com uma defasagem de 120º.
• Comandos Elétricos
48
estrela [ = 380 V] ou em triângulo [ = 220 V] para o acoplamento
à uma rede trifásica. Para isso, é preciso considerar o valor da tensão que
será aplicado na operação.
R1
R S T S2
1 2 3
4 5 6 T3
R S T
1 2 3 R1
6 4
3
T3 5 4
4 5 6
2
S2
L1 L2 L2
U V W
1 2 3
4 5 6 4 5 6
2 3 1 2 3 1
4 5 6 R S T R S T
X Y Z
11 12 10 11 12 10
5 6 4 5 6 4
8 9 7 8 9 7
2 3 1 2 3 1
R S T R S T
11 12 10 11 12 10
5 6 4 5 6 4
8 9 7 8 9 7
2 3 1 2 3 1
R S T R S T
• Comandos Elétricos
50
Placa de identificação de um motor
A placa de identificação dos motores é um dos elementos que fornece
dados sobre a operação adequada do motor de modo mais ágil. A figura
a seguir demonstra uma placa de identificação de um motor.
A seguir, você vai aprender como funciona mais um tipo de motor ele-
trico: o Dahlander.
• Comandos Elétricos
51
Dahlander - Motor elétrico trifásico de dupla velo-
cidade
Este tipo de motor apresenta velocidade dupla e é usado em máquinas
operatrizes, pontes rolantes, correias transportadoras, sistemas de venti-
lação, misturadores, centrífugas, nas indústrias naval, alimentícia, madei-
reira, siderúrgica e de mecânica em geral.
Chaves de partida
Estas chaves são responsáveis por oferecer condições de partida ao
motor. Essa partida deve ser, sempre que possível, realizada de modo
direto, sem dispositivos de redução da corrente da operação.
Partida direta
Com a chave de partida direta é possível que o motor dê partida com a
tensão nominal de serviço. O sistema é bastante simples e seguro e pode
ser usado em motores de gaiola.
• Comandos Elétricos
52
• Provoca queda de tensão da rede por causa do alto valor de cor-
rente de partida (Ip). No caso dos grandes motores, a corrente de partida
é limitada por imposição das concessionárias de energia elétrica. Veja
figura a seguir.
L3
L2
L1
Q1
KM3
Partida indireta
Agora, entenda como funcionam as chaves de partida indireta. Você vai
conferir os tipos de elementos utilizados em grandes motores visando a
minimizar a corrente de partida e seus efeitos.
Partida estrela-triângulo
No caso de motores que admitem ligações em dois níveis de tensão estas
podem ser feitas por chaves estrela-triângulo, que diminuem a corrente
de partida.
• Comandos Elétricos
53
X Y Z X Y Z
U V W U V W
L1
L2
L3
Q1
K1 K2 K3
F4
Chave série-paralelo
Se o motor elétrico admitir ligações em quatro níveis de tensão, é pos-
sível usar as chaves de partida série-paralelo. Geralmente, são aplica-
das em motores de alta potência que demandam uma alta corrente no
momento da partida.
Para que isso ocorra, é preciso que o motor receba energia em duas ten-
sões: a menor deve ter o mesmo valor da rede (tensão de serviço) e a
outra deve ser o dobro dela.
• Comandos Elétricos
54
o conjugado de partida do motor também fica reduzido a ¼. Assim, a
máquina deve partir praticamente em vazio.
L1 L2 L3
1 2 3 7 8 9
1 2 3 7 8 9
4 5 6 10 11 12
4 5 6 10 11 12
(a) (b)
Chave compensadora
A chave compensadora possibilita a partida em motores carregados,
pois tem a função de reduzir a corrente de partida e impedir que haja
sobrecarga na rede de alimentação, e permitindo que o motor seja con-
jugado o suficiente para a partida e a aceleração.
3~60Hz 380V
R
S
T
N
e1
135 13 5
C12 4 C2
6 24 6
C3 e4
2 1
4 3
6 5
m2
UVW
M
m1 3~
• Comandos Elétricos
55
Neste capítulo o funcionamento dos motores e das chaves de partida
foram objetos de estudos. Nas próximas páginas você entenderá os
mecanismos de acionamento dos motores elétricos.
• Comandos Elétricos
56
Instalações de sistemas de partida de moto-
res elétricos
b1
12 13
14
C1
11 14
UV W
M
m1 3~ C1 a
S b
e22
Sequência operacional
A operação de partida direta em um motor trifásico é realizada na
seguinte sequência:
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
• Comandos Elétricos
57
Start
Os bornes R, S e T, ao serem expostos a tensão e com o acionamento do
botão b1, provocam a energização da a bobina do contator C1. Essa ação
leva ao fechamento do contato de retenção C1, que manterá a bobina
energizada. Portanto, os contatos principais vão se fechar e o motor fun-
cionará.
Stop
Se o botão b0 for acionado, o funcionamento do contator será cortado.
No momento em que for aberto, a alimentação da bobina será elimi-
nada, o contato de retenção C1 se abrirá e os contatos principais tam-
bém. Assim, será realizada a partida do motor.
Trifásico
As normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) estabe-
lecem critérios técnicos e legais para as instalações de baixa tensão. O
fornecedor de energia de cada região é o responsável por expedir a per-
missão da partida direta de motores de potência determinada.
Por exemplo: uma serra circular, torno ou compressor, que devem partir
com as válvulas abertas, podem usar o método estrela-triângulo.
• Comandos Elétricos
58
Reversão de rotação de motor trifásico com con-
tatores
A reversão do sentido de rotação de um motor trifásico é feita pela inver-
são de duas de suas fases de alimentação. Esse trabalho é realizado por
dois contatores, comandados por dois botões conjugados, cujo aciona-
mento permite rotações no sentido horário e anti-horário.
Sequência operacional
A sequência para ligar o motor ou inverter seu sentido de rotação é a
seguinte:
Fique atento!
Segurança do sistema
Para garantir a segurança contra a energização podem ser realizados
dois procedimentos:
• Comandos Elétricos
59
Reversão de rotação de motor trifásico com conta-
tores e chaves fim de curso
Os contatores comandados por chaves fim de curso são aplicados em
situações que demandam o controle dos movimentos de avanço ou de
retrocesso automático de um dispositivo motorizado de uma máquina.
Sequência operacional
Observe a sequência de operação nesse tipo de partida com motor
trifásico
• Ligação do motor para movimentar dispositivo em um sentido:
se os bornes R, S e T estiverem sob tensão b1, sendo pulsados, a bobina
do contator C1 será alimentada, causando o fechamento do contato de
retenção C1, que a conserva energizada e, também, o fechamento dos
contatos principais.
• Comandos Elétricos
60
• Inversão do sentido de movimento do dispositivo: Ao pulsar
o botão conjugado b2, a bobina do contator C2 passa a receber ali-
mentação, fechando o contato de retenção C2, que a faz permanecer
energizada. Assim, haverá o fechamento dos contatos principais e o
acionamento do motor e do dispositivo da máquina, até que esta che-
gue ao limite de fim de curso.
• Comandos Elétricos
61
Veja os diagramas.
e1 e2 e3 e4
12 14 12 14 12 14 12 14
e5 e6 e7 e8
11 11 11 11
UV W UV W UV W UV W
M M M M
3~ 3~ 3~ 3~
m1 m2 m3 m4
1
b0
2
3 21 21 21
b1 d1 d2 d3
4 23 23 23
13 23 13 13
C1 C1 C2 C3
14 24 14 14
11 11 11 11
e5 14 e6 14 e7 14 e8 14
12 12 12 12
a a a a
d1 c1 d2 c2 d3 c3 c4
b b b b
S
e22
Sequência operacional
A sequencia para fazer partir esse tipo de motor é a seguinte: b1 é pul-
sado, o contator C1 e o relé d1 são energizados e o motor m1 parte. Após
o tempo ajustado para d1, este energiza C2 e d2 e o motor m2 parte.
Passado o tempo determinado para d2, ele energiza C3 e d3 e o motor
m3 parte. Após o tempo ajustado para d3, este energiza C4 e dá partida
a m4, último motor de sequência.
• Comandos Elétricos
62
Em caso de haver mais motores, o processo prosseguiria de forma
idêntica.
M
m1 3~
3 13 13 3
b1 c1 b2
4 14 14 4
31 31
c1 c2
32 32
c1
a c2
a c3
a c4 a V3
V1 V2
b b b b
S
e22
• Comandos Elétricos
63
Sequência operacional
Neste caso, a partida, a mudança do sentido de rotação ou a frenagem
do motor demandam os procedimentos determinados. Veja:
F 1,2,3 F1
135 95
F4 96
135
24 6 S0 1
K2 2
2 4 6 13 13
135 135 S1 3 S2 3 K2
4
K1 4
14 14
K3 K1 1
24 6 2 4 6 S2
2
S1 1
2
11
K2 12
K1 11
12
W M Z A1 A1 A1
V 3~ Y K1 K2 K3
U 4/2p X A2 A2 A2
N
• Comandos Elétricos
64
Depois de compreender a partida direta de motores trifásicos, chegou a
vez de entender como ocorre nos monofásicos.
95
N N N F4 96
135 135 135
K1 K1 K1 S0 1
24 6 24 6 24 6 2
135 135 135 13
S1 3
4
K1
14
24 6 24 6 46
UVW UVW UVW A1
K1
14 41 5 A2
M M M N
1~ 1~ 1~
2 3 23
R
S
F 1,2
1 3 5 13
K1
2 4 6 14
F7
2
1 3 4 5 6
R
S
F 1,2
1 3 5 13
K1
2 4 6 14
F7
2
1 3 4 5 6
• Comandos Elétricos
66
F21
b0
b1
13 13
K1 K2
14 14
F22 K1 K2
b0
b2
b1
2 13 21 13
K2 K1 K1 K2
22 14 22 14
K1 K2
S
Segurança nas Botoeiras
e Contadores
• Comandos Elétricos
67
Partida chave estrela-triângulo
Este tipo de chave, que pode ser manual ou automática, é usado em
motores de indução, trifásicos e com rotor em gaiola, que apresentem
seis terminais. Neste caso, a partida de um motor trifásico é realizada
de modo automático em Y, com comutação para ∆, feita a partir de três
contatores comandados por botões. Esse sistema de ligação é utilizado
para diminuir a tensão de fase do motor durante a partida.
12 14
e4
11
W M Z
V Y
U 3~ X
m1
2~60Hz220V
R Diagrama circuito
e21 11 de comando
e4 14
12
1
b0
2
3
b1
4
31 13 23
C1 32 14 24
13 23 31
C2 14 24 32
31
C3 32
21
d1
22
d1 C2 a a C3 a
b C1 b b
S
e22
• Comandos Elétricos
68
Sequência operacional
C1, C2 e C3 estão desligados e os bornes R, S e T, sob tensão. Com a pul-
sagem do botão b1, a bobina do contator C2 e o relé temporizador d1
serão alimentados. Isto provocará o fechamento do contato de retenção
de C2 que conserva energizadas as bobinas dos contatores C1 e C2, res-
pectivamente, e o relé temporizador d1.
Após passar o tempo estabelecido para o relé temporizador d1, este passa
a operar e desliga o contato abridor d1, que desenergizará a bobina do
contator C2, provocando a abertura de seus contatos principais. Com a
desenergização da bobina C2, o contato abridor C2 (31 - 32) volta energi-
zando a bobina C3, que acionará o motor em triângulo.
Parada do motor
A parada do motor em estrela ocorre da seguinte maneira: o motor que
está operando em triângulo e pulsando o botão b0, cessa a energização
da bobina C1, que abrirá os contatos C1 ( 13-14) e C1 (23 –24), interrom-
pendo a corrente da bobina C3. Assim, o motor ficará energizado.
Segurança do sistema
Com a operação do motor em marcha na ligação triângulo, o contato C3
(31-32) fica aberto no diagrama circuito de comando e impede a energi-
zação acidental da bobina C2.
• Comandos Elétricos
69
• A comutação da tensão reduzida para tensão realiza-se no tempo
previsto e ajustado, independente da ação do operador.
3~60Hz 380V
R Diagrama circuito de comando
S
T 2~60Hz220V
N
e1 e21 11
e2 14
12
135 13 5
C12 4 C2 1
6 24 6 b0
2
C3 e4
2 1 3 13 13 13
4 3 b1 C1 C2 C3
6 5 4 14 14 14
15 23 41
d1 C2 24 C2 42
16 18
m2 51 31 31 23 23
UVW C
52
C2
32 C1 32
C1 24C3 24
M a a a a
m1 3~ d1 C1 C2 C3
b b b b
S
e22
Sequência operacional
Os contatores C1, C2, C3 e o relé de tempo ficam desligados, enquanto
os bornes R, S, T estão sob tensão. Pulsando o botão b1, a bobina do
contator C1 fica energizada, e o relé temporizador d1 também. Assim, os
contatos C1 (13 - 14) e C1 (23 - 24) se fecham, conservando energizada a
bobina de C3 e colocando o motor em funcionamento.
Comutação
Após ter passado o tempo determinado, o relé temporizador d1 comuta,
desenergizando a bobina de C1 e energizando a bobina de C2. A bobina
de C2 se mantém energizada e os contatos de C2(13-14) se fecham e os
de C2(41-42) se abrem, o que causa desenergização da bobina de C3.
Os contatos principais de C3 se abrem e os de C2 se fecham. Assim, o
motor é alimentado com tensão plena, também conhecida como tensão
nominal.
• Comandos Elétricos
70
Partida de motor trifásico de rotor bobinado com
comutação automática de resistores
Neste tipo de partida, o circuito de comando elimina os estágios de
resistores automaticamente. Os relés temporizados é que determinam o
tempo necessário entre a partida e as sucessivas retiradas dos resistores
do circuito do rotor bobinado, até criar curto-circuito. Veja os diagramas.
3~60Hz 380V
R
S
T
N
e1
135
C12 4 6 12
14
e4
11
UVW
M
m1 3~
UVW
r3 C13
r2 C12
r1
C11
1
b0
2
3 13 c13
b1 c1
4 14 41 42
31 15 13 13 23 23 23
c11 32 c13 13 d1 c2 c12 d3 c11 c12
31 14 18 14 14 24 24 24
c12
32
31 31 41 d2
c13 32 15 41 31
d3 C2 c11 42 d3
32 42 18 32
a a a a a a a
c1 c13 c11 c12 d1 d2 d3
b b b b b b b
S
e22
• Comandos Elétricos
71
Sequência operacional
Veja como ocorre a sequência de operações neste caso:
1° estágio de partida
Na fase inicial, os contatores C1, C11, C12, C13, os relés temporizados d1 e
d2, e o relé auxiliar d3 estão desenergizados. Se o botão b1 for pulsado,
as bobinas C1 e d1 são energizadas simultaneamente e se mantêm liga-
das pelo contato de retenção comum C1(13 - 14). Se bobina C1 estiver
energizada, seus contatos principais se fecham, e o motor começa a fun-
cionar com todos os resistores intercalados no circuito induzido (r1, r2 e
r3).
2° estágio de partida
Depois de passado o tempo pré-determinado, o relé d1 opera, fechando
o seu contato d1 (15 - 18), energizando C11, que permanece por meio
de seu contato de retenção C11 (13 - 14). Ao mesmo tempo, o contato
fechador de C11(23 - 24) energiza o relé d2 e desenergiza a bobina de d1
através de C11(41 - 42). Se a bobina de C11 estiver energizada, seus con-
tatos principais se fecham, retirando do circuito o resistor r1.
3° estágio de partida
Após o tempo ajustado para d2, ocorre a sua operação, e o contato d2
(15 - 18) energiza C12, que conserva este estado por meio de seu contato
de retenção C12 (13 - 14). Nesse momento, C11 é desenergizado e retorna
seus contatos à posição de repouso. O contato C12 (23 - 24) se fecha, ali-
mentando d3, que fechará d3 (23 -24), energizando novamente d1. Ener-
gizada a bobina de C12, seus contatos principais se fecham, retirando de
circuito o resistor r2.
4° estágio de partida:
Depois do tempo ajustado para d1, ocorre a sua operação, e seu contato
d1 (15 - 18) se fecha, alimentando C13, que permanece energizado por
seu contato de retenção, e abre o contato de C13 (41 - 42), que volta os
demais à condição inicial. Energizando C13, seus contatos principais se
fecham, o resistor r3 é eliminado, e o rotor curto-circuitado.
• Comandos Elétricos
72
Referências Bibliográficas
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
• Comandos Elétricos
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• Comandos Elétricos
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