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Acionamentos e Comandos Elétricos - Ensino Técnico
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Acionamentos e Comandos Elétricos - Ensino Técnico
Prefácio
Este texto tem por objetivo principal oferecer um material básico de referência para a disciplina
Acionamentos e Comandos Elétricos, para os Cursos Técnicos de Eletromecânica e Mecatrônica do
CEFET-MG, do Departamento de Engenharia de Materiais – DEMAT.
O texto conta com oito capítulos, numa sequência que possibilita ao aluno consolidar os conceitos
teóricos através da leitura dos tópicos, dos exemplos resolvidos e da resolução de problemas e exercícios,
incluindo exercícios de simulação. Além disso, são disponíveis vários guias de aulas práticas (Apêndice
II) para uso em laboratório.
É importante que o leitor tenha como pontos de partida conceitos fundamentais da eletricidade,
como o conhecimento do Sistema Internacional de Unidades (SI), da notação científica e de grandezas
elétricas básicas. No primeiro capítulo são apresentados conceitos básicos de corrente alternada (CA),
com ênfase no sistema trifásico. Para um aprofundamento neste assunto, o aluno já conta com uma
disciplina no curso, Circuitos Elétricos.
Vale salientar que o presente texto complementa a literatura técnica da área de Acionamentos e
Comandos Elétricos. As referências bibliográficas são, além de base desta obra, muito enriquecedoras em
aspectos teóricos e práticos. O bom aluno deve sempre ler e pesquisar os assuntos referentes a esta
disciplina do curso nos excelentes livros editados em português, além de apostilas e tutoriais disponíveis
na Internet.
Uma observação importante: considera-se no texto, para o acionamento dos contatores, a tensão
de alimentação de 220 V. Caso contrário, será informada a tensão no esquema do acionamento, por
exemplo, contator acionado por 24 V (60 Hz).
Pede-se a compreensão dos alunos e professores pelos eventuais erros. Assim sendo, são
imensamente bem-vindas as críticas, sugestões e correções, que certamente contribuirão para a melhoria
deste material didático, que brevemente, poderá se transformar em livro.
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Acionamentos e Comandos Elétricos - Ensino Técnico
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Acionamentos e Comandos Elétricos - Ensino Técnico
BIOGRAFIA
André Barros de Mello Oliveira nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 17 de julho de 1969.
Formou-se em Engenharia Industrial Elétrica pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas
Gerais (CEFET-MG), em dezembro de 1992. Obteve o título de Mestre em Engenharia Elétrica pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em dezembro de 1998, na área de Eletrônica de
Potência. Atuou como professor em Escolas de formação técnica em Belo Horizonte, como o SENAI, a
Utramig, o SESI e o CEFET-MG, até 2001. De 2001 a 2006 foi professor/pesquisador nos cursos de
Engenharia de Telecomunicações e de Engenharia Elétrica do Centro Universitário de Belo Horizonte
(Uni-BH). Desde outubro de 2006 é professor efetivo do CEFET-MG, atuando inicialmente no campus
Varginha (2006 a 2014), nos cursos técnicos de Informática Industrial e Mecatrônica. Atualmente é
professor do DEMAT, Departamento de Engenharia de Materiais, no campus I, em Belo Horizonte, onde
leciona nos cursos técnicos de Mecatrônica, Eletromecânica e Mecânica.
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Acionamentos e Comandos Elétricos - Ensino Técnico
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Lista de Abreviaturas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - atua em todas as áreas técnicas do país. Os textos
das normas são adotados pelos órgãos governamentais (federais, estaduais e municipais) e pelas firmas.
Compõe-se de normas: NB, TB (terminologia), SB (simbologia), EB (especificação), MB (método de
ensaio) e PB (padronização).
AC – Alternating Current (corrente alternada).
ANSI – American National Standards Institute, Instituto de normas dos Estados Unidos que publica
recomendações e normas em praticamente todas as áreas técnicas. Na área dos dispositivos de comando
de baixa tensão, tem adotado frequentemente especificações da UL e da NEMA.
AT – Alta Tensão.
BT – Baixa Tensão.
CA – Corrente Alternada.
CC – Corrente Contínua.
CNC – Controle Numérico Computadorizado.
CV – Cavalo-Vapor, unidade de potência mecânica, correspondente a 736 Watts.
DC – Direct Current (corrente contínua).
DIN – Deutshe Industrie Normen, Associação de normas industriais alemãs. Suas publicações são
devidamente coordenadas com as da VDE.
fem – força eletromotriz.
FT – Relé de Sobrecarga.
IEC – International Electrotechinical Comission. Comissão formada por representantes de todos os
paises industrializados. As recomendações do IEC, publicadas por esta comissão, são normalmente
adotadas na íntegra pelos diversos paises ou, em outros casos, está se processando uma aproximação das
normas nacionais ao texto destas internacionais.
HP – Horse-Power, unidade de potência mecânica, correspondente a 746 Watts.
K – Contator.
KT – Relé de Tempo.
MI – Motor de Indução.
MIM ou MM – Motor de Indução Monofásico.
MIT – Motor de Indução Trifásico.
NA – Normalmente Aberto (relativo ao tipo de contato de uma chave).
NEMA – National Electrical Manufactures Association, Associação americana dos fabricantes de
materiais elétricos.
NF – Normalmente Fechado.
- Rendimento.
RPM (ou rpm) – Rotações por minuto.
UL – Underwriters’ Laboratories Inc., entidade nacional de ensaio da área de proteção contra incêndio,
nos Estados Unidos, que entre outras coisas, realiza ensaios de equipamentos elétricos e publica as suas
prescrições.
VCC – Tensão Contínua (o mesmo que VDC, onde DC vem de Direct Current).
VDE – Verband Deutscher Elektrotechniker, Associação de normas alemãs que publica normas e
recomendações da área de eletricidade.
VF – Tensão de fase (tensão elétrica entre fase e neutro, VFN).
VL – Tensão de linha (tensão elétrica entre duas fases, VFF).
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Sumário
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2.5.2 – Velocidade síncrona (ns) ........................................................................................................ 67
2.5.3 – Escorregamento (s)................................................................................................................ 68
2.5.3.1 – Tensões induzidas no rotor ................................................................................................. 68
2.5.4 – Conjugado ............................................................................................................................. 70
2.5.5 – Energia, potência elétrica e potência mecânica .................................................................... 71
2.5.6 – Potência aparente, ativa e reativa ......................................................................................... 72
2.5.7 – Fator de potência................................................................................................................... 72
2.5.8 – Rendimento ............................................................................................................................ 74
2.5.9 – Categorias de conjugado ....................................................................................................... 74
2.6 – Principais características nominais ............................................................................................... 77
2.7 – Ligações de motores de indução ................................................................................................... 79
2.7.1 – Ligações de motores de 6 (seis) terminais ............................................................................. 80
2.7.2 – Ligações de motores de 9 (nove) terminais ........................................................................... 81
2.7.3 – Ligações de motores de 12 (doze) terminais ......................................................................... 83
2.7.4 – Ligações de motores de duas velocidades (Dahlander) ........................................................ 85
ix
4.3.2 – Curvas de disparo do Disjuntor .......................................................................................... 126
4.3.3 – Disjuntor diferencial residual (DR)..................................................................................... 126
4.3.3.1 - Princípio de proteção das pessoas .................................................................................... 127
4.4 – Relés de sobrecarga ..................................................................................................................... 130
4.4.1 – Relé de sobrecarga bimetálico com botão RESET e tecla multifunções ............................. 131
4.4.2 – Relés eletrônicos .................................................................................................................. 133
4.5 – Relé de tempo ............................................................................................................................. 135
4.5.1 – Relés de tempo eletrônicos .................................................................................................. 136
x
8.2 – Diagramas de ligação em 127 V e em 220 V .............................................................................. 204
8.2.1 – Motor monofásico de 2 terminais ........................................................................................ 204
8.2.2 – Motor monofásico de 4 terminais ........................................................................................ 204
8.2.3 – Motor monofásico de 6 terminais ........................................................................................ 204
8.3 – Sistema de reversão de rotação no MM ...................................................................................... 205
Apêndice I – Informações úteis. Normas e símbolos utilizados em comandos elétricos ......................... 210
Aula Prática 1 - Acionamento de Lâmpadas e Medição de Corrente e Tensão Monofásicas .................. 212
Aula Prática 2 - Comandos de Acionamento por Chaves e Medição de Valores Trifásicos.................... 214
Aula Prática 3 – Controle de Carga utilizando Contator e Relé de Tempo .............................................. 217
Aula Prática 4 - Chave de Partida Direta - Motor de Indução Trifásico (MIT) de 6 Terminais .............. 219
Aula Prática 5 – Partida de um Motor Elétrico com Comando Direto e Intermitente.............................. 221
Aula Prática 6 – Partida Direta de um MIT com Reversão Temporizada ................................................ 223
Aula Prática 7 – Relé Eletrônico Temporizador aplicado na partida e na sinalização de um MIT .......... 226
Aula Prática 8 – Comando Condicionado de Cargas ............................................................................... 230
Aula Prática 9 – Montagem de Chave de Partida Manual e Automática para um Motor Dahlander ....... 234
Aula Prática 10 – Montagem de Chave de Partida Estrela-Triângulo Semi-Automática......................... 237
Aula Prática 11 – Chave de Partida Compensadora ................................................................................. 240
Aula Prática 12 – Motor Monofásico – Acionamento Manual em 127 e em 220 V ................................ 243
Aula Prática 13 – Acionamento e Reversão Automática do Motor Monofásico ..................................... 247
Aula Prática 14 – Chave de Partida para MIT com Enrolamentos Separados (2 velocidades) ................ 250
Aula Prática 15 – Frenagem de Motor de Indução ................................................................................... 252
Apêndice III – Identificação dos terminais das bobinas do motor monofásico ........................................ 254
xi
Alfabeto Grego
Nome
Maiúsculas Minúsculas Prefixos SI*
Clássico
A Alfa Fator Prefixo Símbolo
B Beta 10-3 mili m
Gamma 10-6 micro
Delta 10-9 nano n
10-12 pico p
E Epsilon
103 quilo k
Z Zeta
106 mega M
H Eta 109 giga G
Theta 1012 tera T
I Iota
* SI: Sistema Internacional de Unidades, é um conjunto sistematizado e padronizado de
K Kappa definições para unidades de medida, utilizado em quase todo o mundo moderno, que visa a
"Escola de Atenas", Rafael Sanzio. Retrata filósofos gregos e personalidades da época do pintor.
Fonte: http://www.drsa.com.br/wp-content/uploads/2010/10/escola_atenas_rafael.jpg.
xii
Usina Hidrelétrica de Estreito. Descida do maior rotor Kaplan do Brasil. Agosto de 2010.
Fonte: http://www.uhe-estreito.com.br/ver_imgprincipal.php?noticia_id=129
xiii
Capítulo
REVISÃO DE CONCEITOS E APLICAÇÕES
1 DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
Figura 1.1 – Exemplos de fontes alternativas de Corrente Alternada (CA). Fonte: BOYLESTAD, R. L.
Introductory Circuit Analysis. 10th Edition, 2002. Copyright ©2003 by Pearson Education, Inc. Upper Saddle
River, New Jersey 07458. All rights reserved.
- Questão importante: qual é a função do canal na entrada do duto? Responda se possível, com
suas palavras.
(b)
Figura 1.2 – (a) Aspecto de uma Usina Hidrelétrica (UHE) – vista de perfil. (b) Esquema de barragem de UHE com
destaque para a turbina. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hydroelectric_dam_portuguese.PNG
1
Fonte: http://www.eletrica.ufpr.br/~jean/Eletrotecnica/Material_Didatico/Aula03_Sistemas_Trifasicos.ppt
Acionamentos e Comandos Elétricos CEFET-MG
15
A instalação de uma turbina do tipo Francis é mostrada na Figura 1.5. Repare no diâmetro do
rotor da turbina, onde os técnicos trabalham. Na Figura 1.6 vê-se o rotor de uma turbina de um gerador da
usina de Itaipu.
A Turbina Francis é uma turbina hidráulica que foi desenvolvida pelo engenheiro americano
James B. Francis, em 1849, daí o seu nome. Turbinas Francis são adequadas para operar entre quedas de
40 m até 400 m. No Brasil, a usina hidrelétrica de Itaipu, assim como a usina hidrelétrica de
Tucuruí, usina hidrelétrica de Furnas, usina hidrelétrica de Foz do Areia, AHE de Salto Pilão e outras
funcionam com turbinas tipo Francis, com cerca de 100 m de queda de água. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Turbina_Francis.
Figura 1.5 - Uma das 6 novas turbinas Francis, que produzem 1 milhão de HP de potência (cerca de 745 MW), sendo instalada
na unidade 3 da represa Grand Coulee. Fonte: http://www.adrenaline.com.br/forum/showthread.php?t=111453
A usina hidroelétrica de ITAIPU, nacional, é uma das que mais produz eletricidade (veja a
matéria a seguir, dados de 2010). É um empreendimento binacional desenvolvido pelo Brasil e pelo
Paraguai no Rio Paraná. A potência instalada da usina é de 12.600 MW (megawatts), com 18 unidades
geradoras de 700 MW cada. A Figura 1.7 mostra o seu aspecto de sua barragem.
Leitura Recomendada:
Itaipu fecha 2010 com geração de 85,9 milhões de MWh
Tabela 1.1 – Quadro comparativo das usinas de Itaipu e de Três Gargantas (dados de 2010).
Fontes: http://www.itaipu.gov.br/energia/comparacoes e China Three Gorges Corporation.
Usina Itaipu (Brasil) Três Gargantas (China)
Turbinas 20 32 (6 subterrâneas)
Potência nominal 700 MW 700 MW
22.400 MW (quando completa, em
Potência instalada 14.000 MW
2011)
Recorde de
94,7 bilhões kWh/ano (2008) 84,3 bilhões kWh/ano (2010)
produção anual
Produção anual 85,9 bilhões kWh/ano (2010) 84,3 bilhões kWh/ano (2010)
Concreto utilizado 12,57 milhões m³ 27,94 milhões m³
Altura 196 metros 181 metros
7.744 metros
Comprimento da (concreto, enroscamento e 4.149 metros (concreto 2.309 m e dique
barragem terra) 175 metros (dique de Maoping 1.840 m)
Hernandárias)
Vertedouro -
capacidade de 62.200 m³/s 120.600 m³/s
vazão
Escavações 63,85 milhões m³ 134 milhões m³
Número de pessoas
40 mil 1,13 milhão
reassentadas
A Figura 1.8 apresenta o esquema de um gerador elementar de uma espira, submetida à ação de
um fluxo magnético, interno à região entre os pólos norte e sul de um ímã.
Mas, o que é uma espira? Numa definição simples, uma espira constitui um tipo de circuito
elétrico, com aplicações na produção de campo magnético e eletricidade. É um componente encontrado
em geradores de energia elétrica, motores elétricos, transformadores e indutores, dentre outros.
Figura 1.8 – Aspecto básico de um gerador CA com um alternador para geração de uma tensão senoidal.
A Figura 1.9 mostra dois exemplos de bobinas, construídas a partir de um conjunto de espiras. A
Figura 1.10 mostra a aplicação de uma bobina em um disjuntor (dispositivo de proteção).
(a) (b)
Figura 1.9 – (a) Detalhe de uma bobina. (b) Indutor ou bobina de comprimento l formado por N espiras.
Bobina
(a) (b)
Figura 1.11 – (a) Esquema de um transformador monofásico.
(b) Transformador trifásico (rede de distribuição de energia elétrica
O condutor (na prática uma bobina) é girado por uma turbina a vapor ou qualquer outra forma de
energia mecânica. Esta rotação provoca uma alteração contínua no fluxo magnético em torno do
condutor, o que faz surgir uma tensão induzida sob forma senoidal no mesmo.
A Figura 1.12a mostra uma espira inclinada por um ângulo alfa () em relação às linhas de
campo magnético, indicadas pelo vetor B . Na Figura 1.12b, A mesma espira girando na região de campo
magnético, o que produz uma tensão senoidal nos terminais X e Y.
(a) (b)
Figura 1.12 – (a) Espira inclinada por um ângulo em relação às linhas do campo magnético.
(b) A mesma espira de (a), girando na região de campo magnético – produção de tensão senoidal.
Fonte: http://macao.communications.museum/images/exhibits/small/2_4_1_1_por.png
Está associado à quantidade de linhas de indução magnética que atravessa a superfície delimitada
por uma espira, como visto em (1.1).
= B.A.cosα (1.1)
Onde:
N
(1.2)
t Fig. 1.13 - Michael Faraday.
d
cos x sen x (1.3)
dx
Nd Nd BA cos
dt dt
d cos
NBA k . sen
dt
k . sen (1.4)
- para os instantes 1, 3 e 5, onde a f.e.m. é nula, isto se justifica pelo fato de que não há variação
de fluxo magnético. A variação máxima ocorre nos intervalos entre os instantes 1 e 2 (variação max
positiva), 2 e 3 (max negativa), 3 e 4 e 4 e 5.
Figura 1.14 – Um ciclo completo da tensão CA com o giro de 360 graus de uma espira.
Pela Figura 1.15, pode-se acompanhar o ciclo completo da senóide formada pelo giro de um
fasor, indicado no diagrama indicando um ciclo de 0 a 360 graus.
Para um gerador de 2 pólos (norte e sul), a rotação de uma bobina ao longo de 360º geométricos
(ou graus mecânicos) gera sempre 1 ciclo de 360º elétricos de tensão (gerador de 2 pólos). Observe que,
por exemplo, para um ângulo de 90 graus – veja a Equação (1.4), a tensão induzida na espira é máxima,
pois k .sen k .sen 90 max .
0
Figura 1.15 – Dois ciclos de tensão alternada gerados pela rotação de uma espira.
Fonte: B. Grob, Eletrônica Básica, 4a. Ed. New York: McGraw Hill, 1977.
• Período (T) - duração de um ciclo ou ainda o intervalo de tempo entre dois pontos da curva de mesma
situação (picos positivos ou negativos, p. ex.).
É medido em segundos (s).
• Freqüência (f) – número de repetições ou ciclos por segundo.
1 1
É medida em Hertz (Hz). f Logo, T . Daí, Hz = 1/s ou s-1.
T f
• A frequência do sistema elétrico no Brasil é de 60 Hz; em outros países se usa 50 Hz.
• Curiosidade 1: na área de telefonia celular, os padrões de frequência de operação atuais estão na faixa
de GHz (lembre-se de que 1 G = 1 x 109).
• Curiosidade 2: para ondas de rádio (sinais sonoros), temos os sinais em AM (amplitude modulada) e
em FM (frequência modulada). O Rádio FM oferece maior qualidade sonora do que o AM, pois a sua
banda de passagem é de 200 kHz por canal, bem maior que os 10 kHz do rádio AM. Fonte:
http://www.willians.pro.br/frequencia/cap3_espectro.htm
EF - Exercícios de Fixação
Série 1
Figura 1.16.
EF2 – Por que, na construção de uma bobina, utiliza-se o fio de cobre envernizado?
EF3 – Explicar matematicamente (através de uma ou mais equações) por que em uma bobina com muitas
espiras se consegue induzir mais tensão elétrica.
EF4 – Seja o esquema da Figura 1.17.
a) Por que a corrente é alternada no resistor R?
b) Se um técnico projeta uma espira 3 x menor em relação à apresentada nesta figura, o que ocorre com o
valor de pico da senóide produzida? Justifique.
c) Se a espira fica parada, há indução de tensão nos terminais do resistor R?
EF5 – Examinar a Figura 1.18 e explicar porque a corrente é contínua no circuito externo (representado
pelo resistor R).
A equação geral de um sinal de tensão senoidal (o mesmo vale para um sinal de corrente) é dada,
de acordo com a Lei de Faraday, pela equação (1.5):
Onde:
1) v(t) é o valor instantâneo da tensão;
2) Vmax é o máximo valor que a tensão pode atingir,
também denominada de amplitude ou tensão de pico (ver
a Figura 1.19);
3) Valor de pico-a-pico, Vpp : é a distância entre os
valores máximo e mínimo. Matematicamente, para um
sinal simétrico como o da Figura 1.19, este parâmetro é:
4) O ângulo (phi, legra grega) é o ângulo de fase inicial, que indica a posição angular onde se inicia o
semiciclo positivo da forma de onda senoidal.
Pela Figura 1.20a vê-se que o semiciclo positivo começa antes do zero (0) no eixo t. A onda
senoidal está ADIANTADA em relação ao instante 0 (zero). O ângulo de fase é considerado positivo (ou
seja, > 0) na Equação (1.5).
Já na Figura 1.20b o semiciclo positivo começa após o instante zero (0) no eixo t. Portanto, a
onda senoidal está ATRASADA em relação ao instante 0 (zero) e o ângulo de fase é considerado negativo
( < 0) na Equação (1.5).
(a) (b)
Figura 1.20 – (a) Ângulo de fase > 0 (onda senoidal ADIANTADA em relação a t = 0.
(b) Ângulo de fase < 0 (onda senoidal ATRASADA em relação a t = 0.
Na equação (1.5) t = é um ângulo (onde é uma letra grega, teta), onde é a frequência
angular (rad/s) e t é o tempo (s). Graficamente, é representado no eixo horizontal.
Teste: para t = 0, v(t ) 5.sen (350 ) 2,87 V. Veja a forma de onda deste sinal na Figura 1.21, bem como o
valor instantâneo em t = 0, para um ângulo de fase = 350. Nesta figura, o ângulo de fase está indicado com a
letra grega , ao invés de .
5) (letra grega ômega) indica a velocidade de giro angular, dada por (1.8).
As grandezas elétricas, quando variantes no tempo, são identificas pela letra MINÚSCULA. Por
exemplo: v(t), tensão CA e i(t), corrente CA.
Quando se quer escrever/identificar os parâmetros destas grandezas, como valor máximo, valor
de pico-a-pico, valor médio, valor eficaz etc., faz-se o uso de letras MAIÚSCULAS.
Exemplo: Vpp ,Vmax ,VRMS , VDC etc.
EF - Exercícios de Fixação
Série 2
EF6 – Sejam as formas de onda da Figura 1.22. Pede-se determinar as equações de i(t) e v(t). As duas
formas de onda estão em fase? Justifique.
( + )
- Am.sen
Figura 1.22 – EF6 (BOYLESTAD, 2002). Figura 1.23 - EF7 (BOYLESTAD, 2002).
Copyright © 2003 by Pearson Education, Inc. Upper Saddle River, New Jersey 07458. All rights reserved.
EF7 – Seja a tensão senoidal (Figura 1.23), cuja equação é v(t) = 20 sen (500..t - /4).
a) Qual é o seu valor máximo, Am? Qual é a sua velocidade angular () em rad/s?
b) Qual é o seu ângulo de defasagem inicial () em rad? Encontre este parâmetro em ms.
c) Encontre para este sinal o período (T) em s e a freqüência (f) em Hz.
EF8 – Para o sinal da Figura 1.24, pede-se encontrar, com base nas informações:
Escala vertical: 2 V/div. e 1 A/div. Escala Horizontal: 0,2 ms / div.
a) o período de i(t) e e(t), em ms e a amplitude de pico a pico do sinal e(t);
b) o defasamento em graus e em ms entre os sinais e(t) e i(t).
Vmed
A Areas sob a curva (1.9) Fig. 1.25 – Exemplo gráfico do valor médio
T Comprimento da curva
de uma forma de onda (MUSSOI, 2006).
Exemplo 1.3 - Determine o valor médio para a forma de onda da Figura 1.27.
Solução:
Vmedio
4 2 2 2 3 2 1 2
8
8 4 6 2 12
1,5.
8 8
Figura 1.27 (MUSSOI, 2006).
O valor eficaz de uma função representa a capacidade de produção de trabalho efetivo de uma
grandeza variável no tempo entre as excursões positivas e negativas da mesma.
Para uma grandeza senoidal (ver a Figura 1.28), cuja equação no domínio do tempo é dado por
v(t) = Vmax sen t, o seu valor eficaz é dado pela equação (1.10).
Figura 1.29 - Circuitos para medição da potência RMS num resistor. Simulação no Software PSpice ®.
O segundo circuito é alimentado por um sinal senoidal, que é ajustado para que um amperímetro
indique uma corrente de 1,27 A (alternada), a fim de que seja dissipada a mesma potência que no
primeiro circuito.
Logo,
O valor ajustado para a senóide equivale a uma tensão contínua a qual aplicada a um elemento
resistivo, dissipa a mesma potência (em CA) que no primeiro circuito (em CC).
O circuito da Figura 1.30 mostra um modo prático de se medir a energia térmica entregue por
ambas as fontes ao resistor R.
Figura 1.30 – Circuito para medição da energia dissipada pelo resistor alimentado por fontes
CC e CA. Fonte: BOYLESTAD, R. L. Introductory Circuit Analysis. 10th Edition, 2002.
Observações:
De acordo com a Figura 1.15, é muito simples relacionar graus elétricos (referentes a grandezas
elétricas, obviamente) e o tempo em segundos.
Supondo que um ciclo da senóide desta figura (360 graus) ocorre em um tempo de 10 ms, para
encontrar, por exemplo o instante onde ocorre o primeiro valor máximo positivo (vB), basta resolver a
regra de três simples:
360 graus 10 ms
090 graus tB
Numa máquina de p pólos (veja a Figura 1.31), uma rotação completa do rotor corresponderá a
p/2 ciclos de tensão. A denominação da posição do rotor de graus mecânicos e do ângulo correspondente
a cada valor do ciclo de tensão gerada de graus elétricos permite estabelecer a seguinte equação:
(a) (b)
Figura 1.31 – (a) Gerador elementar CA monofásico de 2 pólos. (b) Gerador elementar CA trifásico de 2 pólos.
1.4.1 – Fasores
Uma grandeza senoidal pode ser representada por um vetor que gira com velocidade angular
constante , em rad/s. Se este representa uma grandeza elétrica (tensão ou corrente), damos a ele o nome
de FASOR (Figura 1.32).
Figura 1.32 – (a) Representação fasorial de uma grandeza senoidal x(t), ilustrada em (b).
Notas:
1) o FASOR não é como o vetor, pois possui somente módulo e sentido (horário ou anti-horário);
2) = 2f frequência angular (rads/s).
Na Figura 1.33 a onda B está adiantada ou atrasada da onda A? Qual é o ângulo de fase?
(a) (b)
Figura 1.33 – Ondas senoidais. (a) Formas de onda. (b) Diagrama de fasores.
Na Figura 1.34 vêem-se dois sinais, de tensão, v(t) e de corrente, i(t). No primeiro gráfico o
defasamento é de 180 graus (sinais fora de fase). No segundo gráfico as grandezas estão em fase (ângulo
de defasagem nulo entre ambas as formas de onda).
Exemplo 1.4
Seja um sinal de v(t ) 180.sen 377t 45 [V]. Qual é a sua forma polar?
0
Solução:
Na forma polar ele pode ser representado como: V 180
2 450 V.
Exemplo 1.5
Um fasor é representado como I 5 150 A . Pede-se encontrar a expressão de i(t) e a queda de tensão em
um resistor R de 10 ohms por onde circula esta corrente, escrita no domínio do tempo e na forma polar.
Solução:
a) i(t) será representado no domínio do tempo como: i(t ) 5 2.sen t 15 .
0
b) Da Lei de Ohm, vR(t) = Ri(t).
EF9 - Escreva a função e desenhe a forma de onda de um sinal senoidal 1 com freqüência 50 Hz e valor
de pico de 5 V. Adote este sinal como referência (angulo 0°).
EF10 - Suponha um sinal senoidal 2 atrasado de 90° em relação ao sinal 1, com valor de pico de 2 V e
mesma frequencia. Escreva a função e a forma de onda do sinal 2.
EF11 - Desenhar o diagrama fasorial dos sinais 1 e 2. Qual o período destes sinais?
EF12 - Desenhe um sinal senoidal com período 1 ms e valor eficaz (rms) de 8 V, adiantado de 45° em
relação à referência. Escreva a função e o diagrama fasorial do sinal.
EF13 - Uma certa tensão elétrica é descrita pela equação v = 120 sen 377t.
EF14 - Se uma tensão CA tiver um valor máximo de 155,6 V, qual será o ângulo de fase para o qual a
tensão instantânea é de 110 V?
EF15 – Encontre o defasamento entre as formas de onda de tensão e corrente nas duas situações da Figura
1.37 (formas de onda em (a) e em (b)).
(a) (b)
Figura 1.37 – EF15.
5
v(t) = 5 sen (30t + 450) V Vef v 450 V
2
Figura 1.38 – Representação em diagrama de blocos da operação com fasores (MUSSOI, 2006).
Um fasor é um vetor radial girante, como já foi visto, e permite realizar com facilidade operações
algébricas entre os sinais de um sistema elétrico.
Basta, para isto, utilizar uma ferramenta matemática para a sua representação, a qual faz uso dos
números complexos.
Um número complexo pode ser representado na forma retangular (ou forma cartesiana), como
mostra a Figura 1.39. É um número composto por uma parte real e uma parte imaginária:
Z a jb (1.12)
onde j é um operador matemático que desloca um fasor real de 90 graus para o eixo imaginário (logo, o fasor b,
deslocado de + 90 graus é representado por + jb e, deslocado de – 90 graus, é representado por - jb). Assim, j é
considerado um operador rotacional.
j 1 (1.13)
tan 1 b a (1.14)
Onde
tan = b/a
a = cateto adjacente e
b = cateto oposto (ao ângulo teta, ), como ilustra a Figura 1.40.
Forma polar Z a 2 b 2
Z = a + jb
Z Z tg 1 b a
Para estas operações, utiliza-se a forma retangular para obter o fasor resultante. Sejam os fasores
Z1 a1 jb1 e Z 2 a2 jb2 , sobre os quais se deseja obter:
Em resumo:
1) na operação de soma e subtração entre dois fasores, trabalha-se na forma complexa e somam-se
ou subtraem-se separadamente os coeficientes reais e os imaginários;
2) soma e subtração algébrica de números complexos são feitas na forma retangular.
Z (5 5) j (2 7)
Solução:
Z 10 j5
Exemplo 1.8
Qual é a resultante C12 dos fasores indicados na Figura 1.41?
Solução: C12 (2 3) j (4 1) C12 5 j5
O fasor resultante está desenhado na Figura 1.42. Conferir as suas coordenadas.
a) Multiplicação
A multiplicação de números complexos deve ser feita na forma polar, não sendo recomendável
a multiplicação na forma retangular, embora possa ser realizada (os cálculos ficam difíceis). Multiplicam-
se os módulos e somam-se algebricamente os ângulos.
Sejam dois números complexos escritos na forma polar:
C1 Z1 1 e C2 Z 2 2
C1 C2 Z1 Z 2 1 2
b) Divisão
A divisão de números complexos também deve ser feita na forma polar. O processo é análogo ao
da multiplicação, porém, deve-se, ao dividir C1 por C2, dividir os seus respectivos coeficientes e subtrair
os seus respectivos ângulos.
De modo resumido:
C1 Z1
1 2
C2 Z 2
A Tabela 1.2 mostra um resumo de alguns parâmetros e operadores de tensão e corrente elétricas.
Considerando a carga R puramente resistiva (Figura 1.43), a potência fornecida pelo gerador AC
será totalmente absorvida por R. Isto ocorre porque a corrente (i R) e tensão (vR) presentes em R estão na
mesma fase.
A oposição à passagem da corrente é dada pelo valor ôhmico de R, ou seja:
vR Vmax sen t vR
iR sen t
R R R
iR I max sen t
Solução:
4
O fasor de corrente será dato por: I 300 A 2,83 300 A.
2
Logo, a tensão v(t) na forma polar será encontrada por:
V R I R 00 2,83 300 = 2 00 2,83 300 5,66 300 V .
XL = L = 2π f L (1.15)
onde: XL: reatância indutiva Ω; f: frequência em Hertz (Hz) e L: indutância em Henry (H).
A tensão induzida na bobina é fornecida pela Equação (1.16).
vL L. di(t ) dt (1.16)
(a) (b)
Figura 1.46 – (a) Formas de onda do circuito indutivo puro (Figura 1.42). (b) Fasores.
Figura 1.47 – Sinais de i(t) e vL(t) para o circuito da Figura 1.45 (BOYLESTAD, 2002). Fonte: Robert L. Boylestad.
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rights reserved.
1 1
XC (1.17)
C 2 fC
dvC (t )
iC (t ) C (1.18)
dt
(a) (b)
Figura 1.49 – (a) Ondas de corrente e tensão em um circuito capacitivo puro. (b) Fasores.
A impedância Z, dada pela relação entre tensão e corrente num circuito misto, contendo
elementos resistivos (R), capacitivos (C) e indutivos (L), representa a medida da oposição que este
circuito oferece à passagem de uma corrente alternada (MUSSOI, 2006).
Os elementos XL e XC (reatâncias indutiva e capacitiva, respectivamente), são fasores que são
posicionados no eixo imaginário, enquanto que a resistência R fica posicionada no eixo real do plano
complexo, também chamado de Plano de Argand-Gauss ou Diagrama de Argand.
As Figuras 1.50 e 1.51 mostram a disposição destes fasores no plano complexo. O fasor X L está
posicionado para cima, com ângulo de + 900 enquanto XC está posicionado para baixo, com ângulo de -
900. Estes dois fasores são denominados de componentes reativas de um circuito, ou seja, armazenam
energia. Já o resistor é um elemento passivo, pois somente dissipa a energia elétrica que recebe.
Z R j( X L X C ) (1.19)
Z R2 X L X C
2
(1.20)
Z Z T (1.21)
R Z cos T (1.22)
X Z sen T (1.23)
Sendo conhecidas as equações de v(t) e i(t) em um circuito, indicadas a seguir, determina-se a sua
impedância Z (assunto do próximo item).
Equações de tensão e corrente no domínio do tempo, onde Vp = Vmax:
A Tabela 1.3 mostra de modo muito didático, as relações físicas e matemáticas entre tensão e
corrente elétrica nos elementos passivos de um circuito RLC.
a) o módulo da impedância Z;
b) o valor de XL (reatância indutiva);
c) a representação de Z na forma complexa;
d) a representação de Z na forma polar.
Figura 1.52.
Solução:
Como já é sabido, a Lei de Ohm relaciona as grandezas tensão e corrente elétricas através de uma
constante de proporcionalidade, expressa pela oposição entre a causa (tensão aplicada) e efeito (corrente).
Para um circuito CA, a relação entre a tensão e a corrente é a impedância Z. No domínio fasorial, tem-se:
Z T V V I I (1.25)
n
1
Z eq
i 1 Z i
Impedância equivalente de
uma associação em paralelo.
Figura 1.54 – Associação em paralelo de impedâncias e sua equação de Z equivalente.
Solução: Z R jX L ( jX C ) 10 j15 j 5
Z 10 j10 .
Exemplo 1.12 - Mostrar que, para duas impedâncias conectadas em paralelo, a sua impedância
equivalente é dada pela razão entre o produto e a soma entre elas.
1 1 1 1 1 Z 2 Z1 Z1 Z 2
Solução: Z eq
Z eq Z1 Z 2 Z eq Z eq Z1 Z 2 Z 2 Z1
O sistema trifásico consta de três ondas senoidais defasadas entre si de 120 graus. A Figura 1.55a
mostra um gerador trifásico e a Figura 1.55b as bobinas deste gerador. Se conectadas com o ponto neutro
(N) em comum, tem-se a ligação em estrela (Y). A Figura 1.56 mostra um gerador de dois pólos girando a
uma velocidade n em RPM, produzindo um campo girante com velocidade em rad/s.
(a) (b)
Figura 1.55 – (a) Gerador trifásico. (b) Bobinas do gerador, defasadas entre si de 120 graus. Fonte: Robert L. Boylestad.
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Figura 1.56 – (a) Modelo elementar de um gerador trifásico. Repare nas fases a, b e c
e a conexão do neutro. (b) Formas de onda (defasamento de 120 graus entre as tensões).
- Tensão de fase (VF ou VFN): é a tensão de cada fase em relação ao condutor neutro.
- Tensão de linha (VL ou VFF): é a tensão entre duas fases (por exemplo, vab na Figura 1.56a).
- Em qualquer instante de tempo (veja a Figura 1.56b), a soma fasorial das três tensões de fase de
um gerador trifásico é nula (BOYLESTAD, 2002).
A Figura 1.57 mostra as formas de onda de um sistema abc (tensões de fase e de linha). A
representação fasorial das tensões trifásicas está ilustrada na Figura 1.58a. As três tensões de fase (VFN)
são defasadas entre si de 120 graus e têm o mesmo módulo. Pode-se obter o fasor de uma tensão de linha
(VFF) a partir desta figura. O seu cálculo é obtido através da aplicação matemática da Lei dos Cossenos.
Figura 1.57 – Formas de onda de um sistema trifásico equilibrado (tensões de fase e de linha).
Fonte: http://www.ee.pucrs.br/~fdosreis/ftp/Eletronica_de_Potencia/trifasico1.gif
A tensão de linha vbc (entre as fases b e c), é encontrada pela Equação (1.26). Para se obter o
fasor -Vcn bastou desenhar o mesmo com defasamento de 180 graus.
Vbc = Vb -Vc = V bn -Vcn = V bn + (-Vcn ) (1.26)
(a) (b)
Figura 1.58 – (a) Diagrama fasorial para um gerador trifásico – tensões de fase. (b) – Obtendo a tensão
de linha vbc, a partir das tensões nas fases b e c em relação ao neutro (regra do paralelogramo).
Relembrando...
A rede elétrica CA monofásica é formada por dois fios, um chamado fase e outro chamado neutro. O fio
neutro possui potencial zero e o fio fase é por onde a tensão elétrica é transmitida. Como haverá diferença de
potencial entre a fase e o neutro, haverá tensão elétrica. O terra contém um sinal com zero volt absoluto. Ele é usado
para igualar o potencial elétrico entre equipamentos elétricos. Normalmente o condutor terra é ligado à carcaça
metálica do equipamento.
Fonte: Artigo: ATERRAMENTO. Gabriel Torres. Dezembro de 2002. Disponível em:
<http://www.clubedohardware.com.br/artigos/457>. Acesso em 22 dez 2010.
Sejam os fasores da Figura 1.59 - tensões de fase e de linha de um sistema trifásico equilibrado,
na sequência abc, como o do gerador da Figura 1.55. Estão aí destacadas as tensões nas fases a e b (em
relação ao neutro da conexão), para o cálculo do módulo da tensão de linha vab.
Para se calcular o módulo de uma tensão de linha, basta encontrar o fasor resultante de duas
tensões de fase. Por exemplo, foi escolhida na Figura 1.59, a tensão entre as fases a e b, ou seja, a tensão
de linha Vab.
Figura 1.59 – Composição vetorial das três tensões de linha, para um sistema trifásico equilibrado.
A resultante é: Vab = Van V bn Van + ( V bn )
As tensões Van (lado superior do paralelogramo) e -Vbn formam um ângulo de 120 graus. Para se
encontrar a tensão de linha Vab basta aplicar a Lei dos Cossenos.
Vab2 =Van2 +(Vbn ) 2 - 2.Van .(Vbn ).cosα Vab2 =VF2 +(VF )2 - 2.VF .(VF ).cos1200
VL2 =VF2 +VF2 - 2.VF .(VF ).(-0,5) VL2 =VF2 +VF2 +VF2 =3.VF2
VL = 3.VF
1. Gerador ligado em estrela (Y) e carga ligada em estrela (Y) – Figura 1.60a.
2. Gerador ligado em estrela (Y) e carga ligada em triângulo () – Figura 1.60b.
(a)
(b)
Figura 1.60 – (a) Conexão Y-Y entre gerador e carga de impedância Z, onde a corrente de linha e a de fase são as mesmas. (b).
Conexão Y- entre gerador e carga. Neste caso, a tensão de fase na carga é igual à tensão de linha do gerador (BOYLESTAD,
2002). Fonte: Robert L. Boylestad. Introductory Circuit Analysis, 10ed. Copyright ©2003 by Pearson Education, Inc. Upper
Saddle River, New Jersey 07458. All rights reserved.
Na Figura 1.61, temos dois tipos de carga ligadas a uma mesma rede trifásica. A primeira está
ligada em estrela e a segunda em triângulo.
A Figura 1.62 mostra as correntes de linha e de fase nas conexões triângulo e estrela (veja o
esboço das ligações).
Figura 1.62 – Relação entre as correntes de linha e de fase nas ligações triângulo e estrela.
Veja que na ligação em triângulo, a corrente de linha é maior que a de fase. E, na ligação em
estrela, a tensão de linha é maior que a de fase.
Notas:
1) na ligação em , a soma das correntes de fase é fasorial! Como estão defasadas de 120
graus, não vale a relação I L = I F I F 2IF em qualquer vértice do triângulo;
2) o mesmo vale para a ligação em estrela, onde não vale a relação VL = VF +VF 2VF ;
3) a ligação em triângulo não possui o condutor de neutro;
4) na conexão em Y, se o sistema for equilibrado, no condutor de neutro não circula corrente, ou
seja, I N = Ia I b Ic 0.
Exemplo 1.13
Seja uma carga ligada em estrela (sistema trifásico equilibrado), onde a tensão de linha é dada por
Vab = 220 /300 VRMS. Desenhar esta tensão em um diagrama fasorial e calcular a sua tensão de fase.
VF = VL /1,73
= 220 / 1,73 = 127 Volts.
EF16 – Seja uma carga equilibrada, alimentada em estrela por um gerador CA trifásico conectado
também em estrela, como mostra a Figura 1.63.
Figura 1.63 – Conexão Y-Y para uma carga indutiva. Fonte: Robert L. Boylestad. Introductory Circuit Analysis, 10ed.
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EF17 – Um circuito série RLC é alimentado por uma fonte de tensão senoidal v1 (t), que, na forma polar,
é dada por V1 = 100 /00 V.
EF18 – Um circuito RL série é alimentado por uma fonte senoidal, v(t) = 10 sen t [V].
4) Um resistor R de 25 ohms tem uma potência média de 400 W. Determinar o valor máximo da corrente
iR(t), onde i(t) = Im.sen t. Nota: a potência média em um resistor é PDC V 2 max 2 R .
Resp.: Im = 5,66 A.
5) Encontre o valor instantâneo de v(t) = 100.sen 500t em t = 1,0 ms. Resp.: v(1 ms) 100 V.
Encontre também o período e a freqüência das seguintes formas de onda:
a) v1(t) = 10 - 5.cos (800t + 300)
b) i2(t) = 5,5.sen 2 10t
Resp.: (a) T = 2,5 ms e f = 400 Hz; (b) T = 314,16 ms e f = 3,18 Hz.
Figura 3.
Resp.: 6 V. Figura 4.
8) Um resistor R de 50 tem uma queda de tensão sobre ele dada por vR(t) = 120.sen (377t + 450) V.
Calcule:
(a) o valor máximo da corrente neste resistor, i Rmax.
(b) a potência média dissipada em R. Dado: PDC V max 2 R .
2
Resp.: (a) 7,43 + j9,17; (b) –12,9 – j9,06; (c) –10,8 + j8,43; (d) 13,67 + j9,93.
10) (a) Encontre a impedância total de dois componentes em paralelo que têm impedâncias dadas por:
Z1 = 300 /30o e Z2 = 400 /- 50o . (b) Determinar os possíveis elementos do circuito e a corrente da
fonte V, se V na forma polar é V = 127 /30o V.
Z eq RX L R 2 X L2 900 tan 1 X L R
Sabendo-se que a freqüência da fonte CA é de 60 Hz,
calcule o valor de Zeq e represente-a na forma
cartesiana.
16) Três resistências de 20 estão ligadas em Y a uma linha trifásica de 240 V funcionando com um
fator de potência unitário (cos = 1).
a) Calcule a corrente através de cada resistência.
b) Qual e a corrente de linha para esta conexão?
c) Qual é a potência consumida pelas três resistências.
Resp.: (a) 6,94 A. (b) idem. (c) 2890 W.
17) Uma carga equilibrada indutiva, onde em cada fase a impedância é Z = 10 + j10 ohms (Figura 8) é
alimentada por uma tensão de linha EL = 220 VRMS.
sen x. sen y
1
cosx y cosx y (1.7) cos x . cos y
1
cosx y cosx y (1.8)
2 2
sen x sen( x N 360o ) e
sen x . cos y sen x y sen x y (1.9)
1 (1.10)
2 cos x cos( x N 360o ), para qualquer inteiro N.
VL 3.VL
Sistema Trifásico – Potência Total em W: IL IF
P 3P 3.V I cos
T F F F
2.1 – Introdução
O motor elétrico pode se definido, de um modo simples e direto, como um equipamento que
converte energia elétrica em energia mecânica (em geral energia cinética) e desenvolve em seu eixo um
movimento de rotação e um conjugado (torque). A energia elétrica – fonte de alimentação - pode ser na
forma contínua (no caso dos motores CC) ou alternada (motores CA de indução, síncronos etc.).
Segundo informações da WEG Equipamentos Elétricos, o motor de indução é o mais usado de
todos os tipos de motores (cerca de 80 % a 90 % dos motores elétricos em serviço no mundo), pois
combina as vantagens da utilização de energia elétrica - baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e
simplicidade de comando - com sua construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de
adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos.
A Figura 2.1 apresenta um motor de indução em vista explodida. A Figura 2.2 mostra, de modo
bastante gráfico, os tipos de motores elétricos.
Como apresentado na Figura 2.2, os motores elétricos são divididos em duas categorias
principais, em função da fonte de alimentação: motores de corrente contínua (CC ou DC) e motores de
corrente alternada (CA ou AC) (FRANCHI, 2007).
A seguir são apresentadas algumas características básicas destes motores.
(a) (b)
Figura 2.4 – Partes principais do motor CC – Estator (a) e Rotor (b).
Relembrando...
O motor de CC tem a sua operação baseada nas forças resultantes da interação entre o campo
magnético e a corrente que circula no seu enrolamento de armadura. Tais forças tendem a mover o
condutor num sentido perpendicular ao plano da corrente elétrica e do campo magnético (regra da mão
esquerda ou Regra de Fleming) – Figura 2.5. A Figura 2.6 mostra a ação motora em uma espira.
Figura 2.5 – Visualização do movimento de um condutor percorrido por corrente elétrica, no interior
de uma região onde há fluxo de linhas de campo magnético – Regra da Mão Esquerda (Fleming).
Os motores CC têm aplicações onde se requer um controle preciso de velocidade, que é a sua
principal característica. Devido à evolução da Eletrônica de Potência, hoje em dia estes motores são
acionados por fontes estáticas de CC com tiristores, com grande confiabilidade, manutenção simples e
baixo custo. Apesar do custo elevado, os motores CC ainda constituem uma alternativa em uma série de
aplicações onde é necessário o ajuste fino de velocidade.
Os acionamentos de corrente contínua, compostos por conversores CA/CC e motor CC possuem
excelentes propriedades técnicas de comando e regulação e garantem: regulagem precisa de velocidade,
aceleração constante e ampla sob qualquer condição de carga, aceleração e/ou desaceleração controlada e
finalmente um conjugado constante sob ampla faixa de velocidade com controle através da armadura.
O motor CC vem sendo substituído pelos motores CA acionados por inversores de freqüência.
Porém, em alguns processos o seu emprego é vantajoso, como:
Serão estudados em maior profundidade neste capítulo apenas os motores CA, visto que a imensa
maioria dos motores elétricos utilizados nos processos industriais pertence a essa categoria.
Quanto à velocidade de rotação, classificam-se os motores CA:
- Motor SÍNCRONO: aquele que opera com freqüência fixa, igual àquela da rede de alimentação
CA. Utilizado para faixas de grandes potências (devido ao custo alto para tamanhos menores). Neste
motor, a velocidade do rotor é igual a do campo girante do estator (assunto que será estudado a seguir).
- Motor ASSÍNCRONO – opera com velocidade que varia ligeiramente com a carga mecânica
aplicada ao eixo. A velocidade do rotor é diferente da velocidade do campo girante do estator.
O motor assíncrono de indução (velocidade variável) tem atualmente uma aplicação muito grande
tanto na indústria como em utilizações domésticas, dada a sua grande robustez, baixo preço e partida fácil
(pode mesmo ser direta, em motores de baixa potência). É o motor mais utilizado nos processos
industriais nos dias de hoje.
Na sua configuração trifásica, o Motor de Indução Trifásico (MIT) apresenta, em relação aos
motores monofásicos, uma superioridade: é mais econômico tanto na construção como na utilização.
Geralmente é o mais utilizado para acionamento de compressores, bombas e ventiladores. O uso de MIT
se justifica a partir de 2 kW. Para potências menores, indica-se o motor de indução monofásico, o qual
será estudado no capítulo 8 (características construtivas e métodos de acionamento). Como vantagens em
relação ao motor monofásico, o MIT apresenta vantagens como partida mais simples, ruído menor e
menor custo (FRANCHI, 2007).
O motor de indução com rotor tipo gaiola de esquilo é também conhecido como motor de indução
com rotor em curto-circuito. O rotor é constituído por um núcleo de chapas ferromagnéticas de aço
silício, isoladas entre si, sobre o qual são colocadas barras de alumínio (condutores), dispostas
paralelamente entre si e unidas nas suas extremidades por dois anéis condutores (também de alumínio), os
quais provocam um curto-circuito nos condutores, como mostram as Figuras 2.8 e 2.9.
(a) (b)
Figura 2.8 – Rotor do tipo gaiola de esquilo: (a) estrutura e (b) localização interna ao estator.
A Figura 2.10 mostra um motor de indução (vista em corte) com rotor em gaiola de esquilo.
Figura 2.10 – Motor de Indução Trifásico – vista em corte. Fonte: WEG Equipamentos Elétricos S.A.
É utilizado em geral para partir cargas de alta inércia ou que exijam conjugados de partida
elevados, ou ainda, quando o sistema de acionamento requer partidas suaves. O rotor bobinado, com
estrutura semelhante ao enrolamento do estator, é constituído por um núcleo de chapas de aço silício
(isoladas entre si) sobre o qual são alojadas as espiras que constituem o enrolamento (Figura 2.11).
Os terminais livres de cada uma das bobinas do enrolamento são ligados a anéis coletores ou
deslizantes (Figura 2.12). Os anéis coletores se conectam a um reostato constituído por resistências
variáveis, com a função de reduzir as correntes de partida elevadas, no caso de motores de elevada
potência. Isto assegura uma partida mais suave.
Figura 2.12 - Chave para Motor de indução com rotor bobinado (resistência rotórica).
Neste tipo de motor podem ser obtidas velocidades distintas num mesmo eixo. Estes motores, em
sua maioria, operam com apenas uma tensão, pois as conexões/religações disponíveis geralmente
permitem a alteração apenas da velocidade. Para cada rotação, a potência e a corrente são diferentes.
Basicamente são encontrados dois tipos de motores trifásicos de velocidade múltipla: o motor de
enrolamentos separados e o motor Dahlander.
Este tipo de motor – veja a Figura 2.13 – é baseado em que a rotação de um motor elétrico (rotor
gaiola) depende do número de pólos magnéticos formados internamente em seu estator. Possui na mesma
carcaça dois enrolamentos independentes e bobinados com números de pólos diferentes. Ao alimentar
um enrolamento ou outro, obtêm-se duas rotações, uma chamada baixa e outra, alta.
(a) (b)
Figura 2.13 (BASOTTI, 2001) – (a) Numeração dos enrolamentos do motor de
enrolamentos separados. (b) Montagem do transformador semelhante à do motor.
As rotações dependerão dos dados construtivos do motor, não havendo relação obrigatória entre
baixa e alta velocidade. Exemplos: 6/4 pólos (1200 /1800 rpm); 12/4 pólos (600/1800 rpm), etc.
Deve-se ficar atento para o fato de que, ao alimentar o motor em uma das rotações (por exemplo a
BAIXA), deve-se ter o cuidado de manter as conexões do lado da outra rotação (no caso a ALTA)
desligadas, isoladas e com o circuito aberto, pois, obviamente, não é possível o motor girar em duas
rotações simultaneamente.
O motor Dahlander é aquele que possui um enrolamento especial, o qual recebe dois tipos de
conexões, o que possibilita alterar a quantidade de pólos. Daí é possível se obter duas velocidades
distintas, sempre com relação 1:2, pois a velocidade depende, além da freqüência da fonte de alimentação
CA, também do número de pólos – Equação (2.1).
120 f
n rpm (2.1)
p
As partes constituintes do motor elétrico são localizadas em dois setores do mesmo: o estator
(parte fixa) e o rotor (parte girante). O espaço entre o estator e o rotor é chamado de entreferro. A Figura
2.14 ilustra o motor elétrico e na sequência são apresentados os componentes e sua descrição.
Estator
Carcaça (1) - é a estrutura suporte do conjunto; de construção robusta em ferro fundido, aço ou
alumínio injetado, resistente à corrosão e com aletas.
Figura 2.14 – Motor de indução – partes do estator e do rotor. Fonte: Disponível em:
http://www.weg.net/files/products/WEG-motores-eletricos-baixa-tensao-mercado-brasil-050-catalogo-portugues-br.pdf
Rotor
Eixo (7) - transmite a potência mecânica desenvolvida pelo motor. É tratado termicamente para
evitar problemas como empenamento e fadiga.
Núcleo de chapas (3) - as chapas possuem as mesmas características das chapas do estator.
Barras e anéis de curto-circuito (12) - são de alumínio injetado sob pressão numa única peça.
Outras partes do motor de indução trifásico: tampa (4), ventilador (5), tampa defletora (6), caixa de
ligação (9), terminais (10) e rolamentos (11).
Nesta seção serão estudados os campos girantes, assunto de extrema importância para o
entendimento do princípio de funcionamento das máquinas elétricas trifásicas. Antes disso, será
apresentado o campo magnético de uma máquina CA monofásica, que é pulsante.
O estator do motor de indução corresponde ao núcleo ferromagnético estacionário, como mostra a
Figura 2.15. Nas ranhuras do estator são alojadas as espiras de fio condutor que constituem os
enrolamentos ou bobinas do estator. Dependendo do número de ranhuras e da maneira como serão
dispostas as espiras dos enrolamentos, poderemos ter 2, 4, 6 ou 8 pólos magnéticos.
Como já é sabido, em uma bobina na qual circula uma corrente elétrica, é criado um campo
magnético dirigido conforme o eixo da bobina. O valor deste campo é proporcional à corrente. As Figuras
2.16a e 2.16b mostram, respectivamente, um enrolamento monofásico e um enrolamento trifásico, ambos
atravessados por corrente(s) i(t) e o campo magnético H criado em ambas as situações2.
(a) (b)
Figura 2.16 – (a) Enrolamento monofásico atravessado por uma corrente alternada i(t) e a consequente formação de
um campo magnético pulsante. (b) Formação de um campo magnético girante em um enrolamento trifásico, a partir
de tensões alternadas defasadas de 120 graus elétricos, que geram, em dada fase, uma corrente i(t).
O enrolamento monofásico, apresentado na Figura 2.16a, é formado por um par de pólos, um pólo
NORTE e um pólo SUL. Os efeitos destes pólos são somados para estabelecer o campo magnético h(t), o
qual atravessa o rotor entre os dois pólos, se fechando através do núcleo do estator. Se a corrente i(t) é
alternada, o campo magnético H também o será, como se verifica na Figura 2.17, produção do campo
magnético pulsante, senoidal.
Este campo magnético criado devido a uma só fase é denominado pulsante porque tem sempre a
mesma direção e não permite a indução de correntes significativas nos enrolamentos rotóricos. Logo, não
se consegue a formação do campo magnético girante. Isto explica a dificuldade existente na partida dos
motores monofásicos CA, assunto a ser estudado no capítulo 8.
– Para as máquinas elétricas trifásicas, como é criado o campo magnético rotativo ou girante?
– Como é que se dá origem ao movimento de rotação de seu eixo?
Inicialmente considere três bobinas independentes no estator, as quais são montadas com uma
defasagem angular de 120˚ entre si – Figura 2.18.
2
O campo magnético H (dado em A/m) e a densidade de campo magnético B (em Wb/m2 ou Tesla) se relacionam pela expressão
B = H, onde é a permeabilidade magnética do meio, dada por = r 0, com o = 4 10-7 [Wb/A.m] (permeabilidade
magnética do vácuo) e r é a permeabilidade relativa, ou do meio.
Acionamentos e Comandos Elétricos CEFET-MG
61
Figura 2.17 – Campo magnético pulsante B gerado por alimentação monofásica. Fonte:
http://minerva.ufpel.edu.br/~egcneves/disciplinas/mte/caderno_mte/motor_mono.pdf
Estas bobinas são alimentadas por tensões trifásicas va(t), vb(t) e vc(t), defasadas
geometricamente de 1200, como mostra a Figura 2.19. São produzidas então as correntes ia(t), ib(t) e
ic(t), descritas pelas Equações (2.2), (2.3) e (2.4). Os campos magnéticos resultantes são indicados
pelas Equações (2.5), (2.6) e (2.7).
Observando a Figura 2.19, ao redor dos enrolamentos do motor, o campo magnético em cada
bobina irá circular de acordo com a forma de onda trifásica aplicada. Note-se que o campo magnético
individual de cada bobina é pulsante e não girante - só será girante o campo magnético resultante, como
será calculado a seguir (REZEK, 2010).
Assim, em = 90º na fase a (ou R) o campo magnético é mais intenso, enquanto que nas fases b e
c (ou S e T) é menos intenso e com polaridade oposta, pois a tensão na fase a (ou fase R) está no valor
máximo positivo e nas fases b e c (ou S e T), está na metade do valor máximo negativo.
Em = 210º, tem-se o campo intenso e máximo na fase b (ou fase S) e os campos nas fases a e c
(ou fases R e T) com metade do valor máximo e com polaridades negativas.
Fazendo a análise para outros ângulos na Figura 2.19, pode-se encontrar o módulo do campo
resultante e observar que o mesmo procede a um movimento girante.
Exemplo 2.1 – Encontrar a resultante da composição vetorial dos campos magnéticos das fases a, b e c
do enrolamento trifásico mostrado na Figura 2.19, para os seguintes ângulos:
a) t = 00.
b) t = 900.
c) t = 1200.
Solução:
ha (t ) H max sen 00 = 0.
Nas fases b e c:
h b (ωt) = H max sen 00 - 120o = H max sen (-120o ) = -
3 2 H max
h c (ωt) = H max sen 00 +120o = H max sen 120o =
3 2 H max
Os fasores de hb e hc estão desenhados na Figura 2.20. Observe que se o sinal de h(t) é negativo
para o ângulo considerado, deve ser desenhado segundo a orientação mostrada para cada bobina
(lembrando que em cada fase o campo é pulsante), como indicado na Figura 2.18. O mesmo
procedimento vale para um valor instantâneo positivo, com sinal (+).
A Figura 2.21 mostra o fasor resultante hr , dos fasores hb e hc . Na Figura 2.22 vê-se o
triângulo ABC formado por estes fasores. Aplica-se a Equação (2.8) - Lei dos Cossenos -, para o cálculo
do módulo de hr . Através da Lei dos Cossenos, calcula-se um dos lados do triângulo, dados os outros
dois lados e o ângulo entre eles.
Figura 2.22 – Triângulo ABC formado pelos fasores hr , hb e hc . Pela
Lei dos cossenos determina-se o módulo da resultante, hr .
Cálculo de hr : Equação (2.8).
3 3
h b (ωt) = - H max e h c (ωt) = H max .
2 2
O ângulo entre os fasores hb e hc é de 120 graus (Figura 2.20).
Substituindo-se os valores em módulo na Equação (2.8), obtém-se:
2
2 2
= 3 2 H max 3 2 H max 3 2 H max 3 2 H max 0,5
9 2 3
hr H max H max .
4 2
A Figura 2.23 mostra a disposição dos fasores ha , hb e hc para um ângulo t = 900.
Figura 2.23 – Composição dos fasores de hb(t) e hc(t) para Para t = 00.
Primeiramente, efetua-se o cálculo da resultante dos fasores hb e hc . Pela composição
destes fasores, como mostrado na Figura 2.23, pode-se aplicar a Lei dos cossenos, no triângulo MNO,
mostrado na Figura 2.24. O ângulo entre os fasores hb e hc é de 600.
Figura 2.24 – Triângulo MNO formado pelos fasores hbc , hb e hc .
2
= 0, 25H max 0, 25H max
2
0, 25H max
2
0, 25 H max
2
Como os fasores ha e hbc têm a mesma direção (orientação para cima, em 90 graus), o vetor
resultante hr é encontrado por:
1 3
h r = h a + h bc =H max H max H max .
2 2
3
ha (t ) H max sen 1200 = H max .
2
hb (t ) H max
sen 1200 1200 = H max sen 00 = 0.
hc (t ) H max sen 1200 1200 = H max sen 2400 =
2
3
H max .
Pelos cálculos anteriores, o campo magnético resultante é devido somente ao campo de duas
fases. A Figura 2.25 mostra o diagrama fasorial dos campos magnéticos das fases a e c para t = 1200.
Figura 2.25 – Composição dos fasores de ha(t) e hc(t) para Para t = 1200.
A resultante dos fasores de ha(t) e hc(t) para Para t = 1200 é mostrada na Figura 2.26a. Daí se
obtém o triângulo PQR, o qual será utilizado para o cálculo de hr, pela Lei dos Cossenos.
(a) (b)
Figura 2.26 – (a) Resultante da composição dos fasores de ha(t) e hc(t) para Para t = 1200.
(b) Triângulo PQR para o cálculo da resultante pela Lei dos Cossenos.
2 2
3 3 3 3 1
= H max H max 2 H max H max
2 2 2 2 2
3 2 3 2 3 2 9 2
= H max H max H max H max
4 4 4 4
9 2 3
hr H max H max .
4 2
A velocidade síncrona do motor trifásico é definida pela velocidade de rotação do campo girante,
a qual depende do número de pólos (P) do motor e da freqüência (f) da rede elétrica, em Hz. O campo
girante possui o mesmo módulo para qualquer ângulo (t), igual a (3/2)Hmax, girando com velocidade
síncrona, s em rad/s. A velocidade síncrona do motor em rpm é dada pela Equação (2.9):
120 f
ns (2.9)
P
onde:
Os enrolamentos podem ser construídos com um ou mais pares de pólos, que se distribuem
alternadamente (um “norte” e um “sul”) ao longo da periferia do núcleo magnético.
O campo girante percorre um par de pólos (p) a cada ciclo. Assim, como o enrolamento tem P
pólos ou p pares de pólos, podemos escrever:
Exemplo 2.2 – Qual é a rotação de um motor de 6 pólos, em 50 Hz? ns [rpm] 120.50 1000 rpm.
6
60.50
Resolvendo para 3 pares de pólos, ou seja, p = 3, tem-se: ns 1000 rpm.
3
Exemplo 2.3 – Um motor síncrono alimentado por uma tensão de 60 Hz tem a rotação de seu eixo dada
por ns = 600 rpm. Calcule o número de pólos do motor.
120 f 120.60
Da Equação (2.9), P 12 pólos.
ns [rpm] 600
Se o motor elétrico gira a uma velocidade diferente da velocidade síncrona (caso dos motores de
indução), isto é, se a velocidade do eixo difere da velocidade do campo girante, então o motor corta as
linhas de força magnética do campo magnético do estator. Daí, pelas leis do eletromagnetismo, circulam
no rotor correntes induzidas (FRANCHI, 2007).
O escorregamento (s) é a diferença entre a velocidade real do eixo do motor, dependente da carga
a ele aplicada, e a velocidade síncrona do campo girante (ns). Em geral, é expresso como um percentual
da velocidade síncrona. Percentualmente, o escorregamento é definido pela Equação (2.10).
ns n ns n
s [adimensional] s 100 [%] (2.10)
ns ns
O escorregamento varia com a carga aplicada ao motor: com o motor trabalhando em vazio, o
escorregamento é próximo de zero. À medida que a carga aumenta no eixo, o escorregamento também
aumenta. Isto é óbvio, pois, quando maior a carga, maior será o conjugado ou torque necessário para
acioná-la. Para se obter o torque, a diferença de velocidade terá que ser maior a fim de que as correntes
induzidas e os campos magnéticos produzidos sejam maiores. Logo, à medida que a carga aumenta,
diminui a rotação do motor.
fr = s.fe (2.11)
nr (1 s )ns (2.12)
EF - Exercícios de Fixação
Série 5
EF20 – Invertendo duas das três fases do MIT da Figura 2.18, pede-se:
EF21 – Explicar porque o campo magnético h(t) por fase é denominado pulsante e não girante.
EF23 – Sejam as formas de onda trifásicas da Figura 2.29 e os fasores, para os instantes de (1) até (6),
indicando a composição fasorial dos campos magnéticos das fases R, S e T.
Determinar, nos diagramas fasoriais dos instantes (3), (4), (5) e (6) a sequência dos campos magnéticos
das fases. Seguir a sequência da composição fasorial da Figura 2.18, abc = RST, bem como as
polaridades dos campos magnéticos pulsantes de cada fase.
2.5.4 – Conjugado
O conjugado, também conhecido como torque, é a medida do esforço efetuado para girar um
eixo. Veja a Figura 2.30. Por experiência prática, para levantar um material contido em um balde, a força
F aplicada à manivela depende do comprimento d da manivela. Para uma manivela maior, menor será a
força F necessária.
Para medir o “esforço” necessário para girar o eixo não basta somente definir a força empregada:
é preciso também dizer a que distância do eixo a força é aplicada.
T F .d (2.13)
Para contrabalançar esta força (condição de equilíbrio, ou seja, manter o balde suspenso e
parado), é necessário aplicar uma força de 10 N na manivela, se o comprimento d for de 0,20m. Se d for o
dobro, isto é, 0,40m, a força F será a metade, ou seja, 5N. No exemplo citado, para os valores citados, o
conjugado é igual a T = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm.
A potência é a grandeza que mede a “velocidade” com que a energia é aplicada ou consumida.
No exemplo da seção anterior, para um poço com 24,5 metros de profundidade, a energia gasta,
ou trabalho realizado para trazer o balde do fundo até a boca do poço é sempre a mesma, de acordo com a
Equação (2.14).
A unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que usamos para o conjugado - trata-
se, no entanto, de grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas (WEG, Motores
Elétricos de Baixa Tensão – catálogo em Português disponível em www.weg.net.
Em termos de potência elétrica, no caso, a potência requerida a um motor elétrico para suspender
o balde do exemplo, a sua unidade é o Watt, que é derivada de uma taxa relacionando o trabalho realizado
em um determinado intervalo de tempo, como mostra a Equação (2.15).
T Joules T J
P W (2.15)
t Segundo t s
Fazendo uso de (2.13), se for utilizado um motor elétrico capaz de erguer o balde de água em um
tempo de 2,0 segundos, a potência elétrica desenvolvida por este motor será:
490 J
Pmotor 1 = 245 W.
2, 0 s
490 J
Pmotor 2 = 490 W.
1, 0 s
Em termos de potência mecânica (no caso de um motor elétrico, disponível em seu eixo), a sua
unidade mais usual é o CV (cavalo-vapor), equivalente a 736 W. Este termo se deve ao engenheiro
escocês James Watt (1736-1819), inventor da primeira máquina a vapor. Nesta máquina, a energia
mecânica era obtida através do uso de cavalos, rodas hidráulicas e moinhos de vento.
Há também o HP (horse-power, unidade de origem inglesa), com uma pequena diferença:
equivalente a 746 W. As Equações (2.16) e (2.17) mostram as duas unidades em função do W (watt).
kW 1000
1 CV (2.16)
736
kW 1000
1 HP (2.17)
746
0, 490 kW 1000
P2 CV 0, 66 CV .
736
Um motor elétrico, como se sabe, absorve energia elétrica da rede de energia (monofásica ou
trifásica) e a transforma em energia mecânica disponível no eixo.
A potência elétrica é dividida em três componentes:
1) Potência Aparente (S), em kVA – é a potência entregue pela concessionária aos consumidores.
Matematicamente, para cargas trifásicas, é descrita pela Equação (2.18), sendo igual ao produto entre os
valores RMS da tensão e da corrente de linha, sem levar em conta o tipo de carga (resistiva, indutiva ou
capacitiva).
S3 3 VL I L (2.18)
2) Potência Ativa (P), em kW - é a parcela da potência aparente que realiza trabalho, ou seja, que é
transformada em energia. Veja a Equação (2.19), potência ativa trifásica.
Conhecendo as três parcelas da potência elétrica, o próximo passo para descrevê-la graficamente é
construir o “triângulo de potências”. Este é facilmente obtido do “triângulo de impedâncias”, assunto já
estudado no capítulo 1, item 1.5.4, “Impedância de Circuito CA”. Na Figura 2.31a, é apresentado o
diagrama fasorial de impedância. Ao multiplicar cada lado do triângulo pela corrente ao quadrado, obtêm-
se os lados do triângulo de potências, mostrado na Figura 2.31b.
O Fator de Potência de um circuito é a razão entre a potência média (ou ativa) e a potência
aparente. Matematicamente é definido como (2.21).
P Pot. ativa
Fator de Potência (FP) cos (adimensional) (2.21)
S Pot. aparente
Para uma carga puramente resistiva (R): cos = cos 00 = 1. Daí o FP é unitário.
Leitura Recomendada
Considerações finais sobre o FP
- o FP de um circuito determina que parcela da potência aparente é potência real, podendo variar entre 1
e 0 (zero), quando = 900;
- um baixo FP causa problemas à instalação elétrica, como sobrecarga nos cabos e transformadores,
aumento das quedas de tensão, distorções de corrente e tensão (harmônicos) etc.;
- o fator de potência de uma carga é um dos indicadores que afetam a eficiência
da transmissão e geração de energia elétrica;
- é possível corrigir o fator de potência para um valor próximo ao unitário. Tal procedimento é conhecido
como correção do fator de potência. A maneira mais simples é a conexão de bancos de indutores ou capacitores,
com uma potência reativa Q contrário ao da carga, tentando ao máximo anular essa componente. Por exemplo, o
efeito indutivo de motores pode ser anulado com a conexão em paralelo de um capacitor (ou banco) junto ao
equipamento.
- No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL - estabelece que o FP nas unidades
consumidoras deve ser superior a 0,92 capacitivo durante 6 horas da madrugada e 0,92 indutivo durante as outras
18 horas do dia. Esse limite é determinado pelo Artigo nº 64 da Resolução ANEEL nº 456 de 29 de novembro de
2000. Para o consumidor que descumpre tal limite, aplica-se uma espécie de multa que leva em conta o fator de
potência medido e a energia consumida ao longo de um mês. A mesma resolução estabelece que a exigência de
medição do fator de potência pelas concessionárias é obrigatória para unidades consumidoras de alta
tensão (supridas com mais de 1 kV) e facultativa para unidades consumidoras de baixa tensão (abaixo de 1 kV,
como residências em geral). A cobrança em baixa tensão, na prática, raramente ocorre, pois o fator de potência
deste tipo de unidade consumidora geralmente está acima de 0,92. Tal cobrança não compensa, pois demanda a
instalação de medidores de energia reativa. No Brasil, ainda não existe legislação para regulamentar os limites das
distorções harmônicas nas instalações elétricas.
O motor elétrico absorve energia elétrica da rede de alimentação e transforma esta energia em
energia mecânica, disponível no eixo, para a realização de trabalho (erguer um peso, movimento de um
braço de robô etc.). O rendimento é o parâmetro que define o quão é eficiente esta transformação.
Conhecendo a potência útil, Pu ou potência de saída (Po) disponível no eixo (dada em CV ou HP,
pois é potência mecânica), e a potência elétrica de entrada (potência absorvida da rede CA), P a ou Pi, o
rendimento será a relação entre as duas – Equação (2.23).
Po
Em termos percentuais: % 100.
Pi
À medida que se aplica carga ao eixo do motor, o rendimento aumenta (veja que a potência
mecânica desenvolvida no eixo aumenta). O rendimento pode atingir valores em torno de 95 % em
máquinas elétricas de grande potência.
Para a análise correta do rendimento de um motor elétrico, devem-se levar em consideração duas
curvas, que serão estudadas futuramente na disciplina Máquinas Elétricas:
1) curva rendimento x potência nominal;
2) curva rendimento x potência do eixo.
EF24 – O que é potência reativa? Que equipamentos trabalham com este tipo de potência? Exemplifique.
EF25 – Um MIT onde a potência é de 20 CV e o rendimento é de 85 % opera com um FP de 0,86.
Encontre a potência aparente e a potência reativa.
EF26 – Seja uma instalação elétrica, com dois motores de indução de 10 CV, FP de 0,8.
a) Calcular a potência ativa deste grupo de motores, em kW?
b) Qual é a potência aparente entregue pela concessionária a estes motores?
EF27 – Quais são as vantagens da correção do FP? Quais são os benefícios desta técnica para a
concessionária de energia elétrica?
Cp: Conjugado com rotor bloqueado ou conjugado de partida, é o conjugado mínimo desenvolvido pelo
motor bloqueado, para todas as posições angulares do rotor, sob tensão e freqüência nominais.
(a) (b)
Figura 2.32 – (a) Curva Conjugado x Rotação. (b) Variação da velocidade em função
do conjugado da carga. Fonte: WEG Equipamentos Elétricos S.A.
Este conjugado pode ser expresso em Nm ou, mais comumente, em porcentagem do conjugado
nominal, conforme a Equação (2.24).
Cp
C p (%) 100 (2.24)
Cn
Na prática, o conjugado de rotor bloqueado deve ser o mais alto possível, a fim de que o rotor
possa vencer a inércia inicial da carga (conjugado resistente, Cn ou Cr) e possa acelerá-la rapidamente,
principalmente quando a partida é com tensão reduzida.
Cmin: Conjugado mínimo - é o menor conjugado desenvolvido pelo motor ao acelerar desde a velocidade
zero até a velocidade correspondente ao conjugado máximo. Na prática, este valor não deve ser muito
baixo, isto é, a curva não deve apresentar uma depressão acentuada na aceleração, para que a partida não
seja muito demorada, sobreaquecendo o motor, especialmente nos casos de alta inércia ou partida com
tensão reduzida.
Velocidade
Figura 2.34 - Curvas Conjugado x Velocidade, das diferentes categorias de conjugado em relação à velocidade e corrente de
partida, conforme a Norma NBR 7094. Fonte: Manual de Motores Elétricos de CA. WEG Equipamentos Elétricos S.A.
A Figura 2.35 mostra dois exemplos de placas de motores de indução trifásicos (dados nominais).
Figura 2.35 – Exemplos de placas com dados nominais de um MIT. Fonte: WEG Equipamentos Elétricos S.A.
- Potência mecânica do motor (5 CV): fornece a capacidade do motor de executar o trabalho desejado.
- Tensão nominal múltipla: é a tensão de alimentação que o motor exige (220 ou 380 V). A grande
maioria dos motores elétricos é fornecida com terminais das bobinas religáveis, de modo que possam ser
conectados em redes de pelo menos duas tensões diferentes.
- Freqüência exigida da tensão alimentadora (60 Hz).
- Rendimento () = 87,5 %, que, para este motor, indica que há 13 % de perdas.
- Categoria do conjugado: N, indicando conjugado de partida e corrente de partida normais, e baixo
escorregamento. Aplicação em bombas, máquinas operatrizes etc.
- Corrente nominal que o motor consumirá (13 ou 7,53 A, dependendo da tensão alimentadora), para
dimensionar os condutores de alimentação e os dispositivos de proteção.
- Corrente de Partida: é uma corrente que é um múltiplo da corrente nominal do motor, na faixa de seis
a oito vezes. Na placa do motor tem-se a indicação Ip/In que indica quantas vezes a corrente de partida é
maior que a nominal. Para a placa da Figura 2.35: I p I n 9. Para o MIT ligado em 220 V, In = 13 A.
Daí, a corrente de partida será In = 9 x In = 9 x 13 = 117 A.
- Regime de Serviço: S1. É definido como a regularidade de carga a que o motor é submetido. A norma
NBR 7094 estabelece dez padrões para regime de serviço de motores elétricos. No caso do regime S1,
este é considerado um regime contínuo, isto é, a carga é constante por um tempo indefinido, igual à
potência nominal do motor.
- Rotação Nominal: é a rotação do eixo do motor sob carga nominal, em rpm (3500 RPM).
- Esquema de ligação que mostra como os terminais devem ser ligados entre si e com a rede de
alimentação (triângulo - tensões de linha em 220 V e estrela - tensões de linha atingindo até 380 V).
- Classe de Isolamento: B, indicando que o limite máximo de temperatura que o isolamento do motor
suporta continuamente sem redução de sua vida útil (segundo a norma NBR 7034) é de 1300 C.
- Fator de serviço, FS (no caso do motor da Figura 2.35 é de 1,15), que indica a sobrecarga permissível
que pode ser aplicada continuamente ao motor sobre condições específicas. Este parâmetro indica uma
Acionamentos e Comandos Elétricos CEFET-MG
77
capacidade de sobrecarga contínua, ou seja, uma reserva de potência que dá ao motor elétrico condições
de funcionamento em condições adversas. Para um FS de 1,15, este indica que o motor suporta
continuamente 15% de sobrecarga acima de sua potência nominal.
- Grau de Proteção, IP (Intrinsec Protection) do motor. IP = 55. Os invólucros dos equipamentos
elétricos, conforme as características do local em que serão instalados e de sua acessibilidade devem
oferecer um determinado grau de proteção.
Por exemplo, um equipamento a ser instalado num local sujeito a jatos de água deve possuir um
invólucro capaz de suportar tais jatos sob determinados valores de pressão e ângulo de inclinação sem que
haja penetração de água.
No caso dos motores elétricos, a carcaça tem a função de invólucro de proteção do motor, mais
precisamente do conjunto estator-motor. O nível do grau de Proteção Intrínseca (Intrinsic Protection, ou
proteção própria do equipamento) depende diretamente do ambiente no qual o motor está instalado.
Segundo FRANCHI (FRANCHI, 2007), um motor instalado em um local desprotegido de sol e
chuva, exige um grau de IP mais severo do que o de um motor instalado em um local limpo e seco. Para
um motor elétrico, ambientes considerados agressivos são aqueles onde há presença de pó, poeira, fibras,
particulados etc. Os ambientes molhados ou sujeitos a jatos d’água também são considerados agressivos.
As normas IEC e ABNT – NBR 6146 definem os graus de proteção dos equipamentos elétricos
por meio das letras características IP seguidas por dois algarismos. As Tabelas 2.2 e 2.3, com base na
norma NBR IEC 60529 - "Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (códigos IP)”
indica os graus de proteção através de dois dígitos e a sua descrição. O primeiro dígito indica proteção
contra corpos sólidos, enquanto o segundo dígito indica proteção contra água.
Tabela 2.2 - Graus de proteção contra a penetração de objetos sólidos estranhos indicados pelo
primeiro numeral característico.
Numeral Descrição sucinta do grau de proteção.
0 Não protegido
1 Protegido contra objetos sólidos de Ø (diâmetro) 50 mm e maior
2 Protegido contra objetos sólidos de Ø 12 mm e maior
3 Protegido contra objetos sólidos de Ø 2,5 mm e maior
4 Protegido contra objetos sólidos de Ø 1,0 mm e maior
5 Protegido contra poeira
6 Totalmente protegido contra poeira
Tabela 2.3 - Graus de proteção contra a penetração de água indicados pelo segundo numeral
característico.
Numeral Descrição sucinta do grau de proteção
0 Não protegido
1 Protegido contra gotas d'água caindo verticalmente
Protegido contra queda de gotas d'água caindo verticalmente com invólucro
2
inclinado até 15°
3 Protegido contra aspersão d'água
4 Protegido contra projeção d'água
5 Protegido contra jatos d'água
6 Protegido contra jatos potentes d'água
7 Protegido contra efeitos de imersão temporária em água
8 Protegido contra efeitos de imersão contínua em água
Fonte: Revista Eletricidade Moderna (EM), julho, 2005.
Para finalizar este item, a Tabela 2.4 mostra uma comparação entre os parâmetros dos motores de
indução de gaiola de esquilo e os de anéis.
Os motores elétricos possuem enrolamentos (ou bobinas), construídos com fios de cobre
esmaltados, onde ocorre a produção de campo e de torque eletromagnético.
Estes enrolamentos são dimensionados segundo parâmetros próprios de cada motor, podendo
variar: a espessura do fio, o número de espiras, o comprimento das bobinas, etc.
Através das conexões que podem ser feitas entre as bobinas do motor elétrico, pode-se alterar o
seu comportamento, com influência nos seguintes parâmetros:
Figura 2.36 – Mudança no sentido de rotação de um Motor CA (inversão na ligação de duas das três fases).
A grande maioria dos motores elétricos é fornecida com terminais do enrolamento religáveis, de
modo a funcionar em redes de pelo menos duas tensões diferentes. Os motores trifásicos são disponíveis
com 6, 9 e 12 terminais.
Os motores trifásicos com seis terminais só têm possibilidades de ligação em dois níveis de
tensão: 127/220 V ou 220/380 V ou 440/760 V. Esses motores são ligados em na menor tensão e em Y
na maior tensão. A Figura 2.37 mostra uma placa de ligação ou painel de ligações desse tipo de motor.
A Figura 2.38 apresenta a conexão triângulo (), onde a tensão de fase é igual à de linha.
Figura 2.38 - Motor Trifásico de 6 terminais – conexão em triângulo (em 220 V).
I L ( ) = 3.I F
A Figura 2.39 apresenta a conexão estrela (Y), com dois níveis de tensão (440 V, tensão de fase e
760 V, tensão de linha), onde as correntes de linha e de fase são iguais. Já a tensão de linha é maior do
que a de fase, segundo a relação:
VL (Y) = 3.VF
R A
VFF IL
S 1 VF 3
4 6
Fase 3 Fase 1
5
V VFF
760 V VF V Fase 2
2
VF = 440 V
Nas ligações da Figura 2.40, as bobinas estão alimentadas em 220 V. A primeira mostra uma
conexão estrela, onde a tensão de linha é 220 3 V = 380 V. Na segunda conexão, as tensões de fase e
de linha são iguais a 220 V.
Figura 2.40 - Motor Trifásico de 6 terminais com 220 V por fase – conexão em estrela e em triângulo.
O mesmo vale para os terminais 2 e 3, que são conectados aos extremos das bobinas de
terminal 7 e 8, respectivamente. Obviamente, outros terminais podem ser conectados aos extremos das
bobinas de terminais 7, 8 e 9.
Deste tipo de conexão são derivadas as conexões triângulo (em 440 V, sendo 220 V por bobina) e
em duplo triângulo (220 V por bobina, com ligação em paralelo), mostradas na Figura 2.42.
(a) (b)
Figura 2.42 – (a) Ligação série. (b) Ligação Duplo paralelo.
(a) (b)
Figura 2.43 - Motor Trifásico de 9 terminais com 220 V por fase. (a) Conexões acessíveis
externamente no painel do motor. (b) Conexões em YY, como efetuadas em (a).
A Figura 2.43 mostra uma conexão em YY, onde cada bobina está com a mesma tensão. Na
Figura 2.44a as bobinas estão ligadas em 127 V (a tensão de linha é de 220 V).
Na ligação estrela série, Figura 2.44b, é possível obter uma tensão de linha maior para a
alimentação do motor. No esquema da figura, cada bobina está com 127 V; com duas em série tem-se 254
V. A tensão de linha é 254 3 V = 440 V.
O motor de 12 pontas é uma combinação dos casos anteriores: o enrolamento de cada fase é
dividido em duas metades para ligação série-paralelo. Além disso, todos os terminais são acessíveis para
ligação das três fases em estrela ou triângulo (o motor não possui ligações internas entre bobinas).
É possível então efetuar quatro tipos de conexões para a alimentação do motor. As possíveis são
em 220, 380, 440 e 760*V (*somente para partida).
A Figura 2.45 mostra conexões para obter tensões de 220, 380, 440 e 760 V (esta última com
ligação em estrela, com os terminais 10, 11 e 12 ligados em comum).
EF - Exercícios de Fixação
Série 7
Figura 2.50. Referência: FRANCHI, Claiton Moro. Acionamentos Elétricos. 2ª. Ed. São Paulo: Ed. Érica, 2007.
O motor trifásico Dahlander pode ser aplicado em talhas, elevadores, correias transportadoras,
máquinas e equipamentos em geral ou outras aplicações que requeiram motores assíncronos de indução
trifásicos com duas velocidades.
Possui apenas um enrolamento, uma única tensão de alimentação e duas velocidades (sendo uma
o dobro da outra). Na Figura 2.51 é apresentado o seu diagrama, onde os bornes estão disponíveis em
duas séries nos enrolamentos.
Figura 2.51 - Motor Dahlander (duas velocidades). Medições de interesse: V L , VF, IL, IF e n (rpm).
L1 L2 L3
Painel de ligações
baixa rotação
(v1)
Painel de ligações
alta rotação
v2 = 2.v1
L1 L2 L3
A ligação Dahlander permite uma relação de pólos de 1:2, o que corresponde à mesma relação de
velocidade.
Quando a quantidade de pólos é maior a velocidade é mais baixa; quando é menor a velocidade é
mais alta. Isso decorre da Equação (2.25).
120 f
n 1 s (2.25)
p
onde:
n = velocidade;
p é o número de pólos;
s = escorregamento e f = freqüência.
Em resumo: os motores Dahlander são motores de duas velocidades com enrolamento por
comutação de pólos. A “ligação Dahlander” consiste numa relação de pólos de 1:2 com consequente
relação de rotação de 2:1.
LEP 2
Lista de Exercícios e Problemas 2 – 21 questões
7) O rotor da Figura 2 é de gaiola ou bobinado? Identificar os seus componentes, indicados pelas setas.
8) Quais são os MI de múltiplas velocidades?
9) Identifique as partes constituintes (2), (3), (7), (8) e (10) de um MI, como mostra Figura 3.
10) Por que o campo magnético por fase em um motor CA trifásico é pulsante e não girante? Faça o
esboço de um campo magnético pulsante (forma de onda e fasor).
11) De acordo com a Figura 4, para = 150 graus, qual é o campo magnético mais intenso? Calcule hr
(resultante) para 450, 1100 e 1500.
Figura 4.
Os motores elétricos são comandados através de “chaves” ou sistemas de partida, sendo que as
mais empregadas são:
1) Partida Direta/ Reversora, para acionamento de pequenos motores;
2) Partida Estrela Triângulo, para acionamento de grandes motores sem carga;
3) Partida Compensadora, para acionamento de grandes motores com carga;
4) Partida com Soft-Starter, para acionamento de grandes motores com carga;
5) Partida com Inversor de Freqüência, para acionamento de pequenos e grandes motores elétricos.
A Figura 3.1 mostra um painel completo para comando de motores elétricos (que deve conter os
circuitos de partida, comando e proteção).
Figura 3.3 – Grupo de Botoeiras e Figura 3.4 – Grupo de Fusíveis, dos tipos D, Diazed
dispositivos de manobra e sinalização (2 a 100 A) e NH – 2 a 630 A (catálogo WEG).
Numa definição simples, contatores são dispositivos de manobra eletromecânica, construídos para
uma elevada freqüência de operação. São comandados a distância, com uma única posição de repouso
estável (aberto ou fechado). Os contatores podem estabelecer, interromper e suportar correntes normais da
instalação (nominais) e ocasionalmente as de curto-circuito.
Figura 3.6 – Exemplo de um sistema de acionamento de um MIT, com os diagramas de força ou potência e de comando.
Os contatores podem ser classificados como principais (siglas CW e CWM) e auxiliares (CAW).
Os contatores auxiliares operam com corrente máxima de 10 A e possuem de 4 a 8 contatos,
podendo chegar até 12 contatos.
Os contatores principais trabalham com corrente máxima de até 600 A. De uma maneira geral
possuem três contatos principais do tipo NA, para manobra de cargas trifásicas a três fios.
A IEC classificou os contatores segundo a sua capacidade de suportar os esforços decorrentes da
interrupção de correntes superiores à sua corrente nominal e também à sua durabilidade frente às
inúmeras manobras de abertura e fechamento repetidas.
Tal classificação leva em conta:
1) a freqüência de operações de ligar/desligar;
2) valor da sobrecarga;
3) fator de potência da carga e
4) tipo de operação dos motores elétricos: na partida, na frenagem, na reversão de rotação etc.
Um dos critérios para selecionar um contato é o tipo de tensão de trabalho de suas bobinas. A
bobina constitui o terminal de entrada para o movimento da peça móvel do contator (armadura). A tensão
de alimentação da bobina pode ser do tipo contínuo (CC) ou alternado (CA), dependendo da tecnologia
do fabricante. Há uma grande variedade de bobinas com diversos níveis de tensão (de 24 até 600 V), tanto
para CC quanto para CA.
Na Figura 3.8 é apresentado o esquema de um contator trifásico de dois terminais, onde são
utilizados contatos NA e NF.
Assim como na classificação, os contatos são representados graficamente (no desenho) na posição
de repouso, ou seja, um contato NA será uma chave aberta e um contato NF uma chave fechada conforme
se vê a seguir:
É efetuado por meio de uma botoeira ou chave-bóia, por exemplo, com duas posições, cujos
elementos de comando estão ligados em série com a bobina. A velocidade de fechamento dos contatores é
resultado da força proveniente da bobina (força eletromagnética) e da força mecânica das molas de
separação que atuam em sentido contrário.
As molas são responsáveis pela velocidade de abertura do contator, o que ocorre quando a bobina
magnética não estiver sendo alimentada ou quando o valor da força magnética for inferior à força das
molas.
- Comando à distância;
- Elevado número de manobras;
- Grande vida útil mecânica;
- Pequeno espaço para montagem;
- Garantia de contato imediato;
- Tensão de operação de 85 a 110 % da tensão nominal prevista para contator.
Características Principais
Franchi (2007) afirma que se pode relacionar a vida útil do contator diretamente com a vida
elétrica dos seus contatos, que por sua vez depende do nível da corrente e é determinado pelo número de
manobras.
A vida útil do comando pode ser estimada de em função de aspectos mecânicos e elétricos. Com
relação à vida útil mecânica, esta possui um valor fixo, definido pelo projeto do contator e pelo desgaste
dos materiais utilizados. Numericamente falando, se pode citar um valor entre 10 x 10 6 a 15 x 106
manobras (contatores de pequeno porte). Este parâmetro vem indicado no catálogo dos fabricantes.
Os contatores devem ser montados de preferência verticalmente, em local que não esteja sujeito a
trepidação (Figura 3.9). Em geral, é permitida uma inclinação máxima do plano de montagem de 22,5o
em relação à vertical, o que permite a instalação em navios.
Constituem toda forma de interferência, através de dispositivos, no sentido de ligar ou desligar qualquer
circuito elétrico.
No caso de motores elétricos, o comando elétrico ou acionamento é a forma de ligar ou desligar
os seus circuitos através de dispositivos como relés, contatores magnéticos, sensores etc.
A representação destes circuitos é feita pelo método de diagramas, onde são desenhados os
componentes através de símbolos gráficos e literais seguindo as normas técnicas de cada país ou
comunidade, como, por exemplo: ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), DIN, IEC etc.
Os diagramas, apresentados nos itens a seguir, são: 1. Circuito ou diagrama de Carga ou de força
ou de potência (principal) e 2. Circuito ou diagrama de Comando (secundário).
A Figura 3.11 mostra o esquema completo de um contator, com as suas partes constituintes:
bobina, chaves principais (identificadas por números de um dígito) e chaves auxiliares (identificadas por
números de dois dígitos).
Figura 3.11 – Simbologia de um contator: bobina e chaves NA e NF. Contator tripolar com contatos auxiliares integrados. Fonte:
http://www.weg.net/files/products/WEG-contatores-e-reles-de-sobrecarga-catalogo-completo-50026112-catalogo-portugues-r.pdf
(b)
(c)
Este item trata dos circuitos elétricos construídos a partir das funções lógicas binárias e teoremas
da Álgebra de Boole. São apresentadas técnicas para o projeto de alguns circuitos elétricos de comando
com o uso de chaves e de contatores, com o objetivo de automatizar processos simples.
Um problema na área de automação é chamado de combinatório quando os estados das saídas para
os elementos de comando são dependentes somente da combinação lógica dos estados lógicos (binários)
das entradas (BONACORSO, 2008).
A seguir são apresentadas as funções lógicas com o uso de chaves (variáveis de entrada) e de uma
lâmpada (variável de saída).
Esta função, também chamada de identidade, mostra que a saída estará em nível alto somente se
a(s) entrada(s) estiver(em) em nível alto (BONACORSO, 2008). No caso do circuito da Fig. 3.16, a
lâmpada L só será acionada se a chave S estiver acionada também.
Neste tipo de função lógica, teremos nível alto na saída quando qualquer das entradas estiver em
nível alto. Então, para a lâmpada L do circuito da Figura 3.19 estará acesa (nível lógico 1) se qualquer
uma das chaves estiverem fechadas ou com ambas fechadas (ou acionadas, nível lógico 1).
A função lógica NAND apresenta a saída em nível alto quando pelo menos uma das entradas
estiver em nível baixo, ou não-acionada (ver a tabela-verdade). Um circuito para realizar esta função está
mostrado na Figura 3.20.
Nesta função lógica, a saída possui nível alto (L = 1) somente se as entradas estiverem em nível
baixo, ou não-acionadas (ver a tabela-verdade). Um circuito para realizar esta função está mostrado na
Figura 3.21.
Função Lógica: S1 S2 S1 + S2 L
__ __ _________
0 0 0 1
L S1 S 2 S1 S 2 0 1 1 0
A lâmpada L será 1 0 1 0
acesa se S1 e S2 não 1 1 1 0
Figura 3.21. estiverem acionadas.
L = CX + Y (3.1)
__
Onde A significa chave A atuando (comando com nível lógico 1) e A, chave A sem comando ou
sem atuar (nível lógico 0). O mesmo vale para as outras chaves.
Figura 3.23.
Da Equação (3.1), a variável Y indica que o contator Y não atuou. Para as chaves, a convenção é:
S chave atuando (nível lógico 1);
S chave não atuando (nível lógico 0);
Dos contatores X e Y, têm-se, respectivamente:
X = A + B e Y = AB
Através da propriedade X + XY = X + Y
__ __ __ __ __ __
L = A + A BC + B A + A N + B A + N + B A + BC + B
__ __
= A + B + BC = A + B + C
Logo, a lâmpada pode ser acionada pela chave A, ou pela chave B ou pela chave C.
Figura 3.24.
b) O que deve ser feito para acionar a lâmpada via chave S2?
Na Figura 3.25, vê-se que com uma única chave pode-se acionar o contator K1, o qual conta com
várias chaves que ligarão (NA) ou desligarão (NF) os circuitos ligados através dessas chaves. Isto permite
que com uma única chave (S1), seja possível operar vários circuitos simultaneamente.
Figura 3.25.
Exemplo 3.4 – Circuito teste de lâmpadas
Acionamentos e Comandos Elétricos CEFET-MG
101
Um circuito para teste de lâmpadas pode ser montado como mostra a Figura 3.26. Ele é utilizado
para testar as lâmpadas de sinalização de alarmes ou painéis, verificando se existe alguma lâmpada
queimada, para sua devida substituição.
Figura 3.26.
Funcionamento:
Para a lâmpada L2, por exemplo, L2 = Bo + K2, ou seja, esta será acionada pela botoeira Bo
(juntamente com as outras lâmpadas) OU pela chave NA do contator K 2. Obviamente, o acionamento
independente só ocorre através do contator K2.
Este circuito, mostrado na Figura 3.27b, é o princípio lógico das maiorias de todos os circuitos de
comandos elétricos. Os botões B0 (NF) e B1 em série, comandam o contator K1, o qual tem um contato
NA, em paralelo com B1 (NA).
Pressionando B1, a bobina de K1 é energizada. Liberando B1, K1 se mantém energizado, pois o
seu contato NA foi fechado pela ação de sua bobina.
Para desligar, basta apertar o botão B0, o que desarma a bobina do contator K1.
Através de uma das chaves (então chamada chave ou contato de selo ou de auto-retenção) pode-
se manter o contator acionado após um acionamento momentâneo da chave que o acionou.
No circuito da Figura 3.28, após acionar S1, as cargas ficarão acionadas como se a mesma se
mantivesse acionada, pois o contato 13-14 manterá o contator acionado (mesmo com S1 aberta). Para
DESLIGAR K1, basta abrir o contato NF S2, inserido em série com o eletroímã.
Figura 3.28 - O botão S1 aciona o contator que se mantém por selo. O botão S2 desliga o contator.
Durante a partida e aceleração de um motor elétrico, até a sua rotação nominal, este solicita uma
sobrecorrente em torno de 6 a 8 vezes a corrente nominal, o que pode provocar a queda de tensão na rede
de alimentação e interferência no acionamento de outras cargas (lâmpadas, PCs etc.).
Adota-se então o uso de uma chave de partida ESTRELA-TRIÂNGULO, que é um diagrama de
comando onde, através de uma lógica de operação das chaves dos contatores, controla-se a corrente do
motor no período de transitório de partida.
Uma observação importante: através desta manobra o motor realizará uma partida mais suave,
reduzindo sua corrente de partida em aproximadamente 1/3 da que seria se acionado em partida direta. A
partida Y-Δ é utilizada quase que exclusivamente para partidas sem carga. A Figura 3.29 ilustra este
método de acionamento.
Questões:
1) Observando os diagramas da Figura 3.29, qual dos contatores assegura a partida do MIT em triângulo?
Figura 3.30.
A Figura 3.32 mostra um aplicativo em FLASH para simulação de uma chave de partida direta.
Tente fazer o download do arquivo e simular a operação de partida (modo automático).
Para efetuar a simulação, clicar com o mouse no ícone PLAY, e em seguida, na botoeira b1,
várias vezes, até ver preenchida a linha de alimentação do motor (com o selo C1 fechado). O motor então
parte começando a girar no sentido horário.
(a)
(b)
Figura 3.32 – (a) Simulação em Flash da chave de partida direta de um motor trifásico.
(b) Resultado da simulação, com C1 acionado. O MIT parte alimentado pelas fases R, S e T.
Fonte: http://www.eletrodomesticosforum.com/video_animacao/91-PARTIDA-DIRETA.exe
(a)
(b)
Figura 3.33 – Simulação de Partida Direta de um MIT no software CADE Simu.
EF32 – Descrever outros exemplos (três, no mínimo) de aplicações dos contatos de um contator.
EF34 – O valor de corrente a ser comandada em um sistema de acionamento elétrico também influencia
na pressão de contato entre as partes móveis do contato: maiores correntes exigem maiores pressões de
contato. Justifique a expressão em negrito.
EF35 – O esquema da Figura 3.34a representa uma ligação muito conhecida em instalações elétricas
residenciais (diagrama multifilar).
(a)
(b)
Figura 3.34 – Acionamento de lâmpadas. (a) Acionamento por interruptores. Acionamento por contatores.
EF39 – No diagrama de comando elaborado no EF38, numerar todos os bornes dos dispositivos
utilizados.
EF 40 – Empregar o circuito de sinalização da Figura 3.36, com as devidas adaptações, para indicar a
partida de um MIT, a ocorrência de uma anomalia (curto-circuito, p. ex.) e a sua parada.
Figura 3.36.
2) Desenhe um circuito de comando e o respectivo de carga para acionar um motor de indução trifásico,
ligado em 220 V (estrela), de forma que o operador, por motivos de segurança, tenha que utilizar as duas
mãos para realizar o acionamento.
3) Seja o diagrama de carga da Figura 3. Projetar um diagrama de comando para o seu acionamento, onde
um contator comanda a sua partida e o seu desligamento após 2 minutos (utilize um relé de tempo).
4) Seja o diagrama de comando da Figura 4, onde KM1, KM2 e KM3 são contatores que comandam os
motores M1, M2 e M3. Desenhar o diagrama de carga correspondente e explicar o seu funcionamento.
Figura 4 – Questão 4.
5) Quais são os defeitos mais freqüentes nos contatores? Classifique as suas chaves, dando um exemplo
em um circuito de acionamento.
10) O Diagrama de comando da Figura 5a diz respeito ao acionamento de dois motores de indução
trifásicos, M1 e M2.
(a) (b)
4.1 – Introdução
1) Duração do curto-circuito
2) Origem do curto-circuito
A norma NBR 5410/97 prescreve que todo circuito, incluindo circuito terminal de motor, deve ser
protegido por dispositivos que interrompam a corrente, quando pelo menos um dos condutores for
percorrido por uma corrente de curto-circuito.
A interrupção deve ocorrer num tempo suficiente curto para evitar a deterioração dos condutores.
Esta interrupção deve-se dar por dispositivo de seccionamento automático. A norma aceita a utilização de
fusíveis ou disjuntores para proteção específica contra curto-circuitos.
4.2 – Fusíveis
O elemento fusível é um fio ou uma lâmina de metal, alocado no interior do fusível, um corpo
geralmente de porcelana e hermeticamente fechado. A maioria dos fusíveis possui um elemento indicador
(indicado por 3, na Figura 4.3) que indica a integridade do dispositivo. Este elemento é um fio ligado em
paralelo com o elemento fusível e que libera uma mola após a sua operação, o que provoca o
aparecimento do sinalizador na carcaça do fusível.
O meio extintor do fusível é um material granulado, geralmente areia de quartzo.
O elemento fusível assume diversas formas, de acordo com a sua corrente nominal, podendo ser
composto por um ou mais fios de lâminas ligados em paralelo, com trechos de seção reduzida. No fusível
existe um ponto de solda em que a temperatura de fusão é menor que a do elemento fusível.
Quando o elemento fusível opera em regime permanente (onde a corrente que circula na carga em
série é estável), o condutor e o elemento fusível, obviamente, têm a mesma corrente elétrica, a qual
produz aquecimento em ambos (Figura 4.4).
A temperatura do condutor atinge então a temperatura 1. Já o elemento fusível, que possui uma
resistência elétrica mais alta, fica com uma temperatura superior, 2 (o aquecimento é maior, pelo efeito
Joule). Esta temperatura mais elevada ocorre no ponto médio do elemento fusível, como se vê na curva da
Figura 4.4.
A temperatura se comporta da seguinte forma: descresce do ponto médio até as extremidades do
elemento fusível. Nota-se que os pontos de conexão e o ponto médio não têm a mesma temperatura, mas
possuem uma temperatura maior que a dos condutores. A corrente que percorre o fusível sem ultrapassar
este valor é a corrente nominal do mesmo. Um valor acima da corrente nominal provoca o rompimento do
elemento fusível (de acordo com a sua curva de atuação), e aí o circuito se abre.
Para o caso onde a corrente do fusível é muito superior à nominal, por exemplo na faixa de 10
vezes, ocorre a fusão do trecho da seção reduzida do elo fusível antes do ponto de solda, em razão da alta
corrente que naquele circula.
Na fusão do elo fusível, este está rompido mecanicamente, mas a corrente não é interrompida
plenamente, pois é mantida por um arco elétrico. A fusão e o arco elétrico provocam então a evaporação
do material metálico do elo. O arco é envolvido pelo elemento extintor, o qual vaporiza. Então o vapor do
metal é empurrado contra a areia, onde grande parte do arco elétrico se extingue, pois a areia penetra o
arco e retira a energia térmica do mesmo (FRANCHI, 2007).
Adotando uma definição clássica, o fusível consiste de um filamento (veja a Figura 4.5) ou lâmina
de um metal ou liga metálica de baixo ponto de fusão que se intercala em um ponto determinado de
uma instalação elétrica para que se funda, por efeito Joule, quando a intensidade de corrente elétrica
supere, devido a um curto-circuito ou sobrecarga, um determinado valor que poderia danificar a
integridade dos condutores com o risco de incêndio ou destruição de outros elementos do circuito.
4.2.3 - Classificação
Fusíveis de efeito rápido - os fusíveis de efeito rápido são empregados em circuitos em que não há
variação considerável de corrente entre a fase de partida e a de regime normal de funcionamento. Esses
fusíveis são ideais para a proteção de circuitos resistivos (lâmpada, fornos, etc.)
Fusíveis de efeito retardado - os fusíveis de efeito retardado são apropriados para uso em circuitos cuja
corrente de partida atinge valores muitas vezes superiores ao valor da corrente nominal e em circuitos que
estejam sujeitos a sobrecarga de curta duração. Como exemplos podem ser citados motores elétricos e
cargas capacitivas em geral.
As formas construtivas mais comuns dos fusíveis aplicados nos circuitos de motores elétricos são
os tipos D (Diazed, diametral) e NH, de maior capacidade de corrente (Figura 4.6).
(a) (b)
Figura 4.6 – (a) Fusível DIAZED. (b) Fusível NH.
A Figura 4.7a mostra um grupo de fusíveis do tipo e NH e a Figura 4.7b mostra a simbologia
adotada para o fusível.
(a) (b)
Figura 4.7 – (a) Fusível do tipo NH, projetado para ambientes industriais e similares. Atendem as Normas
IEC 269 e NBR 11841 e possuem marca de conformidade do INMETRO até 160 A. Fonte:
http://img-europe.electrocomponents.com/largeimages/R421621-91.jpg. (b) Simbologia para o fusível.
Normas IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional) e IEEE/ANSI (americana e canadense).
Os fusíveis D e NH, também conhecidos como fusíveis de força, atuam como dispositivos de
proteção em circuitos de motores elétricos principalmente, protegendo-os contra correntes de curto-
circuito, de forma seletiva (em combinação com relés) contra sobrecargas de longa duração. Suas
principais características são:
- corrente nominal - corrente máxima que o fusível suporta continuamente sem interromper o
funcionamento do circuito. Esse valor é marcado no corpo de porcelana do fusível.
- corrente de curto circuito - corrente máxima que deve circular no circuito e que deve ser interrompida
instantaneamente.
- capacidade de ruptura (kA) - valor de corrente que o fusível é capaz de interromper com segurança. Não
depende da tensão nominal da instalação.
- tensão nominal - tensão para a qual o fusível foi construído. Os fusíveis normais para baixa tensão são
indicados para tensões de serviço de até 500 V em CA e 600 V em CC.
- resistência elétrica (ou resistência ôhmica) - grandeza elétrica que depende do material e da pressão
exercida. A resistência de contato entre a base e o fusível é responsável por eventuais aquecimentos que
podem provocar a queima do fusível.
O fusível tipo D é recomendado para o uso residencial e industrial, uma vez que possui proteção
contra contatos acidentais, podendo ser manuseado por pessoal não qualificado. Faixa de corrente: de 2 a
63 A, capacidade de ruptura de 50 kA e tensão máxima de 500 V.
Fusíveis DIAZED
Os fusíveis NEOZED (Figura 4.10) possuem tamanho reduzido e são aplicados na proteção de
curto-circuito em instalações típicas residenciais, comerciais e industriais.
Possuem categoria de utilização gL/gG, atendendo as correntes nominais de 2 a 63 ampères.
Categoria de uso: gG (aplicação geral e capacidade de interrupção em toda zona tempo-corrente).
Tensão nominal: 400 VCA / 250 VCC.
Capacidade de interrupção nominal: 50 kA até 400 VCA e 8 kA até 250 VCC.
Atendem às Normas: NBR IEC 60 269 e VDE 0636.
Fusíveis tipo NH
Figura 4.10 - Fusíveis Neozed e a base de montagem. Figura 4.11 – Fusíveis NH e fusíveis tipo D (Diazed).
Fonte: http://de.academic.ru/dic.nsf/dewiki/994016
Os fusíveis NH são constituídos pelas partes apresentadas na Figura 4.12. O fusível possui corpo de
porcelana de seção retangular. Dentro desse corpo, estão o elo porcelana existem duas facas de metal que
se encaixam perfeitamente nas garras da base. O elo fusível é feito de cobre em forma de lâminas vazadas
em determinados pontos para reduzir a seção condutora. O elo fusível pode ainda ser fabricado em prata.
A base é fabricada de material isolante como a esteatita, plástico ou termo fixo. Nela são fixados os
contatos em forma de garras, às quais estão acopladas molas que aumentam a pressão de contato.
Os fusíveis NH suportam elevações de tensão durante certo tempo sem que ocorra fusão. Eles são
empregados em circuitos sujeitos a picos de corrente e onde existam cargas indutivas e capacitivas.
Em resumo, sua construção permite valores padronizados de corrente que variam de 6 a 1200 A.
Sua capacidade de ruptura é sempre superior a 70 kA com uma tensão máxima de 500 V.
Os fusíveis são classificados segundo a faixa de interrupção (ou classe de função), com a
representação pelas letras minúsculas g e a. A categoria e utilização é representada por letras maiúsculas,
como será indicado a seguir3.
Fusíveis tipo g - Fusíveis de capacidade de interrupção em toda a faixa (faixa completa), ou seja,
suportam a corrente nominal por tempo indeterminado e são capazes de operar a partir do menor valor de
sobrecorrente até a corrente nominal de desligamento (atuam na menor intensidade de sobrecorrente).
Fusíveis tipo a - Fusíveis de capacidade de interrupção em faixa parcial (reagem a partir de um valor
elevado de sobrecorrente).
Os fusíveis classe aR, de acordo com a norma IEC 60269 têm como característica baixos valores
de I²t e se aplicam a proteção contra curto-circuito de circuitos com semicondutores, não devendo ser
aplicados em situações de pequenas sobrecargas pois, nestas condições, pode ocorrer sobrecarga térmica
sobre o fusível causando a sua atuação indevida e redução da sua capacidade de interrupção.
3
Catálogo WEG - Fusíveis aR e gL/gG Tipo NH Contato Faca, NH Flush End e Diametral.
Fonte: www.weg.net/files/products/WEG-fusiveis-ar-e-gl-gg-50009817-catalogo-portugues-br.pdf
Para assegurar a vida útil da instalação do motor elétrico, deve-se dimensionar uma corrente no
mínimo 20 % superior à sua corrente nominal;
3) quanto aos outros dispositivos no circuito de alimentação, como contatores e relés de sobrecarga, deve-
se observar o seguinte critério:
IFusivel IF max
ou seja, os fusíveis deverão proteger estes elementos. Esta verificação é feita com base em
cálculos e em consultas em tabelas de contatores e de relés de sobrecarga.
Efetuar os cálculos para dimensionar os fusíveis para a instalação de um motor elétrico de 5 CV,
220 V/ 60 Hz, 4 pólos, supondo um tempo de partida direta de 5 s.
Seguindo as curvas características do fusível, com base nos valores de Ip e Tp: 113,6 A (corrente
de partida) e Tp = 5 segundos, respectivamente, encontra-se a região de corrente igual a 16 A (Figura
4.14, gráfico tempo x corrente).
Com o ponto de interseção obtido, o fusível deverá ser de 16 A (o ponto está dentro da área cuja
corrente é de 16 A).
Adotando o segundo critério, IFusivel = 1,2 I Nominal 1, 2 13,8 16,56 A.
Logo, pelo segundo critério, continua valendo, graficamente, a escolha para um fusível de
corrente 16 A.
1. Quais são os valores comerciais dos fusíveis, em função de sua corrente nominal?
2. Por que os fusíveis são associados a chaves, nos circuitos de acionamentos elétricos?
3. A característica tempo-corrente para os fusíveis é ajustável? Justifique.
4. Os fusíveis são mais rápidos do que os disjuntores? Explicar.
5. Como se dimensiona a corrente de um fusível?
6. Onde são empregados os fusíveis de efeito rápido?
7. Onde se emprega os fusíveis de efeito retardado?
8. Os fusíveis devem também proteger os contatores e relés de sobrecarga? Justifique.
9. Com relação aos fusíveis NEOZED, responder:
a) Onde são aplicados?
b) Qual é a sua categoria de utilização?
10. Onde são utilizados os fusíveis SILIZED (ultra-rápidos)?
6. Parafuso calibrador - permite que o fabricante ajuste precisamente a corrente de trip do dispositivo
após montagem.
7. Solenóide.
8. Extintor de arco.
A Figura 4.21 mostra os efeitos da corrente elétrica sobre o corpo humano – gráfico tempo de
duração do choque elétrico x corrente elétrica (veja a tabela na sequência).
Observações Importantes:
1) O Disjuntor Diferencial (DR) tem como função principal proteger as pessoas ou o patrimônio contra
faltas à terra:
- Evitando choques elétricos (proteção às pessoas).
- Evitando Incêndios (proteção ao patrimônio).
O DR não substitui um disjuntor, pois ele não protege contra sobrecargas e cutro-circuitos. Para estas
proteções, devem-se utilizar disjuntores em associação.
2) Sensibilidade
A sensibilidade do interruptor varia de 30 a 500mA e deve ser dimensionada com cuidado, pois
existem perdas para terra inerentes à própria qualidade da instalação.
Proteção contra contato direto: 30mA
Contato direto com partes energizadas pode ocasionar fuga de corrente elétrica, através do corpo
humano, para terra.
Proteção contra contato indireto: 100mA a 300mA
No caso de uma falta interna em algum equipamento ou falha na isolação, peças de metal podem
tornar-se "vivas" (energizadas).
Proteção contra incêndio: 500mA
Correntes para terra com este valor podem gerar arcos / faíscas e provocar incêndios.
Fonte: http://www.geindustrial.com.br/produtos/disjuntores/dr/
Qualquer atividade biológica no corpo humano seja ela glandular, nervosa ou muscular é
originada de impulsos de corrente elétrica
Se a essa corrente fisiológica interna somar-se uma corrente de origem externa (corrente de fuga),
devido a um contato elétrico, ocorrerá no organismo humano uma alteração das funções vitais, que,
dependendo da duração e da intensidade da corrente, poderá provocar efeitos fisiológicos graves,
irreversíveis ou até a morte da pessoa.
Ainda a respeito do Disjuntor DR, o gráfico da Figura 4.22 apresenta as áreas de atuação
relacionadas com a corrente nominal do equipamento (veja a Tabela 4.1).
Questão 5 – Quanto à classe de objetos e à classe de serviços, classifique os seguintes fusíveis: aM, aL,
gB e gL. Qual o significado técnico das letras minúsculas a e g?
(a) atuador;
(b) extintor de arco-voltaico;
(c) solenóide.
Os relés de sobrecarga são dispositivos baseados no princípio da dilatação de partes elétricas bi-
metálicas (metais diferentes) que sofrem dilatações diferentes quando submetidas a uma variação de
temperatura.
A Figura 4.23 mostra a deflexão do bimetal, onde se vê que a curvatura do mesmo se dá para o
metal de menor coeficiente de dilatação. Esta curvatura é utilizada para desarmar um contato e portanto
desligar o relé.
Figura 4.23 – Deflexão do bimetal, de acordo com o parâmetro (coeficiente de dilatação linear).
O relé de proteção contra sobrecarga, também conhecido como relé bimetálico ou ainda relé
térmico é aplicado na proteção de motores elétricos contra sobrecarga.
1 – botão de rearme
2 - contatos auxiliares
3 - botão de teste
4 – lâmina bimetálica auxiliar
5 – cursor de arraste
6 – lâmina bimetálica principal
Figura 4.24 – Representação do esquema de
um relé de sobrecarga bimetálico. 7 – ajuste de corrente
A Figura 4.25 mostra o aspecto (vista superior) de um relé de sobrecarga eletrônico, bem como a
identificação dos seus terminais. Os terminais do relé de sobrecarga são marcados da mesma forma que os
terminais de potência dos contatores.
Os terminais dos circuitos auxiliares do relé (Figura 4.26) são marcados com funções específicas.
Com a terminação 6 (95-96), a chave é do tipo NF e com a terminação 8, a chave é do tipo NA (95-98 ou
97-98, no caso do duplo contato).
Descrição de funcionamento
(a) (b)
Figura 4.27 – (a) Tecla multifunção / botão RESET do relé eletrônico série RW 117/217/317.
(b) Modelo RW 27D. Fabricante: WEG. Fonte: http://farm3.static.flickr.com/2580/4112623488_b8a3c6e2cf_z.jpg
Nas posições H e HAND: o relé após atuar (relé desarmado) tem que ser resetado manualmente
através de pressão na tecla Reset, enquanto que nas posições A e AUTO o relé após atuar (relé
desarmado) é resetado automaticamente.
Funções H, HAND, AUTO e A: o ajuste das funções H, HAND, AUTO e A ocorre através do giro
sem pressão do botão vermelho (com uma chave apropriada), posicionando o mesmo nas indicações
da tecla Reset.
Na passagem de HAND para AUTO a tecla Reset deve ser levemente pressionada
simultaneamente ao giro do botão vermelho.
A Figura 4.28 mostra a instalação de um relé de sobrecarga em um diagrama de acionamento.
Representação no
circuito de comando
Representação
no circuito de
carga
(a) (b)
Figura 4.29 - Relé térmico de sobrecarga trifásico para serviço: (a) monofásico; (b) bifásico.
Exemplo 4.2 – Relé eletrônico de sobrecarga – Fabricante: Allen Bradley®. Modelo: E1 Plus.
Características:
Exemplo 4.3 – Relé eletrônico de sobrecarga – Fabricante: SIEMENS®. Modelo: 3RB20/21 Sirius.
Legenda – Funções:
(1) Terminais para montagem em contator coordenado de modo ideal com
relação aos aspectos elétricos, mecânicos e de design dos contatores e soft-
starters. Estes pinos de conexão permitem uma montagem direta do relé de
sobrecarga. Como alternativa, pode ser realizada uma montagem individual
(alguns tamanhos necessitam de suporte para montagem individual do relé).
(2) Seletor para RESET manual/automático A chave deslizante permite a seleção
simples entre rearme manual e automático.
(3) Botão de RESET Pressionando o botão de RESET, o dispositivo poderá ser
rearmado localmente, quando o ajuste estiver na posição de RESET manual.
(4) Indicador de estado e função de teste (TEST) das ligações Indica um disparo
e permite o teste das ligações.
(5) Teste eletrônico: permite o teste dos principais componentes e funções do
dispositivo.
Figura 4.31.
Estes relés são dispositivos eletrônicos que protegem os sistemas trifásicos contra inversão da
sequencia de fase. Sempre que houver esta anomalia no sistema trifásico o relé atuará para interromper a
operação do motor ou processo a ser protegido.
A Figura 4.33 mostra o aspecto deste relé, bem como os esquemas de ligação, onde as 3 fases R,
S e T da rede a ser monitorada são conectadas aos bornes L1, L2 e L3.
Se a sequência de fase estiver correta o relé de saída comuta os contatos para a posição de
operação (fechando os terminais 15-18, NA) e o LED vermelho (relé) e o verde (alimentação) ligarão –
veja a Figura 4.34 (gráfico de atuação).
Na ocorrência de inversão das fases, o LED vermelho desliga e o relé comuta a sua chave para a
posição 15-16 (NF).
Figura 4. 33 – Relés Eletrônico de proteção contra inversão de sequência de fase. Modelo RPW-SF. Fonte:
Catálogo WEG - Relés Protetores RPW, Relés Temporizadores RTW e Relés de Nível RNW. Disponível em:
www.weg.net/files/products/WEG-reles-temporizadores-protetores-e-de-nivel-50009830-catalogo-portugues-br.pdf
Inversão
em L1-L2-L3
Os relés de tempo são temporizadores para controle de intervalos de tempo de curta duração,
utilizados no controle de máquinas e processos industriais, em tarefas como: 1) sequenciamento, 2)
interrupções de comandos e 3) chaves de partida.
O relé de tempo comuta os seus contatos de saída, decorrido o tempo selecionado na sua escala
(Figura 4.35). O início da temporização ocorre quando da energização da sua bobina.
Os principais relés de tempo eletrônicos são: relés com retardo na energização (ou para ligar) e com
retardo na desenergização (ou para desligar) e relés cíclicos.
Um relé eletrônico do tipo TRE (Retardo na Energização) é aquele que ao ser energizado (tensão
na bobina A1-A2), não arma os seus contatos imediatamente.
A partir daí, inicia-se a contagem do tempo tRE pré-selecionado na escala, após o qual o relé arma.
As suas formas de onda (energização e resposta dos contatos) podem ser vistas na Figura 4.37.
Figura 4.37 – Relé de tempo com retardo na energização de seus contatos (TRE) – símbolo e formas de onda.
Um relé eletrônico do tipo TRD (Retardo na Desenergização) é aquele que ao ser energizado
(tensão na bobina A1-A2, veja o seu símbolo), arma seus contatos.
Ao ser desenergizado inicia-se a contagem do tempo tRD pré-selecionado na escala, após o qual o
relé desarma – veja a Figura 4.39.
Figura 4.39 – Relé de tempo com retardo na desenergização de seus contatos (TRD) – símbolo e formas de onda.
O Relé TRD é também conhecido como relé AO REPOUSO. Na Figura 4.40, este relé controla o
tempo de funcionamento de uma lâmpada. Ao fechar a chave S, o relé é ativado, comutando os contatos e
acendendo a lâmpada (chave NA ligada). Ao desligar a chave S, a lâmpada permanece acesa durante um
tempo preestabelecido.
Com este relé, há um ATRASO entre o comando de desligar o contator (botoeira S aberta) e o
desligamento da lâmpada. O relé de tempo com retardo no desligamento mantém seus contatos
comutados por um tempo determinado (regulável através de uma escala), após desenergização dos
terminais de alimentação (chave S aberta).
(a)
(b)
Figura 4.41 – Relé cíclico: modo de operação. (a) Formas de onda. (b) Funções indicadas no painel
frontal do instrumento. Fonte: http://www.shop.com.br/polipartes/paginas/RTDF.pdf
O relé de saída energiza (fecha os contatos 15-18) quando o líquido atinge o eletrodo/sensor de
nível máximo e desenergiza (abre os contatos 15-18) quando o eletrodo/sensor de nível mínimo é
acionado – Figura 4.45a.
Função Enchimento: o relé de saída energiza (fecha os contatos 15-18) quando o sensor de nível mínimo
é acionado e desenergiza (abre os contatos 15-18) quando o líquido atinge o sensor de nível máximo
(Figura 4.45b).
(a) (b)
Figura 4.45 – (a) Curva de operação do relé de esvaziamento RNW-ES (fabricante WEG). (b) Curva de operação do
relé de esvaziamento RNW-ENS (fabricante WEG). Disponível em: www.weg.net/files/products/WEG-reles-
temporizadores-protetores-e-de-nivel-50009830-catalogo-portugues-br.pdf
Questão 1
a) Com base no esquema Figura 1, numere os itens de acordo com a seqüência genérica de acionamento
de um motor elétrico.
b) Seja a Figura 2. Projetar um acionamento de um motor trifásico para reversão de rotação que utilize o
contator da Figura 2, juntamente com um relé de tempo.
( ) Seccionamento
( ) Dispositivo de manobra
( ) Motor
( ) Rede elétrica
Figura 1. Figura 2 - Diagrama esquemático de um
contator com 2 terminais NA e um NF.
Questão 2 – Como funciona um relé de controle de sequência de fase? Montar um diagrama com este
relé, onde a carga é um MIT.
a. ( ) Sequência de fase
b. ( ) Cíclico de tempo
c. ( ) Falta de fase ou falta do neutro
d. ( ) Inversão de fase
e. ( ) Controle de Nível
Figura 3 – Diagrama de atuação de um relé eletrônico.
Questão 6 – A Figura 5 mostra o layout, o esquema de ligação e as formas de onda de um relé eletrônico
de falta de fase ou neutro. Explique o seu funcionamento.
Questão 11 – Quais são os tipos mais comuns de superaquecimento que podem ocorrer na operação de
motores elétricos e transformadores?
Questão 12 – Um relé térmico disparado volta à sua posição de repouso automaticamente? Justifique.
Questão 13 – Como pode ser calculada a corrente de dimensionamento (Ir, corrente de ajuste) para a
operação de um relé térmico? Calcule para o motor utilizado nesta aula, considerando um fator de serviço
(FS) de 1,15.
a) O Relé é uma chave comandada por uma ______________. Ele é uma chave porque ele
_________________ um circuito elétrico, permitindo a passagem da corrente elétrica como o resultado
do fechamento de contato ou impedindo a passagem da corrente durante o estado de contato aberto.
Questão 16 – A Figura 6 mostra o diagrama dos sinais de acionamento de um relé de tempo, onde o sinal
superior é o da alimentação e o inferior a resposta dos contatos comum (C) e normalmente aberto (NA),
em relação ao primeiro. Classifique este relé de tempo.
Questão 17 – A Figura 7 mostra um MIT que pode operar alimentado por duas redes de alimentação
distintas. Explicar em que condições se poderia dar a transferência de uma rede de alimentação para
outra.
Um botão de comando é aquele que aciona uma chave. Denominamos uma chave em um
circuito de contato. Uma chave tem a função de conectar e desconectar dois pontos de um circuito
elétrico. Uma chave tem no mínimo dois terminais: um deve ser ligado à fonte (ou gerador, podendo ser
de CC ou de CA) e outro ligado à carga (ou receptor). É feita de metal de baixa resistência elétrica para
facilitar a passagem de corrente e alta resistência mecânica, de modo a poder ligar e desligar muitos
milhares de vezes (número de manobras). A sua estrutura metálica tem área de seção transversal
proporcional à corrente que comandam.
O valor de corrente a ser comandada influencia na pressão de contato entre as partes móveis da
chave: maiores correntes exigem maiores pressões de contato, para garantir que a resistência no ponto
de contato seja a menor possível - veja a Equação (5.1).
V A
I R I V (5.1)
R A
A separação dos contatos na condição de desligamento deve ser tanto maior quanto maior for a
tensão para a qual o contato foi produzido, pois a resistência elétrica é diretamente proporcional à tensão
(Lei de Ohm).
A velocidade de ligação ou desligamento deve ser a mais alta possível, para evitar o desgaste
provocado pelo calor proveniente do arco voltaico, provocado no desligamento quando a carga for
indutiva.
O contato pode ser do tipo com trava (por exemplo, o tipo alavanca usado nos interruptores de
iluminação) e também pode ser do tipo de impulso, com uma posição normal mantida por mola e uma
posição contrária mantida apenas enquanto durar o impulso de atuação do contato. Nesse caso se chama
fechador ou abridor conforme a posição mantida pela mola.
Fechador: Também chamado ligador, é mantido aberto por ação de uma mola e se fecha enquanto
acionado. Como a mola o mantém aberto é ainda denominado normalmente aberto (ou NA, ou do inglês
normally open, NO).
Abridor ou ligador: é mantido fechado por ação de uma mola e se abre enquanto acionado. Como a mola
o mantém fechado, é chamado também de normalmente fechado (ou NF, ou do inglês normally closed,
NC). A Figura 5.1 mostra a simbologia adotada para as chaves NA e NF. A Figura 5.2 mostra o
mecanismo com mola para o funcionamento das chaves NA e NF.
Uma chave com botão ou botoeira é apresentada na Figura 5.3. A Figura 5.4 mostra uma botoeira
liga-desliga e aplicações.
Figura 5.2 – Relé com contatos NA e NF. Figura 5.3 – Aspecto de uma botoeira.
EM RESUMO:
Uma botoeira é uma chave que comanda um circuito por PULSOS, interrompendo ou fechando
contatos no mesmo.
A Figura 5.5 apresenta uma simbologia para botões, sugerida pela norma FEM 9941. Alguns
símbolos são bastante familiares a nós, como no caso de equipamentos como elevadores. A Figura 5.6
mostra um exemplo de um conjunto pendente de botoeiras, onde o operador pode, através da mesma,
operar uma ponte rolante (veja os tipos de conexões em uma ponte rolante na Figura 5.7).
(a)
(b)
Figura 5.4 – (a) Botoeira liga-deliga. (b) Botoeira de três funções (por exemplo: subir, emergência, descer).
Este é um exercício onde é possível simular o movimento de uma ponte rolante – veja as Figura
5.9 e 5.10. Há três motores, para o movimento horizontal da ponte, e para os movimentos do guincho
(horizontal, para posicionamento e vertical, para controle da carga).
Figura 5.9 – Simulação em Flash de uma Ponte Rolante. Arquivo disponível em:
Fonte: http://www.4shared.com/video/d9oY2xU1/ponterolante.html
Este exemplo constitui um botão de comando com chave, que já foi bastante utilizada para
acionar portões de garagem antes do aparecimento do controle remoto portátil (de chaveiro) – veja a
Figura 5.11.
Figura 5.11 – Nos portões eletrônicos antigos era utilizado um sistema semelhante ao da figura, onde o motorista
abria o portão através de uma chave (não existia o controle remoto, como rotineiramente utilizamos hoje).
Disponível em: http://www.kap.com.br/pdf/br/kp_c_br.pdf
Exemplo 5.2 – Botão Comutador e botão duplo. A Fig. 5.12 mostra alguns exemplos de botoeiras que
fazem o papel de chave comutadora e de botão duplo.
(a) (b)
Figura 5.12 – (a) Botão comutador e (b) botão duplo. Fonte:
http://www.steck.com.br/brasil/downloads/maxbottom.pdf
Figura 5.13 – (a) Símbolos (padrão ABNT) para CFC NF e NA. (b) Exemplos de CFC com rolete (SIEMENS). Fonte:
www.siemens.com.br/medias/IMAGES/14121_20081111145533.jpg. (c) Exemplo de CFC com intertravamento. Fonte:
www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/seguranca-de-maquinas/fim-de-curso/Documents/Catalogo3SE5-final-capa.pdf
5.3 – Sinalizadores
O sinalizador sonoro tipo cigarra (Figura 5.15, o primeiro na sequência), é fabricado em plástico,
com grau de proteção IP 40 e alta resistência mecânica, elétrica e ao calor, sendo disponível nas tensões
de 24/48 V (CA/CC) até 110/220/380 V (CA). Atende as mais variadas aplicações que necessitam de
interface homem-máquina ou quaisquer tipos de equipamentos para transporte ou elevação.
Tabela 5.1.
Tabela 5.2.
Fonte: http://saladaeletrica.blogspot.com/p/comandos-eletricos.html
(a) (b)
Figura 5.16 – Botão luminoso. (a) Botão saliente. (b) Botão protegido. Fonte: Catálogo KAP Componentes
Elétricos. Disponível em http://www.kap.com.br/pdf/br/kp_c_br.pdf
Na instalação destas tomadas é importante criar um padrão para a conexão dos fios evitando-se
problemas com seqüência de fases e outros condutores.
A Tabela 5.3 e a Figura 5.18 mostram alguns detalhes técnicos do plug e da tomada para uma
ampla faixa de tensões (Fabricante: STECK).
As Figuras 5.19 e 5.20 mostram alguns aspectos de uma tomada industrial (desenhos). E,
finalmente, a Figura 5.121 mostra uma caixa de tomada industrial com os soquetes 3 x 16 A industriais.
(a) (b)
Figura 5.19 – Conector de 6 pontas com fio terra. (b) Conector macho e fêmea.
Fonte: Trabalho apresentado na área de manutenção para o Concurso Inova SENAI-2008, por André Vand’Or de Oliveira CFP
1.26 e Guilherme Gomes de Aquino Costa, CFP 1.33. Docente Orientador: Mauricio Gati Amaral. Disponível em:
http://revistaeletronica.sp.senai.br/index.php/seer/article/viewFile/57/34
Figura 5.20 – Tomada industrial – Vistas de perfil e explodida. Localização na carcaça de um motor.
Fonte: Trabalho apresentado na área de manutenção para o Concurso Inova SENAI-2008, por André Vand’Or de Oliveira CFP
1.26 e Guilherme Gomes de Aquino Costa, CFP 1.33. Docente Orientador: Mauricio Gati Amaral. Disponível em:
http://revistaeletronica.sp.senai.br/index.php/seer/article/viewFile/57/34
Figura 5.21 - Caixa de tomada industrial com os soquetes 3 x 16 Ampères industriais e extensão.
Fonte: http://portuguese.alibaba.com/product-cgs/industrial-outlet-box-with-3x16amp-industrial-sockets-215349137.html
Questão 1 – Comando com duplo sentido de rotação com inversão direta e temporizada.
A Figura 1 mostra um circuito de acionamento (chave de partida) de um motor CA trifásico, com
reversão, através de chaves de fim de curso.
a) Fechar as ligações pendentes e explicar a operação do acionamento.
b) Inserir no comando um relé de tempo, para que o motor, que aciona um portão eletrônico, só reverta a
rotação após 30 segundos.
a) Projetar um sistema de acionamento para controle de nível da caixa d’água de 1000 litros, para que no
modo 2 (AUT), com controle de nível máximo (chave S2, Figura 1) e de nível mínimo.
b) Sabendo-se que para completar o volume da caixa d’água são necessárias 2 horas, inserir também um
relé de tempo, caso a chave-bóia S2 falhar.
Figura 7.
Figura 8.
Um comando local para um acionamento é aquele onde o circuito de comando está muito
próximo do circuito de carga. No circuito da Figura 6.1, o contator K é acionado pela chave S3 (local). O
selo é fechado, garantindo a energização da bobina e a chave K fechada.
No comando à distância, a chave de acionamento (comando LIGA) também está em paralelo com
o selo do contator, mas está distante da carga acionada. Este acionamento é denominado de comando
remoto ou à distância.
Para citar alguns exemplos, equipamentos como bombas, exaustores, centrais de ar-
condicionado, aquecedores etc. podem ser controlados à distância, a partir de uma central instalada longe
dos mesmos, em uma sala de manutenção de uma indústria, em um painel de portaria de um condomínio
etc. Também podem ser controladas à distância a abertura e fechamento de válvulas solenóides em
tubulações de líquidos, em instalações prediais ou industriais, sendo ou não acopladas a uma central com
controles e sensores adicionais. (Fonte: http://www.comtron.com.br/quadros.htm).
Este tipo de partida não é recomendado para motores elétricos de grande porte, pois, como já foi
estudado no capítulo 2, a corrente de partida de um motor de indução quando ligado diretamente à tensão
da rede é 6 a 8 vezes maior do que a corrente nominal. Assim, outros métodos de partida são utilizados,
como: - partida estrela-triângulo, - partida por autotransformador (também chamada de compensadora) e
partida suave (soft-starter), por meio de eletrônica de potência (uso do inversor de freqüência).
Como foi visto no capítulo 2, é o campo magnético H, na condição de campo girante, que
determina o sentido de rotação do eixo de um motor trifásico. Tal campo girante é criado pela interação
das correntes de alimentação trifásicas (ação motora: injeta-se nos terminais do equipamento energia
elétrica e obtém-se no seu eixo energia mecânica).
Explicando em outras palavras, o campo girante, criado pelo enrolamento trifásico do estator,
induz tensões nas barras do rotor (linhas de fluxo cortam as barras do rotor) as quais geram correntes, e
conseqüentemente, um campo no rotor, de polaridade oposta à do campo girante. Como campos opostos
se atraem e como o campo do estator (campo girante) é rotativo, o rotor tende a acompanhar a sua
rotação. Desenvolve-se então, no rotor, um conjugado motor que faz com que ele gire, acionando a carga
(Fonte: Catálogo de Motores Elétricos WEG).
A chave reversora de comando manual tem o seu aspecto Figura 6.3 – Furadeira de Impacto, onde
ilustrado na Figura 6.4a. Possui três posições: direita (D), se trabalha com reversão de rotação.
desligada (0) e esquerda (E). Fonte: www.tramontina.com.br
(a) (b)
Figura 6.6 – (a) Chave reversora com posição (D) ajustada. (b) Chave reversora com posição (E)
ajustada. Fonte: Apostila de Máquinas e Comandos Elétricos – SENAI-SP. Disponível em:
http://www.ebah.com.br/apostila-maquinas-e-comandos-eletricos-pdf-a82379.html
Figura 6.7 – Diagramas de carga e de comando para a reversão MANUAL de rotação de um MIT.
Este tipo de comando é muito utilizado no acionamento de portões, conhecido como “portão
eletrônico”, onde, através de um controle remoto, o usuário abre e fecha o portão. O sistema de
acionamento define a partida, o tempo de parada (para a entrada/saída de veículos), o início da reversão e
o fechamento/desligamento do portão.
São utilizadas chaves de fim-de-curso, relés de tempo e outros dispositivos. Ver o EF 44: projeto
de um portão eletrônico.
EF - Exercícios de Fixação
Série 9
a) Alterar o diagrama de comando para o sistema da Figura 6.7 (reversão de rotação de um MIT), de
modo que o acionamento seja automático, com K1 acionando o MIT por 30 segundos, e após 10
segundos, o contator K2 aciona o MIT com reversão de rotação, por 30 segundos.
b) Após este tempo, liga-se de novo o MIT manualmente e o ciclo recomeça. É possível reiniciar a
operação do MIT automaticamente? Faça um projeto.
EF 44 – PROJETO 1
Para o projeto de um “portão eletrônico”
(Figura 6.10) acionado por um motor de
indução trifásico, pensou-se em utilizar os
seguintes componentes, nos diagramas de
comando e de carga: duas chaves de fim-
de-curso, duas botoeiras (1 NA e 1 NF),
cinco fusíveis Diazed, um relé térmico,
dois contatores (K1 e K2), um relé de
tempo, ajustado para 30 segundos (tempo
suficiente, no caso do motor acionando um
portão de garagem, para um veículo entrar
ou sair com segurança), e duas lâmpadas de
sinalização (para indicar portão em
movimento e motor em modo de espera,
antes de fechar). Projetar, desenhar e
explicar este sistema de acionamento,
desde a abertura até o fechamento do Figura 6.9.
portão eletrônico.
Para o acionamento de um motor Dahlander, deve-se seguir o padrão das ligações apresentado na
Figura 6.11. Repare no fechamento dos terminais 1U, 1V e 1W em um ponto comum (em curto-circuito).
Como mostram as Figuras 6.11 e 6.12, este motor possui em seu estator seis bobinas, combinadas de duas
formas: estrela/triângulo e dupla estrela.
Relembrando ...
Ocorre entre, pelo menos, dois motores. Por exemplo, sejam dois motores, M1 e M2, onde o objetivo
é ligar o motor M1 e após um determinado tempo, acionar o motor M2, sempre nesta ordem, utilizando um
relé temporizado. Logo, o segundo motor só é ligado se o primeiro estiver ligado, daí o nome de comando
condicionado ou subseqüente.
Na ligação subseqüente de motores, podemos acionar uma esteira, ponte rolante ou um sistema
automático industrial, a fim de desenvolver um produto determinado, mas sempre levando em conta que
o(s) motor (es) seguinte(s) só funciona(m) se o anterior funcionar.
A instalação representada na Figura 6.14 é constituída por duas correias transportadoras tendo ao
meio um moinho. É necessário que os motores entrem em funcionamento sucessivo pela seguinte ordem:
m1, m2 e m3. Explique o motivo:
E para desligar os motores? Qual deve ser desligado primeiro? Para evitar o acúmulo de
material nas esteiras e no moinho, é coerente a sequência: primeiro, desligar o motor m 3 (um sensor
pode ser utilizado – esteira 3 vazia). A seguir, após o moinho m2 esvaziar, desligar m2 e, finalmente, após
a esteira de m1 esvaziar, desligar m1.
Um diagrama de carga para o sistema da Figura 6.14 é apresentado na Figura 6.15. Note que há
um erro no sistema de proteção, pois somente um motor tem um conjunto de fusíveis para as fases de
alimentação, M2 e M3 ficam sem proteção individual. Um possível diagrama de comando para os três
motores, M1, M2 e M3 é apresentado na Figura 6.16.
Modo de operação:
Figura 6.17 – Esteira transportadora industrial de caixas, que após um processo, deslizam em uma rampa. Fonte:
http://3.bp.blogspot.com/_1Kz6dHKHAEU/S9VJo1v0AnI/AAAAAAAANWI/d5kr0RYfwag/s1600/8I04A_Briefzentrum.jpg.
EF45 – Modificar o diagrama de comando da Figura 6.15, de modo que o motor M2 seja ligado 10
segundos após o motor M1. O motor M3 só será ligado 20 segundos após M1. Os três motores deverão
ficar ligados durante 45 segundos e, decorrido este tempo, serão desligados.
EF46 – Para o sistema de esteiras mostrado na Figura 6.18, onde os motores M1 e M2 operam em modo
subseqüente, pede-se:
a) Descrever o funcionamento do sistema, de acordo com o que mostra a Figura 6.14 – são decorridos 15
segundos entre uma situação e outra.
b) Projetar um diagrama de comando temporizado para este sistema funcionar. Desenhar também o
diagrama de carga, onde M1 e M2 são motores de indução trifásicos.
EF47 – A Figura 6.19 mostra um circuito de acionamento (chave de partida) de um motor CA, utilizado
para abrir e fechar uma persiana.
a) Explicar o funcionamento do circuito e a função das chaves de fim-de-curso Q2 e Q3.
b) É possível temporizar o tempo de fechamento da persiana? Monte um diagrama de acionamento
temporizado.
Questão 1 – Descrever quais e a quantidade de dispositivos necessários para a manobra de dois motores,
onde um deve ter partida direta e o outro, partida com reversão. Descrever também qual a função de cada
elemento dentro do circuito.
Figura 1 – Questão 1.
Questão 3 – Um relé eletrônico do tipo TRE (Retardo na Energização) é aquele que ao ser energizado
(bobina A1-A2), não arma os seus contatos imediatamente. A partir daí, inicia-se a contagem do tempo t
(tRE) pré-selecionado na escala, após o qual o relé arma. Já um relé eletrônico do tipo TRD (Retardo na
Desenergização) é aquele que ao ser energizado (bobina A1-A2), arma seus contatos imediatamente. Ao
ser desenergizado inicia-se a contagem do tempo t (tRD) pré-selecionado na escala, após o qual o relé
desarma.
Projetar um sistema de acionamento (reversão de velocidade, comando subseqüente etc.)
empregando pelo menos um destes tipos de relé, onde as cargas são dois motores de indução trifásicos,
M1 e M2. Nota: deverá ser utilizada uma lâmpada de sinalização L1, que mostra os dois motores
funcionando juntos.
b) Desafio: elaborar um diagrama de comando para manobrar dois motores de modo que o primeiro pode
ser ligado de forma independente. O segundo pode ser ligado apenas quando o primeiro for ligado,
mas pode se manter ligado mesmo quando se desliga o primeiro motor.
Fonte: http://www.gerson.110mb.com/index_arquivos/Apostila2mca.pdf
Questão 5 – Seja o esquema da Figura 3, para o comando manual do Motor Dahlander. Completar as
ligações pendentes e descrever a sequencia do acionamento.
Questão 6 – PROJETO. Seja um elevador elétrico, como mostram os esquemas das Figura 4a e 4b. O
carro e o contrapeso são suspensos por cabos de aço que passam por polias, de tração e de desvio,
instaladas na casa de máquinas ou na parte superior da caixa. O movimento de subida e descida do carro e
do contrapeso é proporcionado pela máquina elétrica de tração, que imprime à polia a rotação necessária
para garantir a velocidade especificada para o elevador. A aceleração e o retardamento ocorrem em
- Projetar o acionamento completo (carga e comando) para este elevador, onde o mesmo é
deslocado verticalmente por somente dois andares.
- Prever para o movimento um sistema de parada utilizando chaves de fim-de-curso. Desprezar o
controle de velocidade (aceleração e frenagem).
Como sugestão de leitura, consultar o trabalho técnico “Controle de Elevador”, disponível em:
http://www.vargasp.net/download/livros/Contr_dig_de_elevador.pdf.
(a) (b)
Figura 4 – Esquema de um elevador elétrico. (a) Posicionamento dos componentes do elevador para projetos de
edifícios com casa de máquinas. (b) Layout dos componentes de um elevador sem casa de máquinas. Fonte:
http://www.atlas.schindler.com/manual_transporte_vertical_2008.pdf
Questão 7 – Uma ponte rolante é apresentada na Figura 5, com todos os motores necessários para a sua
operação: movimento da ponte na horizontal (motor M2), movimento do guincho na horizontal (motor
M1) e movimento do guincho na vertical (motor M3). Projetar um acionamento elétrico para este sistema,
prevendo os movimentos citados.
Figura 5 – Esquema de uma ponte rolante – movimentos dos motores e operador com controle remoto industrial.
Fonte: http://www.senai.fieb.org.br/img/infra/LogCADsticaeEMI-EMI-Ponterolante2004.gif
a) Identifique e corrija os erros que impedem este sistema de funcionar (partida e reversão de velocidade).
b) Inserir um comando automático onde o motor liga; após 10 segundos ocorra a reversão de velocidade e
30 segundos após ocorra o desligamento do sistema.
Questão 9 – PROJETO.
Questão 10 – PROJETO. Projetar um diagrama de comando para a ponte rolante mostrada na Figura 8
(e desenhar o correspondente diagrama de carga, para quatro motores), a fim de se implementar a
seguinte sequência de movimentos (ida e volta):
a) movimento horizontal na direção A-B, com dois motores atuando simultaneamente;
b) movimento horizontal na direção E-F, através de um só motor;
c) movimento vertical na direção C-D, com um só motor (levantamento e descida da carga pelo guincho).
Uma observação importante: prever a atuação de um relé térmico, caso a carga a ser controlada
seja acima de 500 kg.
Fazer a simulação utilizando o software CADE Simu.
Figura 8 – Sistema de uma ponte rolante com vários movimentos, na horizontal e na vertical.
Fonte: http://croaciamc.com.br/simula/ponterolante.swf
Ponte rolante: um dos equipamentos mais largamente utilizados para o manuseio de cargas
Para movimentar com segurança de um ponto a outro não existe um equipamento mais versátil.
Uma Ponte Rolante possui várias formas e é altamente adaptável em diferentes ambientes. A seguir temos
uma lista de razões pelas quais esta peça de equipamento é muito valiosa.
- Não existe a necessidade de liberar corredores. Uma ponte rolante pode mover-se em lugares onde
nenhum outro equipamento consegue chegar. Você já teve o caminho de suas empilhadeiras bloqueado e
foi obrigado a redirecionar mão-de-obra para poder liberar um corredor. Obviamente que com uma ponte
isto não aconteceria. Com uma botoeira independente ou mesmo com um controle remoto seu operador
de ponte pode desviar-se dos obstáculos e até mesmo manobrar a carga facilmente sem qualquer
obstrução. Você pode arrumar o pavimento da planta, com material exatamente onde este é necessário
sem preocupar-se com obstruir o caminho da carga em movimento.
- Espaço Livre no Pavimento. Seu pavimento estará livre porque os suportes da ponte não estão no
caminho. Normalmente o seu projetista irá fazer o design e posicionamento de colunas que esteja em
espaço adequado, alinhadas com as paredes do pavilhão ou acompanhando as colunas deste. Você pode
escolher uma ponte montada no topo das paredes (geralmente este projeto é feito já em conjunto com a
construção) ou pode levantar os suportes da ponte do solo. Algumas vezes o projeto é uma combinação
das duas coisas.
- Cargas mais pesadas. Cargas de alto peso podem ser manuseadas enquanto mantém-se o pessoal
trabalhando na planta fora do alcance da carga. Empilhadeiras requerem que o operador esteja muito
próximo da carga. Com uma ponte rolante o operador pode fixar a carga e afastar-se desta e do perigo
que um acidente, com alguns tipos de carga, poderia gerar. O Controle remoto facilita o serviço e
aumenta a segurança.
Uma ponte rolante pode trabalhar ao longo de toda a extensão da planta sem interrupções.
- Cobertura Completa. Sua planta inteira pode ser coberta sem nenhum ponto morto. Maior flexibilidade
quando se faz o design da área operacional.
- Custos operacionais baratos. Os custos operacionais das pontes são muito baixos. Desde tipos que não
requerem energia e são totalmente manuais até um sistema trifásico muito econômico. Não existem
necessidades de cargas em baterias ou tanques de combustível. Uma ponte rolante está sempre pronta
para o trabalho.
- Facilidade ergonômica. Uma das máximas da atualidade é ajudar o trabalhador em seu local. Pontes
Pequenas e ergonômicas em forma de cela substituíram o trabalhador movendo produtos manualmente e
permitindo que este levante um produto com um aparelho de suporte. Uma carga típica de 30 quilos pode
ser elevada pela ponte e o operador perceberá meio quilo de força. Quando uma ponte do tipo
“workstation” é equipada com ferramentas de levantamento customizadas o trabalho pode ser feito com
maior produtividade e os danos ao produto em si são largamente minimizados.
- Mão-de-obra diversificada. Com o uso de pontes seu grupo de trabalho pode incluir ambos os sexos,
tanto quando trabalhadores de constituição física mais frágil, que não poderiam ser designados para
trabalho manual pesado. Na medida que nossa mão-de-obra envelhece e inclui mais o sexo feminino,
uma ponte rolante torna-se ainda mais importante e um equipamento a ser seriamente considerado.
Fonte: http://ponterolante.co/vantagens-de-uma-ponte-rolante/
ZL Equipamentos Industriais e Projetos Ltda.
A ligação de um motor elétrico à rede de alimentação deve ser feita com base em recomendações
da concessionária de energia local e de normas técnicas. O objetivo é que todo o sistema funcione com o
máximo rendimento, e que a montagem do mesmo seja efetuada otimizando espaço, custo e
funcionalidade.
Existem duas maneiras de se ligar um motor elétrico: 1) partida direta e 2) partida indireta.
A partida direta, (ver o item 6.2), é aquela em que o motor é energizado com a tensão de
funcionamento desde o instante da partida (botoeira ligada). Apresenta como características a
simplicidade, a facilidade de instalação, o baixo custo e o maior conjugado de partida do motor.
Apresenta os inconvenientes:
1) a corrente de partida muito alta (cerca de 8 a 10 vezes maior do que a corrente nominal), o
que inviabiliza a sua aplicação com motores de potência elevada. Conforme determinações das
concessionárias de energia, é consenso adotar os limites de potência de 5 CV nas redes de 220
V/127 V e de 7,5 CV nas redes de 380 V/ 220 V;
2) pode ocasionar a uma elevada queda de tensão no sistema de alimentação da rede CA;
3) o sistema de proteção (cabos, contatores, fusíveis e disjuntores) terá que ser sobredimensionado,
ocasionando um custo elevado.
Este sistema consiste em reduzir a corrente de partida do motor, através da aplicação de uma
tensão inferior à nominal no instante da partida. Daí, a potência do motor fica reduzida e,
conseqüentemente, sua corrente de partida. Quando o motor atingir a rotação nominal, eleva-se sua tensão
de trabalho até o valor correto (ver dados de placa do motor). Assim, elimina-se o problema de corrente
de pico na partida.
Os sistemas de partida indireta são caros e complexos. Além disso, o motor não pode partir com
plena carga, pois a corrente é reduzida e também o conjugado. A redução que ocorre na corrente e no
conjugado é proporcional ao quadrado da tensão. Por exemplo: se a tensão for reduzida 2 (duas) vezes, a
corrente e o conjugado ficam reduzidos 4 (quatro) vezes.
Justifica-se o uso de partida indireta em um motor elétrico somente se houver a comutação correta
(na rotação nominal mudar para a tensão plena). Isto porque ocorrerá um segundo pico de corrente neste
momento, com um valor praticamente igual ao primeiro (corrente de partida), o que tornaria o sistema
sem função – veja a Figura 7.1. Tal comutação pode ser feita através de uma chave manual, acionada
diretamente pelo operador – que deve estar orientado/treinado para o sistema que supervisiona – ou
automaticamente por um relé de tempo.
Neste capítulo serão estudadas as chaves de partida: 1) Estrela/Triângulo, 2) Compensadora e 3)
chave para Motor de Indução com rotor bobinado (resistência rotórica), cuja função é reduzir as correntes
de partida elevadas, no caso de motores de elevada potência.
Vantagens:
é muito utilizada, devido ao seu custo reduzido;
não tem limites quanto ao seu número de manobras;
os componentes ocupam pouco espaço;
a corrente de partida fica reduzida para aproximadamente 1/3 da nominal.
Desvantagens:
a tensão de linha da rede deve coincidir com a tensão da ligação triângulo do motor;
se o motor não atingir 90 % da velocidade nominal no momento da troca de ligação, o pico de
corrente na comutação será quase como se fosse uma partida direta, o que não justifica o seu uso;
para ser possível a ligação em Y-Δ, faz-se necessário que os motores tenham a possibilidade de
serem ligados em dupla tensão (220 V / 380 V ou 380 V / 660 V ou 440 V / 760 V), além de
terem no mínimo, seis bornes de ligação.
• Através desta manobra o motor realizará uma partida mais suave, reduzindo sua corrente de partida em
aproximadamente 1/3 da que seria se acionado em partida direta. Daí ocorre a redução do torque de
partida, também em 33 %;
• logo, esta chave deve ser empregada em aplicações com conjugado resistente (conjugado de carga) de
até 1/3 do conjugado de partida, ou seja, deve ser utilizada quase que exclusivamente para partidas
sem carga (FRANCHI, 2007);
• durante a partida ocorre uma redução de tensão nas bobinas do motor. O motor parte em ligação Y,
com uma tensão de 58 % da tensão nominal;
• na partida Y-Δ no modo automático, a passagem de ligação Y para a ligação Δ é controlada por um
relé temporizador;
Figura 7.3 – Chave comutadora Y-Δ manual e conexões efetuadas em triângulo e em estrela.
Fonte: http://www.schneider-electric.com.br/images/datasheet/residential/Fort/fort_3.jpg
• um ponto importantíssimo em relação a este tipo de partida de motor elétrico trifásico, é que o
fechamento para triângulo só deverá ser feito quando o motor atingir pelos menos 90 % (noventa por
cento) de sua velocidade em RPM. Logo, o ajuste de tempo de mudança estrela-triângulo deverá
estar baseado neste fato. O uso de um tacômetro é essencial nesta tarefa na primeira ligação do
motor com carga. A mudança da configuração para triângulo sem que o motor tenha atingido este
percentual de rotação provocaria um pico de corrente praticamente igual ao que teria se usasse
partida direta. Caso o motor em questão não atenda a este quesito devido à carga acionada, é
indicado outro tipo de partida como por exemplo, chave compensadora, soft-start (partida suave) ou
um inversor de frequência nesta função;
Modo de operação:
- De acordo com o diagrama de acionamento (à direita, na Figura 7.4), ao se pressionar a botoeira S1,
energiza-se o contator K1, o que leva ao fechamento do seu respectivo selo. A lâmpada L1 se acende e os
contatos de força de K1 no circuito de carga à esquerda se fecham.
- Ao mesmo tempo, a bobina de K2 é energizada, seus contatos de força são acionados e a chave K2 NF se
abre no ramo de K3 (o que impede a energização da bobina deste contator). Deste modo, o motor está
operando na ligação ESTRELA.
- A chave S2 possui contatos intertravados (NA e NF). Ao se pressionar a chave S2 (ramo de K3), a chave
S2 NF no ramo de K2 é aberta, desfaz-se então a ligação Y. A chave K3 NF é aberta, o que impede de K2 e
K3 operarem juntos. O MIT opera então na conexão (contatores K1 e K3 acionados).
Figura 7.5 – Partida Y- semi-automática. (a) Diagrama de comando. (b) Diagrama de Carga.
Tomando como base o diagrama de carga apresentado nas Figura 7.6a, tem-se que: - o contator
K1 é utilizado para a conexão direta do motor 3 à rede elétrica; - o contator K3 efetua a conexão em
estrela; - o contator K2 efetua a conexão em triângulo.
A Figura 7.6b mostra a conexão dos contatores K1 e K2 para a operação em triângulo (1-6, 2-4 e
3-5 nos bornes do motor). Na ligação em triângulo, as correntes nos contatores K1 e K2 são IK1 e IK2,
respectivamente.
Figura 7.6 – (a) Diagrama de carga – partida estrela-triângulo. (b) Conexões para a operação em .
IL
I K1 I K 2 I I 0,58 I n
3
VF
Z (7.1)
IF
Assim, obtém-se:
VF VL V 3
Z L (7.2)
IF IL 3 In
Na conexão estrela, representada pela Figura 7.7, a corrente em cada chave do contator K3 é IK3,
obtida pela Equação (7.3):
Vn Vn
IY 3 3 I n 0,33.I
(7.3)
Vn 3 3
n
Z
In
Daí, I K 3 0,33.I n .
Como fica o conjugado do motor após a transição da conexão em estrela para triângulo?
Tendo que Vn é a tensão nominal de cada uma das fases do enrolamento do motor, o conjugado
desenvolvido pelo mesmo na conexão triângulo é obtido pela Equação (7.4).
T k .VL2 T k .VRede
2
2
Daí, o torque de partida, TY, é dado por: TY k .VF k . VL (Rede)
2
3
A Figura 7.8 mostra um aplicativo em Flash para simulação de uma chave de partida Y-. Tente
fazer o download do arquivo e simular a operação de partida (modo automático).
Verificar na simulação:
- os contatores que atuam na conexão em estrela;
- idem para a conexão em triângulo.
Esta chave de partida alimenta as bobinas do motor com tensão reduzida. Tal redução é feita
através da ligação de um autotransformador em série com as bobinas. Após a partida do motor, as suas
bobinas recebem a tensão nominal (FRANCHI, 2007).
Uma chave de partida compensadora é composta, na maioria dos casos, dos seguintes
equipamentos:
1) um transformador ligado em estrela;
2) três contatores;
3) um relé de sobrecarga;
4) três fusíveis retardados e
5) um relé de tempo.
Destina-se a máquinas que partem com conjugado tais como, bombas, compressores,
ventiladores, exaustores, etc.
- Partidas normais (< 10 s ).
- Para partidas prolongadas (pesadas) deve-se ajustar as especificações do contator, relé de
sobrecarga, condutores, etc.
A partida compensadora ou chave compensadora é utilizada para partidas sob cargas
de motores de indução trifásicos com rotor em curto-circuito, onde a chave estrela-triângulo é
inadequada. As normas técnicas e manuais de fabricantes preveem a utilização desta chave para motores
cuja potência seja maior ou igual a 15 CV.
Esta chave reduz a corrente de partida, evitando sobrecarregar a linha de alimentação. Mesmo
assim, o motor fica com conjugado suficiente para a partida. A tensão na chave compensadora é reduzida
através de um autotransformador trifásico que geralmente possui taps de 50 %, 65 % e 80 % da tensão
nominal.
Exemplo 7.1 – Chave compensadora com dois taps de ajuste, em modo automático
A Figura 7.8 mostra o diagrama de carga para uma chave compensadora com dois taps de ajuste
da tensão nominal: 65 % e 80 %. A Figura 7.9 mostra o respectivo diagrama de comando.
Figura 7.8 – Chave compensadora para um MIT com dois taps de ajuste.
Exemplo 7.2 – Chave compensadora com quatro taps de ajuste, em modo automático
A Figura 7.10 mostra outro exemplo de chave de partida compensadora. Estudar o diagrama de
comando da Figura 7.11 e descrever a sua operação. Há erros neste diagrama?
(a) (b)
Figura 7.10 – Chave compensadora para um MIT com quatro taps de ajuste.
(a) Diagrama trifilar. (b) Diagrama unifilar.
Pentrada Pi e Psaída Po Vo I o = Vi I i
A relação de espiras, N2/N1 será chamada de fator a (fator de redução da tensão da entrada).
Este fator será então, para tensão e corrente:
N 2 Vo I i
a= =
N1 Vi I o
De posse destas relações acima, encontra-se a redução percentual no Torque de partida do motor
submetido a este processo de partida.
Relembrando, o torque do motor é dado por T k .Vn2 ,
onde T é o torque do motor, k é uma constante do motor e Vn a sua tensão nominal (dados de
placa ou do fabricante).
Logo, temos um torque de partida nominal dado por: Tp ( n ) k p ( n ) .Vn2
Tp ( c ) k p ( c ) .Vc2 k p (c ) .(aV
. i )2 k p (c ) . a 2 .Vi 2
Tp ( c ) k p ( c ) . a 2 . Vn2 a 2 . k p ( c ) .Vn2 Tp ( c ) a 2 . Tp ( n )
Exemplo 7.3
Tp ( c ) a 2 . Tp ( n ) 0,52. Tp ( n ) Tp ( c ) 0, 25. Tp ( n)
Logo, o conjugado de partida compensado seria igual a ¼ do conjugado de partida nominal.
Por que é importante conhecer o conjugado da carga para a aplicação de uma chave
compensadora?
EF 49
A Figura 7.13 mostra um aplicativo em Flash para simulação de uma chave compensadora.
Tente fazer o download do arquivo e simular a operação de partida (modo automático).
Figura 7.13 – Simulação em Flash da Chave Compensadora (modo automático, com relé de tempo).
Fonte: http://www.eletrodomesticosforum.com/video_animacao/98-CHAVE-MAGNETICA-COMPENSADORA.exe
O diagrama unifilar de partida utilizando a chave compensadora é destacado na Figura 7.14, onde
há vários TAPs (ou derivações ou ainda pontos de tomada, à direita em zoom). Para o correto
entendimento deste circuito, será necessário compreender como funciona um autotransformador.
Figura 7.14 – Taps da chave compensadora. À direita, um zoom mostrando as derivações e correntes..
7.3.2.1 – O Autotransformador
A corrente I1, através da parte superior ou em série do enrolamento de N1 espiras, produz o fluxo
magnético 1. Pela Lei de Lenz, a corrente natural da parte inferior do enrolamento (de N2 espiras) produz
um fluxo oposto 2.
Portanto, a corrente I2 sai do enrolamento pelo TAP, identificado como ponto b no esquema da
Figura 15. A Figura 7.16 mostra a direção dos fluxos magnéticos 1 e 2.
V1 N1 N 2
a 1 (7.5)
V2 N2
V1 I 2
V1I1 = V2 I 2 = (7.6)
V2 I1
V1 I2
a 1 I 2 ( a 1)I1
V2 I1
Figura 7.17.
Chamando de N1/ o número total de espiras do primário (do ponto a ao c no circuito ao lado),
pode-se escrever:
V1 I 2 N1
a (7.7)
V2 I1 N 2
onde
N1 N1 + N 2 .
VS V
Z a n
IS IS
Vn V
k n (7.8)
In Is
N2 NS
Daí, k a , ajustado pelos taps do autotransformador.
N1 N e
Vn V
Da Equação (7.8), isolando a corrente Is, obtém-se: k n I S k .I n
In IS
Corrente no contator K2
Ps = Pe
Ou seja:
VS .I S Ve .I e
k .Vn .k .I n Vn .I K 2
I K 2 = k 2 .I n
Figura 7.19.
A corrente IK1 é a própria corrente nominal do motor, ocorrendo somente quando o contator K 1 é
acionado (operação com tensão plena).
Logo,
I K1 = I n
IS IK 2 + IK 3
I K 3 I S I K 2 k .I n k 2 .I n
I K 3 In . k k 2
I K1 = I n
I K 2 = k 2 .I n
I K 3 In . k k 2
I FT 1 I K 1 Figura 7.20.
A Tabela 7.1 apresenta o cálculo das correntes nos contatores K 2 e K3 para os seguintes valores
ajustados nos TAPs do autotransformador (FRANCHI, 2007).
Tabela 7.1 – Correntes nos contatores K2 e K3 a partir da relação de TAPs do autotransformador (FRANCHI, 2007).
TAPs do autotransformador
Fator de redução (K) Corrente IK2 Corrente IK3
(ajuste em % de Vn)
85 0,85 0,72 In 0,13 In
80 0,80 0,64 In 0,16 In
65 0,65 0,42 In 0,23 In
50 0,50 0,25 In 0,25 In
Este tipo de chave de partida com variação da resistência rotórica é utilizada e motores de rotor
bobinado, onde os terminais são acessíveis. Daí se consegue alterar a resistência do enrolamento de cada
fase, através da introdução de resistências externas, em série com o circuito do rotor.
A ligação destas resistências com o motor é efetuada através de três anéis coletores (veja a Figura
7.21). Desta ação se obtém (REZEK, 2010):
- diminuição e controle da corrente de partida;
- aumento do conjugado de partida e
- controle de velocidade.
O enrolamento trifásico deste tipo de motor é formado por um enrolamento trifásico construído
com condutores de cobre isolados e dispostos em ranhuras, formando as bobinas, conectadas em estrela.
Os terminais livres de cada enrolamento, como se vê na Figura 7.21, encontram-se ligados a um coletor
de anéis que fazem contato com a parte estatórica através de um conjunto de escovas de carvão grafítico.
A função do reostato de partida, ligado aos enrolamentos do rotor, é reduzir as correntes de
partida elevadas, no caso de motores de elevada potência (Figura 7.22).
(a)
R2 > R1 > R0
(b)
Como verificado nas curvas conjugado x rotação (C x s), Figuras 7.23a e 7.23b, a variação da
resistência do circuito do rotor tem um efeito bastante significativo nas características de partida do
motor.
Com o aumento da resistência do rotor, a velocidade diminui do ponto onde ocorre o conjugado
máximo. Entretanto, o conjugado máximo não altera o seu valor, como se observa na Figura 7.23b, pois
não depende da resistência do rotor. Assim, o conjugado máximo não muda, mas sim o ponto onde
ocorre.
Em resumo, pela Figura 7.23, quanto maior for a resistência do rotor, maior será o conjugado de
partida. Em contrapartida, valores baixos para resistências rotóricas causam pouca inclinação da curva na
região de operação. Verifica-se então que a rotação do motor varia pouco em relação rotação nominal,
qualquer que seja a carga.
O controle de velocidade através da variação de resistências não é muito indicado, pois acarreta
perdas ao sistema.
As Figuras 7.24 e 7.25 mostram, respectivamente, os diagramas de carga e de comando para uma
chave de partida que controla a inserção de resistências no circuito do rotor de um MIT.
Figura 7.24.
Figura 7.25 – Diagrama de comando para o MIT com rotor bobinado da Figura 7.24.
Questão 1 – Seja o esquema da Figura 1: diagrama de comando para um MIT no sistema de partida
estrela-triângulo (Y-).
a) Por que, no caso do motor partindo em estrela, ocorre uma redução da tensão nas suas bobinas? Em
termos percentuais, qual é esta redução? Demonstrar.
b) Onde é utilizada, na prática, a chave estrela-triângulo?
c) No esquema da Figura 1, qual é o contator responsável pelo fechamento das bobinas em triângulo?
Questão 2 (FRANCHI, 2007) – Mostrar com cálculos, que, na ligação do motor em estrela (Y), ocorre
uma redução do conjugado (torque) na partida do motor em 1/3 (33 %).
Questão 4 (FRANCHI, 2007) – Elaborar um diagrama de comando para uma Chave de Partida Y-
automática, utilizando relés de tempo, dos tipos TRE e TRD. O tempo de partida, de acordo com a carga
conectada ao motor, deverá ser de 500 ms (tempo para o motor atingir pelos menos 90 % (noventa por
cento) de sua velocidade em RPM). O motor deverá permanecer em regime permanente durante 30
segundos e, após este tempo, desligar.
“na partida por chave compensadora, o conjugado da máquina acionada e a corrente que
circula no enrolamento do motor ficam reduzidos por fatores correspondentes ao TAP (derivação) do
auto-transformador escolhido para a operação”.
Questão 6 – Que tipo de temporizador é indicado pelo diagrama da Figura 2? Explicar o seu
funcionamento, projetando um diagrama de acionamento apropriado.
Figura 2 – Questão 6.
Questão 7 – O esquema da Figura 3 diz respeito aos diagramas de carga e de comando de um motor de
indução trifásico (MIT) – método de partida em Estrela-Triângulo.
Figura 3 – Questão 7.
Figura 4 – Questão 8.
Questão 9 – A partida automática com autotransformador (chave compensadora) permite que o motor
inicie a sua operação com tensão reduzida. Após um certo tempo, previsto e ajustado, permite que o
motor passe a operar com a tensão plena. Isto dá a este método, em relação à partida manual duas
vantagens:
Para o diagrama de comando da Figura 5a, observar se há erros que comprometem o comando do MIT da
Figura 5b. Corrigir os eventuais erros e refazer o diagrama de comando.
Figura 6 – Diagrama de carga de um MIT para partida em estrela-triângulo com reversão de rotação.
(a) (b)
Figura 7 – MIT acionado por uma chave compensadora. (a) Diagrama de Carga. (b) Diagrama de comando.
8 MOTOR MONOFÁSICO
8.1 – Motor monofásico - princípio de funcionamento e componentes
8.1.1 Para definir de uma maneira objetiva um motor monofásico (MM), bastaria mencionar que este é
uma versão simplificada de um motor trifásico, pois há somente uma bobina ou um enrolamento
estatórico distribuído. A Figura 8.1 apresenta duas versões de motores monofásicos.
(a) (b)
Figura 8.1 – (a) Motor monofásico, utilizado exclusivamente para aplicações didáticas (baixa potência). Disponível em:
www.delorenzogroup.com/dl/altri/portoghese/eurolab/euro_por06.pdf. (b) Torno industrial, equipado com motor monofásico
de 220 V. Fonte: http://www.dmitaliasrl.com/it/Scheda_prodotto/Foto/Tornio_BVB25L3.jpg.
Os motores elétricos monofásicos, de um modo geral, constituem uma alternativa quando não se
dispõe da rede elétrica trifásica. Esta é uma situação que ocorre na zona rural, onde, em algumas
comunidades só existe a rede monofásica, em 110 V (derivada através do transformador bifásico com
secundário de 220 V).
Pelo fato de possuírem apenas uma fase de alimentação, não há a formação do campo magnético
girante, característica principal dos motores trifásicos. Daí não ocorre o conjugado de partida, pois no
rotor é induzido um campo magnético alinhado com o campo magnético do estator.
A fim de solucionar o problema da partida do motor monofásico, são utilizados enrolamentos
auxiliares de partida, dimensionados e posicionados de forma a criar uma segunda fase fictícia, o que
permite a formação do campo girante para a partida. Em decorrência, o motor monofásico é sempre
maior e mais caro que o trifásico, para uma mesma potência, e requer uma maior manutenção.
A partida é dada por meio de um enrolamento auxiliar ao qual é ligado um capacitor em série
com a bobina (chamado de capacitor de partida), que provoca um defasamento da corrente, fazendo o
motor funcionar como bifásico. Um dispositivo centrífugo (chave mecânica) em série com o capacitor
de partida desliga o enrolamento auxiliar após o motor ter atingido uma certa velocidade (veja as
Figuras 8.2a e 8.2b).
Pela inclusão do capacitor de partida (capacitor start) em série com o enrolamento auxiliar de
partida, é criado um ângulo de defasagem entre as correntes dos enrolamentos principal e auxiliar,
elevando o torque de partida (o ângulo de fase da corrente do enrolamento auxiliar é colocado em
avanço de fase de 90 graus, relativamente à corrente no enrolamento principal). Como os dois
(a) (b)
Figura 8.2 – Enrolamentos de um motor monofásico.
A Figura 8.4 mostra a formação do campo magnético pulsante para duas fases (defasadas de 180
graus) atuando. O campo magnético resultante no motor não é girante.
Os motores monofásicos não partem por si só, quando alimentados por uma tensão alternada,
visto que não há a formação do campo girante, como ocorre nos trifásicos. A Figura 8.5 apresenta a
formação do campo magnético devido a uma só fase (rede senoidal monofásica).
Como se vê, este campo é pulsante e tem sempre a mesma direção, não permitindo então a
indução de correntes significativas nos enrolamentos do rotor.
Figura 8.5 – Campo magnético pulsante, Bp, gerado pela alimentação senoidal,
aplicada aos terminais do motor de indução monofásico.
Pode-se criar um método de criação de um segundo campo magnético, com uma defasagem de
90 graus em relação à alimentação. Surge então um sistema bifásico, com a conseqüente formação de
um campo magnético girante, capaz de provocar a partida do motor, como mostra a Figura 8.6.
1) apresentam maiores volume e peso para potências e velocidades iguais (em média 4 vezes); em
razão disto, seu custo é também mais elevado que os de motores trifásicos de mesma potência e
velocidade;
2) necessitam de manutenção mais apurada devido ao circuito de partida e seus acessórios;
3) apresentam rendimento e fator de potência menores para a mesma potência (ver a Tabela 8.1) - em
função disso apresentam maior consumo de energia (em média 20% a mais).
4) possuem menor conjugado de partida;
5) são difíceis de encontrar no comércio para potências mais elevadas (acima de 10 CV);
6) apresentam rendimento e FP menores;
7) alcançam apenas 60 a 70 % da potência do motor trifásico do mesmo tamanho;
8) não é possível inverter diretamente o sentido de rotação dos motores monofásicos.
São destinados apenas a um valor de tensão. Neste tipo de motor não é possível a reversão do
seu sentido de rotação. Exemplos: motores de pequenas bombas d’água, motores de ventiladores
grandes para o meio rural etc.
Opera com dois valores de tensão: 110 V e 220 V. Não é possível inverter o sentido de rotação.
Esquemas (alimentação no painel frontal de ligações): ver a Figura 8.7.
(a) (b)
Figura 8.7 – (a) Ligação em 110 V (bobinas em paralelo). (b) Ligação das bobinas em 220 V (conexão série).
A F1 A
F 1 2 1
Este tipo de motor monofásico permite dois tipos de alimentação diferentes, uma o dobro da
outra (110 V e 220 V), como no motor de 4 terminais.
Inversão de
sentido de rotação
Conexão série (220 V)
Inversão de
sentido de rotação
Conexão Paralelo (110 V)
(a) (b)
Para que haja inversão (ou reversão) na rotação do eixo, basta inverter a ligação dos bornes 5 e 6
do enrolamento auxiliar para com os terminais do enrolamento principal, o que garante a inversão do
sentido da corrente e, obviamente, do campo magnético em uma das bobinas.
Para o MM alimentado em 110 V ou 127 V, a reversão será mostrada na Figura 8.11, de acordo
com a atuação dos contatores K1, K2 e K3. Na primeira situação (Figura 8.11a), os bornes 1 e 3 e 2 e 4
estão ligados no painel do motor. O contator K1 liga estes bornes à fase e ao neutro (rede de alimentação
CA). O enrolamento secundário ou auxiliar ainda não foi ligado. Com K 3 ligado, os bornes 5 e 6 são
ligados à rede de 127 V (Figura 8.11b). Ocorre a partida do motor monofásico.
(a)
Contator K1 e K3 acionados:
(b)
Contator K1 e K2 acionados:
(c)
Figura 8.11 – Partida do motor monofásico alimentado em 127 V. Sequência de operação dos contatores.
Reversão de rotação
Para ocorrer a reversão de rotação, o contator K3 deve ser desligado e o contator K2 ligado, para
haver a troca entre os terminais do enrolamento auxiliar e do enrolamento principal (5 liga com 4 e 6
liga com 3) – Figura 8.11c.
Mas, deve ser observar que: esta troca só deve ser feita com a parada do motor (contator K3
desligado), pois não se garante que, ao ligar o contator K2, o contator K3 esteja desligado (mesmo
havendo intertravamento entre os ramos de K2 e de K3), podendo ocorrer um curto-circuito fase-neutro.
Para garantir um intervalo de tempo entre a abertura de K3 e o fechamento de K2, recomenda-se o uso de
um relé de tempo.
Respeitando-se este critério, o motor agora funciona comandando por K1 e K2, e com reversão
de rotação - Figura 8.11c.
Resumindo:
Contatores K1 e K3 – o motor gira em sentido horário (anti-horário).
Contatores K1 e K2 – o motor gira em sentido anti-horário (horário).
O mesmo raciocínio empregado no acionamento em 127 V vale para o acionamento em 220 V.
A Figura 8.14 mostra uma das muitas aplicações de um motor monofásico: acionamento de uma
betoneira (na área de construção civil), para mistura de massa de concreto. O motor opera com tensões
de 110 V e 220 V, 60 Hz. O tambor da betoneira pode girar em até 26 RPM (rotações por minuto).
I Interruptor centrífugo
Enrolamento
V Enrolamento de arranque
principal
C Rotor
Figura 1.
Questão 3 – Citar as características do motor monofásico de fase dividida (split phase). O torque de
partida deste motor é elevado? Desenhar a curva C x n.
Questão 4 – Representar os enrolamentos do motor monofásico, para conexão em 110 V (ou 127 V) e
para conexão em 220 V.
Questão 5 – Quais são as características do motor universal? Quais são as suas aplicações?
Questão 7 – Projetar um diagrama de comando em modo automático para o motor monofásico cujo
diagrama de carga é o da Figura 8.12. A sequência do acionamento dos contatores será a seguinte:
VCA
B
Reservatório
superior
BOMBA
LIGADA
Eletronível 2
Posição das chaves Bomba
microswitch nas de água
(elétrica)
boias eletronível
Eletronível 1
Eletronível 2
A
Reservatório
inferior
Eletronível 1
(a)
Bóia eletronível virada para baixo Bóia eletronível virada para cima
Fio a conecta-
Fio b conecta- a se ao fio b a
se ao fio c b b
c c
Peso
a a
b b
c c
Peso
Posição dos contatos Posição dos contatos
na chave microswitch na chave microswitch
(b)
Figura 2 - (a) Esquema elétrico de um sistema automático que liga/desliga uma bomba d’água elétrica usando chave-bóia para
medição de nível. Fonte: http://www.sociedadedosol.org.br/agua/blts_h2o/imagens/reletro6.jpg. (b) Chave-bóia: modo de
operação.
Para fazer o liga/desliga automático de uma bomba elétrica (ou moto-bomba) é necessário um
conjunto de componentes associados entre a bomba e a rede elétrica. O liga/desliga da bomba será feito
segundo uma leitura do nível da água de dentro do(s) reservatório(s). Para fazer essa leitura, usa-se bóia
eletronível, ou sensor de nível (micro-bóia que comanda uma micro chave elétrica tipo microswitch).
A bóia eletronível contém no seu interior uma chave microswitch, que abre ou fecha os contatos
conforme a posição que a bóia estiver virada (para cima ou para baixo). No cabo que é presa essa bóia,
contém no seu interior três fios (a, b e c) ligados nos contatos a, b e c. da chave microswitch, e para
ajustar o nível de água desejado dentro do reservatório, usa-se um peso ajustável e preso nesse cabo para
determinar os pontos exatos em que deve-se ligar ou desligar a bomba.
Observação importante: se for usar a bóia de nível em bomba com motor trifásico, ou
monofásico maior que 1 HP em 127V ou 2 HP em 220V, deverá instalar um contator (tipo de relê com
chave contatora acionada pela bóia de nível). Isso é importante para não haver a queima do motor ou
dos contatos da chave microswitch de dentro da bóia eletronível. Para o caso do micro-sensor, o uso do
contator é obrigatório para ligar/desligar qualquer tipo de carga (bomba, lâmpada, etc.).
1. Tensão senoidal – equações e parâmetros: T = 1/f (período em s) e f = 1/T Relações Trigonométricas e aplicações:
v(t) = Vmax .sen (ωt + ) , onde: = 2f, (freqüência, em Hz) sen x = cos (x – 900)
cos x = sen (x + 900)
frequência angular [rads/s] e = ângulo de defasagem = t = (2/T).t [rad]
entre dois sinais, onde > 0: sinal adiantado e < 0: tan x sen x cos x
180o
sinal atrasado. Graus rad Se v(t) = Vmax .sen ( ):
v(t) v(t)
I = V/R [A] e P = VI [W] sen ( ) = sen 1
Valor eficaz: VRMS = Vef = Vmax 2 Vmax Vmax
3. Potência Elétrica, Fator de Potência e Rendimento Fator de potência - rede 3: F .P. cos P (kW ) 1000 3.VL .I L
Potência em Watts, conhecida a sua potência em - Carga Resistiva: cos = 1
- Carga Indutiva: cos atrasado (a corrente está atrasada da tensão).
Cavalo-vapor.............. P(W) = P(CV) x 736
- Carga Capacitiva: cos adiantado (a corrente se adianta da tensão).
Potência elétrica – ligação trifásica (3).
RENDIMENTO do motor (): Po (W ) P (CV ) 736
P 3.S . cos 3.VL .I L . cos 3R.I L2
Pi (W ) 3.VL .I L .cos
Kn
(1) I L 3 I F (2) VL = VF (1) IL = IF (2) VL 3 VF Bobina contatos principais contatos auxiliares
6. RELÉS DE TEMPO - (a) Relés TRE (ao trabalho, com retardo na energização) e (b) TRD (ao repouso, com retardo na desenergização).
vA1-A2
vA1-A2
(bobina)
(bobina)
(a) (bobina) t (b) (bobina)
vcontatos t
vcontatos
vcontatos
vcontatos
vcontatos
t vcontatos
t
7. SIMBOLOGIA – Dispositivos de manobra, proteção e comando.
Tabela 1 - Simbologia dos principais dispositivos empregados em diagramas de comando e de carga, segundo as Normas ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas). Podem ser apresentados também símbolos em outras normas, como as normas DIN (alemã) e ANSI (americana).
FT1
DIN DIN
Bobina Relé térmico ou de Lâmpada de
Motor de 6 eletromagnética, sobrecarga (circ. de Fusível
Chave NA Chave NF sinalização
terminais (normalmente fechada) geral (do contator) carga 3f.)
(normalmente aberta)
Relé térmico
(exemplo de chave
NF no circuito de
comando) S0 S1
Relé de tempo TRE Relé de tempo TRD Comando
(retardo para energizar (retardo para desligar ou Chave do relé manual (botoeira Comando manual
Disjuntor ou operar, ou AO desenergizar, ou AO de tempo DESLIGA) (botoeira LIGA)
monofásico TRABALHO) REPOUSO)
Elaboração:
Aula Prática 1
ACIONAMENTO DE LÂMPADAS E MEDIÇÃO DE CORRENTE E TENSÃO EM 127 V
1.1 – Objetivos
1.1.1 - Apresentação do laboratório e das normas técnicas de funcionamento e de segurança; 1.1.2 - montagem de
circuitos série e paralelo de lâmpadas incandescentes; 1.1.3 - medição da tensão e da corrente eficaz nos elementos
do circuito.
1.2 – Procedimentos
a) Montar o circuito da Figura 1.1, onde Q1 é um disjuntor monofásico e as lâmpadas são incandescentes.
Figura 1.1 – Lâmpadas alimentadas em série. Figura 1.2 – Lâmpadas alimentadas em paralelo.
1.3.1 – Calcule, para os dois circuitos montados, a potência dissipada pelas lâmpadas. Obs.: P = VI.
Cálculos:
1.3.2 – A soma das potências dissipadas nas lâmpadas é igual à potência entregue às mesmas pela fonte
de tensão monofásica? Justifique.
Leitura Dinâmica
Aula Prática 2
Na Figura 2.1, a chave S1 é um interruptor simples. Pode ser utilizada também uma chave NA,
normalmente aberta, como ilustrado na Figura 2.2 – verifique este tipo de chave também.
A lâmpada é de 220 V, com potência nominal de _________ W (verificar, se disponível a
indicação na lâmpada).
Figura 2.1 – Montagem 1: acionamento de Figura 2.2 – Montagem 2: uso de uma botoeira
uma lâmpada com um interruptor simples. NA para acionar a lâmpada em 220 volts.
a) Desenhar no espaço da Figura 2.3 o circuito da Figura 2.2 com um amperímetro para medição da
corrente na lâmpada.
b) Conferir as ligações juntamente com o professor/técnico e então energizar o circuito.
MEDIÇÕES:
Tensão na lâmpada = _________ V. Corrente na lâmpada: _________ A.
2.2.1 - Seja o circuito da Figura 2.4, onde as lâmpadas são de 220 V. Completar as ligações em linha
pontilhada, a fim de que as lâmpadas sejam conectadas em triângulo. Representar também no circuito a
conexão do (s) voltímetro (s) e do (s) amperímetro (s), para medição das tensões e correntes, de linha e de
fase.
2.2.2 - Neste tipo de ligação, de acordo com a alimentação disponível no laboratório, cada lâmpada recebe
uma tensão de (preencher a Tabela 2.1):
2.2.3 - A corrente de linha é igual à corrente de fase? Justifique e faça as medições, tomando como base
as fases R e S.
2.2.5 – Medir a tensão de linha e a tensão de fase, por exemplo, na fase R e fases RS:
2.3 – Questões
2.3.1 – Qual é a vantagem do uso da botoeira em relação ao uso de uma chave do tipo interruptor
simples?
2.3.4 – Onde é utilizado o fusível diametral (Diazed)? Em que faixa de valores de corrente ele atua? Faça
o esboço deste tipo de fusível.
Esboço:
Aula Prática 3
CONTROLE DE CARGA UTILIZANDO
CONTATOR E RELÉ DE TEMPO
3.1 - Procedimentos
a) Montar inicialmente o diagrama de comando da Figura 3.1b. Ajustar para o relé KT1 um tempo de 10 s
(ver o esquema de ligação de sua chave na Figura 3.2). Conferir as ligações juntamente com o
professor/técnico e então energizar o circuito.
(a) (b)
Figura 3.1 – Diagramas de carga (a) e de comando (b) para o acionamento de uma lâmpada.
d) Montar o diagrama de carga da Figura 3.1a. No lugar de um fusível é utilizada uma chave disjuntora
monopolar (Q1). L1 pode ser uma lâmpada de 127 V (ligada entre fase e neutro) ou uma lâmpada de 220
V (ligada entre duas fases). Conferir as ligações juntamente com o professor/técnico e então energizar o
circuito. Descrever o seu funcionamento.
e) Inserir uma lâmpada L2 em paralelo com L1, de modo que L2 seja ligada com o desligamento de L1.
Desenhar o novo esquema do diagrama de comando e energizar o circuito. Explicar o seu
funcionamento.
Esquema:
Funcionamento:
a) Montar primeiramente o diagrama de comando da Figura 4.1b. Após a montagem, conferir as ligações
do circuito com o professor ou o técnico de laboratório e colocar o mesmo em funcionamento.
Observação: na Figura 4.1a, Q1 representa um disjuntor tripolar, substituindo os fusíveis F1, F2 e F3.
3~ 60 Hz 220 V
(a) (b)
Figura 4.1 – (a) Diagrama de Carga ou principal. (b) Diagrama de Comando (auxiliar ou funcional).
d) Medir a corrente e a tensão de linha e a rotação do MIT. Anotar os valores medidos na Tabela 1.
e) Alterar o diagrama de comando do MIT (faça o desenho do novo diagrama de comando no espaço da
Figura 4.2 a seguir), através das seguintes funções:
- inserir uma lâmpada de sinalização indicando motor em operação;
- inserir um relé de tempo (KT1) para desligamento automático do MIT em 10 segundos.
Figura 4.2 – Diagrama de Comando (ou auxiliar) para uso de lâmpada de sinalização e de relé de tempo.
4.2 – Questões
4.1 – Calcular a potência do MIT de 6 terminais, utilizando os dados medidos. Usar o FP (fator de
potência) nominal dado na placa do motor.
4.2 – O que muda com a conexão do motor em estrela? Calcular, em função dos valores medidos
anteriormente, as tensões de linha e de fase e a corrente de linha.
Aula Prática 5
PARTIDA DE UM MOTOR ELÉTRICO COM
COMANDO DIRETO E INTERMITENTE
Tendo como base os diagramas da Figura 5.1a e 5.1b, completar as linhas para acionamento do
MIT (ligado em estrela) ou do Motor Dahlander (ligado em baixa velocidade).
(a) (b)
Fig. 5.1. – Diagramas de carga (a) e de comando (b) de um MIT.
c) Interromper o motor utilizado pelo relé térmico, explicando a sua atuação no circuito (verificar a sua
atuação através do botão AUTO-HAND).
5.3 – Exercício
Completar os diagramas de comando e de carga do sistema com 2 motores da Figura 5.2, de modo que o
motor M2 seja ligado 30 segundos após o motor M1.
Aula Prática 6
PARTIDA DIRETA DE UM MIT COM
REVERSÃO TEMPORIZADA
a) Sejam os diagramas da Figura 6.1. Completar as linhas do diagrama de carga e explicar a sequencia
de atuação dos contatores K1, K2 e K3 (utilize o verso ou uma folha à parte). Ajustar o relé de tempo
para 10 s, conferir as ligações com o professor e energizar a bancada.
(a) (b)
Figura 6.1 – Diagramas de carga (a) e de comando (b).
(a)
(b)
Figura 6.1b – Diagrama de comando Figura 6.2 – (a) Aspecto de um portão eletrônico, utilizado em
portões de garagem, principalmente residencial. (b) Motor elétrico
Para uso em um portão eletrônico. utilizado – veja a engrenagem que move o portão4.
4
Fontes: http://casaconstruida.com/wp-content/gallery/portao-eletronico/portao-eletronico-14.jpg e
http://images02.olx.com.br/ui/5/84/48/1270729312_86697648_2-Portao-eletronico-portoes-eletronicos-3332-3689-Curitiba-1270729312.jpg
Acionamentos e Comandos Elétricos CEFET-MG
224
6.3 – Projeto: – Estrutura de um Pórtico Rolante – Controle de Movimentos
A Figura 6.3 mostra a estrutura de um pórtico rolante, onde quatro motores elétricos são
acionados – ver simulação online em http://croaciamc.com.br/simula/porticomanual.swf.
No controle ilustrado, as botoeiras B1 e B2 acionam os motores M1 e M2 (movimento do
conjunto do pórtico rolante nos trilhos). Para o movimento horizontal e vertical do guincho (motores M3
e M4), são acionadas, respectivamente, os pares de botoeiras B3/B4, e B5/B6.
B6
B5
B4
B3
B1
B2
PROJETO:
1) os motores M1 e M2 sejam acionados pela botoeira B5, para um movimento de 10 segundos, a partir
do início dos trilhos (início do curso).
2) Decorrido este tempo, após um intervalo de 10 segundos, o pórtico rolante é movimentado até o fim de
seu curso.
Aula Prática 7
RELÉ ELETRÔNICO TEMPORIZADOR APLICADO
NA PARTIDA E NA SINALIZAÇÃO DE UM MIT
Sejam os diagramas da Figura 7.1, onde o relé RT1 é um relé eletrônico temporizador,
comandando as chaves de saída A (15-16-18) e B (25-26-28). RT1 pode ser um relé em modo cíclico.
(a) (b)
Figura 7.1 – Diagramas de carga (a) e de comando (b). Relé temporizador: comando e sinalização de um MIT.
Para um relé eletrônico do tipo CÍCLICO, na Figura 7.2 são apresentadas as formas de onda das
saídas A e B. Seja, como exemplo, o relé RTW CI (WEG). O seu dial superior determina o tempo t ON em
que os contatos permanecem acionados, enquanto que o dial inferior determina o tempo tOFF em que os
contatos permanecem desacionados.
b) Seria possível utilizar as chaves A e B do relé cíclico para comandar um processo de reversão de
rotação no MIT? Justifique.
c) Montar o diagrama de carga para acionar o MIT, ligado em estrela, ou um motor Dahlander. Observar
o que ocorre e descrever o acionamento completo.
Elaborar, a partir do diagrama de comando da Figura 7.1, um projeto para acionar os 4 motores da
ponte rolante da Figura 7.3 – veja, no detalhe à direita, um perfil do controle remoto do operador.
Sentidos de movimento da ponte rolante, de acordo com os motores utilizados (M1 a M4):
M1 e M2 acionados conjuntamente: movimento horizontal, nos sentidos AB e BA.
M4: movimento vertical (sentido CD e DC).
M3: movimento horizontal (sentidos EF e FE).
Sejam as formas de onda da Figura 7.4, de um relé RT1 - relé eletrônico temporizador -, onde as
suas bobinas acionam as chaves de saída A (15-16-18) e B (25-26-28).
O dial superior do relé RTW CI (WEG) determina o tempo tON em que os contatos permanecem
acionados, enquanto que o dial inferior determina o tempo tOFF em que os contatos permanecem
desacionados.
MONTAGEM EXTRA
Inserir no diagrama de carga da Figura 7.1 um relé de proteção contra falta de fase.
As conexões são indicadas na Figura 7.4c.
As conexões L1, L2 e L3 apresentadas na Figura 7.3c devem ser conectadas às fases R, S e T da
rede elétrica;
A chave NA do relé de FF deve ser utilizada para interromper o diagrama de comando no caso da
falta de uma fase.
No diagrama de carga, este instrumento deve ser representado como visto na Figura 7.5.
Figura 7.4 – Relé de falta de fase – Fabricante: WEG Equipamentos Elétricos S.A. (a) e
(b) Vista do painel do dispositivo. (c) Esquema de ligação nos diagramas de carga e de comando.
Aula Prática 8
COMANDO CONDICIONADO DE CARGAS
O comando condicionado de cargas é aquele onde só é possível acionar mais de uma carga se a
primeira (e anterior, se forem mais de duas cargas) estiver (em) acionada(s). Este tipo de acionamento é
muito utilizado em processos industriais onde, por exemplo, uma esteira só é acionada se uma unidade de
produção de bebidas estiver abastecendo a mesma.
Seja o diagrama de comando da Figura 8.1, onde K1 e K2 são contatores que comandam duas
cargas (motores M1 e M2, ou motor M1 e lâmpada L1, por exemplo).
b) Montar este diagrama para acionar 2 (dois) motores trifásicos, ou um motor trifásico e uma lâmpada.
Um relé eletrônico do tipo TRE (retardo na energização) é aquele que ao ser energizado (bobina
A1-A2), não arma os seus contatos imediatamente. A partir daí, inicia-se a contagem do tempo t (tRE) pré-
selecionado na escala, após o qual o relé arma. As suas formas de onda (energização e resposta dos
contatos) podem ser vistas na Figura 8.2a.
PROJETO
Projetar um sistema de acionamento onde estes tipos de relé são empregados, e as cargas são dois motores
de indução trifásicos, M1 e M2 e é utilizada uma lâmpada de sinalização L1, que mostra os dois motores
funcionando juntos.
Aula Prática 9
MONTAGEM DE CHAVE DE PARTIDA MANUAL E
AUTOMÁTICA PARA UM MOTOR DAHLANDER
A Figura 9.1 apresenta os diagramas de carga e de comando para a partida manual do motor
Dahlander. Completar as ligações pendentes.
O motor Dahlander possui um enrolamento especial, com dois tipos de conexões, o que
possibilita alterar o número de pólos. Daí é possível se obter duas velocidades distintas, sempre com
relação 1:2, pois a velocidade depende, além da freqüência da fonte de alimentação CA, também do
número de polos, pela equação n = 120.f/p [RPM].
a) Com base nos diagramas da Figura 9.1, com as ligações pendentes completadas e conferidas, montar
primeiramente o diagrama de comando, para acionamento dos contatores K 1, K2 e K3. Conferir a
montagem com o professor e energizar as ligações.
Fazer uma análise do diagrama de carga, sincronizado com o diagrama de comando. Responder:
a.2) Que contatores comandam o motor em baixa velocidade?
b) Montar o diagrama de comando, observando a conexão dos bornes do motor Dahlander, para baixa e
alta velocidade – Figura 9.2.
L1 L2 L3
Painel de ligações Painel de ligações
baixa rotação alta rotação
(v1) v2 = 2.v1
L1 L2 L3
c) Energizar a montagem após conferir as suas ligações. Medir com um tacômetro digital as velocidades
baixa e alta.
n1 = ______________ RPM.
n2 = ______________ RPM.
a) Um diagrama de comando automático para o motor Dahlander é mostrado na Figura 9.3a (com
conexões pendentes). Analisar e completar estas ligações, bem como no diagrama de carga da Figura
9.3b (veja novamente a Figura 9.2, conexões dos bornes do motor Dahlander).
c) Montar o diagrama de comando, ajustando para o relé de tempo 10 segundos. Efetuar o teste do mesmo
após conferir as ligações.
Aula Prática 10
MONTAGEM DE CHAVE DE PARTIDA
ESTRELA-TRIÂNGULO SEMI-AUTOMÁTICA
10.1 – Montagem
Figura 10.1 – Partida Y- semi-automática. (a) Diagrama de comando. (b) Diagrama de Carga.
Após a montagem e verificação, utilizar um VOLTÍMETRO para medir a tensão em uma das
bobinas do MIT, nas conexões em ESTRELA e em TRIÂNGULO, e um AMPERÍMETRO-ALICATE,
para medição da corrente de linha, seguindo o roteiro:
Figura 10.2 – Motor de 6 terminais (a): formação das conexões em estrela (b) e em triângulo (c).
Primeiramente, ajustar a chave do multímetro para leitura de TENSÃO CA, no maior calibre
(recomenda-se maior de 300 V).
Para a medição de VFN (tensão fase-neutro), um terminal do voltímetro deverá ser ligado em um
dos pontos de entrada da conexão Y (ponto 1, Figura 10.2b, por exemplo, para medição na bobina 1-4) e
o outro terminal no “ponto de neutro” – ponto 4, por exemplo.
Quando da mudança de conexão de Y para , a bobina 1-4 recebe a tensão de linha (fases R e S
conectadas, Figura 10.2c). Nesta conexão o voltímetro mede tensão de linha, VFF.
- Medições:
IK1 (partida em estrela): ______ A. Figura 10.3 – Correntes nos contatores (partida em Y).
VF em Y
e VL em
v
IK2 (Y)
IK3 ()
Figura 10.4 – Representação do voltímetro para leitura da tensão de fase (na ligação em Y) e de linha (na ligação em ).
Representação do amperímetro alicate para leitura da corrente de linha.
- Conexão em Triângulo:
K3
Medições:
IK1 (): _______ A.
IK3 (Y): _______ A. Figura 10.5 – Correntes na conexão .
10.3 - Questões
a) Verificar e comparar (por escrito), através das medidas efetuadas, as relações entre as tensões e
correntes do MIT nas conexões estrela e triângulo.
b) Anotar os dados de placa do MIT utilizado para calcular as correntes dos contatores K 1, K2 e K3.
Adotar a relação Ip/In igual a 8.
Aula Prática 11
CHAVE DE PARTIDA COMPENSADORA
a) Montar inicialmente, o diagrama da Figura 11.1a (diagrama de COMANDO). Ajustar para o relé de
tempo um intervalo de 5 (cinco) segundos. VERIFICAR junto ao professor/técnico responsável pelo
laboratório se as conexões estão corretas e em seguida, energizar a bancada.
(a) (b)
Figura 11.1 – Partida com Chave Compensadora. (a) Diagrama de carga. (b) Diagrama de comando.
De posse dos valores medidos da tensão e da corrente de linha, calcular a potência ativa do motor,
sendo conhecido o seu FP (fator de potência do motor, igual a cos , impresso na sua placa).
Verificar o FP impresso na placa do motor de indução utilizado: FP = cos = _______ (nominal).
Cálculo:
P = S.cos = VL.IL.cos
= __________________ = ________ W.
O Wattímetro como instrumento de medição de potência ativa (kW) - é um instrumento de medição que
utiliza o princípio eletrodinamométrico. A bobina fixa ou de campo, é utilizada em série com a carga e a
bobina móvel ou de potencial, é utilizada em paralelo com a carga (Figura 11.2). O seu esquema interno é
visto na Figura 11.3.
Procedimento: ligar os cabos de tensão de dois dos terminais R-S-T aos terminais de linha do motor
(ligação da bobina de tensão, ver novamente a Figura 11.2). Para ligar a bobina de corrente do wattímetro,
basta abrir uma das fases do motor e conectar no lugar os terminais de corrente I3 – I4 ou I1 – I2.
Pmotor
FP cos ________
VL I L
Figura 11.5 - Simulação de uma Chave Compensadora de um Motor Trifásico no software CADE Simu.
Fonte: http://saladaeletrica.blogspot.com/p/cade-simu_16.html (neste link se encontra um breve tutorial).
Aula Prática 12
MOTOR MONOFÁSICO – ACIONAMENTO
MANUAL EM 127 V E EM 220 V
O motor monofásico (MM) com 6 terminais, como mostra a Figura 12.1, pode ser alimentado em
127 V ou em 220 V. Nesta figura se vê a ligação das bobinas – enrolamentos principal e auxiliar – para a
partida em 127 V.
A Figura 12.2 mostra o esquema para o acionamento de um motor monofásico em 127 V com
chave mecânica, S1. O motor recebe a energia elétrica diretamente da rede CA, através de S1.
Enrolamento
Principal
Figura 12.1. Figura 12.2.
Montar o esquema da Figura 12.1 e medir a tensão e a corrente nos terminais do MM - operação
em 127 V. Anotar as medidas na Tabela 12.1.
c) Como deve ser a ligação do MM no esquema da Figura 12.3 para que o mesmo seja
alimentado em 220 V? Com base na Fig. 12.4a, completar o esquema de ligação das bobinas do
MM na Figura 12.4b, bem como o diagrama de carga, na Figura 12.5.
(a) (b)
Figura 12.4 – (a) MM, alimentação em 220 V. (b) Outro modo de ligação das bobinas do MM – circuito incompleto.
f) O que ocorre com a corrente do motor, desde a partida até a operação em regime permanente?
Fonte: http://picasaweb.google.com/lh/photo/zBnbWIS_aLaYLJ3gf5vKWg
Fonte: http://www.transportabrasil.com.br/wp-content/uploads/2009/07/braspress-interna.jpg
Aula Prática 13
ACIONAMENTO E REVERSÃO AUTOMÁTICA
DO MOTOR MONOFÁSICO
Chave
centrífuga
Capacitor
de partida
Enrolamento Enrolamento
principal auxiliar
Figura 13.1 – Enrolamentos do motor 1.
Seja o diagrama de carga de um MM, visto na Figura 13.3a. O seu diagrama de comando para
reversão automática, mostrado na Figura 13.3b, permite que o motor seja ligado e funcione em 10
segundos com rotação no sentido horário, parando em seguida. Após 10 segundos, o motor deve partir
novamente, invertendo a sua rotação.
(a) (b)
Figura 13.3 – Motor Monofásico: (a) Diagrama de carga. (b) Diagrama de comando – reversão automática.
Aula Prática 14
CHAVE DE PARTIDA PARA MIT COM
ENROLAMENTOS SEPARADOS (2 VELOCIDADES)
(a) (b)
Figura 14.1. (a) Diagrama de carga e (b) diagrama de comando, manual.
Figura 14.2.
c) Mostrar os sinais de atuação para os relés de tempo utilizados - item (a). Destacar qual contator é
acionado por cada relé de tempo.
Aula Prática 15
PARTIDA AUTOMÁTICA E FRENAGEM
ELETROMAGNÉTICA DE UM MIT
15.1 – Introdução
Este método de partida permite a partida automática do MIT, a reversão do sentido de rotação e a
frenagem eletromagnética, através da corrente obtida de uma ponte retificadora. As Figuras 15.1 e 15.2
mostram, respectivamente, os diagramas de carga e de comando para esta montagem.
FRENAGEM DO MOTOR
Placa com
A identificação dos terminais e bobinas de um motor dados
monofásico é uma tarefa simples. Primeiramente, basta nominais
do motor
consultar a placa do motor, fornecida pelo fabricante, como
mostra a Figura 1.
Se o motor não apresentar esta placa, é preciso
identificar estas bobinas, em um procedimento efetuado com
o uso de um multímetro, na função ohmímetro.
Figura 1.
- Identificação das bobinas do MI monofásico
O MI monofásico contém em sua caixa de ligações seis terminais, numerados conforme a regra
apresentada abaixo (GONZALES, 2011):
1 e 3, 2 e 4: identificam, respectivamente, o início e o final dos terminais das bobinas de
trabalho (enrolamento principal, ver a Figura 2);
5 e 6: identificam os terminais da bobina de partida (que contém ainda a chave centrífuga e o
capacitor de partida, Figura 2).
Os terminais dos MI monofásicos não são identificados da mesma forma pelos fabricantes. Pode
ocorrer uma numeração diferente para os enrolamentos principais, como mostra a Figura 3.
BONARCORSO, Nelso Gauze. Automação Eletropneumática. 11ª ed. São Paulo: Érica, 2008.
BOYLESTAD, Robert A. Introdução à Análise de Circuitos. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998.
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FRANCHI, Claiton Moro. Acionamentos Elétricos. 2ª. Ed. São Paulo: Ed. Érica, 2007.
FITZGERALD, A. E.; KINGSLEY Jr., C. e UMANS, S. D. Máquinas Elétricas. 6ª ed. Porto Alegre:
Bookman, 2006.
GONZALES, Leandro L. Instalação de Motores de Indução. Apostila.. Pelotas: IFSul – Instituto Federal
Sul-Rio-Grandense de Educação, Ciência e Tecnologia, 2011.
O’MALLEY, John. Análise de Circuitos. 2ª edição. São Paulo: Makron Books, 1993.
MUSSOI, F., L., R. Sinais Senoidais: tensão e corrente alternadas. Apostila. 3ª ed. Florianópolis:
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NASCIMENTO Júnior, Geraldo C. Máquinas elétricas – Teoria e Ensaios. 2ª d. Revisada. São Paulo:
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SOUZA, Geraldo T. de. Máquinas e Comandos Elétricos – Apostila. Escola Técnica Estadual Pedro
Ferreira Alves. Mogi-mirim: Ed. do Autor, 2004.
ZANCAN, M. D. Acionamentos Elétricos. Apostila. Santa Maria: UFSM – Colégio Técnico Industrial,
2008. Disponível em:
<http://www.4shared.com/document/ni8rDw4I/Apostila_de_Acionamentos_Eletr.html>. Acesso em 10
jun 2010.