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Apoio às Atividades Laboratoriais

Atividade Laboratorial 2.1


Características do som

Qual é a base das tecnologias de reconhecimento de voz usadas, por exemplo, em telemóveis ou tablets?

Respostas às Questões Pré-Laboratoriais


a) Para ambos os sinais apresentados observam-se dois máximos e dois mínimos, e em toda a escala do ecrã
cabem dois períodos. Assim, pode concluir-se que os períodos, logo as frequências, dos dois sinais são
iguais. Eles diferem na amplitude e quando para um se tem um máximo para o outro tem-se um mínimo,
estão em oposição de fase.
b) A 5 divisões da escala horizontal, a do tempo, corresponde um período, logo:
ms 1 1 2
T =5 , 0÷× 0 , 5 =2 , 50 ms e f = T = −3
=4 ,0 ×10 Hz .
¿ 2 ,50 × 10 s
Para o sinal de maior amplitude, entre o máximo e o mínimo observam-se quatro divisões, por isso, a
amplitude corresponde a duas divisões:
mV
A=U m á x =2 ,0÷× 2 =4 , 0 mV
¿

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Trabalho Laboratorial
1. Sinal observado com a base de tempo em 0,2 ms/div e o comutador de tensão em 2 V/div.

2. Audição e limites de audição.


a) Os sons eram mais intensos quanto se aumentava a amplitude no gerador de sinais. A seguir
apresentam-se os registos e as imagens dos ecrãs para três frequências selecionadas no gerador de
sinais.
Som grave Som intermédio Som agudo
Frequência
99,3 Hz 600,0 Hz 3,07 kHz
no gerador
Base de tempo 2 ms/div 0,5 ms/div 0,1 ms/div
Menor divisão
na escala 2 ms/5= 0,4 ms 0,5 ms/5= 0,1 ms 0,1 ms/5= 0,02 ms
de tempo

Comutador
de tensão
(vertical) sinal 1

2 V/div 0,5 V/div 0,2 V/div

Comutador
de tensão
(vertical) sinal 2

1 V/div 0,2 V/div 0,2 V/div

Período
T =5 , 0÷× 2
ms
¿
=¿ 2 T =6 , 6÷× 0 , 5
ms
¿ ( ) 4
=¿ 3 T = 9+ ÷× 0 ,1 ¿ =¿
5
ms

¿ 10 , 0 ms 2 T =(3 , 30+0 , 05)ms 3 T =( 0 , 98 ± 0 ,01 ) ms


T =( 10 , 0 ± 0 ,2 ) ms T =(1, 65 ± 0 , 03)ms T =(0 ,327 ± 0 , 03)ms
1 1 1 1 1 1
f= = f= = f= =
Frequência T 10 , 0× 10−3 s T 1 ,65 × 10 s −3 T 3 , 27 ×10−4 s
f =100 Hz f =606 Hz 3
f =3 , 06 ×10 Hz
As frequências medidas são muito próximas das indicadas no gerador de sinais.
b)
Amplitude do Frequências
Adulto Jovem A Jovem B
sinal enviado / V audíveis

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2,0 Máxima/Hz 13 000 18 500 19 000
2,0 Mínima/Hz 40 25 28

3. a) O diapasão indicava 440 HZ; no osciloscópio: base de tempo 0,5 ms/div e menor divisão na escala de
tempo 0,1 ms.
Sinal observado:

ms 1 1
2 T =9÷× 0 , 5 =4 , 5 ms ⇒ T =(2 , 25 ± 0 ,03)ms ⇒ f = = =444 Hz
¿ T 2 ,25 × 10−3 s
Quando se percutia com mais força o diapasão, a amplitude do sinal observado aumentava, assim como
a intensidade do som ouvido.
b) Mostram-se a seguir sinais dos ecrãs obtidos quando uma pessoa proferiu diferentes vogais
(a, e, i, o e u). Para outras pessoas haverá padrões algo diferentes.

4. Mostram-se a seguir para um sinal sinusoidal de 1 kHz enviado para um altifalante, e para os recebidos em
dois microfones quando juntos e depois de um se ter deslocado de 34,5 cm.

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Respostas às Questões Pós-Laboratoriais
1. A 5 divisões corresponde um período. Estando a base de tempo em 0,2 ms/div, o período do sinal é
ms
T =5 , 0÷× 0 , 2 =1 , 0 ms.
¿
2. Quando no gerador de sinais se aumenta a amplitude do sinal produzido, o altifalante emite um som de
maior intensidade. No gerador de sinais é produzido um sinal elétrico e, como o altifalante converte um
sinal elétrico num sinal sonoro, o aumento da amplitude do sinal produzido no gerador de sinais traduz-se
num aumento da amplitude da onda sonora e, em consequência, da intensidade do som do altifalante. O
altifalante terá maior fidelidade quanto maior for a correspondência entre as características do sinal que
lhe é enviado e o som que ele produz.
3.
Sinal 1 Sinal 2 Sinal 3 Sinal 4 Sinal 5 Sinal 6
Amplitude/ V (6 , 8 ± 0 , 2) (3 , 6 ± 0 ,1) (1 , 60 ±0 , 05)(0 , 68 ± 0 , 02)(0 , 68 ± 0 , 02)(0 , 38 ± 0 ,2)
Período/ms (10 , 0 ± 0 ,2) (1 , 65 ±0 , 03) (0 , 327 ± 0 , 03)
Frequência 3
calculada
100 Hz 600 Hz 3 , 06 ×10 Hz
Frequência no
99,3 Hz 606 Hz 3,07 kHz
gerador

|99 ,3−100|
Sinais 1 e 2: módulo do erro relativo na frequência medida: × 100=0 , 7 %
99 , 3
|606−600|
Sinais 3 e 4: módulo do erro relativo na frequência medida: ×100=1 ,0 %
600
|3 , 06−3 , 07|
Sinais 5 e 6: módulo do erro relativo na frequência medida: × 100=0 ,3 %
3 , 07
Os erros relativos nas medidas de todas as frequências são muito pequenos. Pode-se concluir-se que estas
medidas têm elevada exatidão.
4. Os limiares de audição registados eram próximos para os dois jovens, e também próximos dos que indica a
bibliografia como limiares para os seres humanos saudáveis. Para a pessoa mais idosa registou-se um
afastamento significativo daqueles valores, mostrando que, sobretudo nas frequências mais altas, aquele
adulto já perdeu capacidades. Normalmente com a idade a capacidade auditiva diminui, sendo que a perda
de sensibilidade com a idade para as frequências mais altas é uma tendência normal.
ms 1 1
5. 2 T =9÷× 0 , 5 ¿ =4 , 5 ms ⇒ T =(2 , 25 ± 0 ,03)ms ⇒ f = = =440 Hz
T 2 ,25 × 10−3 s
444−440
erro percentual= ×100=0 , 9 %
440
6. O sinal recebido pelo microfone quando o diapasão foi percutido foi um som puro. Os sons das vogais são
sons complexos
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7. O comprimento de onda medido foi 34,5 cm.
Velocidade do som v=λf =0,345 m×1000 Hz=345 m s−1

8. Os sinais elétricos correspondentes a cada voz, quando produziram a mesma vogal, apresentam pequenas
diferenças. O atributo que distingue os sons das diferentes vozes é o timbre.
9. A tecnologia de reconhecimento de voz está associada ao reconhecimento de breves sons (palavras ou
trecho de fala), ao reconhecimento de fala contínua com elaboração de textos (exemplo um ditado), ou à
autenticação de voz de pessoas.
O seu funcionamento requer computadores e baseia-se na digitalização de sons, na filtração desses sons,
procurando-se eliminar o ruído, e na posterior pesquisa em bases de dados de registos previamente
efetuados e na comparação dos padrões com esses registos.
A esta tecnologia apresentam-se algumas dificuldades e limitações:
‒ é mais fácil reconhecer cada palavra se for pronunciada separada e pausadamente do que numa frase;
‒ é difícil separar falas simultâneas de várias pessoas;
‒ as pessoas não costumam utilizar o mesmo tom e nem sempre falam com a mesma rapidez e alguns
fonemas têm padrões muito próximos ou podem ser pronunciados de forma semelhante (exemplo em
algumas regiões com o b e o v);
‒ existem diferentes pronúncias, regionalismos, sotaques e dialetos;
‒ existem palavras homófonas (exemplo «conserto» e «concerto»).

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Questões Complementares
1. Ligaram-se dois microfones idênticos, 1 e 2, a um osciloscópio, com ambos os canais regulados para 5
mV/div. De seguida, dois diapasões foram percutidos. Um deles indicava 384 Hz e o outro 512 Hz. Os
microfones foram colocados de forma que cada um apenas captava o som emitido por um dos diapasões. A
figura seguinte representa o ecrã do osciloscópio.

a) Qual dos microfones captou o som emitido pelo diapasão de 512 Hz?
b) O som captado pelo microfone 1 é
(A) mais agudo e menos intenso do que o captado pelo microfone 2.
(B) mais agudo e mais intenso do que o captado pelo microfone 2.
(C) mais grave e menos intenso do que o captado pelo microfone 2.
(D) mais grave e mais intenso do que o captado pelo microfone 2.
c) Os sons emitidos pelos diapasões propagam-se no ar.
Relativamente aos comprimentos de onda, 𝜆, e velocidades de propagação, 𝑣, de cada um dos sons,
pode concluir-se que
(A) λ 1 ¿ λ 2 e v 1 ¿ v 2.
(B) λ 1 ¿ λ 2 e v 1 ¿ v 2 .
(C) λ 1 ¿ λ 2 e v 1 ¿ v 2.
(D) λ 1 ¿ λ 2 e v 1 ¿ v 2 .
d) Da figura do ecrã apresentada em cima pode concluir-se que a base de tempo estava regulada para
(A) 0,5 ms/div. (B) 1,0 ms/div.
(C) 2,0 ms/div. (D) 5,0 ms/div.
e) Determine a amplitude do sinal do canal 1 afetada da respetiva incerteza absoluta.
f) Determine, com base na figura, a relação quantitativa entre a frequência do sinal 2 e a do sinal 1,
comparando o resultado obtido com a proporção expectável.

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2. Um gerador de sinais regulado para uma determinada frequência foi ligado a um osciloscópio.
Na figura seguinte reproduz-se o ecrã do osciloscópio quando a base de tempo era 1 ms/div e o comutador
da escala vertical estava na posição 2 mV/div.

a) Determine o período do sinal afetado da respetiva incerteza absoluta.


b) A função matemática que traduz a tensão, 𝑈, em função do tempo, 𝑡, correspondente ao sinal
visualizado no ecrã, expressa em unidades SI, é
(A) U =2 ,8 ×10−3 sin(976 πt) (B) U =2 ,8 ×10−3 sin(4 ,1 ×10−3 πt)
−3
(C) U =5 ,6 × 10 sin(976 πt) (D) U =5 ,6 × 10−3 sin( 4 , 1× 10−3 πt )
c) Determine o erro relativo, expresso em percentagem, da frequência medida no osciloscópio, tomando
como referência o valor fornecido pelo gerador de sinais, 500 Hz.
d) Considere que se altera a base de tempo para 0,5 ms/div e o comutador da escala vertical para 1 mV/div.
O mesmo sinal no ecrã no osciloscópio é

Atividade Laboratorial 2.2


Velocidade de propagação do som
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Como determinar o módulo da velocidade de propagação do som no ar?

Respostas às Questões Pré-Laboratoriais


1. a) Sendo originados no mesmo instante, o clarão e o barulho, e como tanto a velocidade da luz como a do
som são finitas, decorrem dois intervalos de tempo desde que são produzidos até serem detetados pelo
observador a grande distância.
Ao ser medido o tempo que demora o barulho a partir do instante que se vê o clarão, o tempo medido
será igual ao intervalo de tempo que o barulho demora de facto a percorrer a distância subtraído do
intervalo de tempo que a luz, do clarão, demorou a percorrer essa distância. Assim, o intervalo de
tempo que foi medido é menor do que o intervalo que efetivamente o barulho demora a percorrer a
distância entre o canhão e o observador. No entanto, como a velocidade da luz tem um valor muito
grande, a diferença introduzida pelo tempo que a luz demora e percorrer a distância considerada é
desprezável quando comparada com o tempo que o som demora a percorrer a mesma distância.
Podem também existir diferenças sistemáticas no tempo de reação do observador consoante reage a
um estímulo visual (clarão) ou auditivo (som) que afetem a medição da velocidade.
b) Para a velocidade da luz e para a velocidade do som medida por Gassendi tem-se, respetivamente, 3 ×
108 m s-1 e 4,78 × 102 m s-1= 5 × 102 m s-1. A velocidade da luz tem uma ordem de grandeza seis vezes
maior.
2. Para uma temperatura de 18 °C, v=(331+ 0 ,61 ×18) m s−1=342 m s−1 .
3. a) v=10 ×343 , 4 m s−1=3,434 ×103 m s−1=¿
3 −1 3600 s 1 km 3 −1
¿ 3,434 × 10 m s × × 3 =1,236 × 10 kmh
1h 10 m
8 −1 1 5
b) 3 , 0 ×10 m s × −1
=8 , 7 ×10
343 , 4 m s
A velocidade da luz é Mach 8 , 7 ×105 .

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Trabalho Laboratorial
dt538a
dt538b
Procedimento I dt538c
1. Produzindo um sinal impulsivo, utilizando uma tampa metálica de uma garrafa de sumo, dt538d
obtiveram-se no
ecrã do osciloscópio digital os seguintes sinais:

Mangueira com 5,0 m; Mangueira com 10,0 m;


Base de tempo 2,50 ms / div Base de tempo 5,00 ms / div
Intervalo de tempo que demora a aparecer o Intervalo de tempo que demora a aparecer o
segundo sinal: segundo sinal:

( 45 )÷× 2 , 5¿ms =14 , 5 ms


∆ t= 5+ ∆ t= 5+( 45 )÷× 5 ms¿ =29 , 0 ms
2. Temperatura ambiente registada: 18,3 °C.
Procedimento II
1. São visualizados dois sinais no osciloscópio porque ao canal 1 está ligado um microfone e ao canal 2 está
ligado o cabo que envia diretamente o sinal do gerador de sinais. O osciloscópio está configurado para
apresentar os sinais dos dois canais no ecrã
2. Como o osciloscópio está sincronizado pelo sinal do gerador de sinais (e com o sinal que chega ao
altifalante), o sinal que chega do microfone fica desfasado com ele, sendo o intervalo de tempo do
desfasamento igual ao tempo que o som demora a percorrer a distância entre o altifalante e o microfone.
São observados sinais como os indicados a seguir.

Base de tempo 2,50 ms

∆ t /ms 0,165 0,250 0,525 0,750 0,925 1,465


d /cm 6,0 12,0 18,2 31,4 40,5 49,0
3. Temperatura ambiente registada: 18,3 °C.

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Respostas às Questões Pós-Laboratoriais
Procedimento I
1. Para a mangueira de 5,0 m Para a mangueira de 10,0 m
5,0m 2 10 , 0 m
v= −3
=3 , 4 ×10 m/ s v= −3
=345 m/s
14 ,5 × 10 s 29 ,0 ×10 s
Procedimento II
∆ t /ms d /cm
0,165 6,0
0,250 12,0
0,525 18,2
0,750 31,4
0,925 40,5
1,465 49,0

O declive da reta encontrada é igual à velocidade do som 342,0 m/s.


1. O valor teórico para a velocidade do som a 18,3 °C é 342 m/s.
No procedimento I
|345−342|
Módulo do erro percentual = × 100=0 , 88 %
342
No procedimento II
|342−342|
Módulo do erro percentual = ×100=0 , 00 %
342
Como no procedimento I o erro percentual é muito pequeno e no procedimento II o erro percentual é nulo,
pode afirmar-se que em ambos os procedimentos houve elevada exatidão.

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Atividade Laboratorial 2.3
Ondas: absorção, reflexão, refração e reflexão total

Que materiais refletem melhor a luz? E que materiais refratam mais a luz?
Como determinar as grandezas que caracterizam esses fenómenos?

Respostas às Questões Pré-Laboratoriais


1. 14°. Na figura o feixe de luz que incide no espelho sobrepõe-se sobre o traço que medeia os 70° e os 80°,
nos 75°, mas o feixe do raio refletido parece sobrepor-se sobre os 103°. Os ângulos de incidência e de
reflexão têm a mesma amplitude, (103 °−75 ° )/2=14 ° .
2. a) 60° para o ângulo de incidência e 35° para o ângulo de refração.
b) Segundo a lei de Snell-Descartes
n2 nar sin α 1 sin 60 °
n1 sin α 1=n2 sin α 2 ⟺ = = = =1, 51
n1 n acr í lico sin α 2 sin 35 °
c) Não há desvio quando o ângulo de incidência é de 0°, situação que acontece à luz ao incidir na superfície
de separação acrílico-ar.
3. a) Não há desvio quando o ângulo de incidência é de 0°, situação que acontece à luz ao na superfície de
separação ar-acrílico.
b) Os ângulos de incidência e de reflexão total são ambos de 50°.
nacr í lico 1 sin α c 1
c) = = ⟹ sin α c = ⟹ α c =41, 5 ° que é menor do que 50°, por isso para
nar 1 , 51 sin 90 ° 1 ,51
aquele ângulo há reflexão total.
Trabalho Laboratorial
1. a) Mostra-se uma fotografia da reflexão observada e os registos dos ângulos.

Ângulo de incidência 10° 20° 30° 40° 50° 60°


Ângulo de reflexão 10° 20° 30° 40° 50° 60°

Os ângulos de incidência são iguais aos ângulos de reflexão.


Assim, um gráfico da amplitude do ângulo de reflexão em função da
amplitude do ângulo de incidência tem declive 1, tal como esperado.
b) Fez-se incidir o feixe de laser vermelho em diferentes materiais. Nas imagens seguintes mostra-se o que
se observou.

Feixe laser incidindo em superfícies opacas: metalizada, cartolinas branca, verde e vermelha.

Feixe laser incidindo em superfícies de acrílico branca, transparente à luz branca, e transparentes com
tonalidades azul, verde e vermelha. Por trás das placas encontra-se um alvo branco.
Constata-se que materiais com diferentes superfícies e cores têm comportamentos diferentes à luz do
laser usado.
Em alguns também se verificou que a luz é refletida em diferentes direções, ocorrendo o fenómeno de
difusão. Observando a intensidade do laser no alvo, constata-se que é diferente a intensidade do feixe
que atravessa os diferentes materiais.
2. a) No que antes se observou, constatou-se que são diferentes as
intensidades da luz que os atravessam, por isso também o será a luz que
neles se refrata. Mostra-se na figura ao lado um feixe de laser a
incidir numa placa de acrílico e a reflexão de parte desse feixe, assim
como o refratado.
b)
Meio 1 – acrílico Meio 2 – ar
Ângulo de incidência Ângulo de refração
10° 15°
20° 31°
30° 50°
35° 60°
40° 75°

3. a) Ocorre reflexão total para ângulos maiores do que 42°.


b) Numa extremidade de uma mesma fibra ótica incidiram, sucessivamente, feixes de luz laser verde e
vermelha. Observa-se apenas luz à saída da outra extremidade, como se verifica nas imagens.

Num pedaço de acrílico transparente, fazendo de


tampa quando colocado na extremidade de
uma mangueira com água, fez-se incidir um
feixe de luz verde, como se mostra na figura ao
lado.
Respostas às Questões Pós-Laboratoriais
1. A 2.a lei da reflexão indica que as amplitudes dos ângulos de incidência e de reflexão são iguais. Na
execução experimental verificou-se o que aquela lei indica.
2. O material usado com maior pode refletor foi o que tinha uma superfície metalizada, ou um metal com uma
superfície polida.
3. Observando as imagens do feixe de luz no alvo, e comparando a luminosidade dos pontos luminosos,
observa-se que, dos materiais transparentes usados (os que transmitem luz) o acrílico transparente foi o
que transmitiu melhor a luz e o acrílico verde o que terá absorvido mais a luz.
4.
Ângulo de incidência Ângulo de refração Seno do ângulo de incidência Seno do ângulo de refração
15° 10° 0,259 0,174
31° 20° 0,515 0,342
50° 30° 0,766 0,500
60° 35° 0,866 0,574
75° 40° 0,966 0,643

A equação da reta de regressão y=0,660 x +0,002 corresponde a sin r =0,660 sin i+0,002
Com r e i os ângulos de refração e de incidência, então, o declive da reta é igual ao inverso do índice de
1
refração do acrílico (n= =1 ,52).
0,660
5. Para ângulos de incidência superiores a 42° verifica-se que ocorre reflexão total.
6. Não se conseguiu obter reflexão total e houve atenuação. O índice de refração da água é 1,33 e o do
plástico depende do tipo de plástico --- sendo para muitos plásticos maior do que para a água. No interior
da mangueira com água ocorre difusão da luz laser, por isso se observa a luz através das paredes laterais, e
a luz apenas ilumina uma zona de cerca de duas dezenas de centímetros, o que mostra que a absorção de
luz é considerável.
Na zona da entrada da luz na fibra ótica observa-se alguma difusão da luz na superfície de apoio da fibra,
mas na fibra ótica não se observa a luz com origem nas paredes laterais e a intensidade da luz que entra
numa extremidade parece ser a mesma que sai na outra extremidade. Não se deteta qualquer difusão e a
eventual absorção de luz é desprezável na fibra usada
Atividade Laboratorial 2.4
Comprimento de onda e difração

Como se poderá medir a distância entre dois átomos vizinhos num cristal?
As figuras mostram uma possível solução prática.

Uma possível fenda de abertura variável é a que se mostra na figura a seguir, apoiada num suporte.
Embora para o efeito pretendido também se possam construir com materiais simples.
O laser deve estar num suporte utilizando um ponteiro laser pode arranjar-se, por exemplo, um suporte
como o das figuras em baixo.

Nas imagens seguintes e nas respostas à execução laboratorial pode observar-se um dispositivo com os
requisitos indicados.
Respostas às Questões Pré-Laboratoriais
1. Quando uma onda é obstruída, podendo apenas continuar a propagar-se por uma fenda com dimensões
próximas do seu comprimento de onda, ocorre difração. Na difração ocorre espalhamento da onda, e a
zona iluminada, inicialmente um ponto luminoso quando a fenda era muito larga, alarga-se para cada um
dos lados do ponto inicial na direção do estreitamento da fenda. Poderão também aparecer zonas
iluminadas intercaladas com zonas sem qualquer luz.
2. A relação nλ=d sin θ permite calcular o comprimento de onda. Para o máximo de primeira ordem n= 1, e
como d=1, 0 μm=1 , 0× 10−6 m, então
−6 −7
λ=1 , 0× 10 m× sin 32 ,1 °=5 , 31× 10 m.
−3
1 10 −6
3. a) O espaçamento entre fendas é d= mm= m=3 , 33× 10 m.
300 300
b) A relação que permite calcular o comprimento de onda é nλ=d sin θ. Para o máximo de primeira ordem
a
tem-se n= 1. Da geometria da figura retira-se que sin θ= 2 2 .
√a +L
a
Então, λ=d .
√ a + L2
2

−3
a 10 2,4 −7
c) λ=d = m× =6 ,54 ×10 m=654 nm
√a + L
2 2
300 √ 2, 4 +12 , 0
2 2

654−650
O erro percentual é ×100=0 , 62% (por excesso).
650
−3
a 10 a −7
d) λ=d ⟺ × 2 =6 , 50 ×10 m
√a + L
2 2
600 √a + 12, 0 2

−7 2
a 600 ×6 , 50 ×10 a 2
= ⟺ =0 ,39
√ a +12 ,0
2 2
10
−3 2
a +12 ,0
2

a 2 ( 1−0 ,39 2) =0 , 392 × 12 ,0 2 ⟹ a2 =25 ,8 cm2 ⟹ a=5 ,1 cm


e) Com a diminuição do espaçamento entre fendas os pontos luminosos (máximos de ordem n) ficam mais
afastados, então será de prever que a diminuição do número de fendas por milímetro aproxime os
pontos luminosos que se observam. A difração fica menos acentuada.
Trabalho Laboratorial
1. a) Apresenta-se a seguir uma sequência de imagens obtidas quando se foi estreitando uma fenda. Da
esquerda para a direita as imagens foram obtidas com fendas cada vez mais estreitas.

Observa-se inicialmente um ponto que depois vai alargando na horizontal; também começam a
aparecer zonas escuras intercaladas com zonas iluminadas e aumenta o espaçamento estre elas.
b) Apresenta-se a seguir uma sequência de imagens obtidas quando se foi aumentando o número de
fendas, mantendo a distância do alvo à fenda.

Observa-se que a parte iluminada vai alargando na horizontal e aumenta o espaçamento entre zonas
escuras e iluminadas.
c) Quando se coloca um cabelo em frente ao feixe laser observa-se um padrão semelhante ao obtido com
uma fenda.
2. a) Rede de difração com 300 linhas por milímetro. O espaçamento entre duas fendas consecutivas é
−3
1 10 −6
d= mm= m=3 , 33× 10 m.
300 300
b) As figuras seguintes mostram o que obteve quando o laser incidiu na rede de difração colocada,
respetivamente, a 14,0 cm e a 6,0 cm do alvo.

Quando a rede se afasta do alvo os pontos luminosos ficam mais afastados, e também se verifica que
quanto mais próximos do centro mais intensos eles se mostram. Para os das extremidades a
luminosidade fica mais ténue.
c) Quando a rede de difração estava a 14,0 cm do alvo, a distância entre os máximos de primeira ordem
era (12,8−¿7,2) cm = 5,6 cm.
d) Para a rede de difração de 600 linhas por milímetro, quando colocada a 14,0 cm do alvo, a distância
entre os máximos de primeira ordem era (18,8 −¿6,8) cm = 6,0 cm.
e) A seguir mostram-se fotografias de montagens e registos do padrão observado quando a rede de
difração de 600 linhas por milímetro se encontrava a 6,0 cm do alvo (figura menor) e a 8,0 cm do alvo
(figura mais escura).

3. Com o led branco observa-se uma zona central branca e em torna dessa zona, de cada um dos lados, o
espetro da luz branca. A figura seguinte mostra o registado.

Respostas às Questões Pós-Laboratoriais


1. Quando o feixe de luz passou pela fenda de abertura variável e se foi fechando a abertura, o ponto
luminoso foi ficando progressivamente alargado na horizontal. Também apareceram intercaladas zonas
iluminadas e zonas escuras.
Com a interposição do cabelo em frente do feixe laser também se observou um padrão semelhante ao de
uma fenda pouco aberta.
O que se observou esteve de acordo com o indicado no manual para o fenómeno da difração.
2. Como referido, quando se foi se foi fechando a abertura, o ponto luminoso foi ficando progressivamente
alargado na horizontal e também apareceram intercaladas zonas iluminadas e zonas escuras.
Com as fendas múltiplas observou-se que as zonas iluminadas e escuras ficavam mais afastadas quando se
aumentou o número de fendas.
3. Mediu-se a distância entre dois máximos de primeira ordem e não a distância entre o máximo central e um
máximo de primeira ordem para minimizar erros. Ao medir-se uma distância maior diminui-se a incerteza
relativa na medida.
Em alguns casos, por descuido na montagem, o alvo ou a rede não ficam bem perpendiculares ao feixe e,
quando isso acontece, um dos máximos da mesma ordem fica mais afastado do máximo central. Assim, ao
medir-se apenas a distância de um deles ao máximo central aumentaria os erros.
4. Para a rede de 300 linhas por milímetro:
−3
10 2,8 −7
λ= m× =6 ,54 × 10 m=654 nm
300 √2 , 8 +14 , 0
2 2
654−650
o erro percentual é ×100=0 , 62% (por excesso).
650
Para a rede de 600 linhas por milímetro:
−3
10 6,0 −7
λ= m× =6 , 57× 10 m=657 nm
600 √6 ,0 +14 , 0
2 2

657−650
o erro percentual é ×100=1 , 1 % (por excesso).
650
Ambas as medidas apresentam uma elevada exatidão em relação ao valor indicado pelo fabricante, sendo a
primeira, obtida com a rede de 300 linhas por milímetro, um pouco mais exata.
Acrescenta-se que no valor indicado pelo fabricante deveria existir a indicação de uma incerteza no valor.
5. A distância entre os máximos de primeira ordem é:
3 ,7 cm
Para a distância de 6,0 cm: (14,7−¿11,0) cm = 3,7 cm⇒ a= =1, 85 cm .
2
−3
10 1 , 85 −7
λ= × =4 , 91 ×10 m=491 nm
600 √ 1 ,85 2+ 6 , 02
4 ,7 cm
Para a distância de 8,0 cm: (17,7 −¿13,0) cm = 4,7 cm ⇒ a= =2, 35 cm .
2
−3
10 2 , 35 −7
λ= × =4 , 70 ×10 m=470 nm
600 √ 2 ,35 2+ 8 ,0 2
A indicação do fabricante para o led azul é 470 nm.
6. Com o led azul observavam-se duas zonas azuis de cada lado da zona central iluminada também com azul.
Com o led branco observavam-se três zonas coloridas, uma azul, uma mais verde e amarelada e outra mais
avermelhada. O led branco emite num intervalo de frequências muito maior do que o do led azul.
7. Quando excitados, os elementos químicos podem emitir luz com fotões de diferentes energias, a que
correspondem diferentes comprimentos de onda.
Como os ângulos de difração dependem dos comprimentos de onda, ao fazer-se incidir a luz emitida pelos
elementos químicos na rede de difração os fotões de frequências diferentes serão enviados para diferentes
ângulos. Ao observar-se essa luz observa-se a discriminação que ocorre para as diferentes frequências, as
quais se podem medir e assim calcular a energia dos diferentes fotões emitidos pelos átomos.
8. Num cristal os átomos estão dispostos regularmente e esse cristal pode funcionar como rede de difração.
No cristal os átomos dispõem-se segundo camadas, numa rede cristalina, e a ordem de grandeza do
espaçamento entre átomos é 10−10 m , ora um comprimento de onda desta ordem de grandeza situa-se na
região dos raios X do espectro eletromagnético ( λ do raios X situa-se de 10−12 m a 10−9 m).

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