Lei de Snell

Carlos P. O. Santosª; Julia M. C. Silvaª; Livio M. N. Sampaioª e Pedro C. O.

Santosª.
a
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Campus de Cruz das Alma, Laboratório de Física IV, 44380-000, Cruz das Almas, BA,
Brasil

Resumo

Este trabalho apresenta discussão teórica do estudo da Lei de Snell, que descreve a relação entre os ângulos de
incidência e refração da luz ao passar de um meio para outro com índices de refração diferentes. Também
apresenta verificação da Lei da Reflexão, que se divide em duas e descreve como a luz se comporta quando é
refletida por uma superfície. E análise de dados experimentais, colhidos em sala, atrelados ao estudo do
conteúdo. Para realizar a coleta de dados, foram utilizados prismas meio circulares de acrílico, laser vermelho,
espelho, recipiente transparente contendo água, e alguns equipamentos para medição dos ângulos. O objetivo é
buscar comprovações práticas das Leis estudadas, visando acumular aprendizado e experiência, tanto com as
equações utilizadas nos cálculos teóricos, como na utilização dos equipamentos manuseados em laboratório.
Com foco na verificação dos resultados coletados.

Palavras-chave: Lei de Snell, Reflexão, Refração, Luz.

Antes de tratar dos dados, é importante entender

sobre as Leis estudadas e aplicadas no
1. Introdução procedimento experimental.

A experimentação em física nos cursos de A lei da refração de Snell, ou lei de Snell-Descartes,

engenharia é fundamental para a melhor
compreensão de fundamentos teóricos de física,
além disso, a prática laboratorial também aperfeiçoa
a técnica de experimentação e auxilia no domínio
de propriedades da natureza que podem ser
utilizadas em ciência aplicada. Dentre as
propriedades que são objetos de estudos, tem-se a
óptica geométrica, que se concentra no estudo do
comportamento geométrico da luz sob a suposição
de que ela se propaga em linha reta e apesar de
apresentar uma visão limitada da natureza da luz, a
óptica geométrica é um campo de estudo de grande
importância na sociedade contemporânea,
auxiliando na montagem de sistemas ópticos como
lentes, câmeras fotográficas e sistemas de
iluminação num geral. Tais fatos motivaram a
realização deste experimento o qual será discutido
mais detalhadamente ao longo deste relatório.
afirma que o produto do índice de refração do
primeiro meio pelo seno do ângulo de incidência é
igual ao produto do índice de refração do segundo
meio pelo seno do ângulo de refração. Essa lei pode
ser expressa matematicamente como:
𝑛1sinθ1 = 𝑛2 sinθ2.
E, “n1” e “n2” são os índices de refração dos dois
meios 1 e 2 e θ1 e θ2 são, respectivamente, os
ângulos de incidência e de refração. Pode ser mais
bem visualizada na imagem:
Figura 1: Modelo de onda sob refração.

No presente relatório serão discutidos os detalhes

acerca do experimento realizado em laboratório, tal
como seus objetivos, o método experimental, o
tratamento de dados, as discussões e a conclusão.
A lei de Snell também pode ser relacionada ao
Princípio de Fermat, que diz que a luz percorre
sempre o caminho que leva o menor intervalo de
tempo. Isso significa que, quando um raio de luz
passa por um meio com índice de refração
diferente, ele sofre uma mudança na sua velocidade
e, consequentemente, no seu ângulo em relação à
normal. Essa lei é constantemente utilizada em
óptica, para calcular a trajetória da luz ao atravessar
lentes, prismas e outros dispositivos ópticos.
Já a lei da reflexão descreve como a luz se
comporta quando é refletida por uma superfície.
Existem duas leis fundamentais da reflexão:
1. A primeira lei da reflexão, afirma que
o raio incidente e o refletido, são
coplanares à reta normal à superfície.
Em outras palavras, estão todos no
mesmo plano geométrico.
2. A segunda Lei afirma que o ângulo de
reflexão é igual ao ângulo de
incidência.
Essas leis são válidas tanto para a reflexão regular
quanto para a reflexão difusa e seletiva. A reflexão
regular ocorre quando a luz incide sobre uma
superfície lisa e polida, como um espelho, e é
refletida em uma única direção. A reflexão difusa
ocorre quando a luz incide sobre uma superfície
irregular e é refletida em várias direções. Ela é
representada por:
θ'1= θ1.
E pode ser visualizada na imagem:
Figura 2: Modelo de onda sob reflexão.
2. OBJETIVOS
a) OBJETIVO GERAL: Demonstrar os
fenômenos de reflexão e refração da óptica
geométrica.
b) OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Determinar
a lei da reflexão, o índice de refração de
alguns materiais e o ângulo crítico de um
prisma acrílico.
3. Procedimento Experimental
Para a realização dos procedimentos experimentais
utilizamos os seguintes materiais:
● 01 prisma semicircular de acrílico;
● 01 trilho de montagem;
● 01 laser vermelho;
● 01 recipiente transparente contendo água;
● 01 base retangular com disco transferidor
de escala angular e subdivisões de 1°.
Inicialmente, alinhamos o transferidor impresso
com o transferidor da mesa giratória, fixando-o de
modo que o feixe de luz do laser incidisse na
direção do 0° do transferidor impresso no papel A4.
A seguir fizemos o primeiro procedimento
experimental, para 2 objetos diferentes:
1. Posicionou-se o objeto de forma
perpendicular ao eixo do laser;
2. Anotamos na folha de dados os meios
onde estavam os feixes incidente e
refletido, bem como o valor do ângulo de
reflexão para um ângulo de incidência de
0°;
3. Variamos o ângulo de incidência em 5°,
girando a mesa transferidora em sentido
horário;
4. Anotamos os ângulos incidente e refletido
na folha de dados;
5. Repetimos os passos 3 e 4 até que o ângulo
de incidência fosse 40°.
Como objetos nos passos 1-5 utilizou-se o espelho
plano e a peça semicírculo de acrílico com a face
plana perpeņdincular ao feixe de luz do laser.
A seguir sucedeu o segundo procedimento
experimental constituído das subsequentes etapas:
1. Posicionou-se a peça semicírculo de
acrílico de forma perpendicular ao eixo do
laser;
2. Anotamos na folha de dados os meios
onde estavam os feixes incidente e
refratado, bem como o valor do ângulo de
refração para um ângulo de incidência de
0°;
3. Variamos o ângulo de incidência em 5°,
girando a mesa transferidora em sentido
horário;
 4. Anotamos os ângulos incidente e refratado Tabela 1: Dados experimentais de Reflexão
na folha de dados;
5. Repetimos os passos 3 e 4 até que o ângulo Reflexão
de incidência fosse 40°.
Nos passos 1-5 do segundo procedimento Semicírculo de acrílico
utilizou-se a peça semicírculo de acrílico com a Espelho Plano (face plana)
face plana perpeņdincular ao feixe de luz do laser e
(θi ± 0,5)° (θr ± 0,5)° (θi ± 0,5)° (θr ± 0,5)°
depois o lado semicircular perpeņdincular ao feixe
de luz do laser. 5,0 5,0 5,0 5,0
Executamos também o procedimento experimental
que visava determinar o ângulo crítico de um 10,0 10,0 10,0 10,0
prisma de acrílico. Então executamos as 6 partes do 15,0 15,0 15,0 15,0
procedimento:
1. Posicionamos a peça semicírculo de 20,0 20,0 20,0 20,0
acrílico com o lado semicircular
25,0 25,0 25,0 25,0
perpeņdincular ao eixo do laser;
2. Anotamos na folha de dados os meios 30,0 30,0 30,0 30,0
onde estavam os feixes incidente (crítico) e
refratado; 35,0 35,0 35,0 35,0
3. Giramos a mesa transferidora lentamente 40,0 40,0 40,0 40,0
até que o feixe refratado saísse rasante à
face plana da peça de acrílico;
4. Anotamos os ângulos crítico e refratado na
folha de dados; Tabela 2: Dados experimentais de Refração
5. Repetimos os passos 3 e 4 até anotarmos
os 6 valores dos ângulos críticos na folha Refração
de dados;
Semicírculo de Semicírculo de
6. Anotamos o comportamento do feixe
refletido ao ultrapassarmos os ângulo acrílico (face acrílico (face Caixa com
crítico. plana) semicircular) água
Por fim, o último procedimento foi semelhante ao Meio 1: Ar Meio 1: Acrílico Meio 1: Ar
segundo:
1. Posicionou-se o recipiente transparente Meio 2: Acrílico Meio 2: Ar Meio 2: Água
contendo água com a lateral do recipiente (θr ± (θi ± (θi ± (θr ±
(θi ± (θr ±
perpendicular ao eixo do laser; 0,5)° 0,5)° 0,5)° 0,5)° 1)° 1)°
2. Anotamos na folha de dados os meios
onde estavam os feixes incidente e 5,0 3,5 5,0 5,0 0 0
refratado, bem como o valor do ângulo de
refração para um ângulo de incidência de 10,0 7,0 10,0 13,0 10 7
0°; 15,0 10,0 15,0 22,0 20 15
3. Variamos o ângulo de incidência em 5°,
girando a mesa transferidora em sentido 20,0 13,0 20,0 30,0 30 20
horário; 25,0 16,0 25,0 39,0 40 27
4. Anotamos os ângulos incidente e refratado
na folha de dados; 30,0 19,5 30,0 48,0 50 32
5. Repetimos os passos 3 e 4 até que o ângulo
de incidência fosse 40°. 35,0 22,0 35,0 57,0 60 37
40,0 25,5 40,0 70,0 70 42

4. Tratamento de dados
Tabela 3: Dados experimentais de Refração

Durante o experimento, decidiu-se adotar a

Reflexão total
incerteza de ± 1° para a caixa com água e ± 0, 5°
(metade da menor divisão) para os demais, graças à (θc ± 0,5)°
visualização satisfatória do instrumento de medida.
Depois de realizar-se os procedimentos 42,0
experimentais necessários, organizou-se os dados 42,0
coletados de Reflexão, Refração e Reflexão Total
nas Tabelas 1, 2 e 3, respectivamente. 42,5
 42,0
42,0
42,0
4.1 Tratamento de Dados para Reflexão
Para determinar se existe uma relação entre os
ângulos de incidência e reflexão que estão dispostos
na Tabela 1, plotou-se o gráfico dos ângulos de
incidência obtidos contra os ângulos de reflexão
encontrados, tanto para o espelho plano quanto para
a face plana do semicírculo de acrílico.
Figura 3: Gráfico do ângulo de incidência
versus o ângulo refletido (ambos medidos em graus), para
o espelho plano.
Figura 4: Gráfico do ângulo de incidência versus o
ângulo refletido (ambos medidos em graus), para a face
plana do semicírculo de acrílico.
É interessante observar que os resultados gráficos
encontrados para os casos do espelho plano e face
plana do semicírculo de acrílico é uma reta de
coeficiente aproximadamente 1. Isso significa que o
ângulo incidente e refletido são muito próximos.
Essa conclusão está de acordo com a teoria física de
que os ângulos de incidência e reflexão devem ser
os mesmos.
Além disso, a variação entre os ângulos de
incidência e reflexão que houve no caso do
semicírculo, quando comparada com o caso do
espelho plano, se explica pelo fato de que num
espelho plano tem-se uma superfície bem lisa que
garante uma reflexão especular. Já no acrílico, a
superfície é mais rugosa, gerando uma reflexão
mais difusa.
4.2 Tratamento de Dados para Refração no
Acrílico
Vale ressaltar que, no contexto da óptica, também é
de grande importância entender como funciona a
refração em diversos tipos de materiais. Para tal,
utilizar-se-á a Lei de Snell, que relaciona os índices
de refração de cada material, com seus ângulos
incidentes e refratados: 𝑛1𝑠𝑒𝑛(θ𝑖) = 𝑛2𝑠𝑒𝑛(θ𝑟).
Nesse sentido, a melhor maneira de obter os índices
de refração do acrílico e da água através de métodos
gráficos, é por plotar o gráfico de
𝑛2
𝑠𝑒𝑛(θ𝑖) = 𝑛1 𝑠𝑒𝑛(θ𝑟), haja vista que na Tabela 2
já temos os dados de θ𝑖 e θ𝑟 tanto para o acrílico,
quanto para a água.
Para facilitar, vamos considerar:
● 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(θ𝑖)
𝑛2
● 𝑎= 𝑛1
● 𝑛1 = 𝑛𝐴𝑅 = 1, 00
● 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛(θ𝑟).
𝑛2
Logo: 𝑠𝑒𝑛(θ𝑖) = 𝑛1
𝑠𝑒𝑛(θ𝑟) ⇒ 𝑦 = 𝑎𝑥.
Já que vamos ter que aplicar seno nos ângulos das
tabelas, para a propagação de erros do cálculo
indireto do 𝑠𝑒𝑛(θ𝑖) e 𝑠𝑒𝑛(θ𝑟) , usou-se a seguinte
relação:
● Fórmula da propagação de erros
● θ =± 0, 5º =± 0, 00872665 𝑟𝑎𝑑
● 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) => 𝑓'(𝑥) = 𝑐𝑜𝑠(𝑥)
● σ = 𝑐𝑜𝑠(𝑥)² * (0, 00872665)²
Aplicando-se este método aos dados da
Tabela 2, obtém-se o gráfico da Figuras 5.
 𝑛2
Figura 5: Gráfico de 𝑠𝑒𝑛(θ𝑖) = 𝑛1
𝑠𝑒𝑛(θ𝑟) , para a
face plana do semicírculo de acrílico.
Calculando a incerteza por propagação de erros, e
considerando a incerteza dos ângulos dispostos na
tabela na ordem de ± 0, 5° = 0, 00872665 𝑟𝑎𝑑,
encontra-se:

𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜 2 = 1, 00/ 𝑠𝑒𝑛(θ𝑐)

𝑑(𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜)
𝑑θ𝑐
=− 𝑐𝑜𝑡(θ𝑐)𝑐𝑠𝑐(θ𝑐)
Substituindo θ𝑐 = 42,1º:
𝑑(𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜)
𝑑θ𝑐
=− 1, 65077

σ 𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜 2 = (− 1, 65077)² * (0, 00872665)² = 0, 0144057

Logo: 𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜 2 = 1, 492 ± 0, 014. Embora se

Sendo assim, se torna possível encontrar o índice de tenha convencionado apenas um algarismo
refração do acrílico. Pela curva que melhor se ajusta significativo na incerteza, manteve-se 2 para
ao gráfico, encontrou-se que: facilitar a comparação de erro relativo
𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜 percentual logo a seguir.
𝑎= 𝑛𝐴𝑟
= (1, 53 ± 0, 04).
Aceitando que o valor verdadeiro é 𝑁𝐴 = 1, 49, o
Assim: erro relativo percentual desse segundo método de
𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜= 𝑎 * 𝑛𝐴𝑟 = 1, 53. Para calcular a incerteza, análise é:
vamos considerar:
|1,492−1,49|
ε𝑛 𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜, 𝑚é𝑡𝑜𝑑𝑜 2 = 1,49
* 100% = 0, 134%
𝑑(𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜)
𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜= 𝑎 * 𝑛𝐴𝑟 ⇒ 𝑑𝑎
= 𝑛𝐴𝑟 = 1, 00.
A nível de comparação, ambos os métodos
σ𝑛,𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜 = (1, 00)² * (0, 04)² = 0, 04. apresentaram resultados satisfatórios. Porém, o
método de Reflexão total descreve de forma mais
Portanto: 𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜 = (1, 53 ± 0, 04). fiel o verdadeiro valor do índice de refração do
acrílico, isso porque o seu erro relativo foi abaixo
Aceitando que o valor verdadeiro é 𝑁𝐴 = 1, 49, o de 1% quando comparado ao valor teórico.
erro relativo percentual pode ser dado por:
Além disso, o erro maior no método gráfico pode
ε𝑛 𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜, 𝑚é𝑡𝑜𝑑𝑜 1 =
|1,53−1,49|
* 100% = 2, 68% ter sido causado pelo desafio imposto ao operador
1,49
de definir o ângulo refratado da peça acrílica num
ambiente muito claro e sem poder enxergar o
4.3 Tratamento de Dados para Reflexão experimento a um ângulo de 90º com o plano da
Total mesa, certamente causando distorções e erros.
Após o experimento de refração, observou-se 4.3 Tratamento de Dados para a Caixa com
também o fenômeno de Reflexão Total, em que o água
raio refratado saia rasante à face plana da peça de
acrílico. Os dados obtidos para os ângulos críticos Após o experimento de Reflexão Total, estamos
nos quais esse fenômeno ocorreu, estão na Tabela 3. habilitados a descobrir o índice de refração da água
dentro da caixa de acrílico, tendo em vista que, o
O valor médio dos ângulos críticos θ𝑐é: material acrílico certamente acarretará em
θ𝑐=
42,0+42,0+42,5+42,0+42,0+42,0
= 42, 1° modificações nos nossos dados.
6

Pensando de forma intuitiva, os raios de luz

Sabendo que o ângulo crítico da reflexão total tem a viajaram por um meio menos denso (ar), depois
𝑛2
relação 𝑠𝑒𝑛(θ𝑐) = 𝑛1 e que, n1 é o acrílico e, n2 para um mais denso (acrílico) e depois para a água,
o ar (n2 = 1,00), pode-se chegar à conclusão que: que tem índice 𝑛𝐻2𝑂 = 1, 33 — Então, o ângulo
refratado certamente irá se aproximar da normal e
𝑛𝐴𝑟
𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜 = 𝑠𝑒𝑛(θ𝑐)
⇒ 𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜 =
1,00
𝑠𝑒𝑛(42,1°)
⇒ 𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜 = 1, 49159 depois se afastar.

A melhor maneira de obter o índices de refração da
água por métodos gráficos, é por plotar o gráfico de
𝑛2
𝑠𝑒𝑛(θ𝑖) = 𝑛1 𝑠𝑒𝑛(θ𝑟), haja vista que na Tabela 3
Portanto: 𝑛𝐻2𝑂 = (1, 42 ± 0, 01).
Aceitando que o valor verdadeiro é 𝑁𝐻20 = 1, 33, o
erro relativo percentual pode ser dado por:

já temos os dados de θ𝑖 e θ𝑟 para a caixa com água. ε𝑛𝐻2𝑂 =

|1,42−1,33|
* 100% = 6, 77%
1,33
Para facilitar, vamos considerar:
● 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(θ𝑖)
𝑛2
● 𝑎= 5. Conclusões
𝑛1
● 𝑛1 = 𝑛𝐴𝑅 = 1, 00
● 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛(θ𝑟). Ao analisar os dados experimentais coletados, bem
𝑛2 como os resultados obtidos por técnicas de
Logo: 𝑠𝑒𝑛(θ𝑖) = 𝑠𝑒𝑛(θ𝑟) ⇒ 𝑦 = 𝑎𝑥.
𝑛1 tratamento de dados, chega-se à conclusão de que o
experimento realizado foi satisfatório.
Para a propagação de erros do cálculo indireto do Primeiramente, porque os dados coletados estavam
𝑠𝑒𝑛(θ𝑖) e 𝑠𝑒𝑛(θ𝑟) , usou-se a seguinte relação: de acordo com a teoria física esperada. Em segundo
● Fórmula da propagação de erros lugar, porque os resultados obtidos estão dentro da
margem de erro aceitável, menos de 5% quando
comparado ao valor real, excetuando o caso do
índice de refração da água, que teve um erro
percentual relativo de 6,77% — possivelmente,
● θ =± 1º =± 0, 0174533 𝑟𝑎𝑑 causado pelas condições experimentais de se ter
● 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) => 𝑓'(𝑥) = 𝑐𝑜𝑠(𝑥) usado um “frasco de Tic Tac” com índice de
● σ = 𝑐𝑜𝑠(𝑥)² * (0, 0174533)² refração desconhecido, que vazou água e molhou o
transferidor em que o operador visualizava os
Aplicando-se este método aos dados da ângulos, dificultando muito seu trabalho.
Tabela 2, obtém-se o gráfico da Figuras 6.
Além disso, foi possível concluir os objetivos
Figura 6: Gráfico de 𝑠𝑒𝑛(θ𝑖) =
𝑛2
𝑠𝑒𝑛(θ𝑟) , para a estipulados de determinar a lei da reflexão (como
𝑛1
face plana do semicírculo de acrílico.
foi atestado pela Tabela 1), determinar o índice de
refração de certos materiais, tal como o acrílico
(como mostra o tópico 4.2) e por fim, foi possível
determinar experimentalmente o valor do ângulo
crítico de um prisma acrílico (como mostrado em
4.3). Tais fatos contribuem para a afirmação de que
o experimento foi coerente e bem sucedido.

Deste modo, este estudo contribuiu para o

aprofundamento do conhecimento sobre o
comportamento da luz e a difração de seus raios em
diferentes meios, oferecendo uma base sólida para a
compreensão de fenômenos ópticos mais
complexos.
Sendo assim, se torna possível encontrar o índice de
refração da água. Pela curva que melhor se ajusta
ao gráfico, encontrou-se que: Referências
𝑛𝐻20
𝑎= 𝑛𝐴𝑟
= (1, 42 ± 0, 01). [1] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl.
Fundamentos de física. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009, vol. 4.
[2] NUSSZENVEIG, H. M. Curso de Física Básica: Ótica,
Assim: Relatividade, Física Quântica. 1. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜= 𝑎 * 𝑛𝐴𝑟 = 1, 42. Para calcular a incerteza, 2013.
[3] FASSARELA, Lúcio. Lei de Snell Generalizada. Revista
vamos considerar: Brasileira de Ensino de Física, Universidade Federal do Rio
Grande, Rio Grande, Brasil, v. 29, n.2, p. 175-187, setembro,
𝑑(𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜) 2007. Disponível em:
𝑛𝐻2𝑂= 𝑎 * 𝑛𝐴𝑟 ⇒ = 𝑛𝐴𝑟 = 1, 00. https://doi.org/10.1590/S1806-11172007000200002. Acesso em:
𝑑𝑎 23/08/2023.
σ𝑛,𝐻2𝑂 = (1, 00)² * (0, 01)² = 0, 01.