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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA


FÍSICA EXPERIMENTAL II

Experimento I : Verificação da 1ª lei da óptica geométrica

São Luís
2019
Experimento I: Verificação da 1ª lei da óptica geométrica
O presente relatório visa descrever a
verificação da primeira lei da óptica
geométrica, diante disso serão apresentados
dados em formas de tabelas, gráficos e
dados discretos para então ser feita uma
análise criteriosa dos mesmos, por fim, a
conclusão apresentará pontos para
compararmos a teoria e a prática e assim
contribuir para uma maior assimilação desse
conteúdo.

São Luís
2019
1 Introdução

A reflexão e a refração da luz são fenômenos ópticos relacionados à forma


com que a luz se propaga e podem ser percebidos em diversas situações diárias.
Quando a luz incide sobre uma superfície, ela pode ser refletida e refratada.
De acordo com a literatura, quando a luz atinge uma superfície separadora
de dois meios de propagação (transparentes), ela sofrerá reflexão se retornar ao
meio no qual estava se propagando é refletido formando um ângulo θ' (ângulo de
reflexão) com a normal (TASHIBANA, FERREIRA e ARRUDA, 1993). Já a refração
ocorre quando há passagem da luz por uma superfície (ou interface) que separa dois
meios diferentes, formando um ângulo θr (ângulo de refração) com a normal
havendo mudança de velocidade de propagação da luz. Entretanto, existem casos
especiais em que, dependendo do ângulo com que os raios luminosos incidem sobre
a superfície e do meio do qual a luz está vindo, não ocorre refração e toda a luz
passa a ser refletida. A esse evento dá-se o nome de reflexão interna total e o
mesmo possui aplicação prática em fibras ópticas utilizadas na medicina e nas
telecomunicações.
Para verificar tais fenômenos relacionados com a propagação da luz,
propomos o experimento exposto neste relatório.
2 Referencial Teórico

Em muitas situações conseguimos perceber a imagem de um objeto ou de


uma pessoa através de seu reflexo em um espelho no vidro de uma janela ou na
superfície da água (superfícies refletoras). Portanto na reflexão os raios de luz
incidentes sobre uma superfície retornam ao mesmo meio após a interação com a
superfície. Quando a reflexão ocorre em uma superfície lisa formando uma imagem
tal como a de um espelho, é chamada de reflexão especular. Por outro lado, os
objetos ao seu redor só são visíveis graças a reflexão, que neste caso é denominada
de reflexão difusa. Os feixes de luz provenientes da lâmpada que ilumina o
laboratório, ao incidirem em um objeto tal como um caderno sobre a mesa, é
espalhado em todas as direções, permitindo que qualquer aluno no laboratório possa
ver este caderno. A superfície do caderno é aparentemente lisa, mas na verdade
funciona para luz como uma superfície irregular (física, 2016).
Segundo Isaac Newton, a reflexão consiste no retorno de um feixe de luz ao
mesmo meio de propagação, quando incide numa superfície plana, onde este feixe
de luz consiste em uma partícula. Então, reflexão é fenômeno que consiste no fato
de a luz voltar a se propagar no meio de origem, após incidir sobre um objeto ou
superfície.
Na figura 1, podemos observar que os feixes luminosos estão representados
por um raio incidente, um raio refletido e consequentemente um raio refratado. A
orientação desses raios é medida em relação a uma direção, conhecida como
normal, que é perpendicular à interface no ponto que ocorre a reflexão e a refração.
O ângulo de incidência é 𝜃1 , o ângulo de reflexão é 𝜃1 ′ e o ângulo de refração 𝜃2 ;
todos esses ângulos são medidos em relação a normal. O plano que contém o raio
incidente e a normal é o plano de incidência. Quando o ângulo de incidência 𝜃1 é
formado, parte da energia é refletida formando um ângulo 𝜃1 ′ que é igual ao ângulo
de incidência. Esse resultado é conhecido como Lei de Reflexão e é válido para
qualquer tipo de onda.

𝜃1 ′= 𝜃2 ′ (1)
Figura 1: Representação de um feixe de luz incidente em uma superfície de água horizontal.
Fonte: (HALLIDAY, RESNICK e WALKER, 2009)

A outra parte dessa energia é refratada e forma o ângulo 𝜃2 com a normal,


quando a onda cruza uma interface onde a velocidade de onda é reduzida o ângulo
de refração é menor que o ângulo de incidência. Já quando acontece o oposto e o
raio de luz sai de um meio que tem maior índice de refração para um meio com
menor índice de refração, o ângulo do raio refratado se afasta da normal. O ângulo
de refração 𝜃2 depende do ângulo de incidência e a velocidade relativa das ondas
de luz nos dois meios.
Contudo o raio refratado está no plano no plano de incidência e tem um ângulo
de refração 𝜃2 que está relacionado ao ângulo de incidência 𝜃1 através da equação
seguinte:

𝓃1 sin 𝜃1 = 𝓃2 sin 𝜃2 (2)

Considerando que o meio um é o ar (nesse caso) e seu índice de refração


𝓃1 aproximadamente igual a 1,00 podemos obter o índice de refração 𝓃2
isolando 𝓃2 resolvendo pra sen θ e sen θ , da seguinte maneira:

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