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DIFRAÇÃO DA LUZ MONOCROMÁTICA EM OBSTÁCULOS E

FENDAS
Objetivo

• Verificar a natureza ondulatória da luz através de fendas e obstáculos.

Material Utilizado

1 Fonte de alimentação 3V DC
1 Laser de diodo 5mW – vermelho - 650nm
1 Conjunto de placas com fendas, obstáculos e orifícios diversos.
1 Suportes fixadores L metálicos.

Fig. 2.6.7 – Equipamento utilizado para estudo experimental da natureza ondulatória da luz.
Procedimentos Experimentais

1. Informações sobre as dimensões de orifícios e obstáculos:


2. Posicionar os componentes do experimento conforme mostra a figura 2.6.7.
3. Para melhores resultados o suporte com as amostras deve estar bem afastado (pelo menos
5 metros) da tela de projeção ou parede.
4. Fixar a amostra número 1 (5 fendas verticais por milímetro) no suporte L e posicionar o
conjunto a mais ou menos 10 cm do laser.
5. Ligar a fonte do laser de diodo e ajustar o posicionamento da amostra de modo que o feixe
incida exatamente sobre as fendas. Do cuidado desse procedimento é que depende uma
boa qualidade da projeção no anteparo.

Análise de Dados e Conclusões

1. Observar bem de perto a imagem projetada e descrever as suas características.


A imagem projetada apresenta um conjunto alinhado de regiões iluminadas e escuras que
correspondem a pontos das linhas ventrais e nodais respectivamente.

2. O que deve ter ocorrido com a luz ao atravessar a fenda para ter produzido uma sucessão
de regiões claras e escuras projetadas no anteparo?
Quando a luz encontra a fenda (ou obstáculo), os pontos laterais da fenda (ou obstáculo)
se comportam como fontes de ondas elementares (Princípio de Huygens). A superposição
dessas ondas resulta na formação de linhas ventrais (interferência construtiva) e nodais
(interferência destrutiva) que correspondem às regiões claras e escuras projetadas no
anteparo.

Fig. 2.6.9 - Difração da luz monocromática numa fendas verticais

3. Substituir a amostra 1 pela amostra 10 (um conjunto de 4 fendas de 0,05 mm, 0,10 mm,
0,15 mm e 0,20 mm de largura, respectivamente) e dirigir o feixe para a fenda e 0,05 mm
e obter as ventrais projetadas no anteparo. Observar cuidadosamente o distanciamento
entre as ventrais.

4. Dirigir o feixe laser para as fendas de maior largura (uma de cada vez). Observar e
descrever o que ocorre com o distanciamento entre as regiões claras e escuras projetadas
à medida que as fendas se tornam mais largas.
A difração se torna menos acentuada, isto é as ventrais e nodais se aproximam da ventral
central a medida que as fendas se tornam maiores.

5. Os resultados experimentais mostram que a luz apenas atravessou a fenda ou a


contornou? O que isso tem a ver com o comportamento da luz? Esse fato justifica o
comportamento ondulatório da luz?
Ao encontrar a fenda a luz sofre difração e a contorna conforme se verifica pela projeção
das linhas ventrais e nodais no anteparo. O fato da difração só ocorrer com a onda, mostra
que a luz possui comportamento ondulatório.

6. Substituir a amostra 10 pela amostra 5 constituída por uma série de quatro orifícios de
diferentes diâmetros.

7. Dirigir o feixe laser para o maior orifício e observar bem de perto a imagem projetada.
8. Descrever a imagem observada e explicar a sua formação.
As ventrais formam no anteparo regiões circulares concêntricas, claras (ventrais) e escuras
(nodais) que são as ventrais e nodais, resultado da interferência da luz difratada.

9. Dirigir o feixe para os orifícios menores e comentar o que ocorre com o distanciamento
entre as linhas projetadas à medida que os orifícios diminuem de diâmetro.
À medida que os orifícios diminuem de diâmetro as linhas ventrais e nodais ficam mais
afastadas.

10. Utilizar outras amostras (2 fendas verticais, rede de fendas verticais, grade, etc. e observar
as projeções resultantes.
MEDIDAS DE OBSTÁCULOS E FENDAS
MICROMÉTRICOS
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Quando a onda de luz monocromática (laser) atinge um orifício ou obstáculo os pontos


que delimitam este objeto funcional como fontes de ondas elementares (Princípio de
Huygens) e sofrem interferência formando linhas ventrais e nodais que podem ser
projetadas num anteparo. Medindo-se a distância a do objeto à tela, a distância x entre
uma ventral de ordem n e a ventral central e conhecendo-se o comprimento de onda λ da
radiação luminosa, pode-se determinar as dimensões(diâmetro D) do objeto.

θ
D
θ


=  + 


Se a distância do objeto ao anteparo for muito maior que a distância entre as ventrais,  ≫ ,
então:
∙∙
=

MEDIDAS DE OBSTÁCULOS E FENDAS
MICROMÉTRICOS

Objetivo

• Utilizar a difração da luz e disponibilizar um processo de medida de diâmetros


micrométricos com maior precisão que a fornecida pelos instrumentos usuais e sem
danificar a amostra.
Material Utilizado

1 Laser de diodo 5mW – vermelho – 650 nm


1 Fixadores L metálicos
1 Fio de cabelo fixado em placa com orifício.
1 trena de 5m

Fig. 2.6.10 – Montagem para medida de obstáculos e orifícios microscópicos.

Procedimentos Experimentais

1. Posicionar os componentes do experimento conforme mostra a figura 2.6.10.

2. Para melhores resultados e precisão nas medidas o suporte com as amostras deve estar
bem afastado (pelo menos 5 metros) da tela ou parede.

3. Fixar a amostra com o fio de cabelo humano no suporte L e posicionar o conjunto a mais
ou menos 20cm do laser.

4. Ligar a fonte do laser de diodo e ajustar o posicionamento da amostra de modo que o feixe
incida exatamente sobre o fio.
Fig. 2.6.10 - A

5. Medir a distância a da rede à tela e a distância x da ventral central até a ventral de 4a.
ordem (n =4).

6. Repetir o procedimento usando a distância entre a ventral central e da de terceira ordem.


Ventral de 4a
ordem

x
Laser

a
Fio de
cabelo Tela
Fig. 2.6.11 – Diagrama esquemático do experimento.

Análise de Dados e Conclusões

a x λ Dexp Valor médio


n
(m) (m) (10-9m) (10-6m) Dexp (10-6m)
4 2,40 0,085 650 73,4
73,3
3 2,40 0,064 650 73,1

1. Utilizar a expressão a seguir para calcular o diâmetro Dexp do fio de cabelo. Considerar
conhecido o comprimento de onda do laser fornecido pelo fabricante de λ = 650 nm:
 
= √ +  ≅
 
onde n = 4 pois x é a distância da ventral central (ordem zero) até a ventral de ordem 4.

  × .  × , 


= = = , .  
 , 

2. Repetir o procedimento utilizando a distância da ventral central à ventral de ordem 3.

  × .  × , 


= = = , .  
 , 

3. Verificar a coerência do valor experimental com valores mostrados na tabela.

Diâmetros de fios de cabelo


∅ (10-6 m)
finos grossos O fio de cabelo utilizado como amostra pode ser
46,4 65,0 classificado como grosso (retirado de uma
pessoa jovem e morena). Portanto comparando
52,0 68,4
o valor encontrado experimentalmente com o
44,3 75,0
tabelado pode-se concluir que são coerentes.
51,0 72,2
47,8 72,2
52,0 73,6

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