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DOUGLAS RODRIGUES1
Matrícula : 2018007103, Curso: ECA
LUIZ DE CAMPOS2
Matrícula : 2017013750, Curso: EEL
PEDRO SOUZA3
Matrícula : 2019007888, Curso: ECA
RAYANE FERNANDES4
Matrícula : 2017003324, Curso: EEL
THIAGO QUEIROZ5
Matrícula : 2017019010, Curso: EEL
VINICIUS REIS6
Matrícula : 2019014686, Curso: EEL
RESUMO: Este artigo tem como objetivo determinar o diâmetro de um fio de cabelo através da
análise da difração sofrida por uma luz que incide sobre ele.
INTRODUÇÃO
Os custos elevados de boas redes de difração, bem como a dificuldade em adquiri-las
fazem com que as universidades mostrem o tema da dispersão espectral mais a fundo, entretanto
para difundir tal assunto, utilizam várias versões e com fácil acesso, agora mais ainda com o
avanço da pandemia do covid-19. Através do pressuposto do roteiro disponibilizado, temos como
objetivo determinar o diâmetro de um fio de cabelo através da análise da difração sofrida por uma
luz que incide sobre ele, para isso utilizamos materiais de menor custo elevado.
Portanto cabe frisar que, com este trabalho demonstraremos qualitativamente, de uma
maneira fácil e direta o fenômeno da difração, utilizando os materiais descritos no roteiro.
1
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <vsrdouglas14@unifei.edu.br>
2
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <fellipeinocencio@unifei.edu.br>
3
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <pedro.hfsouza@hotmail.com>
4
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <rayane.carolina@unifei.edu.br>
5
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <thiaggojj@unifei.edu.br>
6
Universidade Federal de Itajubá. Itabira, MG, Brasil. <viniciusmirandareis40@gmail.com>
2
DESENVOLVIMENTO
Para a montagem do experimento foram utilizados os seguintes materiais:
● 1 fio de cabelo;
● 1 ponteira laser com comprimento de onda conhecido;
● 1 régua;
● 1 anteparo.
Utilizando um elástico, o fio de cabelo foi fixado na ponteira laser, bloqueando parte do
feixe de luz. O laser foi deixado em uma posição fixa incidindo sua luz sobre o fio, suscitando em
uma figura de interferência sobre o anteparo posicionado à frente do feixe da ponteira. Com isso
foram medidas a distância (x) entre o fio e o anteparo e a distância entre o eixo central e os
pontos de máximo (y), que seriam os pontos luminosos na figura de interferência para 8 distâncias
distintas. A figura de interferência observada no experimento está apresentada na figura 1.
FONTE: foto de arquivo pessoal da professora Edelma Eleto da Silva em captura 21/01/2021
d = mƛ yx (1)
Como a equação 2 é uma equação linear, comparando-a com uma função no formato
f(x)=ax, temos que o coeficiente angular (a), neste caso é dado por mƛ /d. Dessa relação
(a= mƛ /d) tem-se que o diâmetro do fio de cabelo será dado pela equação 3..
mƛ
d= a (3)
RESULTADOS E ANÁLISES
Como mostrado na Figura 2, a diferença entre os dois caminhos da fenda até o ponto P,
pode ser dada por
a
2 senθ (4)
onde a é a largura da fenda e θ é o ângulo entre a perpendicular ao plano da reta que liga o
centro da fenda ao ponto P.
O ponto P é uma franja escura, e para a ocorrência das mesmas, é necessário que as ondas
que chegam ao ponto P sejam defasadas de 1/2 ciclo, ou seja, 2λ .
Dessa forma, podemos afirmar que irá ocorrer uma franja escura quando:
a λ
2 senθ = ± 2 (5)
O sinal de ± afirma que existe uma simetria de franjas escuras acima e abaixo do ponto O.
A tela pode também ser dividida em mais partes, dessa forma a franja escura, de uma
forma mais geral é dada por
mλ
senθ = a (6)
para m =± 1, ± 2, ± 3, ... .
Figura 2: Seção reta de uma fenda horizontal. Quando a distância x até a tela é muito maior que a
largura a da fenda, os raios provenientes de pontos situados a uma distância a/2 podem ser
considerados paralelos.
O comprimento de onda para a luz é da ordem de 500nm , que é muito menor que a
largura de uma fenda, geralmente na ordem de 10−4 m , então pode-se fazer a aproximação de
senθ = θ . Então a equação 6 se torna a equação 7:
mλ
θ= a (7)
xλ
a= ym (9)
Padrões de difração
Segundo o princípio de de Babinet, o padrão de difração observado quando a luz incide na
abertura de qualquer forma é o mesmo que o padrão de difração observado quando a luz incide
sobre um objeto que é o complemento da abertura, ou seja, isso significa que, por exemplo, se
uma parte da placa opaca for cortada, deixando uma abertura de qualquer forma, a placa e a
parte removida produzirão respectivamente o mesmo padrão de difração. A figura de difração
originada pelo fio de cabelo é idêntica a de uma fenda com largura igual ao diâmetro do fio. Esse
fato é o que torna possível o cálculo do diâmetro do fio do modo como foi feito nessa prática. Isso
se deve porque quando o feixe passa por uma fenda com tamanho equivalente ao seu
comprimento de onda, a luz de diferentes áreas da fissura pode atingir o ponto da antepara com
uma fase diferente devido à diferença no caminho, que pode ser perturbadora ou destrutiva em
este ponto. A área onde ocorre a interferência construtiva total no padrão gerado na antepara é
chamada de máximo de difração, e a área onde ocorre a interferência destrutiva total é chamada
de mínimo de difração.
Fonte:PERUZZO, 2008.
Gráfico de X x Y
Por meio dos dados apresentados na tabela 1, foi gerado o gráfico apresentado na Figura
4.
Do ajuste linear realizado temos que o coeficiente angular encontrado foi de 0.0097 ±
0.0001. Através da equação 3, assumindo m = 1, temos que o diâmetro do fio igual a
65.8567±0.0001(μm).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o experimento, a difração de luz pode ser observada. A análise dos dados da
prática é a base para fortalecer o conceito teórico de difração. Foi possível por meio desse
experimento encontrar o diâmetro do fio de cabelo através da análise de sua figura de difração,
podendo assim, observar na prática o Princípio de Babinet.
O diâmetro de um fio de cabelo humano varia entre 60μm e 120μm, isso mostra que
através do experimento foi encontrado um diâmetro coerente (65.8567μm) considerando a
margem de erro de 0.0001μm.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, D.F; OGLIARI, P.J. Estatística para as ciências agrárias e biológicas com noções de
experimentação. Florianópolis: UFSC, 2010.
YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A.. Física IV: ótica e física moderna. 14. ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2016.