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DIFRAÇÃO
INTRODUÇÃO
O fenômeno de difração ocorre tipicamente quando uma onda encontra um
obstáculo ou uma abertura, sendo aplicável a vários tipos de ondas, incluindo ondas
sonoras, ondas na água e ondas eletromagnéticas. Neste contexto, focaremos na difração da
luz.
A difração da luz é caracterizada pelo desvio da luz ao redor de um obstáculo ou
abertura, invadindo a região da sombra geométrica do obstáculo. Esse fenômeno é mais
notável quando a luz atinge obstáculos com dimensões comparáveis ao seu comprimento de
onda (λ), que normalmente varia de 0,4 a 0,7 µm na faixa da luz visível.
Na Física Clássica, o fenômeno de difração é explicado pelo princípio de
Huygens-Fresnel, que postula que cada ponto de uma frente de onda atua como uma fonte
pontual de ondas esféricas durante a propagação. Essas ondas esféricas originárias de
pontos individuais interferem entre si, resultando em um padrão de difração em um
anteparo.
O padrão de difração de fenda única ocorre quando uma onda plana incide em uma
fenda estreita o suficiente para que o fenômeno da difração seja observado. Nesse caso,
quando a onda atravessa a fenda, ela se espalha e forma um padrão de franjas no anteparo
localizado a uma certa distância.
Quando uma onda de luz incide em uma fenda estreita, ocorre um fenômeno
chamado difração, que produz um padrão de difração de fenda única no anteparo. Nesse
padrão, podem ser observados diferentes picos de intensidade luminosa, que são
conhecidos como ordens de difração.
Essa equação revela que as diferentes ordens de difração estão dispostas de forma
regular no anteparo. Por exemplo, a distância entre a ordem 0 (pico central) e o primeiro
ponto de mínimo à direita é igual à distância entre esse primeiro ponto de mínimo e o
segundo ponto de mínimo, e assim por diante. Além disso, é importante notar que, quanto
menor for a largura da fenda a, maior será o espaçamento entre as diferentes ordens de
difração. Portanto, o fenômeno da difração se torna mais evidente quando a luz encontra
obstáculos pequenos.
Vamos explorar o que acontece quando substituímos uma única fenda por duas
fendas próximas. Esse experimento, conhecido como fenda dupla, teve grande importância
histórica, pois permitiu a Thomas Young (1773-1829) corroborar experimentalmente a teoria
ondulatória da luz e realizar medições dos comprimentos de onda.
Ao colocar uma fenda dupla na trajetória da luz, ocorre a formação de franjas claras
e escuras no anteparo, criando um padrão de interferência. Na Figura 2, podemos observar a
distância d entre os centros das duas fendas e a figura de interferência resultante no
anteparo. Neste padrão, um pico mais alto indica uma maior intensidade luminosa, ou seja,
uma franja clara mais brilhante.
Figura 2: Padrão de difração de uma fenda dupla com espaçamento 𝑑 entre as fendas.
O cálculo das posições onde as franjas claras se formam no anteparo revela uma
equação muito similar à equação (1) obtida para a fenda única. A diferença é que devemos
substituir a largura a da fenda única pela distância d entre os centros das fendas 1 e 2. Além
disso, no caso da fenda dupla, a m-ésima ordem de difração é marcada pelo m-ésimo
máximo de intensidade à direita (ou esquerda) do pico central. A equação para a fenda
dupla é:
MATERIAIS E MÉTODOS
Materiais
Para a realização do experimento, foram necessários os seguintes materiais:
• Laser;
• Lâmina com fendas e orifícios de várias dimensões,;
• Suporte para lâmina;
• Anteparo;
• Trena;
• Detector de luz.
Método Experimental
A prática relacionada ao fenômeno da difração foi inicialmente realizada
utilizando um dispositivo de fenda dupla, como pode ser observado no Figura 1.
Primeiramente, foi medida a distância da fenda até o anteparo utilizando a trena e então o
feixe do laser foi direcionado à fenda dupla, que foi identificada pela lâmina. Foram
realizadas as projeções de cada padrão de interferência no anteparo, marcadas
posteriormente para análise, e foram medidas as distâncias dos dois primeiros máximos de
intensidade em relação ao meio do máximo principal. Todos os dados obtidos foram
devidamente anotados.
Para o dispositivo de fenda simples, após medir a distância entre a fenda e o
anteparo, foi medida a espessura do máximo principal para cada padrão de intensidade. Os
dados obtidos também foram adotados para análise.
Neste caso, como a inclinação da hipotenusa é muito pequena, a tangente dos ângulos será
igual ao seno. Com essas medidas, pode ser calculada a largura da fenda por meio da
seguinte fórmula:
𝑑 𝑠𝑒𝑛θ = 𝑚λ
m Ym tgθ θ sen θ λ
m0 0 0 0 0 0
m Ym tgθ θ sen θ λ
m0 0 0 0 0 0
m Ym tgθ θ sen θ λ
m0 0 0 0 0 0
m Ym tgθ θ sen θ λ
m0 0 0 0 0 0
Para a prática utilizando o dispositivo de fenda simples, foi medida a largura do máximo
principal nas projeções e seu valor foi anotado para as medidas de a= 0,16 , 0,08, 0,04 e
0,02. Esses valores foram utilizados junto a outras informações como a distância da fenda ao
anteparo, de 567,5cm, para encontrar também a largura da fenda pela fórmula:
𝑎* 𝑦𝑚𝑖𝑛
λ= 𝑚*ℎ
Tabela 5: Valores obtidos durante o experimento de fenda simples, com seus respectivos
valores de a, y min e o resultado do cálculo de λ .
0,16 0,0285 −7
8, 0352 𝑥 10
0,08 0,057 −7
8, 0352 𝑥 10
0,04 0,113 −7
7, 967 𝑥 10
0,02 0,226 −7
7, 9647 𝑥 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O relatório descreve de forma clara e detalhada os experimentos realizados com
fendas simples e fendas duplas, incluindo medições e cálculos para determinar a largura das
fendas. São discutidos os possíveis erros e interferências que afetaram os resultados obtidos.
REFERÊNCIAS
1. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de fisica, Volume 1. [s.l.] John
Wiley & Sons, 2017.
2. INTERFERÊNCIA E DIFRAÇÃO DA LUZ INTRODUÇÃO. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<https://www.fisica.ufmg.br/ciclo-basico/wp-content/uploads/sites/4/2020/05/Inter
ferencia_e_difracao-da-luz.pdf>. Acesso em: 28 jun. 2023.