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2015/2016
Na figura seguinte são mostradas fotografias, de uma série de fontes pontuais, que foram
tiradas interpondo orifícios cada vez mais pequenos. O conjunto poderia representar, por
exemplo, uma constelação de estrelas. A difracção das ondas a partir dos bordos do orifício
limita o detalhe da informação que é possível receber. À medida que o orifício através do
qual se observa o conjunto das fontes pontuais se torna mais pequeno, a figura de difracção
de cada ponto dispersa-se e
começa a sobrepor-se com
as imagens de difracção dos
outros pontos.
O fenómeno da difracção é explicado pelo princípio de Huygens-Fresnel que propõe que
cada ponto de uma frente de onda não obstruída constitui, em qualquer instante, uma fonte
de ondas esféricas secundárias com a mesma frequência da onda primária. Deste modo, a
amplitude do campo em qualquer ponto do espaço é dada pela sobreposição de todas essas
ondas (tendo em conta as suas amplitudes e fases relativas).
Considere-se agora o caso de uma fenda (abertura rectangular)
suficientemente afastada do ecrã onde se observa o fenómeno.
Neste caso podemos observar um padrão de difracção de
Fraunhofer, constituído por zonas claras (interferência
construtiva) e escuras (interferência destrutiva) distribuídas ao
longo de uma direcção perpendicular à fenda. A condição geral
para o aparecimento de mínimos, correspondentes a
interferência destrutiva, é dada por:
λ
sen(θ) = m com m = ±1, ± 2, ± 3, ... (1)
a
sendo a a largura da fenda e λ o comprimento de onda da radiação. Nas condições referidas
acima, a distância L é suficientemente grande para que a seguinte aproximação seja válida:
y
sen(θ) = (2)
L
em que y representa a distância ao centro do ecrã. Deste modo, podemos escrever para a
localização dos mínimos:
λ ⋅L
ym =m com m = ±1, ± 2, ± 3, ... (3)
a
Se tivermos duas fendas, para além da interferência devido à fenda, temos também de
considerar a interferência resultante das duas ondas que vêm de cada uma das fendas (esta
situação corresponde à experiência realizada por Young).
De forma a termos uma interferência construtiva num determinado ponto P do ecrã, é
necessário que a diferença de percurso óptico r2-r1 seja um múltiplo do comprimento de
onda. Sendo assim, essa condição é definida pela equação:
d ⋅ sen(θ) = m ⋅ λ com m = ±1, ± 2, ± 3, ... (4)
*
ver capítulo 37.3, 37.4 e 38.2 do Seway & Jewett.