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Universidade Federal do Oeste da Bahia

Centro Multidisciplinar de Bom Jesus da Lapa

Cindy Haira Almeida Santos


Gustavo De Oliveira Carvalho
Lucas Mateus Da Silva Lopes
Renato Oliveira Rodrigues

3º Experimento em grupo: Radiação de corpo negro

Bom Jesus Da Lapa - Bahia


17/08/2021
Cindy Haira Almeida Santos
Gustavo De Oliveira Carvalho
Lucas Mateus Da Silva Lopes
Renato Oliveira Rodrigues

3º Experimento em grupo: Radiação de corpo negro

Trabalho apresentado à disciplina de


Física Experimental IV, da turma 01,
do curso de Engenha Elétrica, como
parte da avaliação referente ao
semestre em questão.
Professor (a): Prof. Adelmo
Saturnino de Souza

Bom Jesus Da Lapa - Bahia


17/08/2021
1- Introdução:

No final do século XIX e começo do século XX, a teoria clássica da física


apresentou falhas em relação aos estudos da emissão de um corpo negro.
De modo que este emite um espectro de radiação universal que
depende apenas de sua temperatura, não de sua composição. Além de
absorver toda a radiação que incide sobre eles, são ineficientes para a reflexão
dos mesmos.
No entanto os conhecimentos da física clássica eram limitados até
aquele momento e não conseguia explicar alguns resultados teóricos que não
condiziam com a realidade, como por exemplo, os espectros do ultravioleta
com uma intensidade tendendo ao infinito, o que viola a lei da conservação de
energia. Dessa forma, essa falha é conhecida como a catástrofe do ultravioleta,
também chamada catástrofe de Rayleigh-Jeans.
Assim, a hipótese quântica de Planck forneceu um modo natural de
suprimir a emissão espectral de um corpo negro em comprimentos de onda
curtos e, portanto, “evitou a catástrofe ultravioleta” [1].

Dedução de Planck para a emissão espectral, Lei da radiação de Planck:


2 πh c2
I(λ) = hc
−1 (Equação 01)
λ5 (e λKT )

I(λ) = Emissão espectral do corpo negro;


h= Constante de Planck;
c²= Velocidade da Luz no Vácuo;
λ= Comprimento de onda;
K= Constante de Boltzmann;
T= Temperatura absoluta do corpo negro.

Por volta de 1900, a radiação do corpo negro foi bastante estudada,


algumas características foram estabelecidas.
A exemplo da intensidade total I (dada pela taxa média de radiação de
energia por área de superfície unitária ou potência média por área emitida da
superfície de um irradiador ideal) proporcional à quarta potência da
temperatura absoluta. Esta é a lei de Stefan-Boltzmann [1]:

I = σ . T 4(Equação 02)

I= Intensidade do corpo negro;


σ = Constante de Stefan-Boltzmann;
T= Temperatura absoluta do corpo negro.

A Figura 01 mostra as emissões espectrais medidas I(λ) para a radiação


do corpo negro em três temperaturas diferentes. Cada uma possui
comprimento de onda de pico λm, em que a intensidade emitida por intervalo de
comprimento de onda é maior. A experiência mostra que λm é inversamente
proporcional a T, de modo que seu produto é constante e igual a 2,90 X 10 -3 m.
K. Essa observação é chamada de lei do deslocamento de Wien [1].

λ m . T =2,90 X 10−3 m . K (Equação 03)

λ= Comprimento de onda de pico na curva de emissão espectral;


T= Temperatura absoluta do corpo negro.

Figura 01 - emissão espectral I(λ) para a radiação a partir de um corpo negro.


Fonte: (YOUNG; FREEDMAN, 2016, p.259)

2- Objetivo:

O experimento relatado neste documento teve como objetivo verificar


através de simulações não só a lei de Stefan-Boltzman como também a lei de
Wien, de modo a determinar, através das ferramentas dispostas no laboratório
virtual de Física Experimental IV, valores que viabilizem a solução das
equações descritas neste relatório.

3- Materiais e Métodos

 Notebook com acesso à internet;


 Simulador disponível em:
<https://phet.colorado.edu/sims/html/blackbodyspectrum/latest/blackbody-
spectrum_pt_BR.html >
 Programa SciDavis para plotar gráficos;
 Excel para realização dos cálculos;
Primeiramente utilizamos a plataforma phet colorado para simular o
espectro do corpo negro e obter as medidas da densidade de potência máxima,
como demostrando na figura 2, para 10 temperaturas diferentes.

Figura 2: Densidade de potência máxima.

Fonte: própria.

Posteriormente, anotamos o comprimento de onda 𝜆𝑚𝑎x para as 10


temperaturas diferentes como demostrado na figura 3.

Figura 3: comprimento de onda.

Fonte: própria.
Por fim, simulamos a temperatura do sol, como demostrado na figura
4, e analisamos o espectro da radiação do corpo negro nessa temperatura.

Figura 4: Temperatura do sol.

Fonte: própria.
Após a coleta dos dados, foi utilizado o Software Excel para realização
dos cálculos necessários para o preenchimento das tabelas, bem como o
software para encontrar o gráfico e coeficientes lineares SciDavis.

4- Resultados e discursão:
Tabela 1: Densidade de potência máxima em função da temperatura.

Ptotal(W/m 2) T 4 (k)
6.89 x 10 4 1,2155 x 1012
6,64 x 105 1,1713 x 1013
3,24 x 10 6 5,7191 x 1013
1,01 x 107 1,7748 x 1014
2,43 x 107 4,2859 x 1014
4,31 x 10 7 7,5969 x 1014
6,20 x 107 1,0931 x 1015
1,11 x 10 8 1,9556 x 1015
1,79 x 108 3,1640 x 1015
2,89 x 108 5,0983 x 1015
Gráfico 1 Temperatura T4 em função da densidade de potência P Total. Feito no SciDavis.

Foi encontrado a partir o software no qual o gráfico foi plotado


(SciDavis), o coeficiente angular, Α 6,67 x 10−8, como está expresso na
imagem retirada do software SciDavis.

Imagem 1 recorte da progressão linear do gráfico 1 no SciDavis.

Tabela 2: Tabela dos resultados para constante de Stefan-Boltzmann.

Constante de
Stefan-Boltzmann
σ (W/m2.K2)
5,67x10-8
5,67x10-8
5,67E-08
5,69E-08
5,67E-08
5,67E-08
5,67E-08
5,68E-08
5,66E-08
5,67E-08

  Os resultados obtidos na tabela foram adquiridos através de cálculos


feitos no Excel, com o uso da seguinte equação encontrada a partir da
Equação 2.
PTotal
σ= (Equação 4)
T4

1
Tabela 3: Comprimento de onda, λ máx, em função do inverso da temperatura,
T
, em Kelvin.

1 −1
λ máx ( μm) (K )
T

2,76 0,000952
1,566 0,000541
1,054 0,000364
0,794 0,000274
0,637 0,00022
0,552 0,00019
0,504 0,000174
0,436 0,00015
0,386 0,000133
0,343 0,000118
Gráfico 2 Comprimento de Onda em função do inverso da temperatura. Feito no SciDavis

De acordo com a progressão linear, o valor do coeficiente linear do gráfico 2 é


A=2,897 x 103, Que por sua vez é equivalente a constante de deslocamento de
Wien.

Imagem 2 Recorte da progressão linear do gráfico 2 retirado do SciDavis.

Tabela 4: Resultados dos cálculos para determinar o deslocamento de Wien


para todas as amostras experimentais.

Deslocamento de
Wien (K.m)
2,90x103
2,897x103
2,898 x103
2,898 x103
2,898 x103
2,90x103
2,898 x103
2,899x103
2,895 x103
2,898 x103
Os resultados expressos na tabela 4, foram produzidos com o Excel através da
equação 3, para determinar a equivalência dos valores e comprovar a lei de
Wien

5- Conclusão:

A Mecânica Quântica apresentou, durante o século XX, mudanças


conceituais revolucionárias, transformando profundamente a Física, o modo
como interpretamos o mundo e também a maneira pela qual a pesquisa é
desenvolvida, permitindo que muitas novas áreas surgissem e sendo
responsável por praticamente todo o progresso tecnológico de nossa era.
Além disso, este trabalhou ressaltou o fato de que a Física, assim como
toda ciência, se desenvolve gradualmente ao longo do tempo.

À medida que a temperatura aumenta, o pico de I(λ) torna-se maior e


desloca- -se para comprimentos de onda mais curtos

6- Bibliografia:

[1] YOUNG, H. D.; FREEDMAN, D. A. Física IV: Ótica e Física Moderna. Vol.
04, 14ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.
[2] blackbody spectrum. PHET, 2021. Disponivel em:
<https://phet.colorado.edu/sims/html/blackbody-spectrum/latest/blackbody-
spectrum_pt_BR.html>. Acesso em: 17/08/2021.

https://www.moderna.com.br/fundamentos/temas_especiais/radiacao_corpo_ne
gro.pdf

https://rumoaoita.com/wp-
content/uploads/2017/02/fisica_moderna_capitulo_um_ita.pdf

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