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4 AL 3.1 ONDAS: ABSORÇÃO, REFLEXÃO, REFRAÇÃO E REFLEXÃO TOTAL

OBJETIVO GERAL
Relatórios das atividades laboratoriais

Investigar os fenómenos de absorção, reflexão, refração e reflexão total, determinar o índice


de refração de um meio em relação ao ar e prever o ângulo crítico.
a realização da atividade laboratorial proposta irá permitir investigar os
fenómenos de absorção, reflexão, refração e reflexão total, através do estudo
do comportamento da luz na presença de diferentes materiais. a medição
de ângulos de refração para diferentes ângulos de incidência permite traçar
e analisar o gráfico que relaciona estas grandezas e, assim, determinar o
índice de refração relativo dos dois meios. O conhecimento do ângulo crítico
para reflexão total permite verificar o fenómeno da reflexão total para
ângulos de incidência superiores ao mesmo.
Quando uma onda, durante a sua propagação num dado meio, encontra um outro meio, interage com
ele, dando origem a fenómenos ondulatórios. Uma parte da sua energia é refletida, outra é absorvida e
uma terceira parte pode ser refratada e propagar-se no segundo meio. a repartição da energia da onda
que incide na superfície de separação dos meios (parte refletida, parte transmitida e parte absorvida)
depende da frequência da onda incidente, do ângulo de incidência e dos materiais. a propagação
através de qualquer meio diferente do vácuo é acompanhada de perdas de energia da onda (absorção)
causadas pelas partículas do meio.

Parte I Preparação da atividade laboratorial


O que é preciso saber…

1 Descreva os fenómenos de absorção, de reflexão e de refração, evidenciando as alterações das


características da onda incidente.
O fenómeno de absorção ocorre quando há transferência de parte da energia de uma onda para o meio
onde ela se está a propagar. Como consequência, observa-se uma diminuição da intensidade da onda
à medida que a onda se propaga nesse meio.
A reflexão ocorre quando uma onda, propagando-se num dado meio, interage com um segundo meio
resultando uma onda (onda refletida) que continua a propagar-se no mesmo meio. Desta forma, não há
alteração na velocidade de propagação (que só depende do meio), nem na frequência (que só depende
da fonte). O comprimento de onda da onda refletida é igual ao comprimento de onda da onda incidente.
Uma onda sofre refração quando transpõe a fronteira de separação entre dois meios de propagação,
passando então a propagar-se no outro meio. Nesse caso, a velocidade de propagação e o comprimento
de onda sofrem variação, no entanto, não há alteração no valor da sua frequência.

2 O que significa um material ser opaco à radiação? E transparente?


Um material diz-se opaco à radiação quando não a transmite, ou seja, não se deixa atravessar por ela
(a maior parte da energia incidente é absorvida; são mínimas as parcelas de energia refletida e refratada).
Diz-se transparente quando ocorre a transmissão da onda nesse meio, ou seja, quando se deixa
atravessar pela radiação eletromagnética (grande parte da energia incidente sobre ele é refratada).
No entanto, um material pode ser opaco a uma dada radiação com determinada frequência e transmitir
para outras frequências. Por exemplo, o corpo humano é opaco para a luz visível e transparente para
os raios X; os vidros comuns são materiais transparentes na gama espetral do visível, embora opacos
na gama espetral do IV longínquo e numa larga percentagem da radiação UV.

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4
3 Ra
A figura mostra dois meios transparentes e a do

Normal
io
inc eti
respetiva fronteira de separação. Quando um feixe ide refl
nte io
de luz passa de um meio para outro, parte da luz é Ra

Relatórios das atividades laboratoriais


refletida e parte continua a propagar-se no segundo a a’
meio. Cada um dos meios é caracterizado por um meio 1 n1
parâmetro adimensional — o índice de refração.
meio 2 n2

Ra
3.1 enuncie as Leis da reflexão e da refração.

io r
b

efr
Os ângulos de reflexão, a1’, e de refração, a2, são

ata
do
obtidos sabendo que:
— Os raios refletido e refratado estão no mesmo plano definido pelo raio incidente e a normal
à fronteira de separação no ponto de incidência, que é designado por plano de incidência.
— O ângulo de reflexão, a1’, é igual ao ângulo de incidência, a1.
— Os ângulos de incidência e refração estão relacionados pela Lei de Snell:
u6p242h2
n1 sen a1 = n2 sen a2
3.2 Qual dos meios, 1 ou 2, é mais refrangente? Justifique a sua resposta.
O meio 2 é mais refrangente.
Diz-se mais refrangente o meio que apresenta maior índice de refração, ou seja, menor velocidade
de propagação (inversamente proporcionais) e no qual (passando a luz de um meio menos
refrangente para outro mais refrangente) o raio refratado se aproxima da normal.
Quando um raio de luz passa de um meio para outro, altera a sua velocidade, sofrendo, como
consequência, um desvio na sua direção de propagação. O índice de refração que caracteriza um
dado meio traduz a relação entre velocidade da luz no vazio (c) e a velocidade da luz nesse meio (v):
c
n = v . Quanto maior for a diferença de velocidade entre os dois meios maior será o desvio
observado na direção de propagação da luz ao atravessar o interface que os separa.

4 Um feixe de luz ao incidir na superfície que separa dois meios transparentes pode sofrer uma
reflexão total. Refira as condições para que essa situação ocorra.
São condições para que ocorra reflexão total:
— A luz propagar-se do meio com maior índice de refração (mais refrangente; menor velocidade
de propagação) para o meio com menor índice de refração (menos refrangente; maior velocidade
de propagação);
— A luz incidir com um ângulo superior ao ângulo crítico (ângulo de incidência, ac, para o qual
o ângulo de refração, a2, é igual a 90°). Se se aumentar o ângulo de incidência além deste valor
não haverá raio refratado, isto é, toda a luz será refletida).

Refletir e construir o procedimento experimental…

Na figura ao lado está esquematizada a montagem


que representa um método utilizado para o estudo
do comportamento da luz (fenómenos de absorção, Ângulo
de refração
reflexão, refração e reflexão total, comuns aos vários Ângulo
tipos de ondas) na presença de diferentes materiais de incidência
com os mais diversos formatos.
Experimentalmente, quando um feixe de luz incide
obliquamente à superfície de separação que separa dois
meios diferentes, é possível observar o caminho percorrido pela luz
e o seu comportamento em relação à reta normal (imaginária) que
passa pelo ponto de incidência. Verifica-se que uma parte da luz é u6p242h4
refletida e que outra é refratada, continuando a propagar-se
no segundo meio.

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4 1 Ainda que os fenómenos observados sejam os mesmos, a utilização de diferentes tipos


de radiação, na realização do estudo do comportamento da luz, afeta os resultados obtidos.
Porquê?
Relatórios das atividades laboratoriais

Nas mesmas condições de interface, ainda que os fenómenos observados sejam os mesmos (comuns
a todas as ondas), os resultados seriam diferentes no caso do ângulo de refração, uma vez que o índice
de refração depende não só do tipo de meio como da radiação nele incidente.

2 De acordo com a representação esquemática anterior, faz-se incidir o raio luminoso exatamente
no centro de um corpo semicircular. Justifique este procedimento.
Faz-se incidir o raio luminoso exatamente no centro do corpo semicircular para que os raios refratados
surjam sempre perpendiculares à superfície curva (na direção do raio) e, deste modo, não sofram desvio
ao mudar de meio.

3 Deduza a expressão que permite efetuar o cálculo do ângulo crítico de reflexão interna total.
O ângulo crítico de reflexão total (ac) é o ângulo para o qual um raio de luz incidente
(a partir do meio mais refrangente, n1 > n2) se refrata paralelamente à superfície de separação entre
os dois meios (a2 = 90°). O cálculo do ângulo crítico obtém-se da Lei de Snell-Descartes:
n1 sen a1 = n2 sen a2
n1 sen ac = n2 sen 90°
n2
sen ac = n
1

De acordo com a equação acima, o seno do ângulo crítico é dado pelo quociente entre o índice de refração
do meio menos refrangente e o índice de refração do meio mais refrangente (n1 > n2). Deste modo:

ac = arcsen d n n
n2
1

4 Pesquise sobre a estrutura de um cabo de fibra ótica e quais as propriedades que permitem que
a luz se propague ao longo do mesmo.
SUGESTÃO: Elabore um esboço, devidamente legendado, exemplificativo da estrutura e do princípio
de funcionamento.

Cabo
Revestimento
Camada de refração (125 μm)

Fibra ótica (62 μm)


Fibra de fortalecimento

Um cabo de fibra ótica, conforme ilustra a figura, é formado por um núcleo muito fino de um material isolador
elétrico (em geral, vidro de alta pureza) e por uma camada exterior (também de material isolador elétrico, vidro
ou plástico) com índice de refração ligeiramente inferior ao do núcleo. Podem também estar presentes, para proteger
fisicamente a fibra, uma ou várias camadas de material de revestimento para amortecer o impacto e resistir à tensão
mecânica.
Educateca_AL31_P4h1
A fibra ótica é um fio de vidro de elevada transparência (de modo a evitar uma acentuada atenuação do sinal),
com diâmetro semelhante ao de um fio de cabelo, onde a luz se propaga. O seu índice de refração é tal (superior
ao do seu revestimento) que um raio que incida com um ângulo bem definido numa das suas extremidades
se propaga até à outra extremidade com baixa dissipação de energia, através de reflexões totais nas suas paredes.

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Parte II Execução da atividade laboratorial
Material utilizado no procedimento experimental…

Relatórios das atividades laboratoriais


•   Fonte de luz •   Semicírculo de acrílico/vidro (ou equivalente)
•   Conjunto de diversos materiais (vidro, plástico,  •   Fibra ótica ou vareta de acrílico/vidro de formato curvo
metal, acrílico, água, glicerina, …) •   Calha ótica com os respetivos suportes
•   Caixa de acrílico (ou equivalente) •   Suporte circular graduado (disco de Hart)
•   Placa refletora (ou equivalente)
SUGESTÃO para o professor: No caso de não possuir um suporte circular graduado, ou equivalente, pode
fotocopiar a imagem seguinte e facultá-la aos alunos para a realização da atividade.

Execução do procedimento experimental

•   Faça a montagem do conjunto fonte de luz e suporte circular graduado, de acordo com o material disponível 
e a figura que ilustra a montagem experimental.
Educateca_AL31_P5h1
•   A atividade pode ser realizada com luz visível ou outra. Se for utilizada uma fonte de luz laser 
devem ser cumpridas as normas de segurança referidas na página 245.
•   Se necessário, use dispositivos de abertura vertical, entre a fonte de luz e os diferentes 
materiais, de modo a colimar convenientemente o feixe.
•   Para que as observações e medições sejam feitas com precisão, certifique-se de que, durante a realização 
dos diferentes ensaios, o suporte circular graduado (ou alternativa) está devidamente posicionado.
•   Tenha em atenção a escala dos instrumentos de medida e conceba tabelas de registo de dados de forma  u6p242h6

a sistematizar a informação relevante (grandeza física; menor divisão da escala; digital/analógico; incerteza
absoluta de leitura; …).
SUGESTÃO: Pode efetuar um registo fotográfico/vídeo do observado. tenha em atenção os cuidados a ter se utilizar
uma fonte de luz laser.

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4
Tabela 1 Caracterização dos instrumentos de medida
aparelhos de medida Disco de Hart/Transferidor
Grandeza física Ângulo
Relatórios das atividades laboratoriais

Menor divisão de leitura/unidade 1°
Digital/analógico analógico
Incerteza absoluta de leitura/unidade ! 0,5°

A — Estudo do comportamento da luz na presença de diferentes materiais


•   Faça incidir luz em diferentes materiais, segundo vários ângulos, e avalie a sua capacidade refletora, 
a transparência e a diminuição da intensidade do feixe ou a mudança da direção do feixe de luz.
NOTA: Utilize a caixa de acrílico para estudar o comportamento nos líquidos (exemplo: água, glicerina).
realize o número de ensaios que considere suficientes para o estudo do comportamento da luz na presença
dos diferentes materiais, no que respeita aos fenómenos de absorção, reflexão, refração e reflexão total.
SUGESTÃO: Faça a luz incidir perpendicularmente e, de seguida, obliquamente à superfície do material. 
Observe o caminho percorrido pelo raio de luz nos dois meios (ar e material), o seu comportamento em relação
à normal e as variações na intensidade.

Tabela 2 registo das observações que permitem o estudo do comportamento da luz na presença de diferentes materiais
MATERIAL REFLEXÃO TRANSPARêNCIA REFRAÇÃO
transparente à radiação visível; diminuição O feixe é refratado,
Vidro reflexão regular
da intensidade do feixe impercetível. aproximando-se da normal.
transparente à radiação visível; diminuição O feixe é refratado,
acrílico reflexão regular
da intensidade do feixe percetível. aproximando-se da normal.
Metal
reflexão regular Opaco à luz visível.
(lado polido)
Metal
reflexão difusa Opaco à luz visível.
(lado não polido)
Água (dentro de transparente à radiação visível; diminuição O feixe é refratado,
recipiente de plástico) da intensidade do feixe impercetível. aproximando-se da normal.
transparente à radiação visível;
Glicerina (dentro de  O feixe é refratado,
diminuição da intensidade do feixe
recipiente de plástico) aproximando-se da normal.
à saída, mas percetível (ocorre absorção).

B — Estudo da reflexão da luz na superfície de um corpo


•   Faça incidir o raio luminoso no centro de uma placa refletora, colocada no centro do suporte circular 
graduado, meça e registe os ângulos de incidência e de reflexão para diferentes ângulos de incidência.
NOTA: efetue um número suficiente de medições de modo a relacionar ambos os ângulos e tirar conclusões.

Tabela 3 registo das medições diretas que permitem


o estudo da reflexão da luz na superfície de
um corpo
Ângulo de incidência, a1 Ângulo de reflexão, a1'
! 0,5/° ! 0,5/°
10,0 10,0
20,0 20,0
30,0 30,0
40,0 40,0
45,0 45,0

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4
C — Determinação do índice de refração relativo de dois meios
•   Faça incidir o raio luminoso no centro da face plana do corpo semicircular de acrílico/vidro, colocado 
no suporte circular graduado.

Relatórios das atividades laboratoriais


•   Meça e registe os ângulos de incidência e de refração para, pelo menos, cinco ângulos de incidência 
diferentes.
NOTA: efetue o número de medições necessárias para traçar o gráfico do seno do ângulo de refração em função
do seno do ângulo de incidência.
•   Construa o gráfico do seno do ângulo de refração em função do seno do ângulo de incidência 
e determine o índice de refração relativo dos dois meios a partir da reta de regressão.
SUGESTÃO: Utilize a calculadora ou folha de cálculo.

Tabela 4 registo das medições diretas e indiretas que permitem a determinação do índice
de refração relativo de dois meios
Ângulo de incidência, a1 Ângulo de refração, a2
sen (a1) sen (a2)
! 0,5/° ! 0,5/°
5,0 0,09 3,0 0,05
10,0 0,17 6,0 0,10
15,0 0,26 10,0 0,17
20,0 0,34 13,0 0,22
25,0 0,42 15,5 0,27
30,0 0,50 19,0 0,33
35,0 0,57 22,0 0,37

Gráfico 1 Seno do ângulo de refração em função do seno do ângulo de incidência


seno do ângulo de refração

0,40
y = 0,67x - 0,01
0,35

0,30

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60


seno do ângulo de incidência

Determinação do índice de refração relativo dos dois meios (sabendo que n1 (ar) < n2 (acrílico/vidro)) a partir
da reta de regressão (y = mx + b):
y = 0,67 # -0,01
nar
sen a2 = n sen a1
Educateca_AL31_P8h1
acrílico/vidro
nar
nacrílico/vidro sen a1 = declive = 0,67

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D — Ângulo crítico de reflexão total entre dois meios e verificação do fenómeno de reflexão total
•   Preveja o ângulo crítico de reflexão total, ac, entre o meio (corpo anteriormente utilizado na determinação
do índice relativo de refração) e o ar.
Relatórios das atividades laboratoriais

•   Verifique, experimentalmente, o fenómeno da reflexão total para ângulos 
de incidência superiores ao ângulo crítico previsto.
SUGESTÃO: Disponha o corpo semicircular sobre o suporte circular graduado,


de forma que a superfície plana do corpo coincida com o diâmetro do suporte.

b=9
a
Faça incidir a luz perpendicularmente à face circular do corpo.
•   Meça e registe o valor do ângulo crítico obtido experimentalmente, ac, exp.
NOTA: Observe o aumento de intensidade do raio refletido.

Para calcular o ângulo crítico:


ac = arcsen d n n, com n1 > n2
n2

nar
1
u6p242h7
Sabendo que o meio 1 é o acrílico/vidro (n1); o meio 2 é o ar (n2); e n = 0,67:
acrílico/vidro

ac = arcsen d n n = arcsen (0,67) + ac b 42,1 °


nar
acrílico/vidro

ac, experimental = 42,0 ! 0,5°

E — Estudo do comportamento da luz no interior de uma fibra ótica


•   Faça incidir a luz na fibra ótica (ou num dos topos da vareta de acrílico/vidro).
•   Após variar o ângulo de incidência, observe e registe o que acontece à luz enviada para o seu interior.
O feixe de luz que se fez incidir numa das extremidades da fibra ótica propagou-se, sofrendo reflexões no seu
interior, até chegar à outra extremidade, não sendo percetível a atenuação do sinal.

Parte III Análise e discussão da atividade laboratorial


A — Estudo do comportamento da luz na presença de diferentes materiais
1 Com base nos registos efetuados, para cada um dos materiais em estudo, conclua quanto
à capacidade refletora, à transparência, à diminuição da intensidade do feixe e à mudança
da direção do feixe de luz.
Consultar a tabela 2. Registo das observações que permitem o estudo do comportamento da luz
na presença de diferentes materiais.

B — Estudo da reflexão da luz na superfície de um corpo


2 O que pode inferir da relação entre os valores dos ângulos de incidência e de reflexão?
Pela análise dos dados experimentais (e de acordo com o modelo teórico), verifica-se que, nos diferentes
ensaios, o valor do ângulo de reflexão é igual ao valor do ângulo de incidência.

C — Determinação do índice de refração relativo de dois meios


3 Considerando o gráfico construído e a relação entre o seno do ângulo de refração e o seno
do ângulo de incidência, apresente a equação de regressão que melhor se ajusta aos valores
experimentais, identificando as grandezas físicas na equação da reta.
y = mx + b, com:
y (variável dependente) — seno do ângulo de refração
m (declive da reta) — índice de refração relativo dos dois meios
x (variável independente) — seno do ângulo de incidência

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Parte
nar
nacrílico/vidro = declive = 0,67 4
sen a2 = 0,67 sen a1 - 0,01

Relatórios das atividades laboratoriais


4 Calcule o índice de refração do material usado e, se possível, compare com o valor tabelado.
nar
Sabendo que: n = 0,67, então
acrílico/vidro

nacrílico/vidro, experimental b 1,49


índice de refração , n

vidro de chumbo pouco denso


1,7

1,6 vidro de chumbo muito denso

cristal de quartzo
1,5 vidro «crown» de silicato de boro
plástico acrílico
quartzo vitroso

1,4
0 200 400 600 800 1000 comprimento de onda, m /nm

[1] E. Hecht, Óptica (Fundação Calouste Gulbenkian, 2002), 2.ª ed., caps. 5 e 6.

D — Ângulo crítico de reflexão total entre dois meios e verificação do fenómeno de reflexão total
5 Compare o ângulo crítico de reflexão total previsto, ac, com o valor obtido experimentalmente,
ac,exp. Educateca_AL31_P10h1
ac, previsto b 42,1°
ac, experimental = 42,0 ! 0,5°

Dac = 0,1° f a p # 100 % , 0,2 %


Dac
c, previsto

E — Estudo do comportamento da luz no interior de uma fibra ótica


6 Refira as propriedades que permitem à luz propagar-se ao longo de uma fibra ótica.
A elevada transparência do seu núcleo (de forma a não ocorrer atenuação do sinal) e o valor do índice
de refração do núcleo ser superior ao da camada exterior (de forma que a luz não sofra refração e apenas
reflexão total).
SUGESTÃO: Relembrar a questão 4 do «Refletir e construir o procedimento experimental…»

7 Após a realização da experiência e o tratamento dos dados, compare e discuta, com os outros
grupos, os resultados experimentais obtidos e as suas conclusões.

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