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Professor: Dietmar William Foryta Horário da Aula: Quinta-feira 19h00min

Lei da Reflexão da Luz em Superfícies Especulares Planas


Ari Junior
Universidade Federal do Paraná
Centro Politécnico – Jardim das Américas – 81531-980 – Curitiba – PR - Brasil
e-mail : ari.r.j94@gmail.com

Resumo. O comportamento da luz quando é refletida por uma superfície já vem sendo explorada desde a
antiguidade, este experimento tem como objetivo verificar a linearidade da propagação da luz assim como a
validade da Lei da Reflexão, em seguida verificar como ela se aplica na determinação da distância da imagem
aparente formada por um espelho plano em relação ao objeto, a análise será geométrica utilizando o método de
prolongamento dos raios. Ao comparar os resultados levando em conta as incertezas experimentais foi possível
verificar quase todas as propriedades geométricas aplicadas a propagação da luz e a reflexão em espelhos
planos, na última etapa não foi possível obter um resultado totalmente coerente devido a erros na execução do
experimento mas pode-se concluir que a maior parte dos resultados está de acordo com a expectativa teórica.

Palavras chave: Propagação retilínea da luz , Lei da Reflexão e espelho plano.

Introdução propaga, com esses dados podemos projetar a


trajetória da luz e ver como ela se comporta.
O fenômeno de reflexão da luz é um dos
mais antigos observados pela humanidade, Depois de confirmarmos que a luz se
foram encontrados espelhos feitos de obsidiana propaga linearmente podemos utilizar as suas
datados de cerca de 8000 anos atrás onde se trilhas para compreender o comportamento de
tinham superfície convexa e uma qualidade elementos ópticos. O objetivo da segunda parte
óptica notavelmente boa (Enoch, 2006). Temos é determinar a distância do filamento da fonte
que nos primórdios da sua descoberta gerou a partir do prolongamento dos raios projetados
imensas discussões devido a sua natureza e comparar este valor com o obtido pela
intrigante que nos permitia observar nosso medida nominal. Na terceira parte iremos
próprio reflexo. Mesmo sabendo hoje que os verificar experimentalmente se o ângulo de
conceitos que regem a reflexão da luz são reflexão da luz é igual ao ângulo de incidência
simples levou séculos até que eles fossem em relação a uma normal em comum, para esta
desenvolvidos contestando a natureza mítica parte utilizaremos um espelho plano como
que se tinha do fenômeno. superfície refletora, iremos analisar de maneira
qualitativa a relação entre estes ângulos e
Segundo a Lei da Reflexão o raio refletido observar se o comportamento observado é
está no plano de incidência e tem um ângulo de coerente com a teoria levando em conta as
reflexão igual ao ângulo de incidência nossas incertezas experimentais.
(Halliday, 2016), esta lei é válida para qualquer
raio de luz refletido em qualquer superfície. Após estudar a natureza óptica de um
Com esta propriedade e geometria simples espelho plano iremos expandir o conceito para
podemos explorar e obter várias características verificar como se dá a sua formação de
ópticas de espelhos e fontes de luz. Na imagens. Nesta quarta e última parte será
primeira parte desta prática iremos verificar a investigada a localização aparente de uma
propagação retilínea da luz pois provar este imagem refletida por um espelho plano e qual
conceito é essencial para as etapas seguintes sua relação com a localização do objeto, os
que se tem como base esta afirmação. O princípios utilizados serão os mesmo das
procedimento consiste em identificar a posição etapas anteriores, a lei da reflexão e a
de um elemento de luz conforme ele se propagação retilínea da luz.
Figura 1¹: Montagem experimental básica para o estudo do comportamento óptico para um único
feixe de luz (A) e múltiplos feixes (B).

Procedimento Experimental este é projetado em um anteparo graduado. O


elemento de luz escolhido para a análise do
Nos experimentos desta prática foi utilizado deslocamento é a borda da área iluminada para
equipamentos básicos de estudos para óptica, a não iluminada da base da fenda ùnica
sendo estes: trilho graduado, fonte de luz, projetada no anteparo graduado
fenda múltipla, fenda única, espelho óptico,
anteparo com régua graduada, suportes, disco Primeiramente anotamos a posição inicial
graduado e suporte para fixar o disco do anteparo com a régua utilizando a
graduado. graduação do trilho, então avançamos de 10
mm em 10 mm anotando a respectiva altura da
A figura 1 mostra como a montagem é feita base projetada da fenda única para cada
para se obter um feixe único e múltiplos feixes distância. A fenda foi rotacionada em 90° para
de luz utilizando os equipamentos descritos. A que a sua projeção se adeque melhor à escala
centralização dos equipamentos é feita com o da régua graduada.
auxílio da barra lateral do trilho graduado, para
o alinhamento do feixe de luz movemos as O procedimento foi realizado para as duas
fendas sob seus anteparos e se necessário alturas projetadas no anteparo graduado, a
realizamos um ajuste na posição do filamento inferior e a superior, os dados foram anotados.
da fonte com a utilização do botão na sua parte
superior, o último ajuste básico para o Etapa 2: Distância da Lâmpada
experimento é variar as distância entre o
suporte das fendas e disco graduado em relação Do equipamento utilizado anteriormente
a fonte, este ajuste determina intensidade, removemos o anteparo com régua graduada e a
espessura e o quão divergente será os feixes, se fenda única adicionando o suporte com disco
eles estiverem próximos da fonte os feixes graduado, em seguida ajustamos as distâncias
obtidos serão intensos, espessos e bem dos componentes a fim de se obter as linhas
divergentes, já se estiverem mais afastados projetadas no disco graduado com maior
serão fracos, finos e mais paralelos, existem nitidez mas não muito espessas para não
várias configurações possíveis onde a termos grandes incertezas. Uma folha de papel
escolhida é que facilita a coleta dos dados em branco foi colocada sob o disco graduado
considerando as características para cada onde anotamos o traçado das linhas de luz
experimento. utilizando dois pontos de referência.

Etapa 1: Propagação Retilínea da Luz Por fim, anotamos a distância entre o


filamento da fonte e um ponto do trilho
Para esta parte utilizamos a montagem graduado, estes valores foram anotados e
experimental para um único feixe de luz onde colocados em uma tabela.

¹ “Laboratório de Física Básica 4: Manual de Experimentos”, 1º semestre de 2012, páginas 6 a 12.


Figura 2¹: Montagem experimental utilizada para verificar a Lei da Reflexão da Luz com detalhe do
esperado para a reflexão de um feixe incidente com ângulo de 0°.

Etapa 3: Lei da Reflexão da Luz Situação 3 - Se o ângulo de reflexão do


sentido horário está coerente com o do sentido
Para este procedimento iremos utilizar anti-horário já que por característica a Lei da
apenas um feixe de luz então acrescentamos Reflexão é uma função simétrica.
fenda única a fenda múltipla, em seguida
movemos os instrumentos para se obter um A figura 2 mostra a montagem experimental
feixe que facilite a leitura no disco graduado e para esta parte e detalhe do esperado para a
por fim alinhamos este feixe com a reta em interação do feixe de luz com a superfície do
negrito denominada "Normal" sobre disco espelho plano quando o ângulo de incidência é
graduado. Após o alinhamento observamos 0°.
uma espessura na projeção do feixe sobre o
disco, esta irá nos dar uma incerteza na medida Após o alinhamento medimos o ângulo de
do ângulo observado no disco graduado, reflexão do feixe de luz com incerteza para
também foi notado que o feixe é levemente uma série de ângulos de incidência, o
mais espesso na outra extremidade do disco, procedimento consistia em girar o disco
isso foi devido ao caráter divergente dos raios graduado com o espelho e fazer as leituras, os
vindos da nossa fonte, este fenômeno poderia resultados foram colocados em uma tabela.
ser resolvido colocando uma lente de raios
paralelos após a fonte mas como o desvio é Etapa 4: Formação da Imagem
mínimo não foi necessário.
Primeiramente retiramos a fenda única do
Após o alinhamento do feixe colocamos o conjunto usado anteriormente para se obter
espelho com a face plana paralela a reta vários feixes de luz, então ajustamos o
denominada “Component” do disco graduado, conjunto tal que o feixe central incida sobre a
para verificar se o espelho está bem alinhado normal do disco graduado, em seguida
observamos 3 situações: colocamos uma folha de papel em branco sob o
disco graduado e posicionamos o espelho
Situação 1 - O feixe de luz refletido está plano para refletir todos os raios incidentes.
paralelo ao feixe incidente quando o ângulo de
incidência é 0°, isto garante que a face do Nota-se que ao girar o espelho plano os
espelho está perpendicular à normal do disco feixes de luz refletem de forma divergente
graduado. saindo do espelho, então foram colocados
pontos nas extremidades dos feixes incidentes
Situação 2 - Ao deixar a face do espelho e refletidos com uma identificação se o feixe é
paralela ao feixe incidente metade dos raios é incidente ou refletido. Sabe-se que estes feixes
bloqueada em ambos os lados (horário e anti convergem para um ponto em comum atrás do
horário), assim temos que o espelho também espelho onde se faz necessário então fazer o
está paralelo a reta “Component” do disco. prolongamento para encontrar este ponto.

¹ “Laboratório de Física Básica 4: Manual de Experimentos”, 1º semestre de 2012, páginas 6 a 12.


Figura 3¹: Montagem experimental da etapa 4 (A) e posições geométricas do filamento e sua imagem
(B), as distâncias 𝑑0 e 𝑑1 são do plano do espelho até o filamento e do plano até a imagem.

Após colocar os pontos a folha de papel foi Gráfico 1: Trajetória dos elementos de luz 𝑦1
retirada e então acrescentada outra folha para (pontos redondos) e 𝑦2 (pontos quadrados)
se fazer o prolongamento dos raios. As conforme se propagam pelo trilho graduado.
respectivas distâncias foram anotadas para a
análise posterior.

Análise e Resultados
Etapa 1: Propagação Retilínea da Luz

A tabela abaixo mostra as leituras nas


bordas superior e inferior da fenda projetada no
anteparo graduado e respectiva localização no
trilho, como a análise vai ser puramente gráfica No gráfico 1 temos a separação dos pontos
as incertezas de medidas não foram colocadas. referentes a borda superior (𝑦2) e a inferior
(𝑦1) da projeção luminosa da fenda única no
Tabela 1: Localização da parte inferior (𝑦1) e anteparo, foi ajustado uma reta para cada
superior (𝑦2) da projeção luminosa da fenda no conjunto de dados e se observa claramente que
anteparo em relação a posição no trilho (x). os dois ajustes estão bem próximos dos pontos
𝑥(mm) 𝑦1(mm) 𝑦2(mm) experimentais onde também divergem entre si.

350 10, 0 26, 0 Etapa 2: Distância da Lâmpada

340 10, 5 25, 0 Para obter a incerteza do valor de


referência (medido) foi utilizada a própria
330 11, 0 25, 0 incerteza da escala do trilho graduado que
possui uma precisão de 1 mm, sendo assim a
320 12, 0 24, 0
incerteza será de 0, 5 mm. Na medida obtida
310 12, 5 23, 0 pelo prolongamento dos raios foi utilizado uma
régua onde foi aferida a distância do ponto de
300 13, 0 23, 0 referência escolhido no papel até onde os raios
se encontram. Ao traçar os raios se notou que
290 13, 5 22, 0 alguns deles se cruzaram em pontos diferentes
no papel, para se obter a incerteza da medida
280 14, 0 21, 0
se localizou os extremos onde pelo menos dois
raios se encontraram e então foi traçado uma
Com os dados da tabela 1 traçamos um reta entre eles, no centro desta reta está o valor
gráfico de 𝑦1 e 𝑦2 em função de 𝑥 para se obter médio sendo de 250 mm, o comprimento total
trajetória dos elementos de luz conforme se desta linha dividida por dois nos dá a incerteza
propagam. sendo 3 mm/2 = 1, 5 mm, ou 2 mm.

¹ “Laboratório de Física Básica 4: Manual de Experimentos”, 1º semestre de 2012, páginas 6 a 12.


Abaixo temos as medidas encontradas O ângulo de reflexão e incertezas para
com a utilização da escala do trilho óptico e incidência em -90° e 90° estão em branco pois
pelo prolongamento dos raios respectivamente foram rejeitados dos dados experimentais, eles
para a distância do filamento da fonte de luz. não incidirem completamente na superfície do
espelho pois é uma das características utilizada
Medido: (250, 5±0, 5) mm para o alinhamento do espelho (Situação 2).
Inferido: (250±2) mm
A tabela 3 mostra uma clara tendência de
Se observa que os intervalos de medida são igualdade entre o ângulo de incidência e o de
coincidentes, assim temos que os valores reflexão quando observamos os intervalos de
podem ser considerados os mesmos pois estão medidas.
dentro das incertezas experimentais.
Etapa 4: Formação da Imagem
Etapa 3: Lei da Reflexão da Luz
Fazendo o prolongamento dos raios
A tabela 2 mostra os dados obtidos para o incidentes e refletidos como descrito na figura
procedimento, foi observado que os resultados 3 obtemos a distância entre o espelho plano e o
para o sentido horário (negativo) foram os filamento (𝑥0) e também a distância até sua
mesmos que para o sentido anti horário imagem (𝑥´0), mas temos que uma análise mais
(positivo), isso ocorreu pois a Lei da Reflexão interessante seria obter a distância entre o
da Luz é uma função simétrica assim como foi plano do espelho até o filamento (𝑑0) e do
observado na situação 3 de alinhamento do plano até a imagem (𝑑1), para isso fazemos
espelho com o feixe, com isso os ângulos de duas reta que ligam os intervalos de medidas
incidência simétricos puderam ser colocados entre a imagem e o filamento, estas retas
na mesma linha compactando a tabela. seriam (𝑑0+𝑑1)máx e (𝑑0+𝑑1)mín, se observa a
formação de um triângulo retângulo que liga os
Tabela 2: Ângulos de incidência e de reflexão pontos: filamento, espelho plano e imagem.
para o espelho plano com incertezas, devido a Como temos o plano do espelho no papel
simetria observada na Lei da Reflexão da Luz podemos com o auxílio de um esquadro e uma
os ângulos simétricos foram colocados juntos. régua projetá-lo perpendicularmente a estas
𝐸𝑠𝑝𝑒𝑙ℎ𝑜 𝑃𝑙𝑎𝑛𝑜 retas e como temos o valor máximo e mínimo
para a reta (𝑑0+𝑑1) podemos determinar
θi (°) δθi (°) θr (°) δθr (°) facilmente seu valor médio e sua incerteza. A
tabela 3 mostra os resultados obtidos.
-90 e 90
Tabela 3: Resultados obtidos para a distância
-80 e 80 ±1 80 ±1 entre o espelho e o filamento (𝑥0), espelho até
-70 e 70 ±1 70 ±1 a imagem (𝑥´0), plano do espelho ao filamento
(𝑑0) e plano do espelho até a imagem (𝑑1).
-60 e 60 ±1 60 ±1 (mm)
-50 e 50 ±1 50 ±1
𝑥0 320 ± 2
-40 e 40 ±1 40 ±1
𝑥´0 380 ± 4
-30 e 30 ±1 30 ±1
𝑑0 230 ± 2
-20 e 20 ±1 20 ±1
𝑑1 270 ± 3
-10 e 10 ±1 10 ±1
Ao observar a tabela 4 temos uma
0 ±1 0 ±1
incoerência com o resultado esperado, no

¹ “Laboratório de Física Básica 4: Manual de Experimentos”, 1º semestre de 2012, páginas 6 a 12.


procedimento descrito recomendava-se colocar de medidas estão coincidentes, com isso
2 pontos em cada feixe incidente e refletido, podemos afirmar que os valores são iguais pois
como se tinha 7 feixes no total foram pertencem ao mesmo intervalo de incertezas
colocados 28 pontos no papel onde mesmo experimentais, assim a Lei da Reflexão se
nomeando se era incidente ou refletido não foi mostrou válida nesta prática confirmando a
possível diferenciá los. Com isso as distâncias nossa expectativa e concluindo a base teórica
𝑥0 e 𝑥´0 assim como 𝑑0 e 𝑑1 não tiveram necessária para o estudo de imagens em
intervalos de medida coincidentes como era espelhos planos.
esperado para a Lei da Reflexão em espelhos
planos. O ideal seria utilizar menos feixes e Na última parte aplicamos todos os
também aproximar um pouco mais a fenda conceitos das etapas anteriores para verificar a
com o suporte do disco para que os feixes formação de imagens em espelhos planos,
ficassem mais divergentes facilitando a apesar dos resultado não estarem coerente com
distinção entre eles. a Lei da Reflexão devido a erros ao traçar o
prolongamento dos raios todas as outras
Conclusão propriedades se mostraram válidas, assim
pode-se concluir que as propriedades ópticas
Ao analisar o gráfico da primeira parte se estudadas estão de acordo com a teoria, os
observa claramente que os dois conjuntos experimentos mostraram de forma individual e
formam retas sendo uma crescente e outra em conjunto as propriedades de propagação
decrescente, este comportamento está coerente linear da luz, aplicação na determinação da
com o da fonte utilizada onde seus raios de luz origem de uma fonte de luz e validade da Lei
são divergentes. Apesar de não termos da Reflexão em espelhos planos.
observado todo o conjunto de pontos dos raios
de luz (algo que seria impossível) podemos Referências
afirmar que ao obter uma reta nas duas
extremidades dos raios não se teria motivo para [1] D.Halliday e R. Resnick, “Fundamentos
que todo o conjunto também não obedecesse de Física”, Volume 4, 10ª edição, Edit. LTC
esta condição, sendo assim podemos concluir Ltda, Rio de Janeiro (2016).
que a luz se propaga de forma retilínea em um
mesmo meio. [2] Enoch, J. M, “History of Mirrors Dating
Back 8000 Years”. Optometry and Vision
Na segunda parte considerando o intervalo Science (2006) 83:775–781. doi: 1040-
de medidas experimentais obtivemos que as 5488/06/8310-0775/0.
distâncias entre o ponto de referência escolhido
e o filamento foram as mesmas, apesar de ser
um procedimento simples ele mostrou como a
geometria pode ser aplicada para estimar a
trajetória de um elemento de luz, com isso
pode-se confirmar a viabilidade do método
para se obter também a posição de imagens no
espelho plano.

Ao observar os dados das medidas para os


ângulos de incidência de 90° e -90° referentes
a tabela da etapa 3 teve-se uma grande
incoerência, isso era devido a apenas parte do
feixe incidente refletir no espelho, por conta
disso foi rejeitado os dados para estes ângulos
de incidência. Já para os demais ângulos
tivemos que praticamente todos os intervalos

¹ “Laboratório de Física Básica 4: Manual de Experimentos”, 1º semestre de 2012, páginas 6 a 12.

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