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ELETRODINÂMICA

PROFESSOR: MARCELO PINHEIRO SOARES


ELETRODINÂMICA
A eletrodinâmica estuda as cargas elétricas em movimento, a corrente elétrica, os
circuitos elétricos, o funcionamento dos aparelhos elétricos e as usinas elétricas.
Os aparelhos eletroeletrônicos que se encontram nas residências precisam de energia elétrica
para o seu funcionamento. Tal energia é obtida quando eles são ligados em alguma fonte de
energia, como uma pilha, bateria, ou uma tomada.
Quando isso é feito, os elétrons livres, que se encontram nos meios
condutores desses aparelhos, passam a se movimentar de maneira
ordenada, transportando a energia elétrica necessária para o seu
funcionamento.

Esse movimento ordenado dos elétrons é conhecido como corrente


elétrica e ela pode ocorrer nos condutores sólidos, como os metais, e em
gases e líquidos ionizados.
Corrente Elétrica (i)
Quando um fio condutor se encontra fora da
tomada (fonte de energia), os seus elétrons
livres estarão se movimentando de maneira
aleatória, conforme a figura ao lado.

Uma vez ligado na tomada, os elétrons passam


a se movimentar ordenadamente e no mesmo
sentido; assim será formada a corrente elétrica,
e esse movimento ordenado de elétrons
fornecerá a energia necessária para o aparelho
funcionar.
A corrente elétrica (i) é o movimento ordenado de cargas elétricas em um
condutor.
Para calcular a intensidade da corrente elétrica (i) que atravessa a secção transversal de um
fio condutor, devemos dividir a quantidade de carga que atravessa o condutor (∆Q, cuja
unidade no S.I. é o Coulomb, representado pela letra C), pelo intervalo de tempo (∆t, cuja
unidade no S.I. é o segundo, representado pela letra s) considerado.

i = corrente elétrica
Q = carga elétrica
= intervalo de tempo/instante
n = número de elétrons
e = carga elementar (e = 1,6 x 10-19 C)
Diferença de Potencial (d.d.p) ou Tensão Elétrica (U)
A corrente elétrica só ocorre quando há uma diferença de potencial
(d.d.p.), também chamada tensão ou voltagem, no circuito elétrico. A
d.d.p. é medida em volts (V).

Neste momento vamos entender a d.d.p como uma diferença de energia entre os terminais.
É o que ocorre na tomada, por exemplo. A voltagem convencional das tomadas de nossas
casas, na região sudeste, é de 110 V, embora em outras regiões do Brasil, como por
exemplo Santa Catarina, o padrão seja de 220 V. Claro, é possível modificar a instalação
elétrica das tomadas de uma residência, caso seja necessário.
Sentido da Corrente Elétrica

Um gerador de energia elétrica de um circuito (pilha, bateria, etc.) possui dois polos: um positivo e um negativo. Quanto ao
sentido da corrente elétrica em fios metálicos, o sentido real dos elétrons em movimento é do polo negativo para o polo positivo.
Mas, nos estudos em eletricidade, adota-se como sentido convencional para a corrente elétrica o sentido do polo positivo para o
polo negativo.

Inicialmente, nos condutores Sabemos então que o


sólidos, pensava-se que a sentido REAL da corrente
corrente elétrica era elétrica(elétrons) é do
consequência do movimento de potencial menor(-) para o
cargas positivas. Dessa forma, o maior potencial(+), isto é,
sentido da corrente seria do contrário ao sentido do
potencial maior(+) para o campo elétrico
potencial menor(-). Esse estabelecido no interior do
sentido chamou-se de condutor.
CONVENCIONAL.

O referencial adotado para o sentido da corrente elétrica nos condutores é o


sentido CONVENCIONAL.
Tipos de Corrente Elétrica
Quando a intensidade da corrente elétrica e o sentido do
deslocamento permanecem constantes, chamamos essa corrente
de CORRENTE CONTÍNUA CONSTANTE. Essa corrente é
gerada por pilhas e baterias.

I Quando o sentido permanece constante, mas a intensidade


passa por variações, então ela será chamada de
i CORRENTE CONTÍNUA PULSANTE.

Propriedade importante!
No gráfico i x t, o cálculo da área da figura sob a linha do gráfico
t1 t2 t
é numericamente igual ao módulo da carga elétrica que atravessa
uma secção transversal do condutor num certo intervalo de
tempo.
i(A)

T (s)
Fig. 5 – Gráfico da corrente contínua pulsante
Quando o sentido da corrente alterna e a
intensidade varia entre um máximo e um mínimo,
então ela será chamada de CORRENTE
ALTERNADA (AC).
É gerada pelas hidroelétricas.
Efeitos da Corrente Elétrica

EFEITO TÉRMICO – EFEITO


JOULE
Quando os elétrons livres são acelerados no interior dos condutores, eles colidem com os
átomos do material. Essas colisões transferem energia fazendo com que esses átomos
aumentem sua VIBRAÇÃO. Essa situação, macroscopicamente é evidenciada pelo aumento da
temperatura do condutor gerando o CALOR. Esse efeito também é conhecido por EFEITO
JOULE.

# CHUVEIROS ELÉTRICOS
# FERROS ELÉTRICOS
# FUSÍVEIS
# SECADOR DE CABELO
# CHAPINHA
# LÂMPADA INCANDESCENTE
EFEITO QUÍMICO

Quando uma corrente elétrica atravessa uma solução de ácido sulfúrico, por exemplo, observamos a formação dos
gases oxigênio e hidrogênio no cátodo e ânodo. A corrente produz uma ação nos elementos da substância.
EFEITO MAGNÉTICO

Quando a corrente elétrica percorre um condutor, ela produz em torno desse condutor um campo
magnético.
EFEITO LUMINOSO

O efeito luminoso é uma consequência do efeito Joule. Após o condutor ser aquecido, ele então emite
ondas eletromagnéticas dentro do espectro da luz visível.
EFEITO FISIOLÓGICO

O efeito fisiológico corresponde à passagem da corrente elétrica por organismo vivos. A corrente
elétrica age diretamente no sistema nervoso, provocando contrações musculares; quando isso ocorre,
dizemos que houve um choque elétrico. O pior caso de choque é aquele que de origina quando uma
corrente elétrica entra pela mão de uma pessoa e sai pela outra. Nesse caso, atravessando o tórax da
ponta a ponta, ela tem grande chance de afetar o coração e a respiração. O valor mínimo de
intensidade de corrente que se pode perceber pela sensação de cócegas ou formigamento leve é 1
mA. Entretanto,, com uma corrente de intensidade 10 mA, a pessoa já perde o controle dos músculos,
sendo difícil abrir a mão e livrar-se do contato.
EFEITO FISIOLÓGICO

O valor mortal está compreendido entre 10 mA e 3 A, aproximadamente. Nesses valores, a corrente,


atravessado o tórax, atinge o coração com intensidade suficiente para modificar seu ritmo.
Modificado o ritmo, o coração para de bombear sangue pelo corpo e a morte pode ocorrer em
poucos segundos. Se a intensidade for ainda mais alta, a corrente pode paralisar completamente o
coração. Este se contrai o mais possível e mantém-se assim enquanto passar a corrente.
Interrompida a corrente, geralmente o coração relaxa e pode começar a bater novamente, como se
nada tivesse acontecido. Todavia, paralisado o coração, paralisa- se também a circulação sangüínea,
e uma pequena interrupção dessa circulação pode provocar danos cerebrais irreversíveis.
POTENCIA ELÉTRICA (P)
É o quociente entre a energia elétrica que a carga que ganha ou perde ao
atravessar um bipolo e o tempo.

∆ 𝐸=𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎𝑒𝑙 é 𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
∆ 𝑡=𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜
A potência elétrica dissipada por um aparelho é calculada por :
P = U. i
Unidade de medida no SI: Watt(W)
Unidade no SI
(Watt segundo) W . s = J (JOULE)
USUAL – Quilowatt-hora kW . h = kWh
1 kWh = 3,6 . 106 J
RESISTÊNCIA ELÉTRICA – RESISTORES (R)

RESISTOR
É todo elemento do circuito cuja função exclusiva é efetuar a
conversão de energia elétrica em energia térmica (efeito Joule). Nos
circuitos elétricos, um resistor pode ser representado,
esquematicamente, pelos símbolos mostrados a seguir.
1ª. LEI DE OHM

A resistência (R) é constante, a relação entre a tensão e a


intensidade de corrente (U = R . i) é uma função do primeiro grau,
cuja representação gráfica é uma reta que passa pela origem.

Unidade de medida do
resistor/resistência elétrica

= OHM
CIRCUITO ELÉTRICO
É um percurso fechado em que uma corrente elétrica, produzida por
um gerador, passa por outros componentes elétricos
Os circuitos elétricos estão presentes em muitos objetos do cotidiano,
seja nos componentes eletrônicos de celulares e computadores, seja
nas instalações elétricas residenciais.

Em um circuito elétrico montado de maneira adequada e em bom funcionamento, a corrente elétrica mantida por um gerador passa por seus
componentes e os coloca em funcionamento
dispositivo que mantém a tensão elétrica entre os seus terminais e permite a
Gerador (G):
produção de corrente elétrica, gerando assim energia elétrica.

Condutores:
fios ou cabos que permitem o deslocamento dos elétrons e a conexão de todos
os componentes do circuito.
Resistor (R): componente que controla a passagem da corrente elétrica e transforma a
energia elétrica em energia térmica.

Interruptor ou chave (Ch): dispositivo que abre ou fecha o circuito, permitindo ou não a
passagem da corrente elétrica

Resistor
TIPOS DE CIRCUITO ELÉTRICO
Os componentes que constituem um circuito elétrico podem estar ligados
em série ou em paralelo.
Série: é aquele cujos componentes estão organizados em sequencialmente, conforme mostra a
figura. A corrente elétrica (i) passa por todos os componentes sem se separar/desviar, existindo
apenas um caminho.
Paralelo: é aquele cujos componentes estão ligados entre dois ou mais pontos em comum,
conforme mostra a figura. A corrente elétrica (i) quando chega nos pontos se separa/desvia e não é a
mesma que passa em todos, cada resistor é uma corrente elétrica diferente.
OBS.: Em um circuito conectado em série se uma lâmpada for retirada, ou queimar, as outras não
funcionarão, pois a passagem da corrente elétrica é interrompida.

OBS.: Em um circuito conectado em paralelo se uma lâmpada for retirada, ou queimar, as outras
permanecerão funcionando, pois a passagem da corrente elétrica só será interrompida na que foi retirada ou
que queimou.
ELETROMAGNETISMO
É o ramo da Física que estuda as interações
­

elétricas e magnéticas em conjunto.


Experiências mostraram, que um campo
magnético pode ser gerado não apenas por
ímãs, mas também por correntes elétricas e
hoje atribui-se o magnetismo dos ímãs a
existência de micro correntes no seu
interior. Desta forma, a origem de qualquer
campo magnético é atribuída as cargas
elétricas em movimento.
MAGNETISMO
É a propriedade de certos materiais atraírem pedaç
os de ferro.

O magnetismo é um fenômeno básico no funcionamento de motores elétricos, geradores, reprodução de voz e imagens,
gravação de informações na memória do computador e várias outras aplicações tecnológicas.
CAMPO MAGNÉTICO
É a região do espaço modificada pela presença de um ímã, de um condutor
percorrido por uma corrente elétrica ou de um corpo eletrizado em movimento.

“Cargas elétricas em movimento é a origem de todos os campos magnéticos”.


IMÃS
São pedaços de metais ferrosos que têm a propriedade de se
atraírem ou repelirem mutuamente e de atraírem pedaços de ferro. Podem
ser naturais ou artificiais. A magnetita é um ímã natural.

Os ímãs são corpos que apresentam fenômenos notáveis, denominados


fenômenos e/ou propriedades magnéticas, sendo as principais:
1 - Apresentam dois polos (dipolos) (NORTE – SUL)

2 - Polos do mesmo nome se repelem e de nomes contrários se


atraem.
3 - Se deixar um ímã suspenso livremente ele gira apontando seu
polo norte para as vizinhanças do polo norte geográfico porque a
Terra é um grande ímã cujo polo sul encontra-se próximo do polo
norte geográfico.

S
4 - É impossível separar os polos de um ímã. Por mais que se
quebre um ímã em pequenos pedaços, cada pedacinho será um novo
ímã com um único polo sul e um único polo norte. Esse fenômeno é
conhecido como INSEPARABILIDADE DOS POLOS.
CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE
Pode-se associar a Terra a um grande ímã, com o polo sul magnético,
aproximadamente, no polo norte geográfico e o polo norte magnético,
aproximadamente, no polo sul geográfico.

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