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MÓDULO I - ELETRICIDADE CC ou DC

Green Sun - Instalações Elétricas, Energia Solar Fotovoltaica e Treinamentos


(21) 34290404 cel/ZAP (21) 999822383 prof. Paulo Barreto
MÓDULO I – Eletricidade em CC ou DC

1 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS E UNIDADES INTERNACIONAIS - SI

No SI distinguem-se duas classes de unidades:

- Unidades de base;
- Unidades derivadas.

A ISO adotou um sistema de grandezas físicas baseado nas sete grandezas de base: Grandezas base -
comprimento, massa, tempo, intensidade de corrente elétrica, temperatura termodinâmica, quantidade de
matéria e intensidade luminosa.
As outras grandezas — grandezas derivadas — são definidas em função dessas sete grandezas de
base; as relações entre as grandezas derivadas e as grandezas de base são expressas por um sistema
de equações.
É conveniente empregar com as unidades SI esse sistema de grandezas e
esse sistema de equações.

Lembram? O valor numérico de uma temperatura Celsius t, expressa em graus


Celsius (˚C) em relação a uma determinada temperatura em Kelvin (K), é dada pela relação:

t/oC = T/K - 273,15.

1.1 [UNIDADES SI DE BASE] GRANDEZA, NOME, SÍMBOLO

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1.2 [UNIDADES SI DERIVADAS]

As unidades derivadas são unidades que podem ser expressas a partir das unidades de base, utilizando
símbolos matemáticos de multiplicação e de divisão. Dentre essas unidades derivadas, diversas receberam
nome especial e símbolo particular, que podem ser utilizados, por sua vez, com os símbolos de outras
unidades de base ou derivadas para expressar unidades de outras grandezas.

Exemplos de unidades SI derivadas, expressas a partir das unidades de base.


[GRANDEZA, NOME, SÍMBOLO]

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1.3 UNIDADES SI DERIVADAS ESPECIAIS - [GRANDEZA, NOME, SÍMBOLO, EXPRESSÃO]

Unidades SI derivadas possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares.

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1.4 PREFIXOS SI

SÍMBOLOS DAS UNIDADES SI

1) Os símbolos das unidades são expressos em caracteres romanos (verticais) e, em geral, minúsculos.
Entretanto, se o nome da unidade deriva de um nome próprio, a primeira letra do símbolo é maiúscula.
2) Os símbolos das unidades permanecem invariáveis no plural.
3) Os símbolos das unidades não são seguidos por ponto.

OUTRAS FORMAS DE REPRESENTAR:

Exemplos:
N.m ou Nm
m/s ou m.s-1
m/s2 ou m.s-2,
m.kg/(s3.A) ou m.kg.s-3.A-1

O conjunto formado pelo símbolo de um prefixo ligado ao símbolo de uma unidade constitui um novo
símbolo inseparável (símbolo de um múltiplo ou submúltiplo dessa unidade) que pode ser elevado a uma
potência positiva ou negativa e que pode ser combinado a outros
símbolos de unidades para formar os símbolos de unidades compostas.
Exemplos:
1cm3 = (10-2 m)3 = 10-6m3
1cm-1 = (10-2 m)-1 = 102m-1
1µs-1 = (10-6 s)-1 = 106s-1
1V/cm = (1V) / (10-2 m) = 102V/m

1.5 CRITÉRIO ARREDONDAMENTO

Se o algarismo anterior ao da casa decimal que você quer arredondar for maior ou igual a 5, devemos
aumentar 1 na casa decimal escolhida para o arredondamento. Se o número for menor do que 5, é só
tirarmos as casas decimais que não nos interessam, e o número não se altera.

Ex: 27,8 + 1,324 + 0,66 = 29,784

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Neste caso, se quisermos apenas uma casa decimal após a vírgula, devemos escrever 29,8. Porém, se
quisermos duas casas após a vírgula, devemos escrever 29,78.

Podemos também fazer o arredondamento antes de efetuar a operação:

Ex: 27,8 + 1,3 + 0,7 = 29,8

Atenção: Quando você fizer o arredondamento antes da operação, pode acontecer do último algarismo
ser diferente do que encontraria se fizesse o arredondamento depois da operação.

Outro exemplo:

O comprimento de um fio vale 14269513 mm ou é da ordem de 1,43x107 mm. Note que usamos apenas
dois algarismos após a vírgula sendo que o último foi arredondado para “cima” uma vez que 1,4269 está
mais próximo de 1,43 que de 1,42.

Note também que, ao arredondarmos as casas decimais, perdemos muito da informação inicial, mas isso
pode ser solucionado usando quantos algarismos forem necessários depois da vírgula, como por exemplo,
1,4269513 x 107 mm reproduz o valor com toda a precisão inicial.

2 . Conceitos Fundamentais da Eletricidade

Ao longo dos anos, vários cientistas descobriram que a eletricidade parece se comportar de maneira
constante e previsível em dadas situações, ou quando sujeitas a determinadas condições. Estes cientistas,
tais como Faraday, Ohm, Lenz, Maxwell, Volta, Ampère e kirchhoff, para citar apenas alguns, observaram
e descreveram as características previsíveis da eletricidade e da corrente elétrica, sob a forma de certas
regras. Estas regras recebem comumente o nome de “leis”. Pelo aprendizado das regras ou leis aplicáveis
ao comportamento da eletricidade você terá “aprendido” eletricidade.

2.1 Matéria

Estudo do Átomo

Os átomos são tão pequenos, que 100 milhões deles, um ao lado do outro, formarão uma reta de 10 mm
de comprimento.

Átomo

É uma partícula presente em todo matéria do universo.


Os minerais, os animais, os vegetais... tudo é composto de átomos.
Até o início do século XX admitia-se que os átomos eram as menores partículas do universo e que não
poderiam ser subdivididas. Hoje sabe-se que o átomo é constituído de partículas ainda menores chamadas
partículas subatômicas. Estas partículas são: Prótons, Nêutrons e Elétrons.
Todo átomo possui prótons, elétrons e nêutrons.

Em relação as suas cargas elétricas podemos dizer:

Elétrons
São partículas subatômicas que possuem cargas elétricas negativas.

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Prótons
São partículas subatômicas que possuem cargas elétricas positivas.

Nêutrons
São partículas subatômicas que não possuem cargas elétricas.

Núcleo

É o centro do átomo, onde se encontram os prótons e nêutrons.

Eletrosfera

São as camadas ou órbitas formadas pelos elétrons, que se movimentam em trajetórias circulares em volta
do núcleo.
Existem uma força de atração entre o núcleo e a eletrosfera, conservando os elétrons nas órbitas definidas
camadas, semelhante ao sistema solar.

A eletrosfera pode ser composta por camadas, identificadas pelas letras maiúsculas K, L, M, N, O, P e Q.

Cada camada da eletrosfera é formada por um número máximo de elétrons, conforme você pode observar
na tabela abaixo.

Note que nem todo átomo possui a mesma quantidade de camadas.

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A distribuição de prótons, nêutrons e elétrons é que de fato diferenciará um material do outro.

Quanto mais elétrons.


− Mais camadas
− Menos força de atração exercida pelo núcleo.
− Mais livres os elétrons da última camada.
− Mais instável eletricamente.
− Mais condutor o material.

Quanto menos elétrons.


− Menos camadas
− Mais força de atração exercida pelo núcleo.
− Menos elétrons livres.
− Mais estável eletricamente.
− Mais isolante o material.

Condutores / Isolantes
Prata / Ar Seco
Cobre / Vidro
Alumínio / Mica
Zinco / Borracha
Latão / Amianto
Ferro / Baquelite

Observação: Semicondutores são materiais que não sendo bons condutores, não são tampouco bons
isolantes. O germânio e o silício são substâncias semicondutoras. Esses materiais, devido às suas
estruturas cristalinas, podem sob certas condições, se comportar como condutores e sob outras como
isolantes.

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3 . INTRODUÇÃO AOS CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA (CC ou DC)

Apesar da maioria das instalações elétricas, hoje em dia, não serem em corrente contínua, a teoria a ser
vista neste capítulo constitui uma base para as demais aplicações que são utilizadas em eletricidade.
Para estudar os circuitos em corrente contínua parte-se de conceitos básicos da eletrostática e da
eletrodinâmica. São definidas, basicamente, as grandezas: corrente, diferença de potencial, potência e
energia elétrica.
Em seguida definem-se os elementos básicos dos circuitos de corrente contínua, quais sejam, as fontes
ideais e a resistência, que constituirão os bipolos. A associação de bipolos será analisada a partir da Lei
de Ohm.
Apresentam-se, então, as redes de corrente contínua (C.C.) e as leis, conceitos e teoremas para sua
resolução. São apresentadas as aplicações das Leis de Kirchhoff e do Método das Correntes Fictícias de
Maxwell.

3.1 Circuito Elétrico

É um caminho fechado por condutores elétricos ligando uma carga elétrica a uma fonte geradora.

Vamos acompanhar o percurso da corrente elétrica ao ligar um aparelho.


Para facilitar, vamos observar um “rádio de pilha” aberto, para você ver o caminho por onde passa a
corrente.

A corrente elétrica:
− Sai da pilha;
− Passa pelo condutor de saída;
− Passa pelo interruptor;
− Caminha pelos componentes do rádio;
− Retorna à pilha pelo condutor de entrada; e;
− Continua o percurso, num processo contínuo.

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Observe, agora, o percurso da corrente numa lanterna:

No exemplo da lanterna, você pode observar os diversos componentes do circuito elétrico:


a - Fonte geradora de eletricidade pilha.
b - Aparelho consumidor de energia (carga elétrica) lâmpada.
c - Condutores tira de latão.

3.2 Elementos dos Circuitos Elétricos

Fonte Geradora de Energia Elétrica


É a que gera ou produz Energia Elétrica, a partir de outro tipo de energia.
A pilha da lanterna, a bateria do automóvel, um gerador ou uma usina hidrelétrica são fontes geradoras de
energia.

Aparelho Consumidor (carga elétrica)


Aparelho consumidor é o elemento do circuito que emprega a energia elétrica para realizar trabalho. A
função do aparelho consumidor no circuito é transformar a energia elétrica em outro tipo de energia.
Estamos nos referindo a alguns tipos de Consumidores Elétricos. Eles utilizam a energia elétrica para
realizar trabalhos diversos; ou seja, eles transformam a energia elétrica, recebida da fonte geradora, em
outro tipo de energia.
Por exemplo:
Trenzinho Elétrico: Transforma a energia elétrica em energia mecânica (imprime
movimento).
Ferro de Soldar: Transforma a energia elétrica em energia térmica (transmite
calor).
Televisor: Transforma a energia elétrica em energia luminosa e sonora
(transmite sons e imagens).
Lâmpada: Transforma a energia elétrica em energia luminosa e energia
térmica (transmite luz e calor).

3.3 Dispositivo de Manobra

Para avaliar a importância do último componente do circuito, imagine um consumidor (por exemplo, uma
lâmpada) ligado a uma fonte geradora (uma pilha).
Pense! - Uma vez completado o circuito, a lâmpada ficaria permanentemente acesa.
Para que a lâmpada se apague, é necessário interromper o caminho da corrente elétrica.
A corrente pode ser interrompida:
No consumidor, quando a lâmpada queima, a corrente não pode prosseguir seu caminho.
Na fonte geradora, por exemplo, quando a pilha ou bateria se esgota e não provoca mais o potencial
elétrico suficiente.

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No condutor, emprega-se um dispositivo de manobra.

O dispositivo de manobra é um componente ou elemento que nos permite manobrar ou operar um circuito.
O dispositivo de manobra permite ou impede a passagem da corrente elétrica pelo circuito. Acionando o
dispositivo de manobra, nós ligamos ou desligamos os consumidores de energia.

Função do dispositivo de manobra: Operar ou manobrar o circuito. Interromper ou permitir a passagem


da corrente elétrica.

Variações do circuito elétrico (figuras A e B)

Circuito aberto - É o que não tem continuidade; onde o aparelho consumidor (carga) não funciona.
Circuito fechado - É o circuito que tem continuidade. Por ele a corrente pode circular.
Circuito desligado (off)- É o que o dispositivo de manobra está na posição que não oferece continuidade
a corrente elétrica.
Circuito ligado (on)- É o que o dispositivo de manobra está na posição que oferece continuidade a corrente
elétrica.
Circuito desenergizado - É o que a fonte geradora está desconectada do circuito ou não funciona.
Circuito energizado - É o que a fonte geradora está conectada do circuito.

Figura A Figura B

O condutor elétrico faz a ligação entre o aparelho consumidor e a fonte geradora, como também os
demais componentes do circuito elétrico, permitindo a circulação da corrente elétrica da fonte ao
consumidor e de retorno à fonte.
Cada tipo de condutor pode ser dimensionado com características variadas, dependendo de sua aplicação.
Podem ser rígidos ou flexíveis, isolados ou não, com proteção adicional (além da isolação) ou outras
características.

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4 . Grandezas Elétricas Fundamentais

São as grandezas que provocam ou são provocadas por efeitos elétricos; ou ainda, que contribuem ou
interferem nesses efeitos.

4.1 Carga Elétrica (Quantidade de Eletricidade)

Toda vez que houver desequilíbrio elétrico num material haverá deslocamento de elétrons.
A esse fluxo de elétrons dar-se-á o nome de carga elétrica, cuja unidade de medida será o Coulomb. [C]

Um Coulomb é igual a 6,25 x 1018 de elétrons ou 6 250 000 000 000 000 000 (seis quintiliões e duzentos
e cinqüenta quatriliões) de elétrons.

4.2 Corrente Elétrica (Intensidade de Corrente Elétrica)

O Coulomb não é uma unidade muito prática para representarmos o deslocamento dos elétrons (corrente
elétrica) e um circuito, pois podemos constatar uma carga elétrica com uma intensidade de 1 Coulomb
percorrendo um condutor em um segundo, ou a mesma intensidade percorrendo outro condutor em 10
segundos.

Então, para se poder realmente medir e comparar a quantidade de eletricidade (carga elétrica) que
circulava em um circuito elétrico (corrente elétrica), houve a necessidade de se medir em relação ao tempo.

Portanto, criou-se uma unidade prática, o ampère, que é representado pela letra ( A ) e equivale a 1
Coulomb por segundo.
[ 1 A ] = [ 1 C/s ]

No condutor ( A ), a quantidade de eletricidade por segundo é muito maior que no condutor ( B ).


Calculando o número de elétrons que circulam pelos condutores, teremos:
No condutor 3A: 3 x 6,25 x 1018 = 18 750 000 000 000 000 000 elétrons por segundo.
No condutor 1A: 1 x 6,25 x 1018 = 6 250 000 000 000 000 000 elétrons por segundo.

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4.3 Tensão Elétrica (F.E.M.)

Potencial elétrico que tem capacidade de fazer os elétrons se deslocarem quando aplicado a um circuito
elétrico.
FEM é a força que faz o elétron se movimentar.

Essas são fontes geradoras, que produzem uma força eletromotriz (f.e.m.), a qual provoca o deslocamento
dos elétrons, de um para o outro extremo do material ou circuito.

As fontes geradoras produzem, por um determinado espaço de tempo, uma f.e.m. constante. Portanto,
será constante também o movimento de elétrons de um extremo para o outro extremo do material, o que
manterá o desequilíbrio elétrico.
O desequilíbrio elétrico é uma grandeza elétrica chamada Diferença de Potencial (d.d.p.) e seu símbolo
gráfico é a letra E.

Se dois materiais tiverem um mesmo potencial elétrico não haverá d.d.p. entre eles.
Para existir Diferença de Potencial entre dois materiais é preciso que haja uma diferença na quantidade de
elétrons que eles possuem.

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A Diferença de Potencial é uma grandeza. Portanto, pode ser medida.


A unidade de medida da Diferença de Potencial (ddp), Tensão Elétrica (E), Força Eletromotriz (FEM) é o
VOLT. Representado pela letra V.

4.4 Condutância Elétrica e Resistência Elétrica

A facilidade que a corrente elétrica encontra ao percorrer os materiais é chamada de condutância. Essa
grandeza é representada pela letra G.
Porém, em contrapartida a condutância, os materiais sempre oferecem dificuldade à passagem da corrente
elétrica. Essa dificuldade que a corrente elétrica encontra ao percorrer um material é a resistência elétrica,
normalmente representada pela letra R.

Todo o material condutor de corrente elétrica apresentada certo grau de condutância e de resistência.
Quanto maior for a condutância do material menor será sua resistência. Se o material oferecer grande
resistência, proporcionalmente apresentará pouca condutância.
A condutância é o inverso da resistência.
A condutância e a resistência elétrica se manifestam com maior ou menor intensidade nos diversos tipos
de materiais.

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Exemplo: No cobre, a condutância é muito maior que a resistência. Já no plástico, a resistência é muito
maior que a condutância.
PLÁSTICO MAIOR resistência MENOR condutância. COBRE MENOR resistência MAIOR condutância.
A condutância e a resistência são grandezas; portanto, podem ser medidas.
A unidade utilizada para medir a resistência é o OHM, representada pela letra Ω (lê-se ômega).
RESISTÊNCIA é medida em OHM.

Como a condutância é o inverso da resistência, de início, foi denominada MHO (inverso de OHM), e
representada simbolicamente pela letra grega ômega, também invertida Ω‾ ¹ ou Ʊ. Atualmente, a unidade
empregada para medir a condutância é
denominada SIEMENS é representada pela letra S.

Múltiplos e Submúltiplos mais usuais.

Ampère (corrente elétrica).


Microampère (µA) Miliampère (mA) Ampère (A) Kiloampère (kA) Megampère (MA)
0,000001 (A) 0,001 (A) 1 (A) 1000 (A) 1000000 (A)

Volt (tensão elétrica).


Microvolt (µV) Milivolt (mV) Volt (V) Kilovolt (kV) Megavolt (MV)
0,000001 (V) 0,001 (V) 1 (V) 1000 (V) 1000000 (V)

Ohm (resistência elétrica).


Microvolt (µΩ) Milivolt (mΩ) Ohm (Ω) Kilovolt (kΩ) Megavolt (MΩ)
0,000001 (Ω) 0,001 (Ω) 1 (Ω) 1000 (Ω) 1000000 (Ω)

Observação: Na eletricidade de modo geral as grandezas se apresentam muito grandes ou muito


pequenas.

5 Lei de Ohm

Existe uma relação matemática entre a tensão elétrica, a corrente elétrica e a resistência elétrica.

No século XIX, um filósofo alemão, Georg Simon Ohm, demonstrou experimentalmente a constante de
proporcionalidade entre a corrente elétrica, a tensão e a resistência. Essa relação é denominada Lei de
Ohm e é expressa literalmente como:
“A corrente em um circuito é diretamente proporcional à tensão aplicada e inversamente proporcional à
resistência do circuito”.

I=E Onde:
R I = corrente em ampères
E = tensão em volts
R = resistência em Ohms.

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TRIÂNGULO DA LEI DE OHM

Resistividade
Para qualquer condutor dado, a resistividade de um determinado comprimento depende da resistividade
do material, do comprimento do fio e da área da seção reta do fio de acordo com a fórmula.

R=ρl
S

Onde:
R = resistência do condutor, Ω
l = comprimento do fio, m
S = área da seção reta do fio, m2
ρ = resistência específica ou resistividade, m2.Ω/m = Ω.m
O fator ρ (letra grega que se lê “rô”) permite a comparação da resistência de diferentes materiais de acordo
com natureza, independentemente de seus comprimentos ou áreas. Valores mais altos de ρ representam
maior resistência.
Os valores de resistência elétrica variam de acordo com certos fatores. Esses quatro fatores são: natureza,
comprimento, seção transversal e temperatura do material.

Temperatura do Material

Vemos que outro fator que altera os valores de resistência e condutância dos materiais é a temperatura.
Vamos supor que você tenha dois pedaços de materiais de mesma natureza, de igual comprimento e de
mesma seção transversal, um deles porém, está com temperatura diferente da do outro:

TEMPERATURA RESISTÊNCIA
20o C 1,5 Ω
40o C Maior que 1,5 Ω

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Percebemos que aumentando temperatura aumentará a resistência e diminuindo a temperatura diminuirá


a resistência.

Coeficiente de temperatura

O coeficiente de temperatura da resistência, α (letra grega denominada alfa), indica a quantidade de


variação da resistência para uma variação na temperatura. Um valor positivo de α, indica que R aumenta
com a temperatura, um valor negativo de α significa que R diminui, e um valor zero para α indica que R é
constante, isto é, não varia com a temperatura.
Embora para um dado material α possa variar ligeiramente com a temperatura. Um acréscimo na
resistência do fio, produzido por um aumento na temperatura, pode ser determinado aproximadamente a
partir da equação:
R1 = R0 + R0 (α . ΔT)
Onde:
R1 = resistência à temperatura nova, Ω
R0 = resistência a 20oC
α = coeficiente de temperatura Ω/oC
ΔT = acréscimo (variação) de temperatura em relação a 20oC.

Exemplo: Um fio de tungstênio tem uma resistência de 10 Ω a 20oC. Calcule a sua resistência a 120oC.
Dado:
α = 0,005 Ω/oC
O acréscimo de temperatura é:
ΔT = 120 - 20 = 100oC
Substituindo na Equação:
R1 = R0 + R0 (α . ΔT) = 10 + 10 (0,005 x 100) = 10 + 5 = 15Ω
Em virtude do aumento de 100oC na temperatura, a resistência do fio aumentou 5Ω ou de 50% do seu
valor original que era 10Ω.

6 . Potência em C.C.

A potência elétrica é uma grandeza como a resistência elétrica, a diferença de potencial, ou a intensidade
da corrente, sendo representada pela letra” P “.

Como é uma Grandeza, a potência elétrica pode ser medida. Como sabemos, para medir alguma coisa,
temos que ter uma unidade padrão.
O Watt é a unidade padrão de medida da potência elétrica.

E o watt, de onde aparece?

Temos a potência de 1 watt quando:

A quantidade de 6,25.1018 elétrons (1C), sob uma diferença de


potencial de 1 volt no tempo de 1 segundo, realiza um trabalho um Watt.

Então, temos na potência de 1 watt duas unidades que você já conhece: O Volt e o Ampère

Para calcular a potência “ P “ em watts, você multiplica: E . I

Então temos a seguinte expressão:


P=E.I
Potência em watts = volts . ampère

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Vamos ver um exemplo de cálculo de potência:

A carga representada no diagrama abaixo funciona com E = 225 V e I = 12 A, então sua potência P será:
P=E.I
P = 225V . 12A
P = 27000 W

Vamos a outro exemplo:

No próximo circuito a corrente das lâmpadas é de 2,5 A quando aplicamos 120 V. Qual é a potência do
circuito?

P=E.I
P = 120 . 2,5
P = 300 W

Existem várias fórmulas para o cálculo da potência. Vamos estudá-las então.

Você já aprendeu a calcular a potência pelos valores de:


E e I, ou seja, P = E x I

Vamos agora usar uma variante dessa fórmula, para chegar ao mesmo resultado.

Vamos calcular “P” no circuito a seguir:

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Porém não temos o valor de “ I ”. Mas, temos o valor de “ E ” e de “R”. Pela Lei de Ohm calculamos o
valor de “ I “, que é igual a E
R
I = 120V = 5A
24Ω

Então, a potência do resistor será:

P=ExI P = 120V x 5A P = 600W

Podemos também calcular a potência de forma direta.

Se P = E.I e I = E, então, no lugar de “ I “, na fórmula P = E x I, nós usamos E que é a mesma coisa.


R R

Veja:

Vamos calcular a forma direta a potência do circuito do exemplo acima, empregando somente os valores
de E de R.

P = E² = 120² : 24 = 600W
R

Vamos a outro exemplo:

Você tem, no circuito abaixo, os valores: E = 240 V e R = 6 Ω. Então, a potência será:

P = E² = 240² : 6 = 9600W
R

Confira usando o valor da corrente, na fórmula fundamental.

O valor da corrente será I = E


R
I = 240 = 40A
6

Então P = E x I → P = 240 x 40 --> P = 9600 W

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Calculando a potência sem o valor de E.

Observe agora uma outra forma de resolver problemas de potência com as outras grandezas.

No circuito abaixo você tem I = 5 A e R = 24 Ω.

Temos a fórmula P = E x I, mas falta o valor de E.

Pela Lei de Ohm. E = I x R, E = 5 x 24, E = 120 V.

Agora P = E x I P = 120 x 5 P = 600 W

Vamos a fórmula direta. Se E = I x R, colocamos I x R no lugar de E, P = E x I

P = I x R x I, portanto, P= I² x R

P = I2 x R
P = 5 x 5 x 24

P = 600 W → Veja que chegamos ao mesmo resultado.

Então, podemos calcular a potência elétrica, em Watt, pelas relações: P = E . I, P = E² e P = I² x R


R

NOTA: Existem unidades usuais para representar uma potência elétrica como o HP = 746W e o
CV = 736W.

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7 . ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES, DIVISORES DE TENSÃO E CORRENTE

Duas ou mais resistências podem ser associadas de três maneiras:

a) Associação em série

b) Associação em paralelo

c) Associação mista

CONSIDERAÇÕES:

- Resistores podem ser ligados de diversas maneiras de modo que seus efeitos sejam combinados;

- Qualquer que seja a maneira como ligamos os resistores, o efeito obtido ainda será o de uma resistência;

- Essa resistência poderá ser maior ou menor que os resistores associados, mas ainda assim o conjunto
seguirá a lei de Ohm.

- O resultado de uma associação de resistores depende não só dos valores dos resistores associados
como também da forma como são ligados.

7.1 - Associação em série

Quando os resistores estão ligados um em seguida ao outro.


Na figura abaixo, mostramos "n", resistores ligados em série.
Nesse tipo de associação, a corrente I passa por um dos resistores, é a mesma que passa por todos os
outros.
Aplicando a lei de Ohm ao 1°, 2°, ... , enésimo resistor, temos:
V1=R1.I, V2=R2.I, ...Vn =.Rn . I

A tensão V, fornecida, é igual à soma das quedas de tensão em cada resistor.


V=V1+V2+...+Vn = R1.I+R2.I+...+Rn.I = (R1+R2+...+Rn).I
∴ V/I = (R1+R2+...+Rn) = RT
Onde:
RT = R1+R2+...+Rn
Conclusão: A resistência total (ou equivalente) de uma associação de resistores em série é igual à soma
dos resistores da série.
Formas diferentes de representar três resistores em série:

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Exemplo 1 :
Determinar a resistência total em um circuito série, onde se tem R1 = 22 Ω, R2 = 33 Ω e R3 = 10Ω.
Solução:
RT = R1 + R2 + R3
RT = 22 + 33 + 10 = 65Ω
RT = 65Ω

Exemplo 2 :
No circuito da figura abaixo, calcular o valor das quedas de tensão em cada uma das resistências.

Para se calcular a queda de tensão é preciso, inicialmente,calcular o valor da resistência equivalente


e depois, aplicando a lei de Ohm, calculamos a corrente que atravessa o circuito.
RT = R1 + R2 + R3 = 7 + 5 + 3 = 15Ω
I = V = 15 = 1A
A queda de tensão em R1 , será:
V1 = R1 . I = 7 x 1 = 7V
Em R2 será:
V2 = R2 . I = 5 x 1 = 5V
Em R3 será:
V3 = R3 . I = 3 x 1 = 3V
Somando-se estas tensões parciais, encontramos o valor da tensão total:
VT = V1 + V2 + V3 = 7 + 5 + 3 = 15V

NOTA: A potência total de um circuito série é a soma de todas as potências série.

7.2 – Associação em Paralelo


Quando os resistores estão ligados aos mesmos pontos, e portanto submetidos à mesma d.d.p., dizemos
que estão associados em paralelo.

Na figura abaixo mostramos n resistores ligados em paralelo.

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Nesse tipo de associação, todos os resistores estão submetidos à mesma tensão V. Aplicando a lei de
Ohm aos n resistores, temos:

I1 = V ,
R1

I2 = V .
R2
..
In = V .
Rn

A corrente I é igual à soma das correntes em cada resistor.


I = I1 + I2 + ... + In = V . + V . + ... + Vn . = ( 1 + 1 + ... + 1 ) .V
R1 R2 Rn R1 R2 Rn
RT = V/I = V
( 1 + 1 + ... + 1 ) .V
R1 R2 Rn
Onde:

Conclusão:
A resistência total (equivalente) de uma associação em paralelo é igual ao inverso da soma dos inversos
das resistências componentes.

Caso Particular (1 )
No caso de um grupo formado por apenas dois resistores diferentes R1 e R2, a resistência total pode-se
determinar da seguinte maneira:

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Caso particular (2)


Os resistores têm resistências iguais, isto é, R1 = R2 . = Rn .
Neste caso as intensidades de corrente nas derivações também são iguais:

I1 + I2 = ... = In

Neste caso particular, a resistência da associação é igual a 1/n da resistência de cada resistor e a
intensidade da corrente é n vezes maior que a corrente que circula em cada resistor:

Quatro exemplos de 3 resistores associados em paralelo.

Exemplo 1 :
Calcular a resistência do circuito paralelo onde se tem R1 = 2,2 kΩ e R2 = 4,7 kΩ.

Solução:

RT = R1 // R2
RT = R1 x R2 = 2,2 x 4,7 = 10,34 = 1,5 kΩ
R1 + R2 2,2 + 4,7 6,9

Exemplo 2 :
No circuito abaixo, calcular:
a) O valor da corrente em cada resistor;
b) O valor da corrente total do circuito;
c) O valor da resistência total.

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Solução:

a) I1 = V = 24 = 1 A
R1 24
I2 = V = 24 = 2 A
R2 12
I3 = V = 24 = 3 A
R3 8
b) I = I1 + I2 + I3 = 1 + 2 + 3 = 6 ∴ I = 6 A
c) 1 = 1 + 1 + 1 = 1 + 1 + 1 .
RT R1 R2 R3 24 12 8
1 = 1+ 2 + 3 = 6 RT = 24 = RT = 4 Ω
RT 24 24 6

NOTA: A potência total de um circuito paralelo é a soma de todas as potências de cada braço da associação
paralela .

7.3 – Associação mista


A associação mista é composta de resistores dispostos em série e em paralelo, onde todas as
características das grandezas eléticas dos circuitos série e paralelo são observadas.

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A) R1 em série com a combinação paralela de R2 com R3 .

(a) Circuito básico.

(b) Inicialmente resolveremos a combinação paralela.

(c) A seguir efetuamos a combinação série.

B) R3 em paralelo coma combinação série de R1 com R2 .

(a) Circuito básico.

(b) Inicialmente resolveremos a combinação série.

(c) A seguir efetuamos a combinação paralela.

Exemplos:

Determine a resistência da associação abaixo:

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7.4 Potência Elétrica nos circuitos

Voltando a tratar do conceito de potência total ou parcial em circuitos elétricos associados, podemos ter:

Calculando a potência total e parcial no circuito misto.

No cálculo da potência total no circuito misto, segue-se o mesmo raciocínio seguido nos circuitos em
série e em paralelo.

Apenas os circuitos mistos se apresentam com outra configuração (combinação série/paralelo).

Observe que usamos a mesma fórmula empregada no circuitos em série e em paralelo.

NOTA: A potência total de um circuito misto é a soma de todas as potências de cada braço da associação
mista .

Pt = Et x It
Pt = 120 (3 + 12)
Pt = 120 x 15

Pt = 1800W

Para o cálculo das potências parciais deste circuito, temos o resistor R1 ligado em série com os
resistores R2 e R3 que estão ligados em paralelo.
Calculemos então as potências parciais do circuito:
Em
Em R1 → P2
P1 = E2E1 x I1
It →
→ P1
P2 ==
= 48
72 xxx 15
03 ∴
∴ P1 = 720 W ou 0,720 KW
Em R2
R3 →
→ P3 == E3 xx I2 → P3 72 12 ∴ P2 =
P3 = 864
216 W
W ou
ou 0,864
0,216 KW
KW
Vamos conferir: Pt = P1 + P2 + P3 Pt = 720 + 216 + 864 Pt = 1800 W

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EXERCÍCIOS:

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7.5 DIVISOR DE TENSÃO


Consideremos n resistores conectados em série, submetidos a uma tensão V.

Sabemos que na associação em série, a resistência total equivalente é:


RT=R1+R2+...+Rn

Aplicando a Lei de Ohm, temos a corrente I:

Sabendo que a corrente I do circuito série é a mesma em qualquer parte da série, e aplicando a lei de Ohm
para cada resistor, temos que as tensões serão:

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Conclusão:
A tensão nos extremos de cada resistor do divisor é diretamente proporcional ao valor da sua resistência.
Analisando a figura, a relação entre a queda de tensão e o valor do resistor, conclui-se que o resistor de
valor mais elevado causa uma alta tensão e o valor mais baixo causa pequena queda de tensão.
A queda de tensão é diretamente proporcional ao valor da resistência.

Exemplo:
Dado o circuito determine as quedas de tensão, V1, V2 e V3 de cada resistor.

Solução:

Cálculo da resistência total equivalente:


RT = R1 + R2 + R3

= 48 + 72 + 120 = 240 kΩ RT = 240 kΩ

Cálculo dos resistores V1, V2 e V3

V1 = 48 x 24 = V1 = 4,8 [V]
240

V2 = 72 x 24 = V2 = 7,2 [V]
240

V3 = 120 x 24 = V3 = 12,0 [V]


240

Exemplo 2 :

Determinar as tensões V1 e V2 na figura, considerando:

a) A chave S1 aberta.
b) A chave S1 fechada e RL ajustada em 450Ω.
c) A chave S1 fechada e RL ajustada e, 61,2kΩ.

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R1= 2,6KΩ R2 = 3,6KΩ V= 18,6V

Solução:

a) RT = R1 + R2 = 2,6 + 3,6 = 6,2KΩ

V1 = R1 . V = 2,6 x 18,6 = V1 = 7,8V


RT 6,2

V2 = R2 . V = 3,6 x 18,6 = V2 = 10,8V


RT 6,2

b) R2 // RL = RO

RO = R2 x RL = 3.600 x 450 = 400Ω = 0,4kΩ


R2 + RL 3.600 + 450

RT = R1 + R0 = 2,6 + 0,4 = 3kΩ

V1 = R1 . V = 2,6 x 18,6 = V1 = 16,12V


RT 3
V2 = R0 . V = 400 x 18,6 = V2 = 2,48V
RT 3000

c) R2 // RL = RO

RO = R2 x R1 = 3,6 x 61,2 = 3,4kΩ


R2 + RL 3,6 + 61,2

RT = R1 + R0 = 2,6 + 3,4 = 6kΩ

V1 = R1 . V = 2,6 x 18,6 = V1 = 8,06V


RT 6

V2 = R0 . V = 3,4 x 18,6 = V2 = 10,54V


RT 6

OBSERVAÇÃO:

Verifica-se que as condições de funcionamento de um divisor de tensão são completamente diferentes


para as condições sem carga e com carga. Além disso, a tensão de saída vai depender do valor da carga
conectada, conforme se verifica nos desenvolvimento b e c do exemplo 2.

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O divisor de tensão sem carga não consome nenhuma corrente além daquela drenada pela rede divisora,
entretanto, geralmente na prática, os divisores de tensão alimentam uma carga a qual consome uma
determinada corrente.
O divisor de tensão com carga é muito utilizado nas saídas de fontes de alimentação, para suprir várias
tensões que são distribuídas a diferentes circuitos.

7.6 DIVISOR DE CORRENTE


Consideremos n resistores conectados em paralelo a uma tensão V.

Sabemos que na associação em paralelo a resistência total equivalente é:

Aplicando-se a Lei de Ohm na circuito anterior, temos a tensão V:

Sabendo que a tensão no circuito paralelo é a mesma em qualquer resistor, e aplicando a Lei de Ohm para
cada um deles, temos que as correntes são:

I1 = V . = RT .I
R1 R1
I2 = V . = RT .I
R2 R2
..
..
..
In = V . = RT .I
Rn Rn

Conclusão:
A corrente que circula em cada resistor é inversamente proporcional à resistência do mesmo.
Observando a relação entre a corrente e o valor da resistência, conclui-se que o resistor de valor mais
elevado drena uma pequena corrente e o de valor mais baixo drena uma grande corrente.

Caso Particular:

Na situação de se ter apenas dois resistores como na figura.

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R = R2 x R1 , V = R . I I1 = V/R1 e I2 = V/R2 I = I1 + I2 = V/R1 + V/R2 =


R2 + R1
V . ( 1/R1 + 1/R2) = I

Logo:

I1 = R2 . I
R1 + R2

I2 = R1 . I
R1 + R2

Conclusão:
Estas equações são muito simples e importantes, devendo ser bem entendidas, devido à sua grande
aplicação em eletricidade.

Exemplo 1
Dado o circuito da figura, determinar as correntes nos resistores.

I1 = R2 . I I1 = 18 x 5 = 3 I1 = 3A
R1 + R2 12 + 18

I2 = R1 . I I = 12 x 5 = 2 I2 = 2A
R1 + R2 12 + 18

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Exemplo 2
Do circuito da figura abaixo, determinar as correntes em cada resistor.

8. Associação de Geradores de Tensão

Assim como já foi visto com resistores, podemos associar geradores de tensão em série e em
paralelo.

8.1 Associação série

Associamos geradores de tensão em série, quando desejamos obter tensões maiores do que
aquelas possíveis, com um único gerador.

8.2 Associação Paralela

Associamos geradores de tensão em paralelo, quando desejamos aumentar a capacidade


de fornecer corrente. Em uma associação paralela de geradores,
é importante que os qeradores tenham a mesma f.e.m, caso contrário o de menor f.e.m poderá se
comportar como receptor (consumir corrente).

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9 . LEIS DE KIRCHHOFF, MAXWELL E TEOREMA DE SUPERPOSIÇÃO

9.1 INTRODUÇÃO AOS CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA (CC ou DC)

Apesar da maioria das instalações elétricas, hoje em dia, não serem em corrente contínua, a teoria a ser
vista neste capítulo constitui uma base para as demais aplicações que são utilizadas em eletricidade.
Para estudar os circuitos em corrente contínua parte-se de conceitos básicos da eletrostática e da
eletrodinâmica. São definidas, basicamente, as grandezas: corrente, diferença de potencial, potência e
energia elétrica.
Em seguida definem-se os elementos básicos dos circuitos de corrente contínua, quais sejam, as fontes
ideais e a resistência, que constituirão os bipolos. A associação de bipolos será analisada a partir da Lei
de Ohm.
Apresentam-se, então, as redes de corrente contínua (C.C.) e as leis, conceitos e teoremas para sua
resolução. São apresentadas as aplicações das Leis de Kirchhoff e do Método das Correntes Fictícias de
Maxwell.

9.2 CONCEITO DE QUEDA DE TENSÃO

Vimos que um gerador fornece força eletromotriz ou tensão. Observe a figura 1.

Na figura 1 (a), considere a f.e.m. positiva e a corrente circulando no sentido horário.


Na figura 1 (b) vemos que o ponto "a" está no potencial zero. Verifica-se que o potencial do ponto b é mais
alto do que o de "a", portanto temos uma elevação de tensão de a para b (f.e.m. E). O potencial do ponto
c é mais baixo que o de "b", como também o de "e" em relação a "d", portanto temos a queda de tensão
do pomo "b" para "c" (I.r) e de "d" para "e" (I.R.).
Os pontos "c" e "d", "a" e "e" estão, respectivamente, no mesmo potencial, não temos a elevação e nem a
queda de tensão do ponto "c" para "d" e do ponto "e" para "a".

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Na figura 2(a), considere a f.e.m. negativa e a corrente circulando no sentido anti-horário. Na figura 2(b)
vemos que o ponto a está no potencial zero.
Verifica-se que o potencial do ponto "c" é mais baixo do que o de "b", portanto temos uma queda de
tensão de "b" para "c" (f.e.m. - E ). O potencial do ponto "b" é mais alto que o de "a", como também o de
"e" em relação a "d", portanto temos elevação de tensão de "a" para "b" (I.r) e de "d" para "e" (I.R). Os
pomos "a" e "e", "c" e "d" estão, respectivamente, no mesmo potencial, não temos elevação e nem queda
de tensão do ponto "a" para "e" e do ponto "c" para "d".

OBSERVAÇÃO:

Quando a corrente flui pelo resistor, ela transfere para este a energia fornecida pela fonte em forma de
calor. Entretanto, se a carga for uma lâmpada, esta energia aparecerá tanto em forma de calor como de
luz.

9.3 CONCEITO DE TERRA (Referência de Potencial)

Um dos pontos mais importantes no estudo da Eletricidade é o conceito de terra Originalmente terra era
justamente o que o nome indica. Considera-se que a terra tenha potencial zero. Assim sendo, a terra é o
ponto de referência ao qual as tensões são geralmente comparadas.
O conceito de terra permite-nos expressar tensões negativas e positivas.
Lembre-se sempre que o terra é meramente um ponto de referência considerado zero ou neutro. Se
supusermos que o terminal positivo de uma bateria de 6V é o terra, então o terminal negativo será 6
volts mais negativo. Portanto, a tensão nesse terminal com relação ao terra será -6V.
Observe que a bateria pode produzir -6V ou +6V, dependendo de qual terminal assinalarmos como o terra.
Por exemplo, na figura 3, duas baterias são conectadas em série, com a ligação do terra entre elas. Assim,
a referência zero está no ponto B. Como a bateria de cima tem uma força eletromotriz de 10 [V], a tensão
no ponto A com referência ao terra é de +10 [V]. A bateria inferior tem uma força eletromotriz de 6 (V].
Devido ao terminal positivo estar ligado ao terra, a tensão no ponto C com relação ao terra é de -6 [V].
Às vezes, falamos estritamente da tensão num ponto particular. Mas, realmente a tensão é sempre a
medida da diferença de potencial entre dois pontos. Com isso, quando falamos da tensão em um ponto,
isso significa o potencial referido ao terra.

Na figura 3, temos:

Contudo, há um tipo de terra ligeiramente diferente usado em eletrônica, por exemplo, um certo ponto num
pequeno rádio a pilha é chamado de terra, embora o rádio não esteja ligado ao terra de modo algum. Neste
caso, terra é simplesmente um ponto zero de referência dentro de um circuito elétrico. Nos equipamentos

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eletrônicos maiores o ponto zero de referência, ou terra, é a carcaça metálica ou chassi, sobre o qual os
vários circuitos são montados. Todas as tensões são medidas com relação ao chassi.

9.4 LEIS DE KIRCHHOFF

Duas leis fundamentais e simples do circuito elétrico recebem o nome de Leis de Kirchhoff. Elas são leis
fundamentais aplicadas às condições do fluxo da corrente elétrica em um circuito ou em uma rede de
condutores elétricos. Estas leis, cujos enunciados damos a seguir, não são totalmente novas para nós, que
já as aplicamos nos circuitos em série e em paralelo, embora sem fazer referência a KIRCHHOFF. Com
mais algumas convenções e, esclarecimentos, ficaremos capacitados a aplicá-las nos cálculos de correntes
elétricas em circuitos.

Antes veremos o que significam três expressões que serão muito utilizadas:

Nó de Intensidade (ou nó) é o ponto de concorrência de três ou mais braços;

Braço (ou ramo) é uma parte de circuito que liga dois nós consecutivos e onde todos os elementos
figuram estão em série;

Malha (ou circulo fechado) é o poligonal fechado formado por braços (ou ramos).

1° Lei de KIRCHHOFF (Lei de Nós)

Refere-se às correntes em condutores com um ponto comum (nó).


Pelo princípio da conservação de energia, sabemos que:

"A soma das correntes que chegam em um nó é Igual a soma das correntes que dele se afastam"
ou "A soma algébrica das correntes que se aproximam e se afastam de um nó é igual a zero".

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Convencionando-se que as correntes que se aproximam do nó são positivas e que as correntes que se
afastam são negativas.

I1 + I2 + I3 + I4 + I5 + I6 = 0

Em uma malha de um circuito, se tomarmos como referência um pomo de certo potencial, percorremos a
malha e voltamos ao mesmo ponto, encontrando no percurso elevações e quedas de tensão, temos que a
soma algébrica das elevações e quedas de tensão será zero, porque aquele ponto tomado como referência
não teve alteração em seu potencial.

Neste circuito temos 3 nós (B, G e D) e 5 braços (BAG, BG, GFED, GD e DCB).

Quando, partindo de um nó, realizamos um certo percurso e voltamos ao mesmo nó, o caminho percorrido
é denominado malha ou circuito fechado.

Em uma malha todos os elementos estão em série.

Na estrutura anterior temos os seguintes circuitos fechados ou malhas:

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De acordo com o exposto, concluímos que:

"A soma algébrica das forças eletromotrizes nos diferentes braços de um circuito fechado é Igual à soma
algébrica das quedas de tensão nos mesmos".

No caso geral podemos escrever: Σ En = Σ Rn In

OBSERVAÇÕES: Convencionou-se que:

a) Força eletromotriz:

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b) Queda de tensão

c) Na figura 10, temos:

d) Aplicando a 1ª Lei (dos nós) escrever a(s) equação(ões) da soma algébrica das correntes;

e) Aplicando a 2ª Lei (das malhas) escrever a(s) equação (ões) da soma algébrica da(s) f.e.m. e
da(s) queda(s) de tensão; serão positivas as que tiverem sentido igual ao de circulação e
negativas as outras;

f) Resolver a equação em relação à incógnita do problema;

OBSERVAÇÃO:

Quando aplicamos as Leis de KIRCHHOFF e encontramos um resultado negativo para uma corrente,
entendemos que o sentido arbitrado para dar início à resolução do problema não era o verdadeiro. O
valor encontrado, porém, é o real.

Considerações:

Na resolução de problemas com auxílio das Leis de KIRCHHOFF, temos de estabelecer sistemas de
equações para diversas correntes e tensões.

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Chamamos de b o número de braços ou ramos e de n o número de nós.

a) Temos tantas equações da 1° lei (lei dos nós ou das correntes) quantos são os nós, menos 1 (um):

Quantidade de equações da 1a lei: (n – 1)

b) Temos, também, tantas equações da 2° lei (lei das malhas ou das tensões) quantos são os braços,
menos os nós, mais 1 (um):

Quantidade de equações da 2a lei: (b – n + 1)

Utilizando as leis de KIRCHHOFF, para determinar as equações que possibilitem resolver o circuito,
temos dois métodos:

Analisando os ramos, ab, bc, cd e da:

Vab = E1 - R1I1
Vbc = -E2 - R2I2
Vcd = E3 + R3I3
Vda = R4.I4

Quando partimos do ponto a, no sentido horário, e percorremos a malha efetuando os somatórios e


voltando ao ponto a, chegamos à conclusão que:

Vab+Vbc+Vcd+Vda=0

Substituindo Vab’ Vbc’ Vcd’ Vda’

E1 – R1.I1 - E2-R2.I2 + E3 + R3.I3 + R4.I4 = 0


E1 - E2 + E3 = R1.I1 + R2.I2 - R3.I3 - R4.I4

Analisando graficamente, observamos o comportamento do circuito da figura 10:

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MÓDULO I – Eletricidade em CC ou DC

Para se aplicar esta Lei, sem receio de enganos, deve-se proceder como segue:

a) Representar no esquema os sentidos das várias f.e.m. (dirigidas do negativo para o positivo);

b) Fixar arbitrariamente os sentidos das correntes;

c) Escolher um sentido de circulação. Este pode ser igual ao sentido da corrente (nos casos em que
o sentido da corrente se descobre à primeira vista). Mas também pode ser escolhido ao acaso;

a) Usando corrente de ramo (Kirchhoff) b) Usando corrente de malha (Maxwell)

Temos neste circuito uma equação da lei Fazendo I1 = Ib, I2=Ia, I3=Ib-Ia
(Lei de Nós)

I1 =I2+I3 (1)

Das malhas abaixo temos as equações da 2ª lei (Kirchhoff):

1 ) Considerando a malha (R1 E1 E2 R2):


R1I2 - R2I3 = E1 + E2 (2)
2) Considerando a malha (R1 E1 R3 E3 R4):
R1I2 + (R3 + R4) I1 = E1 - E3 (3)
3) Considerando a malha (R2 E2 R3 E3 R4):
R2I3 + (R3 + R4) I1 = -E2 - E3 (4)

Das malhas abaixo, temos as equações da 2ª lei (Maxwell):

1) Malha (R1 E1 E2 R2):


RlIa + R2 (Ia – Ib) = E1 + E2 (1)
2) Malha (R1 E1 R3 E3 R4):
RlIa + (R3 + R4) Ib = E1 - E3 (2)
3) Malha (R2 E2 R3 E3 R4):
R2 (Ib – Ia) + (R3 + R4) Ib = -E2 - E3 (3)

OBSERVAÇÃO:

No circuito acima temos 2 nós e 3 ramos; n = 2 e b = 3. 1ª Lei: n - 1 = 2 - 1 = 1 equação dos nós.


2ª Lei: b - n + 1 = 3 - 2 + 1 = 2 equações das malhas.

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NOTAS: * Bastam duas equações da 2ª Lei para determinar as correntes.


** Estas duas equações são escolhidas entre as três que temos.
*** Pelo método de Kirchhoff teremos tantas equações quantas forem o número de malhas e as
equações correspondentes aos nós, desta forma, há que se fazer substuições das equações dos nós nas
equações das malhas de modo a viabilizar a resolução dos sistemas e descobrir as incógnitas faltantes.

Exemplo 1:
Dado o circuito, determinar as correntes que passam em cada ramo.

Solução 1: por Kirchhoff (nós). Determinar

o número de equações, temos:


a) n – 1 b) b – n + 1
2 – 1 = 1 (uma equação para a 1ª lei). 3 – 2 + 1 = 2 (duas equações para a 2ª lei).

Temos; supondo as correntes como sendo I1, I2 e I3:

1ª lei para o nós B: 2ª lei para a malha ABEFA:


I1 = I2+I3 (1) 2I1 +4I1 +3I2=12+24
(6I1 + 3I2 = 36) :3
2I1 + I2 = 12 (2)
2ª lei para a malha BEDCB:
3I2-8I3-10I3=24-6
(3I2-18I3= 18) :3
I2-6I3=6 (3)

Substituindo (1) em (2), pois temos duas equações e três incógnitas (não pode descobrir as incógnitas)
2I1 + I2 = 12 → 2 (I2 + I3) + I2 = 12
3I2 + 2I3 = 12 (4)

Agora temos duas equações e duas incógnitas:


Resolvendo (3) e (4),
I2 - 6I3 = 6 (3)
3I2 + 2I3 = 12 (4) x 3 => 9I2 + 6I3 = 36 (5)

I2 - 6I3 = 6 (3)

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9I2 + 6I3 = 36 (5)


10I2 = 42, logo I2 = 42 : 10 = 4,2A

I2 = 4,2A //

Como I2 = 4,2A, substituindo em (2) fica:

2I1 + 4,2 = 12 → 2I1 = 12 – 4,2 → I1 = 7,8 : 2

I1 = 3,9A //

Como I1= I2 + I3, então I3 = I1 – I2 = 3,9 – 4,2 = - 0,3A

I3 = - 0,3A //, o sinal negativo da corrente I3 indica que o sentido arbitrado para esta corrente é ao
contrário, logo I3 = 0,3A // (não existe corrente negativa, ou tem corrente elétrica ou não !!!)

No final, escrevemos as correntes em valor absoluto, refazendo o circuito de acordo com o sinal
encontrado para as mesmas.

9.5 Teorema de Maxwell (malhas – correntes cíclicas).

Nota: Pelo método de Maxwell teremos de forma direta duas equações e duas incógnitas!

Supondo as correntes de malha como sendo Ia e Ib, e a corrente no ramo BE Ia + Ib, vem:

Considerando a malha ABEFA, temos:

4Ia+3(Ia+Ib)+2Ia=12+24
9Ia+3Ib=36
3Ia + Ib = 12 (1)

Considerando a malha BCDEB, temos:

3(Ia+Ib)+8Ib+10Ib=24-6
3Ia+21Ib=18
Ia+7Ib=6 (2)

Tomando as equações (1) e (2)


3Ia + Ib = 12 (1)
Ia+7Ib=6 (2)

Multiplicando a equação (2) por - 3 e somando com (1), temos:

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3Ia +Ib=12
-3Ia-21Ib= - 18
- 20Ib = - 6 (x -1)
20 Ib = 6

Ib = 6 : 20 = 0,3A → corresponde ao I3

Ia = 11,7 : 3 = 3,9A → corresponde ao I1

Ia + Ib = 4,2A → corresponde ao I2

*** Logo a equação da corrente no nó B é I2 = I1 + I3.

9.6 TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO

O Teorema da Superposição é o mais lógico dos Teoremas de Malhas. Largamente usado em Física,
Engenharia e mesmo em Economia, é empregado para estudo de sistemas em que várias forças estejam
atuando ao tempo para causar um efeito total. Este princípio, muitas vezes, poupa trabalho contendo
diversas f.e.m. Consideremos o circuito, determinar I1, I2 e I3, aplicando o método da superposição.

Solução:

Decompondo o circuito e resolvendo as novas estruturas:

a)

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Como I”1 = I”3 = I”2 = 2 : 2 = 1A


2

Após termos concluído o estudo separadamente, efetuamos a soma algébrica dos valores encontrados para as
correntes; os sentidos reais das diversas correntes dependem dos maiores valores absolutos, ou seja:

Observando a figura 26 e a figura 27, construímos as seguintes equações definitivas:

I1 = I'1 - I’’1 = 6 – 1 = 5 ∴ I1 = 5A
I2 = I’2 - I’’2 = 3 – 2 = 1 ∴ I2 = 1A
I3 = I'3 + I’’3 = 3 +1 = 4 ∴ I3 = 4A.

Assuntos a serem tratados posteriormente:

1- Lei de Coulomb
2- Ponte de Weadstone e conversão Y e Δ
3- Pilhas e Baterias * (exercícios)
4- Efeito Joule – Quantidade de Calor
5- Thevenin e Norton
6- Indutores e Capacitores
7- Magnetismo e Eletromagnetismo CC.

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