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NAVEGAÇÃO

Navegação

O deslocamento de um ponto de partida até um ponto de destino é denominado navegação. Navega-


dores são aqueles cujo trabalho é realizar esse trajeto. Para isso, eles precisam determinar a posição
em que se encontram e o melhor caminho a percorrer.

Navegação marítima

Comandantes de navios e de outros tipos de embarcação utilizam diversos métodos de navegação


há centenas de anos. Um deles, muito simples, é o visual, usado na navegação costeira ou de cabo-
tagem. Os navegadores que usam esse método estabelecem uma rota avistando pontos ou objetos
de referência situados no litoral. Pontos de sinalização como faróis e boias os ajudam a se orientar,
para que se mantenham longe de rochas perigosas e sigam por caminhos seguros.

Quando viajam longe da costa, os navegadores marítimos usam o método de navegação estimada.
Esse método consiste em calcular cuidadosamente a distância percorrida pela embarcação, tendo
como referência o ponto de partida. Para isso, é preciso saber a velocidade do barco e a duração da
viagem.

A bússola, os mapas e o cronômetro são ferramentas essenciais para esses dois métodos de nave-
gação. A bússola indica em que direção a embarcação está seguindo. As cartas náuticas são mapas
especiais que contêm informações importantes para os navegadores, como a profundidade da água
em determinada região ou pontos onde pode haver rochas e outros perigos submersos.

A observação dos astros — o Sol, a Lua, planetas e estrelas — também é usada como referência
pelos navegadores. Esse método é o da navegação astronômica. Nele, são empregados instrumen-
tos especiais para obter distâncias precisas entre os astros e elaborar mapas do céu noturno.

No século XX, surgiram novos equipamentos de orientação, como o radar, o rádio e outros dispositi-
vos eletrônicos. Os sistemas de radar emitem ondas eletromagnéticas; quando um objeto nas proxi-
midades da embarcação reflete essas ondas, é possível saber a que distância ele está. Algumas em-
barcações também contam com instrumentos que medem distâncias usando sinais de rádio vindos
da costa.

Atualmente, muitos navegadores usam o GPS (sigla da expressão inglesa global positioning system,
que significa “sistema de posicionamento global”). Esse sistema utiliza satélites artificiais que orbitam
a Terra e equipamentos especiais que se comunicam com esses satélites, enviando e recebendo si-
nais de rádio. Com o GPS, os navegadores ficam sabendo em que ponto exato da Terra eles se en-
contram.

Navegação submarina

Os navegadores submarinos não conseguem ver as estrelas ou os objetos de referência terrestre


quando estão submersos, nem podem usar ondas de rádio comuns. Eles navegam usando ondas de
baixa frequência. Além disso, contam com mapas do fundo do mar e com instrumentos que registram
a profundidade do submarino.

O Que é Preciso Ter a Bordo?

Durante os 29 anos que já lido com a navegação de lazer sempre sou questionado pelos amigos na-
vegantes sobre os equipamentos de comunicações, salvatagem e demais acessórios que um barco
deve possuir. E a pergunta é quase sempre a mesma: Tal produto é obrigatório, opcional ou dispen-
sável?

A resposta para esta questão precisa ser dada à luz da lei em vigor. Assim, é necessário inicialmente
esclarecer que as normas para equipamentos de salvatagem, comunicações e demais acessórios es-
tão previstas no capítulo 4 da NORMAM-03 (Norma da Autoridade Marítima para navegação de es-
porte e recreio), publicada pela Diretoria de Portos e Costas da Marinha do Brasil (DPC), órgão que
segundo a Lei Federal 9.537/97, tem poderes para regulamentar a navegação de lazer. Para enten-
der os equipamentos necessários a bordo de um barco é necessário primeiramente entendermos que
existem três áreas de navegação que um barco pode freqüentar. Estas áreas são as seguintes:

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- Area interior: são as chamadas áreas abrigadas ou parcialmente abrigadas de mau tempo e tem-
pestades. Pode-se assim dizer que são as baías, enseadas, lagoas, lagos, rios, canais, etc. Se você
só navega em águas abrigadas de mau tempo você pratica navegação interior.

- Área costeira: são aquelas áreas em alto mar, regiões desabrigadas de mau tempo, porém ainda
dentro do limite visual da costa, ou seja, você está em alto mar, em área desabrigada, porém está
sempre avistando o litoral. Máximo de 20 milhas náuticas da costa.

- Área oceânica: são as áreas totalmente desabrigadas, fora do alcance visual da costa, normal-
mente a mais de 20 milhas da costa. Lá onde só se avista céu e água. Diz-se também que é lá onde
o filho chora e a mãe não ouve...

Agora que vimos as áreas de navegação que um barco de lazer pode freqüentar, para sabermos o
que precisamos ter a bordo é necessário também saber que as embarcações são divididas por lei da
seguinte forma:

- Embarcações miúdas: são os barcos com menos de 5 metros de comprimento. Segundo a lei es-
tes barcos somente podem navegar em áreas abrigadas (área interior);

- Embarcações de médio porte: são os barcos com comprimento variando entre 5 e 23,99m de
comprimento;

- Embarcações de grande porte: são os barcos com comprimento igual ou superior a 24m.
As embarcações miúdas só poderão navegar em área interior.

As embarcações médias ou grandes podem navegar em qualquer área, desde que seu proprietário
tenha feito esta opção por ocasião do registro do barco na Marinha e desde que seu Comandante te-
nha uma carteira compatível com a área desejada.

Cartas Náuticas

À DHN, na qualidade de Serviço Hidrográfico Brasileiro, cabe manter, por meio do Centro de Hidro-
grafia da Marinha (CHM), todas as Cartas Náuticas em Águas Jurisdicionais Brasileiras atualizadas.
Além das cartas náuticas em papel, o CHM produz, também, Cartas Raster e cartas náuticas eletrôni-
cas (Electronic Navigational Chart – ENC).

As Cartas Náuticas são documentos cartográficos que resultam de levantamentos de áreas oceâni-
cas, mares, baías, rios, canais, lagos, lagoas, ou qualquer outra massa d’água navegável e que se
destinam a servir de base à navegação; são geralmente construídas na Projeção de Mercator e re-
presentam os acidentes terrestres e submarinos, fornecendo informações sobre profundidades, peri-
gos à navegação (bancos, pedras submersas, cascos soçobrados ou qualquer outro obstáculo à na-
vegação), natureza do fundo, fundeadouros e áreas de fundeio, auxílios à navegação (faróis, farole-

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tes, bóias, balizas, luzes de alinhamento, radiofaróis, etc.), altitudes e pontos notáveis aos navegan-
tes, linha de costa e decontorno das ilhas, elementos de marés, correntes e magnetismo e outras in-
dicações necessárias à segurança da navegação.

As Normas Técnicas para construção das cartas náuticas são ditadas pela Organização Hidrográfica
Internacional (OHI).

No que concerne às cartas náuticas em papel, a Base de Hidrografia da Marinha em Niterói (BHMN)
é responsável pela sua impressão. Já a venda e distribuição são realizadas pela Empresa Gerencial
de Projetos Navais (EMGEPRON) . Atualmente não existe mais a reimpressão da carta em grandes
tiragens, mas sim, trabalha-se com o processo de impressão sob demanda. Quando o cliente realiza
a compra de uma carta, a mesma é impressa e entregue atualizada, até o último aviso aos navegan-
tes naquela data.

As cartas náuticas raster estão disponibilizadas gratuitamente para download no formato NOAA-BSB
versão 3.0. A sua utilização não dispensa o uso concomitante das cartas náuticas em papel, atualiza-
das até o último aviso aos navegantes. Recomenda-se especial atenção para a necessidade de ado-
ção do datum WGS-84, tanto no receptor GPS quando no programa de visualização utilizado.

Licença para Navegar

Para conduzir barcos e lanchas de esporte e recreio ou moto aquática é obrigatório ter a habilitação
náutica.

Todo condutor de barco de lazer deve estar habilitado com a documentação que comprove a capaci-
dade de conduzir embarcações em caráter não profissional. Essa é uma exigência da Autoridade Ma-
rítima por meio da Normam-03 (Normas da Autoridade Marítima), visando a segurança da navegação
e da vida humana e, também, à preservação da poluição do meio ambiente marinho.

Os condutores amadores são habilitados por meio da Carteira de Habilitação de Amador (CHA) nas
diferentes categorias que são: Arrais Amador, Veleiro Amador, Motonauta, Mestre Amador ou
Capitão Amador.

A habilitação de Arrais Amador é a mais comum e usada por todos que iniciam a condução de lan-
chas ou veleiros (embarcações a vela ou motor) em águas interiores (rios, represas, baías, etc.).
A habilitação de motonauta também é bem procurada para quem deseja pilotar moto aquática (jet
ski).

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