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DISCIPLINA: FUNDAÇÕES

Professora: Letícia Cruvinel Ramos Vilaça

Uberlândia
01 / 2020
3 – TIPOS DE FUNDAÇÕES:
DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
4- Tipos de Fundações: Conceitos
De acordo com Velloso e Lopes (2011), a distinção entre estes dois
tipos é feita segundo um critério (arbitrário) de que uma fundação
profunda é aquela em que a ruptura da base não surge na superfície do
terreno, e por isso a NBR6122 determinou que as fundações profundas
fossem aquela cuja base esteja implantada a uma profundidade
superior a duas vezes a sua menor dimensão.

As fundações podem ser divididas em 2 grandes grupos: Fundações


superficiais (ou rasas ou diretas) e fundações profundas.
4- Tipos de Fundações: Conceitos
4- Tipos de Fundações: Conceitos
4- Tipos de Fundações: Conceitos
4- Tipos de Fundações: Conceitos
4.1 Fundações superficiais
Conforme a NBR 6122/2019, as fundações superficiais são elementos
de fundação em que a carga é transmitida ao terreno,
predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da
fundação.
As fundações superficiais são tipicamente projetadas com pequenas
escavações no solo não sendo necessários grandes equipamentos para
execução.
Este tipo de fundação deve ser assentada em profundidade inferior ao
dobro de sua menor dimensão em planta. Esta menor dimensão não
pode ser menor do que 60 centímetros.
Além disso, a NBR 6122/2019 define que quando a fundação rasa for
realizada próxima a divisa com terrenos vizinhos, a profundidade do
elemento não pode ser menor do que 1,5 m, salvo quando for assente
sobre rocha.
4- Tipos de Fundações: Conceitos
4.1 Fundações superficiais
São tipos de fundações
superficiais as sapatas, vigas de
fundação ou baldrames, os
blocos e os radiers.
4- Tipos de Fundações: Conceitos
4.1 Fundações superficiais
4- Tipos de Fundações: Conceitos
4.2 Fundações profundas
As fundações profundas são elementos que transmite a carga ao
terreno pela base (resistência de ponta ou de fuste), por sua superfície
lateral (resistência lateral) ou por uma combinação da duas.
As fundações profundas são utilizadas geralmente em projetos grandes
que precisam transmitir maiores cargas ao terreno e quando as
camadas superficiais do solo são pobres ou fracas.
Este tipo de fundação deve ser assentada em profundidade superior ao
dobro de sua menor dimensão em planta e no mínimo 3 metros, salvo
justificativa.
Incluem-se neste tipo de fundação as estacas, tubulões e caixões.
4- Tipos de Fundações: Conceitos
O tipo de fundação a ser utilizada em uma edificação ou obra especial é
definido através do estudo do solo por meio de uma sondagem do
terreno.
Incluem-se neste tipo de fundação as estacas, tubulões e caixões.
5 - Fundações superficiais
5.1 - Sapatas
As sapatas são elementos de fundação com base em planta geralmente
quadrada, retangular ou trapezoidal. Se caracterizam por trabalharem à
flexão já que são executadas em concreto armado.
São dimensionadas para que as tensões de tração que atuam sobre a
fundação sejam resistidas pela armadura e não pelo concreto.
A sapata é uma fundação rasa com capacidade de carga baixa a média.
Sua utilização é indicada caso as sondagens de reconhecimento do
subsolo indiquem a presença de argila rija, dentre outros
5 - Fundações superficiais
Independente do porte da edificação, a execução ou não de sapatas
está vinculada às resistências das camadas mais superficiais do solo
(portanto, se engana quem acha que toda casa será sempre executadas
sobre sapatas).
As vantagens das sapatas em uma fundação são o seu baixo custo,
rapidez de execução e a capacidade de construção sem equipamentos
e ferramentas especiais. Uma fundação em sapatas bem
dimensionada pode ser executada com pouca escavação e baixo
consumo de concreto
5 - Fundações superficiais
5.1.1 – Tipos de Sapatas:
As sapatas podem ser divididas em: sapata isolada, sapata corrida,
sapata associada e sapata alavancada.
5.1.1.1 – Sapata Isolada
É um dos tipos de fundação superficiais mais simples e comuns na
construção civil. Ela é dimensionada para suportar a carga de apenas
um pilar ou coluna. Podem ser de formato quadrado, retangular,
circular, etc.
5 - Fundações superficiais

Imagens: Exemplos de sapatas isoladas


5 - Fundações superficiais
5.1.1.2 – Sapata Corrida
A sapata corrida é utilizada para suportar cargas oriundas de elementos
contínuos que possuem cargas distribuídas linearmente como muros,
paredes e outro elementos alongados.
Por ser uma fundação rasa sua escavação geralmente é feita à mão sem
a necessidade do uso de máquinas ou equipamentos especiais.
Normalmente é executada com concreto ciclópico (concreto e pedras
de mão).
5 - Fundações superficiais

Imagem: Exemplo de sapata corrida


5 - Fundações superficiais
5.1.1.3 – Sapata Associada
A sapata associada é uma sapata comum a vários pilares. São
normalmente empregadas quando a posição de duas sapatas isoladas
ficarem muito próximas por falta de espaço ou opção estrutural.
Neste caso, as bases das sapatas poderiam ficar sobrepostas ou
influenciar na outra estruturalmente fazendo com que o uso de uma
única sapata associada pudesse receber as cargas de dois ou mais
pilares próximos.
5 - Fundações superficiais

Imagem: Exemplo de sapata associativa


5 - Fundações superficiais
5.1.1.4 – Sapata Alavanca
A sapata alavancada ou sapata com viga de equilíbrio é utilizada
quando a base da sapata não coincide com o centro de gravidade do
pilar por estar próximo a alguma divisa ou outro obstáculo.
Deste modo, em solução, é criada uma viga entre as duas sapatas de
maneira a suportar o momento fletor gerado pela excentricidade.
5 - Fundações superficiais
5 - Fundações superficiais
5.1.2 – Método de execução e cuidados
As sapatas são de simples execução, o que não muda o fato de tomar
bastante cuidado na sua construção. A sapata de cota mais baixa deve
ser executada primeiro e de acordo com a NBR 6122:2010, nenhuma
sapata deve ter dimensão menor do que 60 cm.
Para a execução de uma sapata, são realizados os seguintes passos:
Escavação do terreno onde será feita a sapata, de acordo com
o projeto de fundações, seguindo as dimensões e cotas indicadas.
Aplicar uma camada de concreto magro no fundo do terreno
escavado, de no mínimo 5cm. Nas laterais, uma camada
de chapisco já basta.
5 - Fundações superficiais
Em seguida, coloca-se as fôrmas de acordo com o projeto de locação,
conferindo as marcações dos pilares e checando o nível da sapata.
Coloca-se então espaçadores na superfície de apoio onde foi aplicado
o concreto magro, para evitar que o cobrimento do aço não seja
atendido e logo em seguida a armadura.
Posicionamento da armadura do pilar que sairá da sapata isolada,
fixando os arranques dos pilares com arames de aço.
Realiza-se a concretagem da sapata e depois de curado o concreto,
Realiza-se a desforma da sapata e o devido reaterro da cava da
sapata.
5 - Fundações superficiais
5.2 – Blocos de fundação simples
Os blocos são elementos de fundação com base geralmente em
planta quadrada ou retangular recomendada para pequenas obras em
solos com boa capacidade de suporte. São elementos de fundação
superficial caracterizados pelo uso exclusivo de concreto.
Se caracterizam por trabalharem à compressão já que não é necessário
o emprego de armadura pois os blocos de fundação são dimensionados
para que as tensões de trações atuantes sejam resistidas pelo concreto.
O emprego de armadura não é necessário, pois neste caso, somente o
concreto, que pode ser simples ou ciclópico, consegue resistir as
tensões de tração devido ao seu dimensionamento.
5 - Fundações superficiais
5.2 – Blocos de fundação simples
Dentre as vantagens dos blocos de fundação, destacam-se a rapidez na
sua execução, o baixo custo (se comparado com outros tipos de
fundação) e a sua boa capacidade de suporte para obras de pequeno
porte. Como é uma fundação não armada, é possível economizar na
sua execução pela não necessidade de compra de barras de aço.
Para um melhor desempenho dos blocos de fundação é preciso
observar a qualidade do concreto utilizado e sua resistência, suas
dimensões e sua profundidade.
5 - Fundações superficiais
5.2 – Blocos de fundação simples
5 - Fundações superficiais
5 - Fundações superficiais
5.2.1 – Método de execução e cuidados
De acordo com a NBR 6122:2010, os blocos de fundação não devem ter
dimensão menor do que 60 cm e devem ser dimensionados por meio
de cálculo estrutural e geométrico.
Para a execução de um bloco, são realizados os seguintes passos:
O primeiro passo é a abertura da vala para a execução do bloco.
Deve-se realizar a escavação de acordo com as cotas e dimensões
estabelecidas em projeto.
Como os blocos são elementos de transmissão de carga praticamente
pontual, é necessário que se verifique a locação para não haver
excentricidade.
5 - Fundações superficiais
Após a verificação das cotas de apoio e as marcações dos pilares, faz-
se a montagem das formas para que seja feita
a concretagem posteriormente.
Se o bloco não for assentado diretamente em rocha, é necessária a
realização de uma camada de concreto simples de no mínimo 5 cm
que ocupe toda a extensão do bloco para proteger o elemento da
umidade do solo.
Concretagem: neste tipo de fundação não se faz necessária a
utilização de armaduras.
5 - Fundações superficiais
5.3 – Radier
Radier é um tipo de fundação rasa que se assemelha a uma placa ou
laje que abrange toda a área da construção. São lajes de concreto
armado em contato direto com o terreno que recebe as cargas
oriundas dos pilares e paredes da superestrutura e descarregam sobre
uma grande área do solo.
É executado em obras de fundação quando a área das sapatas
ocuparem cerca de 70 % da área da construção ou quando se deseja
reduzir ao máximo os recalques diferenciais.
O radier é escolhido para fundação de obras de pequeno
porte, apresenta vantagens como baixo custo e rapidez na execução,
além de redução de mão de obra comparada a outros tipos de
fundação superficiais ou rasas.
5 - Fundações superficiais
A fundação do tipo radier apresenta algumas vantagens, como o baixo
custo em relação a sapatas corridas, tempo de execução reduzido e
baixo gasto de mão-de-obra. Os radiers também podem ser indicados
para terrenos argilosos.
Apresenta também uma desvantagem de que, se for necessário
aumentar a resistência do radier devido as cargas atuantes na laje, é
preciso aumentar o volume de concreto, o que acaba tornando esse
tipo de fundação mais cara, ocasionando maior dificuldade na
execução.
Deve-se ter cuidado com a cura, uma vez que, podem ocorrer várias
fissuras já que se trata de uma estrutura de concreto armado de
dimensões maiores e com grande superfície de evaporação exposta.
5 - Fundações superficiais
A fundação do tipo radier apresenta algumas vantagens, como o baixo
custo em relação a sapatas corridas, tempo de execução reduzido e
baixo gasto de mão-de-obra. Os radiers também podem ser indicados
para terrenos argilosos.
Apresenta também uma desvantagem de que, se for necessário
aumentar a resistência do radier devido as cargas atuantes na laje, é
preciso aumentar o volume de concreto, o que acaba tornando esse
tipo de fundação mais cara, ocasionando maior dificuldade na
execução.
Deve-se ter cuidado com a cura, uma vez que, podem ocorrer várias
fissuras já que se trata de uma estrutura de concreto armado de
dimensões maiores e com grande superfície de evaporação exposta.
5 - Fundações superficiais
5 - Fundações superficiais
5 - Fundações superficiais
5.3.1 – Método de execução e cuidados
Para a execução de um radier, são realizados os seguintes passos:
Para a execução do radier, é necessária uma limpeza prévia da
superfície do terreno assim como o nivelamento e compactação. Logo
após, coloca-se um lastro de brita para proteger a ferragem do radier.
Em torno da fundação em radier coloca-se as formas, com largura de
no mínimo 10 cm, na lateral, fazendo o fechamento da área a ser
concretada de acordo com as dimensões previstas no projeto
estrutural ou de fundações.
Qualquer tubulação hidrossanitária ou elétrica deve ser assentada no
solo sob o radier com saída através da laje, evitando que sejam feitos
futuros cortes na laje já executada, evitando assim o retrabalho e
aumento do custo da fundação.
6 - Fundações profundas
6.1 – Estacas
As estacas são elementos de fundação profunda executadas por
equipamentos e ferramentas, podendo serem cravadas ou perfuradas,
caracterizadas por grandes comprimentos e seções transversais
pequenas.
As estacas podem ser feitas de madeira, aço, concreto pré moldado,
concreto moldado in situ ou mistos.
As estacas podem ser de deslocamento ou escavadas.
Os diversos tipos de estacas e suas execuções podem ser conferidas a
seguir:
6 - Fundações profundas
• Pré-moldadas de Concreto
• Estaca Metálica
De • Estaca de Madeira
Deslocamento • Estaca tipo Franki
Estacas
profundas
• Strauss
Escavadas
• Trado Rotativo
• Hélice contínua
• Estacas raiz.

Tubulões
6 - Fundações profundas
6.1.1 – Estacas de Deslocamento
As estacas de deslocamento são aquelas introduzidas no terreno por
meio de algum processo que não provoca a retirada de material.
Se caracterizam pelo deslocamento lateral do solo que é compactado
na parede do furo até atingir a profundidade do projeto. Neste caso,
a concretagem ocorre juntamente com a retirada do equipamento
utilizado para o furo e a armadura pode ser inserida após o
bombeamento do concreto.
Podem ser estacas pré-moldadas de concreto, metálicas, de madeira ou
do tipo Franki.
6 - Fundações profundas
6.1.1.1 – Estacas Pré-Moldadas de Concreto
Podem ser de concreto armado ou concreto protendido, são cravadas por
percussão, prensagem ou vibração.
Vantagens: Têm boa capacidade de carga e boa resistência de esforços de
flexão e cisalhamento. Além disso, por serem produzidas em fábricas
apropriadas tem uma boa qualidade do concreto e é controlada e fiscalizada
por laboratórios.
Desvantagens: Geram grande vibração no solo durante a sua cravação que
deve ser realizada com um martelo de material elástico para não danificar a
cabeça da estaca. Não ultrapassa camadas de solos resistentes. Por serem de
concreto armado ou protendido, têm alto peso próprio limitando as seções e
comprimentos em função do transporte e cortes e emendas são de difíceis
execuções.
6 - Fundações profundas
6.1.1.2 – Estacas Metálicas
De acordo com a NBR 6122/2010, as estacas metálicas podem ser por
perfis laminados ou soldados, tubos de chapas dobradas (seção
circular, quadrada ou retangular), tubo sem costura e trilhos.
As estacas de aço devem resistir à corrosão pela própria natureza do
aço ou por tratamento adequado porém dispensam tratamento se
estiverem inteiramente enterradas em terreno natural. Quando da
realização de obras especiais como marítimas, metro, etc, as estacas
devem receber tratamento especial para a sua proteção.
Podem ser cravadas com um martelo de queda livre desde que a
relação do peso do pilão e o peso da estaca não seja menor do que 0,5
e nem o martelo tenha peso inferior a 10 KN.
6 - Fundações profundas
6.1.1.2 – Estacas Metálicas
Vantagens: As estacas metálicas podem ser emendadas, possuem
pouca vibração durante sua cravação, conseguem atravessar camadas
resistentes do solo e atingem grandes profundidades.
Desvantagens: Elevado custo se comparadas com outros tipos de
estacas. Porém, cada vez mais, vem ganhando condições de
concorrência com outros tipos no país. Apresentam grande risco de
corrosão ou oxidação se não forem bem tratadas.
6 - Fundações profundas
6.1.1.3 – Estacas de Madeira
As estacas de madeira são geralmente constituídas de troncos de
árvore cravadas por um bate-estacas. São utilizadas em sua maior parte
para obras provisórias, mas se forem utilizadas para obras permanentes
devem receber tratamentos contra ataques de fungos, bactérias e
outros organismos.
A ponta da estaca de madeira deve ter diâmetro maior do que 15 cm e
deve ser protegida com ponteira de aço caso a estaca necessitar
penetrar ou atravessar camadas resistentes de solo.
O topo da estaca deve ter diâmetro maior do que 25 cm e devem ser
protegidos para minimizar danos durante a cravação.
6 - Fundações profundas
6.1.1.3 – Estacas de Madeira
Podem ser cravadas com um martelo de queda livre desde que a
relação do peso do pilão e o peso da estaca não seja menor do que 1,0,
devendo ser a maior possível.
Vantagens: Duração prolongada quando mantida permanentemente
abaixo do nível de água e podem ser emendadas desde que se garanta
a integridade da estaca.
Desvantagens: As estacas de madeira geram grande vibração durante
sua cravação. Devem ser tomados cuidados quando a estaca fica
exposta a flutuação do nível da água pois podem surgir ação de fungos
e bactérias. O comprimento para este tipo de estaca é limitado a 12
metros.
6 - Fundações profundas
6.1.1.4 – Estacas do tipo Franki
É um tipo de fundação profunda que apresenta grande capacidade de carga
e pode alcançar grandes profundidades. São executadas enchendo-se de
concreto as perfurações executadas por meio da cravação de um tubo de
ponta fechada com o auxílio de um bate-estacas. A armadura e o concreto
são inseridos na estaca à medida que o tubo vai sendo retirado do solo.
Vantagens: Suportam grandes cargas e podem atingir grandes
profundidades. Por ter uma grande área da base e ter uma superfície muito
rugosa no fuste (lateral), apresentam grandes resistência de ponta e lateral.
Desvantagens: Causa grande vibração durante sua cravação e um grande
tempo de execução, demandando maiores custos com equipamentos e mão
de obra
6 - Fundações profundas
6.1.2 – Estacas Escavadas
As estacas escavadas são aquelas em que ocorre a retirada de material
em sua perfuração no solo.
São do tipo moldada “in loco” e podem ser realizadas com ou sem
revestimento, com ou sem a utilização de fluido estabilizante.
Podem ser estacas do tipo Strauss, trado rotativo, hélice contínua
e estacas raiz.
6 - Fundações profundas
As vantagens das estacas escavadas são:
Ausência de vibração no terreno pois a escavação se faz por rotação,
podendo ser executadas próximos a divisas sem causar problemas ao
vizinho.
Conhecimento imediato e real de todas as camadas atravessadas de
solo e possibilidade de uma segura avaliação de capacidade de carga
da estaca, mediante a coleta de amostra e seu eventual exame em
laboratório.
Grande mobilidade, versatilidade e produtividade.
Atingem grandes profundidades e suportam grandes cargas.
Capazes de serem executadas mesmo em presença de água com o
uso de revestimento ou camisa metálica
6 - Fundações profundas
6.1.2.1 – Estacas Strauss
A estaca tipo Strauss se caracteriza por ser moldada in loco e são executadas
enchendo-se de concreto as perfurações que foram escavadas. Apesar de ser
uma máquina considerada ultrapassada, continua sendo uma das opções
utilizadas no mercado pela construção civil. Vem sendo substituída pela
Hélice Contínua.
Vantagens: Não produz vibrações durante sua execução. Quando acima do
nível da água, a sua execução é considerada relativamente fácil.
Desvantagens: Capacidade de carga baixa quando comparada a uma estaca
pré-moldada de concreto. É de difícil cravação em solo resistente e difícil
execução abaixo do nível de água. Geralmente produz muita lama. O cliente
as vezes se sente desconfortável devido ao aspecto visual da lama.
6 - Fundações profundas
6.1.2.1 – Estacas Strauss

Balde sonda ou piteira


6 - Fundações profundas
6.1.2.2 – Estacas de Trado Rotativo
São executadas por meio de um torque de trado rotativo manual ou
mecanizado. O solo é retirado quando o trado se enche e quando a cota de
assentamento é atingida. A concretagem da estaca se inicia após a limpeza
do furo e o apiloamento da base com brita e realizada preferencialmente
com concreto auto adensável.
Vantagens: As estacas trado rotativo não produzem vibrações no terreno e
podem ser executadas próximas as divisas. O equipamento possibilita coletar
amostras do solo escavado e atingir grandes profundidades não produzindo
muita sujeira na obra.
Desvantagens: A resistência de ponta não contribui com a capacidade de
carga da estaca e seu uso é indicado geralmente somente para solos coesos e
acima do nível de água.
6 - Fundações profundas
6.1.2.2 – Estacas de Trado Rotativo
6 - Fundações profundas
6.1.2.3 – Estacas de Hélice Contínua
São executadas por meio do uso de uma haste tubular que possui uma hélice
que é introduzida no terreno pela aplicação de um torque. Permite uma
monitoração eletrônica de suas etapas de execução como a profundidade
atingida, velocidade de rotação e descida do trado
Vantagens: Ausência de vibração no terreno. Os equipamentos permitem
monitoração contínua de toda o processo de execução das estacas,
favorecendo o controle de qualidade. Alcança grandes profundidades e pode
atravessar camadas de solo com SPT = 50.
Desvantagens: As estacas hélice contínua ainda tem um custo relativamente
elevado pela tecnologia aplicada no equipamento e na escassez desse tipo
de estaca no Brasil. É preciso que o terreno seja plano e que a central de
concreto não seja localizada muito distante do local da obra.
6 - Fundações profundas
6 - Fundações profundas
6.1.2.3 – Estacas de Hélice Contínua
6 - Fundações profundas
6.1.2.4 – Estacas Raiz
São escavadas com equipamento de rotação com circulação de água, lama
bentonítica ou ar comprimido. Tem forma circular e diâmetro de até 410
mm. A armadura neste tipo de fundação profunda é inserida após a
conclusão da perfuração com revestimento total do furo. Posteriormente, o
furo é preenchido com argamassa com o uso de um tubo de injeção
geralmente de PVC, de baixo para cima.
Vantagens: Podem perfurar e atravessar qualquer tipo de terreno, como
matacões, rochas, concreto, etc. Ausência de vibração no terreno e podem
ser executadas em locais de difícil acesso, utilizando pequeno espaço para a
realização do serviço.
Desvantagens: Custo relativamente elevado quando comparado a outros
tipos de fundações. Geram grande desperdício de água e demandam alto
consumo de cimento e ferragens.
6 - Fundações profundas
6 - Fundações profundas
6.2 – Tubulões
Tubulões são elementos de fundação cilíndricos de base alargada ou
não que podem ser executados a céu aberto ou sob ar
comprimido (pneumático) e com ou sem revestimento podendo este
ser de aço ou concreto e podem ter ou não base alargada.
Em sua etapa final de execução, é necessária a descida de um operário
para completar a geometria ou fazer a limpeza da base. Deve-se evitar
bases com alturas superiores a 2m de acordo com a NBR 6122/2010.
6 - Fundações profundas
6.2.1 – Tubulões à céu aberto
Os tubulões a céu aberto são elementos estruturais
de fundação constituídos concretando-se um poço aberto no terreno,
geralmente dotado de uma base alargada.
O tubulão a céu aberto trata-se de uma fundação profunda, escavada
manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa final, há
descida de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo
quando não há base.
6 - Fundações profundas
6.2.1 – Tubulões à céu aberto
6 - Fundações profundas
6.2.1 – Tubulões a ar comprimido
Os tubulões a ar comprimido são fundações profundas, escavadas de
forma manual ou mecanizada, quando se pretende executar tubulões
abaixo do nível de água. campânula (câmara) de ar comprimido. Se
caracteriza pelo uso de revestimento de aço ou de concreto para
auxiliar na escavação do fuste.
Deve-se sempre verificar as condições de compressão e descompressão
dos equipamentos em todas as etapas de execução quando se trabalha
a ar comprimido para garantir a segurança e a boa técnica.
Neste tipo de tubulão podemos encontrar base alargada ou não,
necessitando de pessoal para descida para executar o alargamento da
base ou limpeza do fundo quando não há base.
6 - Fundações profundas
6.2.1 – Tubulões a ar comprimido
7 - Fundações de comportamento misto
7.1 – Estaca T ou Estapata
7 - Fundações de comportamento misto
7.1 – Estaca T ou Estapata
7 - Fundações de comportamento misto
7.2 – Radier Estaqueado
Com o advento de prédios cada vez mais altos, em que o tamanho da base
não acompanha proporcionalmente o ganho na altura, as cargas da
edificação são cada vez mais elevadas e concentradas, demandando blocos
de estacas cada vez maiores. Desta forma passou-se a considerar a
utilização de radiers estaqueados como fundações adequadas aos
carregamentos destas estruturas, com vistas a evitar o recalque do solo, ou
seja, seu afundamento e também uma melhor distribuição das cargas sobre
o radier e consequentemente às estacas.
7 - Fundações de comportamento misto
7.2 – Radier Estaqueado
7 - Fundações de comportamento misto
7.2 – Radier Estaqueado Edifícios em Frankfurt na Alemanha

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