Extensão de Nacala
De:
Extensão de Nacala
II
Índice
Declaração de honra..................................................................................................................................IV
Agradecimentos..........................................................................................................................................V
Dedicatória.................................................................................................................................................VI
LISTAS DE ABREVIATURA...........................................................................................................................VII
LISTAS DE FIGURAS...................................................................................................................................VIII
Resumo.......................................................................................................................................................IX
Abstract.......................................................................................................................................................X
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1
1.1. Introdução...............................................................................................................................1
1.2. Problematização..........................................................................................................................4
1.3. Justificativa..................................................................................................................................6
1.4. Objectivos do estudo...................................................................................................................8
1.4.1. Objectivos geral...................................................................................................................8
1.4.2. Objectivo específico............................................................................................................8
1.5. Hipóteses.....................................................................................................................................8
CAPÍTULO II: REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................................9
2.1. Caracterização de um Porto..............................................................................................................9
2.1.1. Funções dos Portos..................................................................................................................11
2.2. O papel dos portos, a intermodalidade e o hinterland.....................................................................13
2.3. Terminais de contêineres................................................................................................................16
2.3.1. Estrutura de funcionamento de um terminal de contentores.....................................................17
2.3.2. Tendencias actuais do terminal de contentores........................................................................20
2.4. Desempenho do terminal de contentores........................................................................................21
2.5. Produtividade e eficiência aplicação para setor portuário...............................................................23
2.6. Especificações das cargas unitizadas e tipos de contêiner...............................................................25
2.7. Fundamentos da logística e operações portuária.............................................................................27
2.7.1. Equipamentos portuários de apoio logístico............................................................................28
2.7.2. Automação de equipamentos.......................................................................................................31
2.8. Multimodalidade e intermodalidade...............................................................................................32
2.9. Planejamento operacional portuário................................................................................................32
2.10. Análise da matriz SWOT..............................................................................................................34
3.1. Paradigmas de investigação............................................................................................................37
III
3.2. Desenho de pesquisa.......................................................................................................................38
3.3. Tipo de Pesquisa.............................................................................................................................38
3.3.1. Quanto a forma de abordagem do problema............................................................................38
3.3.2. Quanto à Natureza...................................................................................................................39
3.3.3. Quanto aos Objetivos...............................................................................................................39
3.4. Métodos de Pesquisa.......................................................................................................................40
3.4.1. Método de Abordagem............................................................................................................40
3.4.2. Método de Procedimento.........................................................................................................40
3.5. Técnicas e Instrumentos de Recolha de dados................................................................................41
3.5.1. Pesquisa Bibliográfica.............................................................................................................41
3.5.2. Pesquisa Documental...............................................................................................................41
3.5.3. Entrevista.................................................................................................................................41
3.6. Participantes do Estudo...................................................................................................................42
3.6.1. Amostra...................................................................................................................................42
3.7. Método de Análise dos Dados........................................................................................................43
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS.......................................44
4.1. Característica do Porto de Nacala...................................................................................................44
4.1.1. Infraestruturas e equipamentos................................................................................................44
4.2. Capacidade de atracação do terminal do contentor.........................................................................45
4.3. Disponibilidade de equipamentos portuários..................................................................................46
4.4. Desempenho do terminal................................................................................................................47
4.5. Sistema de armazenagem e os fatores Limitantes...........................................................................49
4.6. Sistema modal do porto e o terminal...............................................................................................50
4.7. Prespectivas futuras de desemvolvimento.......................................................................................53
5.1 Conclusão........................................................................................................................................55
5.2. Recomendações..............................................................................................................................56
Referências................................................................................................................................................57
IV
Declaração de honra
V
Agradecimentos
Para realização deste trabalho de pesquisa, foi graças a boa-fé de pessoas com um coração de
ouro que ajudaram para a sustentabilidade do trabalho com ideias iluminadas, primeiro agradecer
a toda minha família que tudo fez, com o apoio moral, o carinho e o amor. Agradeço-lhes de
forma exaustiva pelo vosso calor incondicional, a todos os momentos sejam de tristeza e na
felicidade.
São tantas pessoas, que acompanharam me durante esta caminhada. É necessário realizar uma
retrospectiva desde o momento da escolha do curso, inscrição, o primeiro dia de aula, até ao
actual momento, onde estou a poucos passos de obter o título de Licenciatura em Gestão
Portuária.
Agradeço a deus pai todo-poderoso, por ter me protegido durante todo este tempo, que se foi sem
nada de mal, que iluminou o meu caminho dando-me sabedoria para ultrapassar as dificuldades
que a vida impõe.
Agradecer a minha, ( Dina Carlos Magaia ) minha raíz, meus irmão pela fonte de inspiração que
transmitem continuamente
Agradeço a minha esposa (Zilda Azil Domingos) pelo amor e apoio incondicional, aos meus
avos (Carlos Magaia e Luisa Magaia) por serem meus pilares.
Agradeço meu supervisor que não mede esforço para me direccionar, aconselhar com
ensinamentos de gestão portuária e com o trabalho de pesquisa, agradeço a por ser uma pessoa
sã, paciente e dedicada.
VI
Os meus agradecimentos são extensivos a todos os que de forma directa e indirecta ajudaram a
realizar o trabalho de pesquisa, dando informações, pareceres e aos nossos entrevistados que
foram a chave para esta pesquisa.
Dedicatória
O presente trabalho de pesquisa dedico em especial, aos meus pais , que são as pessoas que não
medem esforço para o meu sucesso se concretizar, e a minha família em geral, que acreditaram
em mim, ao meu namorado amigos, em especial o corpo dos docentes que todo fizeram para eu
aqui estar, e por fim a dou que esta ao meu lado dando instruções para a realização da pesquisa.
VII
LISTAS DE ABREVIATURA
AP’s;
UNCTAD - United Nations Conference on Trade and Development ( Conferência das Nações
Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento);
VIII
LISTAS DE FIGURAS
IX
Resumo
Apresente pesquisa tem como objectivo nalisar os desafios das operações no terminal de
contentores num período compreendido entre 2018-2020. Por tanto, Para validação desta
pesquisa foram utilizados métodos e procedimentos metodológicos, a pesquisa tomou a forma
qualitativa como forma de abordar o problema e aplicou-se uma pesquisa de natureza basica com
o intuito de completar uma lacuna no conhecimento, e quanto aos objectivos pesquisa e
descritiva foram usadas para recolha de dados nesta pesquisa, questionários, entrevistas,
documentos, teses, monografias, relatórios anuais e a observação directa do pesquisador para
melhor interação com o problema. Os resultados obtidos revelam que o grande desafio do porto
nesta terminal são insufiência de equipamentos de movimentação, espaços confinados,
degradação das infraestrutura de atracação e também de transporte que serve para o escoamento
da carga movimentada no terminal. Factos revelam que a reabilitação em curso originou outros
desafios como a insuficiência de espaço para armazenamento e circulação, a falta da automação
do terminal compromete a productividade do terminal e os meios aplicados para esta actividade
são insuficiêntes para fazer face a demanda actual do comércio internacioal.
X
Abstract
This research aims to analyze the challenges of operations at the container terminal in a period
between 2018-2020. Therefore, for the validation of this research, methods and methodological
procedures were used, the research took the qualitative form as a way of approaching the
problem and a research of a basic nature was applied in order to fill a gap in knowledge, and
regarding the research objectives and descriptive were used for data collection in this research,
questionnaires, interviews, documents, theses, monographs, annual reports and the direct
observation of the researcher for better interaction with the problem. The results obtained reveal
that the great challenge of the port in this terminal is the insufficiency of handling equipment,
confined spaces, degradation of the berthing infrastructure and also of transport that serves to
transport the cargo handled in the terminal. Facts show that the ongoing rehabilitation has given
rise to other challenges such as insufficient space for storage and circulation, the lack of terminal
automation compromises the terminal's productivity and the means applied to this activity are
insufficient to meet the current demand of international trade.
XI
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
A princípio, pode-se imaginar que estudar a operação de um porto é uma atividade com foco
pontual; no entanto, tal análise é muito mais abrangente do que inicialmente se imagina. Um
porto que opera de forma eficiente e eficaz pode induzir o desenvolvimento na região onde está
inserido, captando novos clientes e mantendo os já existentes, de modo a facilitar o escoamento
da produção local.
Segundo Souza (2002), os portos são elementos de entrada e saída de quase todo o comércio
exterior, sendo considerados elos logísticos estratégicos para integração de uma nação à
economia globalizada. A competitividade da economia depende, em grande medida, da
eficiência e do baixo custo das atividades portuárias.
O porto de Nacala localiza-se no extremo sul da baia de Bengo e, devido a profundidade das suas
águas, apresenta condições excepcionais de navegabilidade, o que permite a entrada/ saída de
navios sem limitação de calado, 24 horas por dia, e não necessita de dragagem. Estas
características conferem-lhes a classificação de maior porto natural de águas profundas da costa
oriental de África. O porto de Nacala dispõe, também de um terminal para graneis líquidos
ligado aos depósitos de combustíveis da BP- Moçambique (18.000 toneladas) por uma pipeline
1
de 3,5km e ainda depósitos com uma capacidade total de 2,400 toneladas para óleos de palma e
alimentares.
Os terminais de contentores são importantes pontos modais das cadeias globais de logística de
transporte de carga contentorizada (Baird, 2006) e as dificuldades logísticas são uma das razões
do insucesso dos portos, o que leva muitos portos a concentrarem esforços no fornecimento de
serviços de valor na logística integrada e muitas linhas de navegação de contentores a
transformarem-se em organizações de logística. A logística é hoje um factor estratégico para os
portos, permitindo criar valor para os clientes, porque proporciona flexibilidade à produção e
melhora a resposta às encomendas (Juang & Roe, 2010).
Terminal de contentores do porto de nacala consiste em uma laje de betão suspensa com bacias
de acostagem para os navios, com 327 metros de comprimento e de 15 metros de profundidade.
Tem a capacidade de manuseamento de mais de 80 000 TEU᾽s por ano, e ainda 62 000 m² de
área pavimentada para armazenamento de cerca 4000 TEU’s de contentores.
A presente pesquisa tem como tema Logística Operacional do Porto de Nacala, uma Análise
sobre os desafios das operações do Porto: caso terminal de contentores (2018 - 2020) e tem como
objectivo princípal, analisar os desafios enfrentados na esfera operacional do terminal de
contentores do porto de nacala, dentre os quais se destacam a limitação de atracação na zona do
cais do terminal, a insuficiência de equipamentos tanto de movimentação vertical que servem
para transferir os contentores do navio para o cais como também os equipamentos de
movimentação horizontal que são usados para fazer arrumação dos contentores no parque de
armazenamento.
Outros desafios foram evidenciados como a falta de espaço suficiêntes para armazenar os
contentores devido as obras de reabilitação e modernização do porto, a qualidade de algumas
infraestruturas de transporte, sistemas internos pouco eficazes que influênciam negativamente no
desempenho e produtividade do terminal.
2
fenómeno ou situação em detalhe, especialmente o que está ocorrendo, permitindo abranger, com
exatidão, as características de um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como desvendar a
relação entre os eventos.
Várias formas foram usadas para recolha de dados nesta pesquisa, questionários, entrevistas,
documentos, teses, monografias, relatórios anuais e a observação directa do pesquisador para
melhor interação com o problema. Foram envolvidos também alguns profissionais da área como
o caso de alguns funcionários dos Caminhos de Ferro de Mocambique como fonte directa de
obtenção dos dados.
Por fim, o trabalho tem a seguinte estrutura: Capítulo I - Introdução: faz-se uma breve descrição
do problema, foca-se a meta que se pretende alcançar em volta do problema identificado com
vista a solucioná-lo. Capítulo II - Revisão De Literatura: faz-se uma descrição geral do objeto de
estudo, onde são apresentadas diversas abordagens de diferentes autores sobre a temática.
Capítulo III- Metodologias: descreve-se os procedimentos metodológicos usados no
levantamento dos dados. Capítulo IV - Análise e interpretação de dados: é reservado a
apresentação, analise e interpretação dos dados obtidos na pesquisa de campo. Capítulo V -
Conclusão e Recomendações: é reservado as considerações finais do trabalho e as sugestões.
3
1.2. Problematização
A logística nos portos é feita considerando o embarque e desembarque dos mais diversos
produtos. Essas mercadorias podem seguir para diferentes destinos, e melhorar os processos é
essencial para ter máxima eficiência. Nesse sentido, aprimorar as operações portuárias e colocar
em prática processos mais hábeis ajuda muito para não haver atrasos.
4
crescimento da produção agrícola no País observado nos últimos anos. A não disponibilização de
uma infra-estrutura compatível, desencadeia gargalos em todos os elos da cadeia logística, de
maneira especial nos modais de transporte, em função da falta de caminhões e vagões adequados,
do frete elevado e principalmente da precariedade das rodovias que se estendem até o porto, além
da falta de armazéns para receção e armazenagem da produção, comprometendo diretamente a
cadeia logística como um todo. As ações para a melhoria da infra-estrutura portuária e logística
trará redução do custo permitindo que as empresas exportadoras possam atingir um patamar de
desempenho que as tornem competitivas no mercado globalizado. Dai que surge a pergunta de
partida: Quais são os desafios enfrentados nas operações logísticas no terminal de contentores
do porto de nacala?
5
1.3. Justificativa
De acordo com Shamy & Kalla (2012) cerca de 90% de volume de carga do mundo é
transportada via marítima, o que representa 59% em termos de unidades monetárias. Neste
contexto, o sector portuário de contentores de Moçambique mais concretamente o porto de
nacala necessita de uma análise da situação actual da eficiência e produtividade para avaliar a
necessidade de investimentos quer em termos de infra-estruturas, quer em termos de
equipamentos para garantir o funcionamento pleno e eficiente nas suas operações.
Para Marlow e Casaca (2003) apud Grilo (2014:7), a eficiência aumenta a produtividade 1 e o
desempenho, mas a existência de operações ineficientes nos terminais resulta numa imagem de
pobre desempenho portuário, que afecta a sua posição no mercado e a dos seus utilizadores, que
têm de investir capital adicional nos seus negócios para lidar com tal ineficiência. Quanto mais
produtivos forem os meios e recursos utilizados no processo de produção maior será o nível da
eficiência dessa unidade e maiores serão os resultados alcançados em cada período.
Contrariamente a eficiência, a eficácia tem a ver com alcance dos resultados sem tomar em conta
os recursos empregues. A análise empresarial baseada na eficácia impede o aumento da
rentabilidade dos activos investidos e esta visão não se mostra recomendável para a gestão dos
portos e muito menos à gestão dos terminais de contentores de Moçambique.
6
extrema importância na medida em que as conclusões poderão ajudar na compreensão dos
factores que condicionam o bom ou mau desempenho das operações no terminal de contentores.
É por estas e outras razões que esta pesquisa tem como foco, o estudo das operações portuárias
dos terminais de contentores do porto de Nacala, com a finalidade de analisar a os desafios ao
nivel operacional do terminal podem ser melhorados ou ajustados em função da quantidade de
contentores movimentados.
No final, este trabalho vai contribuir para que as partes interessadas pelo sistema portuário de
Moçambique terão uma base para vislumbrar os terminais de contentores eficientes e os factores
de produção que precisam ser melhorados para aumento da eficiência operacional dos terminais
já referidos. Para além disso, os próprios gestores terão uma visão empírica sobre a eficiência das
suas operações com base no método DEA – Data Envelopment Analysis, ou Análise Envoltória
de Dados.
No cômputo geral, em Moçambique, há lacunas nesta área de análise da operacões logística dos
terminais de contentores e é necessário perceber o contributo desses terminais para o sistema
logístico portuário como um todo. Assim, consideramos que esta pesquisa é um contributo para a
compreensão da gestão e conhecimento da eficiência dos terminais de contentores em
Moçambique, onde os estudos na área mostram-se, ainda, inexistentes.
7
1.4. Objectivos do estudo
1.5. Hipóteses
H1: A infraestrutura defasada é um dos principais fatores que afetam a produtividade no porto
de nacala, pontos como estruturas antigas, equipamentos e maquinários que não recebem
manutenção periódica e estão com defeitos, influenciam diretamente no desempenho da logística
da sua operação portuária.
8
CAPÍTULO II: REVISÃO DE LITERATURA
De acordo com Robles (2016), porto é um lugar equipado com instalações apropriadas ao apoio
da navegação e a operação de carga, descarga e guarda de mercadorias, além de embarque e
desembarque de passageiros, localizado no litoral ou à margem de um rio, lago ou lagoa.
Os portos são estruturas dinâmicas com importante papel na gestão das cadeias logísticas como
pontos de interconexão entre modos de transporte, mas, também, cada vez mais, como elos da
cadeia de abastecimento, sendo-lhes exigido assegurar o movimento do navio e da carga. Além
disso, que esse movimento seja realizado com eficiência e rapidez, de forma fiável, com valor
acrescentado, e de acordo com as especificações da cadeia de transporte.
A atual expansão do comércio global exige maior eficiência aos portos marítimos, no seio das
cadeias marítimas e terrestres, o que leva à crescente concorrência e à maior preocupação com os
factores que determinam o desempenho de um porto. Sendo os portos marítimos pontos críticos
no comércio, as autoridades portuárias e os decisores têm demonstrado forte interesse numa
gestão portuária eficiente, o que é reforçado pelo facto de enfrentarem intensa e crescente
concorrência (Notteboom & Rodrigue, 2009).
9
O porto desempenha um papel importante para os importadores e exportadores e para todos
quantos dependem das atividades industriais e comerciais que se localizam no seu “hinterland” e
que aproveitam as suas ligações marítimas (Estrada, 2007). Sendo fundamental que o faça de
forma a cumprir as necessidades dos seus utilizadores ou clientes, com o melhor nível de
desempenho.
Conforme Dwarakish e Salim (2015), os portos são um dos principais componentes do setor
geral de transporte e hoje estão ligados à expansão da economia mundial, funcionando
basicamente como um meio de integração do sistema econômico global, uma vez que o setor
portuário abrange uma ampla gama de serviços, sendo o transporte de bens e passageiros o
principal. Porém, ainda consoante os autores, outros serviços também estão relacionados com o
setor, como os serviços portuários, como praticagem, reboque e assistência técnica, reparos de
emergência, ancoradouro e serviços de atracação, e serviços auxiliares ou de apoio como
armazenamento de carga, serviços de transporte marítimo de carga, serviços de desembaraço
aduaneiro, entre outros.
Segundo Branch apud Esmer (2008), os portos tem como objetivos principais:
A UNCTAD apud Sousa Jr., Ferreira Jr. & Prata (2008) classifica os portos por geração, sendo o
mais antigo considerado como porto de 1ª geração e o mais moderno como porto de 4ª geração.
Rosa (2006) segue um raciocínio bem semelhante, destacando as funções de um porto em quatro:
comercial; ligação entre o modal aquaviário e o terrestre; local seguro de atracação das
embarcações; fonte de desenvolvimento regional.
10
Para Carvalho (2009, apud SILVA, 2010), o porto é um sistema complexo cujo funcionamento
depende de alguns fatores básicos, como seu processo aduaneiro, sua infraestrutura portuária e
física, além dos seus equipamentos. Diante disso, o autor entende que a eficiência operacional
está intrinsecamente ligada com a qualidade de tais fatores básicos.
Neste caso, é indispensável a definição das suas funções, de forma a saber como melhor
desempenhá-la para a máxima satisfação dos clientes. Neste caso, na actividade portuária com o
aumento do tráfego marítimo, a evolução tecnológica, o aumento da concorrência na neste ramo
de actividade portuária, as funcionalidades dos portos se têm transformando de forma a se
adaptarem a nova realidade. Os portos actualmente são considerados centros logísticos de
distribuição e serviços e têm funções internas e externas (UNCTAD, 1992).
As funções internas são aquelas que dão suporte às funções externas do porto, como é o caso das
funções comerciais e económicas. Por seu turno, as funções externas por sua vez se dividem em:
a) Funções reservadas aos navios: que são os serviços realizados pelos rebocadores, que
englobam a atracação e desatracação, manutenção;
b) funções reservadas à carga: que são as efetuadas na interface terra/navio, como a carga e
descarga, e aquelas efetuadas só em terra, como a consolidação e desconsolidação de
contentores.
Mas também as funções em terra, que são todos os serviços realizados apenas em terra, como é o
caso da consolidação de contentores (UNCTAD, 1992).
Outra classificação das funções dos Portos existente é a do World Bank (2007). Para esta
classificação, divide as funções portuárias em função negocial, função operacional, função
comercial e função segurança.
11
A função negocial é a que se preocupa com as atividades referentes a movimentação do navio e à
sua carga, abrange também as áreas de carga e descarga de mercadorias, bem como o seu
transporte dentro e fora do porto.
Aliado as funções apresentadas, em suma podemos concluir que a função principal dum porto é
gerar benefícios para o dono das cargas ou mercadorias e para o cliente final, ou seja para a
população, gerando mais negócios, mais emprego e mais crescimento económico, sendo um pólo
de desenvolvimento nacional e regional.
Partindo dos pressupostos elencados, pode-se afirmar que os portos não são um fim em si
mesmos, mas desempenham um papel importante para os importadores, para os exportadores e
para todos quantos dependem das actividades industriais e comerciais que se localizam no seu
hinterland e que aproveitam as suas ligações marítimas (Estrada, 2007).
Deste modo, considerando a este principio de que os portos não constituem um fim em si
mesmos, podemos concluir que são entidades dinâmicas desempenhando papel cada vez mais
importante na gestão das cadeias logísticas, não só como pontos de interconexão entre modos de
transporte, mas também cada vez mais como elos da cadeia de fornecimento de serviços
logísticos, sendo-lhes exigido não só a função de assegurar o movimento do navio e da carga,
mas também que esse movimento seja realizado com eficiência e rapidamente, de forma fiável,
com valor acrescentado e de acordo com as especificações da cadeia de transporte.
De entre as entidades com papel relevante na administração do porto, destacam-se, por um lado,
a autoridade portuária, enquanto entidade de organização/gestora global do porto, proprietária ou
mesmo operadora, em certos casos (Estrada, 2007). Por outro lado, o concessionário privado dos
terminais, que presta directamente os serviços ao navio e à carga, realizando as operações de
12
transferência da carga entre o navio e o terminal e entre o terminal e o meio terrestre, tendo
competência sobre todo o relacionamento comercial com os clientes que lhe exigem níveis de
desempenho determinados para os escolherem, tendo em conta a crescente concorrência
facilitada com a proliferação de vias terrestres em auto-estrada que alargam os hinterlands dos
portos, colocando-os em concorrência directa por cada vez maiores áreas terrestres de mercado.
O comércio mundial tem vindo a crescer sistematicamente década após década e tem sofrido
profundas alterações do ponto de vista de gestão das operações logísticas e na tecnologia
logística utilizada (IAPH, 2009). As operações de transporte e de armazenagem estão integradas
na gestão logística que por sua vez fazem normalmente parte de etapas de produção, distribuição
e marketing, cada vez de maior alcance global.
Neste âmbito, a actividade marítima de carga geral representa mais de 70% em valor do total
mundial, com todas as actividades logísticas relacionadas a ganharem cada vez mais importância.
Os portos oferecem as necessárias interfaces terra/mar e crescem sustentadamente em
importância nas cadeias logísticas à medida que se tornam cada vez mais globais e complexas. A
figura seguinte apresenta um esquema simplificado da cadeia global de transporte.
Historicamente, os navios estavam equipados com meios próprios de carga e descarga das
mercadorias que utilizavam nos cais corridos dos portos. A actividade de transporte marítimo
terminava com a descarga da mercadoria no caís, pois existia, naturalmente, uma forte ruptura no
transporte. O transporte em terra era completamente segregado, com documentação e
procedimentos próprios e com timings separados.
13
Considerando que a logística é a gestão de todas as actividades relacionadas com os movimentos
dos produtos – “delivering the right product from the right origin to the right destination, with
right quality and quantity, at right schedule and price”, segundo Muller (1999) –, conhecida pela
expressão dos 7 R’s de Right, contempla todos os actores, meios de transporte, portos e outras
infra-estruturas envolvidas nestas actividades. A importância dos portos nestes movimentos é
naturalmente óbvia face ao peso do transporte marítimo em quantidade e valor no comércio
mundial, pelo que todos os problemas relacionados com a agilização dos portos, tais como
acidentes, atrasos nas operações, perdas de ligações e outros factores, poderão prejudicar a noção
de “Right” ao longo da cadeia logística (IAPH, 2009).
É nesta lógica que a intermodalidade tem vindo a ganhar importância nos portos. A
intermodalidade é uma solução que combina, de forma integrada, mais do que um modo de
transporte, visando assegurar a movimentação eficiente dos produtos, quer promovendo a
redução de custos, quer complementando percursos (marítimo e rodoviário, marítimo e
ferroviário, rodoviário e ferroviário). Na intermodalidade assume-se que não existe
manuseamento ou quebra de cargas e há tendencialmente um contrato único de transporte
(Crespo de Carvalho et al, 2010).
A intermodalidade assume que os nós das cadeias logísticas permitem a integração rápida dos
meios de transporte e da transferência de cargas. Para tal e como anteriormente referido, a
standardização e a uniformização das cargas permite reduzir drasticamente os tempos e custos
associados a operações de carga e descarga em movimentos de transferência da mercadoria entre
diferentes modos de transporte.
Segundo Rushton et al (2000), citado por Crespo de Carvalho, os serviços intermodais mais
utilizados são os veículos ou semi-reboques transportados em ferrovia (TOFC – Trailer on a
Flatcar ou Piggyback), os veículos transportados em navios (RORO – Roll On Roll Off) e a
utilização de contentores standard. Esta última solução tem uma grande capacidade e
flexibilidade, podendo transportar, praticamente, todo o tipo de mercadorias, sendo movimentado
por equipamentos adequados de forte automatização e está a revolucionar o transporte
intermodal, com particular impacto para o transporte marítimo e a sua integração com os
restantes meios de transporte.
14
Com modelo de gestão landlord port os portos têm vindo a ganhar uma maior eficiência nas
operações e a crescer na promoção e desenvolvimento global dos portos. Segundo a IAPH
(2009) as AP’s têm feito um esforço enorme na melhoria global dos portos, mas ainda há um
longo caminho a percorrer na simplificação de procedimentos globais e na implementação de
EDI na logística portuária, bem como na estimulação da economia local e no incremento da
actividade no hinterland servido.
Considera-se como hinterland o espaço terrestre sobre o qual um porto vende serviços e
satisfazos seus clientes com o movimento de mercadorias de e para eles (Rodrigue, 2009).
Normalmente o hinterland é servido por transporte rodoviário, ferroviário ou fluvial. Os portos
oceânicos são necessários para permitir o comércio internacional das empresas localizadas no
seu hinterland e são um elemento muito importante para estimular a economia dos países.
15
2.3. Terminais de contêineres
Os terminais de contentores são importantes pontos nodais das cadeias globais de logística de
transporte de carga contentorizada para Ballou (2006), e as dificuldades logísticas são uma das
razões do insucesso dos portos, o que leva muitos portos a concentrarem esforços no
fornecimento de serviços de valor na logística integrada e muitas linhas de navegação de
contentores a transformarem-se em organizações de logística. A logística é hoje um factor
estratégico para os portos, permitindo criar valor para os clientes, porque proporciona
flexibilidade à produção e melhora a resposta às encomendas (Juang & Roe, 2010).
16
2.3.1. Estrutura de funcionamento de um terminal de contentores
Na secção anterior foi referido que um porto pode ser constituído por diversos terminais. Os
terminais de contentores constituem o ponto de entrada e saída da carga unitizada que é
empacotada em contentores de 20 e 40 pés. No mundo actual, Grilo (2014) refere que se verifica
a substituição das tradicionais cargas marítimas heterogéneas por contentores homogéneos. A
adopção do conceito de contentor, Cullinane e Khanna (2000) apud Grilo (2014) referem que
criou uma revolução nos portos e permitiu aos transportes marítimos beneficiarem das
economias de escala não só na movimentação de carga mas também no tamanho dos navios.
De acordo com Grilo (2014), os aspectos estruturais que definem o grau de atractividade e
competitividade de um porto prendem-se fundamentalmente com três factores: as infra-
estruturas e superestruturas portuárias, os acessos terrestres e o acesso marítimo. Sobre as três
interfaces referidas na secção anterior, que são hinterland, Terminal e Mar, Silva (2007) apud
Palma (2011:66) apresenta um esquema genérico de operações num terminal intermodal de
contentores, conforme a figura a seguir.
17
Figura 2 - Esquema das operações num terminal intermodal de contentores
Nesta figura é possível identificar várias operações que podem ocorrer nas três interfaces
referidas:
Nas operações para o hinterland verifica-se que a carga que sai e entra para o terminal
tem origem rodoviária e ferroviária, o que pressupõe que o terminal deverá estar dotado
de equipamento suficiente para fazer face a demada dos dois modos de transporte;
Nas operações dentro do terminal é necessário assegurar a disponibilidade de espaço para
carga importada, em trânsito e transbordo bem como para contentores vazios;
Nas operações do Mar verifica-se a entrada e saída de navios vindos de diversos pontos
do mundo. Esta actividade deve ser realizada impreterivelmente na presença de
rebocadores de navios.
18
Tendo em conta as três operações bem distinta, Liu (2010:29) indica a existência de vários
agentes evolvidos nestas operações, que são: autoridades portuárias, operadores de terminais,
rebocadores, consignatários, entre outros agentes.
Onut et al. (2011) referiram como determinantes do desempenho dos portos e terminais, as
características físicas dos terminais, infraestrutura e equipamento. Bruce et al. (2008) referiram
as instalações, as ligações ao transporte ferroviário e rodoviário e as características dos fundos do
cais.
Cais: o cais é uma infraestrutura essencial onde os navios atracam para descarregar e
carregar contentores. A capacidade e o comprimento do cais variam com o comprimento
e dimensão dos navios, com entre 100 a 350 metros e calados de 7 a 17,5 m, pelo que o
cais tem que ter condições adequadas para receber o maior navio alvo no mercado,
considerando a posição do porto na hierarquia das rotas marítimas e dos navios;
Pórticos de cais: o cais deve ter guindastes especializados de pórtico lateral para
movimentar os contentores entre o navio e o cais com grande produtividade, embora
existam terminais com guindastes multiusos, menos produtivos, e mesmo cais sem
equipamento de movimentação vertical, servindo-se dos braços de carga do próprio navio
para realizar os movimentos dos contentores;
Terrapleno: a área de parqueamento do terrapleno normalmente ocupa cerca de 60% a
70% da área total do terminal, sendo o resto para circulação e outras funções. É usada
principalmente para armazenar contentores em altura, à espera do movimento para o cais
ou para o modo de transporte terrestre/marítimo. O terrapleno deve ter profundidade
suficiente para armazenar a carga de passagem, pelo tempo necessário, de todos os navios
que demandam a frente ao cais que serve no terminal, sem constrangimentos e com
facilidade e rapidez de manipulação.
Quanto maiores os navios servidos, maior deve ser a profundidade do terrapleno. O
terrapleno deve estar munido de equipamento de parqueamento de contentores,
empilhadores frontais, empilhadores com pórtico ou pórticos de parque com rodas ou
carris, dependendo do tipo de armazenagem;
19
Área logística: alguns terminais possuem áreas logísticas para consolidação e
desconsolidação de contentores ou outras operações logísticas de valor acrescentado à
carga do contentor. Em Portugal, não existem usualmente estas funções logísticas no
terminal de contentores devido ao custo da mão-de-obra portuária, que tem o exclusivo
do trabalho com a carga no terminal.
No que concerne ao tipo de equipamento envolvido em cada operação, Liu (2010), subdivide em
dois grupos: gruas de cais e equipamento de manuseamento de carga na área do terminal. As
gruas são equipamentos usados para a operação de carga e descarga do navio para o cais. Há
navios que trazem as suas gruas montadas no próprio navio ou o terminal pode estar dotado das
suas próprias gruas ou guindastes. Por seu turno, na área do terminal é necessário que se
disponha de equipamentos para o carregamento e descarga de mercadorias vindas do hinterland e
vice-versa. Neste processo, na área do terminal, duas actividades ocorrem e são: o empilhamento
de contentores e de transporte horizontal. Para o empilhamento de contentores, Liu (2010),
indica os seguintes equipamentos: pórticos (do ingles, Straddle Carriers), guindastes portuários
(do inglês, Rubber Tired Gantry Cranes - RTGs), guindastes ferroviários (do inglês, Rail
Mounted Gantry Cranes- RMGs), Reach stackers e Empilhadeiras (do inglês , Stackers) para
contentores vazios. Para o transporte horizontal dos contentores dentro do terminal, Liu (2010)
apresenta os seguintes equipamentos necessários: tractores, atrelados, Straddle Carriers, veículos
teleguiados (do inglês, Automated Guided Vehicles -AGV) e Reach Stackers.
20
contentorização de carga que não era tradicionalmente contentorizada, como é o caso dos graneis
e da carga geral fracionada.
O terminal de contentores assumiu-se assim como um centro logístico, elo da cadeia logística de
abastecimento, com funcionalidades deste tipo dentro ou nas suas proximidades. Assim, os
serviços logísticos dos terminais de contentores possuem um impacto sobre as decisões
operacionais dos donos das cargas e das escalas de navios. As estratégias de “just in time” (JIT)
das empresas têm implicado um aumento muito grande da eficácia e fiabilidade dos terminais de
contentores e dos portos, embora para o comércio de longa distância, nos quais a frequência é
menos importante, a eficiência e os custos ganhem peso. Considera-se que o dinamismo
tecnológico e comercial, relacionado com as cargas contentorizadas, deverá aumentar,
traduzindo-se numa crescente pressão exercida sobre as estruturas logísticas em termos de
fiabilidade, agilidade, prazos de entrega e de flexibilidade, características cada vez mais exigidas
aos portos e em especial aos terminais de contentores (Robinson, 2002).
A gestão da cadeia de abastecimento pode ser melhorada do lado marítimo com economias de
escala e frequência do serviço ao longo das rotas principais que ligam portos “feeder” e “hub”
intermédios. No lado de terra, o transporte requer igualmente a organização em centros de
distribuição de vários níveis nacional, regional e local, com vista a minimizar os custos
(Rodrigue & Notteboom, 2010). Mas é ao porto e ao terminal que cabe o papel de ligar estas
cadeias com características distintas, devendo acompanhar as melhorias contínuas de um lado e
de outro.
21
2.4. Desempenho do terminal de contentores
De acordo com Talley (2006), o desempenho pode ser avaliado de forma relativa, dos pontos de
vista da eficiência técnica, da rentabilidade e eficácia, comparando os resultados reais com o
porto técnica e economicamente mais eficiente. O desempenho económico dos portos também
pode ser avaliado pela comparação dos valores reais com os indicadores de desempenho padrão
que sejam objetivos do porto.
Bichou (2007) referiu que o desempenho dos portos é representado pelos diversos autores com
variáveis financeiras ou de produtividade financeira, medidas de produtividade física dos portos
ou terminais, medidas de produtividade multifator ou “total factor”, estudos de impacto
económico e medidas de eficiência relativa, verificando existir uma falha entre a ligação das
operações do lado do mar e as operações do lado de terra, devendo ser analisado o desempenho
como um todo na cadeia logística de abastecimento, desde a entrada do navio até ao interface
intermodal externo.
Num ambiente em que os portos possuem “hinterlands” que fomentam a concorrência entre si,
num processo de seleção, o desempenho deve ser comparado com outros portos. No caso dos
terminais de contentores, tem interesse comparar o desempenho económico, mas também a
produtividade, eficiência e satisfação do cliente (eficácia), dos operadores, armadores,
carregadores e cadeias logísticas. O terminal não pode verificar apenas se melhorou em relação
ao ano anterior, mas verificar se melhorou mais que os outros e se ficou acima dos outros. Num
22
ambiente competitivo, todos os detalhes contam para o desempenho do terminal de contentores,
desde os custos, tempos, armazenagem, operações do lado de mar e de terra, para os
carregadores e armadores, na cadeia logística terrestre e na rede marítima (Talley, 2006).
23
Notteboom et al. (2000), afirmaram que o desempenho do porto pode ser medido através de
variáveis como a eficiência do terminal de contentores. Acochrane (2008). considerou o
movimento do terminal em TEU, desagregado em componentes. Wang e Cullinane (2006), por
exemplo, usaram esta medida para comparar terminais de contentores europeus. Existe uma
discussão na literatura sobre as possíveis distorções criadas pela utilização da medida do
movimento do terminal em TEU totais por ano, como única medida de desempenho para
terminais de contentores, reconhecendo-se o efeito da relação dos contentores de 40´ e 20´ nos
requisitos do terminal.
São geralmente necessárias melhorias substanciais da produtividade para permitir que os portos
atinjam os requisitos de serviço de seus clientes e obtenham vantagens competitivas. A
produtividade é uma medida da eficiência das operações portuárias e explica a quantidade de
recursos geralmente necessários para executar uma determinada tarefa em um determinado
momento.
Portanto, o nível de eficiência pode representar a rapidez com que os contêineres são
manipulados e a rapidez com que as embarcações são operadas nos portos. Quanto maior o nível
de eficiência de uma operação de um porto ou terminal, mais usuários provavelmente o
escolherão, o que, por sua vez, fará com que o porto ganhe mais partes de mercado (Tongzon E
Heng, 2005).
Sob o ponto de vista da distribuição de cargas globais, a eficiência é melhorada tanto pela
adequação da infraestrutura quanto pelo aprimoramento da organização e do gerenciamento
interno (MILAN et al. 2014).
Neste contexto, Lovell (1993), destaca a importância em se medir eficiência e produtividade, por
serem indicadores do sucesso e do desempenho das unidades de produção e ainda, porque com
essas medidas, podem-se explorar hipóteses sobre as fontes e efeitos da eficiência, assim como,
as diferenças de produtividade. Este retorno é essencial para as políticas públicas e privadas
destinadas a melhorar o desempenho.
Segundo Tongzon e Heng (1995), os portos são a ligação vital entre a cadeia comercial mundial,
portanto, o nível de eficiência e desempenho determina o nível de competitividade de uma nação.
24
Sendo assim, para alcançar e manter uma vantagem competitiva no mercado, uma nação precisa
entender os fatores subjacentes à competitividade portuárias e avaliar continuamente seu
desempenho em relação ao resto do mundo para que as estratégias possam ser adequadas e
planejadas.
Sendo assim, referente às condições físicas e infraestrutura, Cullinane et al. (2006) indicam que o
porto deve realizar investimentos em equipamentos sofisticados ou em canais de dragagem para
receber navios maiores, para reduzir seus custos no transporte de contêineres, assim aumentam
suas chances em meio a competitividade portuária. Porém, os autores apontam que no que tange
a competitividade, que os portos devem permanecer atentos não apenas no manuseio físico das
cargas, pois companhias de navegação, inseridas em um ambiente competitivo, podem optar pela
utilização de mais de um porto para facilitar a movimentação das cargas, sendo assim, portos
situados em locais com constante risco podem perder clientes.
Dentre os principais fatores para alcançar a eficiência, Tahar e Hussain (2000), destacam a plena
utilização dos recursos e a gestão adequada das operações são os dois principais objetivos para
qualquer terminal portuário. A partir disto, pode-se alcançar aumento da movimentação, redução
das filas de espera e, consequentemente, redução do custo operacional.
25
Os portos marítimos são complexos sistemas de logística dinâmica, constituídos por vários
elementos interativos, influenciados por fatores aleatórios (RIOS et al., 2003). Sendo assim, a
utilização adequada dos recursos existentes de um porto pode levar, consequentemente, a uma
melhora de eficiência.
Neste contexto, os autores, Cullinane e Wong-Song (2006), explicam que em casos onde se
encontra a necessidade de realizar novos investimentos dentro de um porto, como por exemplo,
construir um novo terminal, no intuito de atender as novas demandas dos clientes e manter as
vantagens competitivas, deve-se antes de tudo, saber se o porto esta utilizando toda sua
capacidade de instalações.
Os contêineres podem ser definidos como cofre de carga ou caixas metálicas para transporte
unitizado de mercadorias, em que suas dimensões características são padronizadas pela ISO
(International Organization of Standarization). Suas dimensões são fixas na largura e variam na
altura e no comprimento, sendo classificadas em TEU (Twenty Foot Equivalent Unit)
equivalentes a 20 pés de comprimento e FEU (Fouth Feet Equivalente Unit) ou 2 TEUS
equivalentes a 40 pés de comprimento. (Silva, 2016)
A capacidade volumétrica, assim como peso máximo admitido nos contêineres variam entre
28.000 e 31.000 kg de carga (payload). Entretanto é importante observar que em razão da
capacidade de peso dos equipamentos portuários, alguns portos têm restrição de peso liquido
máximo em torno de 25 toneladas. Assim como é importante observar a carga máxima permitida
nas rodovias, ferrovias para evitar problemas na operação logística. (Silva, 2016)
Os tipos de contêiner variam de acordo com a natureza da mercadoria e suas dimensões, com
base nos equipamentos específicos para cada segmento, como mostra na Figura 12. Dentre eles
os principais modelos são:
26
Platform, são desmontáveis quando vazios, otimizando o espaço quando são retornados
sem mercadoria.
Flatrack, com teto e laterais aberto utilizados para transporte de cargas que excedem a
altura e largura padrão.
Refrigerated ou Reefer são contêiner com cargas aquecidas ou refrigeradas, são pintados
de branco no exterior e são devidos em self sustained e insulado, que respectivamente
possuem equipamento com motor próprio de refrigeração ou é suprido com ar refrigerado
por um orifício alimentador.
Tank são tanques utilizados para transporte de cargas líquidas.
27
Figura 3: Tipos de contentores
Para que estas duas atividades funcionem é imperativo que o planejamento logístico, esteja
integrado às funções primárias (transporte, processamento de pedidos e estoques) e de apoio
(movimentação, armazenagem, embalagem, etc.), em (Ballou,2013; Carvalho,2002;
Santos,2015)
Segundo Panayides (2006), para uma melhor compreensão do conceito de logística marítima, é
necessário apreender três conceitos base: logística, cadeia de abastecimento e atividade marítima.
Os conceitos de logística e a cadeia de abastecimento foram anteriormente abordados, pelo que
nos focaremos na atividade marítima. Esta consiste na atividade que tem o mar como teatro de
operações e os navios como intervenientes. Como tal, divide-se em duas subactividades:
28
Transporte marítimo – onde geralmente ocorre o processo de transporte de pessoas e
mercadorias entre dois ou mais portos marítimos;
Operações portuárias – envolve todo o processo de embarque e desembarque de pessoas
ou carga e descarga de mercadorias decorrentes do transporte marítimo, tal como a sua
movimentação e armazenagem para posterior expedição para o consumidor final, por via
terreste.
Através deste subcapítulo foi possível obter uma perceção de alguns conceitos necessários para
melhor compreensão da cadeia de abastecimento, do processo de criação de valor e da logística
marítima, e relação de como estes são importantes para a edificação dos conteúdos das UA’s.
29
As áreas de estocagem para carga, descarga e transito interno, como áreas pulmão (buffer),
permitem agilizar a movimentação e contribui para redução do tempo do navio no porto *.
(Alfredini & Arasaki, 2014)
Empilhadores
Pás carregadoras
Gruas móveis
Pórticos
Tratores
Atrelados
Transportadores de tela
Transportadores tubulares
Equipamento com acionamento diesel, a gás ou elétrico para movimentação vertical e horizontal
de cargas. Os empilhadores podem ser de grande porte, para manipulação de contentores ou
mercadorias pesadas, sendo vulgar da ordem de 45 t, e podendo empilhar até oito contentores
vazio ou cinco cheios. Necessitam de trabalhar em conjunto com atrelados (trailers) para
movimentação dos contentores na área portuária. Os empilhadores de pequeno porte utilizam-se
para mercadorias leves em operação no cais ou em armazém, tendo capacidades típicas da ordem
das 3 t a 10 t. 6
Tractores e Atrelados
30
Tractores são equipamentos de rolamento para tração de atrelados para movimentar cargas
pesadas. São normalmente acionadas por motores diesel. Têm capacidades de tração variáveis de
5 a 100 t, ou mais. A operação pode ser feita com vista frontal ou traseira, girando apenas a
cabine ou o conjunto de comando (volante, banco, manípulo das mudanças de velocidade,
joystick). Para movimentar a mercadoria, seja carga geral ou contentores, os tratores necessitam
de atrelados ou, como é corrente designá-los, trailers.
Os atrelados são utilizados para a movimentação de contentores e carga geral dentro da área
portuária e podem ser do tipo de plataforma fechada ou aberta, com capacidades correntes da
ordem das 60 toneladas. Modernamente, existem ainda em sua substituição plataformas de
transporte com propulsão própria e comando próprio ou remoto, estes últimos normalmente
chamados de AGV (Automated Guided Vehicle).
Gruas
As gruas automóveis montadas num camião, podendo deslocar-se a distâncias consideráveis, são
utilizadas para a movimentação ou manuseamento vertical de carga geral, solta ou em paletes, ou
contentores. No primeiro caso utilizam, a partir do gato de suspensão, ganchos ou redes para
suspender a carga. Deslocam-se sobre pneus e operam sobre sapatas para estabilização. A sua
capacidade exprime-se em termos de carga, combinada com a altura e alcance. A sua grande
limitação é o tempo de ciclo, já que a velocidade dos movimentos destas gruas pode ser
considerado lento para uma utilização em operações portuárias.
As gruas móveis portuárias diferem das gruas automóveis, na medida em que não se destinam a
percorrer grandes distâncias, cingindo-se às operações num porto. Com velocidades de ciclo
superiores conseguem uma maior rentabilidade da operação. Adaptados a uma movimentação
intensiva e rápida de contentores, incluindo a utilização com twinlift, em navios de qualquer
dimensão, e também à movimentação de carga geral e graneis em qualquer tipo de porto ou
terminal.
Pórticos de parque
31
primeiros são conhecidos por RTG, iniciais de Rubber Tyred Gantry; os segundos, por RMG, de
Rail Mounted Gantry.
Os pórticos de parque podem a empilhar até quatro ou mais contentores em altura. O seu
movimento é feito em linha reta, com acionamento diesel, ou recorrendo a uma alimentação
elétrica exterior. Têm, sobre os empilhadores, a vantagem de poderem otimizar o espaço de
armazenagem, dado que dispensam os corredores para circulação e acesso.
Pórticos de cais
O pórtico de cais é um equipamento de grandes dimensões instalado junto ao cais, utilizado para
a carga e descarga dos navios e está equipado com um espalhador (spreader), para segurar e
suspender os contentores. Existem pórticos também, para graneis sólidos e para carga geral, estes
últimos menos vulgares. O acionamento dos mesmos pode ser através de mecanismo elétrico.
No entanto, a motivação mais forte por trás da automação é a redução no custo por contentor
movimentado no terminal, garantindo um alto nível de produtividade. Além disso, a
implementação de gruas, tratores, automáticos (ASCs) resulta em melhor otimização nas
operações (Harboursreview, 2018).
Dito isso, automatizar o terminal é uma das formas mais sustentável para que se alcance
vantagens competitivas, portanto daí uma das mais importantes características técnicas no porto
32
de Roterdão é ser totalmente automatizado, com veículos guiados automaticamente (Deloitte,
2017).
Segungo Untcad (2018), considera que os desafios para a implementação mais ampla de soluções
de automação portuária incluem custos, escassez de habilidades ou recursos para implementar e
gestão de automação, preocupações dos sindicatos e tempo necessário para a implementação.
Dentre os principais tipos de interseções entre modos de transporte, podem ser destacados:
33
As responsabilidades de planejamento da operação portuária são atribuídas em diferentes esferas
organizacionais do porto com base na escala de tempo das atividades operacionais, por meio de
um planejamento em curto, médio e longo prazo. A principal tarefa e o grande desafio de um
gestor da operação portuária, é realizar o planejamento integrado nos seguintes níveis, segundo a
(Unctad, 1985).
Neste sentido, é fundamental para boa de gestão da operação que o planejamento seja compatível
com o desempenho médio dos procedimentos operacionais de cada berço. Deste modo, para
obtenção de uma coleta de dados precisa e acurada sobre o desempenho operacional, é essencial
uma estrita cooperação de informações entre os gestores e as equipes que trabalham diretamente
com a movimentação das cargas no navio, no cais e no pátio.
Com base neste conceito, a Unctad (1985), sugere que o planejamento operacional seja realizado
em três etapas, destacando a operação do navio no porto como operação principal. O primeiro
passo deste processo de planejamento é feito para preparação dos recursos anterior a chegada do
navio, que inclui as atividades de alocação do berço, seleção dos equipamentos e mão-de-obra,
com base na estimativa do tempo das operações utilizando indicadores de desempenho. Em
seguida, o planejamento é feito para a programação das atividades operacionais que ocorrem
quando o navio está atracado no berço. Por último, o processo de planejamento representa as
atividades após a desatracação, saído do navio e preparação para a operação do próximo navio.
34
Para realização deste planejamento das operações portuárias de maneira efetiva, é fundamental o
conhecimento detalhado e sistemático dos principais elementos da operação, como as
particularidades de cada tipo de terminal, relacionado com os tipos de carga movimentadas,
métodos de armazenagem, especificações técnicas dos equipamentos chave da operação e as
informações pertinentes ao navio (Unctad, 1985).
Deste modo é discutido neste capítulo as principais informações necessárias para elaboração do
planejamento integrado, com base no fluxo logístico de cada tipo de terminais.
A matriz SWOT, é uma ferramenta utilizada para fazer Análises de Cenário (ou Análises de
Ambiente), sendo utilizada como base para a gestão e planeamento estratégico de uma
organização (Daychoum, 2007). Data sua importância nas organizações é uma matriz valiosa,
pois, permite salientar os aspetos mais positivos e as oportunidades de crescimento e melhoria
dos serviços assim como perceber os aspetos que estão diretamente dependentes da gestão dos
portos ou que tem uma dependência mais macro associada ao Governo e assim como, aspetos
menos positivos que devem ser alvo de intervenção e melhoria (Lisboa, Coelho, Coelho &
Almeida, 2013).
35
mercadoria;
Baixa eficiência e produtividade; e
Infraestruturas e superestruturas
degradadas.
Opportunities (Oportunidades) Weaknesses (Fraquezas)
Situação económica do país e clima As ligações com o hinterland
político favorável; encontram-se degradadas, quer seja
Potencial para expansão nos volumes por estrada ou ferrovia.
de contentores, carga geral ou graneis Frequentes falhas ou oscilações de
sólidos; corrente elétrica resultando em danos
Aumento da capacidade de de equipamentos mais sensíveis.
movimentação de carga geral, granel Pouca oferta de serviços diretos de
ou contentores. navegação.
Introdução de um sistema integrado de Serviço de internet não muito fiável,
informação ligando a gestão do Porto com resultados diretos no fluxo das
e a gestão e rastreio da mercadoria. comunicações.
Sistema de desembaraço aduaneiro e
intercâmbio de informações Janela
Única Eletrónica (JUE).
Potencial para se tornar um centro de
transhipment.
Fonte: CDN, 2012
O porto representa uma ligação física e funcional entre redes de logística e de transportes, quer
isto dizer, que os portos precisam satisfazer determinados requisitos no futuro e estes são
influenciados por uma série de restrições e fatores externos. Estes incluem restrições de
capacidade dentro da área do porto, restrições de capacidade no acesso ao porto e relacionadas
com os desafios ambientais e aumento da concorrência no hinterland provocado por outros
portos que se encontram sua área de influência. (Wilmsmeier et al., (2012).
36
37
CAPÍTULO III – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O conhecimento dos métodos é de capital importância para o conhecimento dos caminhos que a
pesquisa vai trilhar. Neste capítulo, faz-se a apresentação dos procedimentos metodológicos que
guiaram a pesquisa, começando pelo conceito de método.
Para Ruiz (2002), “método é o conjunto de normas-padrão que devem ser satisfeitas, caso se
deseje que a pesquisa seja tida por adequadamente conduzida e capaz de levar a conclusões
merecedoras de adesão racional”. (p. 78)
Para Marconi e Lakatos, (2001), “é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda
acção desenvolvida no método (Caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de
pesquisa, do instrumental utilizado (entrevista, questionário, inquérito entre outros), do tempo
previsto da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e
tratamento dos dados”. (p. 69)
Para Erickson (1986, cit. em Hébert et al, 2010,) refere que no paradigma interpretativo, o
“objecto de análise é formulado em termos de acção, uma acção que abrange o comportamento
físico e ainda os significados que lhe atribuem o actor e aqueles que interagem com ele, sendo
que o objecto de investigação social é acção e não o comportamento” (p.39).
38
“Técnicas mais utilizadas são, portanto, de natureza qualitativa e não estruturada” (Gil. 2016,
p.15).
Para operacionalização do presente estudo, uma primeira fase, a pós a identificação do problema,
o proponente procurou identificar as possíveis obras que ajudaram a elaboração do trabalho, e
consequentemente a sua selecção. Depois o proponente fez o “draft” do projecto para verificar o
enquadramento, preparando-se para a segunda fase da colecta de dados.
Na segunda fase, após a contextualização sobre o papel dos portos na cadeia logística, fez-se a
revisão da literatura focada na desempenho operacional logístico portuário; e a seguir, procurou-
se analisar os desafios existentes no teatro operacional logístico do porto através da literatura e
seguidamente selecionou-se dos indicadores chave de desempenho, para sua validação e
posterior aplicação deste.
A opção pela abordagem qualitativa no presente estudo, justifica-se por um lado, pretender
verificar com base nas informações coletadas junto dos participantes quais são os desafios
enfrentados nas operações logísticas do terminal de contentor do porto de nacala, propondo-se a
investigar a construção do entendimento social por intermédio da visão holística do pesquisador;
por outro lado, compreender como os subsistesmas do terminal são importantes na
operacionalidade dos portos.
39
A abordagem qualitativa tem, na sua essência, segundo Bogdan e Biklen (1994), as seguintes
características: a fonte directa dos dados é o ambiente natural e o investigador é o principal
agente na recolha desses mesmos dados e que a análise dos dados é feita de forma indutiva. A
maior preocupação neste tipo de abordagem é fazer a descrição e a interpretação dos
participantes e dos dados, respectivamente, assim como compreender as percepções do mundo
bem como o significado que os entrevistados atribuem às suas experiências.
40
3.4. Métodos de Pesquisa
Segundo Lakatos e Marconi (2009), o método hipotético-dedutivo é aquele que se inicia pela
percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca da qual formula hipóteses e pelo processo de
inferência dedutiva, testa-se a predição da ocorrência de fenómenos abrangidos pelas hipóteses.
No presente estudo, concebeu-se hipóteses relativas ao problema em estudo e considerando os
pressupostos desta abordagem foram desenvolvidas investigações no terreno que auxiliaram a
pesquisadora a trazer a verdade à tona, e assim confrontadas as deduções sobre o problema.
Segundo Yin (2009), um estudo de caso é importante por ser “um trabalho empírico que
investiga um fenómeno particular com profundidade tendo em conta o contexto social,
particularmente, quando as barreiras entre o fenómeno e o contexto não estiverem claramente
evidentes”. (p.18)
41
Para Yin (2009), o estudo de caso permite ao investigador reter as características essenciais dos
eventos do contexto social, tais como: desempenho escolar, processos organizacionais e de
gestão e comportamentos de pequenos grupos.
Parte dos estudos exploratórios podem ser definidos como pesquisa bibliográficas, assim como
certo número de pesquisa desenvolvidas a partir da técnica de análise de conteúdo.
Usamos a pesquisa bibliografia pelo facto de permitir ao investigador a colecta de dados mais do
que aquilo que poderia pesquisar directamente, isso porque, mesmo que os dados estejam
dispersos, porque também esta pesquisa é indispensável nos estudos históricos.
3.5.3. Entrevista
Segundo Gerhardt et al (2009), entrevista é uma técnica alternativa para se colectar dados não
documentados sobre determinado tema. É uma técnica de interacção social, uma forma de
diálogo assimétrico, em que uma das partes busca obter dados, e a outra se apresenta como fonte
de informações. A entrevista do carácter exploratório é relativamente estruturada, já a colecta de
informações é altamente estruturada.
42
3.6. Participantes do Estudo
De acordo com os pressupostos acima, a pesquisa teve como grupo-alvo as os funcionários dos
CFM, Caminho de Ferro de Moçambique, empresa pública que actualmente é responsavél pela
gestão do porto e do terminal de contentores após a cessação do contrato de concesão do porto
no ano de 2019.
3.6.1. Amostra
Segundo Lakatos e Marconi (2009), “amostra constitui uma porção ou parcela,
convenientemente seleccionada do universo ou população; é um subconjunto do universo”. Neste
contexto, foi tomada como base funcionários dos Portos Caminhos de Ferro de Moçambique.
Assim sendo, uma parte da amostra de 4 (quatro) funcionários afectos directamente nas
operações do terminal em estudo foram seleccionados pelo método de amostragem por
conveniência. Este método permitiu, primeiro, identificar o grupo-alvo conhecedor do assunto a
inquirir. Este tipo de amostragem foi utilizado para minimizar os custos de pesquisas.
A selecção de 1 (um) funcionário supervisor das operações foi realizada com recurso a métodos
de amostragem “intencional” e por “acessibilidade”. Estes métodos facilitaram o pesquisador
para entrevistar os elementos da amostra que eram acessíveis naquele momento e que possuíam
informações pertinentes ao estudo.
43
3.7. Método de Análise dos Dados
Para permitir a compreensão dos dados, foram aplicados os métodos de análise de conteúdo.
Segundo Olabuenaga e Ispizúa (1989), a análise de conteúdo é uma técnica para ler e interpretar
o conteúdo de toda classe de documentos, que analisados adequadamente nos abrem as portas ao
conhecimento de aspectos e fenómenos da vida social de outro modo inacessíveis. Em
conformidade com este autor, nesta pesquisa, o método de análise de conteúdo foi aplicado para
analisar as questões das entrevistas de modo a permitir melhor compreensão das atitudes e
comportamentos dos respondentes diante do tema em estudo.
Visto que os dados desta pesquisa foram obtidos usando três fontes, nomeadamente, análise
documental, bibliográfica e entrevistas, de acordo com Yin (2009), esta combinação de múltiplas
fontes de dados na construção de um estudo de caso, permite considerar um conjunto mais
diversificado de temas de análise e em simultâneo certificar o mesmo fenómeno, recorrendo a
triangulação como estratégia com vista a construção de uma informação única.
Em pesquisas qualitativas, tal como descreve Minayo (1992), o procedimento mais utilizado é o
de análise de conteúdo por meio da leitura das descrições do princípio ao fim, para se ter o
sentido do todo através de um processo de reflexão.
44
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS
Sendo os navios abordados duas milhas náuticas 237 º a partir do farol de Nacala, situação
apenas contrária se estiverem ventos fortes, em que nesse caso os pilotos abordam na baía.
Cais Sul (372 m) - manuseia principalmente contentores e graneis sólidos. Ao longo deste cais a
profundidade é cerca de -14 m.
O Porto possui três terminais nomeadamente: terminal de contentor; terminal de carga geral e
terminal de combustíveis.
45
4702 contentores de 20’ e 2351 para contentores de 40’ e 21 pontos de energia para
contentores frigoríficos.
Terminal de carga geral- possui oito armazéns numa superfície de 21000m², com
capacidade total de armazenamento de 50 000ton. Esta terminal dedica-se no
manuseamento de carga geral, ou melhor, toda carga que não esta contentorizada.
Terminal de carga de combustível- localiza-se numa plataforma de betão no extremo
norte do Terminal de Carga Geral é servido por três pipelines. O pipeline que liga o ponto
de abastecimento de combustíveis e os tanques de combustível da Petromoc tem
aproximadamente 7 km.
As principais cargas manuseadas pelo Porto de Nacala são: fertilizantes, madeira, carvão, açúcar,
clínquer, cimento, tabaco, combustíveis (sob gestão dos CFM, volumes não constam na análise
estatística), cereais, contentores e outros produtos agrícolas.
A zona de atracação do porto é composta pelo cais norte e sul , o cais sul geralmente recebe os
navios com a carga contentorizada, ele está devidido em áreas 1 & 2 e atracam apenas um navio
de cada vez e com o maxímo de 200m de comprimento devido a degradação da infraestrutura
existente. Devido a condição actual da infraestrutura do caís norte, o tempo de atracação das
embarcações vária entre 3 a 6 dias, resultante a insuficência de espaço no cais para atracar
diversas embarcações em simultâneo, isto não apenas compromete a escala dos navios como
também contribuí para o congestionamento no oprocesso de atracação das embarcações que
escalam o porto de nacala.
46
O tempo de atracação dos navios é muito importante para avaliação do desempenho do porto
Tongzon & Sawant (2007), afirmam que os armadores de navios porta-contentores escolhem os
portos que apresentam desempenhos em termos de menores tempos de espera, operação e
rotação nas escalas e que cumprem os horários contratados, considerando que os tempos de
imobilização dos navios têm um custo significativo no transporte marítimo.
Da mesma ideia partilham o Sanchez et al. (2003) ao determiner três principais componentes da
eficiência portuária, eficiência portuária no tempo, eficiência no terminal e tempo de rotação dos
navios no porto.
Para tracação o dos navios no porto de nacala é utilizada uma regra first come first served,
traduzido em português fica o “primeiro a chegar é o primeiro a ser atendido” em que os navios
são atracados por ordem de chegada e em que o tempo em que o navio se encontra em cais é
minimizado. “Obviamente, uma das restrições às operações deste terminal é o comprimento do
seu cais que determina o tipo de navios que poderão atracar e ser operados, assim como, quais
os navios que poderão ser operados conjuntamente”.
“A dependência destes equipamentos do proprio navio gera muitos atrasos nas operações,
enúmeras vezes os terminal recebe navios com idade fabrico muita avançada e que muitas vezes
estes equipamentos apresentam avarias constantes que resulta nas interrupções das operações
comprometendo assim a produtividade do terminal”. A resposta para casos de genero pode se
encontrar na automação do terminal, no entanto, a motivação mais forte por trás da automação é
a redução no custo por contentor movimentado no terminal, garantindo um alto nível de
produtividade. Além disso, a implementação de gruas, tratores, automáticos (ASCs) resulta em
melhor otimização nas operações (Harboursreview, 2018).
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A mesma ideia vai ao encontro do que afirma Compex Tecnologia, (2019) argumento que a
automação nas operações portuarias tende a aumentar consideravelmete a produtividade e
eficiencia nos processos de carragamento e descargas dos navios, e redução de custos
operacionais.
Este é um dos grandes problemas que o porto enfrenta a longo dos anos, e muita das vezes
constituí um dos maiores gargalos nas operações logística do terminal, com o projecto de
reabilitacao do porto, foram adquiridos dois porticos mas que só entram em operacao apartir do
segundo semestre do ano 2023.
48
do navio. Existem alguns factores que influênciam negativamente nestas operações como o caso
do numero reduzido dos tratores de reboque que servem para transferir os contentores para
zona de armazenamento, insuficiência de espaço para manobra dos mesmos, como o porto
encontra-se emo bras, e os próprios equipamentos do navio que nem sempre estão empleno
funcionamento.
Actualmente volume médio anual de manuseamento de carga do Porto é de cerca 80.000 TEUs,
e as principais cargas manuseadas no Porto consistem em contentores, produtos agrícolas (como
arroz, trigo e castanha de caju), fertilizantes, madeira, clínker, óleos vegetais e combustíveis
Com o impacto da Covid-19, no território chinês, uma das grandes potências mundiais acabou
tendo que limitar a liberação dos seus produtos, assim como todas as nações mundiais. O
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lockdown que aconteceu entre março e junho fez com que as movimentações paralisassem e os
portos tiveram um déficit de mão de obra para a movimentação dos contêineres. Sendo assim,
boa parte das empresas não tiveram opção e optaram por deixar seus contentores parados nos
portos, seja porque estavam fechadas e não tinham como receber, ou porque não possuíam
recursos financeiros para pagar impostos e nacionalizar.
Outros factores apontados são as obras de reabilitação do porto, que actualmente estão em curso,
o espaço portuário neste momento encontra-se extremamente limitado para certas áreas como é
caso do parque de armazenamento de contentores, restrição do cais norte, reparação das vias de
acesso ao porto, estes também contribuem para a baixa productividade do porto, sem contar que
neste momento o porto encotra-se limitado em relação ao uso da capacidade maxima instalada no
terminal.
A redução da capacidade esta ligado também aos equipamentos usados para o empilhamento e
armazenamento de contentores, estes por sua vez demandam muito espaço para sua mobilidade.
“As reckstaker tem limitações e ocupa muito espaço na arrumação do contentor, pois, elas
precisam de 14 a 15 metros para poder se movimentar, esse espaço poderia ser usado para
50
armazenar contentores, mas é reservado para as maquinas se movimentarem e sem contar que
ela armazena ate 4 nível isso faz com que elas apresentem uma desvantagem comparativamente
aos RTG que tem uma certa economia no espaço, uma vez que, circulam por cima dos
contentores e ela pode armazenar os contentores ate ao 5 nível e opera mem uma linha recta”.
A área actual de pátio de armazenagens no terminal acaba por muitas vezes não ser suficiênte
para atender de forma plena a demanda de contentores para o porto. Isso fez com que ao longo
do tempo surgissem diversos terminais retroportuários que acabam por dar suporte às operações
do porto de nacala. “Alguns clientes exportadores usam alguns terminais secos denominados
DEPOTs como é o caso da Terminal Especial de Exportacao de Nacala e a Indicus Dry
Terminal gerido pela Grindrod, que servem para o armazenamento dos contentores tanto vazios
como os cheios”. Esse suporte é essencial para conseguir atender a demanda do complexo,
entretanto acaba gerando custos logísticos maiores, uma vez que há uma operação de
armazenagem a mais e há o transporte entre os terminais retroportuários alfandegados e o
terminal portuário.
Observou-se que porto contempla os três sistemas de transporte que servem para o transporte de
cargas, nomeadamente o sistema aquaviário, ferroviário e o rodoviario. A integração destes
sistemas permitem que as cargas sejam transferidas de um modal para o outro através do portos.
É nesta lógica que a intermodalidade tem vindo a ganhar importância nos portos. A
intermodalidade é uma solução que combina, de forma integrada, mais do que um modo de
transporte, visando assegurar a movimentação eficiente dos produtos, quer promovendo a
redução de custos, quer complementando percursos (marítimo e rodoviário, marítimo e
ferroviário, rodoviário e ferroviário). Na intermodalidade assume-se que não existe
51
manuseamento ou quebra de cargas e há tendencialmente um contrato único de transporte
(Crespo de Carvalho et al, 2010).
Com este cenário é o possivel perceber que tempo na atracação e a duração nas operações são
aspectos constantimente apontados neste processo de logística portuária. De acordo com Talley
(2006), o desempenho pode ser avaliado de forma relativa, dos pontos de vista da eficiência
técnica, da rentabilidade e eficácia, comparando os resultados reais com o porto técnica e
economicamente mais eficiente. No caso de cargas contentorizadas, eles são avaliados a partir
dos movimentos absolutos de carga em toneladas, este indicador tem sido mais usado para a
escolha dos portos pelos clientes, ou seja, quanto mais carga movimentar, maior é a preferência
dos clientes.
O modal ferroviário representa uma excelente opção para o escoamento das cargas, no âmbito
dos acessos terrestres aos complexos portuários, especialmente quando está associado a fluxos de
grandes volumes e elevadas distâncias. As condições da infraestrutura ferroviária do porto e o
terminal encontram-se em boas condições, estas actualmente estão sub gestão da empresa
privada (CDN) no â mbito das Parceria Público Privado e benefciaram recentimente de uma
requalificação em quase toda a sua área extensiva.
52
Figura 5 : Nível de Utilização da Capacidade das Linhas
A figura acima mostra que a capacidade das linhas de ferrovia instalada na região norte onde
encontra-se localizado o porto de nacala é maior em relação as demais regiões do país, e para o
ano de 2020 mais de 40% da sua capacidade foi utilizada, estes dados revelam que este sistemas
tem uma capacidade de escoamento q
Questionado um dos funcionário sobre o nível de eficiência destes sistemas, este afimou que: “O
Sistema ferroviário opera em um ritímo aceitável tirando a questão da insuficiência do espaço
para manobra das locomutivas e o número reduzido de equipamentos que fazem o carregamento
dos contentores nos vagões. Geralmente as cargas que são transporte através deste sistema tem
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o seu destino ao hinterland, mais concretamente o país de Malawi, e estas infraestruturas tem
ajudado bastante para equilibrar o nível da demanda dos serviços prestados”.
Ja o Sistema rodoviário este sim apresenta algumas dificuldades pelas condições actuais das
infraestruturas, é por esta razão que no âmbito da reestruturação do porto, vias de acesso estão
sendo expandidas e outras criadas com vista a reduzir o tempo de permanência dos camiões na
área portuária e permitir a circulação eficaz dos transportes.
O sistemas de transporte são muito importante para o sucesso de um porto. Para Notteboom
(2009) Rodrigue (2009) e De Langen (2008) são cinco os factores que contribuem para um
acesso eficiente de um porto oceânico ao seu hinterland: infra-estruturas de transporte suficientes
e bem desenvolvidas; utilização eficiente dessas infra-estruturas; boa coordenação da cadeia de
transporte; cadeia de transporte sustentável; e, serviços prestados pelos agentes privados
atractivos.
De referir que o porto de Nacala está a beneficiar-se de um projecto de reabilitação com apoio da
agência Japonesa – JICA que mudará o paradigma deste porto cuja conclusão das obras está
prevista para meados de Julho de 2023. O projecto conta, dentre outros, com aquisição de 2
Reach Stakers (RS) e 2 Rubber Tired Gantry Cranes (RTGs) na fase I, dragagem, compra de 3
RTG na fase II, compra de 3 RTG e de Tugmasters na fase III, para além de trabalhos de
pavimentação e expansão do terminal de contentores. Este investimento poderá custar 2 RS x
380.000 € + 8 RTG x 1,2 Milhões de Euros = 10,36 milhões de Euros.
54
Instalação da linha férrea (cais sul) Construção de linha férrea do terminal de contentores (cais
sul) 320 m x 40 m Aprox m 3 ( m) Demolição das actuais estruturas Cravação de estacas (steel
pipe & sheet) Colocação de blocos de betão Reaterro Pavimentação Dragagem Aprox m 2 Aterro
e nivelamento do terreno Aprox m 2 Nivelamento do terreno Aprox. 800 m - Remoção da actual
pavimentação Aprox m 2 Escavação e reaterro Pavimentação EPDA do Projecto de Reabilitação
e Expansão do Porto de Nacala 7
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56
CAPÍTULO V. CONCLUSÕES
5.1 Conclusão
Conforme o que foi abordado desde o início deste trabalho, ficou nítido que é indiscutível a
importância dos Portos para a economia moçambicana. Atualmente o comportamento da
indústria portuária especificamente no setor de cargas contentorizadas, sofre uma grande pressão
no sentido de constantemente aperfeiçoar suas operações, visando a entrega de um serviço mais
rápido e eficiente.
Os desafios nas operações logísticas observadas no terminal de contentores são inúmeras, falta
de equipamentos de cais faz com que as operações de descarga e embarque de contentores leve
mais tempo do que o previstos, a utilização dos equipamentos de bordo não é eficaz para as
exigencias actuais dos navios porta contentores.
A reabitação do porto vai trazer uma dinamica diferente ao porto no seu todo, com a chegada de
certos equipamentos, expansão de certa áreas permitirá maior acessibilidade e maior capcidade
de armazenamento dos contentores. Actualmente, obras de reabilitação no terminal de
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contentores coloca em causa a capacidade de armazenamento, circulação dos equipamento e os
camioês que
Os sistemas de transportes existentes no porto garantem o escoamento das mercadorias mais não
de forma eficaz, o qualidade das infraestruturas compromente o fluxo rápido dos transportes, a
titulo de exemplo são as infraestruturas de transporte rodoviario que neste momento beneficiam
de uma reabiltacao e expansão contemplado no projecto de modernização do porto.
5.2. Recomendações
Os resultados deste estudo sugerem que o terminal adote as seguintes recomendações propostas:
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