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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL MAXIMIANO ACCIOLY CAMPOS

CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA


PROJETO INTEGRADOR DE LOGÍSTICA

Alyce Cabral Silveira


Cecília Cavalcante do Nascimento
Luana Beatriz Félix Albuquerque
Solange Maria da Silva
Sterfanne Ellen da Silva Paiva
Orientador: Prof. Jurandir Rodrigues de Albuquerque

Tema: Transporte e Entrega de Produtos e Serviços: Problemas e


Soluções.

Resumo

Com o avanço da Globalização, da cultura da informação em tempo real e do


aprimoramento da Logística junto com a tecnologia, a logística de transporte sofreu
e sofre aperfeiçoamento a todo instante. Dada sua importância no mercado
competitivo, valorização das organizações e também por representar uma grande
parcela do custo de uma empresa. Portanto existe a necessidade de constante
solução dos problemas, otimização dos custos, entregas rápidas, rastreamento dos
produtos, que cercam essa importante área da Cadeia Logística. Em todo processo
de trânsito das mercadorias, há a necessidade de rastreio por parte do cliente, a
partir deste ponto, surge a importância da Telemetria Veicular associada à empresa
e ao cliente, como forma de comunicação para evitar problemas na entrega.

Palavras chave: Transporte. Produto. Entrega. Problemas. Telemetria.

1. PROBLEMATIZAÇÃO

De acordo com Rondinelli (2020), as vendas online aumentaram 70% nas


vendas em comparação com o ano anterior, de acordo com pesquisa da
Ebit/Nielsen, feita em parceria com a Elo. Os números são positivos, mas, na
mesma proporção, também aumentaram as reclamações de atrasos ou até mesmo
a respeito da não entrega dos produtos. Esse status, aliás, tem se tornado cada vez
mais comum, tanto que o Procon-SP registrou aumento de 285% entre janeiro e
outubro do ano passado nos problemas de postagens. Entre essas duas
reclamações mais frequentes, ainda temos as questões de reentrega, desvios da
rota, estorno, pedido trocado ou avariado.
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2. OBJETIVO GERAL

Expor as dificuldades na entrega de produtos, exemplificando e trazendo uma


possibilidade de solução.

Objetivos específicos

I. Abordar os conceitos de Logística, Logística Reversa e seus Custos


Logísticos.
II. Tratar sobre o modal rodoviário e os principais problemas nele que são
os causadores da Logística Reversa.
III. Mapear as principais dificuldades para a conclusão dos processos de
entrega.

IV. Demonstrar como o uso da telemetria de rastreamento em tempo real


pode contribuir para a redução dos custos com Logística Reversa.

3. INTRODUÇÃO

A Logística existe desde os primórdios da humanidade, no Período Neolítico


ou Idade da Pedra Polida (10000 a.C. - 3000 a.C), que é o período em que os seres
humanos começaram a se sedentarizar e descobrindo muitas coisas importantes
para a evolução humana, e uma delas é a criação os conglomerados urbanos,
consequentemente, descobrindo a agricultura e o uso da argila para a criação de
vasos para armazenar os grãos. Ainda nesse período vemos a divisão do trabalho
entre os homens e as mulheres.
“A sedentarização também influenciou nessa fixação dos grupos em
um único lugar. A prática da agricultura possibilitou o plantio e a
colheita de sementes. Isso influenciou na produção de peças feitas
de argila para armazenar essa produção”. (HIGA, 2020).
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Figura 1 - Casas construídas no período Neolítico após desenvolvimento da agricultura.


Fonte: História Gondi.

Seguido desse período, temos o início do comércio em conjunto com a


logística. De acordo com Novaes (2007), o comércio envolve troca de bens e
serviços por dinheiro. E algumas vezes a transação pode ocorrer sem a interferência
de uma moeda, sendo assim se troca uma mercadoria ou serviço por outra coisa
não monetária.
Segundo a organização Truckpad Tecnologia e Logística (2018), a palavra
“Logística” pode ter surgido na Grécia, com o termo “logistikas”, que significa cálculo
e raciocínio, sentido matemático ou na França, do verbo francês “loger”, que significa
alojar ou acolher, e deu origem à palavra “logistique”, que significa uma arte que trata
do planejamento e realização de vários projetos, muito utilizado durante as guerras.
Nos dias de hoje, o conceito de logística é ampliado e abrange outras áreas de
conhecimento como marketing, empreendedorismo, contabilidade, etc.
Segundo Nóbrega (2010), alguns autores defendem que na Grécia, Roma e
no Império Bizantino, existiam militares com o título de logistikas, e já utilizavam da
logística para arquitetar guerras e batalhas, eles eram responsáveis pelo
planejamento de rotas, abastecimento de suprimentos e equipamentos, transporte e
armazenamento.
Mesmo a logística sendo utilizada desde muito tempo atrás, é um termo que
só começou a ser notado de fato, como uma ciência em 1917, quando o Tenente-
Coronel Thorpe, do corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, desenvolveu
teorias em seu livro “Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra. Sendo
assim, em 1945 os militares norte-americanos começaram a 2ª Guerra Mundial
baseando e desenvolvendo tais conceitos expostos no livro de Thorpe. Desde então,
a logística e seus conceitos evoluíram, mas o seu ideal continua o mesmo: melhorar
processos para estratégias mais eficientes.
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Então, fazendo uma conexão com o passado e o presente, vemos que lá


atrás já se dava início a importantes pilares da logística: organizar, gerir o estoque,
armazenar e distribuir tarefas.
O presente artigo tem por finalidade abordar os problemas que cercam toda a
parte de transporte rodoviário, mapear as dificuldades na realização dos processos
logísticos e custos logísticos. Trazendo possíveis soluções com a implementação da
telemetria no rastreamento dos bens e como ela pode assistir na diminuição da
logística reversa.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

Buscando na história da humanidade, sabemos que desde os seus primórdios


já se utilizava dois pilares da Logística, a Armazenagem e o Transporte. Desde o
Período Paleolítico, seguido da Idade Média, em que as sociedades se deslocavam
por inúmeras distâncias em busca de alimentos, especiarias e outros produtos,
mesmo com um sistema de movimentação nada sofisticado, o Feudalismo e assim
por diante, até os dias de hoje.

“Devido à inexistência de sistemas desenvolvidos de transporte e


armazenamento, o movimento das mercadorias limitava-se àquilo que
a pessoa conseguia fazer por suas próprias forças, e os bens
perecíveis só podiam permanecer guardados por prazos muito curtos.
Todo esse limitado sistema de transporte-armazenamento
normalmente obrigava as pessoas a viver perto das fontes de
produção e as limitava ao consumo de uma escassa gama de
mercadorias.” (BALLOU, 2006).

Dada a importância dos sistemas de transporte, armazenagem e distribuição


para as antigas civilizações e o aperfeiçoamento dos mesmos PAREI AQUIIIII

5. CONCEITO DE LOGÍSTICA

De forma simplificada, a logística tem como finalidade atender as exigências


dos clientes ao menor custo possível, administrando o fluxo de materiais e
informações em cada atividade que compõe o sistema logístico, desde o ponto de
origem até o ponto de consumo.

“Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de


maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como
os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de
origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos
requisitos do consumidor”. (NOVAES, 2007, p. 36).
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Para Ballou (2007), a logística inclui todas as atividades importantes para a


disponibilização de bens e serviços aos consumidores quando e onde estes
quiserem adquiri-los. E essas atividades incluem planejamento, transporte,
armazenagem, entrega e etc.

A missão principal da logística é dispor o produto/serviço certo, no lugar certo,


no tempo certo e nas condições desejadas.

5.1. Atividades primárias da logística

Em termos simples, a logística pode ser compreendida como uma atividade


que possibilita a entrega de mercadorias, e para que esta atividade ocorresse se fez
necessário a criação de elementos base em toda a estrutura que envolve a entrega.
Logística de Transporte, é indispensável e umas das atividades primárias,
conta com veículos que agem por terra, água e ar. Tem como fundamento básico a
precisão na entrega, encontrar o melhor custo benefício do tempo com o preço,
melhor aproveitamento de carga e planejamento na aplicação do uso dos modais de
transporte. Trata-se do movimento de bens de um ponto a outro e ainda, representa
o elemento mais importante do custo logístico na maior parte das empresas.
Conforme estudo, o custo de transporte, geralmente, representa algo em torno de 1
a 2% do faturamento da empresa, porém ele pode chegar a até 7%, de acordo com
o tipo de produto transportado e outras peculiaridades da operação logística
(SANTOS, 2020).
A Manutenção de Informações, é outra função importante na logística e por
este motivo, todas as informações que circundam o processo logístico devem ser
trocadas de maneira segura e rápida. Esta área conta com tecnologias no seu meio,
como: redes de computadores, banco de dados, código de barras, etiquetas
inteligentes, Eletronic Data Interchange (EDI, que refere-se a um formato eletrônico
que substitui documentos com base em papel, como ordens de compra ou faturas.)
e digitalizando imagens. Ao possuir uma boa operação logística de administração
de dados, mencionamos: ganho de tempo na manuseio dos dados, maior
confiabilidade neste trabalho, agilidade e disponibilidade na aquisição dos dados.
Considerado um dos pilares das atividades primárias da logística, o
Processamento de Pedidos consiste na gestão do ciclo de pedido, que tem início, no
recebimento do pedido, a preparação, expedição e relatório da situação. E também
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dá partida na movimentação de materiais e produtos, assim como na entrega dos


mesmos.

Figura 2 - Ciclo de Pedido.

Fonte - O autor.

5.2. Atividades secundárias da logística

Armazenagem é a guarda temporária de produtos estocados para posterior


distribuição (Franklin, 2003). Na logística de armazenagem, estão presentes
atividades do armazém relativas a estocagem, proteção do estoque e racionalização
do espaço durante o tempo necessário. Ela também representa custos para a
empresa, sejam eles custos indiretos ou fixos: o espaço físico para a armazenagem
seja alugado, equipamentos para a movimentação do estoque, pessoal e
manutenção. Afirma Ballou (1993), que a armazenagem e estocagem de
mercadorias constituem funções essenciais do sistema logístico e que seus custos
podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas de uma empresa.
Responsável pelo armazenamento, transporte e ter informações importantes
sobre o produto, a Embalagem, garante integridade física dos bens que nelas são
transportados, protegem no processo de empilhamento até a entrega ao
consumidor. No que se relaciona a valores, quando se investe em embalagens
adequadas para os produtos, você acaba por reduzir em custo indiretos e
aumentando os lucros. Segundo Silva e Leite (2010), o custo de uma embalagem
pode aumentar ou reduzir o porcentual de perdas de produtos na movimentação e
armazenamento. Já no setor do Marketing, a embalagem primária tende ser voltada
para a prospecção do consumidor, ter um apelo visual e estar bem posicionada nas
prateleiras dos varejistas.
Quanto à classificação, é feita de acordo com a necessidade e função:
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I. Primária: é a embalagem que está em contato direto com o produto.


Exemplo: recipientes de vidro, caixa de leite, lata de leite condensado.
II. Secundária: a função é proteger a embalagem primária.
Exemplo: a caixa de remédio que contém as cartelas.
III. Terciária: são as caixas que envolvem a embalagem secundária.
Exemplo: caixa de papelão, madeira, plásticos.

Bowersox e Closs (2001), ainda trazem mais dois tipos de embalagens:


I. Embalagem para o consumidor: tem ênfase no Marketing.
II. Embalagem industrial: com ênfase na Logística.
III. Embalagem de quinto nível: confinada ou para envios a longas
distâncias.
A área de Manuseio de Materiais diz respeito ao recebimento/movimentação
dos produtos no armazém até a expedição. Essa atividade é de grande importância
pois geralmente a produção não se situa no mesmo lugar onde será consumida, o
processo de transporte e armazenagem é decisivo para aproximar os produtos de
seus consumidores, para esse fluxo requer o manuseio de materiais (ARNOLD,
1999).
A Programação do Produto, envolve etapas presentes na cadeia de
distribuição da mercadoria, fluxo de saída e análise das necessidades.
Responsável pela aquisição da movimentação de recebimento de materiais e
disponibilidade dele em estoque, a Obtenção é para Ballou (1993) a atividade
responsável por deixar o produto disponível para o sistema logístico, portanto, trata
da seleção das fontes de suprimento, das quantidades a serem adquiridas, da
programação das compras e da forma pela qual o produto é comprado.

5.3. Classificação dos modais de transporte

São classificados de duas maneiras: de acordo com o meio físico e quanto a


forma.

De acordo com o meio físico:

I. Terrestre: rodoviário, ferroviário e dutoviário;


II. Aquaviário: marítimo, fluvial e lacustre;
III. Aéreo.

De acordo com a forma:


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I. Unimodal: envolve apenas um modal;


II. Intermodal: envolve mais de um modal e para cada trecho/modal é
realizado por um tipo de transporte;
III. Multimodal: envolve mais de um modal, porém é regido por um único
contrato;
IV. Segmentados: envolve diversos contratos para diversos
modais;Sucessivos: quando a mercadoria, para chegar ao destino final,
necessita ser transbordada para prosseguimento em veículo do
mesmo modal de transporte (regido por um único contrato).

Para escolher o meio mais adequado ao transporte é necessário estudar


todas as rotas possíveis, estudando os modais mais vantajosos em cada percurso. A
decisão sobre qual meio de transporte utilizado deve levar em conta:

I. a velocidade desejada para a entrega da mercadoria;


II. a confiabilidade;
III. a capacidade de atendimento;
IV. a disponibilidade do serviço
V. custo;

6. CUSTOS LOGÍSTICOS

O controle e gerenciamento dos custos em uma empresa é um dos principais


desafios para a própria, desta forma se faz necessário aprender a equilibrar os
custos e o nível de serviço que a empresa oferece aos seus consumidores. Tendo
em vista, que a Logística preza sempre pelo menor custo, no menor tempo possível
e sempre de qualidade, seja na entrega de um produto ou serviço. Ballou (2006)
afirma que as atividades empresariais devem ser voltadas a proporcionar um menor
custo e um melhor serviço.
Então, é de suma importância que o gestor esteja a par de como todos os
processos logísticos ocorrem, de como os custos são compostos e de ferramentas
para um bom gerenciamento. Faria e Costa (2005), afirmam que "entender o
conceito de custo logístico é a premissa que sustenta o processo logístico como um
todo, ajudando o gestor nas tomadas de decisões".
Segundo Almeida (2019), os custos logísticos são todos os custos que têm
relação com a logística da empresa, eles são geralmente o segundo mais importante
só ultrapassa pelo custo da mercadoria. A gestão deste custo é feita através dos pré
- cálculos, que permite determinar os padrões de custos de produção ou mercadoria.
6.1 Custos Logísticos no Brasil
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De acordo com o Instituto de Logística e Supply Chain (2017), os custos


logísticos correspondem a 12,3% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro - soma
dos custos com armazenagem, transporte, estoque e serviços administrativos. No
âmbito das empresas, sabe-se que os gastos com logística representam 7,6% da
receita líquida, considerando custos com transporte, estoque e armazenagem.

7. MODAL RODOVIÁRIO NO BRASIL

Segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE), no Brasil é evidente a relevância do setor de transporte e das dificuldades
que se lhe apresentam, dadas a sua extensão territorial, as disparidades regionais,
os desafios no âmbito das infraestruturas e ainda, os entraves nas questões
tributárias e normativas.
Ainda segundo o IBGE, é fato que o modal rodoviário é predominante em
quase todo território brasileiro, menos na Amazônia - porque devido as suas redes
hidrográficas se faz necessário o uso das vias fluviais -, sendo ele predominante
suas condições deveriam ser ao menos boas para executar todo o trajeto sem
dificuldades e não influenciar diretamente no fluxo e nos prazos. De acordo com o
DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) 18% das rodovias
estão em estado regular; 10%, ruim; e 13%, péssimo.
De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito, há mais de 3,5 milhões de
caminhões em circulação no Brasil, cerca de 75% de todas as mercadorias que são
movimentadas pelo território brasileiro utilizam o modal rodoviário. Além disso, com
mais de 1.700.000 quilômetros de vias, sendo cerca de 75 mil federais, é
considerada a quarta maior rede de estradas do mundo.

8. LOGÍSTICA REVERSA

Para Dias (2012), a Logística Reversa é um segmento da logística que


gerencia a recuperação dos produtos, embalagens ou qualquer outro material que
esteja ligado ao produto descartado. Desta forma, esta área é associada a
reciclagem, reutilização de materiais, descarte correto de resíduos e remanufatura. É
mais específica com relação aos aspectos voltados ao reaproveitamento, seja
reciclagem, reutilização, ou até mesmo proporcionando o destino correto de
determinados rejeitos (LEITE 2003, p.17).
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Esse conceito ganhou força no final da década de 80, quando as empresas


passaram a ter uma visão mais sensível em relação ao meio ambiente e a forma
como os produtos descartados poderiam ser reutilizados e logo depois até a criação
de ações que promoveriam a volta desses produtos por meio dos consumidores.
Aa logística reversa assume o conceito, como fluxo contrário ao produtivo que
operacionaliza os retornos seja de produtos, descartes ou rejeitos tanto do pós-
venda quanto do pós-consumo. Então, o ciclo reverso da logística pode e abrange
tanto a causa ambiental, da preocupação com o meio ambiente, quanto o retorno de
produtos com defeitos que são estornados para manutenção.

8.1 Custos logísticos da Logística Reversa


Segundo Rogers e Tibben-Lembke, (1999, p.2) definem logística reversa
como o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de produtos
acabados e as respectivas informações, desde o ponto de consumo até o ponto de
origem, com o propósito de recapturar valor ou adequar o seu destino. Esses
processos podem trazer ganhos ou perdas para a empresa, na vez que o produto
possa ser reutilizado, aumentando os lucros com a diminuição de aquisição de
matéria prima. Quando os produtos retornam devido às falhas de produção, emissão
do produto errado, entre outros; Nesse processo, em alguns casos o custo do item
retornado é o dobro comparado ao custo de envio.
Segundo Ballou (2006, pág.67), as empresas têm responsabilidade pelo
produto até o seu retorno a empresa, o produto retorna para ser reutilizado na
produção ou para uma nova venda. O fluxo de logística reversa nas empresas, não
permite a recuperação de 100% dos produtos em giro, porém quando acontece de
forma correta a empresa retorna o gasto financeiro.
9. TRANSPORTE E ENTREGA DE PRODUTOS E SERVIÇOS: PROBLEMAS E
SOLUÇÕES
Entregar mercadorias dentro do prazo estipulado tem sido um grande desafio
para as empresas brasileiras de transporte, considerando o déficit das rodovias
estaduais e federais, onde vivem em constante obras e reformas, acaba
atrapalhando um serviço que deveria ser rápido e inteligente.

10. PROBLEMAS NO TRANSPORTE QUE SÃO CAUSADORES DA LOGÍSTICA


REVERSA

Existem vários problemas para que uma mercadoria venha a ser entregue
fora do prazo estipulado pelas empresas. Fatores estes que desencadeiam custos
fora do esperado. De acordo com o site Patrus (2017), a logística de transporte
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rodoviário é um segmento de complexidade ainda maior, sobretudo no Brasil, onde


empresários e setores enfrentam vários problemas relacionados à distribuição das
mercadorias através das rodovias.

Os principais maiores problemas que são causadores da logística reversa


são:

A Terceirização dos Serviços Logísticos, como a maioria das empresas já


reconhecem tais benefícios, elas optam por este tipo de contratação para simplificar
a rotina de tarefas, economizar recursos e aumentar sua produtividade. No entanto,
é preciso contar com bons fornecedores logísticos, parcerias de boa qualidade,
reputação do fornecedor escolhido, adaptação dos serviços de transporte oferecidos
às necessidades da empresa contratante, prática de preços para que executem as
entregas com excelência, condições e cláusulas contratuais de prestação de
serviços e nível de produtividade.
A Gestão de Transportes possui uma grande importância estratégica dentro
da logística no transporte. Apesar disso, muitas empresas ainda cometem erros que
acarretam prejuízos para seus clientes e para o negócio de maneira geral,
comprometendo seu desempenho no mercado, mantendo o hábito de negligenciar o
planejamento estratégico para coordenar a atuação das transportadoras até a
ausência completa de ações de monitoramento de resultados. As melhores
transportadoras são classificadas por atuarem com flexibilidade e estarem sempre à
disposição dos contratantes, agindo com rapidez na solução de problemas. Com um
trabalho bem executado, nessa gestão, a empresa supera os desafios da
defasagem do frete.
Outro causador de problemas é a Defasagem do Frete. O gerenciamento do
frete representa um desafio gigantesco para as empresas dos mais variados
segmentos, que precisam entregar suas encomendas de forma rápida e segura, sem
comprometer a qualidade junto aos seus clientes. Segundo a pesquisa feita pela
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e divulgada no website Fretefy
(2017), a defasagem do frete nas operações de transporte rodoviário de cargas é de
20,89%, tratando-se de cargas fracionadas, o índice é menor e preocupante, tendo
sido observado um déficit de 7,72% nos preços praticados. Com esses números, a
cadeia logística vem sendo afetada, assim como seus índices de produtividade,
onde as empresas são obrigadas a reduzir custos para equilibrar as perdas
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observadas com os valores mais abaixo da média ideal. Com isso, uma atenção
maior é dada aos processos de emissão correta de documentos legais, contratação
de seguros de cargas e medidas de segurança no transporte de mercadorias.

11. MAPEAR AS DIFICULDADES PARA A CONCLUSÃO DOS PROCESSOS DE


ENTREGA

A Logística de Distribuição é o conjunto de atividades relacionadas à gestão


das mercadorias, desde o momento em que elas saem da fábrica, direto da linha de
montagem, até a entrega ao cliente que as solicitou. Nesse trajeto, ocorrem várias
ações que envolvem vendas, transporte das mercadorias e prestação de contas.

Segundo o Lincros (2014), às dificuldades na entrega são:

1. Falta de produtos em estoque: Vender um produto que não está disponível


no armazém é um grande erro. Para isso, um sistema de gestão de estoques é
fundamental. Entrada e saída de mercadorias necessitam ser atualizadas
constantemente, evitando o contratempo de providenciar produtos na última hora.

2. Divergências: mercadorias em quantidade e marca errada: Essas


dificuldades nas entregas podem estar relacionadas à falta de treinamento dos
colaboradores. Se for identificado que a conferência na hora do despacho dos
produtos é a causa da divergência. Recomendamos um treinamento mais intenso
com os profissionais responsáveis por essa etapa. Outro motivo comum nesses
casos é a falta de integração entre os sistemas, que além de gerar erros de
informação, pode gerar retrabalho.

3. Atraso nas entregas: O tempo maior que o previsto para a entrega pode ter
relação com o processo anterior ao carregamento do veículo ou com a equipe
responsável pelo transporte.

4. Dificuldades nas entregas devido às rotas mal traçadas: Os custos


referentes a rotas mal traçadas são inúmeros, desde gasto com combustível e
manutenção até as horas perdidas na estrada. Traçar esses caminhos da maneira
mais eficiente possível, respeitando é claro, as condições de entrega do varejista,
como data e horário.
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5. Falta de comunicação entre frota e central: Sem comunicação entre frota e


central, informações essenciais para uma gestão eficiente ficam restritas a equipe de
entregas até que ela volte à central com os resultados. Dificuldades e problemas que
surjam no caminho também precisam ser detectados. De preferência em tempo real
para que haja tempo hábil para tomada de decisão mais assertiva.

12. TELEMETRIA

Recorrendo ao dicionário, obtém-se o seguinte significado para o termo

Telemetria: Arte de medir as distâncias por meio de um telêmetro. Ele na verdade é


um dispositivo que transmite informações precisas e dados de veículos em tempo
real. A Telemetria Veicular é um sistema integrado que coleta informações por meio
digital com a finalidade de medir e rastrear veículos assim, garantindo segurança e
qualidade no gerenciamento de risco.
Figura 3 - Telemetria

Fonte - Sitrack.

De acordo com o site TOTVS (2021), a telemetria também registra e


disponibiliza essas informações ao gestor de frotas, possibilitando uma análise que
tem a capacidade de levar às melhores decisões, certeiras e assertivas. Ele é capaz
de transmitir e receber dados dos veículos em tempo real, localização, performance,
temperatura do sistema mecânico, monitoramento da conduta dos motoristas,
controle do consumo de combustível dentre outros.

12.1 O uso da telemetria de rastreamento e como ela pode contribuir na


redução dos custos com Logística.

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

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