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NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA

Noções de Teoria Geral das Provas


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NOÇÕES DE TEORIA GERAL DAS PROVAS

Continuando o trabalho com o estudo de criminalística, nesta aula o foco será nas provas.
Para a doutrina e para o Código de Processo Penal (CPP), os principais dispositivos de prova
são os artigos 155 a 250. Lembrando que o enfoque dessa disciplina é a criminalística, que
é a ciência que estuda o meio das produções de provas periciais, principalmente as perícias
em objetos e locais, embora também estude em pessoas, na parte externa (exame perine-
croscópico).
Mas o Código de Processo Penal, quando trata de perícia, mistura tudo. As perícias estão
nos dispositivos 158 a 184 do CPP, que tratam das perícias e dos peritos, e muito frequen-
temente o legislador mistura prova pericial de exame de local ou de objetos com exame de
pessoas. Muitos dispositivos não fazem distinção entre perito criminal, perito criminalístico e
perito médico-legista. A prova pericial consta nos dispositivos dos artigos 158 a 184, mas se
voltar dois ou três artigos, ainda trata de aspectos processuais penais da prova.

Lembrando que, como o objeto deste estudo é a criminalística, o enfoque são as provas
periciais.
5m

A base desse estudo é a norma, a legislação, os dispositivos mencionados, o CPP e


alguns conceitos do Guilherme de Souza Nucci, que é um dos principais doutrinadores de
processo penal no Brasil e frequentemente cobrado em provas.

PROVA – Nada mais é que qualquer elemento de convicção e convencimento para con-
vencer o juiz e os outros atores do processo do acontecimento ou não de algum fato.

Conceito, NUCCI
Prova: probatio, latim; verificação, argumento, razão, aprovação etc;
Provar: probare; verificar, argumentar, persuadir, demonstrar;
Prova, DPP: busca da verdade material, real ou substancial; o que de fato ocorreu, com
relevância penal.
Prova, DPC: verdade formal ou instrumental (trazida nos autos).
ANOTAÇÕES

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Quando se fala de prova, é preciso fazer uma diferenciação: existe a prova em sentido
amplo e a prova em sentido estrito. A prova em sentido amplo, para a doutrina, é tudo aquilo
10m que serve para provar, inclusive informações, documentos trazidos durante o inquérito poli-
cial. Mas, rigorosamente, o sentido técnico e estrito de prova é a prova produzida no processo
judicial, aquela que dá direito ao contraditório e à ampla defesa, diferentemente das provas
no sentido amplo.

Prova, sentido amplo: elementos de convicção obtidos no IP e na AP;


Prova, sentido estrito: elementos de convicção obtidos na AP;
IP: conjunto de elementos de convicção; justa causa para iniciar AP (deverão ser repetidos
15m
na fase judicial).

Fundamentos legais
Art. 5º e 93, IX, da CF; princípios contraditório, ampla defesa, provas lícitas;
Art. 6º; 155 a 157; 158 a 250, do CPP;

Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais (CRIMINALÍSTICA);
II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais
(após examinados ou periciados);
III – colher todas as provas (elementos de informação) que servirem para o esclarecimento do
fato e suas circunstâncias; (...)
VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito (ECD - nada mais são
que perícias) e a quaisquer outras perícias;

Obs.: a perícia pode ser em um objeto real ou virtual, por exemplo, em um local de crime,
20m
físico ou virtual, como um site onde haja a prática de crimes (pedofilia, fiscais, tributá-
rios etc).

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhi-
25m dos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis (ex. exame pericial/ECD) e
antecipadas (escuta telefônica).
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“Princípio do livre convencimento motivado”

Obs.: por exemplo: o juiz, na fase judicial ou na fase do inquérito policial, precisa de um
depoimento de uma testemunha que está muito enferma, em estado terminal, e os
médicos já deram poucos dias de vida para ela. O juiz poderá requerer a produção
dessa prova, a colheita cautelar do testemunho dessa pessoa, de forma antecipada,
evitando que essa prova se perca com a morte dessa pessoa.

Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer – ônus da prova, sendo, porém, facultado
ao juiz de ofício – iniciativa probatória:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consi-
deradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da
30m medida;

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Laécio Carneiro Rodrigues.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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