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DEFINIÇÃO
“Um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os acionistas e
os cotistas, Conselho de Administração, Direções , Auditoria Independente e Conselho Fiscal.
As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da
sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua continuidade”.
“É o conjunto de processos, costumes, políticas, leis, regulamentos e instituições que regulam
a maneira como uma empresa é administrada ”.
SURGIMENTO
Anos 180 – Surgimento do movimento chamado: Governança Corporativa.
Objectivo
✔ •Melhorar a performance das grandes empresas.
✔ •Tornando-se ferramenta de qualidade na alta gestão
2 GRANDES CORPORAÇÕES E FRAUDES
A Organização administrativa das grandes corporações preocupa-se com:
Retorno dos principais acionistas ao controlo administrativo
Fiscalização aos executivos
Foco no plano estratégico
Ganho da confiança pelos investidores
Exemplo:
Enron Corporation / Worldcom
Crise nos Estados Unidos
Governo EUA aprova a Lei Sarbannes
GOVERNANÇA CORPORATIVA NO BRASIL
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Mudança nas empresas - Empresas Familiares x Empresas de Investidores
Governança Corporativa um assunto novo no Brasil
Principais fatores de mudanças: - Privatizações - Fusões e aquisições - Globalização -
Concorrência de outros países - Investidores Nacionais e Internacionais
NÍVEIS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
Melhores práticas de governança.
A diferença de cada segmento é o grau de compromisso assumido por cada investidor.
A Melhoria na prestação de informações.
Adicionar as Informações Trimestrais (ITRs), Anuais (IANs) e Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFPs).
Realizar reuniões públicas.
Prestação de informações com padrões Internacionais – IFRS ou US GAAP.
Adoção de regras societárias.
Emissão de PN – Ações Preferenciais.
Apenas ações ON – Ações Ordinárias
LEI SARBANES-OXLEY
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A Criada em 30 de Julho de 2002 por Paul Sarbanes e Michael Oxley após escândalos financeiros.
Objectivo:
✔ Estabelecer regras quanto a criação de comitês e comissões encarregue de zelar pelas atividades e
operações da empresa.
✔ Assegurar a transparência e proteger o interesse dos acionistas.
PRINCIPAIS COMPONENTES
Instituições Regulamentadoras (CVM, Banco Central) • Alta Administração • Stakeholder = pessoa
interessada ou interveniente.
CURIOSIDADES
Quem pode ser Stakeholder?
Acionistas ⎫ Donos ⎫ Investidores ⎫ Empregados ⎫ Fornecedores/ Administradores da empresa ⎫
Sindicatos ⎫ Associações empresariais, revolucionais ou profissionais ⎫ Comunidades onde a empresa
tem operações: associações de vizinhos ⎫ Grupos Normativos ⎫ Governos (Municipais, Estatais e
Federal) ⎫ Concorrentes.
VALORES DE GOVERNANÇA
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- Prestação de Contas;
2 - Transparência;
3 - Equidade;
4 - Cumprimento das Leis;
5 - Ética;
Governança tem tudo a ver com a qualidade da atitude e escala de valores no mais puro sentido humano
Stakeholder = Partes Interessadas
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA BOA GOVERNANÇA
Transparência; • Equidade; • Prestação de Contas; • Cumprimento das Leis; • Ética.
Nstrução Normativa nº 308 da CVM, de 1999: Art. 23. É vedado ao Auditor Independente e às
pessoas físicas e jurídicas a ele ligadas, conforme definido nas normas de independência do CFC,
em relação às entidades cujo serviço de auditoria contábil esteja a seu cargo: I – adquirir ou
manter títulos ou valores mobiliários de emissão da entidade, suas controladas, controladoras ou
integrantes de um mesmo grupo econômico ou II - prestar serviços de consultoria que possam
caracterizar a perda da sua objetividade e independência.
ESTUDO DE CASO ENRON
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ENRON
Foi fundada em 1985 - Actividades Principais exploração de Gás Natural; Transmissão e
Distribuição de energia
Actividades Secundarias :
✔ Frequência de Internet,
✔ Gerenciamento de risco e derivados climático
Ranking = 6º Maior empresa de Energia do Mundo - 7º Maior empresa Norte-Americana por
Receita. •Status= Eleita 6 vezes consecutivas como a empresa mais admirada dos EUA.
Objectivo da empresa e de todos administradores é maximizar a riqueza de seus proprietários em nome dos quais ela é geridas
Fonte: www.enronfraud.com - Ano Base: 2000
Como tudo aconteceu
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Ainda que seus negocios centrais continuassem a ser transmissao e distribuicao de
energia,seu crescimento fenominal foi ocorrendo por meio de seus outros
investimentos.
Esta era uma técnica usada por empresas corretagem e importação e exportação.
Como tudo aconteceu Cont.
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Entendemos que essas manobras foram influenciadas, sobretudo, pela ganância dos
administradores em inflarem, manifestamente, seus lucros. Nesse sentido, grandes
corporações comumente vinculam a remuneração dos seus administradores aos resultados
obtidos.
A atitude de Kenneth serve apenas para ilustrar o quão temerosa pode ser a prática de
atribuir aos administradores lucros com base no resultado das empresas - o que tem levado
o mercado americano a reivindicar ao governo que os salários e remunerações dos
executivos sejam definidos, evitando, assim, a ocultação de resultados com o objetivo de
aumentar seus rendimentos.
A auditoria e a consultoria
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Além dos interesses pessoais e ilícitos dos administradores em Manipular os resultados da corporação, existia também a
pressão dos investidores por bons resultados e a necessidade de demonstrar ao mercado que a corporação estava bem,
para atrair mais investimentos.
Na verdade, não é possível identificar dentre essas causas qual mais motivou a ruína da "Enron", seus investidores e
empregados.
Ousamos afirmar que a soma dessas condições à fragilidade dos mecanismos legais e contábilisticos que norteiam as
corporações de capital aberto foram os responsáveis pelo desastre "Enron".
"Tecnicamente, a Enron utilizou empresas coligadas e controladas para inflar seu resultado - uma prática comum nas
empresas.
Através de SPE's (Special Purpose Entities), a empresa transferia passivos, camuflava despesas, alavancava .
Kenneth Lay, ao qualificar a engenharia contábil aplicada aos balanços da "Enron", a traduziu como criativa e agressiva.
A auditoria e a consultoria
26 mesmo sentido, o colunista da Revista Exame David Cohen resumiu de forma adequada a prática que levou a
Nesse
"Enron" à ruína. "A Enron varria débitos para entidades especiais das quais detinha participação maoritária mas que, por
causa de uma norma contábilistica duvidosa, não eram consolidadas no balanço final".
Cohen arremata afirmando que o resultado dessa falácia contábilistica foram: "lucros superestimados em 591 milhões de
dólares e dívidas subestimadas em 628 milhões de dólares no último balanço."
Diante de todo esse quadro, o principal questionamento foi acerca do papel desempenhado pela auditoria
independente que tinha o dever de informar todas estas operações e do seu dever de transparência com o mercado.
O artigo 177, § 3º da lei brasileira número 6.404 de 1976, ao tratar da escrituração da companhia, reflete de forma clara
que a auditoria deve ser um propagador da situação da corporação e, certamente, no contexto norte- americano não é
diferente.
No caso da "Enron", a auditoria responsável pelos balanços há quase 10 anos era a ARTHUR ANDERSEN. Além desse
papel, a empresa também prestava consultoria à "Enron", sendo que a concomitância dessas duas atividades pela mesma
empresa são práticas totalmente incompatíveis, devendo-se ressaltar que, no Brasil, a incompatibilidade de tais
atividades é disciplinada pela instrução normativa nº 308 da CVM, de 1999, que dispõe:
A auditoria e a consultoria
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Art. 23. É vedado ao Auditor Independente e às pessoas físicas e jurídicas a
ele ligadas, conforme definido nas normas de independência do CFC, em
relação às entidades cujo serviço de auditoria contábilistico esteja a seu
cargo:
Ademais, todas as atitudes praticadas pelos administradores da "Enron" comprovam a fragilidade dos mecanismos contábilistico e
de auditoria capazes de reduzir abusos e evitar fraudes lesivas ao mercado.
Outra séria conclusão a que chegamos é que há que existir uma prática transparente entre administradores de corporações, seus
investidores e empregados capazes de refletir a real situação financeira de uma empresa.
Ademais, não poderíamos deixar de confirmar relação entre o caso "Enron" e os problemas de direito concursal, os quais o projeto
de lei 4.376/93 busca atenuar. Nesse sentido, devemos refletir sobre as diversas formas fraudulentas que poderiam ser utilizadas
para "mascarar" a situação de empresas em crise e, conseqüentemente, levar os credores a aceitarem a recuperação judicial.
Por fim, questionamos se o Poder Judiciário, ainda que composto por profissionais sérios e competentes, mas, ainda assim, assaz
estagnado terá meios para analisar possíveis recuperações de empresas em crise e se os critérios para mensurar se uma empresa
merece ser liquidada ou recuperada serão capazes de conviver com abusos tais como os evidenciados no caso "Enron".
FIM