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Aula 03 (Prof.

Igor
Maciel)
Ministério Público - Como Estudar -
2022 (Curso Regular)

Autor:
Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal
Cunha

05 de Janeiro de 2022
Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal Cunha
Aula 03 (Prof. Igor Maciel)

Sumário

1. Considerações iniciais ................................................................................Error! Bookmark not defined.

1.1 – Apresentação ..........................................................................................Error! Bookmark not defined.

1.2 – Ementa da matéria ............................................................................................................................................ 7

2. Análise quantitativa............................................................................................................................................... 13

2.1 – Análise de fontes ............................................................................................................................................ 13

2.2 – Análise de temas ............................................................................................................................................. 15

3. Análise qualitativa e Parecer ............................................................................................................................. 16

3.1 – Introdução .......................................................................................................................................................................... 16

3.2 – Introdução ao Direito (LINDB e LC 95/1988) ........................................................................................................ 21

3.3 – Pessoas e bens (arts. 1º a 103, CC)........................................................................................................................... 25

3.4 – Negócio Jurídico .............................................................................................................................................................. 26

3.5 – Prescrição, decadência e provas ................................................................................................................................ 27

3.6 – Modalidades e transmissão das obrigações .......................................................................................................... 29

3.7 – Adimplemento, extinção e inadimplemento das obrigações (arts. 304 a 420) ........................................ 30

3.8 – Teoria geral dos contratos (arts. 421 a 480).......................................................................................................... 31

3.9 – Espécies de contratos e atos unilaterais (arts. 481 a 886) ............................................................................... 32

3.10 – Responsabilidade civil (arts. 927 a 954) ................................................................................................................ 33

3.11 – Posse e propriedade em geral (arts. 1.196 a 1.276) ......................................................................................... 35

3.12 – Limites à propriedade (arts. 1.277 a 1.368-F) ..................................................................................................... 37

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3.13 – Direitos reais sobre coisa alheia (arts. 1.369 a 1.418) ...................................................................................... 37

3.14 – Direitos reais de garantia e laje (arts. 1.419 a 1.510)....................................................................................... 38

3.15 – Direito pessoal de família (arts. 1.511 a 1.638) .................................................................................................. 38

3.16 – Direito patrimonial de família (arts. 1.639 a 1.727) .......................................................................................... 38

3.17 – Direito assistencial (arts. 1.728 a 1.783-A) ........................................................................................................... 40

3.18 – Sucessão geral e legal (arts. 1.784 a 1.856)......................................................................................................... 40

3.19 – Sucessão testamentária e inventarial (arts. 1.857 a 2.027)............................................................................. 42

4. Considerações Finais ............................................................................................................................................ 43

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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.1 – APRESENTAÇÃO

Olá, futuros colegas!

Sejam bem-vindos(as) ao COMO ESTAR PARA A MAGISTRATURA ESTADUAL. É com imensa satisfação
que damos início a esse curso tão aguardada e pedida pelos nossos alunos.

Mas como vamos passar vários dias juntos, ainda que


virtualmente, me permita falar um pouco sobre mim:

Meu nome é ROGERIO DE VIDAL CUNHA, tenho 45 anos e sou


natural da cidade do Rio Grande-RS, cidade mais antiga do
Estado. Atualmente, wmoro em Foz do Iguaçu/PR onde atuo
como Juiz de Direito, tendo sido aprovado no concurso de 2012
em 7º lugar.

Sou graduado em Direito pela Universidade Federal do Rio


Grande – FURG além de especialista em direito pela Universidade
da Região da Campanha (URCAMP) onde também fui professor
do curso de graduação em direito. Sou professor de cursos
preparatórios, de graduação e de pós-graduação há muitos anos.
Falando em carreira jurídica, já fui advogado, procurador
municipal e analista judiciário: Oficial de Justiça Avaliador
Federal do quadro de servidores da Justiça Militar Federal, além de já ter sido professor em
instituições de graduação e pós-graduação em vários estados.

Enfim, são anos de dedicação em concursos e na área jurídica, federal, estadual e municipal,
sempre tentando aliar teoria e prática – e lá se vão 22 ótimos anos focados no direito!

Conte sempre conosco!

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Além do mais, lembro que sempre estamos disponíveis, para você, aluno Estratégia, no Fórum
de Dúvidas do Portal do Aluno:

Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno

Falando em contato conosco, ficam nossos contatos, sempre:

@Prof Igor Maciel

t.me/profigormaciel

prof.phms@estrategiaconcursos.com.br

ProfPauloSousa

@prof.phms

@prof.phms

t.me/prof.phms

@Profrogeriocunha

t.me/profrogeriocunha

rogeriocunha1976@gmail.com

Nesta aula, analisaremos a incidência das questões de DIREITO CIVIL nas provas da magistratura
estadual. A partir da análise geral vista na aula introdutória, como essa matéria é cobrada nesse
certame?

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Inicialmente, apresentaremos os dados estatísticos levantados nas provas e, na sequência a


análise qualitativa e o parecer.

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1.2 – EMENTA DA MATÉRIA

O Direito Civil pode ser visto a partir da ementa-padrão abaixo. Sabemos que toda classificação
é sujeita a críticas e certamente há quem não concordará com a divisão proposta. Essa ementa
e essas divisões foram feitas a partir de uma discussão longa e aprofundada com os professores
da área durante vários meses. Não é perfeita, mas, meramente ideal.

A divisão é didática e pensada a partir de uma estrutura maior, de análise do todo. Essa divisão
e essa classificação se harmonizam em todas as Carreiras Jurídicas, de modo a trazer uma
parametrização objetiva.

1. Introdução ao Direito (LINDB e LC 95/1988)

Lei de introdução às normas do direito brasileiro. Lei de Introdução ao Código Civil. Decreto-Lei
4.657/1942. Vigência e eficácia da norma. Repristinação e ultratividade. Aplicação da lei no tempo
e no espaço. Interpretação e integração da lei. Diálogo das fontes. Analogia. Costumes. Princípios
gerais do direito. Equidade. Direito internacional público. Direito público. Lei 13.655/2018.

2. Pessoas e bens (arts. 1º a 103)

Das pessoas. Das pessoas naturais. Da personalidade e da capacidade. Do absolutamente


incapaz. Do relativamente capaz. Do plenamente capaz. Da emancipação. Do registro e da
averbação. Dos direitos da personalidade. Da presunção de morte. Da comoriência. Da ausência.
Da curadoria dos bens do ausente. Da sucessão provisória. Da sucessão definitiva. Das pessoas
jurídicas. Disposições gerais. Da teoria da realidade técnica. Da constituição. Da autonomia
patrimonial. Das pessoas jurídicas de direito público e das pessoas jurídicas de direito privado.
Das associações. Das fundações. Da responsabilidade das pessoas jurídicas de direito público.
Da desconsideração da personalidade jurídica. Do domicílio. Do domicílio da pessoa natural. Da
residência. Do domicílio necessário. Do domicílio contratual. Do domicílio da pessoa jurídica.
Das coisas. Dos bens. Do patrimônio Das diferentes classes de bens. Dos bens considerados em
si mesmos. Dos bens imóveis. Dos bens móveis. Dos bens fungíveis e infungíveis. Dos bens
tangíveis e intangíveis. Dos bens consumíveis e inconsumíveis. Dos bens divisíveis e indivisíveis.

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Dos bens singulares e coletivos. Universalidades de direito e de fato. Dos bens reciprocamente
considerados. Dos bens principais e acessórios. Das benfeitorias. Das acessões. Dos frutos. Dos
produtos. Dos bens públicos. Dos bens de uso comum do povo, de uso especial e dominicais.
Do bem de família. Do bem de família convencional. Do bem de família legal. Lei 8.009/1990.

3. Negócio jurídico (arts. 104 a 188)

Dos fatos jurídicos. Da teoria do fato jurídico. Da existência, validade e eficácia dos fatos jurídicos
em sentido amplo. Do negócio jurídico. Do negócio consigo mesmo. Disposições gerais. Da
representação. Da condição, do termo e do encargo. Da condição suspensiva e resolutiva. Do
termo inicial e final. Dos defeitos do negócio jurídico. Do erro ou ignorância. Do dolo. Da coação.
Do estado de perigo. Da lesão. Da fraude contra credores. Da invalidade do negócio jurídico.
Das nulidades e anulabilidades. Da simulação. Dos prazos de anulação. Dos atos jurídicos lícitos.
Dos atos ilícitos. DO abuso de direito. Do convalescimento, da sanação ou saneamento e da
convalidação do negócio jurídico anulável. Da conversão substancial do negócio jurídico nulo.

4. Prescrição, decadência e provas (arts. 189 a 232)

Da prescrição e da decadência. Da prescrição. Disposições gerais. Das causas que impedem ou


suspendem a prescrição. Das causas que interrompem a prescrição. Dos prazos da prescrição.
Da decadência. Da imprescritibilidade. Critério científico de distinção entre prescrição e
decadência. Da prova. Das provas em espécies: confissão, documento, testemunha, presunção e
perícia.

5. Modalidades e transmissão das obrigações (arts. 233 a 303)

Da teoria da obrigação como processo. Das fontes das obrigações. Das modalidades das
obrigações. Das obrigações de dar. Das obrigações de dar coisa certa. Das obrigações de dar
coisa incerta. Das obrigações de restituir. Das obrigações de fazer. Das obrigações de não fazer.
Da fungibilidade ou infungibilidade das obrigações. Das obrigações personalíssimas. Das
obrigações conjuntas e das obrigações alternativas. Das obrigações divisíveis e indivisíveis. Das
obrigações plurais. Das obrigações solidárias. Disposições gerais. Da solidariedade ativa. Da
solidariedade passiva. Da transmissão das obrigações. Da cessão de crédito. Da assunção de
dívida ou cessão de dívida.

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6. Adimplemento, extinção e inadimplemento das obrigações (arts. 304 a 420)

Do adimplemento e extinção das obrigações. Do adimplemento em sentido amplo e do


adimplemento em sentido estrito. Do pagamento. De quem deve pagar. Daqueles a quem se
deve pagar. Do terceiro interessado e não interessado. Do objeto do pagamento e sua prova.
Do lugar do pagamento. Obrigações quérable e portable. Do tempo do pagamento. Do
pagamento em consignação. Da consignação judicial e extrajudicial. Do pagamento com sub-
rogação. Da sub-rogação legal e da sub-rogação convencional. Da imputação do pagamento.
Da dação em pagamento. Da novação. Da compensação. Da confusão. Da remissão das dívidas.
Do inadimplemento das obrigações. Disposições gerais. Da mora. Das perdas e danos. Dos lucros
cessantes e dos danos emergentes. Dos juros legais. Dos juros moratórios e dos juros
remuneratórios. Da cláusula penal. Das arras ou sinal.

7. Teoria geral dos contratos (arts. 421 a 480)

Disposições gerais. Das preliminares. Dos princípios. Da autonomia privada e da liberdade de


contratar. Da força obrigatória (pacta sunt servanda). Da boa-fé objetiva. Da função social do
contrato. Da classificação. Dos contratos aleatórios. Do contrato preliminar. Das tratativas
preliminares. Da formação. Da oferta. Da aceitação. Da conclusão. Do lugar. Da estipulação em
favor de terceiro. Da promessa de fato de terceiro. Do contrato com pessoa a declarar. Da cessão
de posição contratual. Dos vícios redibitórios. Da evicção. Da extinção do contrato. Da resolução.
Da resilição. Da rescisão. Do distrato. Da denúncia. Da cláusula resolutiva expressa e da cláusula
resolutiva tácita. Da exceção de contrato não cumprido. Da exceção de contrato parcialmente
não cumprido. Da resolução por onerosidade excessiva. Da resolução por inadimplemento
antecipado. Da teoria da imprevisão. Da teoria da quebra da base objetiva.

8. Espécies de contratos e atos unilaterais (arts. 481 a 886)

Da compra e venda. Da troca ou permuta. Do contrato estimatório. Da doação. Da locação de


coisas. Do empréstimo. Do comodato. Do mútuo. Da prestação de serviço. Da empreitada. Do
depósito. Do mandato. Da comissão. Da agência e distribuição. Da corretagem. Do transporte.
Do seguro. Da constituição de renda. Do jogo e da aposta. Da fiança. Da transação. Do
compromisso. Da promessa de recompensa. Da gestão de negócios. Do pagamento indevido.
Do enriquecimento sem causa.

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9. Responsabilidade civil (arts. 927 a 954)

Das funções da responsabilidade civil. Dos pressupostos do dever de indenizar. Do ato ilícito.
Do dano. Do nexo de causalidade. Da culpa. Da responsabilidade objetiva e subjetiva. Da
responsabilidade contratual e extracontratual. Da teoria do risco. Da teoria do dano. Da
obrigação de indenizar. Da indenização. Dos excludentes de responsabilidade civil. Da legítima
defesa. Do estado de necessidade. Do estrito cumprido do dever legal. Da culpa exclusiva da
vítima. Da culpa concorrente. Da cláusula de não indenizar. Da responsabilidade civil-penal. Da
responsabilidade por fato alheio. Da responsabilidade por fato de coisa. Da responsabilidade
por fato de animal.

10. Posse e propriedade em geral (arts. 1.196 a 1.276)

Da posse. Das teorias da posse. Da posse e sua classificação. Da aquisição da posse. Dos efeitos
da posse. Da perda da posse. Dos direitos reais. Das disposições gerais. Da propriedade. Da
propriedade em geral. Das disposições preliminares. Da descoberta. Da aquisição da propriedade
imóvel. Da desapropriação judicial. Da usucapião. Da aquisição pelo registro do título. Da
aquisição por acessão. Das ilhas. Da aluvião. Da avulsão. Do álveo abandonado. Das construções
e plantações. Da aquisição da propriedade móvel. Da usucapião. Da ocupação. Do achado do
tesouro. Da tradição. Da especificação. Da confusão, da comissão e da adjunção. Da perda da
propriedade.

11. Limites à propriedade (arts. 1.277 a 1.368-F)

Dos direitos de vizinhança. Do uso anormal da propriedade. Das árvores limítrofes. Da passagem
forçada. Da passagem de cabos e tubulações. Das águas. Dos limites entre prédios e do direito
de tapagem. Do direito de construir. Do condomínio geral. Do condomínio voluntário. Dos
direitos e deveres dos condôminos. Da administração do condomínio. Do condomínio
necessário. Do condomínio edilício. Disposições gerais. Da administração do condomínio. Da
extinção do condomínio. Do condomínio de lotes. Do condomínio em multipropriedade.
Disposições gerais. Da instituição da multipropriedade. Dos direitos e das obrigações do
multiproprietário. Da transferência da multipropriedade. Da administração da multipropriedade.
Disposições específicas relativas às unidades autônomas de condomínios edilícios. Da
propriedade resolúvel. Da propriedade fiduciária. Do fundo de investimento.

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12. Direitos reais sobre coisa alheia (arts. 1.369 a 1.418)

Da enfiteuse. Da superfície. Das servidões. Da constituição das servidões. Do exercício das


servidões. Da extinção das servidões. Do usufruto. Das disposições gerais. Dos direitos do
usufrutuário. Dos deveres do usufrutuário. Da extinção do usufruto. Do uso. Da habitação. Da
concessão de uso especial para fins de moradia. Da concessão de direito real de uso. Do direito
do promitente comprador.

13. Direitos reais de garantia e laje (arts. 1.419 a 1.510)

Do penhor, da hipoteca e da anticrese. Disposições gerais. Do penhor. Da constituição do


penhor. Dos direitos do credor pignoratício. Das obrigações do credor pignoratício. Da extinção
do penhor. Do penhor rural. Disposições gerais. Do penhor agrícola. Do penhor pecuário. Do
penhor industrial e mercantil. Do penhor de direitos e títulos de crédito. Do penhor de veículos.
Do penhor legal. Da hipoteca. Disposições gerais. Da hipoteca legal. Do registro da hipoteca. Da
extinção da hipoteca. Da hipoteca de vias férreas. Da anticrese. Da laje.

14. Direito pessoal de família (arts. 1.511 a 1.638)

Do direito de família. Do direito pessoal. Dos princípios informadores. Do casamento. Disposições


gerais. Da capacidade para o casamento. Dos impedimentos. Das causas suspensivas. Das
invalidades. Das nulidades. Das anulabilidades. Do processo de habilitação para o casamento.
Da celebração do casamento. Das provas do casamento. Da invalidade do casamento. Da eficácia
do casamento. Do casamento religioso. Do casamento sob moléstia grave. Do casamento
nuncupativo. Da dissolução da sociedade e do vínculo conjugal. Da separação de fato. Da
separação judicial. Do divórcio judicial e extrajudicial. Da retomada da sociedade conjugal. Lei
6.515/1977. Da proteção da pessoa dos filhos. Das relações de parentesco. Disposições gerais.
Da filiação. Do reconhecimento dos filhos. Da adoção. Do poder familiar. Disposições gerais. Do
exercício do poder familiar. Da suspensão e extinção do poder familiar. Das ações de filiação.
Do reconhecimento voluntário de paternidade. Da averiguação oficiosa de paternidade. Da
oposição ao reconhecimento de filiação. Da anulação de reconhecimento. Da investigação de
parentalidade. Lei 5.478/1968. Lei 11.804/2008. Da alienação parental. Lei 12.318/2010.

15. Direito patrimonial de família (arts. 1.639 a 1.727)

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Do direito patrimonial. Do regime de bens entre os cônjuges. Disposições gerais. Do pacto


antenupcial. Do regime de comunhão parcial. Do regime de comunhão universal. Do regime de
participação final nos aquestos. Do regime de separação de bens. Do usufruto e da
administração dos bens de filhos menores. Dos alimentos. Do bem de família. Da união estável.
Da união estável heteroafetiva e homoafetiva.

16. Direito assistencial (arts. 1.728 a 1.783-A)

Da tutela e da curatela. Da tutela. Dos tutores. Dos incapazes de exercer a tutela. Da escusa dos
tutores. Do exercício da tutela. Dos bens do tutelado. Da prestação de contas. Da cessação da
tutela. Da curatela. Dos interditos. Da curatela do nascituro e do enfermo ou portador de
deficiência física. Do exercício da curatela. Da tomada de decisão apoiada.

17. Sucessão geral e legal (arts. 1.784 a 1.856)

Do direito das sucessões. Da sucessão em geral. Disposições gerais. Da herança e de sua


administração. Da vocação hereditária. Da aceitação e renúncia da herança. Dos excluídos da
sucessão. Da herança jacente. Da petição de herança. Da sucessão legítima. Da ordem da
vocação hereditária. Dos herdeiros necessários. Do direito de representação.

18. Sucessão testamentária e inventarial (arts. 1.857 a 2.027)

Da sucessão testamentária. Do testamento em geral. Da capacidade de testar. Das formas


ordinárias do testamento. Disposições gerais. Do testamento público. Do testamento cerrado.
Do testamento particular. Dos codicilos. Dos testamentos especiais. Disposições gerais. Do
testamento marítimo e do testamento aeronáutico. Do testamento militar. Das disposições
testamentárias. Dos legados. Disposições gerais. Dos efeitos do legado e do seu pagamento. Da
caducidade dos legados. Do direito de acrescer entre herdeiros e legatários. Das substituições.
Da substituição vulgar e da recíproca. Da substituição fideicomissária. Da deserdação. Da redução
das disposições testamentárias. Da revogação do testamento. Do rompimento do testamento.
Do testamenteiro. Do inventário e da partilha. Do inventário. Dos sonegados. Do pagamento
das dívidas. Da colação. Da partilha. Da garantia dos quinhões hereditários. Da anulação da
partilha.

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2. ANÁLISE QUANTITATIVA

2.1 – ANÁLISE DE FONTES

Que tipo de fonte - doutrina, jurisprudência, lei, legislação local - mais aparece nas provas de
Direito Civil dos concursos para a magistratura estadual? Será que estudo a jurisprudência com
bastante afinco, ou vale mais a pena rever conceitos doutrinários? Fontes locais são importantes?
Apresentamos, agora, o gráfico de incidência das provas:

Dentro desta matéria existem 4 tipos de gráficos, os dois primeiros referem-se ao estilo de
cobrança na matéria específica (Lei, doutrina, jurisprudência ou Legislação Local), tanto em
percentuais como em valores absolutos.

Na sequência encontramos dois gráficos referentes à cobrança específica dos temas do nosso
Edital, também em percentuais e valores absolutos.

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Direito Civil - %
Legislação Local
0%

Jurisprudência
8%

Doutrina
10%

Lei
82%

Em números absolutos, veja como se distribuem as fontes:

Direito Civil - Nº de Alternativas


1400
1219
1200

1000

800

600

400

200 149 127


0
0
Lei Doutrina Jurisprudência Legislação Local

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2.2 – ANÁLISE DE TEMAS

Quais são os temas que mais aparecem numa prova de Direito Civil da magistratura dos Estados?
Apresentamos, agora, o gráfico de incidência dos temas, em um gráfico percentual:

Direito Civil - Conteúdos - %


Pessoas e bens 11%
Espécies de contratos e atos unilaterais 11%
Sucessão geral e legal 8%
Posse e propriedade em geral 8%
Direito pessoal de família 7%
Prescrição, decadência e provas 6%
Direito patrimonial de família 6%
Modalidades e transmissão das obrigações 6%
Negócio jurídico 6%
Responsabilidade civil 6%
Adimplemento, extinção e inadimplemento das obrigações 5%
Introdução ao Direito 5%
Direitos reais sobre coisa alheia 3%
Teoria geral dos contratos 3%
Direito assistencial 2%
Sucessão testamentária e inventarial 2%
Limites à propriedade 2%
Direitos reais de garantia e laje 1%
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12%

Agora, mostramos a você isso em números absolutos, para fins de comparação:

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Direito Civil - Conteúdos - Nº de Alternativas


Series1

Pessoas e bens 162


Espécies de contratos e atos unilaterais 159
Sucessão geral e legal 125
Posse e propriedade em geral 124
Direito pessoal de família 98
Prescrição, decadência e provas 96
Direito patrimonial de família 95
Modalidades e transmissão das obrigações 91
Negócio jurídico 90
Responsabilidade civil ==10be0c==
87
Adimplemento, extinção e inadimplemento das… 79
Introdução ao Direito 70
Direitos reais sobre coisa alheia 51
Teoria geral dos contratos 47
Direito assistencial 35
Sucessão testamentária e inventarial 34
Limites à propriedade 34
Direitos reais de garantia e laje 16

Feitas essas análises estatísticas quantitativas, é chegada a hora de fazer uma análise qualitativa
e estabelecer um parecer a respeito desta disciplina na sua carreira. Vamos lá?

3. ANÁLISE QUALITATIVA E PARECER

Diante da análise de todas as questões cobradas, conforme o recorte anteriormente feito, nos
certames da magistratura estadual percebe-se que os temas de Direito Civil foram cobrados da
forma adiante exposta.

3.1 – Introdução

Ao fazermos uma análise global dos temas de Direito Civil em concursos magistratura, conforme
analisado na aula 00 do nosso curso, perceberemos que o Direito Civil representa 10% de todas
as questões cobradas, sendo disciplina que em praticamente todas as provas da magistratura
estadual está presente com dez questões.

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De fato, além de disciplina obrigatória em todos os concursos da magistratura estadual conforme


a Res 75/09 do CNJ é matéria que sozinha responde por 10% de toda a prova.

Em análise que de custo x benefício, direito civil é daquelas matérias que o custo de não estudar
supera qualquer benefício de gabaritar outras disciplinas, ou seja, direito civil é essencial.

A primeira premissa que precisaremos estabelecer é que o Direito Civil em concursos da


magistratura estadual, principalmente em primeira fase, tem como base principal o Código Civil
Brasileiro, a legislação seca, que corresponde a 82% de todas as questões, sendo essencial o
estudo de lei seca.

Legislaçã
o

82
%

Desta forma, para responder 82% de todas as questões objetivas de direito civil, não há
necessidade de aprofundar o conteúdo com autores estrangeiros, doutrinadores clássicos ou
teses doutorais mas sim a letra fria da lei.

A segunda premissa é que o Direito Civil deve ser estudado sempre acompanhado do vade
mecum, haja vista o amplo percentual de cobrança de questões com base na letra fria da norma.

A “lei seca” deve ser priorizada sempre.

Naturalmente, o estudo puro e simples com base na leitura da lei não trará grande efetividade,
dada a necessidade de estudo e aprofundamento de pontos-chave no conteúdo.

Assim, recomendamos, para a primeira fase, o estudo da doutrina básica– acompanhada da


leitura da “letra fria” da norma. Para as fases subsequentes sim será necessário um
aprofundamento maior em temas como princípios orientadores do direito civil,

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constitucionalização do direito civil, dirigismo contratual, responsabilidade civil e direito de


família.

E o estudo da Jurisprudência?
São vários os julgados de Direito Civil divulgados em Informativos. Devo estudar
todos?

As questões envolvendo a cobrança de jurisprudência, apesar de relevante incidência (8%),


exigiram o conhecimento, em sua imensa maioria, de julgados consolidados no âmbito do
Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal.

A cobrança foi feita, em grande parte, baseada em súmulas ou julgados que podemos chamar
de “clássicos”.

Julgados pontuais cobrados no “Informativo da semana passada” apareceram de forma rara,


cujo aprofundamento possui baixo custo x benefício.

Parece-nos, portanto, muito mais útil, no estudo para a primeira fase, o estudo da doutrina
básica e dos julgados consolidados (que naturalmente estarão concatenados e explicados
juntamente com a doutrina básica no nosso material) aliado ao estudo da “letra fria” da norma
(este sim essencial). Veja um exemplo dessa lógica:

(VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz Substituto )Assinale a alternativa incorreta quanto ao direito real
de habitação do viúvo, de acordo com entendimento dominante e atual do Superior Tribunal
de Justiça:

A) O fato de o viúvo ser casado pelo regime da separação obrigatória de bens não impede o
reconhecimento do direito real de habitação.

B) Exige-se o registro imobiliário para constituição do direito real de habitação do viúvo.

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C) O viúvo pode renunciar ao direito real de habitação nos autos de inventário ou por escritura
pública, sem prejuízo de sua participação na herança.

D) A copropriedade entre o autor da herança e os descendentes, anterior à abertura da sucessão,


impede o reconhecimento do direito real de habitação em favor do viúvo.

Letra B

Veja questão é resolvida com o conhecimento da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:


“Devido à sua natureza, a corte tem decidido que, para o instituto produzir efeitos, é
desnecessária a inscrição do bem no cartório de registro de imóveis” (REsp 1.846.167).

Ainda quanto às fontes de estudo, não se deve estudar a legislação local em Direito Civil, eis
que a cobrança foi inexistente em nossa análise.

No que diz respeito à montagem de uma estratégia de estudo em direito civil, percebemos que
é uma das disciplinas com maior equilíbrio na incidência de conteúdos, com pelo menos sete
tópicos sendo cobrados em percentuais muito próximos.

Mas mesmo assim é possível observar que há um pequeno agrupamento de conteúdos que se
destaca no cenário

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Pessoas e
bens

Espécies de
contratos 38% Posse e
propriedade

Sucessão
Geral

Esses assuntos são prioritários no estudo pois representam um percentual relevante do conteúdo
de exigência pelas comissões examinadoras.

Também não podem ser ignorados por representarem um ótimo custo benefício os tópicos
abaixo, que apesar de estarem dispostos em poucos artigos do código tem um percentual
relevante de incidência:

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6%

Prescrição e decadência

6%

Negócio Júrídico

5%

Adimplemento, inadimplemento e
extinção das obrigações

Analisemos cada assunto.

3.2 – Introdução ao Direito (LINDB e LC 95/1988)

A cobrança da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é feita em concursos da


magistratura baseada na letra fria da lei. A imensa maioria das questões, salvo raríssimas
exceções que cobrarão algum aspecto doutrinário, cobrará a literalidade da norma (Decreto-Lei
4.657/42).

O tema ganha ainda mais relevância uma vez que em 2018, a Lei 13.655 acrescentou diversos
dispositivos à norma, positivando antigas discussões doutrinárias, deve ser observado que no
ano de 2019 as duas únicas questões envolvendo a LINB (TJRJ e TJAC, ambas da VUNPESP)
eram cobranças das alterações legislativas.

Destaca-se a necessidade de aprofundamento dos seguintes conteúdos:

a) Vacatio legis, vigência, eficácia e validade das normas;

b) Forma de integração das normas;

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c) Novos artigos positivados pela Lei 13.655/18:

Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base
em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas
da decisão.

Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida


imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa,
inclusive em face das possíveis alternativas.

Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a
invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar
de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas.

Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for
o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e
equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos
atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais
ou excessivos.

Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os


obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a
seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.

§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste,


processo ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que
houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente.

§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração


cometida, os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias
agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente.

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§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais


sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato.

Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer


interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo
novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição
quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja
cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses
gerais.

Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à


validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já
se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado
que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas
situações plenamente constituídas.

Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações


contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou
administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e
de amplo conhecimento público.

Art. 25. (VETADO).

Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na


aplicação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade
administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após
realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar
compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o qual só
produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.

§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo:

I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os


interesses gerais;

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II – (VETADO);

III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de


direito reconhecidos por orientação geral; (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)

IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu
cumprimento e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento.

§ 2º (VETADO).

Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial,


poderá impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou
injustos resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos.

§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes


sobre seu cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor.

§ 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso


processual entre os envolvidos.

Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões
técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.

§ 1º (VETADO).

§ 2º (VETADO).

§ 3º (VETADO).

Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade
administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta
pública para manifestação de interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a
qual será considerada na decisão.

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§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais


condições da consulta pública, observadas as normas legais e regulamentares
específicas, se houver.

§ 2º (VETADO).

Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na
aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e
respostas a consultas.

Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter


vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.

3.3 – Pessoas e bens (arts. 1º a 103, CC)

Este é o assunto mais cobrado em concursos da magistratura estadual, dentro da Disciplina de


Direito Civil, representando 11% de todas as questões, sendo uma probabilidade de quase
certeza a sua presença em provas de primeira fase.

Contudo, em que pese uma inicial e natural preocupação do aluno, precisamos pontuar que
este conteúdo possui uma ampla relação de dependência com alguns temas de Direito
Administrativo.

No estudo dos bens públicos em Direito Administrativo estudamos de forma bem aprofundada
os artigos 98 a 103 do Código Civil (Capítulo III – Dos bens públicos) e também a Súmula 619
do STJ, o que já são suficientes para o estudo também do Direito Civil:

Súmula 619 – STJ - A ocupação indevida de bem público configura mera detenção,
de natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e
benfeitorias.

Além disso, no estudo de Direito do Consumidor ou Direito Empresarial estudamos a


desconsideração da personalidade jurídica, disparadamente o assunto mais cobrado neste ponto
da matéria.

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Trata-se, inclusive, de tema extremamente relevante para o estudo de segunda fase e que exige
uma abordagem multidisciplinar.

Dentre os artigos que compõe o tópico há algumas zonas de calor, como os seguintes:

- Art. 3º : (TJ-GO - 2015) (TJ-MS - 2015) (TJ-PR - 2017) (TJ-RO - 2019) (TJ-SP - 2018)

- Art. 50: (TJ-DFT - 2015) (TJ-MT - 2018) (TJ-RS - 2018) (TJ-SP - 2017) (TJ-SP - 2018) (TJ-GO
– 2021)

- Art. 100: (TJ-AL 2019) (TJ-RR - 2015) (TJ-RS - 2016) (TJ-SP - 2018)

- Art. 101: (TJ-AL 2019) (TJ-RR - 2015) (TJ-RS - 2016)

- Art. 102: (TJ-MS - 2015) (TJ-PR - 2017) (TJ-SC - 2017)

- Art. 103: (TJ-DFT - 2015) (TJ-RJ - 2016) (TJ-RS - 2016) (TJ-SP - 2015) (TJ-SP - 2018)

Para finalizar, recomendamos:

i) a leitura geral dos dispositivos da norma (artigos 1 a 103 do Código Civil) com muita
calma e grifando as palavras-chave;

ii) estudo aprofundado, inclusive com abordagem jurisprudencial, sobre a


possibilidade de penhora dos bens de família (Lei 8.009/90);

3.4 – Negócio Jurídico

O assunto negócio jurídico fora cobrado em concursos da magistratura estadual em cerca de


6% (seis por cento) das questões analisadas.

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Salvo especificamente uma questão elaborada pelo Cespe no TJDFT de 2015 que cobrou
julgados consolidados sobre o tema, as demais questões todas foram cobradas com base na
letra fria da norma ou na doutrina básica.

O estudo superficial acompanhado da leitura do Código Civil é suficiente para gabaritar as


questões de 1ª fase, tornando este ponto da matéria um ótimo custo x benefício.

Aqui, é imprescindível a leitura da lei, com especial destaque para a teoria das invalidades
do negócio jurídico, condição, termo, encargo e defeitos do negócio jurídico. Destacamos,
ainda, a representação, simulação e a fraude contra credores como pontos importantes de
revisão.

No anos de 2020-2021 as bancas mantiveram relevante cobrança sobre a matéria, cobrada nas
provas do TJSP (VUNESP), TJGO (FCC) e TJMS(FCC).

Por fim, aqui também encontramos alguns artigos que são mais cobrados:

- Art. 156 : (TJ-AC 2019) (TJ-MS - 2020) (TJ-RS - 2018)

- Art. 157 : (TJ-MS - 2020) (TJ-PR - 2019) (TJ-RS - 2018)

- Art. 166 : (TJ-AC 2019) (TJ-BA - 2019) (TJ-PA - 2019) (TJ-RR - 2015) (TJ-RS - 2016)

- Art. 177 : (TJ-MS - 2020) (TJ-RS - 2016) (TJ-SE - 2015)

- Art. 178 : (TJ-MT - 2018) (TJ-RO - 2019) (TJ-RS - 2016) (TJ-RS - 2018) (TJ-SP - 2018)

3.5 – Prescrição, decadência e provas

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Prescrição e decadência é um dos temos com melhor custo-benefício, já que apesar de


representar poucos artigos tem uma incidência de 6%, ou seja, é presença garantida em quase
todas as provas de primeira fase.

A imensa maioria das questões deste ponto cobrarão ou a letra fria da norma ou aspectos
jurisprudenciais mais consolidados.

(VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz Substituto) Assinale a alternativa incorreta sobre


prescrição e decadência, segundo entendimento dominante e atual do Superior
Tribunal de Justiça.

A) Não se encontra sujeito a prazo prescricional extintivo o direito do proprietário


de reivindicar a coisa em face de quem injustamente a possua ou detenha.

B) Não se encontra sujeito a prazo prescricional o direito do promissário


comprador com preço solvido à adjudicação compulsória.

C) O prazo de prescrição da pretensão de reparação civil aquiliana é o trienal, e o


prazo de prescrição da pretensão indenizatória em decorrência de ilícito
contratual é o ordinário de dez anos.

D) A exceção substancial do contrato não cumprido não se encontra sujeita a


prazo prescricional.

Letra D

Aqui, é importante que o aluno estude o tópico com base na seguinte sequência:

a) estudo da teoria / doutrina básica acompanhada dos julgados consolidados;

b) leitura da letra fria da norma acompanhada do destaque das palavras-chave;

c) análise multidisciplinar do conteúdo, relacionando-o com o Direito do Consumidor, o


Processo Civil e o Direito Administrativo;

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Quanto ao último aspecto, penso que as bancas poderão cobrar, principalmente em questões
dissertativas, temas envolvendo uma abordagem tanto do Direito Civil como também dos outros
ramos do direito e as possíveis conclusões a depender de cada aspecto.

Importante ponto para revisão posterior pode ser a resposta ao seguinte questionamento,
abordando o máximo de aspectos possíveis, dos mais variados ramos do direito.

Aqui também temos alguns pontos de calor importantes:

- Art. 197 : (TJ-AL 2019) (TJ-GO - 2015) (TJ-RJ - 2016)

- Art. 198 : (TJ-GO - 2015) (TJ-MS - 2015) (TJ-RO - 2019) (TJ-RS - 2018) (TJ-SP - 2017)
(TJ-SP - 2018)

- Art. 202 : (TJ-MT - 2018) (TJ-RJ - 2016) (TJ-RS - 2018) (TJ-MS - 2020)

- Art. 206 : (TJ-AC 2019) (TJ-AL 2019) (TJ-SE - 2015) (TJ-SP - 2017) (TJ-SP - 2018) (TJ-SP
- 2021) (TJ-GO - 2021)

- Art. 211: (TJ-CE - 2018) (TJ-DFT - 2015) (TJ-MS - 2020) (TJ-RR - 2015) (TJ-RS - 2018)
(TJ-SP - 2015)

3.6 – Modalidades e transmissão das obrigações

Apesar de este tema ser relevante, com 6% das questões, o estudo não precisa ser aprofundado
em uma doutrina ultra específica. Ao contrário, penso que aqui o estudo pode ser resumido e
focado essencialmente em questões e leitura da letra fria da lei.

Quais os artigos mais cobrados desse tópico?

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- Art. 275: (TJ-MT - 2018) (TJ-SC - 2015) (TJ-SP - 2017) (TJ-SP - 2018)

- Art. 290: (TJ-DFT - 2015) (TJ-MS - 2015) (TJ-SE - 2015)

- Art. 295: (TJ-RO - 2019) (TJ-SC - 2017) (TJ-SE - 2015)

- Art. 296: (TJ-DFT - 2015) (TJ-MS - 2015) (TJ-PR - 2017) (TJ-SC - 2017) (TJ-SE - 2015)

- Art. 302: (TJ-AL 2019) (TJ-DFT - 2015) (TJ-SC - 2017) (TJ-SE - 2015)

- Art. 304: (TJ-MS 2020) (TJ-GO -2021)

3.7 – Adimplemento, extinção e inadimplemento das obrigações (arts. 304 a


420)

Este ponto possui uma cobrança intermediária em concursos da magistratura (5%), mas
considerando que representa apenas 116 artigos também é um tópico interessante de reforçar
pelo seu tamanho.

Contudo, existem alguns pontos da matéria que são de conhecimento obrigatório e que
respondem à maioria dos itens exigidos quanto ao tema.

Aqui destacamos a necessidade da leitura da letra fria do Código Civil e dos seguintes julgados
consolidados:

Súmula 596 STF - As disposições do Decreto 22.626/1933 não se aplicam às taxas de


juros e aos outros encargos cobrados nas operações realizadas por instituições
públicas ou privadas, que integram o Sistema Financeiro Nacional.

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Súmula 54 STJ - Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de


responsabilidade extracontratual.

Súmula 539 STJ - É permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior à


anual em contratos celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro
Nacional a partir de 31/3/2000 (MP n. 1.963-17/2000, reeditada como MP n. 2.170-
36/2001), desde que expressamente pactuada.

Súmula 613 STJ - Súmula 613 - Não se admite a aplicação da teoria do fato
consumado em tema de Direito Ambiental.

Recomenda-se que o aluno leia bastante a letra fria dos dispositivos legais do Código Civil e
responda a muitas questões objetivas, o que será suficiente para o estudo da matéria.

Aqui a cobrança é relativamente espaçada, com poucas áreas de concentração, com


praticamente todos os artigos tendo sido cobrados pelo menos uma vez.

3.8 – Teoria geral dos contratos (arts. 421 a 480)

Este assunto possui incidência baixa (3%) na primeira fase, mas tem uma incidência maior na
segunda fase, especialmente questões envolvendo:

 Dirigismo contratual
 Revisão Contratual
 Função Social do contrato
 Boa-fé objetiva e deveres anexos

Aqui, quando aliamos com o tópico anterior, já começamos a identificar uma estratégia das
bancas em tópicos mais curtos como esse e o anterior, que é espalhar as questões por todos
os artigos, sem concentrar-se especificamente em alguns dispositivos.

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Nesse tópico, as 47 questões analisadas estão espalhadas pelos 59 artigos do tópico, sendo
que somente os seguintes foram cobrados mais de uma vez:

- Art. 421: (TJ-MS - 2015) (TJ-RJ - 2016)

- Art. 422: (TJ-RS - 2016) (TJ-SC - 2015)

- Art. 426: (TJ-GO - 2015) (TJ-RR - 2015)

- Art. 445: (TJ-AL 2019) (TJ-DFT - 2015) (TJ-RS - 2018)

- Art. 459: (TJ-RJ - 2016) (TJ-SE - 2015)

3.9 – Espécies de contratos e atos unilaterais (arts. 481 a 886)

Este o tema mais importante no estudo para concursos da magistratura, cobrado em cerca de
11% (onze por cento) das questões analisadas nos últimos 5 (cinco) anos.

Aqui já temos um tópico com uma extensão maior, inclusive no que diz respeito aos artigos
cobrados, com as bancas cobrança quase todos os artigos pelo menos uma vez.

È um tópico com cobrança difusa, com pelo menos uma questão por cada artigo com poucos
artigos sendo cobrados mais de duas vezes.

O estudo da letra fria da lei aliado à realização de diversas questões objetivas é essencial, mas
não é suficiente.

É extremamente necessário que o aluno estude os aspectos doutrinários (ainda que não haja
necessidade de estudar uma doutrina muito aprofundada) aliados aos aspectos jurisprudenciais.

Destacamos especialmente os seguintes pontos:

a) Contrato de compra e venda, aprofundando também as cláusulas especiais;

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b) Promessa de compra e venda;


c) Do mandato;
d) Do seguro;
e) Da fiança;
f) Da locação (aprofundando a lei específica, acaso haja cobrança destacada no EDITAL);

3.10 – Responsabilidade civil (arts. 927 a 954)

O assunto responsabilidade civil é bastante cobrado em provas e merece uma atenção especial
do aluno, tanto no aspecto doutrinário, como também jurisprudencial.

Ainda que tenha uma incidência moderada na primeira fase (6%) tem grande relevância em
questões discursivas e sentenças cíveis, tanto que é o tema com mais incidência nos últimos
anos na fase de sentença cível.

ANO TRIBUNAL TEMA


2021 TJPR Ação de indenização – acidente ferroviário –
pensão mensal vitalícia
2019 TJBA Ação de indenização – acidente de trânsito –
morte menor
2018 TJSP Ação de Indenização – erro médico -
hospitalar
2017 TJSC Ação de indenização – falsificação
documento
2016 TJDF Ação cominatória – plano de saúde – c/c Ação
de Indenização por danos morais
2016 TJDF Ação de indenização – atraso de obra
2016 TJRJ Ação de Indenização – rompimento contrato
2014 TJMG Ação de indenização – cadastro SERASA
2013 TJGO Ação de indenização – vício produto

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2013 TJRJ Ação de indenização – acidente de trânsito


2012 TJAC Ação de indenização– acidente aéreo
2012 TJRJ Ação anulatória de negócio jurídico – mandato
– com Ação de indenização
2012 TJSC Ação Declaratória de Nulidade de ato jurídico
c/c Ação de Indenização– protesto indevido
2011 TJPB Ação de indenização – atraso de obra
2010 TJGO Ação de indenização – queimada em
plantação
2010 TJSC Ação Indenização – erro médico – Fazenda
pública
2009 TJSC Ação Indenização – produto contaminado
2008 TJAC Ação de indenização – acidente de trânsito
2008 TJSE Ação de indenização – outorga de escritura
definitiva
2002 TJPA Ação de indenização – ofensas à magistrado

Este um dos temas que as bancas mais cobram a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e
do Superior Tribunal de Justiça.

Assim, enquanto a grande análise da imensa maioria dos temas de Direito Civil envolvia a letra
fria da norma, aqui a estratégia de estudos será diferente.

Extremamente importante que o aluno estude todo o conteúdo analisando também, além da
letra fria da lei, os aspectos doutrinários básicos aliados ao estudo jurisprudencial.

A leitura completa do PDF específico é recomendada de forma aprofundada, com destaque


especial aos seguintes aspectos:

a) Teoria geral da responsabilidade civil;


b) Diferenças entre a responsabilidade contratual e extracontratual, objetiva e subjetiva, por
ato lícito e por ato ilícito;

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c) Juros e correção monetária nas indenizações;


d) Dano moral, dano material, dano estético e lucros cessantes;

Novamente é um tópico com ótimo custo x benefício pela incidência alta dentre poucos artigos,
sendo os seguintes os mais incidentes em provas objetivas:

- Art. 932: (TJ-MS - 2015) (TJ-PR - 2017) (TJ-RR - 2015) (TJ-PR - 2021)

- Art. 935: (TJ-CE - 2018) (TJ-RO - 2019) (TJ-SP – 2018)

3.11 – Posse e propriedade em geral (arts. 1.196 a 1.276)

Um tema de grande incidência em provas magistratura (8%), que merece uma análise com um
pouco de cautela, uma vez que pode ser cobrada em cotejo com outras matérias, podendo
refletir também na legislação civil especial como nas hipóteses do Estatuto das Cidades (já
entrando no tema Legislação Civil Especial / Direito Urbanístico).

Recomenda-se o estudo com a leitura básica dos dispositivos do Código Civil e a realização de
questões objetivas.

(FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto) É característica da posse:

A) que a coisa sobre a qual se exerce seja divisível e passível de aquisição do


domínio por meio de usucapião.

B) a detenção da coisa, por si ou em relação de dependência para com outro, em


nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.

C) o exercício, pelo possuidor, de modo pleno ou não, de algum dos poderes


inerentes à propriedade, direta ou indiretamente.

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D) que seu exercício seja necessariamente justo e de boa-fé, não violento,


clandestino ou precário.

E) sua aquisição exclusivamente por quem a pretender, em nome próprio, por


meio da apropriação física sobre a coisa.

Letra C

Considerando apenas um estudo PRÉ EDITAL, recomendamos que o aluno procure fixar alguns
aspectos básicos como:

a) posse x propriedade;
b) defesa da posse;
c) posse x detenção;
d) usucapião;

Aqui, como já dito antes, há uma tendência de cobrança de todos os artigos pelo menos
uma vez, o que, repita-se, é bem comum em tópicos com poucos artigos em grande
incidência, mas mesmo assim podemos identificar algumas normas que são mais procuradas
pelas bancas.

- Art. 1.198: (TJ-MS - 2020) (TJ-RS - 2016) (TJ-SP - 2015), (TJ-PR - 2021)

- Art. 1.200: (TJ-AL 2019) (TJ-PR - 2017) (TJ-RS - 2016)

- Art. 1.225: (TJ-AL 2019) (TJ-MS - 2020) (TJ-SC - 2017)

- Art. 1.238: (TJ-CE - 2018) (TJ-GO - 2015) (TJ-RO - 2019) (TJ-SP - 2017) (TJ-SP - 2018),
(TJ-RR - 2015)

- Art. 1.240: (TJ-PA - 2019) (TJ-RJ - 2016) (TJ-SP - 2017)

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Mantenha sempre na lembrança o art. 1.238, afinal ele é uma zona de calor intenso nas
cobranças

3.12 – Limites à propriedade (arts. 1.277 a 1.368-F)

Assunto que foi cobrado apenas em 34 alternativas, dos 1219 itens analisados de Direito Civil.

O estudo deste não possui bom custo x benefício, razão pela qual deve ser estudado apenas
em um segundo momento (se sobrar tempo) e de forma superficial (leitura da letra fria da lei e
questões objetivas, apenas).

Recomenda-se uma atenção especial às alterações trazidas ao Código Civil relacionadas à Lei
13.874/2019, que acrescentou dispositivos relacionados à multipropriedade. Dada a novidade do
tema, a cobrança é esperada com base na letra fria da lei.

Aqui, o único artigo cobrado mais de uma vez é o Art. 1.361: (TJ-RR - 2015) (TJ-RS -
2016).

3.13 – Direitos reais sobre coisa alheia (arts. 1.369 a 1.418)

O tema direitos reais não apareceu com tanta frequência nas provas objetivas da magistratura,
representando somente 3% das questões formuladas.

Especificamente quanto aos direitos reais sobre coisa alheia, a cobrança em concursos da
magistratura é relativamente baixa, mas considerando que são poucos artigos, e que quase
todos foram cobrados pelo menos uma vez, vale a pena a leitura PÓS-EDITAL, para ampliar as
chances na primeira fase.

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3.14 – Direitos reais de garantia e laje (arts. 1.419 a 1.510)

Tal qual analisado no item acima, o tema direitos reais de garantia e laje apareceu somente em
1% das provas objetivas da magistratura com somente 16 itens mencionando.

Aqui também se recomenda uma leitura PÓS-EDITAL, pois são poucos artigos e pouca incidência,
logo vale a pena uma leitura mais próxima da prova.

3.15 – Direito pessoal de família (arts. 1.511 a 1.638)

Assunto que foi cobrado em 98 questões analisadas, o que indica um bom custo benefício
considerando que são apenas 127 artigos.

Esse percentual indica que é uma matéria que está presente de forma constante em provas de
primeira fase, por isso merece um estudo PRÉ-EDITAL até porque é a porta de entrada para o
direito de família que é por si só matéria essencial ao direito civil.

Justamente por ter uma incidência constante aqui não há zonas de concentração de questões,
distribuindo as bancas as questões por praticamente todos os artigos do tópico, o que reforça
e necessidade de estudo PRÉ-EDITAL.

3.16 – Direito patrimonial de família (arts. 1.639 a 1.727)

O assunto segue as mesmas orientações do tópico anterior, inclusive com incidência parecida
(95 questões), o que reforça a necessidade de um estudo PRÉ-EDITAL, já que somando os dois
tópicos teríamos 13% de todas as questões cobradas, mais do que o tópico isolado mais
cobrado.

E isso diante de somente 216 artigos, o que mostra o ótimo custo x benefício do estudo do
regime pessoal e patrimonial do casamento.

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Em 2020-2021 o tema direito patrimonial de família esteve presente em todas as provas, como
se pode observas na questão abaixo:

(VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz Substituto) Assinale a alternativa correta sobre


regimes de bens do casamento e da união estável, conforme entendimento
dominante e atual do Superior Tribunal de Justiça.

A) No regime da comunhão parcial de bens, é incomunicável imóvel prometido à


venda e com preço solvido pelo cônjuge antes do casamento, mas cujos escritura
e respectivo registro imobiliário são posteriores às núpcias.

B) No regime da comunhão parcial, são incomunicáveis os bens móveis e imóveis


adquiridos com os proventos do trabalho pessoal e pensões de cada um dos
cônjuges.

C) A alteração do regime de bens não coloca fim ao casamento, razão pela qual
é vedada a partilha, que deve aguardar a dissolução da sociedade ou do vínculo
conjugal.

D) O contrato de convivência que altera o regime de bens da união estável pode


ter efeitos retroativos, desde que pactuados mediante cláusula expressa pelos
conviventes.

Letra A

A única diferença entre os tópicos é que aqui podemos identificar alguns artigos concentrando
a atenção das bancas:

- Art. 1.641: (TJ-AC 2019) (TJ-MS - 2015) (TJ-MS - 2020) (TJ-PI - 2015) (TJ-PR - 2017) (TJ-
SE - 2015) (TJ-SP - 2015)

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- Art. 1.647: (TJ-AC 2019) (TJ-MS - 2020) (TJ-RJ - 2019) (TJ-RR - 2015) (TJ-SC - 2015) (TJ-
SP - 2015)

3.17 – Direito assistencial (arts. 1.728 a 1.783-A)

Assunto pouco cobrado em concursos da magistratura estadual, com somente 35 incidências.

Recomenda-se que o estudo do tema seja feito apenas e tão somente se o edital de forma
expressa o destacar.

Assim, o estudo deve ser feito no PÓS EDITAL e com base na letra fria da lei e questões objetivas
apenas.

3.18 – Sucessão geral e legal (arts. 1.784 a 1.856)

Este tema um grande custo x benefício no estudo já que foi cobrado em 125 dos 1219 itens
analisados e relacionados ao Direito Civil, são 8% de todas as cobranças em apenas 72 artigos.

Recomenda-se que o estudo do tema seja feito apenas e tão somente com base na letra fria da
norma e com questões objetivas, focando nos pontos de concentração de questões:

- Art. 1.784: (TJ-MS - 2020) (TJ-PR - 2017) (TJ-RS - 2018)

- Art. 1.792: (TJ-MS - 2020) (TJ-PA - 2019) (TJ-RJ - 2016) (TJ-RS - 2016) (TJ-SP - 2018)

- Art. 1.798: (TJ-MS - 2020) (TJ-RS - 2016) (TJ-RS - 2018)

- Art. 1.829: (TJ-AC 2019) (TJ-DFT - 2015) (TJ-GO - 2015) (TJ-PI - 2015) (TJ-RJ - 2019) (TJ-
RR - 2015) (TJ-RS - 2018) (TJ-SP - 2017)

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- Art. 1.831: (TJ-AC 2019) (TJ-DFT - 2015) (TJ-PR - 2017) (TJ-SP - 2015)

- Art. 1.835: (TJ-MS - 2015) (TJ-RR - 2015) (TJ-SC - 2017) (TJ-SE - 2015)

- Art. 1.843: (TJ-RR - 2015) (TJ-SC - 2017) (TJ-SP - 2017) (TJ-SP - 2018)

Um estudo PRÉ-EDITAL é essencial, mas diante desses pontos de concentração é possível focar-
se no PÓS-EDITAL nos itens mais cobrados, especialmente o art. 1.829, com uma incidência fora
da curva normal de cobranças.

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este


com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens
(art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não
houver deixado bens particulares;

II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

III - ao cônjuge sobrevivente;

IV - aos colaterais.

(FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto) Em sucessão legítima, o direito de


representação dar-se-á apenas

A) na linha reta descendente e na linha transversal até o quarto grau.

B) na linha reta descendente.

C) entre parentes até o terceiro grau, na linha reta ou na linha colateral.

D) nas linhas retas descendente e ascendente.

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E) na linha reta descendente e, na linha transversal, em favor dos filhos de irmãos do


falecido, quando com irmãos deste concorrerem.

Letra E

O art. 1.829, especialmente após o julgamento do Recurso Extraordinário nº 646.721 e Recurso


Extraordinário nº 878.694 também guarda essencial importância para a segunda fase e provas
de sentença cível.

3.19 – Sucessão testamentária e inventarial (arts. 1.857 a 2.027)

Assunto que foi cobrado apenas em 2% de todas as questões analisadas.

O estudo deste tema para a primeira fase não possui bom custo x benefício já que são poucas
questões para vários artigos, sem que se tenha um foco de concentração. Nas provas de 2020-
2021 foi cobrado uma única vez:

(FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto) Lucas deliberadamente matou seu próprio pai,
Leônidas, movido pelo rancor de o pai ter se oposto ao seu casamento. Aberto o
testamento de Leônidas, redigido dois meses antes de sua morte, ele deixava para
Lucas, além da sua parte na legítima, um relógio de ouro de seu uso pessoal. Leônidas
deixou uma neta, Melina, filha de Lucas, seu filho único. Diante disso, é correto
afirmar que:

A) Lucas mantém seus direitos à herança do pai, tanto na parte legítima quanto
especificamente ao relógio, pois não foi deserdado expressamente no testamento;

B) Lucas fica excluído da sucessão no tocante à parte legítima do acervo hereditário,


mas mantém o direito a receber o relógio de ouro;

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C) Lucas fica excluído de pleno direito da sucessão, herdando Melina,


automaticamente, em seu lugar, como se Lucas fosse pré-morto;

D) Melina poderá herdar no lugar de Lucas, como se ele fosse pré-morto, se, em até
quatro anos, ajuizar ação de indignidade, e esta for reconhecida por sentença judicial;

E) tanto Lucas como Melina serão excluídos da sucessão de Leônidas, devendo o juiz
pronunciar de ofício a indignidade no âmbito do procedimento sucessório.

Letra D

Por essa razão o tópico deve ser estudado apenas em um segundo momento, com base na
leitura da letra fria da lei e questões objetivas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegamos ao final desta aula! Continuaremos com o Estudo Estatístico das demais disciplinas
nas aulas respectivas. Nesta aula você pôde ver como a disciplina-tema incide nas provas.

Quaisquer dúvidas, sugestões, críticas ou mesmo elogios, não hesite em entrar em contato
conosco. Estamos disponíveis, sempre, no Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno.

Até a próxima!

Igor Maciel

Paulo H M Sousa

Rogerio de Vidal Cunha

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