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Aula 18

Ministério Público - Como Estudar -


2022 (Curso Regular)

Autor:
Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal
Cunha

20 de Abril de 2022
Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal Cunha
Aula 18

Sumário

1. Considerações iniciais ........................................................................ Erro! Indicador não definido.

1.1 – Apresentação ................................................................................. Erro! Indicador não definido.

1.2 – Ementa da matéria.................................................................................................................... 2

2. Análise quantitativa ........................................................................................................................ 8

2.1 – Análise de fontes ........................................................................................................................ 8

2.2 – Análise de temas ........................................................................................................................ 9

3. Análise qualitativa e Parecer ...................................................................................................... 12

3.1 – Introdução ......................................................................................................................................................... 12

3.2 – Sistema Tributário Nacional (noções introdutórias, conceito e classificação) ............................. 17

3.3 – Limitações constitucionais ao poder de tributar e competência .................................................... 17

3.4 – Fontes, interpretação e integração da legislação tributária............................................................. 18

3.5 – Obrigação tributária....................................................................................................................................... 18

3.6 – Crédito (lançamento, suspensão, extinção, exclusão e garantias) ................................................ 21

3.7 – Tributos Federais ............................................................................................................................................... 22

3.8 – Tributos Estaduais ............................................................................................................................................. 24

3.9 – Tributos Municipais .......................................................................................................................................... 25

3.10 – Processo administrativo tributário e Administração Tributária ......................................................... 26

3.11 – Processo Judicial ........................................................................................................................................... 27

4. Considerações Finais .................................................................................................................... 30

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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.1 – APRESENTAÇÃO

Olá, futuros colegas!

Sejam bem-vindos(as) ao COMO ESTAR PARA A MAGISTRATURA ESTADUAL. É com imensa satisfação
que damos início a esse curso tão aguardada e pedida pelos nossos alunos.

Mas como vamos passar vários dias juntos, ainda que


virtualmente, me permita falar um pouco sobre mim:

Meu nome é ROGERIO DE VIDAL CUNHA, tenho 45 anos e sou


natural da cidade do Rio Grande-RS, cidade mais antiga do
Estado. Atualmente, moro em Foz do Iguaçu/PR onde atuo como
Juiz de Direito, tendo sido aprovado no concurso de 2012 em 7º
lugar.

Sou graduado em Direito pela Universidade Federal do Rio


Grande – FURG além de especialista em direito pela Universidade
da Região da Campanha (URCAMP) onde também fui professor
do curso de graduação em direito. Sou professor de cursos
preparatórios, de graduação e de pós-graduação há muitos anos.
Falando em carreira jurídica, já fui advogado, procurador
municipal e analista judiciário: Oficial de Justiça Avaliador
Federal do quadro de servidores da Justiça Militar Federal, além de já ter sido professor em
instituições de graduação e pós-graduação em vários estados.

Enfim, são anos de dedicação em concursos e na área jurídica, federal, estadual e municipal,
sempre tentando aliar teoria e prática – e lá se vão 22 ótimos anos focados no direito! .

Conte sempre conosco!

SIGA NAS REDES SOCIAIS

http://bit.ly/profrogeriocunha

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Além do mais, lembro que sempre estamos disponíveis, para você, aluno Estratégia, no
Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno:

Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno

Falando em contato conosco, ficam nossos contatos, sempre:

@Prof Igor Maciel

t.me/profigormaciel

prof.phms@estrategiaconcursos.com.br

ProfPauloSousa

@prof.phms

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t.me/prof.phms

@Profrogeriocunha

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Nesta aula, analisaremos a incidência das questões de DIREITO TRIBUTÁRIO nas provas do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. A partir da análise geral vista na aula
introdutória, como essa matéria é cobrada nesse certame?

Inicialmente, apresentaremos os dados estatísticos levantados nas provas e, na sequência


a análise qualitativa e o parecer.

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1.2 – EMENTA DA MATÉRIA

O Direito Tributário pode ser visto a partir da ementa-padrão abaixo. Sabemos que toda
classificação é sujeita a críticas e certamente há quem não concordará com a divisão
proposta. Essa ementa e essas divisões foram feitas a partir de uma discussão longa e
aprofundada com os professores da área durante vários meses. Não é perfeita, mas,
meramente ideal.

A divisão é didática e pensada a partir de uma estrutura maior, de análise do todo. Essa
divisão e essa classificação se harmonizam em todas as Carreiras Jurídicas, de modo a
trazer uma parametrização objetiva.

1. Sistema Tributário Nacional (Noções introdutórias, conceito e classificação)

O Sistema Tributário Nacional. Limitações constitucionais ao poder de tributar. A repartição


de competências na federação brasileira. Delegação de arrecadação. Discriminação
constitucional das rendas tributárias. Legislação sobre o Sistema Tributário Brasileiro.
Definição de tributo. Espécies de tributos. Taxas e preços públicos. Taxas contratuais e
facultativas. Empréstimo compulsório. As limitações constitucionais do empréstimo
compulsório na Constituição Federal de 1988.

Direito Tributário. Conceito, definições, denominações. Finalidades e objetivos do Sistema


Tributário - Carga tributária.

Tributo. Acepções do vocábulo tributo. A definição do art. 3º do Código Tributário


Nacional. Tipologia tributária no Brasil: o critério constitucional para a determinação da
natureza do tributo. Denominação e destino do produto de arrecadação: art 4º do
Código Tributário Nacional. Empréstimo compulsório. Taxas. Taxas e preços públicos. O
pedágio. Contribuição de melhoria e outras contribuições. Empréstimos compulsórios.
Contribuições parafiscais. Impostos extraordinários. As contribuições (art. 149 e seus
parágrafos da CF).

2. Limitações constitucionais ao poder de tributar e Competência

Competência tributária plena. Indelegabilidade da competência. Não exercício da


competência. Competência residual e extraordinária. Limitações da competência.
Princípios da legalidade e da tipicidade. Princípio da anualidade. Proibição de tributos
interlocais. Imunidade e isenção. Uniformidade tributária. Tributação das concessionárias.
Sociedades mistas e fundações. Imunidade recíproca. Extensão da imunidade às
autarquias.

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Sistema Constitucional Tributário e Sistema Tributário Nacional. Princípios constitucionais.


Princípios gerais. Limitações ao poder de tributar.

Imunidades tributárias: conceito, definição e natureza. Imunidade e Isenção. Imunidade


recíproca. Imunidade dos templos de qualquer culto, dos partidos políticos e das
instituições educacionais ou assistenciais. A imunidade do livro, dos periódicos e do papel
destinado à impressão. Outras hipóteses de imunidade. Imunidades de taxas e de
contribuições.

3. Fontes, interpretação e integração da legislação tributária

Fontes do Direito Tributário. Conceito de fonte. Fontes formais do Direito Tributário.


Legislação Tributária. Conceito. Lei, Tratados e Convenções Internacionais. Normas
Complementares. Leis Complementares. Vigência da Legislação Tributária. Aplicação da
Legislação Tributária. Interpretação e integração da Legislação Tributária. Tratados
internacionais e legislação interna. A perda de eficácia dos tratados. Os tratados sobre
matéria tributária e o artigo 98 do CTN. Vigência do tratado. Fontes do Direito Tributário.
Fontes do direito positivo e da Ciência do Direito. A doutrina. Instrumentos primários e
secundários. Legislação tributária: conceito, vigência, aplicação, interpretação e
integração. A Lei nº 5.172/66, em face da Constituição Federal. Normas gerais de Direito
Tributário na estrutura do Código Tributário Nacional. O art. 146 da Constituição Federal.
Hierarquia da lei complementar: formal e material. Exegese sistemática das normas gerais
de direito tributário.

4. Obrigação tributária

Fato gerador. Obrigação principal e acessória: Fato gerador. Sujeito ativo e sujeito passivo.
Capacidade tributária. Domicílio tributário. Responsabilidade tributária. Solidariedade.
Responsabilidade dos sucessores. Responsabilidade por infrações. Regra da incidência
tributária. Hipótese tributária e fato jurídico tributário. Acepção de "fato gerador". O fato
gerador segundo as prescrições do Código Tributário Nacional. Relação jurídica tributária.
Obrigação tributária no Código Tributário Nacional: principal e acessória. Sujeito ativo e
passivo. Sujeito passivo e solidariedade. Contribuinte e responsável. Definição da dívida
tributária: base de cálculo e alíquota. Infrações e sanções tributárias. Espécies de infrações
tributárias. A fraude à lei e o abuso de direito no ordenamento jurídico tributário. Infrações
no Código Tributário Nacional. Responsabilidade dos sucessores e de terceiros. Tipicidade,
vinculabilidade tributária e denúncia espontânea. Fraude à execução.

5. Crédito Tributário (lançamento, suspensão, extinção, exclusão e garantias)

Constituição do crédito tributário. Lançamento. Modalidades. Suspensão do crédito


tributário. Compensação. Restituição. Transação. Remissão. Prescrição e decadência.
Conversão do depósito em renda. Consignação em pagamento. Decisão administrativa
irreformável e decisão judicial passada em julgado. Restituição do tributo transferido.
Restituição de juros e multas. Correção monetária. Suspensão da exigibilidade do crédito
tributário.

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Crédito tributário. Lançamento. Natureza jurídica. Características, efeitos e modalidades.


Suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Extinção das obrigações tributárias.
Exclusão do crédito tributário.

6. Tributos federais

Impostos federais: impostos sobre o comércio exterior. Imposto Sobre Produtos


Industrializados (IPI). Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários (IOF). 9. Imposto de renda. Regimes jurídicos. Imposto de renda
pessoas jurídicas. Imposto de renda pessoas físicas.

Contribuições para a Seguridade Social. Contribuição sobre o lucro. O regime da COFINS.


CPMF. A CIDE e o seu regime.

Simples Nacional. Conceito. Forma de tributação, tributos incluídos e excluídos do Simples


Nacional. Vedações para adesão. ICMS e Simples Nacional.

7. Tributos estaduais

Tributos estaduais. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD). Imposto
sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Prestação de Serviços de Telecomunicações e de Transporte Intermunicipal
e Interestadual (ICMS). Incentivos Fiscais do ICMS.

8. Tributos municipais

ISS: conceito de serviço. 8.11 Serviços compreendidos na competência municipal. 8.12


Autonomia municipal e guerra fiscal. 8.13 Local da prestação de serviços, sede da
empresa e sede do estabelecimento prestador para fins de tributação. 8.14 Jurisprudência
do STJ e do STF. 8.15 Lista de serviços. 8.16 Serviços prestados para viabilizar a tecnologia
da informação: provedor de acesso à internet, compras on line e aplicativos para
prestação de serviços. 8.17 Relações ente ISS e ICMS: fornecimento simultâneo de
mercadorias e serviços. 8.18 Imposto sobre prestação de serviços de transporte
interestadual, intermunicipal e de comunicações. 8.19 Imposto Predial e Territorial Urbano
(IPTU). 8.20 Taxa de coleta de resíduo sólido. 8.21 Contribuição para Custeio do Serviço de
Iluminação Pública (COSIP).

9. Processos administrativo tributário e Administração Tributária

Processo administrativo tributário. Administração Tributária. Procedimento Fiscal. Sigilo


Fiscal e Prestação de Informações. Dívida ativa. Certidões e Cadastro.

Administração tributária. Atividade da administração tributária. A fiscalização do


cumprimento das prestações tributárias. Dever de sigilo. Dívida ativa e certidões negativas.

10. Processo judicial tributário

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Processo judicial tributário. Execução fiscal. Cautelar fiscal. Mandado de segurança. Ação
de repetição de indébito. Anulatória de débito fiscal. Ação declaratória. Ação de
consignação em pagamento. Ações de natureza tributária. As Execuções Fiscais.

2. ANÁLISE QUANTITATIVA

2.1 – ANÁLISE DE FONTES


Que tipo de fonte - doutrina, jurisprudência, lei, legislação local - mais aparece numa
prova de Direito Tributário dos concursos da magistratura estadual? Será que estudo a
jurisprudência com bastante afinco, ou vale mais a pena rever conceitos doutrinários?
Fontes locais são importantes? Apresentamos, agora, o gráfico de incidência das provas:

Dentro desta matéria existem 4 tipos de gráficos, os dois primeiros referem-se ao estilo de
cobrança na matéria específica (Lei, doutrina, jurisprudência ou Legislação Local), tanto
em percentuais como em valores absolutos.

Na sequência encontramos dois gráficos referentes à cobrança específica dos temas do


nosso Edital, também em percentuais e valores absolutos.

Direito Tributário - %
Legislação Local
0%

Jurisprudência
34%

Lei
46%

Doutrina
20%

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Em números absolutos, veja como se distribuem as fontes:

Direito Tributário - Nº de Alternativas


60
54

50

39
40

30
23
20

10 ==10be0c==

0
0
Lei Doutrina Jurisprudência Legislação Local

2.2 – ANÁLISE DE TEMAS


Quais são os temas que mais aparecem numa prova de Direito Tributário para a
magistratura estadual? Apresentamos, agora, o gráfico de incidência dos temas, em um
gráfico percentual:

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Direito Tributário - Conteúdos - %

Limitações constitucionais ao poder de tributar e competência 31%

Obrigação tributária 21%

Tributos municipais 14%

Fontes, interpretação e integração da legislação tributária 14%

Tributos federais 10%

Processos administrativo tributário e Administração Tributária 7%

Sistema Tributário Nacional (Noções introdutórias, conceito e


3%
classificação)

Processo judicial tributário 0%

Tributos estaduais 0%

Crédito Tributário (lançamento, suspensão, extinção, exclusão e


0%
garantias)

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

Agora, mostramos a você isso em números absolutos, para fins de comparação:

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Direito Tributário - Conteúdos - Nº de Alternativas


Limitações constitucionais ao poder de tributar e
36
competência

Obrigação tributária 24

Tributos municipais 16

Fontes, interpretação e integração da legislação tributária 16

Tributos federais 12

Processos administrativo tributário e Administração


8
Tributária
Sistema Tributário Nacional (Noções introdutórias,
4
conceito e classificação)

Processo judicial tributário 0

Tributos estaduais 0

Crédito Tributário (lançamento, suspensão, extinção,


0
exclusão e garantias)

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Feitas essas análises estatísticas quantitativas, é chegada a hora de fazer uma análise
qualitativa e estabelecer um parecer a respeito desta disciplina na sua carreira. Vamos
lá?

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3. ANÁLISE QUALITATIVA E PARECER


Diante da análise de todas as questões cobradas, conforme o recorte anteriormente feito,
nos certames da magistratura estadual percebe-se que os temas de Direito Tributário
foram cobrados da forma adiante exposta.

3.1 – Introdução

O Direito Tributário é uma das matérias mais importantes no estudo para a magistratura
paulista. E digo isso com base na análise estatística das provas dos últimos 5 concursos.

, mas quem me conhece sabe que sou suspeito já que leciono a matéria há mais de 15
anos.

Vamos começar com a sua primeira dúvida: devo me preocupar com esses 2% (dois por
cento) de questões envolvendo legislação local?

Depende, na maioria das bancas examinadoras (FCC, CESPE e VUNESPE) as questões


envolvendo legislação local em sua quase maioria indicam normas de repetição
obrigatória, meros reflexos das normas nacionais como a LC 87/96 ou a LC 116/03, mas,
tome um cuidado especial com a FGV que em mais de uma oportunidade exigiu
conhecimento expressos de normas locais, especialmente de ITCMD e IPVA.

(FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de Direito Substituto) A empresa 123 Camisetas Ltda., sediada no
Amapá e atuante no ramo varejista de venda de camisetas, deixou de atualizar dentro do
prazo exigido em Resolução do Secretário do Estado de Fazenda certos dados cadastrais
referentes ao ICMS. A empresa possui também um débito tributário estadual em fase de
execução fiscal, na qual realizou o depósito do montante integral em dinheiro. Pendente
ainda a atualização dos dados cadastrais, e à luz da lei estadual nº 400/1997, poderá ser
fornecida:

(A) Certidão Positiva de Tributos Estaduais em relação à empresa quanto à existência de


tal débito tributário estadual;

(B) Certidão Negativa de Tributos Estaduais em relação à empresa quanto à existência de


tal débito tributário estadual

(C) Certidão Positiva com Efeitos de Negativa de Tributos Estaduais exclusivamente do


demonstrativo das pendências da empresa relativas a irregularidades quanto à
apresentação de dados cadastrais;

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(D) Certidão Positiva de Tributos Estaduais consistindo exclusivamente do demonstrativo


das pendências da empresa relativas a irregularidades quanto à apresentação de dados
cadastrais;

(E) Certidão Negativa de Tributos Estaduais consistindo exclusivamente do demonstrativo


das pendências da empresa relativas a irregularidades quanto à apresentação de dados
cadastrais;

Letra D

Em direito tributário a doutrina esteve presente em 10% (dez por cento) das questões
analisadas. Mas sempre tenha em mente que a Res 75/09 do CNJ exige sempre doutrina
pacificada, por isso não espere doutrina baseada em teorias divergentes ou minoritárias,
espere conceitos fundamentais do direito tributário, seus princípios e classificações.

Mas cuidado!!! Dizer que se trata de doutrina pacificada não significa dizer questões
simples, por ex., o TJPR de 2019 fez questão complexa envolvendo a doutrina de Paulo de
Barros Carvalho sobre os aspectos da regra matriz de incidência.

Doutrinariamente, a regra-matriz de incidência tributária pode ser dividida nos seus


aspectos antecedentes — que definem a hipótese de incidência — e na obrigação
decorrente — que são os aspectos ligados às consequências da norma.

(TJPR/2019/CESPE) Segundo a doutrina majoritária, os critérios que integram a parte da


hipótese da regra-matriz de incidência tributária incluem os aspectos

A) material, espacial e temporal.

B) pessoal, material e quantitativo.

C) temporal, quantitativo e qualitativo.

D) qualitativo, pessoal e espacial.

Letra A

Podemos assim resumir os aspectos segundo a doutrina majoritária

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Aspecto Material O QUE? Fato Gerador

Momento da
Aspecto Temporal QUANDO? tributação

Aspecto Geográfico ONDE? Espaço físico

Aspecto Pessoal QUEM? Contribuintes e


responsáveis

Aspecto QUANTO Base de cálculo e


alíquotas
quantitativo
?

A jurisprudência é uma fonte importante de cobrança para as bancas tanto que presente
em 18% (dezoito por cento) das questões analisadas. Assim como outras disciplinas em
que ocorre um grande hiato entre a lei base (CTN, CPP, CLT etc..) e a Constituição de 1988
a jurisprudência assume esse papel de moderador entre os regimes jurídicos distintos que
tem de ser conciliados.

Por isso a jurisprudência é tão relevante em direito tributário já que o Código Tributário
Nacional é de 1966, elaborado à luz do sistema constitucional tributário da Constituição
de 1946 e um Brasil muito diferente daquele de 1988.

Na atualidade há uma tendência das bancas em utilizar-se de jurisprudências vinculantes,


focando muito nas súmulas e também nos temas repetitivos do Superior Tribunal de Justiça
e recursos com repercussão geral do STF.

A prova do TJMS de 2020 tinha mais de 80% das alternativas envolvendo jurisprudência,
como é o exemplo da questão abaixo:

(TJMS/2020/FCC) A respeito do contencioso tributário no âmbito judicial, é correto afirmar:

(A) A citação em execução fiscal é causa de interrupção da prescrição.

(B) Os embargos à execução se constituem o único meio adequado para a defesa do


devedor em execução fiscal, e para tanto é necessária a penhora ou o oferecimento de
garantia do débito tributário em discussão.

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(C) O contribuinte pode optar por receber o indébito tributário por compensação ou por
precatório, quando o indébito tributário for reconhecido em sentença declaratória,
independentemente de autorização legal do ente tributante.

(D) O mandado de segurança constitui ação adequada para declarar o direito à


compensação tributária, mas não para convalidar compensação já realizada pelo
contribuinte.

(E) É incompatível com a Constituição o artigo da Lei de Execução Fiscal que afirma
incabível o recurso de apelação em casos de execução fiscal cujo valor seja inferior a 50
ORTN, por limitar ao contribuinte o acesso ao segundo grau de jurisdição.

Letra D

Vou colocar aqui os comentários que fiz sobre a prova para que vocês percebam que
todas as alternativas estão ligadas à jurisprudência:

A) INCORRETA: De acordo com o disposto no art. 174, I do CTN é o despacho do juiz que
ordenar a citação em execução fiscal e não sua citação, contudo, após o recebimento
da inicial, a prescrição, agora intercorrente, pode ser interrompida pela citação, conforme
decidido pelo Superior Tribunal de Justiça ao julgar o Resp 1.340.553, sob o rito dos recursos
repetitivos.

B) INCORRETA: Ainda que sejam os embargos a principal peça de defesa do devedor, não
é exclusiva, posto que esse pode defender-se, naquelas matérias conhecíveis de ofício
que não demandem dilação probatória pela via da exceção de pré-executividade (STJ,
Sum 303) ou mesmo por via de ações antiexacionais, como a anulatória de lançamento,
declaratória de inexistência de débito ou mesmo mandado de segurança.

C) INCORRETA: Ainda que a opção transcreva parcialmente a súmula 461 do Superior


Tribunal de Justiça1ignora que mesmo nos casos previstos em súmula a jurisprudência exige
a presença de lei da pessoa política autorizando a compensação (STJ, Inf 447)2.

1 O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença
declaratória transitada em julgado.
2 A compensação de débitos tributários com precatórios vencidos, não pagos e adquiridos de terceiro, só é possível, à luz do art. 170

do CTN, quando houver lei específica autorizadora. AgRg nos EDcl no RMS 035581/PR,Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA
,Julgado em 23/06/2016,DJE
19/08/2016

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D) CORRETA: a opção reflete a junção de dois entendimentos sumulados pelo STJ, o da


súmula 213 (O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do
direito à compensação tributária) e 460 (É incabível o mandado de segurança para
convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte).

E) INCORRETA: a matéria foi objeto do tema de repercussão geral 0408 (ARE 637975) onde
o Supremo Tribunal Federal decidiu que “É compatível com a Constituição o art. 34 da Lei
6.830/1980, que afirma incabível apelação em casos de execução fiscal cujo valor seja
inferior a 50 ORTN.”

Para direito tributário a leitura de informativos é essencial, mas também não deixe de
acompanhar o “jurisprudência em teses” do Supremo Tribunal Federal pois as bancas tem
tirado algumas questões de teses divulgadas ali.

Mas a base da maioria esmagadora das questões de direito tributário é a lei seca,
presente em 70% (setenta por cento) das questões analisadas.

Há uma certa ordem de preferência das bancas em termos de fontes, e “pasmem


Excelência” não é o Código Tributário Nacional, mas sim a Constituição Federal.

A Constituição de 1988 foi muito, mas muito detalhista nas questões tributárias descendo
às minúcias de definir a forma que serão fixadas alíquotas de determinados tributos (CF,
art. 149, §2º, III) por isso é essencial a leitura da Constituição como fonte primária do direito
tributário, sempre referenciando a leitura pela jurisprudência, e por isso, recomendo o uso
do nosso Vade Mecum estratégico para otimizar o seu estuado.

O Código Tributário Nacional é importante, claro, mas conheça primeiro a Constituição


para poder identificar com mais certeza as normas do CTN que não foram recepcionadas
e, meus futuros colegas, são várias essas normas.

Além da CF e do CTN é essencial a leitura de mais duas normas a Lei Complementar 87/96
e a Lei Complementar 116/03 que dispõe, respectivamente, sobre o ICMS e o ISS.

Mas vamos aos principais itens da nossa ementa.

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3.2 – Sistema Tributário Nacional (noções introdutórias, conceito e


classificação)

Este conteúdo aparece em 5% (cinco por cento) das questões analisadas e para mim é o
melhor custo x benefício de todos pois, em verdade, são apenas dois artigos do Código
Tributário Nacional que são cobrados.

Aqui temos os conceitos elementares do direito tributário como o conceito legal de tributo
(CTN, art. 3º) e a sua natureza jurídica (CTN, art. 4º) além da classificação dos tributos (reais,
pessoais, direitos e indiretos, etc) que é matéria doutrinária.

Além disso, nesse tópico podemos enquadrar as espécies tributárias de modo geral,
especialmente a adoção pelo Supremo Tribunal Federal da teoria quinquepartite,
quinquepartida ou pentapartite classificando as espécies tributárias em cinco:

Espécie Tributária Previsão


Constitucional
Impostos Arts. 153, 154, 155 e
156
Taxas Art. 145, II
Contribuições de Melhoria Art. 145, III
Empréstimo Compulsório Art. 148
Contribuições Especiais:
1. Sociais: Art. 149, Art. 195, art.
239
1. Gerais (Latu Sensu)
2. Para o Custeio da Seguridade Social

1. De Intervenção no Domínio Econômico Art. 149

1. Para o Custeio da Iluminação Pública Art. 149-A

1. De Interesse de Categorias Econômicas e profissionais Art. 149

1. Para o custeio da previdência dos servidores públicos Art. 149, § 1º

3.3 – Limitações constitucionais ao poder de tributar e competência

Como decorrência da existência de um Sistema Tributário Nacional devem existir as


limitações constitucionais à esse poder de tributar, e aqui temos o nosso segundo tema
mais cobrado, com 16% (dezesseis por cento) das questões analisadas.

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Aqui, a cobrança envolve tanto aspectos doutrinários básicos, como a letra fria da
Constituição Federal e os muitos julgados sobre o tema.

Assim, o aluno necessariamente precisa atacar 100% (cem por cento) do material em PDF
e aprofundar bem os assuntos em um estudo pré-edital.

Não esqueça também que o Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 939-7/DF
considerou cláusula pétrea a garantia constitucional assegurada ao contribuinte no art.
150, III, b, da Constituição Federal, que dispõe sobre a garantia da anterioridade tributária,
reconhecendo que as limitações constitucionais ao poder de tributar representam direitos
fundamentais, e como tal devem ser interpretados.

Minha sugestão de leitura da letra fria da Constituição Federal é a revisão através do nosso
vade mecum estratégico, com o destaque da incidência de provas da magistratura
estadual, grifos e julgados relevantes.

Ainda que as limitações constitiucionais não estejam limitadas ao art. 150 da Constituição
esse artigo é uma grande zona de calor de cobranças, por isso, revisão constante dele e
dos julgados do Supremo Tribunal Federal sobre ele.

3.4 – Fontes, interpretação e integração da legislação tributária

Este tema foi cobrado em 5% (cinco por cento) em provas da magistratura estadual nos
últimos cinco anos.

É um tema essencialmente doutrinário, mas a sua cobrança tem sido focada na letra fria
do Código Tributário Nacional.

Assim, recomenda-se o estudo dos artigos 100 a 112 do CTN, apenas com a letra fria da lei
e a resolução de muitas questões objetivas.

Aqui futuros colegas, não há outra opção, tem de decorar os artigos, especialmente
aqueles que tem mais incidência, como é o caso do art. 106 e art. 111 do CTN.

Mais uma vez recomendo o estudo deste tema através do nosso vade mecum estratégico
disponível aos assinantes do Estratégia Carreiras Jurídicas.

3.5 – Obrigação tributária

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O capítulo III do Código Tributário Nacional tem incidência em 8% (oito por cento) das
questões analisadas, um ótimo custo x benefício já que a cobrança tem sido focada na
lei seca e o tópico compreende apenas vinte e cinco artigos do CTN.

Aqui temos de dividir a cobrança entre temas.

Obrigação tributária propriamente dita (Art. 113 até art. 127) envolve basicamente a letra
fria da lei (Código Tributário Nacional), sem incursões pela doutrina e jurisprudência. Aqui
as bancas são recorrentes em cobranças envolvendo dois artigos:

Art. 113: (TJ-AC - 2019) (TJ-CE - 2018) (TJ-MS - 2015) (TJ-PI - 2015) (TJ-PR - 2019) (TJ-RJ -
2016) (TJ-SC - 2017)
Art. 121: (TJ-CE - 2018) (TJ-BA - 2019) (TJ-GO - 2015) (TJ-PI - 2015) (TJ-MS - 2015) (TJ-PR -
2019)

Aqui eu sugiro que o estudo seja focado no vade mecum estratégico com bastante
atenção quanto aos artigos 113 a 127. Naturalmente, o futuro colega precisa redigir muitas
questões objetivas para treinar e verificar exatamente onde está errando.

A questão muda um pouco de rumo quando analisamos as questões envolvendo


responsabilidade tributária (Art. 128 à Art. 138) pois aqui além da sempre presente lei seca
passamos a ter uma influência maior da jurisprudência como fonte de questões.

A minha dica é conhecer as súmulas e os julgamentos repetitivos do Superior Tribunal de


Justiça que tem sido uma relevante fonte de questões envolvendo responsabilidade
tributária.

Para lhe ajudar deixo aqui os temas repetitivos por seus números, material que venho
compilando há algum tempo:

97 A simples falta de pagamento do tributo não configura, por si só, nem em Sumula
tese, circunstância que acarreta a responsabilidade subsidiária do sócio,
prevista no art. 135 do CTN. É indispensável, para tanto, que tenha agido 430
com excesso de poderes ou infração à lei, ao contrato social ou ao estatuto
da empresa.
103 Se a execução foi ajuizada apenas contra a pessoa jurídica, mas o nome
do sócio consta da CDA, a ele incumbe o ônus da prova de que não ficou
caracterizada nenhuma das circunstâncias previstas no art. 135 do CTN, ou
seja, não houve a prática de atos 'com excesso de poderes ou infração de
lei, contrato social ou estatutos'.
104 A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal Sumula
relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem
dilação probatória. 393

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107 O encargo de 20% previsto no DL n. 1.025/1969 é exigível na execução fiscal Sumula


proposta contra a massa falida.
400
108 Não cabe exceção de pré-executividade em execução fiscal promovida Sumula
contra sócio que figura como responsável na Certidão de Dívida Ativa -
CDA. 393
161 Nos casos em que a substituta tributária (a montadora/fabricante de
veículos) não efetua o transporte, nem o engendra por sua conta e ordem,
o valor do frete não deve ser incluído na base de cálculo do imposto.
334 (...) que trata da responsabilidade dos sócios em face do disposto no art. 13
da Lei 8.620/93. Na vigência de tal dispositivo (posteriormente revogado de
modo expresso pelo art. 79, VII, da Lei 11.941/09), já havia entendimento
desta 1ª Seção segundo o qual, mesmo em se tratando de débitos para
com a Seguridade Social, a responsabilidade pessoal dos sócios das
sociedades por quotas de responsabilidade limitada, prevista no art. 13 da
Lei 8.620/93, só existe, quando presentes as condições estabelecidas no art.
135, III do CTN. Há, todavia uma razão superior, mais importante que todas
as outras, a justificar a inexistência da responsabilidade do sócio, em casos
da espécie: o STF, no julgamento do RE 562.276, ocorrido em 03.11.10,
relatora a Ministra Ellen Gracie, declarou a inconstitucionalidade do art. 13
da Lei 8.620/93, tanto por vício formal (violação ao art. 146, III, da
Constituição Federal), como por vício material (violação aos arts.. 5º, XIII, e
170, parágrafo único, da Constituição Federal). O julgamento do recurso
extraordinário se deu sob o regime do art. 543-B do CPC, o que confere
especial eficácia vinculativa ao precedente e impõe sua adoção imediata
em casos análogos (...).
382 A responsabilidade tributária do sucessor abrange, além dos tributos Sumula
devidos pelo sucedido, as multas moratórias ou punitivas, que, por
representarem dívida de valor, acompanham o passivo do patrimônio 554
adquirido pelo sucessor, desde que seu fato gerador tenha ocorrido até a
data da sucessão.
702 A mera decretação da quebra não implica extinção da personalidade
jurídica do estabelecimento empresarial. Ademais, a massa falida tem
exclusivamente personalidade judiciária, sucedendo a empresa em todos
os seus direitos e obrigações. Em consequência, o ajuizamento contra a
pessoa jurídica, nessas condições, constitui mera irregularidade, sanável
nos termos do art. 284 do CPC e do art. 2º, § 8º, da Lei 6.830/1980.
703 O entendimento de que o ajuizamento contra a pessoa jurídica cuja
falência foi decretada antes do ajuizamento da referida execução fiscal
"constitui mera irregularidade, sanável nos termos do art. 284 do CPC e do
art. 2º, § 8º, da Lei 6.830/1980 não viola a orientação fixada pela Súmula 392
do Superior Tribunal Justiça, mas tão somente insere o equívoco ora
debatido na extensão do que se pode compreender por 'erro material ou
formal', e não como 'modificação do sujeito passivo da execução',
expressões essas empregadas pelo referido precedente sumular.

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1049 “A execução fiscal pode ser redirecionada em desfavor da empresa


sucessora para cobrança de crédito tributário relativo a fato gerador
ocorrido posteriormente à incorporação empresarial e ainda lançado em
nome da sucedida, sem a necessidade de modificação da Certidão de
Dívida Ativa, quando verificado que esse negócio jurídico não foi informado
oportunamente ao fisco”.

3.6 – Crédito (lançamento, suspensão, extinção, exclusão e garantias)

É o nosso terceiro tópico com exigido, com 15% (quinze por cento) das questões
analisadas.

Aqui entendo que o estudo deve ser aprofundado envolvendo todo o material em PDF,
pois crédito tributário é um tema extenso (artigos 139 a 182 do CTN) e apesar de a
cobrança ser essencialmente baseada na letra fria da lei há uma presença muito forte da
jurisprudência, especialmente em temas como prescrição e decadência e pagamento
indevido.

( FCC - 2021 - TJ-GO) - Juiz Substituto Relativamente aos impostos lançados de ofício, tal
como ocorre com o IPTU, em diversos Municípios brasileiros, o Código Tributário Nacional
estabelece que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se
após cinco anos, contados

A) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado, ou da data da ocorrência do fato gerador, de acordo com a maior ou menor
proximidade com o momento da ocorrência do fato gerador, configurando-se, assim, a
prescrição tributária.

B) da data da ocorrência do fato gerador, desde que não tenha ocorrido dolo, fraude ou
simulação do sujeito passivo, configurando-se, assim, a decadência tributária.

C) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado, ou da data da ocorrência do fato gerador, de acordo com o que for mais
favorável, em cada caso, ao sujeito passivo, configurando-se, assim, a decadência
tributária.

D) da data da ocorrência do fato gerador, configurando-se, assim, a prescrição tributária.

E) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado, configurando-se, assim, a decadência tributária.

Letra E

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Assim, entendo que o estudo deve ser baseado no PDF integral e complementado pela
leitura e memorização dos artigos 139 a 182 do CTN através do nosso vade mecum
estratégico.

Quanto ao domínio essencial, necessário entender:

a) diferenças e hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário;

b) lançamento, modalidades e distinções;

Para fins de organizar o seu estudo é interessante o uso do Vade Mecum Estratégico pois
ali indicaremos não só a incidência de questões em cada artigo, mas também a presença
de julgados relevantes.

Como é de regra em tópicos com muitos artigos a cobrança das bancas tende a ser
difusa, mas podemos identificar algumas zonas de concentração em determinados
artigos que podem ajudar a orientação do seu estudo especialmente no pós edital:

Suspensão do CT:
Art. 151
Art. 155-A
Extinção do CT:
Art. 156
Art. 165
Exclusão do CT
Art. 178

3.7 – Tributos Federais

O conteúdo envolvendo os tributos federais naturalmente possui uma baixa cobrança em


concursos da magistratura estadual, já que as bancas de concursos procuram cobrar em
provas temas relacionados aos cargos que aqueles candidatos irão exercer.

Assim, naturalmente (e os gráficos de Direito Tributário bem mostram essa conclusão), a


imensa maioria das questões envolvem os tributos estaduais municipais, com baixa

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incidência de tributos federais que são somente 5% (cinco por cento) das questões
analisadas.

É certo que o estudo dos tributos federais não pode ser deixado de lado, mas analisando
as questões é possível observar apenas o estudo dos aspectos constitucionais dos tributos
federais (IPI, IR, ITR), bem como aspectos relacionados à competência tributária é
suficiente, sendo raríssimas as questões envolvendo diretamente a legislação federal.

DISTRIBUIÇÃO CONSTITUCIONAL DOS IMPOSTOS


UNIÃO – CF/88 Art. 153
 Importação de produtos estrangeiros (I.I.)
 Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados
(I.E.).
 Renda e proventos de qualquer natureza (I.R.)
 Produtos industrializados (I.P.I.)
 Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou
valores mobiliários (I.O.F.).
 Propriedade territorial rural (I.T.R.)
 Grandes fortunas, nos termos de lei complementar (I.G.F.).

ESTADOS E DISTRITO FEDERAL Art. 155


 Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos
(I.T.C.M.D.).
 Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior (I.C.M.S.).
 Propriedade de veículos automotores (I.P.V.A.)

MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL Art. 156


 Propriedade predial e territorial urbana (I.P.T.U.)
 Transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua
aquisição (I.T.B.I.).
 Serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II,
definidos em lei complementar (I.S.S).

Renovo a importância da leitura e revisão Constituição Federal com a memorização da


letra fria da lei no que tange ao sistema tributário nacional (artigos 145 a 162 da CF/88).

Claro, se você estiver conciliando o estudo para a magistratura federal com os concursos
da magistratura estadual você deve aprofundar a doutrina e jurisprudência dos tributos
federais, dada a importância deste tema para aquele ramo da magistratura.

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3.8 – Tributos Estaduais

Tema mais cobrado em direito tributário, com 21% (vinte e um por cento) de todas as
questões analisadas, o que nos garante a quase certeza de que pelo menos uma, talvez
até duas, questões da tua prova objetiva serão sobre impostos estaduais.

E, analisando cada item cobrado, percebemos também uma tendência à cobrança dos
aspectos constitucionais de cada tributo, sem incursões na legislação local, o que é ótimo
pois lhe permite estudar impostos estaduais de forma aplicar o estudo em todos os estados.

Há uma clara dominância do ICMS sobre os demais impostos estaduais (IPVA, ITCMD)
sendo esse isoladamente o tema mais cobrado quando separamos os itens de forma mais
profunda, e aqui deixo claro, ICMS não é o tema mais cobrado do tópico tributos
estaduais, ICMS é o tema mais cobrado em direito tributário e esteve presente em todas
as provas da magistratura de 2020, 2021 e 2022.

A base da cobrança sobre impostos estaduais é a literalidade da Constituição Federal,


em relação ao ITCMD e IPVA, em relação ao ICMS temos muito poucas questões
envolvendo a LC 87/96 sendo a grande maioria focadas na literalidade da Constituição.

Mas em relação ao ICMS temos várias questões envolvendo jurisprudência por isso reforce
os informativos do STF e do STJ, bem como não deixo de estudar o “jurisprudência em
teses” do Superior Tribunal de Justiça.

Para a jurisprudência não deixe de estudar a súmulas do Superior Tribunal de Justiça e do


Supremo Tribunal Federal :

Súmula 135 - O ICMS não incide na gravação e distribuição de filmes e videoteipes.


Súmula 163 do STJ – O fornecimento de mercadorias com simultânea prestação de
serviços em bares, restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do
ICMS a incidir sobre o valor total da operação.
Súmula 166 do STJ: “não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de
mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.”
Súmula 350 do STJ: “O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação de telefone
celular
Súmula 237 - Nas operações com cartão de crédito, os encargos relativos ao
financiamento não são considerados no cálculo do ICMS.
Súmula 395 - O ICMS incide sobre o valor da venda a prazo constante da nota fiscal.
STJ: Súmula 509 - É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS
decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a
veracidade da compra e venda.

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Súmula 585, STJ - A responsabilidade solidária do ex-proprietário, prevista no art. 134 do


Código de Trânsito Brasileiro CTB, não abrange o IPVA incidente sobre o veículo
automotor, no que se refere ao período posterior à sua alienação.
Súmula 331, STF: É legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no
inventário por morte presumida.
Súmula 112 do STF: “O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota
vigente ao tempo da abertura da sucessão.”
Súmula 116 do STF: “em desquite ou inventário, é legítima a cobrança do chamado
imposto de reposição, quando houver desigualdade nos valores partilhados.”
Súmula 573, STF: Não constitui fato gerador do imposto de circulação de mercadorias
a saída física de máquinas, utensílios e implementos a título de comodato.

Aqui, importante ainda memorizar os percentuais de repartição das receitas tributárias ao


Município. Qual o percentual do ICMS, ITCMD ou IPVA que o Município tem direito? Não é
um tópico com grande incidência, mas vale a pena a leitura do Art. 158 da CF/88.

IPVA (CF, art. 158, III): Pertencem aos municípios 50% da arrecadação do IPVA dos
veículos licenciados em seu território.

ICMS (CF, art. 158, IV): Pertencem aos Municípios 25% produto da arrecadação do
ICMS sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Esses valores
serão creditadas conforme os seguintes critérios: I - 65% (sessenta e cinco por cento),
no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de
mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) II - até 35% (trinta e cinco por cento),
de acordo com o que dispuser lei estadual, observada, obrigatoriamente, a
distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de
melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o
nível socioeconômico dos educandos.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
108, de 2020)

3.9 – Tributos Municipais

Este o 4º tópico mais cobrado em Direito Tributário representando 12% (doze por cento) de
todas as questões analisadas.

Assim como os tributos estaduais as cobranças relativas ao IPTU e ITBI são focadas no texto
da Constituição, e algumas questões de ISS cobram a LC 116/03, geralmente

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preocupadas em questões envolvendo a competência decorrente do local da prestação


de serviços.

O IPTU além da Constituição tem uma relevante cobrança no art. 32 do CTN que delimita
o imposto de forma nacional. Em IPTU temos uma presença relevante de jurisprudência,
por isso atenção ao jurisprudência em teses e nos informativos e súmulas, como as abaixo
que foram todas objeto de cobrança nos últimos cinco anos:

Súmula 589. É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto predial e


territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte.
Súmula 539 do STF – É constitucional a lei do município que reduz o imposto predial
urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro.
súmula 160 do STJ de que “É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto,
em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.”
Súmula 397 do STJ “O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do
carnê ao seu endereço.” (Tema/Repetitivo 116)
Súmula 614 - O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-
tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito
desses tributos.
STJ, SUM, 626 - A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei
local como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência
dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN).
Tema/Repetitivo 174: Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana
do Município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa,
vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966).
Tema/Repetitivo 122: 1-Tanto o promitente comprador (possuidor a qualquer título) do
imóvel quanto seu proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade
registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento do
IPTU; 2-cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU.
Jurisprudência em tese:
2) O cessionário de direito uso de imóvel público não é contribuinte do IPTU, pois detém
a posse mediante relação de natureza pessoal, sem animus domini. (STJ, AgRg no
AREsp 535846/RJ)
8) O usufrutuário de imóvel urbano possui legitimidade ativa para questionar o IPTU.(
STJ, AgRg no REsp 737585/RJ)
10) A publicação oficial da planta de valores imobiliários é obrigatória para fins de
apuração da base de cálculo do IPTU. (STJ, AgRg no AREsp 719474/SP)

3.10 – Processo administrativo tributário e Administração Tributária

Tema com incidência em 6% (seis por cento) das questões analisadas, sendo que quanto
ao processo administrativo tributário, o estudo é bastante objetivo: letra fria da lei, o que
cria um ótimo custo benefício pois são poucos os artigos do Código Tributário Nacional.

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De um lado, precisamos estudar e memorizar no PRÉ EDITAL os artigos 205 e seguintes do


CTN, relativos à certidão negativa de tributos.

Recomendo fortemente que este estudo seja feito com base no nosso vade mecum
estratégico, aliado ao estudo de algumas súmulas e precedentes vinculantes:

Súmula 70: É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para


cobrança de tributos.
Súmula 323: É inadmissível a apreensão de mercadoria como meio coercitivo para
pagamento de tributos.

Súmula 547: Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte adquira estampilhas,
despache mercadorias nas alfândegas e exerça as suas atividades profissionais.
Súmula 439 do STF “estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária, quaisquer
livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.”
Tema 031 da RG-STF: É inconstitucional o uso de meio indireto coercitivo para pagamento
de tributo – “sanção política” –, tal qual ocorre com a exigência, pela Administração
Tributária, de fiança, garantia real ou fidejussória como condição para impressão de notas
fiscais de contribuintes com débitos tributários.
Tema 732 - “É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização
profissional do exercício laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a
medida consiste em sanção política em matéria tributária.”
Súmula 392 do STJ: “A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até
a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.”

Para Em provas discursivas é interessante o estudo da questão do sigilo fiscal, pois com o
advento da LC nº 105, de 10/01/2001 foi autorizado expressamente (§ 3º, art. 1º e art. 6º)
às autoridades fazendárias o acesso aos dados do contribuinte para os fins de
identificação e quantificação do encargo fiscal, independente de ordem judicial. Nesse
caso o STF (RE 476473, j. 02/12/2016) entendeu que não há propriamente uma quebra do
sigilo, mas sim a transferência do sigilo bancário para o sigilo fiscal (CTN, art. 198)
permanecendo resguardadas a intimidade e a vida privada do correntista, exatamente
como determina o art. 145, § 1º, da CF.

3.11 – Processo Judicial

É um tema de incidência média com 7% (sete por cento) das questões analisadas.

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O tema envolve ações de repetição de indébito, anulatória e mandado de segurança


em matéria tributária. Contudo, a grande cobrança está em Execução Fiscal e Medida
Cautelar Fiscal.

O conteúdo é em boa medida cobrado com a letra fria da lei e algumas poucas questões
com a cobrança de súmulas ou julgados consolidados dos tribunais superiores.

Assim, recomenda-se o aprofundamento do tema execução fiscal através aula específica


no pacote magistratura estadual com o acompanhamento da aula através do vade
mecum estretégico.

Façam também muitas questões e reflitam sobre as hipóteses de cobrança destes temas
em eventual segunda ou terceira fase.

Por fim, destaco algumas sumulas e precedentes que não podem ficar de fora do seu
estudo:

Execução Fiscal

STJ – Súmula 58. Proposta a execução fiscal, a posterior mudança de domicílio do


executado não desloca a competência já fixada.

Súmula 392 – STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até
a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.

STJ - Súmula 393 - A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal


relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.

Súmula 394 STJ “É admissível, em embargos à execução, compensar os valores de


imposto de renda retidos indevidamente na fonte com os valores restituídos apurados na
declaração anual.”

STJ, Súmula 515 - A reunião de execuções fiscais contra o mesmo devedor constitui
faculdade do Juiz.
Súmula 558-STJ: Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indeferida
sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.

Súmula 559-STJ: Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição


inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto
no art. 6º da Lei n. 6.830/1980.

Ação Repetição de indébito:

Súmula STJ. 162 - Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir
do pagamento indevido. (DJ 19.06.1996)

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Súmula STJ 188 - Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são devidos a
partir

Súmula STJ 523 - A taxa de juros de mora incidente na repetição de indébito de tributos
estaduais deve corresponder à utilizada para cobrança do tributo pago em atraso, sendo
legítima a incidência da taxa Selic, em ambas as hipóteses, quando prevista na legislação
local, vedada sua cumulação com quaisquer outros índices.

Súmula STJ 614 - O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-
tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses
tributos.

Súmula STJ 625 - O pedido administrativo de compensação ou de restituição não


interrompe o prazo prescricional para a ação de repetição de indébito tributário de que
trata o art. 168 do CTN nem o da execução de título judicial contra a Fazenda Pública.

Mandado de segurança

Súmulas STJ. 212 - A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação
cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória. (DJ 02.10.1998. Redação
alterada – DJ 23/05/2005)

Súmulas STJ, 213 - O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração
do direito à compensação tributária. (DJ 02.10.1998)

Súmulas STJ. 460 - É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação


tributária realizada pelo contribuinte. (DJEletrônico 08/09/2010)

Temas Repetitivos

Tema Repetitivo 108 - Não cabe exceção de pré-executividade em execução fiscal


promovida contra sócio que figura como responsável na Certidão de Dívida Ativa - CDA.

Tema Repetitivo 262 - A prescrição, causa extintiva do crédito tributário, é passível de ser
veiculada em exceção de pré-executividade, máxime quando fundada na
inconstitucionalidade.

Tese Repetitiva 82 A citação válida, ainda que por edital, tem o condão de interromper o
fluxo do prazo prescricional.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final desta aula! Continuaremos com o Estudo Estatístico das demais
disciplinas nas aulas respectivas. Nesta aula você pôde ver como a disciplina-tema incide
nas provas.

Quaisquer dúvidas, sugestões, críticas ou mesmo elogios, não hesite em entrar em contato
conosco. Estamos disponíveis, sempre, no Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno.

Até a próxima!

Igor Maciel

Paulo H M Sousa

Rogerio de Vidal Cunha

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