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Autor:
Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal
Cunha
20 de Abril de 2022
Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal Cunha
Aula 18
Sumário
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Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal Cunha
Aula 18
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 – APRESENTAÇÃO
Sejam bem-vindos(as) ao COMO ESTAR PARA A MAGISTRATURA ESTADUAL. É com imensa satisfação
que damos início a esse curso tão aguardada e pedida pelos nossos alunos.
Enfim, são anos de dedicação em concursos e na área jurídica, federal, estadual e municipal,
sempre tentando aliar teoria e prática – e lá se vão 22 ótimos anos focados no direito! .
http://bit.ly/profrogeriocunha
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Além do mais, lembro que sempre estamos disponíveis, para você, aluno Estratégia, no
Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno:
t.me/profigormaciel
prof.phms@estrategiaconcursos.com.br
ProfPauloSousa
@prof.phms
@prof.phms
t.me/prof.phms
@Profrogeriocunha
t.me/profrogeriocunha
rogeriocunha1976@gmail.com
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Nesta aula, analisaremos a incidência das questões de DIREITO TRIBUTÁRIO nas provas do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. A partir da análise geral vista na aula
introdutória, como essa matéria é cobrada nesse certame?
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O Direito Tributário pode ser visto a partir da ementa-padrão abaixo. Sabemos que toda
classificação é sujeita a críticas e certamente há quem não concordará com a divisão
proposta. Essa ementa e essas divisões foram feitas a partir de uma discussão longa e
aprofundada com os professores da área durante vários meses. Não é perfeita, mas,
meramente ideal.
A divisão é didática e pensada a partir de uma estrutura maior, de análise do todo. Essa
divisão e essa classificação se harmonizam em todas as Carreiras Jurídicas, de modo a
trazer uma parametrização objetiva.
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4. Obrigação tributária
Fato gerador. Obrigação principal e acessória: Fato gerador. Sujeito ativo e sujeito passivo.
Capacidade tributária. Domicílio tributário. Responsabilidade tributária. Solidariedade.
Responsabilidade dos sucessores. Responsabilidade por infrações. Regra da incidência
tributária. Hipótese tributária e fato jurídico tributário. Acepção de "fato gerador". O fato
gerador segundo as prescrições do Código Tributário Nacional. Relação jurídica tributária.
Obrigação tributária no Código Tributário Nacional: principal e acessória. Sujeito ativo e
passivo. Sujeito passivo e solidariedade. Contribuinte e responsável. Definição da dívida
tributária: base de cálculo e alíquota. Infrações e sanções tributárias. Espécies de infrações
tributárias. A fraude à lei e o abuso de direito no ordenamento jurídico tributário. Infrações
no Código Tributário Nacional. Responsabilidade dos sucessores e de terceiros. Tipicidade,
vinculabilidade tributária e denúncia espontânea. Fraude à execução.
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6. Tributos federais
7. Tributos estaduais
Tributos estaduais. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD). Imposto
sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Prestação de Serviços de Telecomunicações e de Transporte Intermunicipal
e Interestadual (ICMS). Incentivos Fiscais do ICMS.
8. Tributos municipais
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Processo judicial tributário. Execução fiscal. Cautelar fiscal. Mandado de segurança. Ação
de repetição de indébito. Anulatória de débito fiscal. Ação declaratória. Ação de
consignação em pagamento. Ações de natureza tributária. As Execuções Fiscais.
2. ANÁLISE QUANTITATIVA
Dentro desta matéria existem 4 tipos de gráficos, os dois primeiros referem-se ao estilo de
cobrança na matéria específica (Lei, doutrina, jurisprudência ou Legislação Local), tanto
em percentuais como em valores absolutos.
Direito Tributário - %
Legislação Local
0%
Jurisprudência
34%
Lei
46%
Doutrina
20%
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50
39
40
30
23
20
10 ==10be0c==
0
0
Lei Doutrina Jurisprudência Legislação Local
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Tributos estaduais 0%
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Obrigação tributária 24
Tributos municipais 16
Tributos federais 12
Tributos estaduais 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Feitas essas análises estatísticas quantitativas, é chegada a hora de fazer uma análise
qualitativa e estabelecer um parecer a respeito desta disciplina na sua carreira. Vamos
lá?
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3.1 – Introdução
O Direito Tributário é uma das matérias mais importantes no estudo para a magistratura
paulista. E digo isso com base na análise estatística das provas dos últimos 5 concursos.
, mas quem me conhece sabe que sou suspeito já que leciono a matéria há mais de 15
anos.
Vamos começar com a sua primeira dúvida: devo me preocupar com esses 2% (dois por
cento) de questões envolvendo legislação local?
(FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de Direito Substituto) A empresa 123 Camisetas Ltda., sediada no
Amapá e atuante no ramo varejista de venda de camisetas, deixou de atualizar dentro do
prazo exigido em Resolução do Secretário do Estado de Fazenda certos dados cadastrais
referentes ao ICMS. A empresa possui também um débito tributário estadual em fase de
execução fiscal, na qual realizou o depósito do montante integral em dinheiro. Pendente
ainda a atualização dos dados cadastrais, e à luz da lei estadual nº 400/1997, poderá ser
fornecida:
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Letra D
Em direito tributário a doutrina esteve presente em 10% (dez por cento) das questões
analisadas. Mas sempre tenha em mente que a Res 75/09 do CNJ exige sempre doutrina
pacificada, por isso não espere doutrina baseada em teorias divergentes ou minoritárias,
espere conceitos fundamentais do direito tributário, seus princípios e classificações.
Mas cuidado!!! Dizer que se trata de doutrina pacificada não significa dizer questões
simples, por ex., o TJPR de 2019 fez questão complexa envolvendo a doutrina de Paulo de
Barros Carvalho sobre os aspectos da regra matriz de incidência.
Letra A
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Momento da
Aspecto Temporal QUANDO? tributação
A jurisprudência é uma fonte importante de cobrança para as bancas tanto que presente
em 18% (dezoito por cento) das questões analisadas. Assim como outras disciplinas em
que ocorre um grande hiato entre a lei base (CTN, CPP, CLT etc..) e a Constituição de 1988
a jurisprudência assume esse papel de moderador entre os regimes jurídicos distintos que
tem de ser conciliados.
Por isso a jurisprudência é tão relevante em direito tributário já que o Código Tributário
Nacional é de 1966, elaborado à luz do sistema constitucional tributário da Constituição
de 1946 e um Brasil muito diferente daquele de 1988.
A prova do TJMS de 2020 tinha mais de 80% das alternativas envolvendo jurisprudência,
como é o exemplo da questão abaixo:
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(C) O contribuinte pode optar por receber o indébito tributário por compensação ou por
precatório, quando o indébito tributário for reconhecido em sentença declaratória,
independentemente de autorização legal do ente tributante.
(E) É incompatível com a Constituição o artigo da Lei de Execução Fiscal que afirma
incabível o recurso de apelação em casos de execução fiscal cujo valor seja inferior a 50
ORTN, por limitar ao contribuinte o acesso ao segundo grau de jurisdição.
Letra D
Vou colocar aqui os comentários que fiz sobre a prova para que vocês percebam que
todas as alternativas estão ligadas à jurisprudência:
A) INCORRETA: De acordo com o disposto no art. 174, I do CTN é o despacho do juiz que
ordenar a citação em execução fiscal e não sua citação, contudo, após o recebimento
da inicial, a prescrição, agora intercorrente, pode ser interrompida pela citação, conforme
decidido pelo Superior Tribunal de Justiça ao julgar o Resp 1.340.553, sob o rito dos recursos
repetitivos.
B) INCORRETA: Ainda que sejam os embargos a principal peça de defesa do devedor, não
é exclusiva, posto que esse pode defender-se, naquelas matérias conhecíveis de ofício
que não demandem dilação probatória pela via da exceção de pré-executividade (STJ,
Sum 303) ou mesmo por via de ações antiexacionais, como a anulatória de lançamento,
declaratória de inexistência de débito ou mesmo mandado de segurança.
1 O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença
declaratória transitada em julgado.
2 A compensação de débitos tributários com precatórios vencidos, não pagos e adquiridos de terceiro, só é possível, à luz do art. 170
do CTN, quando houver lei específica autorizadora. AgRg nos EDcl no RMS 035581/PR,Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA
,Julgado em 23/06/2016,DJE
19/08/2016
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Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal Cunha
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E) INCORRETA: a matéria foi objeto do tema de repercussão geral 0408 (ARE 637975) onde
o Supremo Tribunal Federal decidiu que “É compatível com a Constituição o art. 34 da Lei
6.830/1980, que afirma incabível apelação em casos de execução fiscal cujo valor seja
inferior a 50 ORTN.”
Para direito tributário a leitura de informativos é essencial, mas também não deixe de
acompanhar o “jurisprudência em teses” do Supremo Tribunal Federal pois as bancas tem
tirado algumas questões de teses divulgadas ali.
Mas a base da maioria esmagadora das questões de direito tributário é a lei seca,
presente em 70% (setenta por cento) das questões analisadas.
A Constituição de 1988 foi muito, mas muito detalhista nas questões tributárias descendo
às minúcias de definir a forma que serão fixadas alíquotas de determinados tributos (CF,
art. 149, §2º, III) por isso é essencial a leitura da Constituição como fonte primária do direito
tributário, sempre referenciando a leitura pela jurisprudência, e por isso, recomendo o uso
do nosso Vade Mecum estratégico para otimizar o seu estuado.
Além da CF e do CTN é essencial a leitura de mais duas normas a Lei Complementar 87/96
e a Lei Complementar 116/03 que dispõe, respectivamente, sobre o ICMS e o ISS.
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Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal Cunha
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Este conteúdo aparece em 5% (cinco por cento) das questões analisadas e para mim é o
melhor custo x benefício de todos pois, em verdade, são apenas dois artigos do Código
Tributário Nacional que são cobrados.
Aqui temos os conceitos elementares do direito tributário como o conceito legal de tributo
(CTN, art. 3º) e a sua natureza jurídica (CTN, art. 4º) além da classificação dos tributos (reais,
pessoais, direitos e indiretos, etc) que é matéria doutrinária.
Além disso, nesse tópico podemos enquadrar as espécies tributárias de modo geral,
especialmente a adoção pelo Supremo Tribunal Federal da teoria quinquepartite,
quinquepartida ou pentapartite classificando as espécies tributárias em cinco:
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Aqui, a cobrança envolve tanto aspectos doutrinários básicos, como a letra fria da
Constituição Federal e os muitos julgados sobre o tema.
Assim, o aluno necessariamente precisa atacar 100% (cem por cento) do material em PDF
e aprofundar bem os assuntos em um estudo pré-edital.
Não esqueça também que o Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 939-7/DF
considerou cláusula pétrea a garantia constitucional assegurada ao contribuinte no art.
150, III, b, da Constituição Federal, que dispõe sobre a garantia da anterioridade tributária,
reconhecendo que as limitações constitucionais ao poder de tributar representam direitos
fundamentais, e como tal devem ser interpretados.
Minha sugestão de leitura da letra fria da Constituição Federal é a revisão através do nosso
vade mecum estratégico, com o destaque da incidência de provas da magistratura
estadual, grifos e julgados relevantes.
Ainda que as limitações constitiucionais não estejam limitadas ao art. 150 da Constituição
esse artigo é uma grande zona de calor de cobranças, por isso, revisão constante dele e
dos julgados do Supremo Tribunal Federal sobre ele.
Este tema foi cobrado em 5% (cinco por cento) em provas da magistratura estadual nos
últimos cinco anos.
É um tema essencialmente doutrinário, mas a sua cobrança tem sido focada na letra fria
do Código Tributário Nacional.
Assim, recomenda-se o estudo dos artigos 100 a 112 do CTN, apenas com a letra fria da lei
e a resolução de muitas questões objetivas.
Aqui futuros colegas, não há outra opção, tem de decorar os artigos, especialmente
aqueles que tem mais incidência, como é o caso do art. 106 e art. 111 do CTN.
Mais uma vez recomendo o estudo deste tema através do nosso vade mecum estratégico
disponível aos assinantes do Estratégia Carreiras Jurídicas.
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Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal Cunha
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O capítulo III do Código Tributário Nacional tem incidência em 8% (oito por cento) das
questões analisadas, um ótimo custo x benefício já que a cobrança tem sido focada na
lei seca e o tópico compreende apenas vinte e cinco artigos do CTN.
Obrigação tributária propriamente dita (Art. 113 até art. 127) envolve basicamente a letra
fria da lei (Código Tributário Nacional), sem incursões pela doutrina e jurisprudência. Aqui
as bancas são recorrentes em cobranças envolvendo dois artigos:
Art. 113: (TJ-AC - 2019) (TJ-CE - 2018) (TJ-MS - 2015) (TJ-PI - 2015) (TJ-PR - 2019) (TJ-RJ -
2016) (TJ-SC - 2017)
Art. 121: (TJ-CE - 2018) (TJ-BA - 2019) (TJ-GO - 2015) (TJ-PI - 2015) (TJ-MS - 2015) (TJ-PR -
2019)
Aqui eu sugiro que o estudo seja focado no vade mecum estratégico com bastante
atenção quanto aos artigos 113 a 127. Naturalmente, o futuro colega precisa redigir muitas
questões objetivas para treinar e verificar exatamente onde está errando.
Para lhe ajudar deixo aqui os temas repetitivos por seus números, material que venho
compilando há algum tempo:
97 A simples falta de pagamento do tributo não configura, por si só, nem em Sumula
tese, circunstância que acarreta a responsabilidade subsidiária do sócio,
prevista no art. 135 do CTN. É indispensável, para tanto, que tenha agido 430
com excesso de poderes ou infração à lei, ao contrato social ou ao estatuto
da empresa.
103 Se a execução foi ajuizada apenas contra a pessoa jurídica, mas o nome
do sócio consta da CDA, a ele incumbe o ônus da prova de que não ficou
caracterizada nenhuma das circunstâncias previstas no art. 135 do CTN, ou
seja, não houve a prática de atos 'com excesso de poderes ou infração de
lei, contrato social ou estatutos'.
104 A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal Sumula
relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem
dilação probatória. 393
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É o nosso terceiro tópico com exigido, com 15% (quinze por cento) das questões
analisadas.
Aqui entendo que o estudo deve ser aprofundado envolvendo todo o material em PDF,
pois crédito tributário é um tema extenso (artigos 139 a 182 do CTN) e apesar de a
cobrança ser essencialmente baseada na letra fria da lei há uma presença muito forte da
jurisprudência, especialmente em temas como prescrição e decadência e pagamento
indevido.
( FCC - 2021 - TJ-GO) - Juiz Substituto Relativamente aos impostos lançados de ofício, tal
como ocorre com o IPTU, em diversos Municípios brasileiros, o Código Tributário Nacional
estabelece que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se
após cinco anos, contados
A) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado, ou da data da ocorrência do fato gerador, de acordo com a maior ou menor
proximidade com o momento da ocorrência do fato gerador, configurando-se, assim, a
prescrição tributária.
B) da data da ocorrência do fato gerador, desde que não tenha ocorrido dolo, fraude ou
simulação do sujeito passivo, configurando-se, assim, a decadência tributária.
C) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado, ou da data da ocorrência do fato gerador, de acordo com o que for mais
favorável, em cada caso, ao sujeito passivo, configurando-se, assim, a decadência
tributária.
E) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado, configurando-se, assim, a decadência tributária.
Letra E
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Assim, entendo que o estudo deve ser baseado no PDF integral e complementado pela
leitura e memorização dos artigos 139 a 182 do CTN através do nosso vade mecum
estratégico.
Para fins de organizar o seu estudo é interessante o uso do Vade Mecum Estratégico pois
ali indicaremos não só a incidência de questões em cada artigo, mas também a presença
de julgados relevantes.
Como é de regra em tópicos com muitos artigos a cobrança das bancas tende a ser
difusa, mas podemos identificar algumas zonas de concentração em determinados
artigos que podem ajudar a orientação do seu estudo especialmente no pós edital:
Suspensão do CT:
Art. 151
Art. 155-A
Extinção do CT:
Art. 156
Art. 165
Exclusão do CT
Art. 178
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incidência de tributos federais que são somente 5% (cinco por cento) das questões
analisadas.
É certo que o estudo dos tributos federais não pode ser deixado de lado, mas analisando
as questões é possível observar apenas o estudo dos aspectos constitucionais dos tributos
federais (IPI, IR, ITR), bem como aspectos relacionados à competência tributária é
suficiente, sendo raríssimas as questões envolvendo diretamente a legislação federal.
Claro, se você estiver conciliando o estudo para a magistratura federal com os concursos
da magistratura estadual você deve aprofundar a doutrina e jurisprudência dos tributos
federais, dada a importância deste tema para aquele ramo da magistratura.
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Tema mais cobrado em direito tributário, com 21% (vinte e um por cento) de todas as
questões analisadas, o que nos garante a quase certeza de que pelo menos uma, talvez
até duas, questões da tua prova objetiva serão sobre impostos estaduais.
E, analisando cada item cobrado, percebemos também uma tendência à cobrança dos
aspectos constitucionais de cada tributo, sem incursões na legislação local, o que é ótimo
pois lhe permite estudar impostos estaduais de forma aplicar o estudo em todos os estados.
Há uma clara dominância do ICMS sobre os demais impostos estaduais (IPVA, ITCMD)
sendo esse isoladamente o tema mais cobrado quando separamos os itens de forma mais
profunda, e aqui deixo claro, ICMS não é o tema mais cobrado do tópico tributos
estaduais, ICMS é o tema mais cobrado em direito tributário e esteve presente em todas
as provas da magistratura de 2020, 2021 e 2022.
Mas em relação ao ICMS temos várias questões envolvendo jurisprudência por isso reforce
os informativos do STF e do STJ, bem como não deixo de estudar o “jurisprudência em
teses” do Superior Tribunal de Justiça.
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IPVA (CF, art. 158, III): Pertencem aos municípios 50% da arrecadação do IPVA dos
veículos licenciados em seu território.
ICMS (CF, art. 158, IV): Pertencem aos Municípios 25% produto da arrecadação do
ICMS sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Esses valores
serão creditadas conforme os seguintes critérios: I - 65% (sessenta e cinco por cento),
no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de
mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) II - até 35% (trinta e cinco por cento),
de acordo com o que dispuser lei estadual, observada, obrigatoriamente, a
distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de
melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o
nível socioeconômico dos educandos.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
108, de 2020)
Este o 4º tópico mais cobrado em Direito Tributário representando 12% (doze por cento) de
todas as questões analisadas.
Assim como os tributos estaduais as cobranças relativas ao IPTU e ITBI são focadas no texto
da Constituição, e algumas questões de ISS cobram a LC 116/03, geralmente
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O IPTU além da Constituição tem uma relevante cobrança no art. 32 do CTN que delimita
o imposto de forma nacional. Em IPTU temos uma presença relevante de jurisprudência,
por isso atenção ao jurisprudência em teses e nos informativos e súmulas, como as abaixo
que foram todas objeto de cobrança nos últimos cinco anos:
Tema com incidência em 6% (seis por cento) das questões analisadas, sendo que quanto
ao processo administrativo tributário, o estudo é bastante objetivo: letra fria da lei, o que
cria um ótimo custo benefício pois são poucos os artigos do Código Tributário Nacional.
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Recomendo fortemente que este estudo seja feito com base no nosso vade mecum
estratégico, aliado ao estudo de algumas súmulas e precedentes vinculantes:
Súmula 547: Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte adquira estampilhas,
despache mercadorias nas alfândegas e exerça as suas atividades profissionais.
Súmula 439 do STF “estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária, quaisquer
livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.”
Tema 031 da RG-STF: É inconstitucional o uso de meio indireto coercitivo para pagamento
de tributo – “sanção política” –, tal qual ocorre com a exigência, pela Administração
Tributária, de fiança, garantia real ou fidejussória como condição para impressão de notas
fiscais de contribuintes com débitos tributários.
Tema 732 - “É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização
profissional do exercício laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a
medida consiste em sanção política em matéria tributária.”
Súmula 392 do STJ: “A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até
a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.”
Para Em provas discursivas é interessante o estudo da questão do sigilo fiscal, pois com o
advento da LC nº 105, de 10/01/2001 foi autorizado expressamente (§ 3º, art. 1º e art. 6º)
às autoridades fazendárias o acesso aos dados do contribuinte para os fins de
identificação e quantificação do encargo fiscal, independente de ordem judicial. Nesse
caso o STF (RE 476473, j. 02/12/2016) entendeu que não há propriamente uma quebra do
sigilo, mas sim a transferência do sigilo bancário para o sigilo fiscal (CTN, art. 198)
permanecendo resguardadas a intimidade e a vida privada do correntista, exatamente
como determina o art. 145, § 1º, da CF.
É um tema de incidência média com 7% (sete por cento) das questões analisadas.
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O conteúdo é em boa medida cobrado com a letra fria da lei e algumas poucas questões
com a cobrança de súmulas ou julgados consolidados dos tribunais superiores.
Façam também muitas questões e reflitam sobre as hipóteses de cobrança destes temas
em eventual segunda ou terceira fase.
Por fim, destaco algumas sumulas e precedentes que não podem ficar de fora do seu
estudo:
Execução Fiscal
Súmula 392 – STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até
a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.
STJ, Súmula 515 - A reunião de execuções fiscais contra o mesmo devedor constitui
faculdade do Juiz.
Súmula 558-STJ: Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indeferida
sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.
Súmula STJ. 162 - Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir
do pagamento indevido. (DJ 19.06.1996)
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Súmula STJ 188 - Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são devidos a
partir
Súmula STJ 523 - A taxa de juros de mora incidente na repetição de indébito de tributos
estaduais deve corresponder à utilizada para cobrança do tributo pago em atraso, sendo
legítima a incidência da taxa Selic, em ambas as hipóteses, quando prevista na legislação
local, vedada sua cumulação com quaisquer outros índices.
Súmula STJ 614 - O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-
tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses
tributos.
Mandado de segurança
Súmulas STJ. 212 - A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação
cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória. (DJ 02.10.1998. Redação
alterada – DJ 23/05/2005)
Súmulas STJ, 213 - O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração
do direito à compensação tributária. (DJ 02.10.1998)
Temas Repetitivos
Tema Repetitivo 262 - A prescrição, causa extintiva do crédito tributário, é passível de ser
veiculada em exceção de pré-executividade, máxime quando fundada na
inconstitucionalidade.
Tese Repetitiva 82 A citação válida, ainda que por edital, tem o condão de interromper o
fluxo do prazo prescricional.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final desta aula! Continuaremos com o Estudo Estatístico das demais
disciplinas nas aulas respectivas. Nesta aula você pôde ver como a disciplina-tema incide
nas provas.
Quaisquer dúvidas, sugestões, críticas ou mesmo elogios, não hesite em entrar em contato
conosco. Estamos disponíveis, sempre, no Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno.
Até a próxima!
Igor Maciel
Paulo H M Sousa
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