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Paulo H
Sousa)
Ministério Público - Como Estudar -
2022 (Curso Regular)
Autor:
Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal
Cunha
09 de Fevereiro de 2022
Paulo H M Sousa, Rogerio de Vidal Cunha
Aula 08 (Prof. Paulo H Sousa)
Sumário
2. Análise quantitativa............................................................................................................................................... 11
3.1– Introdução............................................................................................................................................................................ 15
3.7–Ações eleitorais.................................................................................................................................................................... 21
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Aula 08 (Prof. Paulo H Sousa)
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 – APRESENTAÇÃO
Sejam bem-vindos(as) ao COMO ESTAR PARA A MAGISTRATURA ESTADUAL. É com imensa satisfação
que damos início a esse curso tão aguardada e pedida pelos nossos alunos.
Enfim, são anos de dedicação em concursos e na área jurídica, federal, estadual e municipal,
sempre tentando aliar teoria e prática – e lá se vão 22 ótimos anos focados no direito! .
http://bit.ly/profrogeriocunha
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Além do mais, lembro que sempre estamos disponíveis, para você, aluno Estratégia, no Fórum
de Dúvidas do Portal do Aluno:
t.me/profigormaciel
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Nesta aula, analisaremos a incidência das questões de DIREITO ELEITORAL nas provas da
Ministério Público. A partir da análise geral vista na aula introdutória, como essa matéria é
cobrada nesse certame?
O Direito Eleitoral pode ser visto a partir da ementa-padrão abaixo. Sabemos que toda
classificação é sujeita a críticas e certamente há quem não concordará com a divisão proposta.
Essa ementa e essas divisões foram feitas a partir de uma discussão longa e aprofundada com
os professores da área durante vários meses. Não é perfeita, mas, meramente ideal.
A divisão é didática e pensada a partir de uma estrutura maior, de análise do todo. Essa divisão
e essa classificação se harmonizam em todas as Carreiras Jurídicas, de modo a trazer uma
parametrização objetiva.
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4. Sistemas Eleitorais
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Doações. Fontes Vedadas. Gastos Eleitorais. Prestação de Contas. Abuso de Poder. Introdução.
Abuso de Poder no Direito Eleitoral. Pesquisas e testes pré-eleitorais. Introdução. Registro
perante a Justiça Eleitoral. Pesquisas Eleitorais versus Sondagens ou Enquetes. Registro da
Pesquisa. Penalidades. Sistema eletrônico de votação e de totalização dos votos. Urna Eletrônica.
Painel.
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dos Eleitos. Candidatos que concorram pelo Sistema Majoritário. Candidatos que concorram pelo
Sistema Proporcional. Candidatos sub-judice. Competência para proclamar eleito o candidato.
Diplomações dos Eleitos. Conceito. Natureza Jurídica. Competência para Diplomar. Fiscalização.
6. Ações Eleitorais
7. Reforma Eleitoral
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Gastos. Emenda Constitucional nº 97/2017. Coligações apenas nas eleições majoritária. Cláusula
de Barreira.
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2. ANÁLISE QUANTITATIVA
Que tipo de fonte - doutrina, jurisprudência, lei, legislação local - mais aparece numa prova de
Direito Eleitoral da magistratura estadual? Será que estudo a jurisprudência com bastante afinco,
ou vale mais a pena rever conceitos doutrinários? Fontes locais são importantes? Apresentamos,
agora, o gráfico de incidência das provas:
Dentro desta matéria existem 4 tipos de gráficos, os dois primeiros referem-se ao estilo de
cobrança na matéria específica (Lei, doutrina, jurisprudência ou Legislação Local), tanto em
percentuais como em valores absolutos.
Na sequência encontramos dois gráficos referentes à cobrança específica dos temas do nosso
Edital, também em percentuais e valores absolutos.
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Direito Eleitoral - %
Legislação Local
0%
Jurisprudência
Doutrina 12%
2%
Lei
86%
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600 576
500
400
300
200
100 77
14 0
0
Lei Doutrina Jurisprudência Legislação Local
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Quais são os temas que mais aparecem numa prova de Direito Eleitoral da magistratura
estadual? Apresentamos, agora, o gráfico de incidência dos temas, em um gráfico percentual:
Ações Eleitorais 9%
Reforma Eleitoral 0%
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Feitas essas análises estatísticas quantitativas, é chegada a hora de fazer uma análise qualitativa
e estabelecer um parecer a respeito desta disciplina na sua carreira. Vamos lá?
3.1– Introdução
Quando analisamos o gráfico geral das disciplinas vemos que Direito Eleitoral foi cobrado 666
vezes no período analisado, algo em torno de 4% (quatro por cento) de todas as questões.
Direito Eleitoral pode representar somente 4%, mas é uma disciplina obrigatória em TODOS os
concursos da magistratura (RES 75/09-CNJ), logo, podemos dizer que em toda e qualquer prova
que você fizer ele estará lá, com pelo menos quatro questões.
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A distribuição das fontes em direito eleitoral indica uma baixa incidência (2%) de questões
doutrinárias sem primeira fase, e mesmo as poucas questões envolvem muito mais conceitos e
princípios que temas complexos e controversos do direito eleitoral.
A jurisprudência representou 12% (doze por cento) das questões analisadas e em termos de
direito eleitoral a jurisprudência tem peculiaridades que demandam atenção ao seu estudo. A
jurisprudência eleitoral reflete a composição temporária do TSE e as sucessivas alterações
legislativas, por isso e dica é esteja sempre em dia com os informativos.
Por isso cuidado, pois a jurisprudência de uma eleição pode não aplicar-se para a subsequente.
O TSE, além dos informativos, tem uma ferramenta importante que eu recomendo muito o uso,
que é o Código Eleitoral Anotado e Legislação Complementar onde os julgamentos são
atualizados e os dispositivos são referenciados pelos julgamentos do TSE e STF.
Como o Código Eleitoral é de 1965, elaborado sob a égide da Constituição de 1946, há uma
tendência de cobrança das normas posteriores à Constituição de 1988 como a Lei Complementar
64/90 e a Lei 9.504/97.
Tema de baixa incidência, com apenas 1% das questões analisadas, concentrando as principais
questões doutrinárias já que aqui são tratados os princípios do direito eleitoral.
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Tema com maior incidência nas provas da magistratura, representando 35% (trinta e cinco por
cento) de todas as questões analisadas.
Em relação aos partidos políticos é essencial uma leitura atenta dos dispositivos constitucionais
sobre os partidos políticos e da Lei 9.096/95, já que a maioria esmagadora das questões
envolvendo a matéria envolve a lei seca.
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Aqui temos o segundo tópico mais cobrado, com 25% ( vinte e cinco por cento) de todas as
questões analisadas.
O Estudo do alistamento eleitoral implica na leitura das normas do código eleitoral e das
disposições da Resolução nº 21.538, de 14 de outubro de 2003 do TSE que consolida as normas
legais e entendimentos jurisprudenciais relativos ao alistamento.
A maioria das questões envolve a lei seca da lei, aliado a alguns entendimento consolidados no
TSE na Res. 21.358. é o caso da questão abaixo:
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Letra B
Vejam, a letra “a” envolvia conhecimento do art. 42, parágrafo único do Código Eleitoral e da
jurisprudência do TSE sobre domicílio eleitoral (TSE, Respe. nº 37481, rel. Min. Marco Aurélio,
red. designado Min. Dias Toffoli, j. 18.2.2014), já a letra “b” (correta) está na literalidade do art.
55, § 2.º, do Código Eleitoral, as letra “c”, “d” e “e” também são a literalidade da lei (art. 55, §
1.º, inc. III, art. 71, inc. II e art. 60, respectivamente)
Já o tópico “justiça eleitoral” é cobrado, em sua imensa maioria pela literalidade das normas do
Código Eleitoral e da Constituição, devendo ser reforçado o estudo nos seguintes tópicos, que
são zonas de concentração de questões:
Juntas Eleitorais
Confirma-se essa informação com a questão abaixo sobre as competências e organização da JE:
FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de Direito Substituto. A Justiça Eleitoral, nas palavras do ex-ministro
Carlos Mário da Silva Velloso, ”pela própria especificidade de sua seara de atuação, a captação
da vontade da população, possui alguns standards que lhe são peculiares e que destoam das
demais searas do Direito”.
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D) a Justiça Eleitoral exerce poder normativo com objetivo regulamentar, através da edição de
resoluções e instruções, com conteúdo secundum ou praeter legem;
E) a Justiça Eleitoral desempenha função consultiva, devendo responder sobre matéria eleitoral
às consultas que lhe forem feitas, produzindo efeitos vinculantes sobre situações concretas.
==10be0c==
Letra D
3.5–Sistemas Eleitorais
Tema com ótimo custo x benefício que foi objeto de cobrança em 19% (dezenove por cento)
das questões analisadas.
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Também é um tema que não pode ser deixado de lado, já que representa 11% (onze por cento)
das questões analisadas, ou seja, tem uma presença importante nas provas.
Propaganda eleitoral é uma das matérias que mais sofrem modificações legislativas,
praticamente uma para cada eleição, por isso a cobrança de jurisprudência é praticamente
inexistente, concentrando-se as questões na literalidade da Lei 9.504/97.
Uma dica, a Lei 9.504/97 muda sempre, por isso me parece que propaganda eleitoral deva ser
estudada sempre no PÓS-EDITAL pois é possível que você a estude por um regime jurídico, e
quando da publicação do edital esse tenha mudado.
3.7–Ações eleitorais
Tema de relevância média na primeira fase, com 9% (nove por cento) das questões analisadas,
mas que é essencial na segunda fase, concentrando um percentual relevante de questões
discursivas envolvendo o processo judicial tributário, portanto, é um estudo PRÉ-EDITAL.
Aqui a complexidade maior é a multiplicidade de fontes, pois as ações eleitorais não são um
tópico específico de qualquer norma, mas sim um conjunto de ações regidas por diversos
dispositivos legais e constitucionais.
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• Representação
REP • Lei 9.504/97
FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto. As ações eleitorais têm por objetivo assegurar que o
mandato eletivo seja exercido por quem efetivamente esteja legitimado e, por isso, cada fase
do processo eletivo conta com mecanismos de atuação judicial. Sobre o tema, é correto afirmar
que:
A) a captação ilícita de sufrágio se caracteriza pelo pedido explícito de voto feito pelo candidato
ao doar, oferecer ou prometer a entrega de bem ou vantagem ao eleitor, e sujeita o infrator ao
pagamento de multa e cassação do registro ou do diploma;
B) a Ação de Investigação Judicial Eleitoral tem por objetivo apurar uso, desvio ou abuso do
poder econômico ou do poder de autoridade ou utilização indevida de veículos ou meios de
comunicação social, em benefício de candidato ou partido político, praticados a partir do registro
de candidatura;
C) a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo pode ser proposta até a diplomação do candidato,
tem por fundamentos abuso de poder econômico, corrupção e fraude, e objetiva impedir que
o mandato eletivo seja exercido por quem alcançou a representação política com emprego de
práticas ilícitas;
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E) a representação com fundamento no Art. 96, § 8º, da Lei nº 9.504/1997, pode ser proposta
para questionar o preenchimento dos percentuais de gênero.
Letra D
A melhor forma de estudar ações eleitorais é pelo pdf completo, para compreender as suas
fontes, a função de cada uma e o seu momento de apresentação no curso do processo eleitoral,
e depois reforçar o estudo das normas específicas, sem deixar de lado os informativos do TSE.
3.8–Reforma Eleitoral
Tema com incidência 0%, até mesmo pelo fato de que processa Lei nº 13.487/2017 chamada de
reforma eleitoral não tem dispositivos relevantes, mas sim altera dispositivos de outras normas
como a Lei 9.096/95 e 9.504/97 de forma que estudando essas normas em suas versões
atualizadas se estará estudando a reforma eleitoral.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final desta aula! Continuaremos com o Estudo Estatístico das demais disciplinas
nas aulas respectivas. Nesta aula você pôde ver como a disciplina-tema incide nas provas.
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Quaisquer dúvidas, sugestões, críticas ou mesmo elogios, não hesite em entrar em contato
conosco. Estamos disponíveis, sempre, no Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno.
Até a próxima!
Igor Maciel
Paulo H M Sousa
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