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SIMULADO DIREITO PROCESSUAL PENAL

Professor Evaldo Rodrigues

SIMULADO - PM/PB
VÁRIAS BANCAS
INFORMAÇÕES SOBRE O GABARITO:

- Trata-se do Gabarito referente ao Simulado de DIREITO PROCESSUAL PENAL, cujo


objetivo é preparar o aluno (pré-edital) para os concursos da PM-PB 2023.

- O presente PDF é adquirido no ato da aquisição do simulado, contudo, em arquivos


separados, para evitar que o aluno “caia na tentação” de verificar o simulado durante a
realização das questões.

Então é isso... Vamos ao Gabarito 

@ProfessorEvaldoRodrigues | 2023
SIMULADO DIREITO PROCESSUAL PENAL
Professor Evaldo Rodrigues

GABARITO:

01 - E 37 - B 73 - B 109 - A 145 - A
02 - E 38 - B 74 - B 110 - B 146 - B
03 - B 39 - D 75 - B 111 - B 147 - D
04 - A 40 - B 76 - A 112 - A 148 - B
05 - E 41 - C 77 - E 113 - A 149 - A
06 - B 42 - A 78 - A 114 - B 150 - B
07 - B 43 - B 79 - A 115 - C 151 - C
08 - D 44 - B 80 - D 116 - B 152 - A
09 - B 45 - D 81 - A 117 - C 153 - D
10 - A 46 - C 82 - B 118 - B 154 - C
11 - B 47 - B 83 - A 119 - D 155 - A
12 - B 48 - B 84 - A 120 - B 156 - E
13 - A 49 - D 85 - E 121 - C 157 - C
14 - C 50 - B 86 - B 122 - A 158 - B
15 - C 51 - A 87 - C 123 - A 159 - B
16 - C 52 - A 88 - D 124 - B 160 - A
17 - B 53 - C 89 - B 125 - B 161 - C
18 - A 54 - B 90 - C 126 - B 162 - D
19 - C 55 - B 91 - D 127 - C 163 - B
20 - D 56 - B 92 - C 128 - D 164 - D
21 - B 57 - E 93 - B 129 - E 165 - A
22 - B 58 - A 94 - C 130 - E 166 - C
23 - D 59 - C 95 - C 131 - B 167 - C
24 - D 60 - A 96 - B 132 - C 168 - B
25 - A 61 - B 97 - B 133 - A 169 - C
26 - C 62 - B 98 - A 134 - C 170 - D
27 - B 63 - A 99 - C 135 - B 171 - C
28 - D 64 - C 100 - D 136 - B 172 - B
29 - B 65 - A 101 - B 137 - A 173 - B
30 - A 66 - B 102 - C 138 - A 174 - C
31 - D 67 - C 103 - C 139 - A 175 - C
32 - B 68 - A 104 - A 140 - B 176 - A
33 - A 69 - A 105 - B 141 - A 177 - B
34 - B 70 - B 106 - B 142 - B 178 - E
35 - D 71 - D 107 - C 143 - B 179 - D
36 - B 72 - C 108 - D 144 - C 180 - D

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GABARITO COMENTADO:

INQUÉRITO POLICIAL (ART. 4º ao ART. 23º, do CPP)

INTRODUÇÃO:

01 - (INSTITUTO AOCP - PC-ES - Assistente Social - 2019) Qual é o caráter do inquérito policial no direito
brasileiro?
a) Negocial jurídico de direito público.
b) Meio processual constitucional de impugnação de delito.
c) Procedimento de cunho militar quando iniciado por lavratura de boletim de ocorrência pela Polícia Militar.
d) Parametrização de direito privado até o recebimento da denúncia ou queixa.
e) Procedimento administrativo preparatório.

GABARITO E -> Jurisprudência do STJ: “O inquérito policial é procedimento administrativo de caráter


inquisitório, informativo e preparatório, cuja finalidade é fornecer ao Ministério Público elementos de
cognição para a eventual propositura de ação penal, de modo que eventual irregularidade que nele se
manifeste não contamina de nulidade a ação penal”. (STJ - AgRg no HC 537.179/RS, Rel. Ministro FELIX
FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 01/09/2020, DJe 09/09/2020)

02 - (UEG - PC/GO - Delegado de Polícia - 2018) Quando o inquérito policial é instaurado a partir de um auto de
prisão em flagrante delito, diz-se haver:
a) notitia criminis inqualificada.
b) delatio criminis postulatória.
c) notitia criminis de cognição imediata.
d) notitia criminis de cognição mediata.
e) notitia criminis de cognição coercitiva.

GABARITO E ->
- Notitia Criminis de Cognição Direta (ou Imediata, ou Espontânea, ou Inqualificada): Trata-se de
hipótese onde a Autoridade Policial, por si só, toma conhecimento da ocorrência de um crime. Nesse caso, o
Delegado toma conhecimento do fato criminoso por meio de suas atividades informais/habituais/rotineira
(Ex.: investigações, notícia veiculada na imprensa, serviços de Disque-Denúncia - anônimas ou não). Este tipo
de notícia crimine é suficiente, desde que devidamente apurada e fundamentada, para a abertura de
inquérito, apenas, nos crimes de ação penal pública incondicionada.

- Notitia Criminis de Cognição Indireta (ou Mediata, ou Provocada, ou Qualificada): Trata-se de


hipótese onde a Autoridade Policial, toma conhecimento da ocorrência deum delito por meio de um ato
jurídico “formal”. Ex.: Requerimento da vítima ou de qualquer pessoa do povo, requisição do Ministro da 3
Justiça, representação do ofendido e requisição do Ministério Público. Este tipo de notícia crimine é
suficiente, desde que devidamente apurada e fundamentada, para a abertura de inquérito nos crimes de
ação penal pública incondicionada, de ação penal pública condicionada e de ação penal privada.

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R -> Notitia Criminis de Cognição Coercitiva: Ocorre na HIPÓTESE DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO,
em que a autoridade policial lavra o respectivo auto. Neste caso a comunicação do crime decorrente da
prisão em flagrante, pois a notícia-crime se manifesta com a simples apresentação do autor do crime à
autoridade policial, através da pessoa que realizou a prisão. Alguns doutrinadores classificam como sendo
notitia criminis de cognação direta/imediata.

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL:

03 - (INSTITUTO AOCP - PC/PA - Delegado de Polícia Civil - 2021) Acerca das modificações introduzidas pelo
chamado “pacote anticrime” ao Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta. O inquérito policial terá
estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do
órgão de acusação.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> O Inquérito Policial é inquisitivo e não acusatório (o sistema acusatório é o usado na ação
penal - durante o processo). No sistema inquisitivo as atividades persecutórias ficam concentradas nas
mãos de uma única autoridade e não há o contraditório ou da ampla defesa (não existem partes, apenas uma
autoridade investigando - permite agilidade nas investigações).

- Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de
investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

04 - (CESPE / CEBRASPE - PM-AL - Aspirante da Polícia Militar - 2021) Com relação ao processo penal, julgue o
item a seguir. O indiciado pode requerer diligências no inquérito policial.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 14, do CPP: “O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade”.

05 - (IADES - PM-PA - Aspirante da Polícia Militar - 2021) Com a finalidade de apurar crimes contra a
Administração Pública, a autoridade policial instaurou, de ofício, inquérito policial requerendo diversas
diligências ao Poder Judiciário local, como a busca e a apreensão de documentos e interceptações telefônicas dos
investigados. Ouvido o Ministério Público, o juiz competente deferiu as medidas de forma fundamentada, que
foram devidamente cumpridas a seu tempo e modo, sendo posteriormente documentadas por autoridades
responsáveis pela investigação. Em seguida, um dos indiciados constituiu advogado que requereu, formalmente, à
autoridade policial amplo acesso ao procedimento investigatório. Considerando essa situação hipotética, com
base na jurisprudência a respeito do tema, assinale a alternativa correta.
a) A defesa constituída não tem direito de acesso ao procedimento investigatório que, pela própria natureza
inquisitória, tem como característica fundamental o sigilo ao menos até o recebimento da denúncia.
b) O defensor constituído tem direito, no interesse do representado, a acesso restrito aos elementos de prova, 4
ainda que já documentados no procedimento investigatório, de modo a não prejudicar a continuidade das
investigações

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c) É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso apenas àqueles elementos de prova que digam
respeito diretamente ao seu direito de ir e vir, como, por exemplo, o decreto de prisão temporária ou preventiva,
mas não a outras diligências, como a busca e a apreensão de documentos e os resultados da interceptação
telefônica decretados judicialmente, ainda que já documentados no procedimento investigatório.
d) O defensor tem o direito de, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que digam
respeito ao exercício do direito de defesa, ainda que pendentes de realização e documentação no curso do
respectivo procedimento investigatório, em homenagem ao devido processo legal e à ampla defesa, sob pena de
nulidade e apuração de responsabilidade civil, administrativa e penal.
e) É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.

GABARITO E -> STF Súmula Vinculante nº 14: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.

06 - (CESPE/CEBRASPE - MPC/PA - 2019) Na condução do inquérito policial, o Delegado de Polícia, sempre


pautando suas ações pela legalidade, também se sujeita ao Princípio da Discricionariedade, que possui como
característica possibilitar ao Delegado de Polícia a instauração do inquérito mediante critério de conveniência e
oportunidade, bem como a definição do rumo das investigações.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Como o Inquérito Policial tem por característica a discricionariedade o Delgado deve
definir o rumo das investigações como achar melhor, ou seja, ele pode utilizar a linha de investigação que
achar mais conveniente. Por outro lado, a instauração do inquérito não pode se dar mediante
conveniência e oportunidade, já que o Delegado, de posse de provas da materialidade delitiva que aponta
a ocorrência de um crime de ação penal pública incondicionada, tem o dever de instaurar o inquérito de
ofício se for o caso.

07 - (IBFC - TJ/PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento - 2014) Assinale a alternativa
correta. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com
exercício em uma delas não poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição
de outra, devendo, neste caso, expedir carta precatória.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 22, do CPP: “No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma
circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas PODERÁ, nos inquéritos a que esteja
procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições,
e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em
sua presença, noutra circunscrição”.

08 - (CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia - 2022) O inquérito policial é atividade
investigatória realizada por órgãos oficiais, não podendo ficar a cargo do particular, ainda que a titularidade do
exercício da ação penal pelo crime investigado seja atribuída ao ofendido. Considerando-se as características do 5
inquérito policial, é correto afirmar que o texto anterior discorre sobre
a) o procedimento escrito do inquérito policial.
b) a indisponibilidade do inquérito policial.

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c) a oficiosidade do inquérito policial.


d) a oficialidade do inquérito policial.
e) a dispensabilidade do inquérito policial.

GABARITO D -> O Inquérito Policial é presidido por uma autoridade oficial, qual seja, o Delegado de Polícia.

09 - (INSTITUTO AOCP - PC-PA - Escrivão de Polícia Civil - 2021) Assinale a alternativa correta. Todas as peças do
inquérito policial serão, num só processado, resumidas a escrito e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 09, do CPP: “Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, REDUZIDAS
a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade”.

10 - (NUCEPE - PC/PI - Agente de Polícia Civil - 2018) Quanto ao Inquérito policial e notitia criminis, marque a
alternativa CORRETA. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido
pelo interesse da sociedade. E nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não
poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 20. “A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou
exigido pelo interesse da sociedade”.

Parágrafo Único. “Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá
mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes”.

11 - (INSTITUTO AOCP - PC-PA - Delegado de Polícia Civil - 2021) Beltrano, delegado de polícia em Marabá-PA,
testemunhou visualmente um roubo tentado contra uma vítima que dirigia seu veículo em uma das avenidas mais
movimentadas da municipalidade. O agressor não conseguiu subtrair qualquer bem, pois a vítima acelerou seu
automóvel e empreendeu fuga. Não vislumbrando importância no fato, nem visualizando dano à sociedade,
Beltrano mantém-se inerte. Considerando a situação hipotética sobre a conduta desse delegado, é correto afirmar
que ela
a) fere o princípio da indisponibilidade, uma vez que a autoridade policial não pode determinar o arquivamento
do inquérito policial discricionariamente.
b) fere a oficiosidade inerente à função do cargo, vez que, em crimes de ação penal pública incondicionada, como é
o roubo, a autoridade policial tem o dever de ofício de proceder à apuração do fato delitivo.
c) assegura a autoritariedade do inquérito policial, pois o procedimento é presidido pelo delegado de polícia,
responsável pelo andamento das diligências.
d) assegura a voluntariedade da jurisdição penal, uma vez que a vítima do roubo tentado não procurou a
autoridade policial para reclamar do fato criminoso.
e) assegura o sistema inquisitivo de persecução penal, já que a autoridade policial não necessita de impulsão
externa para agir e pode, dentro de suas competências funcionais, avaliar a conveniência da instauração de
inquérito policial.

GABARITO B -> Oficiosidade: Havendo crime de ação penal pública incondicionada, a autoridade policial
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deve atuar de ofício, instaurando o inquérito e apurando prontamente os fatos, dispensando qualquer
autorização para agir. Já nos crimes de ação penal pública condicionada e ação penal privada, a autoridade
policial está condicionar à autorização da vítima (depende de permissão para poder atuar).

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12 - (CESPE / CEBRASPE - PC-AL - Escrivão de Polícia - 2021) Joacir foi preso em flagrante pela prática de
determinado crime. A pena prevista para tal crime é um a quatro anos de reclusão. Ele negou a autoria do crime e
acusou a vítima de ter forjado a situação de flagrância. A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Caso fique comprovado que a vítima forjou o flagrante de Joacir, o delegado poderá arquivar o inquérito policial.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 17, do CPP: “A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito”.

13 - (CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Agente de Polícia) Acerca do inquérito policial, julgue o item
subsequente. O inquérito policial pode ser dispensado com base em elementos colhidos em inquérito civil
instaurado para apurar ilícitos administrativos.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> O inquérito não é imprescindível para a propositura da ação penal. Nesse sentido a
denúncia/queixa pode ter por base inquéritos não policiais ou até mesmo outras fontes de prova,
dispensando-se a atuação da polícia judiciária.

14 - (IADES - 2019 - SEAP-GO - Agente de Segurança Prisional) A partir do momento em que determinado delito é
praticado, surge para o Estado o poder-dever de punir o suposto autor do ilícito. Assim, para que o Estado possa
deflagrar a persecução criminal em juízo, é indispensável a presença de elementos de informação quanto à
autoria e quanto à materialidade da infração penal. Diferencia-se o inquérito policial da instrução processual por
esse motivo. Acerca do valor probatório do inquérito policial, assinale a alternativa correta.
a) Os elementos de informação, em que pese sejam colhidos na fase de investigação, possuem valor probatório
absoluto no processo penal, quando inexistir outro elemento de prova que possa servir de convicção ao juízo.
b) Os elementos de informação, colhidos na fase inquisitorial, jamais serão admitidos como base de convicção
jurisdicional.
c) Levando-se em consideração que os elementos de informação quanto à autoria e à materialidade do delito não
são colhidos sob a égide do contraditório e da ampla defesa, deduz-se que o inquérito policial tem valor
probatório relativo.
d) Os elementos do inquérito não podem influir na formação do livre convencimento do juiz para a decisão da
causa, mesmo quando complementam outros indícios e provas que passam pelo crivo do contraditório em juízo.
e) Não há o que se falar em produção de elementos de informação em inquérito policial, sem que haja irrestrito
respeito à ampla defesa e ao contraditório.

GABARITO C -> VALOR PROBATÓRIO: Relativo, pois durante o Inquérito Policial não temos o contraditório
e a ampla defesa, de modo que para que um elemento de prova colhido no IP tenha valor probatório é
preciso que seja realizado sob o crivo do contraditório e ampla defesa, ou seja, confirmado durante o
processo. Essa é a regra geral.

- Princípio do Livre Convencimento Motivado do Juiz: Art. 155, CPP: “O juiz formará sua convicção
pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua
decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas
cautelares, não repetíveis e antecipadas”.
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15 - (Instituto Acesso - PC/ES - Delegado de Polícia - 2019) “O inquérito policial é um procedimento
administrativo, não judicial, e por isso mesmo pode ter caráter explicitamente inquisitorial, isto é, registrar por
escrito, com fé pública, emprestada pelo cartório que a delegacia possui, informações obtidas dos envolvidos sem
que estes tenham conhecimento das suspeitas contra eles.” (LIMA, Roberto Kant de; MOUZINHO, Glaucia.

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DILEMAS – Vol.9 – no 3 – SET-DEZ 2016 – pp. 505-529). Assinale, a seguir, a característica INCORRETA quanto ao
inquérito policial brasileiro.
a) não possui contraditório e ampla defesa.
b) é escrito.
c) é público.
d) é dispensável.
e) é sigiloso.

GABARITO C -> Art. 20, CPP: “A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato
ou exigido pelo interesse da sociedade”.

ANDAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL:

16 - (VUNESP - EBSERH - Advogado - 2020) Assinale a alternativa cujas informações preenchem, correta e
respectivamente, as lacunas, nos termos do caput do art. 4° do CPP. “A polícia judiciária será exercida _________ no
território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração __________ ”.
a) pelos Delegados de Polícia ... dos fatos que impliquem em crime de ação pública incondicionada
b) pelos Delegados de Polícia ... das infrações penais, mediante autorização judicial
c) pelas autoridades policiais ... das infrações penais e da sua autoria
d) pelas autoridades policiais ... das infrações penais, mediante autorização judicial
e) pelos Juízes Corregedores ... das infrações penais e da sua autoria

GABARITO C -> Art. 4º, CPP: “A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de
suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria”.

17 - (INSTITUTO AOCP - PC/ES - Investigador - 2019) Acerca do inquérito policial brasileiro, assinale a alternativa
correta. A presidência da investigação de natureza criminal é privativa da polícia judiciária.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> A presidência do IP é privativa do Delegado, contudo, outros órgãos administrativos


podem realizar investigações (Ex.: Os inquéritos policiais militares, composto por integrantes da carreira e a
cargo da polícia judiciária militar). Assim é errado afirmar que a presidência da investigação de natureza
criminal é privativa da polícia judiciária.

- Art. 4º, Parágrafo Único, CPP: “A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades
administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função”. Ex.: Os inquéritos policiais militares,
composto por integrantes da carreira e a cargo da polícia judiciária militar.

18 - (CESPE/CEBRASPE - PC/SE - Delegado de Polícia - Curso de Instrução - 2020) Acerca dos meios de provas,
suas espécies, classificação e valoração, julgue o item a seguir. Para a instauração de inquérito policial, bastam
indícios suficientes da existência do crime, sendo dispensável, nesse primeiro momento, prova da materialidade
do delito ou de sua autoria. 8
a) Certo b) Errado

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GABARITO A -> Para fundamentar o início de um inquérito policial (procedimento administrativo) basta,
apenas, os indícios da existência de um crime (materialidade), vez que, a partir das investigações se buscará
conhecer a autoria delitiva. Assim, é dispensável a PROVA cabal da autoria e materialidade para
instauração do inquérito policial, bastando apenas indícios (não prova) de materialidade.

19 - (FGV - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto - 2021) A autoridade policial recebeu denúncia anônima
sobre a existência de um grupo que se destinava a praticar roubos a agências bancárias. Diante da notícia
recebida, com base no entendimento dos Tribunais Superiores, a autoridade policial:
a) terá discricionariedade para instauração ou não do inquérito policial;
b) não poderá adotar qualquer medida, por tratar-se de denúncia anônima;
c) deverá realizar diligências preliminares para averiguação, antes de instaurar o inquérito policial;
d) deverá instaurar imediatamente inquérito policial para apurar o fato;
e) poderá dispensar o inquérito policial e encaminhar as informações recebidas ao órgão ministerial para o
oferecimento imediato de denúncia.

GABARITO C -> A denúncia anônima, por si só, sem qualquer prova atrelada, não é suficiente para
fundamentar a abertura do IP, devendo a autoridade policial realizar diligências preliminares para
averiguação dos fatos e, caso encontre indícios de materialidade, instaurar o inquérito policial.

20 - (GSA CONCURSOS - Prefeitura de Jardinópolis - SC - Advogado - 2019) Marque a alternativa incorreta. Nos
crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
a) Mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público.
b) De ofício.
c) A requerimento de quem tiver qualidade para representar o ofendido, contendo sempre que possível, a
individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o
autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer.
d) A requerimento do ofendido, contendo sempre a narração do fato, com todas as circunstâncias.

GABARITO D -> A passagem “contendo sempre a narração do fato”, deixa a alternativa errada.

Art. 5º, CPP: “Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I - de ofício; II - mediante
requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem
tiver qualidade para representá-lo”.

§ 1º: O requerimento a que se refere o no II conterá SEMPRE QUE POSSÍVEL:


a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de
presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.

21 - (FUMARC - 2021 - PC-MG - Delegado de Polícia Substituto) Considerando as hipóteses de requerimento do


ofendido para a abertura de inquérito policial em crimes de ação pública, é CORRETO afirmar que na dicção
expressa do art. 5º, §2º, do CPP, do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito, caberá
recurso para o delegado regional; caso tal recurso seja indeferido, caberá novo recurso para o chefe de Polícia.
a) Certo b) Errado 9

GABARITO B -> Art. 5º, § 2º, CPP: “Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito
caberá recurso para o chefe de Polícia”.

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22 - (CONSULPLAN - TJ/MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - 2018) Quanto ao inquérito policial,
assinale a alternativa correta. Para deflagrar a instauração de inquérito policial, qualquer pessoa do povo que
tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá comunicá-la à autoridade
policial, desde que o faça por escrito, tendo em vista a vedação constitucional do anonimato.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Não precisa ser por escrito - Art. 5º, § 3º, CPP: “Qualquer pessoa do povo que tiver
conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por
escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará
instaurar inquérito”.

23 - (FCC - MPE-PE - Promotor de Justiça e Promotor de Justiça Substituto - 2022) O inquérito policial, nos crimes
em que a ação pública depender de representação
a) não poderá ser arquivado pelo Ministério Público.
b) não poderá ser instaurado sem a queixa.
c) depende da iniciativa do Ministério Público.
d) não poderá sem ela ser iniciado.
e) exige a manifestação prévia do Ministério Público.

GABARITO D -> Art. 5º, § 4º, CPP: “O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
Representação, não poderá sem ela ser iniciado”.

24 - (FGV - PC-AM - Delegado de Polícia - 2022) Ao chegar a um ”local de fato”, ainda não sabendo que se trata de
um local de crime, de acordo com o Art. 6º do CPP, a primeira providência da Autoridade Policial deve ser a de
a) apreender objetos que tiverem relação com o fato, evitando a perda de objetos potencialmente importantes.
b) ouvir o indiciado, a fim de decidir sobre a necessidade de sua detenção imediata.
c) prender o suspeito, a fim de evitar sua fuga.
d) preservar o local.
e) ouvir o ofendido, para que se defina a área a ser isolada.

GABARITO D -> Art. 06, do CPP:: “Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade
policial deverá”:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a
chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;

25 - (CETAP - Prefeitura de Ananindeua - PA - Guarda Civil Municipal de Ananindeua - 2019) O Código de


Processo Penal deverá ser utilizado para resolveras questão. Logo que tiver conhecimento da prática da infração
penal, o art. 6º determina que a autoridade policial deverá, exceto:
a) apreender os objetos que tiverem relação com o fato, independente de liberação pelos peritos criminais.
b) ordenara identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha
de antecedentes.
c) colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e
o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 10
d) averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos
que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.

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Professor Evaldo Rodrigues

GABARITO A -> Art. 06, do CPP:: “Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade
policial deverá”:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a
chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII, deste
Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos
sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros
elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

26 - (VUNESP - TJ-GO - Titular de Serviços de Notas e de Registros - 2021) Em consonância com os estritos termos
do art. 13 do CPP, sem prejuízo das demais funções, incumbirá à autoridade policial
a) fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e ao julgamento dos processos,
realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público, cumprir os mandados de prisão expedidos
pelas autoridades judiciárias, apenas.
b) fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e ao julgamento dos processos e
realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público, apenas.
c) fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e ao julgamento dos processos,
realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público, cumprir os mandados de prisão expedidos
pelas autoridades judiciárias e representar acerca da prisão preventiva.
d) fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e ao julgamento dos processos,
apenas.

GABARITO C -> Art. 13, do CPP: “Incumbirá ainda à autoridade policial”:


I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos;
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
IV - representar acerca da prisão preventiva.

27 - (VUNESP - TJ-GO - Titular de Serviços de Notas e de Registros - 2021) Em consonância com o art. 7º do CPP,
para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos,
a) desde que o acusado e a vítima concordem com a realização e compareçam ao ato.
b) desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. 11
c) após representação, para tanto, junto ao Juiz de Garantias.
d) devendo, para tanto, realizar a prévia notificação do patrono constituído do acusado.

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GABARITO B -> Art. 07, do CPP: “Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de
determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta
não contrarie a moralidade ou a ordem pública”.

28 - (CESPE - PC/MA - Delegado de Polícia Civil - 2018) Quanto à reprodução simulada, também denominada de
reconstituição do crime, assinale a opção correta.
a) A ausência do indiciado poderá ocorrer por sua vontade, mas esse fato induzirá prova contra si.
b) A participação do indiciado será obrigatória caso haja prova da materialidade e indícios de autoria.
c) A participação do indiciado é obrigatória para que o ato seja considerado válido.
d) A participação do indiciado é facultada à sua vontade.
e) A ausência do indiciado nos crimes que deixem vestígios torna o ato ineficaz.

GABARITO D -> O réu não está obrigado a fazer parte do ato, quer dizer, a dele participar. Neste sentido, há
muito tempo está consolidado o entendimento do STF, decidindo que “aquele que sofre persecução penal
instaurada pelo Estado tem, dentre outras prerrogativas básicas (...) o direito de se recusar a participar, ativa
ou passivamente, de procedimentos probatórios que lhe possam afetar a esfera jurídica, tais como a
reprodução simulada (reconstituição) do evento delituoso e o fornecimento de padrões gráficos ou de padrões
vocais para efeito de perícia criminal”.

29 - (FAPEC - PC-MS - Perito Papiloscopista - 2021) Sobre o Inquérito Policial e suas disposições do Código de
Processo Penal, assinale a alternativa correta. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à
prova, permanecerão na Delegacia de Polícia e não acompanharão os autos do inquérito.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 11, do CPP: “Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova,
acompanharão os autos do inquérito”.

30 - (EDUCA - Prefeitura de Cabedelo/PB - Guardas Metropolitanas de Cabedelo - 2020) Sobre o conceito de


Inquérito Policial, assinale a alternativa CORRETA. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa,
sempre que servir de base a uma ou outra.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 12, CPP: “O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de
base a uma ou outra”.

31 - (FCC - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2019) Marcelo e Márcio
praticaram um roubo contra uma pizzaria situada na cidade de Florianópolis no início da madrugada, subtraindo
todo o dinheiro arrecadado pelo estabelecimento naquele dia. A polícia é acionada e o inquérito policial para
apuração dos fatos é instaurado pela autoridade policial. Pelas imagens das câmeras de segurança do
estabelecimento foi possível a plena identificação dos roubadores. Após representação da autoridade policial o
Magistrado competente decretou a prisão preventiva de Marcelo e Márcio. Os mandados de prisão foram
cumpridos três dias depois do crime. Neste caso, o inquérito policial deverá terminar no prazo de
a) 30 dias, contados da data do crime.
b) 5 dias, contados a partir do dia da execução da ordem de prisão preventiva. 12
c) 10 dias, contados da data do crime.
d) 10 dias, contados a partir do dia da execução da ordem de prisão preventiva.
e) 30 dias, contados a partir do dia da execução da ordem de prisão preventiva.

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GABARITO D -> Art. 10, do CPP: “O inquérito deverá terminar no prazo de 10 DIAS, se o indiciado tiver sido
PRESO em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 DIAS, quando estiver SOLTO, mediante fiança ou sem
ela”.

32 - (FGV - 2021 - PM-CE - Soldado da Polícia Militar) A polícia civil instaurou inquérito para investigar os delitos
de tráfico de drogas e associação para o tráfico (artigos 33 e 35 da Lei nº 11.343/06), após a prisão em flagrante
de Marcos e Mateus que, ao serem abordados, levavam consigo 2 quilos de maconha, cada um, e foram, assim,
indiciados. A substância apreendida foi identificada por laudo de constatação provisório, elaborado por dois
peritos não oficiais. Marcos e Mateus, por sua vez, tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva,
ficando presos durante as investigações. Sobre o procedimento do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
O inquérito policial em questão deve ser concluído no prazo máximo de 10 dias, podendo ser prorrogado pelo
juiz, a pedido da autoridade policial, ouvido o Ministério Público.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Cuidado, quando se tratar da lei de drogas (Lei nº 11.343/06) os prazos são diferentes,
vejamos:

- Lei nº 11.343/06 (Lei de Drogas): Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta)
dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.

Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério
Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.

33 - (FUNDATEC - PC/RS - Delegado de Polícia - 2018) De acordo com o Código de Processo Penal, estando em
pleno curso o delito de sequestro e cárcere privado, compete à autoridade policial:
a) Requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações
cadastrais da vítima ou de suspeitos.
b) Requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados, informações
cadastrais e a interceptação das comunicações telefônicas da vítima e de suspeitos, que deverá ser efetivada no
prazo máximo de 24 horas.
c) Representar judicialmente por mandado de busca e apreensão para legitimar o ingresso no domicílio em que se
encontre a vítima, nos termos do Art. 5º, XI da Constituição Federal.
d) Requisitar, de quaisquer órgãos do poder público, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos e,
mediante ordem judicial, obtê-los de empresas da iniciativa privada.
e) Requisitar, de quaisquer empresas da iniciativa privada e, mediante ordem judicial, requerer dados e
informações cadastrais da vítima ou de suspeitos perante quaisquer órgãos de poder público.

GABARITO A -> Art. 13-A, do CPP: Nos crimes previstos nos arts. 148 (Sequestro e cárcere privado), 149
(Redução a condição análoga à de escravo) e 149-A (Tráfico de Pessoas), no § 3º do art. 158 (Extorsão
mediante a restrição da liberdade da vítima, ou se resulta lesão corporal grave ou morte) e no art. 159
(Extorsão mediante sequestro) do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art.
239 (envio de criança ou adolescente para o exterior) da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da 13
Criança e do Adolescente), o MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ou o DELEGADO DE POLÍCIA poderá
requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e
informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.

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34 - (INÉDITA - Prof. Evaldo Rodrigues - 2021) No que se refere ao crime de sequestro e cárcere privado (art. 148,
CP) é correto afirmar que o Delegado de Polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de
empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos, as quais devem ser
atendida no prazo de 12 (doze) horas e conterá o nome da autoridade requisitante, o número do inquérito policial
e a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159
do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de
julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de
polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada,
dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)

Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: I - o nome
da autoridade requisitante; II - o número do inquérito policial; e III - a identificação da unidade de polícia
judiciária responsável pela investigação.

35 - (CESPE/CEBRASPE - PC/GO - Delegado de Polícia Substituto - 2017) O Código de Processo Penal prevê a
requisição, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações, de disponibilização imediata de sinais que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos de delito em curso, se isso for necessário à prevenção e à
repressão de crimes relacionados ao tráfico de pessoas. Essa requisição pode ser realizada pelo
a) delegado de polícia, independentemente de autorização judicial e por prazo indeterminado
b) Ministério Público, independentemente de autorização judicial, por prazo não superior a trinta dias, renovável
por uma única vez, podendo incluir o acesso ao conteúdo da comunicação.
c) delegado de polícia, mediante autorização judicial e por prazo indeterminado, podendo incluir o acesso ao
conteúdo da comunicação.
d) delegado de polícia, mediante autorização judicial, devendo o inquérito policial ser instaurado no prazo
máximo de setenta e duas horas do registro da respectiva ocorrência policial.
e) Ministério Público, independentemente de autorização judicial e por prazo indeterminado.

GABARITO D -> Art. 13-B, do CPP: Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao
tráfico de pessoas, o MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ou o DELEGADO DE POLÍCIA poderão
requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou
telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e
outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.

§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de
72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial.

36 - (Exército - 2020 - EsFCEx - Direito) É correto afirmar que recentemente o Código de Processo Penal foi
alterado, exigindo-se a presença de defensor
a) nos inquéritos policial-militares, entre outros procedimentos, quando o objeto da investigação estiver
relacionado ao uso da força letal praticado no exercício profissional ou não, de forma consumada ou tentada, e o 14
indiciado for, entre outros, militar das Forças Armadas.

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b) nos inquéritos policiais, entre outros procedimentos, quando o objeto da investigação estiver relacionado ao
uso da força letal praticado no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, e o indiciado for, entre
outros, policial civil.
c) nos inquéritos policial-militares, entre outros procedimentos, quando o objeto da investigação estiver
relacionado ao uso da força letal praticado no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, e o
indiciado for, entre outros, militar das Forças Armadas.
d) nos inquéritos policiais, entre outros procedimentos, quando o objeto da investigação estiver relacionado ao
uso da força letal praticado no exercício profissional ou não, exclusivamente de forma consumada, e o indiciado
for, entre outros, policial civil.
e) nos inquéritos policiais, entre outros procedimentos, quando o objeto da investigação estiver relacionado ao
uso da força letal praticado no exercício profissional ou não, exclusivamente de forma consumada, e o indiciado
for, entre outros, policial militar.

A - ERRADO: A passagem “no exercício profissional ou não” deixa a alternativa errada.


B - GABARITO: - Art. 14-A, do CPP: Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no
art. 144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais
militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso
da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as
situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o
indiciado poderá constituir defensor.
C - ERRADO: Não é militar das Forças Armadas apenas... O correto seria militar das Forças Armadas em
missões para a Garantia da Lei e da Ordem.
D - ERRADO: A passagem “no exercício profissional ou não, exclusivamente de forma consumada,” deixa a
alternativa errada.
E - ERRADO: A passagem “no exercício profissional ou não, exclusivamente de forma consumada,” deixa a
alternativa errada.

ENCERRAMENTO / ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO:

37 - (CESPE / CEBRASPE - DPE-RO - Oficial de Diligência - 2022) Com relação ao inquérito policial, assinale a
opção correta. É indispensável sua instauração e conclusão com indiciamento para o oferecimento da denúncia.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Como o IP é dispensável, bem como é um procedimento administrativo cuja a finalidade é
reunir elementos de prova para que o MP fundamente a denúncia criminal, a ausência de conclusão ou
indiciamento por parte do Delegado, apesar de ser um ato irregular, não é suficiente para tornar a denúncia
do MP inapta, visto que o próprio IP não “era necessário - dispensável”.

38 - (CESPE/CEBRASPE - TJ/BA - Juiz de Direito Substituto - 2019) Aldo, delegado de polícia, recebeu em sua
unidade policial denúncia anônima que imputava a Mauro a prática do crime de tráfico de drogas em um bairro da
cidade. A denúncia veio acompanhada de imagens em que Mauro aparece entregando a terceira pessoa pacotes
em plástico transparente com considerável quantidade de substância esbranquiçada e recebendo dessa pessoa
15
quantia em dinheiro. Em diligências realizadas, Aldo confirmou a qualificação de Mauro e, a partir das
informações obtidas, instaurou IP para apurar o crime descrito no art. 33, caput, da Lei n.º 11.343/2006 — Lei
Antidrogas —, sem indiciamento. Na sequência, ele representou à autoridade judiciária pelo deferimento de

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medida de busca e apreensão na residência de Mauro, inclusive do telefone celular do investigado. Acerca dessa
situação hipotética, assinale a opção correta.
Recebido o IP, verificados a completa qualificação de Mauro e os indícios suficientes de autoria, o juiz poderá
determinar o indiciamento do investigado à autoridade policial.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> O Indiciamento é ato privativo da autoridade policial, no qual, após o transcurso das
investigações, decidirá de a pessoa indiciada está ou não vinculada ao fato. Em regra ocorre quando do
relatório de encerramento do procedimento. O indiciamento deve descrever os elementos de informação
coligidos na investigação preliminar (inquérito policial) que representem indícios suficientes de autoria
relativamente à perpetração de infração penal pela pessoa investigada.

39 - (GUALIMP - Prefeitura de Conceição de Macabu - RJ - Procurador - 2020) Leia o trecho a seguir, extraído do
Código de Processo Penal e assinale ao que segue: “Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de
quaisquer elementos informativos da mesma natureza, (_______________) comunicará à vítima, ao investigado e à
autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na
forma da lei”.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho:
a) O juiz de garantias.
b) O delegado de polícia.
c) O advogado do acusado.
d) O órgão do Ministério Público.

GABARITO D -> ARQUIVAMENTO - PACOTE ANTICRIME: Primeiramente vale ressaltar que o


arquivamento “antigo” do Inquérito Policial (realizado pelo Juiz) foi revogado pela Lei nº 13.964/2019,
conhecida como pacote anticrime. Contudo, tendo em vista a decisão do Ministro Luiz Fux, do Supremo
Tribunal Federal - STF, que suspendeu por tempo indeterminado as novas regras relativas ao
arquivamento do Inquérito Policial do pacote anticrime (novo arquivamento), a antiga redação do
artigo 28, do CPP, mesmo revogado, ainda continua em vigência. Assim na sua prova pode cair os dois
arquivamentos... Nesse caso foi cobrado o arquivamento novo.

- Art. 28, CPP: “Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos
da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade
policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na
forma da lei”. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

40 - (CIEE - TJ/DFT - Estágio - Direito - 2019) Acerca do inquérito policial, previsto no Código de Processo Penal
(CPP), assinale a alternativa correta. No relatório, é vedado à autoridade indicar testemunhas que não tiverem
sido inquiridas.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 10. § 2º, CPP: "No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem
sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas".
16

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41 - (FGV - 2022 - TJ-GO - Juiz Leigo) O Ministério Público requereu, dentro do prazo legal, o arquivamento do
inquérito policial, e o juiz considerou improcedentes as razões por aquele invocadas, remetendo os autos ao
procurador-geral de Justiça. Se este insistir no arquivamento:
a) poderá o ofendido ajuizar ação privada subsidiária;
b) poderá o juiz desarquivar o inquérito policial de ofício;
c) estará o juiz obrigado a atender à determinação de arquivamento do inquérito policial;
d) poderá o juiz remeter os autos a outro membro do Ministério Público para oferecimento de denúncia;
e) deverá o juiz devolver os autos à autoridade policial, a fim de que esta realize as diligências imprescindíveis ao
exercício da ação penal.

GABARITO C -> ARQUIVAMENTO - PACOTE ANTICRIME: Primeiramente vale ressaltar que o


arquivamento “antigo” do Inquérito Policial (realizado pelo Juiz) foi revogado pela Lei nº 13.964/2019,
conhecida como pacote anticrime. Contudo, tendo em vista a decisão do Ministro Luiz Fux, do Supremo
Tribunal Federal - STF, que suspendeu por tempo indeterminado as novas regras relativas ao
arquivamento do Inquérito Policial do pacote anticrime (novo arquivamento), a antiga redação do
artigo 28, do CPP, mesmo revogado, ainda continua em vigência. Assim na sua prova pode cair os dois
arquivamentos... Nesse caso foi cobrado o arquivamento antigo.

- Art. 28, CPP: “Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar
improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-
geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou
insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender”.

42 - (CESPE - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal - 2013) Acerca do inquérito policial (IP), assinale opção correta.
Mesmo em caso de sigilo decretado no IP, a autoridade policial terá de encaminhar ao instituto de identificação os
dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 23, CPP: “Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade
policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que
tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado”.

43 - (CESPE / CEBRASPE - PC-SE - Escrivão de Polícia - 2021) A respeito do inquérito policial, julgue o item
seguinte. Concluído o inquérito policial em que se investiga crime de ação penal privada, os autos deverão,
obrigatoriamente, ser entregues ao ofendido ou seu representante legal, mediante traslado.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 19, CPP: “Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão
remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou
serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado”.

44 - (CESPE / CEBRASPE - PC-PB - Perito Oficial Químico Legal - Área Química - 2022) O arquivamento de
inquérito poderá ser feito 17
a) pelo juiz, a pedido da autoridade policial.
b) pelo juiz, apenas a requerimento do Ministério Público.
c) pela autoridade policial, pelo Ministério Público e pelo juiz.

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d) pela autoridade policial, de ofício ou a pedido da vítima.


e) pelo juiz, de ofício, e a requerimento do Ministério Público.

GABARITO B -> Deve o aluno ficar atento para o fato que a alternativa não trás a possibilidade de
arquivamento pelo Ministério Público, assim, estamos diante das regras do arquivamento antigo - que está
em vigor (quando o Juiz arquivava o IP). No mais, tenha em mente que o juiz não pode arquivar o IP de
ofício, só mediante requerimento do MP.

- Art. 28, CPP: “Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de
considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao
procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para
oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender”.

45 - (CEPERJ - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Advogado - 2022) O Ministério Público, optando em
arquivar o Inquérito Policial, poderá a vítima ou seu patrono em caso de discordância:
a) no prazo de 30 dias, recorrer ao juiz natural da causa, conforme Lei Orgânica.
b) no prazo de 15 dias, recorrer a matéria a revisão da instância superior do MP, conforme Lei Orgânica.
c) no prazo de 15 dias, recorrer para o juiz natural da causa, conforme Lei Orgânica.
d) no prazo de 30 dias do recebimento da comunicação, poderá recorrer a revisão da instância superior do MP,
conforme Lei Orgânica.

GABARITO D -> Deve o aluno ficar atento para o fato que a alternativa afirma que o arquivamento foi
realizado pelo Ministério Público, assim, estamos diante das NOVAS regras de arquivamento - que está
suspensa (pacote anticrime).

- Art. 28, CPP: Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da
mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial
e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).

§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial,
poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da
instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (Redação dada
pela Lei nº 13.964, de 2019).

46 - (INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Uma vez a autoridade judicial determinando o
arquivamento do inquérito policial por não haver base para a denúncia, é possível que a autoridade policial
proceda a novas pesquisas com relação aos mesmos fatos?
a) Sim, a qualquer momento desde que fundamente a decisão.
b) Não, pois, com o arquivamento do inquérito policial, o Estado tacitamente renuncia ao ius puniendi.
c) Sim, caso tenha notícia de outras provas.
d) Não, uma vez que a decisão de arquivamento do inquérito policial faz coisa julgada material.
e) Sim, desde que haja autorização judicial fundamentada.
18
GABARITO C -> Art. 18, CPP: “Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária,
por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras
provas tiver notícia”.

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SIMULADO DIREITO PROCESSUAL PENAL
Professor Evaldo Rodrigues

47 - (CESPE / CEBRASPE - MPE-AP - Promotor de Justiça Substituto - 2021) Considerando a hipótese de que
decisão judicial transitada em julgado tenha homologado o arquivamento de inquérito policial a pedido do
Ministério Público estadual, assinale a opção correta, de acordo com as disposições processuais penais em vigor.
O oferecimento de denúncia, pelo mesmo crime, devido a novas provas caracteriza, em regra, violação do
princípio que veda a revisão pro societate.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Súmula nº 524, do STF: "Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento
do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas".

48 - (FGV - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto - 2021) No curso de inquérito policial, a autoridade
policial indiciou Napoleão pela prática do crime de homicídio qualificado, em que pese os elementos de
informação colhidos demonstrassem de maneira clara que o investigado agiu em legítima defesa. Visando
combater tal decisão e buscar o “trancamento” do inquérito policial, o advogado de Napoleão poderá:
a) interpor recurso para o chefe de polícia;
b) impetrar habeas corpus, sendo competente para julgamento um juiz de 1º grau;
c) impetrar habeas corpus, sendo competente para julgamento o Tribunal de Justiça respectivo;
d) interpor recurso em sentido estrito, sendo competente para julgamento um juiz de 1º grau;
e) impetrar habeas corpus para análise pelo chefe de polícia.

GABARITO B -> É possível o trancamento do Inquérito Policial realizado mediante Habeas Corpus dirigido
para o Tribunal de Justiça ou para o Magistrado competente, dependendo da autoridade coatora, uma vez
que a instauração de IP, sem fundamentação para tanto, por si só já é uma ameaça ao direito de liberdade
do indivíduo.

49 - (IDECAN - PEFOCE - Engenharia Civil - 2021) Leandro e Paula estão sendo investigados pela prática de
determinada infração penal. No curso da investigação, fica demonstrado que ambos atuaram na prática do delito,
em verdadeira conexão intersubjetiva concursal. Relatado o inquérito policial e enviado ao Ministério Público,
este oferece denúncia apenas em relação a Leandro, nada mencionando em relação a Paula. O Magistrado
competente para avaliar a denúncia não percebe esse equívoco do Ministério Público e recebe a peça processual,
dando início à ação penal exclusivamente em relação a Leandro. Atento à doutrina que aceita o denominado
arquivamento implícito do inquérito policial, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) O arquivamento implícito ocorre quando há omissão do Ministério Público por não ter imputado na denúncia a
autoria do delito praticado pela Paula, bem como do Magistrado por não instar o órgão do MP a se pronunciar
sobre todos os fatos e pessoas tratados na investigação policial.
b) Caso o juiz tivesse percebido o equívoco do membro do Ministério Público, não restaria configurado o
arquivamento implícito em relação a Paula.
c) Para que ocorra o arquivamento implícito do inquérito policial, tanto o Ministério Público quanto o Juiz, cada
um em sua função processual, não percebem a ausência de um fato investigado ou um dos indiciados na peça
inaugural da ação penal.
d) No curso da instrução criminal, caso o Ministério Público perceba o equívoco de não ter oferecido denúncia em
relação a Paula, poderá aditar a denúncia para incluir Paula na relação processual.
e) O Ministério Público não poderá aditar a denúncia para incluir Paula na relação processual, haja vista a 19
ocorrência do arquivamento implícito, pois o MP tinha conhecimento de que Paula teria participado do delito
antes do oferecimento da denúncia (no IPL) e deixou de incluí-la na peça processual.

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SIMULADO DIREITO PROCESSUAL PENAL
Professor Evaldo Rodrigues

GABARITO D -> - Conceito: Segundo Afrânio Silva Jardim, “entende-se por arquivamento implícito o
fenômeno de ordem processual decorrente de o titular da ação penal deixar de incluir na denúncia algum fato
investigado ou algum dos indiciados, sem expressa manifestação ou justificação deste procedimento. Este
arquivamento se consuma quando o juiz não se pronuncia na forma do art. 28 com relação ao que foi omitido
na peça acusatória” (Direito processual penal. 11ª ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2002. p. 170).

- OBS: O arquivamento implícito ocorre quando há omissão do Ministério Público por não ter imputado na
denúncia a autoria do delito praticado pelo investigado, bem como do Magistrado por não instar o órgão do
MP a se pronunciar sobre todos os fatos e pessoas tratados na investigação policial. Note que, caso o juiz
perceba o equívoco do Ministério Público, não restaria configurado o arquivamento implícito. Assim, para
que ocorra o arquivamento implícito do inquérito policial, tanto o Ministério Público quanto o Juiz, cada um
em sua função processual, não devem perceber a ausência de um fato investigado ou um dos indiciados na
peça inaugural da ação penal.

- OBS: No arquivamento implícito, caso o Ministério Público perceba, durante o curso da instrução criminal,
o equívoco de não ter oferecido denúncia em relação a um dos investigados, não poderá aditar a denúncia
para incluir o investigado na relação processual (subtende que o MP tinha conhecimento da participação do
investigado no delito, antes do oferecimento da denúncia, contudo deixou de incluí-lo na peça processual).

O Arquivamento Implícito é Legal? NÃO... A jurisprudência é vasta no sentido de que o arquivamento


implícito não é admitido no ordenamento jurídico brasileiro.

50 - (INSTITUTO AOCP - PC-GO - Escrivão de Polícia da 3ª Classe - 2023) A respeito do inquérito policial, assinale
a alternativa INCORRETA.
a) Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar
quaisquer anotações referentes à instauração de inquérito contra os requerentes.
b) Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça natural, pode a
ação penal ser iniciada sem novas provas caso o promotor de justiça substituto opine diversa e posteriormente.
c) Na hipótese de crimes relacionados ao tráfico de pessoas com autorização de captação de sinais de
posicionamento da estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência, o inquérito policial deverá
ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência
policial.
d) Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de
Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os
dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
e) Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública
poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das
informações, mandará instaurar inquérito.

GABARITO B -> A passagem “pode a ação penal ser iniciada SEM novas provas” deixa a alternativa errada.

20

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AÇÃO PENAL (ART. 24º ao ART. 62º, do CPP)

INTRODUÇÃO:

51 - (CESPE - TJ-DFT - Técnico Judiciário - Administrativa - 2015) Acerca da ação penal e suas espécies, julgue o
item seguinte. A legitimação ativa para a ação penal e a definição de sua natureza decorre da lei, sendo, de regra,
ação pública, salvo se a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 100, CP: “A ação penal é pública, salvo quando a lei, expressamente, a declara privativa
do ofendido”.

52 - (IBFC - PM-PB - Soldado da Polícia Militar - 2018 - Adaptada) Relativamente à ação penal, assinale a
alternativa correta: Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do interesse ou do patrimônio dos
entes federativos, a ação penal será pública
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 24, § 2º, CPP: “Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou
interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública”.

AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA:

53 - (VUNESP - PM-SP - Oficial do Quadro Auxiliar - 2018) Nos termos do artigo 40 do Código de Processo Penal,
quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de ação
pública:
a) requisitarão do Ministério Público o início da ação penal.
b) requisitarão do Delegado Geral a instauração de inquérito policial.
c) remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia.
d) darão vista à parte contrária para que se manifeste sobre o interesse em oferecer representação, no prazo
legal.
e) aguardarão o trânsito em julgado do processo original e, confirmada a convicção inicial, requisitarão do
Delegado Geral a instauração de inquérito policial.

GABARITO C -> Art. 40, CPP: “Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais
verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os
documentos necessários ao oferecimento da denúncia”.

54 - (FGV - IMBEL - Advogado - 2021 - Adaptada) Relativamente à ação penal, assinale a alternativa correta.
Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação penal 21
privada, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os
elementos de convicção
a) Certo b) Errado

@ProfessorEvaldoRodrigues | 2023
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GABARITO B -> Art. 27, CPP: “Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público,
nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e
indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção”.

55 - (INÉDITA - Prof. Evaldo Rodrigues - 2022) É correto afirmar que o Promotor de Justiça que participa, in loco,
das investigações criminais será considerado “impedido” para propor a ação penal, já que investigou, de maneira
discricionária, os fatos atribuídos ao réu.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Súmula nº 234, STJ: “A participação de membro do MP na fase investigatória criminal não
acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia”.

56 - (FEPESE - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil - 2017) Assinale a alternativa que indica corretamente o princípio
processual penal, em que a autoridade policial tem o dever legal de instaurar o inquérito policial quando da
ciência da prática de um crime que se apure mediante ação penal pública incondicionada.
a) princípio da oficialidade
b) princípio da obrigatoriedade
c) princípio do delegado natural
d) princípio da indisponibilidade
e) princípio do impulso oficial

GABARITO B -> Obrigatoriedade (legalidade processual): Estando presentes os requisitos legais


(indícios suficientes de autoria e materialidade), o Ministério Público está obrigado a oferecer a denúncia
para que o processo seja iniciado. Não cabe ao MP juízo de conveniência ou oportunidade.

57 - (FCC - MPE-SE - Analista - Direito - 2010) Dispõe o Código de Processo Penal que será admitida ação privada
nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. Essa regra constitui exceção ao princípio da
a) indisponibilidade
b) legalidade
c) intranscendência
d) obrigatoriedade
e) oficialidade

GABARITO E -> Na ação privada subsidiária da pública a vítima assume a titularidade da ação penal em
conjunto com o MP. Assim, trata-se de uma exceção ao princípio da oficialidade, o qual afirma que o órgão
oficial da ação penal é o Ministério Público.

58 - (CESPE - PM-AL - Soldado da Polícia Militar - 2018) Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma
situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito do inquérito policial e da ação penal.
Situação hipotética: O Ministério Público ofereceu denúncia contra Marcos, imputando-lhe o crime de furto.
Durante a instrução processual da ação penal, foram reunidas provas da inocência do acusado. Assertiva: Nessa
situação, o Ministério Público não poderá desistir da ação penal; todavia, como defensor dos direitos e das
garantias sociais, deverá pedir a absolvição de Marcos. 22
a) Certo b) Errado

@ProfessorEvaldoRodrigues | 2023
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GABARITO A -> Indisponibilidade ou Indesistibilidade: Em decorrência do princípio da obrigatoriedade,


uma vez proposta a ação penal, o Ministério Público não pode dela dispor. Não pode o órgão ministerial,
sequer, desistir do recurso interposto. Perceba que o MP não é obrigado a recorrer, contudo, se o fizer, não
poderá desistir do recurso manejado.

- Art. 42, CPP: “O Ministério Público não poderá desistir da ação penal”.

- OBS: Apesar de não poder desistir da ação, o MP pode, em sede de alegações finais, pleitear a absolvição do
réu, impetrar habeas corpus em favor deste, e até recorrer para beneficiá-lo.

59 - (UPENET/IAUPE - PM-PE - Aspirante da Polícia Militar - 2014) A ação penal somente pode ser proposta a
quem se imputa a prática da infração penal. Outra pessoa, ainda que tenha obrigações de caráter civil, decorrentes
do delito, não pode ser incluída na ação. Isso em função do princípio
a) da obrigatoriedade.
b) da indisponibilidade.
c) da intranscendência.
d) da oficialidade.
e) do juiz natural.

GABARITO C -> Intranscendência ou Pessoalidade: A ação só pode ser proposta contra quem praticou o
delito. A demanda não pode prejudicar terceiros que não tenham concorrido de alguma forma para o
cometimento da infração. O falecimento do autor do fato não impede que os herdeiros, até o valor da
herança, estejam obrigados a indenizar a vítima pelos danos causados.

60 - (IDECAN - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil - 2021) Jorge foi preso em flagrante pela prática do delito de
roubo. Durante as investigações, descobriram-se mais vítimas dessa prática criminosa, angariando-se mais
documentação que comprovariam esses demais delitos praticados por Jorge. Como se sabe, esses autos são
enviados ao Ministério Público, que é quem tem, por lei, a função privativa de promover a ação penal pública. Em
relação à ação penal, assinale a alternativa correta.
a) O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do
Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado.
b) O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 10 dias, contado da data em que o órgão
do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 20 dias, se o réu estiver solto ou afiançado.
c) O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do
Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 20 dias, se o réu estiver solto ou afiançado.
d) O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 10 dias, contado da data em que o órgão
do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado.
e) O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 15 dias, contado da data em que o órgão
do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 30 dias, se o réu estiver solto ou afiançado.

GABARITO A -> Art. 46, CPP: “O prazo para oferecimento da denúncia, estando o RÉU PRESO, será de 05
DIAS, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15
DIAS, se o RÉU ESTIVER SOLTO OU AFIANÇADO”.
23

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61 - (VUNESP - PM-SP - Oficial do Quadro Auxiliar - 2016) Quanto ao prazo para oferecimento de denúncia
previsto no Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta.
a) O Ministério Público deverá oferecer denúncia no prazo de 10 dias se o indiciado estiver preso e no prazo de 15
dias se o indiciado estiver solto.
b) O prazo para oferecimento de denúncia é contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os
autos do inquérito policial ou, caso o inquérito policial seja dispensado, da data em que tiver recebido as peças de
informação ou a representação.
c) O Ministério Público deverá oferecer denúncia no prazo de 05 dias se o indiciado estiver preso e, se solto, no
prazo de 20 dias.
d) Não há prazo diferenciado para o oferecimento de denúncia, estando o indiciado preso ou solto.
e) O Ministério Público deverá oferecer denúncia no prazo de 30 dias, contados do recebimento dos autos do
inquérito policial, estando o indiciado preso ou solto.

A - ERRADO: 05 dias réu preso.


B - GABARITO: Art. 46, § 1º, do CPP: “Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo
para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a
representação”.
C - ERRADO: 15 dias réu solto.
D - ERRADO: 05 dias réu preso e 15 dias réu solto.
E - ERRADO: O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 05 dias, contado da
data em que o órgão do ministério público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu
estiver solto ou afiançado.

62 - (IDECAN - PEFOCE - Médico Patologista - 2021 - Adaptada) A doutrina brasileira considera a persecução
penal como a soma da atividade investigatória com a ação penal promovida pelo Ministério Público. No estudo da
ação penal, observam-se algumas espécies, como a ação penal pública e a ação penal privada, que ainda se
subdividem. Com relação às espécies de ação penal, assinale a afirmativa CORRETA. As contravenções penais são
todas de ação penal pública condicionada à representação.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> CONTRAVENÇÕES PENAIS: Regida pela Lei nº 3.688, de 03 de outubro de 1941, as
contravenções penais lá expostas são todas de ação penal pública incondicionada, ou seja, o titular da ação
é o Ministério Público, o qual pode ingressar com a denúncia de ofício, sem qualquer tipo de provocação.
Nesse sentido vejamos:

- Art. 17 da LCP: “A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder de ofício”.

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA:

63 - (CESPE - STJ - Analista Judiciário - Judiciária - 2018) Acerca do inquérito policial, do acusado e seu defensor e
da ação penal, julgue o item que se segue. O titular da ação penal pública condicionada é o Ministério Público.
a) Certo b) Errado 24

GABARITO A -> Apesar da ação penal pública condicionada necessitar de representação do ofendido, por
exemplo, o titula da ação (quem vai entrar com a denúncia em juízo) é o MP.

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64 - (FAPEC - PC-MS - Perito Médico Legista - 2021) Sobre a Ação Penal Pública Condicionada, assinale a
alternativa correta.
a) Será promovida por denúncia do Ministério Público, independente de representação do ofendido.
b) Será promovida por denúncia do Ministério Público, independente de requisição do Ministro da Justiça.
c) Será promovida por denúncia do Ministério Público, desde que haja requisição do Ministro da Justiça ou de
representação do ofendido.
d) Será promovida por denúncia do Delegado de Polícia, desde que haja requisição do Ministro da Justiça ou de
representação do ofendido.
e) Será promovida por denúncia do ofendido.

GABARITO C -> Art. 24, CPP: “Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério
Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo”.

65 - (CESPE / CEBRASPE - CODEVASF - Assessor Jurídico - 2021) Com relação ao processo penal, julgue o item
subsequente. A representação da vítima é uma condição de procedibilidade para a ação penal que dispensa
formalidade, bastando a intenção das vítimas em autorizar essa persecução penal.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> A Representação Tem Rigor Formal (Formalismo)? NÃO... Segundo o STF, a representação
não tem rigor formal podendo ser realizada de maneira escrita ou oral, desde que demonstre o interesse da
vítima em ver o réu denunciado.

66 - (FUNCAB - PC-ES - Escrivão de Polícia - 2013) O prazo para o oferecimento da representação, no caso de
crime de ação penal pública condicionada à representação, é de 6 (seis) meses, contados:
a) do dia em que se consumou o crime ou cessou a atividade criminosa, no caso de tentativa, bem como no dia que
cessou a permanência nos crimes permanentes.
b) do conhecimento da autoria do crime pela vítima ou por seu representante legal.
c) da inércia do Ministério Público.
d) do dia em que a autoridade policial tomou conhecimento do crime.
e) do dia em que o Ministério Público recebeu os autos do inquérito policial ou as peças de informação.

GABARITO B -> Art. 38, CPP: “Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá
no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia
em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 291, do dia em que se esgotar o prazo para o
oferecimento da denúncia”.

67 - (Fundação La Salle - SUSEPE-RS - Agente Penitenciário - 2017) O órgão do Ministério Público dispensará o
inquérito policial, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e,
neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de:
a) 05 (cinco) dias.
b) 10 (dez) dias.
c) 15 (quinze) dias. 25

1
Art. 29, CPP: “Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público
aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso
e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal”.

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d) 30 (trinta) dias.
e) 45 (quarenta e cinco) dias.

GABARITO C -> Art. 39, § 5°, do CPP: “O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a
representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a
denúncia no prazo de quinze dias”.

68 - (CESPE / CEBRASPE - PM-AL - Soldado Combatente - 2021) Com relação ao direito processual penal, julgue o
item a seguir. O direito de representação pode ser exercido mediante declaração dirigida ao juiz, ao Ministério
Público ou à autoridade policial.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 39, CPP: “O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por
procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do
Ministério Público, ou à autoridade policial”.

69 - (CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Conhecimentos Gerais (Perito Criminal e Médico) - 2016) Conforme o
Código de Processo Penal (CPP), pode ocorrer a decadência na
a) ação penal pública condicionada a representação do ofendido ou de seu representante legal.
b) ação penal privada subsidiária da pública em que o Ministério Público retome a ação como parte principal.
c) ação penal pública incondicionada.
d) ação penal pública condicionada a requisição do ministro da Justiça.
e) E ação penal por crime praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União.

GABARITO A -> A decadência ocorre quando a vítima, por exemplo, perde o prazo de seis meses, contados
do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, para propor a representação (ação penal pública
condicionada) ou entrar com a queixa crime na justiça (ação penal privada). Assim a decadência só ocorre
na ação pública condicionada a representação do ofendido e na ação privada. Vale ressaltar que o prazo de
natureza decadencial não se interrompe, não se suspende nem se prorroga, bem como incluindo-se o dia do
começo e excluindo-se o último dia.

70 - (INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Em se tratando de ação penal pública condicionada,
assinale a alternativa correta em relação à representação do ofendido.
a) A representação é retratável até a sentença de primeiro grau.
b) Oferecida a denúncia, a representação torna-se irretratável.
c) A representação é retratável em qualquer fase do processo.
d) Uma vez efetivada a representação, não há que se falar em retratação.
e) Recebida a denúncia, a representação torna-se irretratável.

GABARITO B -> Art. 25, CPP: “A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia”.

71 - (CESPE / CEBRASPE - DPE-RO - Oficial de Diligência - 2022) Jonas foi vítima de crime de ação penal pública
condicionada, tendo representado no prazo legal. Durante o processo, resolveu reconciliar-se com o réu e o
convidou para ser padrinho de seu filho. Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. 26
a) O Ministério Público deve desistir da ação proposta, por não haver mais interesse de agir.
b) A representação de Jonas feita no prazo é irretratável e impede a prescrição do crime.
c) O juiz deve absolver o réu, se ele aceitar o perdão dado por Jonas.

@ProfessorEvaldoRodrigues | 2023
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d) A reconciliação de Jonas com o réu não interfere no andamento da ação penal pública, desde que tenha sido
oferecida a denúncia.
e) Jonas poderá retratar-se da representação, por escrito e a qualquer tempo, antes de a sentença transitar em
julgado.

GABARITO D -> A retratação da representação na ação penal pública condicionada pode ocorrer até o
oferecimento da denúncia pelo Ministério Público. Assim, no caso acima, a retratação foi feita durante o
“processo”, ou seja, depois de recebida a denúncia pelo juiz, de modo que o processo deve prosseguir já que
não cabe mais retratação.

- Art. 25, CPP: “A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia”.

72 - (FCC - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto 2019) Ao tratar da iniciativa da ação penal, o Código de
Processo Penal, estabelece, como regra, que a iniciativa será do Ministério Público. Todavia, mesmo nos crimes de
ação pública, por vezes, a lei exige a representação do ofendido. Declarado judicialmente ausente o ofendido,
terão qualidade para representá-lo APENAS
a) os herdeiros necessários, o curador especial ou advogado constituído.
b) o cônjuge, ascendente ou descendente.
c) o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
d) os sucessores ou curador.
e) os sucessores ou tutor.

GABARITO C -> Art. 24, § 1º, CPP: “No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão”.

73 - (FCC - TJ-SE - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2009 - Adaptada) No que diz respeito ao direito de
representação, é correto afirmar: Sendo a vítima menor de 18 anos, o direito de representação passará ao
representante do Ministério Público.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Caso o ofendido seja menor de 18 (dezoito) anos, mentalmente enfermo ou retardado
mental o direito de representação será exercido por seu representante legal (avós, irmãos, tios, ou seja,
quem detém a “guarda” do menor ou seja representante legal do maior mentalmente enfermo ou retardado
mental).

74 - (CESPE - DPE-DF - Procurador - Assistência Judiciária - Segunda Categoria - 2006) De acordo com o direito
processual penal e com o Código de Processo Penal (CPP), julgue os itens que se seguem. Os menores de dezoito
anos civilmente casados podem exercer a titularidade da ação penal, uma vez que são emancipados nos termos da
lei civil.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Menor de 18 Anos Emancipado Pode Representar? NÃO já que a capacidade plena que
detém é só para os atos da vida civil e não penal.
27
75 - (CESPE - PC-MA - Escrivão de Polícia Civil - 2018) Assinale a opção correta relativamente ao direito de
representação como condição de procedibilidade da ação penal. O direito penal restringe-se ao trato da
responsabilidade subjetiva, razão por que as pessoas jurídicas estão impedidas de representar.
a) Certo b) Errado

@ProfessorEvaldoRodrigues | 2023
SIMULADO DIREITO PROCESSUAL PENAL
Professor Evaldo Rodrigues

GABARITO B -> Pessoas Jurídicas pode representar? SIM... Quando vítimas de infração podem representar
por intermédio de seus representantes, no silêncio destes, por seus diretores ou sócios-administradores.
(aplicação do art. 37, do CPP, de maneira extensiva);

76 - (ADVISE - Prefeitura de Coremas - PB - Advogado - 2021) Guliver, servidor público municipal, foi vítima de
crime de injúria em razão de suas funções. Em decorrência desse fato, foi instaurado inquérito policial para
investigar a notícia crime, sendo identificado o acusado. Analisando o fato acima narrado e de acordo com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é CORRETO afirmar que:
a) Guliver poderá optar por ofertar a queixa crime assistido por um advogado, ou oferecer representação ao
Ministério Público, para que seja analisada a possibilidade de oferecimento de denúncia.
b) Caberá exclusivamente a Guliver dar prosseguimento à ação, assistido por um advogado, mediante queixa
crime.
c) Caberá ao Ministério Público oferecer denúncia, independentemente da representação de Guliver.
d) Caberá ao Ministério Público oferecer denúncia após a representação da pretensa vítima, mas Guliver não
poderá optar por oferecer queixa-crime.
e) Guliver deverá apresentar perante o Juízo processante a representação, o que pode ser feito sem a necessidade
de advogado, externando seu desejo de dar prosseguimento ao feito.

GABARITO A -> Súmula nº 714, STF: “É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do
Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra
de servidor público em razão do exercício de suas funções”.

77 - (CESPE - DPU - Agente Administrativo - 2010) No que diz respeito à ação penal pública condicionada à
requisição do ministro da Justiça, assinale a opção correta.
a) A requisição ministerial, para propositura de ação penal pública condicionada, está sujeita ao prazo
decadencial de seis meses, contado do dia em que o ministro da Justiça vier a saber quem é o autor do crime.
b) A requisição do ministro da Justiça impõe ao MP o dever de ofertar denúncia.
c) A definição jurídica do fato delituoso feita pelo ministro da Justiça, na requisição, vincula o juiz criminal que irá
julgar a causa.
d) Nos crimes contra o patrimônio da União, é indispensável a requisição do ministro da Justiça.
e) A requisição do ministro da justiça, na ação penal pública condicionada, é condição de procedibilidade.

A - ERRADO: A requisição do Ministro da Justiça não possui um prazo específico, ou seja, pode ser ofertada
a qualquer tempo, enquanto a infração não estiver prescrita, ou a punibilidade não estiver extinta por
qualquer outra causa.
B - ERRADO: O Ministério Público não está obrigado a oferecer a denúncia e consequentemente acatar a
requisição feita pelo Ministro da Justiça, vez que a requisição é apenas uma condição de procedibilidade
para o oferecimento da denúncia (a requisição do Ministro da Justiça não vincula o MP), contudo, caso se
verifique indícios fortes e suficientes de autoria e materialidade para fundamentar a ação penal, o
Ministério Público deve ofertar denúncia (princípio da obrigatoriedade).
C - ERRADO: Não vincula o juiz criminal
D - ERRADO: A ação penal será pública incondicionada.
E - GABARITO: 28

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78 - (IBFC - TJ-PE - Oficial de Justiça - 2017 - Adaptada) Acerca dessa modalidade de ação penal, assinale a
alternativa correta. Caberá ao Ministro da Justiça apresentar requisição para o prosseguimento de ação penal
pública nos casos previstos em lei em que se verifica o cometimento de crimes em face do Presidente da
República. A requisição é ato administrativo irrevogável e não há prazo legal para a sua apresentação
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Não cabe retratação da requisição, pois esta revelaria fragilidade do Estado brasileiro (é
ato administrativo irrevogável).

AÇÃO PENAL PRIVADA:

79 - (CONSULPLAN - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento - 2018) No sistema jurídico
brasileiro, considerando-se a modalidade de ação penal e a terminologia adequada dos institutos processuais, é
correto afirmar que:
a) Nos crimes de ação penal privada, a queixa deve ser apresentada exclusivamente perante a Autoridade
Judiciária, mediante assistência técnica de advogado.
b) Nos crimes de ação penal pública, a queixa deve ser apresentada pelo ofendido perante o Delegado de Polícia,
funcionando como causa de suspensão da prescrição.
c) Nos crimes de ação penal privada, a denúncia deve ser apresentada pelo Ministério Público, perante o Juiz de
Direito, até 6 (seis) meses após a representação do ofendido.
d) Nos crimes de ação penal privada, a queixa deve ser apresentada por advogado perante o Delegado de Polícia,
funcionando como causa de interrupção da prescrição.

A - GABARITO: Como a queixa crime é um ato formal que provoca o início da ação penal privada, deve ser
impetrada na justiça por meio de advogado constituído ou defensor público. Assim, caso o querelante não
possua condições financeiras para arcar com os custos de um advogado o Estado deve proporcionar um
defensor.
B - ERRADO: Nos crimes de ação penal pública não cabe a “queixa”. Nesse caso o MP oferece a denúncia.
C - ERRADO: Nos crimes de ação penal privada, não cabe a “denúncia”. Nesse caso a vítima oferece a
queixa-crime.
D - ERRADO: Nos crimes de ação penal privada, a queixa deve ser apresentada por advogado perante a
Autoridade Judiciária.

80 - (VUNESP - TJ-SP - Juiz Substituto - 2015) Conforme o artigo 41, do Código de Processo Penal, “A denúncia ou
queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das
testemunhas”. Portanto, a peça acusatória
a) precisa apresentar algumas das condutas alegadamente praticadas pelo agente.
b) deve descrever os fatos ilícitos, ainda que não em sua totalidade.
c) pode conter elementos que sejam prescindíveis, mas relevantes para a imputação.
d) necessita trazer a descrição do comportamento delituoso de forma escorreita.
29
A - ERRADO: Deverá conter toda a exposição do fato criminoso, não “algumas das condutas”.
B - ERRADO: Deve ser na sua totalidade.
C - ERRADO: Tratam-se de elementos imprescindíveis.

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D - GABARITO:

81 - (INSTITUTO AOCP - PC-PA - Escrivão de Polícia Civil - 2021 - Adaptada) Conforme o Código de Processo
Penal, assinale a alternativa correta. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo
constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais
esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 44, CPP: “A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo
constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais
esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal”.

82 - (FGV - MPE-SP - Oficial de Promotoria - 2023) No mês de janeiro de 2023, Luísa sofreu graves ameaças a sua
integridade física proferidas por Anísio. Luísa ficou bastante apavorada com as ameaças e relatou o fato a seu pai,
Joaquim, à sua filha, Ana, então com 18 anos de idade, e à sua irmã, Jussara, de 25 anos de idade.
No mês seguinte, Anísio cumpriu a ameaça e assassinou Luísa. Sobre o delito de ameaça, sujeito à representação,
assinale a afirmativa correta.
a) O direito de representação é personalíssimo, extinguindo-se com o falecimento da ofendida.
b) O direito de representação poderá ser exercido por Joaquim, Ana ou Jussara, nesta ordem.
c) O direito de representação poderá ser exercido por Ana, Joaquim ou Jussara, nesta ordem.
d) O direito de representação poderá ser exercido por Ana, apenas.
e) O direito de representação poderá ser exercido por Joaquim, apenas.

GABARITO B -> Art. 24, § 1º, CPP: “No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão”.

83 - (CESPE - TJ-PA - Auxiliar Judiciário - 2020) Acerca de ação penal, julgue os itens a seguir. Em se tratando de
ação penal privada, se houver pluralidade de agentes, o ofendido não poderá processar apenas um dos autores do
delito.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Princ. Da Indivisibilidade: A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao
processo de todos (ou processa todos ou não processa ninguém).

84 - (FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - IX - Primeira Fase - 2012 - Adaptada) Tendo como base o instituto
da ação penal, assinale a afirmativa correta. Na ação penal privada vigora o princípio da oportunidade ou
conveniência.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> O princípio de oportunidade ou conveniência significa que o querelante oferece a queixa
crime se lhe for conveniente. Difere da ação penal pública, uma vez que o Ministério Público é obrigado a
oferecer denúncia no caso de reunidos os pressupostos legais.

85 - (UFMT - DPE-MT - Defensor Público - 2016) São princípios que regem a ação penal privada:
a) obrigatoriedade e intranscendência.
b) indivisibilidade e obrigatoriedade. 30
c) oportunidade e indisponibilidade.
d) instranscendência e indisponibilidade.
e) disponibilidade e indivisibilidade.

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A - ERRADO: Obrigatoriedade está errado é oportunidade ou conveniência.


B - ERRADO: Obrigatoriedade está errado é oportunidade ou conveniência.
C - ERRADO: Indisponibilidade está errado, é Disponibilidade
D - ERRADO: Indisponibilidade está errado, é Disponibilidade
E - GABARITO:

86 - (CESPE / CEBRASPE - DPE-RO - Oficial de Diligência - 2022 - Adaptada) Considerando a hipótese de Naldo e
Zeca terem sido indiciados pela prática de crime de ação penal privada contra Bernardo, assinale a opção correta.
O Ministério Público não é titular da ação penal, razão pela qual não tem acesso à queixa-crime.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 48, CPP: “A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e
o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade”.

87 - (CESPE - MPE-CE - Promotor de Justiça de Entrância Inicial - 2020) João sofreu calúnia, mas veio a falecer
dentro do prazo decadencial de seis meses, antes de ajuizar ação contra o ofensor. Ele não tinha filhos e mantinha
um relacionamento homoafetivo com Márcio, em união estável reconhecida. João era filho único e tinha como
parente próximo sua mãe.
Nessa situação hipotética, o ajuizamento de ação pelo crime de calúnia
a) somente poderá ser promovido pela mãe de João.
b) poderá ser realizado pelo Ministério Público.
c) poderá ser realizado por Márcio.
d) não é cabível, haja vista a morte de João
e) deverá ser realizado por curador especial, a ser nomeado para essa finalidade.

GABARITO C -> Como a união estável equivale ao casamento o ajuizamento de ação pode ser feita por
Márcio.

- Art. 31, CPP: “No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de
oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão” (na ordem).

88 - (FCC - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - 2010) Se comparecer mais de uma pessoa
com direito de queixa, terá preferência, nessa ordem,
a) o ascendente, cônjuge, descendente ou irmão.
b) descendente, ascendente, cônjuge ou irmão.
c) o descendente, cônjuge, ascendente ou irmão.
d) o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
e) o cônjuge, descendente, ascendente ou irmão.

GABARITO D -> Art. 36, CPP: “Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o
cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo,
entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone”.
31

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89 - (FUNDEP (Gestão de Concursos) - DPE-MG - Defensor Público - 2014 - Adaptado) A respeito da ação penal e
temas afins, analise as afirmativas a seguir. Se o ofendido for menor de 18 anos, mentalmente enfermo ou tiver
retardo mental e não houver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de
queixa poderá ser exercido por curador especial nomeado no juízo cível competente.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 33, CPP: “Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado
mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa
poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo
juiz competente para o processo penal”.

90 - (FGV - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto - 2021) Ao sair de sua casa, em 17/05/2020, Miriam foi
surpreendida por faixa anônima estendida na via pública com diversas ofensas à sua honra. Diante da humilhação
sofrida, Miriam deixou o país e foi morar no exterior sem se interessar em descobrir o responsável pelos fatos. Em
03/01/2021, Miriam recebeu mensagem de Sandra, sua antiga vizinha, confessando ser ela a autora das ofensas,
bem como esclarecendo que informou os fatos ao delegado de polícia, em razão de seu arrependimento. Miriam
entrou em contato com seu advogado, em 25/01/2021, para esclarecimentos jurídicos, informando que
permanece no exterior. O advogado deverá esclarecer naquela data que o crime praticado seria de injúria, de ação
penal privada, logo:
a) a abertura do inquérito policial poderá ser determinada pela autoridade policial, diretamente, mas a ação penal
depende da iniciativa da vítima;
b) a abertura do inquérito policial não poderá ser determinada pela autoridade policial nem requerida por
Miriam, pois operou-se o prazo prescricional para representação;
c) a queixa-crime poderá ser oferecida por Miriam, mas, se através de procurador, exigem-se poderes especiais;
d) a inicial acusatória não poderá ser oferecida por Miriam, pois operou-se o prazo decadencial;
e) a queixa-crime poderá ser oferecida por Miriam, pessoalmente ou por procurador sem poderes especiais.

GABARITO C -> Art. 38, CPP: “Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá
no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia
em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o
oferecimento da denúncia”.

91 - (FGV - DPE-RO - Técnico da Defensoria Publica - Técnico Administrativo - 2015) Ilídio e Ortega ofenderam a
honra de Luana, praticando um crime único, em concurso de agentes, de injúria. Luana procura um advogado na
intenção de propor queixa-crime contra Ilídio, explicando que, por ter sentimentos por Ortega, não deseja contra
ele iniciar uma ação. Diante disso, vai à Delegacia, antes de adotar qualquer medida judicial, e expressamente
renuncia ao direito de propor queixa contra Ortega por esses fatos. Nesse caso, é correto afirmar que a queixa-
crime posteriormente proposta em face de Ilídio:
a) deverá ser recebida pelo magistrado, desde que o advogado apresente procuração com poderes especiais;
b) não poderá ser recebida pelo magistrado, pois o perdão do ofendido a um dos autores do crime aos demais se
estende;
c) deverá ser recebida pelo magistrado, pois a renúncia do ofendido é ato individual, não se estendendo aos
demais agentes;
d) não poderá ser recebida pelo magistrado, pois a renúncia do ofendido a um dos autores do crime aos demais se 32
estende;
e) deverá ser recebida pelo magistrado, bastando que seja conferida ao advogado procuração com poderes gerais.

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GABARITO D -> Art. 49, CPP: “A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do
crime, a todos se estenderá”.

92 - (IMA - Prefeitura de Santana de Parnaíba - SP - Assistente Técnico Jurídico - 2018) Em consonância com o
artigo 58, do Código de Processo Penal, concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado
será intimado a dizer, dentro de _______ dia(s), se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu
silêncio importará __________. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade. Assinale a alternativa que
preenche corretamente as lacunas.
a) um / deliberação
b) dois / concessão
c) três / aceitação
d) quatro / desfeita

GABARITO C -> Art. 58, CPP: “Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será
intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu
silêncio importará aceitação”.

93 - (FGV - DPE-RO - Técnico da Defensoria Publica - Oficial de Diligência - 2015) Renata foi autora de crime de
injúria praticado em desfavor de Ana Carolina, sua antiga vizinha e, até então, amiga. Diante disso, Ana Carolina
procurou um advogado e propôs queixa crime, observadas todas as formalidades legais. Renata foi citada e a
instrução teve seu curso regular. Foi publicada decisão intimando o defensor da vítima e o querelante para
apresentarem alegações finais, tendo se mantido inerte por 40 dias. O fato de o querelante deixar de promover o
andamento desse processo durante 30 dias seguidos, de acordo com o Código de Processo Penal, configura:
a) perdão tácito do ofendido;
b) perempção;
c) perdão judicial tácito;
d) renúncia ao direito de representação;
e) decadência.

GABARITO B -> PEREMPÇÃO: Ocorre depois de exercido o direito de ação, sendo ocasionada pela inércia
na condução da ação privada, ocasionando a extinção da punibilidade. São hipóteses:
- Art. 60, CPP: “Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação
penal”:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias
seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo,
ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que
deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

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94 - (FUNIVERSA - Secretaria da Criança - DF - Especialista Socioeducativo - Direito e Legislação - 2015) Em


relação à ação penal, assinale a alternativa correta.
a) A decadência extingue a punibilidade na ação penal pública incondicionada.
b) A decadência extingue a punibilidade na ação penal privada subsidiária da pública.
c) A perempção extingue a punibilidade na ação penal privada exclusiva ou propriamente dita.
d) O perdão da vítima extingue a punibilidade na ação penal pública condicionada à representação.
e) A renúncia da vítima extingue a punibilidade na ação penal privada subsidiária da pública.

A - ERRADO: A decadência ocorre na ação pública condicionada e na ação privada.


B - ERRADO: A decadência ocorre na ação pública condicionada e na ação privada exclusiva ou
propriamente dita.
C - GABARITO:
D - ERRADO: O perdão da vítima ocorre apenas na ação privada.
E - ERRADO: A renúncia da vítima ocorre apenas na ação privada.

95 - (IESES - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros - 2014) Perdão é o ato pelo qual o ofendido ou seu
representante legal desiste do prosseguimento da ação penal. Em relação a este instituto é correto afirmar:
I. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao
que o recusar.
II. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de dez
dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação.
III. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou por seu
representante legal, mas o perdão concedido por um, havendo oposição do outro, não produzirá efeito.
IV. O silencio do querelado, mediante concessão de perdão do querelante não importará em aceitação.
A sequência correta é:
a) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
b) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
c) Apenas as assertivas I e III estão corretas.
d) Apenas a assertiva III está correta.

I - CORRETO: Art. 51, CPP: “O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza,
todavia, efeito em relação ao que o recusar”.
II - ERRADO: Art. 58, CPP: “Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será
intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu
silêncio importará aceitação”.
III - CORRETO: Art. 52, CPP: “Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de perdão poderá
ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas o perdão concedido por um, havendo oposição do
outro, não produzirá efeito”.
IV - ERRADO: Art. 58, CPP: “Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será
intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu
silêncio importará aceitação”.

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96 - (TJ-AC - TJ-AC - Juiz Leigo - 2016) Oferecida a queixa-crime, com materialidade e autoria comprovadas, foram
os autos com vista ao Promotor de Justiça, tendo este do exame dos autos verificado tratar-se de crime de ação
pública. Que providência deve o Dr. Promotor adotar:
a) Aditar a queixa.
b) Oferecer denúncia.
c) Pedir o prosseguimento do feito.
d) Requerer diligências.

GABARITO B -> Art. 45, CPP: “A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser
aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do processo”.

97 - (FCC - TCE-SP - Procurador - 2011) O prazo para o Ministério Público aditar a queixa na ação privada
subsidiária ou exclusiva, contado da data do recebimento dos autos, será de
a) 02 dias.
b) 03 dias.
c) 05 dias.
d) 08 dias.
e) 10 dias.

GABARITO B -> Art. 46, § 2º, CPP: “O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em
que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á
que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo”.

98 - (IBADE - PC-AC - Agente de Polícia Civil - 2017) Sobre o tema "ação penal”, assinale a alternativa que, embora
não esgote toda a classificação, apresenta classificações corretas das ações penais quanto ao exercício.
a) Ação penal privada personalíssima, comum e subsidiária da pública.
b) Ação penal pública, condicionada à requisição e condicionada à reclamação.
c) Ação penal privada incondicionada e ação penal pública condicionada.
d) Ação penal pública condicionada á representação e à reclamação.
e) Ação penal pública personalíssima e ação penal pública subsidiária da ação privada.

GABARITO A -> Existem três espécies de AÇÃO PENAL PRIVADA:


1) Exclusiva ou Propriamente Dita
2) Personalíssima
3) Subsidiária da Pública

99 - (UERR - SETRABES - Agente Sócio-Orientador - 2018) Ação penal cuja característica essencial é que no caso
de incapacidade, morte ou ausência da vítima, o representante legal desta ou o cônjuge, companheiro, ascendente,
descendente e irmão poderá ingressar:
a) pública incondicionada.
b) pública condicionada.
c) exclusivamente privada.
d) privada personalíssima.
e) privada subsidiária da pública. 35
GABARITO C -> Ação Penal Privada Exclusiva ou Propriamente Dita é a ação privada “normal”, onde em
caso de morte da vítima, por exemplo, o C.A.D.I. poderá ingressar com a queixa crime na justiça.

@ProfessorEvaldoRodrigues | 2023
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100 - (FCC - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança - 2011) A ação penal que só pode ser proposta
pelo ofendido, não se estendendo esse direito ao cônjuge ou aos sucessores em caso de morte ou ausência,
denomina-se ação penal
a) privada subsidiária da ação pública.
b) pública incondicionada.
c) privada exclusiva.
d) privada personalíssima.
e) pública condicionada.

GABARITO D -> CONCEITO: Somente o ofendido pode oferecer a queixa, sendo o seu exercício vedado até
mesmo ao representante legal, inexistindo, ainda, sucessão por morte ou ausência pelo C.A.D.I. Se a vítima
for menor de 18 anos, terá de aguardar completar a maioridade para exercer a ação. Enquanto isto, o prazo
decadencial não estará correndo. Se doente mental, terá de recobrar a sanidade.

- Único Exemplo: Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento:

Art. 236: Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe
impedimento que não seja casamento anterior: Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão
depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.

101 - (FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2018) Foi instaurado inquérito policial para apurar a
suposta prática de crime de estelionato, figurando Valéria como vítima e Júlio César como indiciado. Após a
realização de diversas diligências e a apresentação de relatório conclusivo por parte da autoridade policial, o
Ministério Público analisou os elementos informativos e encaminhou ao Judiciário promoção de arquivamento,
entendendo pela inexistência de justa causa. Ao tomar conhecimento, Valéria fica revoltada com a conduta do
órgão ministerial, pois está convicta de que Júlio César seria o autor do delito. Diante disso, apresenta queixa,
iniciando ação penal privada subsidiária da pública. Quando iniciada a análise da ação penal privada subsidiária
da pública, deverá o órgão do Poder Judiciário competente:
a) receber a inicial acusatória e, caso o ofendido deixe de promover o andamento do processo por 30 dias
seguidos, deverá ser reconhecida a perempção;
b) não receber a inicial acusatória, tendo em vista que não houve omissão do Ministério Público a justificar a ação
penal privada subsidiária da pública;
c) receber a inicial acusatória, passando o ofendido a figurar como parte do processo, não podendo o Ministério
Público aditar a queixa oferecida;
d) receber a inicial acusatória, podendo o Ministério Público oferecer denúncia substitutiva da queixa, fornecer
elementos de prova e interpor recursos;
e) não receber a inicial acusatória, pois não há previsão do instituto da ação penal privada subsidiária da pública
na Constituição da República de 1988, não sendo a previsão do Código de Processo Penal recepcionada.

GABARITO B -> CONCEITO: Tem cabimento diante da inércia do MP, que, nos prazos legais, deixa de atuar,
não promovendo a denúncia ou, em sendo o caso, não se manifestando pelo arquivamento dos autos do
inquérito policial, ou ainda, não requisitando novas diligências. É uma forma de fiscalização da atividade 36
ministerial, evitando eventuais arbítrios pela desídia do Parquet.

@ProfessorEvaldoRodrigues | 2023
SIMULADO DIREITO PROCESSUAL PENAL
Professor Evaldo Rodrigues

- Art. 29, CPP: “Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em
todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal”.

102 - (FCC - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2012) Quando a lei penal incriminadora
silencia a respeito da ação penal cabível para determinada infração penal, entende-se que a ação penal é
a) pública condicionada à representação do ofendido.
b) privada exclusiva.
c) pública incondicionada.
d) privada personalíssima.
e) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça.

GABARITO C -> Para que a ação penal seja condicionada a lei deve estabelecer que o delito só se procede
mediante “representação ou requisição”. Já para que a ação penal seja privada a lei deve estabelecer que o
delito só se procede mediante “queixa crime”. Não falou nada a ação é pública incondicionada.

- Art. 100, CP: “A ação penal é pública, salvo quando a lei, expressamente, a declara privativa do ofendido”.

103 - (IDECAN - PEFOCE - Auxiliar de Perícia- 2021) Instaurado inquérito policial para apurar eventual prática de
delito de extorsão cometido por Fernando respeitado o prazo legal, o delegado de polícia Jorge elaborou o
respectivo relatório. No relatório, entendeu que os elementos informativos colhidos na investigação apontavam o
indiciado Fernando como autor do delito em questão. Dessa forma, entendendo terem restado demonstrados
suficientes indícios de autoria e provas da materialidade do delito, encaminhou os autos do inquérito para o
Ministério Público. Nesse contexto, assinale a alternativa correta.
a) Caso o Ministério Público entenda ser necessária a realização de novas diligências e as requisite à autoridade
policial, determinando, por consequência, o retorno dos autos do inquérito à delegacia de polícia, se for
ultrapassado o prazo para o oferecimento da denúncia durante a realização de referidas diligências requisitadas,
será possível ação penal privada subsidiária da pública.
b) Caso o membro do Ministério Público se quede inerte e não ofereça denúncia no prazo legal, será possível ação
penal privada subsidiária da pública a qualquer tempo; por questão de justiça criminal, ela é de exercício
imprescritível.
c) Caso o membro do Ministério Público se quede inerte e não ofereça denúncia no prazo legal, será possível ação
penal privada subsidiária da pública dentro do prazo de seis meses contados a partir do dia em que esgotar o
prazo para o oferecimento da denúncia.
d) Caso o membro do Ministério Público entenda ser hipótese de arquivamento dos autos do inquérito policial,
tendo ocorrido o efetivo arquivamento, ainda será possível ação penal privada subsidiária da pública a qualquer
tempo e independente de condições, com base na inafastabilidade do controle jurisdicional.
e) Caso o membro do Ministério Público ofereça denúncia, se a vítima, seu representante legal, ou terceiro
interessado entender insuficiente a acusação, poderá ingressar com ação penal privada subsidiária da pública
desde que respeitado o prazo legal de seis meses contados a partir do oferecimento da denúncia.

GABARITO C -> Prazo para Impetração da Queixa: Será de 06 meses contados a partir do esgotamento
do prazo para o Ministério Público oferecer denúncia. Lembrando que tal prazo não atinge as prerrogativas
37
do MP, que pode oferecer a denúncia até a ocorrência da prescrição.

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- OBS: Lembrando, ainda, que quando o MP se manifestar favorável ao arquivamento ou a baixa a delegacia
para novas diligências imprescindíveis a ação penal, não há que se falar em omissão do MP e, portanto, não
é cabível a ação penal subsidiária da pública.

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE:

104 - (CESPE / CEBRASPE - DEPEN - Cargo 8 - Agente Federal de Execução Penal - 2021) Julgue o item a seguir,
relativos a direito processual penal. O juiz, em qualquer fase do processo, ao reconhecer extinta a punibilidade,
deverá declará-lo de ofício.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 61, CPP: “Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade,
deverá declará-lo de ofício”.

105 - (VUNESP - Câmara Municipal de São Carlos - SP - Advogado - 2013 - Adaptada) Assinale a alternativa
correta em relação à Ação Penal. No caso de morte do acusado, o juiz admitirá todos os meios de prova para
declarar extinta a punibilidade.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 62, CPP: “No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e
depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade”.

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DAS PRISÕES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA (ART. 282º ao ART. 350º, do CPP)

106 - (EJUD-PI - 2019 - TJ-PI - Juiz Leigo - Adaptada) No que pertine à prisão e à liberdade provisória, analise a
seguinte assertiva: As prisões dividem-se em dois grandes grupos, a saber: a prisão pena e a prisão sem pena, está
também conhecida como prisão cautelar, temporária ou processual.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Na verdade existem três tipos de prisão e não dois, vejamos:.

- Prisão Extrapenal: Exemplos - Prisão Civil e Prisão Militar.


- Prisão Penal ou Prisão Pena ou Pena: Exemplo - Prisão em virtude de sentença condenatória transitada
em julgado (cumprimento de pena definitiva).
- Prisão Cautelar ou Provisória ou Processual: Exemplo - Prisão Preventiva e Prisão Temporária (alguns
autores entende que a prisão em flagrante é uma prisão cautelar, por outro lado, outros autores entende
que se trata de uma medida pré-cautelar).

DAS MEDIDAS CAUTELARES:

107 - (FGV - 2021 - TJ-RO - Analista Judiciário - Pedagogo) Roberto, preso pela suposta prática de crime, foi
apresentado ao juiz de direito que, analisando o caso concreto, decretou uma das medidas cautelares diversas da
prisão previstas no Art. 319 do Código de Processo Penal. O Manual de Gestão para as Alternativas Penais, ao
abordar esse tema, reproduz o Art. 319. Assinale a alternativa abaixo que corresponde a uma dessas medidas:
a) perda de bens e valores;
b) prestação de serviço à entidade pública credenciada;
c) comparecimento periódico em juízo;
d) prisão domiciliar;
e) prestação de serviços à comunidade.

GABARITO C -> - Art. 319, do CPP: São medidas cautelares DIVERSAS da prisão:
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e
justificar atividades;
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao
fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a
investigação ou instrução;
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha
residência e trabalho fixos;
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando
houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça,
quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco 39
de reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a
obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.

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108 - (IBFC - PM-PB - Soldado da Polícia Militar - 2018) Apresenta-se como medida cautelar diversa da prisão,
dentre outras:
a) a vedação de frequência a estabelecimentos educacionais, com o intuito de prevenir o advento de novas
práticas delituosas
b) a internação do acusado em abrigo nos delitos praticados com violência presumida
c) o comparecimento obrigatório à Delegacia de Polícia, nas condições, na periodicidade e no prazo estabelecidos
pela Autoridade Policial, para justificar e informar atividades
d) a monitoração eletrônica

GABARITO D -> - Art. 319, do CPP: São medidas cautelares DIVERSAS da prisão:
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
atividades;
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao
fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a
investigação ou instrução;
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha
residência e trabalho fixos;
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando
houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça,
quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco
de reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a
obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.

109 - (FCC - 2012 - MPE-AP - Analista Ministerial - Direito) Ricardo, funcionário público, responde a processo
criminal em liberdade, acusado de praticar crime de prevaricação. No curso do processo, após instauração de
incidente de sanidade mental, os peritos concluem pela semi-imputabilidade do agente. Neste caso, o juiz
a) não poderá determinar a internação provisória do acusado, porque o crime não foi cometido com violência ou
grave ameaça.
b) poderá determinar a internação provisória do acusado, havendo risco de reiteração da conduta.
c) não poderá determinar a internação provisória do acusado, porque o laudo concluiu que ele é semi-imputável,
sendo necessário aguardar o desfecho da ação penal para eventual internação.
d) poderá determinar a internação provisória do acusado, pelo prazo máximo de sessenta dias, havendo risco de
reiteração da conduta.
e) não poderá determinar a internação provisória do acusado, porque a pena mínima cominada ao crime não é
igual ou superior a quatro anos.

GABARITO A -> Art. 319, do CPP: São medidas cautelares DIVERSAS da prisão:
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
atividades;
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao
fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações; 40
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;

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IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a


investigação ou instrução;
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha
residência e trabalho fixos;
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando
houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes PRATICADOS COM VIOLÊNCIA OU
GRAVE AMEAÇA, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do
Código Penal) e houver risco de reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a
obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.

110 - (VUNESP - 2018 - PM-SP - Cabo) Em relação às medidas cautelares diversas da prisão previstas no Código
de Processo Penal, é correto afirmar que
a) a fiança não poderá ser cumulada com outras medidas cautelares diversas da prisão.
b) a suspensão do exercício de função pública quando houver justo receio de sua utilização para a prática de
infrações penais é prevista no Código de Processo Penal como uma das medidas cautelares diversas da prisão.
c) o recolhimento domiciliar no período diurno, quando o investigado ou acusado tenha residência, mas não
trabalhe, é uma das medidas cautelares diversas da prisão previstas no Código.
d) a fiança não poderá ser arbitrada em casos de resistência injustificada à ordem judicial.

A - ERRADO: Art. 282, § 1º, CPP: “As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente”.
B - GABARITO: Art. 319, do CPP: São medidas cautelares DIVERSAS da prisão: VI - suspensão do exercício
de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua
utilização para a prática de infrações penais;
C - ERRADO: Art. 319, do CPP: São medidas cautelares DIVERSAS da prisão: V - recolhimento domiciliar no
período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;
D - ERRADO: Art. 319, do CPP: São medidas cautelares DIVERSAS da prisão: VIII - fiança, nas infrações que
a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou
em caso de resistência injustificada à ordem judicial;

111 - (Instituto Consulplan - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça) Nos termos do Código de Processo Penal, a
proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do
território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 48 (quarenta e
oito) horas.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 320, do CPP: “A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às
autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado
para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas”.

112 - (FCC - 2021 - DPE-SC - Defensor Público) Em uma situação hipotética, em 25 de setembro de 2021, em
audiência de custódia, o Ministério Público de Santa Catarina, ao analisar a prisão em flagrante de Guilherme,
acusado do crime previsto no artigo 157, §2º , V (roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima),
41
opinou pela concessão da liberdade provisória sem qualquer ônus cautelar, tendo a Defensoria Pública de Santa
Catarina concordado com tal pleito. O magistrado, convicto da necessidade de custódia preventiva do réu, agirá
com acerto se

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a) conceder liberdade provisória ao réu sem qualquer ônus, diante da impossibilidade de decretação de ofício
tanto da prisão preventiva quanto das medidas cautelares diversas da prisão.
b) converter a prisão em flagrante em preventiva, pois decisões repetidas do Superior Tribunal de Justiça
permitem a atuação de ofício.
c) enviar os autos ao Procurador-Geral de Justiça para que se manifeste em 24 horas, nos termos do artigo 28 do
Código de Processo Penal, devendo o réu aguardar solto a manifestação.
d) converter a prisão em flagrante em preventiva, pois o roubo circunstanciado pela restrição da vítima é crime
hediondo e, portanto, inafiançável, demandando a medida cautelar pessoal.
e) conceder liberdade provisória ao réu, atrelada a outra medida cautelar prevista em lei, e diversa da prisão e da
fiança, eis que inafiançável o delito.

GABARITO A -> Em regra geral o juiz só pode determinar uma medida cautelar quando for provocado pelo
MP ou Delegado, por exemplo. Assim, não é permitido a o magistrado decretar a prisão preventiva de ofício.
Por outro lado, caso a prisão seja ilegal ou desnecessária, o juiz pode revogar ou relaxar a prisão de ofício.

- Art. 282, § 2º, CPP: “As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou,
quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante
requerimento do Ministério Público”. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).

- Art. 282, § 5º, CPP: “O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou
substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem”. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).

113 - (CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - Cargo 8 - Agente Federal de Execução Penal) Agente penitenciário
iniciou procedimento visando apurar suposta prática de ato racista, ocorrido dentro do estabelecimento prisional,
cometido por um fornecedor contra um detento. A partir dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Sem ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, o fornecedor mencionado apenas
poderá ser preso em caso de flagrante delito.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 283, CPP: “Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de
condenação criminal transitada em julgado”. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).

114 - (VUNESP - 2018 - PC-BA - Escrivão de Polícia) Em relação às prisões, assinale a alternativa correta. As
pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente condenadas, ressalvada a
impossibilidade da separação em despacho fundamentado da Autoridade Judiciária.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Não há qualquer ressalva em lei. Vejamos: Art. 300, CPP: “As pessoas presas provisoriamente
ficarão separadas das que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal”.

115 - (CESPE - 2020 - TJ-PA - Analista Judiciário) De acordo com o entendimento do STF, o uso de algemas
42
a) é uma excepcionalidade e deve ser justificado previamente, de forma oral ou por escrito.
b) é restrito à prisão penal, sendo inadmissível na prisão cautelar, devido ao princípio da inocência.
c) ensejará responsabilidade disciplinar, civil e penal da autoridade que o determinar, caso seja injustificado.
d) ensejará a anulabilidade da prisão e dos atos subsequentes, caso seja injustificado.

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e) é lícito somente nas hipóteses de fundado receio de fuga e de perigo à integridade física de terceiros.

GABARITO C -> Súmula Vinculante nº 11, STF: “Só é lícito o USO DE ALGEMAS em casos de resistência e de
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros,
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado”.

- OBS: Ressalta-se que o erro da alternativa “D” é a palavra anulabilidade, o correto seria relaxamento.

116 - (FUNRIO - 2017 - PM-GO - Aspirante da Policia Militar) Tomando-se por base as normas relativas à prisão
provisória, assinale a alternativa CORRETA. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos
procedimentos legais, será imediatamente encaminhado a estabelecimento prisional próprio para os demais
presos provisórios, onde ficará preso à disposição das autoridades competentes.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 300, Parágrafo Único CPP: “O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos
procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à
disposição das autoridades competentes”.

117 - (FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto) Nos termos da Súmula Vinculante n° 11, do
Supremo Tribunal Federal, só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros. Durante o parto, em relação às
mulheres grávidas, o uso de algemas
a) poderá ser substituído por medicamentos que tornem inviável a fuga da mulher grávida.
b) deverá ser justificado por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da
autoridade.
c) é vedado pelo Código de Processo Penal.
d) não é vedado pelo Código de Processo Penal, mas não é admitido por razões humanitárias.
e) é permitido em caso de prisão em flagrante delito ou decretada por autoridade judiciária competente.

GABARITO C -> Art. 292, Parágrafo Único, CPP: “É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas
durante os atos médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto,
bem como em mulheres durante o período de puerpério imediato”.

PRISÃO EM FLAGRANTE

118 - (CESPE - 2018 - Polícia Federal - Agente de Polícia Federal) Depois de adquirir um revólver calibre 38, que
sabia ser produto de crime, José passou a portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação
legal. O comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a autorização
de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi instaurado inquérito policial. Tendo como 43
referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte. Os agentes de polícia podem decidir,
discricionariamente, acerca da conveniência ou não de efetivar a prisão em flagrante de José.
a) Certo b) Errado

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GABARITO B -> O artigo 301 traz a hipótese de flagrante FACULTATIVO, onde qualquer do povo
PODERÁ realizar a prisão em flagrante e de flagrante, bem como o flagrante OBRIGATÓRIO, no qual as
autoridades policiais DEVERÃO realizar a prisão de quem esteja em situação de flagrante, ou seja, os
agentes de polícia não tem discricionariedade de atuar como diz a afirmativa.

- Art. 301, CPP: “Qualquer do povo PODERÁ e as autoridades policiais e seus agentes DEVERÃO prender quem
quer que seja encontrado em flagrante delito”.

119 - (FGV - 2021 - TJ-RO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça) A implementação ou execução da captura em
flagrante deve:
a) ser feita no horário de emanação de luz solar;
b) ser feita entre 5h e 21h;
c) ser feita entre 6h e 20h;
d) ser feita a qualquer momento;
e) respeitar o período de repouso noturno.

GABARITO D -> A prisão em flagrante pode ocorrer a qualquer momento (manhã, tarde, noite, feriado,
natal... qualquer momento, isso mesmo mestre, qualquer momento mesmo) e não necessita respeitar, se
quer, as regras relativas a inviolabilidade do domicilio (art. 5º, XI, CF: “a casa é asilo inviolável do indivíduo,
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”).

120 - (NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista) M.D. e T.R. são conhecidos sujeitos
ativos que agem em dupla no centro da cidade, subtraindo objetos dos transeuntes e praticando furtos no
comércio de rua. No dia de hoje, ao tentarem subtrair algumas roupas do comércio local, foram perseguidos por
dois policiais militares que estavam em serviço e por populares. Na fuga, M.D. e T.R. não conseguiram levar nada
do que tinham subtraído. A partir do exposto, é correto afirmar que não há que se falar em flagrante delito para os
crimes tentados, pois não há a configuração integral do tipo penal.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> No que se trata da prisão em flagrante delito, quando do cometimento de crime tentado,
observe que não existe qualquer vedação a prisão de um individuo quando preso antes da consumação do
ilícito (desde que já tenha iniciado os atos executórios, já temos um crime, mesmo que tentado). Na
verdade, seria ideal que, em todos os casos, o agente fosse “impedido”, ou seja, detido, antes da consumação
do crime, em situação de tentativa, resguardando assim o direito da vítima que não teve seu bem jurídico
subtraído.

121 - (IDECAN - 2021 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil) Pedro se desentendeu com seu melhor amigo, José, em
virtude de posições políticas antagônicas e, ao se encontrarem, Pedro, completamente descontrolado, praticou os
crimes de injúria e ameaça contra José, o que foi presenciado pelo policial civil Ricardo, que passava pelo local
onde os fatos ocorreram. Com base na hipótese narrada acima, em relação à prisão em flagrante, o policial civil
Ricardo
a) não poderá efetuar a prisão em flagrante, tendo em vista que os crimes são de ação penal privada.
b) não poderá efetuar a prisão em flagrante, tendo em vista que os crimes são de ação penal pública condicionada 44
a representação.
c) poderá efetuar a prisão em flagrante, desde que haja manifestação de vontade da vítima, já que se trata de
crimes de ação penal privada e de ação penal pública condicionada à representação, respectivamente.

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d) poderá efetuar a prisão em flagrante, desde que haja manifestação de vontade da vítima, já que se trata de
crimes de ação penal pública condicionada à representação e de ação penal pública condicionada à representação
privada, respectivamente.
e) poderá efetuar a prisão em flagrante, já que presenciou o cometimento de crimes, e o instituto da prisão em
flagrante nada tem a ver com o da ação penal.

GABARITO C -> Art. 5°, § 4°, do CPP: “O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
representação, não poderá sem ela ser iniciado”.

- Art. 5º, § 5º, CPP: “Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la”.

122 - (FGV - PC-RJ - Inspetor de Polícia Civil - 2021) Policiais militares estavam em patrulhamento de rotina,
quando avistaram indivíduos que fugiram ao ver a viatura policial, um dos quais entrou em sua residência. Sem
que houvesse denúncia anônima e sem autorização judicial, a guarnição policial ingressou na residência,
momento em que se logrou apreender entorpecentes. Apresentando a ocorrência na unidade de Polícia Judiciária,
a guarnição policial fez constar que um vizinho teria autorizado o ingresso na residência. Diante desse cenário, é
correto afirmar que a prisão é:
a) ilegal, diante da ausência de prévia autorização judicial para busca na residência;
b) legal, por haver flagrante de crime permanente, o que dispensa a prévia autorização judicial;
c) legal, diante do consentimento válido do vizinho para ingresso na residência;
d) legal, diante da configuração de justa causa para a ação policial;
e) ilegal, pois a busca e apreensão não poderia ser executada pela Polícia Militar.

GABARITO A -> Deve o aluno ficar atento que não existe no caso narrado qualquer situação de flagrante
delito (correr da polícia não é crime), bem como não há ordem judicial para a entrada na casa e, ainda, o
vizinho não pode autorizar a entrada, só o morador. Assim, a prisão é ilegal.

123 - (CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia) Juvenal e Gisele são inspetores de polícia lotados
em delegacia de repressão a entorpecentes. Por determinação da autoridade policial titular da unidade, iniciaram
uma investigação a fim de identificar uma rede de distribuição de drogas em festas rave na região da Zona Oeste
do Rio de Janeiro. Vestidos com trajes esportivos e da moda, eles se misturaram aos frequentadores da festa e
passaram a observar todo o ambiente, enquanto dançavam e bebiam para disfarçar qualquer conotação policial
dos seus atos. Assim, identificaram um local onde grande quantidade de drogas era armazenada. Identificaram os
indivíduos que distribuíam as drogas e o modus operandi que usavam para chegar até ali com as drogas: usavam
falsos caminhões de lixo. Levantadas essas informações, Juvenal e Gisele acionaram seus colegas de profissão pelo
rádio. O local foi cercado, e todos os envolvidos foram presos, tendo sido apreendida grande quantidade de
drogas. Nessa situação hipotética, houve
a) flagrante próprio, que autoriza a prisão em flagrante de todos os envolvidos, nos exatos limites do art. 302 do
Código de Processo Penal.
b) flagrante provocado, disciplinado pela Súmula n.º 145 do STF, o que impede a prisão em flagrante de todos os
envolvidos.
c) flagrante esperado, nos exatos limites da Súmula n.º 145 do STF.
d) flagrante diferido, em decorrência da ação controlada desenvolvida pela equipe de policiais que se infiltrou no 45
local.
e) flagrante presumido, porque os envolvidos foram encontrados no momento da ação criminosa.

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GABARITO A -> Houve flagrante próprio, ou seja, quando o réu é preso cometendo a infração penal ou
acabando de cometê-la. Vale ressaltar que não houve flagrante esperado (quando a polícia toma
conhecimento de que algum crime acontecerá em breve e literalmente espera que o agressor inicie a execução
do ilícito penal para realizar a devida prisão em flagrante delito), já que os policiais identificaram o crime,
chamaram reforços, e efetuaram a prisão. Eles não tinham conhecimento real da prática do crime, bem
como não ficaram aguardando, descobriram o delito após investigação.

124 - (IBFC - 2018 - PM-SE - Aspirante da Polícia Militar) No âmbito do Processo Penal, podemos afirmar que o
“flagrante impróprio” se apresenta da seguinte forma:
a) Será considerado flagrante impróprio, a situação do indivíduo que está cometendo o fato criminoso
b) No flagrante impróprio, embora o agente não tenha sido encontrado pelas autoridades no local do fato, e
necessário que haja uma perseguição, uma busca pelo indivíduo, ao final da qual, ele acaba preso
c) No flagrante impróprio, o agente policial retarda o momento da prisão em flagrante de forma a fazê-la em
momento futuro, isso com o intuito de colher dados e elementos mais robustos relativos à infração penal sob
investigação
d) Será considerado flagrante impróprio, a situação do indivíduo que acaba de cometer o fato criminoso

GABARITO B -> Ocorre quando o agente é PERSEGUIDO, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por
qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração (Art. 302, Incs. III, CPP). Observe que
a palavra chave aqui é “perseguido”, de modo que sem “perseguição”, não há que se falar em flagrante
impróprio.

- Art. 302, CPP: “Considera-se em flagrante delito quem é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração”;

125 - (IBADE - PM-RJ - Aspirante da Polícia Militar - 2017) Dez minutos após um assalto em uma loja de aparelhos
eletrônicos, Francisco é abordado pela polícia militar, em atitude suspeita, na posse de cinco caixas de telefones
celulares. Em consulta ao gerente do estabelecimento, a polícia militar confirma que os telefones celulares são
produtos do roubo. Francisco está em situação de flagrante:
a) prorrogado.
b) presumido.
c) próprio.
d) esperado
e) impróprio

GABARITO B -> Flagrante Presumido ou Ficto: Ocorre quando o agente é ENCONTRADO, logo depois, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

- Art. 302, CPP: “Considera-se em flagrante delito quem é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas,
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração”.

126 - (FGV - 2021 - PM-RJ - Aspirante da Polícia Militar) Após a devida investigação criminal que apontava para a
prática do crime de tráfico de drogas em determinado bar por parte de Igor, que seria proprietário do
46
estabelecimento, Bernardo e Laerte, policiais militares, sentaram-se em uma mesa e solicitaram um refrigerante
como se consumidores fossem, com o objetivo de verificar a ocorrência do comércio ilegal de drogas. Após Valter
chegar ao local e conversar reservadamente com Igor, este foi até um compartimento do bar, retornando, em
seguida, com uma mochila que foi entregue a Valter. Desconfiando da situação, Bernardo e Laerte, apresentando-

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se como policiais, abordam Igor, enquanto Valter permitiu que fosse verificado o que havia no interior da mochila.
Foi constatado que, dentro da mochila, havia grande quantidade de maconha, sendo efetivada a prisão em
flagrante de Igor. Diante da situação narrada, é correto afirmar que a prisão de Igor configura
a) flagrante esperado, sendo ilegal.
b) flagrante esperado, sendo legal.
c) flagrante preparado, sendo ilegal.
d) flagrante preparado, sendo legal.
e) flagrante retardado, sendo ilegal.

GABARITO B -> Flagrante Esperado: Ocorre, por exemplo, quando a polícia toma conhecimento de que
algum crime acontecerá em breve e literalmente espera que o agressor inicie a execução do ilícito penal
para realizar a devida prisão em flagrante delito. O flagrante esperado é ato licito/legal, uma vez que a
polícia não preparou/interferiu no crime, ou seja, não preparou uma “arapuca” para o réu (não provoca a
prática do crime), ao contrário, apenas aguardou o início da prática criminosa. Assim, os agentes ficam em
um determinado local aguardando o desenrolar dos fatos, que pode ou não resultar na prática de um crime
(não há controle ou influência na ação do criminoso).

127 - (FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Advogado) Manuel, aluno do 3º período do curso de direito, foi preso em
flagrante delito, às 17h do dia 13 de agosto de 2021, por policiais civis disfarçados, que, investigando o comércio
de drogas em local próximo à faculdade, passam-se por traficantes para abordar o estudante e lhe oferecer 200g
de maconha. Manuel aceitou a oferta e, ao entregar o dinheiro pela compra da substância, foi preso e
posteriormente conduzido à delegacia de polícia, onde lavrou-se auto de prisão em flagrante pela prática do crime
de tráfico de drogas, previsto no Art. 33, § 1º, inciso IV, da Lei nº 11.343/06. Feitas as comunicações devidas,
Manuel foi apresentado em audiência de custódia às 10h do dia 14 de agosto de 2021. Considerando as
informações apresentadas, sobre o caso concreto, indique a afirmativa correta.
a) Em sede de audiência de custódia, Manuel deve ter sua prisão em flagrante homologada, por se tratar de
hipótese de flagrante próprio, ainda que o agente que efetuou a prisão estivesse disfarçado, por tratar-se de crime
permanente.
b) Manuel deve ter sua prisão em flagrante relaxada, pois, embora houvesse situação flagrancial, foi desrespeitado
o prazo legal para a realização da audiência de custódia.
c) Manuel deve ter sua prisão em flagrante relaxada, pois trata-se de hipótese de flagrante preparado, que é ilegal,
na esteira de entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal.
d) Em sede de audiência de custódia, Manuel deve ter sua prisão em flagrante relaxada, pois trata-se de hipótese
de flagrante esperado, que é considerado ilegal.
e) A prisão em flagrante de Manuel deve ser homologada, já que a hipótese narrada é de flagrante esperado, que é
legalmente admitido.

GABARITO C -> O flagrante preparado ou provocado é um ato ilícito - crime impossível, já que o
investigado não agiu de maneira espontânea, mas sim provocado por uma ação policial.

- Súmula 145, do STF: “Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível
a sua consumação”.
47
Uma exceção ao flagrante preparado é a hipótese relacionada ao crime de tráfico ilícito de drogas,
quando um policial, se passando por um “comprador” provoque o investigado a vender determinada
quantia de crack. Em razão do preparo e provocação do policial o flagrante pela venda é ato ilegal,
contudo, nada impede (é lícita) a prisão em flagrante em razão das outras figuras previstas no art. 33,

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caput, da Lei 11.343/2006, como, por exemplo, trazer consigo, guardar, ter em deposito, já que,
nesses casos não houve qualquer inferência da polícia.

Acontece que no caso acima o policial era o “vendedor”, ou seja ele estava com a droga, enquanto
Manoel não possuía qualquer substância ilícita, vindo a adquirir após provocação do policial. Nesse
caso a prisão é ILEGAL.

128 - (FUNIVERSA - PC-DF - Delegado de Polícia - 2015) Considera-se flagrante diferido o(a)
a) modalidade de flagrante proibida pela legislação processual penal brasileira, em que a autoridade policial,
tendo notícia da prática de futura infração, coloca-se estrategicamente de modo a impedir a consumação do crime.
b) obtido a partir de uma provocação do agente criminoso para controlar a ação delituosa e evitar o crime, com
base na política criminal hodierna.
c) realizado em momento imediatamente após a prática do crime, se o agente for encontrado com instrumentos,
armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração.
d) ação policial de monitoramento e controle das ações criminosas desenvolvidas, transferindo-se o flagrante
para momento de maior visibilidade das responsabilidades penais.
e) lavrado quando o agente é perseguido, logo após o crime, pela autoridade policial, pelo ofendido ou por
qualquer pessoa em situação que indique ser ele o autor da infração.

GABARITO D -> Flagrante Diferido ou Retardado (Ação Controlada): Ocorre, por exemplo, quando a polícia
entende por bem retardar a interferência no ato criminoso deixando a realização da prisão em flagrante
para um momento mais oportuno, tendo em vista, por exemplo, a possibilidade de posteriormente realizar
a prisão de um maior número de pessoas. Previsto na Lei de Drogas, Lei de Lavagem de Capitais e Lei das
Organizações Criminosas. O flagrante diferido ou retardado é ato licito/legal, uma vez que a polícia não
preparou/interferiu no crime, ou seja, não provocou a prática do crime.

129 - (VUNESP - 2015 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil de 1a Classe) O indivíduo “A”, que coloca dolosamente sua
carteira na mochila de “B”, para logo em seguida acionar a polícia, sob a alegação de haver sido furtado por “B”;
tendo os policiais encontrado a carteira de “A” no interior da mochila de “B”, “B” é preso em flagrante pela prática
de crime. A hipótese ora narrada é, pela doutrina, denominada flagrante
a) esperado.
b) provocado ou preparado.
c) retardado ou diferido.
d) presumido ou ficto.
e) forjado.

GABARITO E -> Flagrante Forjado: Ocorre, por exemplo, quando um policial coloca, no interior do veículo,
determinada quantidade de drogas ilícitas e, em seguida, após simulação de revista no interior do
automóvel, encontra a droga e procede com a prisão em flagrante. Observe que se trata de um ato ILÍCITO.
Nesse caso não há crime, uma vez que o suposto acusado é, na verdade, vítima de um crime “forjado”.

130 - (FGV - 2021 - PM-RJ - Aspirante da Polícia Militar) Pedro, funcionário de uma loja de aparelhos celulares,
aproveitando que era um sábado e a loja estava cheia, furtou um aparelho do estabelecimento, acreditando que
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ninguém perceberia. Após cumprir folga no domingo, Pedro retornou ao local para trabalhar na segunda-feira e,
após sua chegada, o gerente do estabelecimento, que tomara conhecimento da conduta de Pedro por meio do
sistema de vídeo da loja, acionou a Polícia Militar, que compareceu ao local e prendeu Pedro em flagrante, não
obstante o aparelho subtraído não tivesse sido encontrado. Considerando os fatos acima narrados, bem como o

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entendimento doutrinário e jurisprudencial dominantes sobre o tema, é correto afirmar que a prisão em flagrante
de Pedro
a) foi legal, por tratar-se de crime instantâneo com efeitos permanentes.
b) foi legal, tratando-se de situação de flagrante presumido.
c) foi legal, tratando-se de flagrante impróprio.
d) foi ilegal, uma vez que o flagrante dependeria de autorização judicial.
e) foi ilegal, uma vez que Pedro não se encontrava em situação de flagrante delito.

GABARITO E -> A prisão é ilegal porque não se enquadra em nenhuma das modalidades de flagrante.

- Art. 302, CPP: “Considera-se em flagrante delito quem”:


I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça
presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele
autor da infração.

131 - (INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil) Considere a seguinte situação hipotética:
Sicrano foi preso por agentes da Polícia Civil de Parauapebas-PA após ter sido localizado em sua residência
portando dez quilos de substâncias listadas como entorpecentes químicos proibidos pela legislação (heróina). A
diligência policial foi fruto de interceptação telefônica, seguida de campana policial, ambas judicialmente
autorizadas. Em seguida, Sicrano foi encaminhado à Delegacia de Polícia para apresentação. Desses fatos, é
correto afirmar que
a) Sicrano não poderia ter sido preso, pois não havia mandado judicial competente para prendê-lo.
b) Sicrano estava em situação de flagrante, pois, além de o delito de tráfico de drogas ser crime permanente, foi
encontrado com objetos que fizeram presumir ser ele autor da infração.
c) por ter sido preso após investigação pretérita, a audiência de custódia de Sicrano é dispensável na forma da lei.
d) não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso livrar-se-á solto.

GABARITO B -> Como foi feita uma investigação preliminar “pesada”, inclusive com diligências autorizadas
pelo juiz, a entrada na casa foi legal e consequentemente também foi lícita a prisão em flagrante já que
tráfico de drogas é crime permanente.

132 - (IDECAN - 2021 - PEFOCE - Engenharia Civil) Jorge já tinha sido ameaçado de morte várias vezes por
Manoel e, com receio de que os fatos pudessem vir a se concretizar, adquiriu uma arma legalmente e obteve a
autorização de porte com a entidade legal. Quando Jorge estava descendo a rua da casa de sua namorada em
direção à sua, já de madrugada, com pouca visibilidade, identificou Manoel entrando na rua, ainda bem distante.
Receoso, Jorge ficou prestando bastante atenção nos passos de Manoel, embora este ainda estivesse longe. Em
dado momento, Jorge percebeu que Manoel o reconheceu e que, imediatamente, colocou a mão no bolso de seu
casaco e sacou algo reluzente. Imaginando se tratar de uma arma de fogo, Jorge sacou sua pistola e disparou três
vezes em direção a Manoel, vindo a atingi-lo. Ao chegar próximo de Manoel, Jorge identificou que não era uma
arma, mas sim um isqueiro. Quando do primeiro tiro, algumas pessoas foram para a rua ver o que estava
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acontecendo e, imediatamente após o terceiro tiro, Jorge foi preso em flagrante por um policial à paisana que
residia no local. Acerca das espécies de flagrante, é correto afirmar que se trata de flagrante
a) impróprio.
b) presumido.

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c) próprio.
d) permanente.
e) habitual.

GABARITO C -> Trata-se de Flagrante Próprio ou Perfeito ou Real, uma vez que o agente foi flagrando
quando acaba de “COMETÊ-LA”.

- Art. 302, CPP: “Considera-se em flagrante delito quem”: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de
cometê-la;

133 - (NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista) M.D. e T.R. são conhecidos sujeitos
ativos que agem em dupla no centro da cidade, subtraindo objetos dos transeuntes e praticando furtos no
comércio de rua. No dia de hoje, ao tentarem subtrair algumas roupas do comércio local, foram perseguidos por
dois policiais militares que estavam em serviço e por populares. Na fuga, M.D. e T.R. não conseguiram levar nada
do que tinham subtraído. A partir do exposto, é correto afirmar:
a) lei processual penal permite a qualquer pessoa do povo prender M.D. e T.R. pelo flagrante delito.
b) A lei estabelece que, caso M.D. e T.R. não sejam localizados dentro de 24 horas, não haverá mais possibilidade
de prisão em flagrante.
c) O descarte da res furtiva foi estratégia de M.D. e T.R., pois não é possível a prisão em flagrante sem a presença
dos objetos do crime.
d) Tendo em vista a continuidade delitiva e a reiteração criminosa de ambos, a prisão em flagrante é possível a
qualquer tempo.

A - GABARITO:
B - ERRADO: Não existe prazo de 24h, isso é uma “lenda urbana”.
C - ERRADO: A prisão em flagrante é possível mesmo com o descarte da res furtiva, já que não se trata de
flagrante presumido (quando é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que
façam presumir ser ele autor da infração), mas sim de flagrante impróprio (quando é perseguido, logo após,
pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração).
D - ERRADO: A qualquer tempo é só em casos de crime permanente como porte de arma de fogo ilegal.

134 - (INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil) Fazendo ronda em determinado bairro de
Marabá-PA, a Polícia Militar decide aleatoriamente invadir uma residência para apurar eventual depósito de
entorpecentes. Infiltrando-se na morada, encontra meio quilo de maconha guardado em um cofre de metal. De
imediato, os policiais deram ordem de prisão em flagrante contra o morador do local, Sicrano, pessoa reincidente
em crime. Diante dessa situação hipotética e dos fatos apresentados, assinale a alternativa correta.
a) Sicrano será levado à Delegacia de Polícia e a autoridade policial converterá sua prisão em flagrante em prisão
preventiva.
b) Mesmo reincidente, Sicrano poderá celebrar acordo de não persecução penal com o Ministério Público, vez que
o delito a ele imputado não foi cometido com violência ou grave ameaça à pessoa.
c) A prisão deve ser relaxada e a diligência declarada nula, por constituir prova ilícita derivada da ilegal invasão
domiciliar.
d) Deve ser agendada audiência de custódia para que o magistrado competente desclassifique o indiciamento por
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tráfico para o de porte para consumo de entorpecentes.
e) Sicrano não poderá ter sua prisão em flagrante relaxada pelo Poder Judiciário por ser reincidente em
condenação criminal anterior.

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GABARITO C -> Como NÃO foi feita uma investigação preliminar “pesada”, ao contrário, a Polícia Militar
decidiu “aleatoriamente” invadir uma residência, a entrada na “casa” foi ILEGAL e consequentemente
também ILEGAL a prisão em flagrante já que tráfico de drogas, tendo em vista a teoria da arvore dos frutos
envenenados (o que vem de uma prova ilegal é ilegal).

135 - (VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: VUNESP - 2011 - TJ-RJ - Juiz) Assinale a alternativa correta. O autor de um
homicídio que se apresenta espontaneamente à autoridade policial, mais de 24 (vinte e quatro) horas após o
cometimento do crime, pode ser autuado em flagrante.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> É possível a prisão em flagrante de alguém que se apresenta espontaneamente? Em regra
NÃO, vez que, não há como atrelar a conduta do réu qualquer das hipóteses de flagrante delito. Assim,
quando o investigado se apresentar a autoridade competente, de maneira espontânea, não é possível a
lavratura da prisão em flagrante, mesmo que ele confesse a autoria delitiva. Por outro lado, ressalta-se, que
o imputado vai continuar a responder o processo normalmente, só que em liberdade.

136 - (IADES - 2021 - PM-PA - Soldado - Masculino) A respeito das prisões e do habeas corpus, assinale a
alternativa correta. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo
recolhido à penitenciária mais próxima.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 308, CPP: “Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso
será logo apresentado à do lugar mais próximo”.

137 - (NEMESIS - 2020 - Câmara de Conchal - SP - Advogado) Das alternativas a seguir, assinale aquela que não
constitui um ato que deva ser praticado pela autoridade competente no momento da lavratura de um auto de
prisão em flagrante, segundo o Código de Processo Penal:
a) relaxar a prisão ilegal.
b) ouvir o condutor e colher sua assinatura.
c) proceder ao interrogatório do acusado.
d) proceder à oitiva das testemunhas da infração.
e) fornecer ao condutor o recibo de entrega do preso.

GABARITO A -> Art. 304, CPP: “Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e
colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em
seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a
imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade,
afinal, o auto”.

138 - (IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil) Acerca das disposições sobre prisão em flagrante no
Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta. Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá
constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o
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contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
a) Certo b) Errado

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GABARITO A -> Art. 304, § 4º, CPP: “Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a
informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o
contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa”.

139 - (CESPE - 2018 - Polícia Federal - Escrivão de Polícia Federal) João integra uma organização criminosa que,
além de contrabandear e armazenar, vende, clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de
determinada cidade brasileira.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. Se João for preso em flagrante e o escrivão estiver
impossibilitado de proceder à lavratura do auto de prisão, a autoridade policial poderá designar qualquer pessoa
para fazê-lo, desde que esta preste o compromisso legal anteriormente.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 305, CPP: “Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela
autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal”.

140 - (FUNDATEC - AL-RS - Agente Legislativo - 2018) Durante a prisão em flagrante, o condutor, um agente
responsável pela segurança de um prédio, apresentou a pessoa presa perante a autoridade policial na Delegacia,
porém não houve testemunha da infração. Nesse caso, qual a situação quanto à lavratura do Auto de Prisão em
Flagrante (APF)?
a) Não pode ser lavrado o APF.
b) Pode ser lavrado, mas com 02 (duas) testemunhas no momento da apresentação.
c) Não pode ser lavrado, pois é abuso de autoridade.
d) Pode ser lavrado, mas requer presença de advogado no momento da apresentação.
e) Não pode ser lavrado devido à presunção de inocência ficta.flagrante

GABARITO B -> Art. 304, § 2º, CPP: “A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em
flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam
testemunhado a apresentação do preso à autoridade”.

141 - (FEPESE - SAP-SC - Agente Penitenciário - 2019) De acordo com o Código de Processo Penal, a prisão de
qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente: 1. ao Ministério Público. 2. ao
Departamento Prisional. 3. à família do preso. 4. à defensoria pública ou ao advogado do preso.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
b) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

GABARITO A -> Art. 306, CPP: “A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão COMUNICADOS
IMEDIATAMENTE ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada”.
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142 - (IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil) Acerca das disposições sobre prisão em flagrante no
Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta. Em até 48 (quarenta e oito) horas após a realização da
prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome
de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 307, § 1º, CPP: “Em ATÉ 24 HORAS após a realização da prisão, será ENCAMINHADO ao
juiz competente o AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado,
cópia integral para a Defensoria Pública”.

143 - (FEPESE - 2016 - SJC-SC - Agente de Segurança Socioeducativo) Assinale a alternativa que indica
corretamente o documento assinado pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das
testemunhas, que deverá ser entregue ao preso, mediante recibo, em até vinte e quatro horas após a realização da
prisão.
a) alvará de soltura
b) nota de culpa
c) termo de flagrante
d) boletim de ocorrência
e) termo circunstanciado

GABARITO B -> Art. 307, § 1º, CPP: “Em ATÉ 24 HORAS após a realização da prisão, será ENCAMINHADO ao
juiz competente o AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado,
cópia integral para a Defensoria Pública”.

§ 2º: “No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a NOTA DE CULPA, assinada pela
autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas”.

144 - (INÉDITA - Prof. Evaldo Rodrigues - 2022) Assinale a alternativa correta.


a) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados em até 24 horas ao juiz competente,
ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
b) imediatamente após a realização da prisão será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada
pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas
c) Caso o autuado não informe o nome de seu advogado, será encaminhado cópia integral do auto de prisão em
flagrante para a Defensoria Pública em até 24 horas após a prisão.
d) Imediatamente após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em
flagrante.
e) Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções, será
remetido em até 24 horas ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade
que houver presidido o auto

A - ERRADO: IMEDIATAMENTE ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa


por ele indicada.
B - ERRADO: 24h
C - GABARITO
D - ERRADO: 24h 53
E - ERRADO: Imediatamente

@ProfessorEvaldoRodrigues | 2023
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AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA:

145 - (CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-SE - Escrivão de Polícia) No que tange à implantação das audiências de
custódia no estado de Sergipe e às modalidades de prisão previstas no ordenamento jurídico brasileiro, julgue o
item a seguir. As audiências de custódia devem ser feitas em todas as modalidades de prisão, o que alcança,
também, a prisão temporária.
Alternativas
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> A realização de audiência de custódia deve ser realizada em todas as modalidades
prisionais, ou seja, não só quando se tratar de prisão em flagrante delito, mas, também, nos casos de prisões
temporárias, preventivas e definitivas..

146 - (CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - Cargo 8 - Agente Federal de Execução Penal) Cada um do item
seguinte apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca de direito processual
penal. Por ocasião da realização da audiência de custódia relativa a determinada prisão em flagrante, o juiz
verificou a legalidade da prisão e procedeu ao interrogatório do preso. Nessa situação, o juiz agiu corretamente,
pois a audiência de custódia é o momento processual adequado para a realização do interrogatório do preso, visto
que ela é realizada em data próxima à da ocorrência dos fatos.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> A audiência de Custodia tem por finalidade observar a legalidade da prisão, bem como se o
réu possuí ou não os requisitos para responder o feito em liberdade, de modo que não é o momento
adequado para a realização do interrogatório do preso, por exemplo, o qual deve ser realizado pelo juiz
processante.

147 - (FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto) Giovani foi preso em flagrante pela prática do
crime de homicídio qualificado, sendo lavrado o auto de prisão respectivo em 18/12/2020. Considerando que até
o dia 22/12/2020 o preso, sem qualquer motivação idônea, ainda não havia sido apresentado ao juiz para
realização de audiência de custódia, a prisão:
a) será mantida, pois a realização da audiência de custódia é facultativa;
b) tornou-se ilegal, devendo ser relaxada pelo delegado de polícia;
c) será mantida, pois a audiência de custódia será dispensável quando tratar-se de crime hediondo ou
inafiançável;
d) tornou-se ilegal, devendo ser relaxada pela autoridade judiciária competente;
e) será mantida, pois a legislação vigente não prevê a realização de audiência de custódia.

GABARITO D -> Art. 310, § 4º, CPP: “Transcorridas 24 horas após o decurso do prazo estabelecido no caput
deste artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a
ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de
imediata decretação de prisão preventiva”. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).
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148 - (CESPE / CEBRASPE - 2021 - MPE-SC - Promotor de Justiça Substituto) Acerca dos aspectos processuais no
direito penal, julgue o item subsequente. A não realização de audiência de custódia acarreta, por si só, a nulidade
da conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva pelo juiz.
a) Certo b) Errado

@ProfessorEvaldoRodrigues | 2023
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GABARITO B -> O erro está no “por si só”, já que, caso haja motivação idônea, a ausência de audiência de
custódia no prazo de 24h não torna a prisão ilegal.

STJ: "A não realização da audiência de custódia se deu com motivação idônea, qual seja, a necessidade de
reduzir os riscos epidemiológicos decorrentes da pandemia de Covid-19, nos termos do art. 8.º da
Recomendação n. 62/CNJ " (AgRg no RHC 125.482/BA, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado
em 16/06/2020, DJe 24/06/2020.) (AgRg no HC 692.917/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA,
julgado em 05/10/2021, DJe 11/10/2021).

149 - (IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil - Adaptada) Assinale a afirmativa correta. Realizada a
conversão da prisão em flagrante em preventiva, fica superada a alegação de nulidade porventura existente em
relação à ausência de audiência de custódia.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> STJ: "O entendimento firmado pela jurisprudência da Sexta Turma desta Corte é no sentido
de que a não realização de audiência de custódia não é suficiente, por si só, para ensejar a nulidade da prisão
preventiva, quando evidenciada a observância das garantias processuais e constitucionais. Ademais, a
posterior conversão do flagrante em prisão preventiva constitui novo título a justificar a privação da
liberdade, ficando superada a alegação de nulidade decorrente da ausência de apresentação do preso
ao Juízo de origem" (AgRg no HC n. 600.693/RJ, relator Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA,
julgado em 22/9/2020, DJe 29/9/2020).

150 - (CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público) Valter, preso em flagrante por suposta prática de furto simples,
não pagou a fiança arbitrada pela autoridade policial, tendo permanecido preso até a audiência de custódia,
realizada na manhã do dia seguinte a sua prisão. A partir dessa situação hipotética, julgue o seguinte item. Na
audiência de custódia, caso não tenha advogado particular, Valter poderá contar com a assistência de defensor
público, que acompanhará o ato na presença do juiz, do promotor de justiça, do secretário de audiência e dos
policiais que promoveram a prisão.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Resolução 213/2015 do CNJ: Art. 4º Parágrafo único. “É vedada a presença dos agentes
policiais responsáveis pela prisão ou pela investigação durante a audiência de custódia”.

151 - (FGV - 2021 - PM-CE - Soldado da Polícia Militar) Leonardo, primário, é preso em flagrante, no dia 20 de
junho de 2021, pela prática do crime de roubo simples, na forma do Art. 157, caput, do Código Penal. O crime é
punido com pena de 4 a 10 anos de reclusão e multa. Lavrado auto de prisão em flagrante e feitas as
comunicações devidas, o preso é conduzido, em 12 horas, à presença de juiz para a realização de audiência de
custódia. Nessa ocasião, o promotor de justiça pede a concessão da liberdade provisória com a imposição de
medidas cautelares diversas da prisão. O juiz homologa a prisão em flagrante e decreta, de ofício, a prisão
preventiva de Leonardo. Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) O juiz não poderia ter decretado a prisão preventiva, pois essa medida é incabível em razão da pena máxima
cominada ao crime de roubo.
55
b) O juiz poderia ter decretado a prisão preventiva de ofício, pois não cabia a liberdade provisória pela pena
cominada.
c) Como o Ministério Público pediu a liberdade provisória, o juiz não poderia ter decretado a prisão preventiva de
ofício.

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d) O juiz só poderia decretar a prisão preventiva de ofício após o oferecimento de denúncia pelo Ministério
Público.
e) Leonardo não poderia ter sido preso preventivamente, pois é primário.

GABARITO C -> O juiz não pode decretar a prisão preventiva de ofício quando da realização de audiência
de custódia.

152 - (CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal) José, réu primário, foi preso em
flagrante acusado de ter praticado crime doloso punível com reclusão de no máximo quatro anos. Na audiência de
custódia, o juiz decretou a prisão preventiva de ofício. No entanto, a defesa de José solicitou, em seguida, a
reconsideração da decisão, com base no argumento de que a conduta do preso era atípica. O juiz acatou a tese e
relaxou a prisão. Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente. A decisão do juiz, que relaxou
a prisão por entender que a conduta de José havia sido atípica, não faz coisa julgada.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> A audiência de custódia tem por finalidade analisar a as condições da prisão do
investigado, bem como a legalidade da prisão em flagrante e a possibilidade de concessão da liberdade
provisória ou conversão em prisão preventiva. Assim, é certo que a decisão do juiz, em audiência de
custódia, não faz coisa julgada (não decide nada de maneira definitiva), bem como não é o momento para a
realização de atos processuais como o interrogatório do preso, oitiva de testemunhas, por exemplo. Em
outras palavras, a audiência de custódia não é o momento adequado para a produção de provas
processuais (até porque só temos 24h da prisão do réu e início do inquérito policial) e julgamento do mérito
da causa, o qual deve ser feito quando da sentença condenatória.

PRISÃO PREVENTIVA

153 - (CESPE - 2017 - TRE-BA - Analista Judiciário – Área Judiciária) Define-se prisão preventiva como
a) providência adotada pela autoridade policial ou judicial para privar de liberdade o acusado ou o indiciado se
houver dúvida sobre a autoria do crime.
b) remédio constitucional utilizado para privar da liberdade aquele que for condenado por sentença transitada
em julgado.
c) espécie de prisão cautelar que pode ser decretada de ofício pelo delegado se houver prova da materialidade do
crime e confissão do indiciado.
d) medida processual de privação da liberdade do acusado ou do indiciado para impedir que ele cometa novos
crimes ou embarace as investigações policiais ou judicial.
e) instrumento judicial de privação da liberdade a ser adotada nos casos de cometimento de crimes com grande
clamor público e repercussão social.

GABARITO D -> Autoexplicativa

154 - (FGV - 2021 - PC-RN - Agente e Escrivão) No curso de investigação policial, após a colheita dos elementos de 56
informação, foi apurado que Robson praticou o crime de homicídio contra Marcelo e que o agente planejava fugir
do país para evitar responder pelo crime.
Considerando o fato narrado, Robson poderá ser preso:
a) em flagrante exclusivamente pela autoridade policial;

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b) em flagrante pela autoridade policial ou por qualquer do povo;


c) preventivamente, por ordem da autoridade judiciária competente, que, contudo, não poderá decidir de ofício;
d) temporariamente, de ofício ou após requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade
policial;
e) preventivamente, por ordem da autoridade policial responsável pelo inquérito ou por decisão judicial, de ofício
ou a requerimento do Ministério Público.

GABARITO C -> Como já esclarecido em questões acima, em regra geral o juiz só pode determinar uma
medida cautelar quando for provocado pelo MP ou Delegado, por exemplo. Assim, não é permitido a o
magistrado decretar a prisão preventiva de ofício. Por outro lado, caso a prisão seja ilegal ou desnecessária,
o juiz pode revogar ou relaxar a prisão de ofício.

155 - (IBADE - 2017 - PC-AC - Agente de Polícia Civil) Sobre o tema prisão preventiva assinale a alternativa
correta. A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à
inviolabilidade do domicílio.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> Art. 283, § 2º, CPP: “A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio”.

156 - (IDECAN - 2021 - PEFOCE - Auxiliar de Perícia) O Magistrado da Comarca X decretou a prisão preventiva de
Raimundo com fundamento na conveniência da instrução criminal, já que o Parquet juntou, na sua manifestação
pela prisão do acusado, provas robustas de que o réu estava ameaçando uma das testemunhas de acusação.
Passados 90 dias da prisão, e com instrução criminal em andamento, após as oitivas das testemunhas de acusação
e da oitiva da primeira testemunha de defesa, o Magistrado encerrou a audiência e designou nova data para a
continuação dos trabalhos, já que se comprovou que as demais testemunhas de defesa não haviam sido intimadas.
Durante todo o andamento processual, o réu Raimundo permaneceu preso preventivamente diante da decisão
mencionada acima. Com base exclusivamente no que foi narrado no enunciado, é correto afirmar que a prisão
preventiva é
a) legal, já que está de acordo com os preceitos processuais vigentes, sobretudo o conceito de conveniência da
instrução criminal descrito no artigo 312 do Código de Processo Penal.
b) legal, já que a sua fundamentação se baseou em fatos concretos, novos e contemporâneos, que justificavam a
aplicação da medida extrema, a fim de resguardar o regular andamento processual.
c) ilegal, pois o fato de o réu ter ameaçado uma das testemunhas não é motivo para prisão preventiva, mas sim
aplicável o instituto da prisão temporária, conforme expressa previsão da Lei 7.960/89.
d) ilegal, pois há uma norma na legislação processual penal que determina que, toda vez que a instrução criminal
for fragmentada, o preso será imediatamente colocado em liberdade.
e) ilegal, já que, passados mais de 90 dias da decretação da medida constritiva de liberdade, o Magistrado que a
decretou não realizou a revisão, de ofício, da necessidade de sua manutenção.

GABARITO E -> Art. 316, Parágrafo Único, CPP: “Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da
decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada,
de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal”. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).
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157 - (IBADE - 2017 - PM-RJ - Aspirante da Polícia Militar) A principal testemunha de um estupro foi ameaçada
pelo investigado. O Promotor de Justiça ofereceu a denúncia e pediu a prisão preventiva do denunciado, que está
devidamente qualificado, tem endereço certo, atividade laborativa lícita no distrito da culpa e, ainda, folha de
antecedentes criminais sem outras anotações. Caso o juízo defira o requerimento de prisão preventiva, deverá
fundamentar a enxovia cautelar no(a):
a) descumprimento da medida cautelar imposta.
b) garantia da ordem econômica.
c) conveniência de instrução criminal.
d) garantia da ordem pública.
e) garantia de aplicação da lei penal.

GABARITO C -> Conveniência da Instrução Criminal: Trata-se de motivo que visa impedir que o
investigado prejudique o bom andamento do processo, ou seja, a atrapalhe a produção de provas e,
consequentemente o andamento da ação penal processo. Ex.: Ameaça a testemunhas, queima de arquivos e
etc.

- Art. 312, CPP: “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando
houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade
do imputado”. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

158 - (VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil de 1a Classe) De acordo com o art. 312 do Código de
Processo Penal, a prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica,
por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver
a) indícios da existência do crime e prova suficiente de autoria.
b) prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
c) indícios da existência do crime e indício suficiente de autoria.
d) indício suficiente de autoria, apenas.
e) prova da existência do crime, apenas.

GABARITO B -> Art. 312, CPP: “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública,
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo
estado de liberdade do imputado”. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

159 - (MPDFT - 2021 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Em se tratando das prisões cautelares, assinale a
opção CORRETA: Não se pode justificar a prisão preventiva para a garantia de ordem pública com fundamento em
atos infracionais.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> O STJ já firmou entendimento de que é possível a utilização de atos infracionais para
justificar/fundamentar um decreto de prisão preventiva para garantir a ordem pública, uma vez que
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indicam que o agente possui uma inclinação para o meio criminoso causando receio de reiteração destas
condutas agora maior de idade. Vejamos a jurisprudência do STJ sobre o tema:

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- STJ: “(...) Conforme pacífica jurisprudência desta Corte, a preservação da ordem pública justifica a
imposição da prisão preventiva quando o agente possuir maus antecedentes, reincidência, atos
infracionais pretéritos, inquéritos ou mesmo ações penais em curso, porquanto tais circunstâncias denotam
sua contumácia delitiva e, por via de consequência, sua periculosidade. (...)” (STJ - HC 682.732/SP, Rel.
Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 23/11/2021, DJe 26/11/2021).

160 - (CESPE - 2018 - MPU - Analista do MPU - Direito) Em cada um dos itens a seguir é apresentada uma situação
hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada em consonância com a doutrina majoritária e com o
entendimento dos tribunais superiores acerca de provas no processo penal, prisão e liberdade provisória e
habeas corpus. Um indivíduo penalmente imputável apresentou-se espontaneamente a autoridade policial depois
de ter cometido um crime. Nessa situação, a apresentação espontânea não impede a decretação da prisão
preventiva nos casos em que a lei a autoriza.
a) Certo b) Errado

GABARITO A -> A apresentação espontânea não impede o cumprimento de uma ordem judicial (prisão
preventiva ou temporária) anteriormente decretada pelo juiz competente (o que é vedado é a lavratura do
auto de prisão em flagrante). Sobre o tema o STJ já decidiu:

- STJ: “(...) Outrossim, a apresentação espontânea, a teor do disposto no art. 317, do Código de Processo
Penal, não impede a manutenção da prisão preventiva nos casos em que a lei a autoriza e nem é motivo
para a sua revogação, mormente quando concretamente demonstrada a necessidade da prisão cautelar
para garantia da ordem pública, como no caso”. (RHC 130.827/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA
TURMA, julgado em 25/05/2021, DJe 02/06/2021).

161 - (UFMT - 2022 - PJC-MT) De acordo com a legislação processual penal, se o crime envolver violência
doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir
a execução das medidas protetivas de urgência, será admitida a decretação de prisão
a) domiciliar.
b) temporária.
c) preventiva.
d) definitiva.
e) resultante de pronúncia.

GABARITO C -> Art. 313, CPP: “Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão
preventiva”:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima SUPERIOR a 04 (quatro) anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o
disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso,
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência;

162 - (FGV - 2021 - PM-RJ - Aspirante da Polícia Militar) Luiz e Augusto, ambos devidamente identificados, foram
59
denunciados pela prática de um crime de apropriação indébita (pena: 01 a 04 anos de reclusão e multa), não
tendo o Ministério Público requerido, por ocasião da denúncia, decretação da prisão preventiva. No curso da ação
penal, o magistrado verificou que Luiz possuiria diversas condenações pela prática de crimes patrimoniais, sendo
reincidente. Já Augusto seria tecnicamente primário, mas possuidor de maus antecedentes. Com base nisto, o juiz

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decretou a prisão preventiva dos denunciados, apesar de ausência de requerimento do Ministério Público.
Considerando apenas as informações expostas, é correto afirmar que
a) as prisões são legais, pois o juiz, no curso do processo penal, pode decretar, de ofício, a prisão preventiva dos
acusados, diferente do que ocorre antes do início da ação penal.
b) as prisões são ilegais, mas, ainda que se trate de crime punido com pena máxima não superior a 4 (quatro)
anos, a prisão preventiva seria, em tese, possível, diante da reincidência de Luiz e dos maus antecedentes de
Augusto.
c) o juiz não poderá, de oficio, revogar a prisão preventiva dos denunciados, caso verifique que não mais
subsistem os motivos que a justificaram, dependendo de provocação da parte.
d) o decreto de prisão foi ilegal, apesar de, abstratamente, ser possível a prisão de Luiz, por ser reincidente, e não
ser possível a de Augusto, por ser tecnicamente primário.
e) a prisão de Luiz foi legal, por ser reincidente, enquanto a de Augusto deve ser relaxada, diante da ausência dos
pressupostos legais.

GABARITO D -> O juiz não poderia ter decretado a prisão de ofício. Por outro lado, caso fosse possível a
aplicação da prisão preventiva, só caberia em relação a Luiz pela reincidência. O crime em si não cabe
preventiva pela pena máxima ser inferior a 04 anos.

Art. 313, CPP: “Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva”:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima SUPERIOR a 04 (quatro)
anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o
disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo
ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência;

163 - (INÉDITA - Prof. Evaldo Rodrigues - 2021) Assinale a alternativa correta. Será admitida a prisão preventiva
quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para
esclarecê-la, devendo o preso ser colocado em liberdade 24h após a identificação, salvo se outra hipótese
recomendar a manutenção da medida.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 313, § 1º, CPP: “Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre
a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o
preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a
manutenção da medida”. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).

164 - (COMPERVE - 2016 - Câmara de Natal - RN - Guarda Legislativo) A autoridade que ordenar a prisão fará
expedir o respectivo mandado de prisão. Esse documento necessariamente deverá
a) esclarecer se a infração é afiançável, sem necessidade de exibir o valor a ser pago como medida acauteladora.
b) designar a pessoa a ser presa, por seu nome civil, dispensando o uso de apelidos.
c) ser lavrado pela autoridade com jurisdição para prisão.
60
d) mencionar a infração penal que motivar a prisão.

GABARITO D -> - Art. 285, CPP - Parágrafo único. O mandado de prisão:


a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;

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b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.

165 - (FADESP - 2016 - PM-PA - Aspirante da Polícia Militar) Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito
ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. A prisão preventiva sem a exibição do
mandado é possível no caso de
a) crime inafiançável.
b) crime hediondo.
c) crime de menor potencial ofensivo.
d) crime de abuso de autoridade.

GABARITO A -> Art. 287, CPP: “Se a infração for inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará
a prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado,
para a realização de audiência de custódia”. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).

166 - (FCC - 2014 - TJ-AP - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados) O mandado de prisão,
devidamente registrado em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça, poderá ser cumprido por
qualquer agente policial,
a) mediante prévia comunicação ao juiz do local do cumprimento da medida, quando diverso da competência
territorial daquele que decretou a prisão.
b) desde que verificado o prazo de validade do mandado e comunicando ao juiz que o decretou.
c) ainda que fora da competência territorial do juiz que o expediu.
d) desde que tenha sido expedida a respectiva carta precatória pelo juiz processante.
e) somente após a regulamentação, pelo Ministério da Justiça, do registro de mandados do Conselho Nacional de
Justiça.

GABARITO C -> Art. 289-A, § 1º, CPP: “Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no
mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência territorial
do juiz que o expediu”.

167 - (VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto) Expedido mandado de prisão contra réu condenado, o executor do
mandado, encontrando-o em casa de terceiro, e no período noturno, deverá
a) intimar o morador a entregar o réu condenado e, em caso de recusa, convocar 2 (duas) testemunhas e entrar
imediatamente e à força na casa para cumprir a ordem judicial.
b) entrar na casa do terceiro, a quem dará voz de prisão pelo crime de favorecimento pessoal, cumprir o mandado
de prisão e conduzir ambos à presença da Autoridade policial.
c) intimar o morador a entregar o condenado e, em caso de recusa, esperar o amanhecer para ingressar na casa e
efetuar a prisão.
d) entrar na casa do terceiro, mesmo contra sua vontade, e efetuar a prisão do condenado em cumprimento ao
mandado judicial.
61
GABARITO C -> Art. 293, CPP: “Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se
encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for
obedecido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, SENDO DIA, entrará à força na casa,
arrombando as portas, se preciso; SENDO NOITE, o executor, depois da intimação ao morador, se não for

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atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça,
arrombará as portas e efetuará a prisão”.

PRISÃO DOMICILIAR

168 - (INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil) De acordo com o atual Código de Processo
Penal, assinale a alternativa correta. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua
residência ou em casa de albergado, podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 317, CPP: “A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua
residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial”.

169 - (FGV - 2021 - DPE-RJ - Defensor Público) Crézio, mediante esbarrão na vítima, subtraiu seu celular. Logo
após a subtração, policiais militares que viram os fatos correram no encalço de Crézio e efetivaram a sua prisão
em flagrante. Em sede de audiência de custódia, Crézio informou que praticou o fato em virtude da necessidade
imposta pela perda do emprego, bem como para sustentar seu filho que possui 3 anos e é portador de deficiência.
Um amigo de Crézio entregou ao(à) Defensor(a) Público(a) a certidão de nascimento do filho de Crézio e uma
declaração de que apenas este cuida do seu filho, já que a mãe da criança se encontra em local incerto. Na
audiência de custódia, o julgador, após constatar a legalidade prisional, converteu a prisão em flagrante em
preventiva, em virtude dos antecedentes de Crézio, ainda que tecnicamente primário. Considerando o caso
narrado, é correto afirmar que:
a) não será cabível a substituição da prisão preventiva pela domiciliar, já que se trata de medida cautelar
excepcional, aplicada apenas nos casos de crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa;
b) para que haja substituição da prisão preventiva pela domiciliar, será imprescindível a fiscalização através de
monitoração eletrônica;
c) a decisão proferida no Habeas Corpus coletivo nº 143.641/SP, julgado pelo Supremo Tribunal Federal, que
dispõe sobre a prisão domiciliar para mulheres, é extensiva aos homens, desde que cumpridos os requisitos da
medida cautelar de prisão domiciliar e outras condicionantes;
d) é cabível a substituição da prisão preventiva pela domiciliar, desde que o crime não tenha sido praticado com
violência ou grave ameaça à pessoa e o réu não possua antecedentes;
e) como a prisão domiciliar não possui natureza cautelar de privação de liberdade, não será aplicável a detração
da pena, caso haja decisão condenatória definitiva.

GABARITO C -> - Art. 318, CPP: Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o
agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
deficiência;
IV - gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 62
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

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170 - (VUNESP - TJ-RJ - Juiz Substituto - 2019) A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que
a) não se trate a gestante de reincidente ou portadora de maus antecedentes.
b) não seja a gestante líder de organização criminosa ou participante de associação criminosa.
c) não se trate de acusada por crime hediondo ou equiparado.
d) não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça à pessoa e não tenha cometido o crime contra seu
filho ou dependente.
e) tenha havido prévia reparação do dano e as circunstâncias do fato e a personalidade da gestante indicarem se
tratar de medida suficiente à prevenção e reprovação do crime.

GABARITO D -> Art. 318-A, CPP: “A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que”:
I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

171 - (VUNESP - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento - 2022) Poderá o juiz substituir a
prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for
a) homem, com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
b) imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 5 (cinco) anos de idade ou com deficiência.
c) mulher, com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
d) maior de 70 (setenta) anos.

A - ERRADO: Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos.
B - ERRADO: Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
deficiência;
C - GABARITO:
D - ERRADO: Maior de 80 (oitenta) anos;

DA LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU SEM FIANÇA

172 - (CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal) José, réu primário, foi preso em
flagrante acusado de ter praticado crime doloso punível com reclusão de no máximo quatro anos. Na audiência de
custódia, o juiz decretou a prisão preventiva de ofício. No entanto, a defesa de José solicitou, em seguida, a
reconsideração da decisão, com base no argumento de que a conduta do preso era atípica. O juiz acatou a tese e
relaxou a prisão. Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente. Devido à pena prevista para o
crime praticado por José, delegados ficam vedados a arbitrar a fiança.
a) Certo b) Errado

GABARITO B -> Art. 322, CP: “A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração 63
cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos”.

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173 - (GUALIMP - 2020 - Prefeitura de Areal - RJ - Procurador Municipal) Considerando as regras do Código de
Processo Penal para fiança, o valor da mesma será fixado pela autoridade que a conceder, quando se tratar de
infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos, nos seguintes
limites:
a) De 2 (dois) a 100 (cem) salários mínimos.
b) De 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos.
c) De 1 (um) a 50 (cinquenta) salários mínimos.
d) De 2 (dois) a 50 (cinquenta) salários mínimos.

GABARITO B -> Art. 325, CP: “O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes
limites”:
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de
liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos;
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade
cominada for superior a 4 (quatro) anos.

174 - (Fundação La Salle - SUSEPE-RS - Agente Penitenciário - 2017) Se assim recomendar a situação econômica
do preso, pelo Código de Processo Penal, a fiança poderá ser:
a) fixada em 05 (cinco) vezes o valor do salário mínimo.
b) calculada em até 360 (trezentos e sessenta) dias multa.
c) aumentada em até 1.000 (mil) vezes.
d) aumentada em até 2/3 (dois terços).
e) reduzida até o máximo de 1/3 (um terço).

GABARITO C -> Art. 325, § 1º, CP: “Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser”:
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código;
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes.

175 - (CONSULPLAN - 2016 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros) De acordo com o Decreto-Lei nº
3.689/1941, Código de Processo Penal, julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado
a) resistir justificadamente a ordem judicial.
b) cumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança.
c) deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo.
d) praticar nova infração penal culposa.

GABARITO C -> Art. 341, CP: “Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado”:
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo;
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo;
III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança;
IV - resistir injustificadamente a ordem judicial;
V - praticar nova infração penal dolosa.
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176 - (CESPE - 2015 - TJ-PB - Juiz Substituto) A respeito da disciplina do CPP sobre a fiança, assinale a opção
correta. A fiança poderá consistir em pedras, objetos ou metais preciosos.
a) Certo b) Errado

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GABARITO A -> Art. 330, CP: “A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro,
pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em
hipoteca inscrita em primeiro lugar”.

177 - (IESES - 2016 - TJ-PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros) De acordo com o CPP, entender-se-á
perdido, na totalidade, o valor da fiança:
a) Se, regularmente intimado para ato do processo, o acusado deixar de comparecer, sem motivo justo.
b) Se, condenado, o acusado não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta.
c) Se, deliberadamente, o acusado praticar ato de obstrução ao andamento do processo.
d) Se o acusado praticar nova infração penal dolosa.

GABARITO B -> Art. 344, CP: “Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o
acusado não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta”.

178 - (CESPE / CEBRASPE - 2022 - MPE-SE - Promotor de Justiça Substituto) Será exigido o reforço da fiança
quando
a) o acusado praticar nova infração penal dolosa.
b) o acusado resistir injustificadamente a ordem judicial.
c) o acusado, intimado, deixar de comparecer a ato do processo, sem motivo justo.
d) o acusado descumprir medida cautelar cumulada com fiança.
e) for inovada a classificação do delito.

GABARITO E -> Art. 340, CP: “Será exigido o reforço da fiança”:


I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente;
II - quando houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, ou
depreciação dos metais ou pedras preciosas;
III - quando for inovada a classificação do delito.

179 - (FUNIVERSA - SEAP-GO - Agente de Segurança Prisional - 2015) Esclarece a doutrina que, por liberdade
provisória, se entende o instituto por meio do qual, em determinadas situações, se concede ao indivíduo o direito
de aguardar em liberdade até o final do processo. Se concedida a liberdade provisória mediante o pagamento da
fiança, a manutenção desse benefício condiciona-se-á ao cumprimento das obrigações legais prevista nos artigos
327 e 328 do CPP. A transgressão imotivada dessas obrigações também conduz ao chamado quebramento da
fiança, o que tem como consequência a perda definitiva da metade do valor pago, facultando-se ao magistrado,
ainda, decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares e, se for o caso, como ultima ratio, decretar a prisão
preventiva. (Norberto Avena. Processo Penal. Versão Universitária. 2.ª ed. Método, 2013). A respeito da liberdade
provisória mediante fiança e à luz da reforma processual penal advinda de Lei n.º 12.403/2011, assinale a
alternativa correta.
a) Não caberá a concessão da fiança, nos crimes de racismo, tortura, tráfico ilícito de drogas, terrorismo e
homicídio em todas as suas modalidades.
b) Poderá ser concedida fiança em caso de prisão civil.
c) A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade
máxima não seja superior a 2 anos.
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d) O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia permissão
da autoridade processante, ou ausentar-se, por mais de 8 dias, de sua residência sem comunicar àquela
autoridade o lugar onde será encontrado.
e) Com a reforma processual penal de 2011, todos os crimes passaram a ser afiançáveis.

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GABARITO D -> Art. 328, CP: “O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de
residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua
residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado”.

180 - (CESPE / CEBRASPE - MPE-PA - Promotor de Justiça Substituto - 2023) No que concerne à liberdade
provisória, assinale a opção correta.
a) A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos crimes punidos com detenção.
b) O quebramento da fiança importa na perda total do seu valor.
c) A fiança poderá ser prestada após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
d) Sendo a pena em abstrato superior a quatro anos, somente a autoridade judiciária poderá arbitrar a fiança.
e) A fiança será perdida, em sua totalidade, se o condenado não se apresentar para o cumprimento da pena
imposta em sentença, mesmo que provisória.

A - ERRADO: Art. 322, CP: “A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja
pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos”.
B - ERRADO: Art. 343, CP: “O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu
valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação
da prisão preventiva”.
C - ERRADO: Art. 334, CP: “A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença
condenatória”.
D - GABARITO:
E - ERRADO: Art. 344, CP: “Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado
não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta”.

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