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de
Polícia
Judiciária
Manual
de
Polícia
Judiciária
DOUTRINA MODELOS LEGISLAÇÃO
Bibliografia.
1. Polícia judiciária – São Paulo (Estado) I. Queiroz, Carlos Alberto Marchi de, 1943-
00–4306 CDU–343.123.12(816.1)
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrônico e mecânico,
inclusive através de processos xerográficos, sem permissão expressa da Delegacia Geral de Polícia.
(Lei nº 9.610 de 19.2.1998)
Mais uma vez o Grupo de Estudos, composto pelos Professores Doutores aci-
ma mencionados, somando-se os Professores Doutores Augusto Silva Carrasco, Ja-
queline Makowski de Oliveira Bariani, José Geraldo da Silva, Octacílio de Oliveira
Andrade e Valdir Bianchi agradece, em especial, ao Doutor Maurício José Lemos
Freire, e ao atual Delegado de Polícia Diretor da Academia de Polícia Civil, Doutor
Marco Antonio Desgualdo que, com cooperação ímpar, possibilitou esta quinta
edição do Manual de Polícia Judiciária.
Este Manual de Polícia Judiciária é o resultado de uma revisão realizada por uma equipe de
professores do quadro da Academia de Polícia de São Paulo, com subsídios ofertados por
colaboradores de toda a Polícia Civil do Estado de São Paulo, com o apoio de sua Diretoria
e da Delegacia Geral de Polícia.
Presidente
Membros
HAROLDO FERREIRA
Delegado de Polícia, Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do
Vale do Paraíba, São José dos Campos, Criminólogo pelo Instituto Oscar Freire, Mestre
em Direito Penal pela PUC de São Paulo, Professor Titular de Direito Penal da Faculdade
Integrada de Direito de Guarulhos e da Uniban em São Paulo, Professor de Direito Penal da
Academia de Polícia e Titular da Cadeira nº 8 da Academia de Ciências, Letras e Artes dos
Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.
VALDIR BIANCHI
Delegado de Polícia, Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do
Sul de Minas, Autor do livro “Prevenir Sequestros é dever de todos”, publicado pela editora
da Academia de Polícia, Criminólogo pela Escola de Polícia da Polícia Civil do Estado de São
Paulo, Professor convidado pelo Governo Japonês, para participação de cursos seniores nos
anos de 1986 e 1992, Professor das disciplinas Telecomunicações e Segurança e Proteção de
Dignitários da Academia de Polícia.
Colaboradores
Ana Lúcia de Souza Marques, Eduardo Augusto Paglione, Edson Luis Baldan, Eron
Veríssimo Gimenez, Gilson Cesar Pereira da Silveira, Higor Vinicius Nogueira Jorge, Levi
D'Oliveira, Rina Ricci Cagnacci e Ugo Osvaldo Frugoli.
Homenagem
É nosso dever e nossa vontade mencionar, de modo particular, a presença assídua e o papel
extremamente dinâmico e construtivo dos Professores Doutores JOSÉ ALVES DOS REIS e
JOSÉ LOPES ZARZUELA durante as múltiplas reuniões de nosso grupo de estudos. Ambos,
por terem passado, precocemente, para o outro lado do Mistério, não puderam participar da
última fase dos trabalhos, mas nós os consideramos verdadeiros co-autores desta obra.
A Polícia Civil do Estado, para o desempenho das atribuições que lhe foram
constitucionalmente cominadas, ressentia-se até hoje de um trabalho atualizado
que reunisse algumas das atividades referentes ao exercício de polícia judiciária de
ocorrência mais frequente, formalizáveis no Inquérito Policial ou em procedimentos
conexos. O único antecedente existente remonta a 1973, da lavra do culto e saudoso
Dr. Celso Telles, a quem prestamos nossas homenagens.
As dificuldades para tanto eram inúmeras, residindo principalmente na contí-
nua elaboração de leis, decretos e variados atos administrativos que afetam as roti-
nas e procedimentos adotados na atividade policial.
O trabalho hoje vindo a lume, fruto do empenho e dedicação de uma equipe
de escol, parece responder, no tempo, ao apelo de centenas de anônimos e dedicados
funcionários que, nos mais distantes rincões do Estado, diuturnamente se empe-
nham na investigação e repressão criminal, com o único intuito de melhor atender à
comunidade a que servem.
É sabido que o Inquérito Policial e as investigações criminais são atividades
estritamente coligadas. Ao presidir o Inquérito Policial e conduzir as investigações
o Delegado de Polícia aplica o Direito. Mas, para aplicá-lo, necessita antes de tudo
interpretá-lo, já que o arcabouço jurídico que norteia a elaboração desse procedi-
mento não consiste em algo a ser aplicado mecanicamente, sem a utilização do ra-
ciocínio lógico e da visão ética, social e jurídica do quadro no qual ocorreu o fato
que se pretende apurar.
Nesse contexto se insere a relevância deste trabalho que, sem pretender exaurir
ou padronizar as atividades da polícia judiciária, estabelecendo rotinas de aplica-
ções automáticas da subsunção do fato à norma legal, fornece um material diversi-
ficado e de fácil acesso a toda a Polícia Civil, permitindo que o Delegado de Polícia,
fazendo uso da razão, opte pela linha de conduta que melhor se aplique ao caso
concreto, durante a elaboração do Inquérito Policial e evitando que autoridades
e agentes policiais, por vezes impossibilitados de acompanhar a edição dos mais
novos enunciados legais e normativos, desperdicem seu precioso tempo e esforço, na
busca do subsídio indispensável à consecução de seu trabalho.
De consulta fácil e escorreito na condução dos temas, o trabalho em exame
contém, para os consulentes, tanto a legislação mais atualizada, em nível federal,
Capítulo I
INQUÉRITO POLICIAL
1. Considerações preliminares................................................................... 47
2. Conceito............................................................................................... 47
3. Características...................................................................................... 48
4. Definição de autoridade policial........................................................... 49
5. Jurisdição e competência....................................................................... 49
6. Notícia do crime................................................................................... 52
7. Providências preliminares..................................................................... 52
8. Início do Inquérito................................................................................ 53
9. Prazos................................................................................................... 54
10. Formalidades........................................................................................ 55
11. Rito....................................................................................................... 55
12. Atos solenes.......................................................................................... 56
13. Inquérito Policial e a teoria geral da prova............................................ 56
14. Conclusão............................................................................................. 58
15. Modelos................................................................................................ 60
Capítulo II
MEDIDAS CAUTELARES
1. Considerações preliminares................................................................... 67
2. Garantias constitucionais que regem a matéria..................................... 68
3. Características...................................................................................... 69
4. Classificação......................................................................................... 70
5. Medidas cautelares assecuratórias de bens............................................ 70
6. Medidas cautelares assecuratórias de pessoas....................................... 70
7. Medidas cautelares assecuratórias de direitos....................................... 75
8. Conclusão............................................................................................. 81
9. Modelos................................................................................................ 82
Capítulo IV
TERMO CIRCUNSTANCIADO
1. Considerações preliminares................................................................... 131
2. Termo circunstanciado: terminologia.................................................... 132
3. Critérios processuais............................................................................. 132
4. Competência dos juizados especiais criminais....................................... 132
5. Infrações penais de menor potencial ofensivo....................................... 132
6. Natureza jurídica.................................................................................. 133
7. Conceito de autoridade policial............................................................ 134
8. O inquérito policial e o termo circunstanciado..................................... 135
9. Prisão em flagrante............................................................................... 135
10. Autor do fato........................................................................................ 135
11. Vítima................................................................................................... 136
12. Testemunhas......................................................................................... 136
13. Provas................................................................................................... 136
14. Ocorrências não comuns....................................................................... 137
15. Conclusão............................................................................................. 140
16. Modelos................................................................................................ 140
Capítulo V
AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO
1. Considerações preliminares................................................................... 147
2. Conceito............................................................................................... 148
3. Sujeitos da prisão em flagrante............................................................. 149
4. Estado de flagrância.............................................................................. 154
5. Aspectos especiais da prisão em flagrante............................................. 159
6. Documentação...................................................................................... 166
7. Providências posteriores à lavratura do flagrante.................................. 172
8. Prisão preventiva................................................................................... 176
Capítulo VI
REQUISIÇÕES DE EXAMES PERICIAIS
1. Considerações preliminares................................................................... 201
2. Perícias em geral................................................................................... 201
3. Momento da determinação da perícia................................................... 202
4. Procedimentos para requisição de exames periciais............................... 202
5. Realização da perícia............................................................................ 203
6. Modalidades de perícias........................................................................ 203
7. Confecção de requisições de exames periciais........................................ 206
8. Conclusão............................................................................................. 207
9. Quesitos................................................................................................ 208
Capítulo VII
APREENSÕES E ARRECADAÇÕES
1. Considerações preliminares................................................................... 269
2. Procedimentos cautelares no Código de Processo Penal........................ 269
3. Cabimento............................................................................................ 269
4. Formalidades........................................................................................ 270
5. Apreensão............................................................................................. 270
6. Busca e apreensão................................................................................. 271
7. Arrecadação......................................................................................... 272
8. Medidas assecuratórias......................................................................... 273
9. Avaliação.............................................................................................. 274
10. Restituição............................................................................................ 274
11. Apreensões na legislação especial.......................................................... 274
12. Conclusão............................................................................................. 278
13. Modelos................................................................................................ 278
Capítulo VIII
DOCUMENTOS RELATIVOS AO INVESTIGADOR DE POLÍCIA
1. Considerações preliminares................................................................... 289
2. Participação do Investigador de Polícia na elaboração do BO.............. 289
3. Ordem de serviço.................................................................................. 290
4. Relatório de investigação...................................................................... 290
5. Intimações e notificações...................................................................... 291
Capítulo IX
COMUNICAÇÕES OFICIAIS
1. Considerações preliminares................................................................... 303
2. Formas de redação oficial..................................................................... 304
3. Meios usuais de comunicação oficial..................................................... 307
4. Comunicações oficiais obrigatórias....................................................... 308
5. Conclusão............................................................................................. 310
6. Modelos................................................................................................ 310
Capítulo X
PROTOCOLADOS CONEXOS À POLÍCIA JUDICIÁRIA
1. Considerações preliminares................................................................... 321
2. Origem e registro dos protocolados....................................................... 321
3. Tramitação no âmbito da Pasta............................................................ 321
4. Classificação dos documentos sigilosos................................................. 323
5. Conclusão............................................................................................. 323
6. Modelos................................................................................................ 323
Capítulo XI
RECOGNIÇÃO VISUOGRÁFICA DE LOCAL DE CRIME
1. Considerações preliminares................................................................... 325
2. A origem do neologismo....................................................................... 326
3. Conteúdo.............................................................................................. 326
4. Recognição visuográfica enquanto peça ilimitada................................. 326
5. Origem da recognição visuográfica....................................................... 327
6. Fatores objetivos................................................................................... 327
7. Natureza procedimental........................................................................ 327
Capítulo XII
PROCEDIMENTOS POLICIAIS
1. Considerações preliminares................................................................... 345
2. Crimes contra o patrimônio.................................................................. 345
3. Furto e roubo de veículos..................................................................... 346
4. Localização de veículo.......................................................................... 346
5. Receptação de veículo........................................................................... 346
6. Furto, roubo e desvio de carga.............................................................. 347
7. Crimes contra a vida............................................................................. 348
8. Das lesões corporais.............................................................................. 349
9. Armas de fogo....................................................................................... 350
10. Drogas.................................................................................................. 352
11. Auto de resistência................................................................................ 355
12. Indicações de consulta.......................................................................... 355
13. Conclusão............................................................................................. 356
Capítulo XIII
POLÍCIA JUDICIÁRIA NA INVESTIGAÇÃO DOS CRIMES ECONÔMICOS
1. Considerações preliminares................................................................... 357
2. Crimes contra a ordem econômica........................................................ 357
3. Crimes contra a economia popular e as relações de consumo............... 361
4. Crimes contra a saúde pública.............................................................. 366
5. Crimes contra os direitos trabalhistas e previdenciários........................ 367
6. Estelionato............................................................................................ 368
7. Crimes fiscais........................................................................................ 369
8. Fraude à previdência social................................................................... 370
9. Crimes falimentares.............................................................................. 371
10. Malversação de fundos públicos........................................................... 372
11. Reciclagem de capitais.......................................................................... 374
12. Receptação........................................................................................... 375
Capítulo XIV
DOCUMENTOS E ATOS RELATIVOS AO ESCRIVÃO DE POLÍCIA
1. Considerações preliminares................................................................... 383
2. Participação do Escrivão de Polícia na elaboração dos atos
de Polícia Judiciária.............................................................................. 383
3. Termos privativos do Escrivão de Polícia.............................................. 384
4. O Escrivão de Polícia como depositário necessário............................... 386
5. Competência do Escrivão de Polícia para autenticar documentos......... 387
6. Conclusão............................................................................................. 387
7. Modelos................................................................................................ 387
Capítulo XV
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
1. Considerações preliminares................................................................... 391
2. O sujeito ativo nas infrações penais....................................................... 391
3. A atuação da Polícia Judiciária na apuração da autoria
das infrações penais.............................................................................. 392
4. A identificação humana........................................................................ 392
5. O indiciamento..................................................................................... 395
6. Conclusão............................................................................................. 396
7. Modelos................................................................................................ 396
Capítulo XVI
ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS OBRIGATÓRIOS
1. Considerações preliminares................................................................... 401
2. Peculiaridades dos livros oficiais........................................................... 401
3. Livros obrigatórios............................................................................... 402
4. Livros facultativos................................................................................. 403
5. A escrituração regulamentar dos livros................................................. 403
6. Conclusão............................................................................................. 408
7. Modelos e Decreto nº 54.750/2009 e Portaria DGP-10/2010................. 408
Capítulo XVII
CRIMES AMBIENTAIS
1. Considerações preliminares................................................................... 417
2. Breves considerações sobre os crimes contra o meio ambiente.............. 417
Capítulo XVIII
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
1. Conceito............................................................................................... 429
2. Evolução histórica................................................................................ 430
3. Evolução histórica em nível global........................................................ 433
4. Os Direitos Humanos na segunda metade do século XX...................... 434
5. Os Direitos Humanos nas Américas..................................................... 435
6. Os Direitos Humanos e suas quatro gerações........................................ 435
7. Características dos Direitos Humanos.................................................. 437
8. Regras mínimas da ONU para o tratamento dos reclusos..................... 438
9. Repertório de regras mínimas no Brasil................................................ 439
10. Uso de algemas..................................................................................... 439
11. Reflexos na legislação interna............................................................... 440
12. Direitos humanos na Polícia Civil......................................................... 440
13. A Academia de Polícia e os Direitos Humanos..................................... 441
14. A globalização dos Direitos Humanos.................................................. 441
15. Conclusão............................................................................................. 442
Capítulo XIX
ACIDENTE DO TRABALHO
1. Considerações preliminares................................................................... 443
2. Fatores de importância......................................................................... 443
3. Classificação de acidentes do trabalho.................................................. 444
4. Higiene do trabalho.............................................................................. 444
5. Segurança do trabalho.......................................................................... 445
6. Prevenção de acidentes.......................................................................... 445
7. Normas de proteção do trabalho policial.............................................. 446
8. Causas dos acidentes............................................................................. 447
9. A saúde do policial civil........................................................................ 448
10. Lesão por esforços repetitivos e doenças osteo-musculares
relacionadas ao trabalho-LER/DORT.................................................. 451
Capítulo XX
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
1. Considerações preliminares................................................................... 455
2. Atendimento pela autoridade policial................................................... 455
3. Providências da autoridade policial...................................................... 457
4. Medidas Protetivas de Urgência............................................................ 460
5. Comunicado CG nº 117/2008 da Corregedoria Geral da Justiça........... 462
6. Modelos e legislação correlata.............................................................. 463
Capítulo XXI
TRÂNSITO
1. Considerações preliminares................................................................... 471
2. Conceito de via pública e sua extensão................................................. 471
3. Nomenclaturas técnicas das vias terrestres............................................ 472
4. Nomenclaturas técnicas de veículos...................................................... 474
5. Normas de conduta nas vias públicas e infrações administrativas......... 475
6. Acidentes de trânsito............................................................................ 478
7. Crimes de trânsito................................................................................. 482
8. Documentos de porte obrigatório e comprobatórios da propriedade
veicular conforme a legislação de trânsito............................................. 492
9. Documentos de habilitação. Tipos, classificação e validade.................. 493
10. Pedestre e condutor de veículo não motorizado. Observações quando
da ocorrência de acidente de trânsito.................................................... 495
Capítulo XXII
CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA E IRREGULARIDADES
EM MEDICAMENTOS E SUBSTÂNCIAS ALIMENTÍCIAS
1. Considerações preliminares................................................................... 497
2. Aspectos legislativos............................................................................. 497
3. Sujeitos do delito.................................................................................. 498
4. Polícia judiciária................................................................................... 498
5. Apreensão e acondicionamento de produtos......................................... 499
6. Assessoramentos possíveis.................................................................... 500
7. Locais de exame.................................................................................... 501
8. Aspectos penal e processual.................................................................. 501
Capítulo XXIII
CRIMINOLOGIA
1. Considerações preliminares................................................................... 517
2. Divisões da Criminologia...................................................................... 518
3. Sociologia criminal............................................................................... 519
4. Psicanálise criminal............................................................................... 519
5. A nova defesa social e a criminologia crítica......................................... 520
6. Vitimologia........................................................................................... 520
7. Ecologia da vitimidade......................................................................... 521
Capítulo XXIV
NEUROCIÊNCIA NA ATIVIDADE POLICIAL
1. Neurociência na atividade policial........................................................ 523
2. Investigação policial.............................................................................. 525
3. Comunicação........................................................................................ 526
4. Aplicação prática.................................................................................. 528
Capítulo XXV
CRIMES CIBERNÉTICOS - CYBERBULLYING
1. Considerações preliminares................................................................... 531
2. Cyberbullying....................................................................................... 531
3. Crimes cibernéticos............................................................................... 532
4. Da investigação..................................................................................... 533
5. Efeitos civis do cyberbullying................................................................ 534
6. Conclusão............................................................................................. 535
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Em 1939 foi mais uma vez extinta a Secretaria da Segurança Pública e, no iní-
cio desse ano, em 16 de janeiro, o Conselho Universitário incluiu a Escola de Polícia
entre as instituições complementares da Universidade de São Paulo.
O surgimento do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado, por
meio do Decreto-Lei nº 12.273 de 1941, marcou o início de uma nova fase de reno-
vação dos serviços públicos estaduais.
Na orla das grandes mudanças, o Código de Processo Penal, instituído pelo
Decreto-Lei nº 3.689 de 1941, em seus artigos 4º a 23, regulamentou e manteve o
Inquérito Policial como instrumento da autoridade policial, dispondo ainda sobre o
exercício e atribuições da polícia judiciária.
Ainda no primeiro semestre do ano de 1941 há um novo restabelecimento da
Secretaria da Segurança Pública e é publicado o número 1 – volume 1 - da Revista
“Arquivos da Polícia Civil de São Paulo”, uma publicação criada visando a divulga-
ção das atividades policiais técnicas e científicas.
Em 1942, o Instituto de Criminologia voltou a denominar-se Escola de Polícia,
por ordem do Decreto nº 12.497 e, dois anos mais tarde, em 1944, a Escola de Polícia
estabeleceu sua nova sede no bairro da Liberdade, à Rua da Glória, 410, onde ficaria
até 1951.
Por força do Decreto-Lei nº 14.854 de 1945 o Gabinete de Investigações passou
a denominar-se Departamento de Investigações (DI). A Delegacia de Ordem Políti-
ca e Social foi transformada em Departamento de Ordem Política e Social (DOPS)
com atribuição de dirigir os serviços policiais de investigação, prevenção e repressão
aos delitos de caráter político, social e econômico, entre outros.
No dia 13 de dezembro de 1945, duas outras mulheres tomaram posse na Polí-
cia Civil: Maria Alice Firpo Mussumeci, como primeira Fotógrafa Policial, e Loisé
Amandier Cardone, como a primeira Pesquisadora Dactiloscópica.
Em 1946, o Decreto-Lei nº 9.208 instituiu o dia 21 de abril como o Dia das
Polícias Civis e Militares, determinando o mártir Tiradentes como patrono.
Ainda em 1946 foi realizado o primeiro concurso para provimento de cargos
de classe inicial da carreira de Delegado de Polícia, na Escola de Polícia de São
Paulo. Por outro lado, o Decreto nº 19.089 de 1950 deu à Escola de Polícia poderes
para realizar cursos de ingresso para as carreiras de Escrivão, Investigador, Radio-
telegrafista e Carcereiro.
No dia 13 de março de 1947 tomam posse as duas primeiras mulheres Investi-
gadoras de Polícia: Floriza Velloso Romagnolli e Elsa Van Kamp.
Com a Lei nº 199, em 1º de dezembro de 1948 foi criado o Conselho da Polícia
Civil, órgão superior consultivo, opinativo e deliberativo da Polícia Civil do Estado
de São Paulo, que somente foi formalmente regulamentado pelo Decreto nº 6.957
de 3 de novembro de 1975.
A mesma norma de 1948 reorganizou a carreira de Delegado de Polícia e esta-
beleceu como critério para o concurso de ingresso a obtenção do diploma do curso
de Criminologia realizado pela Escola de Polícia.
Em 11 de novembro de 1949 foi fundada a Associação dos Delegados de Polí-
cia do Estado de São Paulo.
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reduzir a incidência de acidente do trabalho e zelar pela saúde física e mental dos
policiais no cumprimento do dever, pela Portaria DGP nº 19/98; e, ainda, foi ofi-
cialmente estruturado o Grupo de Operações Especiais – GOE, com atribuições de
policiamento preventivo especializado e diligências de natureza policial relevantes,
bem como controle de motins e rebeliões, pela Portaria DECAP nº 11/98. E, com a
finalidade de executar intervenções táticas, foi criado o Setor de Operações Especiais
(SOE) no DENARC.
Enquanto isso, outro crime assombrava a cidade de São Paulo. Um assassino
serial, conhecido pela alcunha de “Maníaco do Parque”, seduzia suas vítimas, de-
pois as levava para o Parque do Estado, na zona sul da Capital, onde as estuprava e
matava. O crime foi elucidado em 1998 com a atuação do DHPP e o auxílio de um
eficiente retrato falado.
Em 1999, a Lei nº 10.336 autorizou a instalação das Delegacias da Criança e da
Juventude, em municípios da Grande São Paulo e no Interior do Estado. Por outro
lado, o Programa de Proteção a Testemunhas (PROVITA), apoiado pela Delegacia de
Polícia de Proteção a Testemunhas do DHPP, foi instituído pelo Decreto nº 44.214.
Mais um grande fato na estrutura da Polícia Civil ocorreu nesse ano: a criação
dos Departamentos de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (DEINTER 1 a 7),
respectivamente nas cidades de São José dos Campos, Campinas, Ribeirão Preto,
Bauru, São José do Rio Preto, Santos, Sorocaba e Presidente Prudente, com o De-
creto nº 44.448/99.
Novamente a nível interno, ocorrem algumas mudanças substanciais e, assim,
foi criado o Grupo de Intervenção em Cenários de Resgate de Presos (GIRP) no
DEIC pela Portaria DGP nº 13/99; foram estabelecidas rotinas de trabalho para as
investigações sobre crimes cometidos pelo uso indevido de computadores, da Inter-
net e dos meios eletrônicos a serem apuradas pelo DETEL pelas Portarias DGP nº
14/99 e DGP nº 18/99; e foi criado o Grupo Especial de Investigações Sobre Infra-
ções Contra o Meio Ambiente no DECAP, pela Portaria DGP nº 19/99.
No final de 1999, em 20 de novembro, foi emitida a primeira Carteira de Iden-
tidade digitalizada. O ato aconteceu durante a 4ª Bienal de Arquitetura no Ibirapue-
ra. A partir daí iniciou-se o programa de digitalização das carteiras de identidade no
Estado de São Paulo.
Em abril de 2000 o Departamento de Administração e Planejamento (DAP) foi
reorganizado pelo Decreto nº 44.856.
Avançando nas telecomunicações, em 21 de setembro, foi lançado oficialmen-
te o Sistema de Informações Criminais (INFOCRIM), um banco de dados infor-
matizado, interligando em rede Distritos Policiais e Companhias da Polícia Militar
da Capital, além de Campinas e Santos, com informações contidas nos boletins de
ocorrência registrados nas delegacias, tendo sua implantação nos 643 municípios
sido finalizada no ano de 2010. E, em 25 de outubro, foi a vez do lançamento do
Disque-Denúncia, por meio de convênio firmado entre a Secretaria da Segurança
Pública e o Instituto São Paulo Contra a Violência (SPCV).
A criação do Grupo de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância –
GRADI, com a intenção de reprimir crimes e ataques contra minorias e executar
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timou o casal de adolescentes Felipe Silva Caffé e Liana Bei Friedenbach, cujo fato
chocou o Brasil. Os corpos foram encontrados em local de difícil acesso e o menor
infrator, que executou o crime com requintes de crueldade, foi apreendido.
Em 19 de maio de 2004, por força do Decreto nº 48.666 do Governador Ge-
raldo Alckmin, foi autorizada a criação da Delegacia Geral de Polícia Adjunta
(DGPAD) em substituição à Assessoria Técnica da Polícia Civil. Ao Delegado Ge-
ral de Polícia Adjunto compete substituir o Delegado Geral de Polícia em seus im-
pedimentos legais e temporários, bem como os ocasionais.
Alguns dias depois, em 25 de maio, foi lançado o Projeto Ômega, uma fer-
ramenta de investigação criada pelo DIPOL, que desponta como mais um marco
na modernização tecnológica da Polícia Civil, usando a inteligência artificial para
aprimorar as investigações através de pesquisas em um banco de dados completo.
Em 23 de julho, aconteceu a maior apreensão de drogas na história da Polícia
Civil. Policiais do Núcleo de Apoio e Proteção à Escola (NAPE) do DENARC apre-
enderam uma tonelada de cocaína. A droga era proveniente da Colômbia e seria
distribuída em São Paulo e no Rio de Janeiro. A operação ocorreu em São Bernardo
do Campo, antes da droga ser entregue aos traficantes. Na ocasião também foram
presas duas pessoas.
Em 29 de julho, o Instituto de Identificação “Ricardo Gumbleton Daunt”
(IIRGD) completou 100 anos, tendo como sua origem a expedição da primeira “Fi-
cha Passaporte” ou “Carteira de Identidade”.
O Grupo Especial de Motos Força 13 – F13 foi criado no dia 5 de outubro,
com o objetivo de agilizar a locomoção dos policiais no trânsito da cidade.
E, no final do ano, em dezembro de 2004 foi criado o Departamento de Polícia
Judiciária de São Paulo Interior – DEINTER 8 – Presidente Prudente, pelo Decreto
nº 49.264.
O ano de 2004 foi coroado ainda com duas grandes realizações: sobe o número
de prisões por homicídio efetuadas pelo DHPP: de 165 em 2000 para 1.437 em 2004,
o que corresponde a uma variação de 770,9% no período. E, a ACADEPOL fecha o
ano contabilizando 196 cursos de aperfeiçoamento, regulares e extraordinários, para
policiais. Se compararmos registros de 1962, nos primórdios da Escola de Polícia,
quando eram 14 cursos, teremos uma evolução de 1.300%.
No ano do centenário da Polícia Civil, 2005, o IIRGD apresenta um marco
expressivo por manter um arquivo com 32 milhões de prontuários civis. Destes, 15
milhões já estavam digitalizados.
No dia 31 de outubro, foi finalmente concluído o Programa de Desativação das
Carceragens do Governo do Estado de São Paulo nos Distritos Policiais da Capital.
O projeto previu a transferência de presos de 77 DPs para unidades prisionais e
Centros de Detenção Provisória no Estado de São Paulo.
Por outro lado, a Academia de Polícia protagonizou três acontecimentos em
2005: seguindo-se a fundação do Núcleo de Estudos sobre o Meio Ambiente e Po-
lícia Judiciária (NEMA), que surgiu para capacitação, aperfeiçoamento, e atualiza-
ção dos profissionais policiais, com a organização de palestras, seminários, simpó-
sios e cursos de interesse público, direcionados tanto para policiais civis como para
40
41
42
43
44
45
1 CAGNACCI, Rina Ricci. “Nossa História: linha do tempo”. Arquivos da Polícia Civil, São
Paulo, vol. 49, p. 41-72, Acadepol, 2006.
FONSECA, Guido. “1905/1995 – Noventa Anos de Polícia de Carreira”. Arquivos da Polícia Civil,
São Paulo, vol. 45, p. 107-115, Acadepol, 1995.
FONSECA, Guido. “Cinqüenta Anos de Acadepol”. Arquivos da Polícia Civil, São Paulo, vol. 42,
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GENOFRE, Maurício Roberto. “Os cem anos da criação da polícia de carreira de São Paulo”.
Revista ADPESP, São Paulo, nº 34, ano 24, p. 21-74, Associação dos Delegados de Polícia do Estado de
São Paulo, 2004.
LESSA, Marcelo de Lima. “Os Grupos Especiais da Polícia Civil de São Paulo”. Revista ADPESP,
São Paulo, no. 34, Ano 24, p. 75-86, Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, 2004.
MORAES, Bismael B. Arquivos de Polícia e Direito. São Paulo: IBRASA, 1990.
PEIXE, Manoel Raphael Aranha. Organogramas da Polícia Civil do Estado de São Paulo – Orga-
nização Policial. São Paulo: Acadepol, 2005.
PESTANA, José Cesar. Manual de Organização Policial do Estado de São Paulo. 6ª. Edição. São
Paulo: Coletânea Acácio Nogueira – Volume V, Serviço Gráfico da Secretaria da Segurança Pública, 1962.
QUEIROZ, Carlos Alberto Marchi de. Vade Mecum Policial. Edição do autor. São Paulo: Real
Produções Gráficas Ltda, 2004.
QUEIROZ, Carlos Alberto Marchi de (coordenador). Manual Operacional do Policial Civil. São
Paulo: Delegacia Geral de Polícia, 2002.
VIEIRA, Hermes. Formação Histórica da Polícia de São Paulo. Serviço Gráfico da Secretaria da
Segurança Pública de São Paulo, 1965.
Almanaque dos Funcionários da Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública. São Pau-
lo: Tip. do Departamento de Investigações, 1950
Banco de Dados do Setor Técnico de Imprensa da APCS/DGPAD.
Pesquisas nos arquivos do Museu da Polícia Civil do Estado de São Paulo – Academia de Polícia
“Dr. Coriolano Nogueira Cobra”
Internet:
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JUSBRASIL. Legislação. Disponível em http://www.jusbrasil.com.br/legislacao. Acesso em: Ja-
neiro a abril, 2011.
POLÍCIA CIVIL. Garra. Disponível em: http://www.policiacivil.sp.gov.br/garra/inicio.htm. Aces-
so em: Abril, 2005.
SÃO PAULO (Estado). Decretos disponíveis em <http://www.legislacao.sp.gov.br>. Acesso em:
Março, 2005.
_______. Decretos disponíveis em <www.imesp.com.br>. Acesso em: Março, 2005.
46
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
2. CONCEITO
47
3. CARACTERÍSTICAS
48
3.2 Finalidades
5. JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
2 TORNAGHI, Hélio. Instituições de Processo Penal. 2ª ed. 2º vol. São Paulo: Saraiva, 1977,
p. 240.
49
minar a área de sua atuação. Contudo, segundo lição de Paulo Lúcio Nogueira3, “o
processo penal usa a expressão jurisdição no sentido amplo, que é o poder de decidir
com autoridade”, quando no sentido restrito seria a competência de julgar.
Desse modo, não é incorreto referir-se à jurisdição da autoridade policial, ou
da Polícia Judiciária. Primeiro, porque a Instituição, bem como as autoridades que
a dirigem, tiveram origem no Poder Judiciário. Segundo, porque o objeto da inves-
tigação criminal é destinado ao Poder Judiciário.
Considera-se, ainda, que, em passado recente, a autoridade policial presidia o
processo sumário. E apesar dessa competência haver sido revogada, o Delegado de
Polícia ainda pratica atos cujas decisões têm por fundamento parcela de jurisdição
decorrente da sua origem histórica, v.g., auto de prisão em flagrante delito, fiança,
requisição de exame de corpo de delito, condução coercitiva etc.
Apesar disso, a terminologia mais adequada para se determinar o âmbito de
atuação da autoridade policial é a competência, conforme estabelece o parágrafo
único do artigo 4º do Código de Processo Penal. Isto ocorre, uma vez que se trata
de designação atribuída à autoridade administrativa e, portanto, a melhor técnica
assim orienta.
3 Nogueira, Paulo Lúcio. Curso de Direito Processual Penal. 3ª ed. São Paulo, Saraiva, 1987,
p. 53
50
51
6. NOTÍCIA DO CRIME
7. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
52
8. INÍCIO DO INQUÉRITO
Apesar de constar no artigo 5º, II, do Código de Processo Penal, norma que
possa ser interpretada diversamente, a verdade é que o Inquérito Policial somente
se inicia com o despacho da autoridade, declarando a sua instauração ou portaria.
Isso ocorre porque o requerimento, ou a requisição, não têm o condão de de-
flagrar o inquérito, visto que o procedimento somente ganha vida a partir do despa-
cho da autoridade policial.
Não há regra de tempo estipulada para o seu início. Todavia, pelos princípios
da obrigatoriedade e da oficialidade, previstos no artigo 5º, I, do Código de Processo
Penal, o Inquérito Policial se inicia a partir das investigações, em especial nos crimes
de ação pública incondicionada, salvo quando não dependa do resultado de perícia,
cujo objeto possa interferir diretamente na prova da materialidade do delito.
53
9. PRAZOS
10. FORMALIDADES
54
11. RITO
55
56
Apesar de, em boa parte da doutrina, haver menção de que o inquérito é uma
peça meramente informativa, na realidade, alguns juristas enganam-se com o advér-
bio. O inquérito pode ser peça informativa sim, mas não meramente informativa.
Deflui desse entendimento que, com a elaboração do Inquérito Policial, são gera-
dos direitos, deveres e, principalmente, obrigações. Pelos princípios da obrigatorieda-
de e da indisponibilidade da ação penal, previstos no artigo 24 do Código do Processo
Penal, o Ministério Público está obrigado a oferecer a denúncia nos casos de ação
penal pública incondicionada. Desse modo, ao receber o inquérito concluído, sem
necessidade de diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia, o Promotor
de Justiça estará obrigado a oferecê-la e não poderá devolver o inquérito, inteligência
do artigo 16 do mesmo diploma legal. Assim, dizer que o inquérito policial é mera
peça informativa é sinal de total desconhecimento dos termos da legislação pertinente.
Além disso, é nos autos de Inquérito Policial que muitas provas, irrepetíveis em
Juízo, são realizadas. Assim, temos como exemplo o auto de prisão em flagrante que,
por sua natureza cautelar e instrumentária, é atualmente a melhor prova de autoria.
Existem também outras provas realizadas durante o seu trâmite, que constitui-
rão o corpo de delito do processo penal, sem nenhuma objeção, v.g., exame médico
legal, exame de local de crime, identificação monodactilar, recognição visuográfica,
enfim, tudo o que se realiza no inquérito, fazendo prova em Juízo.
Em vista dessas peculiariedades, e diante da possibilidade de serem realizados
estes atos na presença de representantes legais das partes, i.e., acusador e acusado,
durante as investigações, é de suma importância que, de uma vez por todas, não seja
tratado o inquérito como simples investigação. Atualmente, simples é a aplicação
da Lei nº 9.099/95, uma vez que para o Inquérito Policial se vislumbram apurações
criminais mais complexas dos crimes mais graves.
57
13.2 Indícios
14. CONCLUSÃO
O inquérito policial deve ser orientado sempre para uma finalização coeren-
te da investigação. Isso não quer dizer que, necessariamente, deva-se concluir pela
apuração da autoria e materialidade de um fato investigado. Em face do apurado,
segundo o princípio da verdade real, a autoridade poderá concluir até pela inexis-
tência do fato ou pela inocência do suspeito. O importante é que se tenha uma con-
clusão lógica e não uma dúvida eterna.
A autoridade policial deve primar pela realização de todas as diligências ne-
cessárias à apuração dos fatos. Nesse sentido, levando em conta o princípio da eco-
nomia processual, a fim de agilizar a aplicação da Justiça, não deve aguardar dema-
siadamente o resultado desta ou daquela diligência ou prova, mas, ao contrário, tão
logo tenha convicção de indícios suficientes da autoria e da materialidade do delito,
deverá relatar o feito e apontar as razões pelas quais entende findo o inquérito. A
parte final do relatório, conforme o modelo 5, aponta um bom caminho a ser segui-
do pela autoridade ao finalizar a investigação policial.
Em princípio, há de se destacar que o relatório do Inquérito Policial é uma
peça personalíssima do Delegado de Polícia, cabendo ao Escrivão de Polícia trans-
crevê-lo, pois somente a autoridade policial assina-o e, por isso, é um documento
que espelha sua conduta na direção da investigação.
O relatório poderá ser terminativo ou complementar. Todavia, o artigo 10, §
1º, do Código de Processo Penal, dispõe somente sobre o relatório terminativo, que
deverá ser minucioso, indicando tudo o que foi apurado ao longo das investigações,
para, em seguida, ser encaminhado ao Juiz de Direito.
Em geral, o relatório pode ser do tipo descritivo e retrospectivo, cabendo à au-
toridade policial descrever todas as diligências, desde a primeira, a notitia criminis,
as oitivas de pessoas, como se desenrolaram as investigações, quais os meios de pro-
58
59
15. MODELOS
60
MODELO 1
PORTARIA
CUMPRA-SE.
_________(local),_____de_________de_________
___________Nome_______________
Delegado(a) de Polícia
61
MODELO 2
PORTARIA
CUMPRA-SE.
_________(local),_____de_________de_________
___________Nome_______________
Delegado(a) de Polícia
62
MODELO 3
AUTO DE RESISTÊNCIA
_________Nome_____________
Delegado(a) de Polícia
63
Autoridade______
Executor______
Auxiliar do executor______
Auxiliar do executor______
Vítima______
Testemunha______
Testemunha______
Escrivão (ã)______
64
MODELO 4
IP nº______ /_______
65
RELATÓRIO
Meritíssimo Juiz,
______________Nome e assinatura______
Delegado(a) de Polícia
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1 MARQUES, José Frederico. Elementos de Direito Processual Penal. 1ª ed. Vol. IV, Campinas:
Bookseller, 1998, p. 31
67
O juiz poderá ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção an-
tecipada de prova considerada urgente e relevante, observando a necessidade, ade-
quação e proporcionalidade da medida nos termos do inc. I do art. 156 do CPP com
a redação dada pela Lei n° 11.690/08.
Esta lei esclarece no art. 155 que “o juiz formará sua convicção pela livre apre-
ciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar
sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.”
A Lei nº 11.690/08 manteve o sistema da persuasão racional ou do livre con-
vencimento motivado. Assim, ela reconhece a valorosidade das provas insertas no
inquérito policial, ao mencionar que o juiz fundamentará sua decisão também com
base no feito produzido pela polícia judiciária.
Ressalte-se que o art. 415 da Lei nº 11.689/08 possibilita ao juiz a absolvição
sumária do acusado com base no inquérito policial, desde que ocorra qualquer das
hipóteses previstas em seus incisos.
Ainda no tocante ao art. 155 do CPP, convém esclarecer que elementos infor-
mativos colhidos na investigação trata-se seguramente de provas, conforme o STF,
Súmula Vinculante 14 de 2 de fevereiro de 2009.
Registre-se também a reforma do CPP, v.g. a valoração do instituto da fiança,
o aumento do rol das medidas cautelares, inclusive a que trata da impossibilidade
de prisão antes de sentença condenatória transitada em julgado, salvo se for de na-
tureza cautelar.
No texto legislativo a prisão preventiva foi mantida de forma genérica para a
garantia da instrução do processo e da execução da pena. De forma especial tam-
bém caberá prisão preventiva para acusado que possa vir a praticar infração penal
relativa ao crime organizado, à probidade administrativa ou à ordem econômica ou
financeira considerada grave e ainda poderá ser decretada contra autor de crime
praticado mediante violência ou grave ameaça à pessoa.
Contempla a Magna Carta, em seu artigo 5º, caput, que “todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade”.
Por isso, os atos praticados pela Polícia Judiciária devem ser pautados na lega-
lidade, sem excessos, sob pena de causarem danos irreparáveis.
Ensina o Professor Luiz Carlos Rocha que “o combate à criminalidade deve ser
feito de uma posição eminentemente ética. O Delegado deve resguardar os direitos
humanos, observando que o limite da função investigatória está nos direitos indivi-
duais do suspeito”.
Segue dizendo que “uma sociedade hoje desperta para os seus direitos - e o
primeiro deles é a cidadania, o direito de ter direitos -, já não convive com práticas
68
3. CARACTERÍSTICAS
3.1 Instrumentalidade
A medida cautelar não pode ser entendida como um fim em si mesmo, uma vez
que assegura o provimento do processo penal.
Entretanto, as medidas de proteção da Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha),
podem ou não gerar processo, segundo conclusão da Corregedoria Geral da Justiça
do Estado de São Paulo no Comunicado CG nº 117/2008, a saber: “não caducam
em trinta dias as medidas protetivas de urgência, aplicadas pelo juízo criminal, mes-
mo que não seja ajuizada ação na esfera cível que a assegure”.
3.2 Preventividade
3.3 Provisoriedade
2 ROCHA, Luiz Carlos. O Delegado de Polícia e a Ética Profissional. Arquivos da Polícia Civil,
vXLI, 1983
69
3.4 Revogabilidade
4. CLASSIFICAÇÃO
Ensina Júlio Fabbrini Mirabete que a prisão preventiva “é uma medida caute-
lar constituída da privação de liberdade do indigitado autor do crime e decretada
70
6.1.1 Pressupostos
6.1.2 Fundamentos
3 MIRABETE, Júlio Fabbrini. Processo Penal. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 1996, p. 380.
71
6.1.3 Admissibilidade
O artigo 313 do Código de Processo Penal estabelece que no curso do inquérito
policial será possível a decretação da prisão preventiva, desde que presentes as cir-
cunstâncias autorizadoras da medida cautelar, a saber, nos crimes dolosos punidos
com reclusão, nos crimes dolosos punidos com detenção, quando se apurar que o
indiciado é vadio ou, havendo dúvida sobre a sua identidade, não fornecer ou não
indicar elementos para esclarecê-la. Da mesma forma se o réu tiver sido condenado
por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, salvo a não prevalência
da condenação anterior, para efeito de reincidência, conforme disposto no artigo 64,
I, do Código Penal.
Com a inserção do inciso IV no artigo 313 do Código de Processo Penal, por
meio do artigo 42 da Lei nº 11.340/06, admite-se a prisão preventiva do ofensor que
praticou violência doméstica e familiar contra a mulher, desde que dolosa, na fase
do inquérito policial e mediante representação do Delegado de Polícia, exatamente
para garantir a execução das medidas de urgência previstas na Lei Maria da Penha.
6.1.4 Legitimidade
Têm legitimidade para solicitar a custódia cautelar, segundo o artigo 311 do
Código de Processo Penal, o Ministério Público, o querelante, através de requeri-
mento, o Delegado de Polícia, por meio de representação, sendo que, ainda, poderá
a medida ser decretada de ofício pelo Juiz, desde que presentes os pressupostos,
fundamentos e condições de admissibilidade.
6.1.5 Prazo
72
caput, do Código de Processo Penal e 15 (quinze) dias na esfera federal, nos termos
do artigo 66 da Lei nº 5.010/66.
O Delegado de Polícia poderá prosseguir nas investigações, após ter enviado o
Inquérito Policial ao Poder Judiciário, porém não poderá solicitar ao Juiz o retorno
dos autos à Polícia, devendo encaminhar as diligências, procedidas posteriormente,
a autoridade judiciária competente, em autos apartados.
6.2.2 Conceito
4 CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 1998, p. 228.
73
6.2.3 Fundamentos
6.2.4 Legitimidade
6.2.5 Prazo
74
Consoante o artigo 2º, § 3º, da Lei nº 8.072/90, nos crimes hediondos, tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e tortura, o prazo da prisão tem-
porária será de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período, em caso de compro-
vada e extrema necessidade.
Se o Delegado de Polícia não libertar o investigado, após o término do prazo
da prisão, infringirá o disposto nos incisos LXV e LXVI do art. 5º da Constituição
Federal, ensejando a concessão do habeas corpus, nos termos do inciso LXVIII do
mesmo cânone. Também sujeito às penas da Lei nº 4.898/65, que dispõe sobre abuso
de autoridade.
6.2.6 Procedimento
75
Nessa direção, Adalberto José Q.T. de Camargo Aranha ensina que “a questão
de fato (quaestio facti) decide-se por meio do exame da prova, pois é por via dela que
se chega à verdade processual, a uma convicção sobre o ocorrido, elemento sobre o
qual será aplicado o direito (quaestio juris)”.6
Prova origina-se do latim probatio exigindo-se que a autoridade policial seja
percuciente na apuração, pois todo conjunto probatório objetiva, no campo proces-
sual penal, julgar homens.
A minudência da prova aparece no Capítulo I, que cuida do Inquérito Policial,
porém, neste, enfoques específicos de algumas medidas cautelares serão observadas,
a seguir.
6 ARANHA, Adalberto José Q. T.de Camargo.Da Prova no ProcessoPenal. 2ªed. São Paulo,
Saraiva,1987, p.4.
76
A Lei Complementar nº 105/01 dispõe, em seu artigo 1º, que “as institui-
ções financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços
prestados”.
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça entendeu que “todas as in-
formações, portanto, quanto às pessoas, em poder dos estabelecimentos bancários,
mesmo as que não descrevam movimentação financeira, fichas, cadastros, dados de
identificação, estão ao abrigo do sigilo fiscal”8.
Conclui-se, portanto, que, no âmbito da investigação policial que exigir quebra
de sigilo bancário, o Delegado de Polícia deverá representar ao Poder Judiciário,
que poderá, de acordo com a conveniência, deferir, ou não, a medida, sob pena de
incorrer no abuso de autoridade. (modelo 7).
O voto-condutor da ministra Maria Thereza de Assis Moura do STJ no HC
50.257/RJ, acórdão publicado em 19 de novembro de 2007, revogou decreto de
77
quebra de sigilo fiscal por manifesta violação ao art. 93, inciso IX da Constituição
Federal, afastando a possibilidade da quebra como “único meio de investigação
possível”.
78
11 Exposição de Motivos do Código de Processo Penal, 38ª ed.São Paulo, Saraiva, 1998,p.9.
79
7.9 Fiança
80
No âmbito penal, a redação original do art. 306 do CTB exigia ofensa concre-
ta, diferentemente da órbita administrativa que para a penalidade bastava tão so-
mente o perigo abstrato. Assim, para que a prisão fosse possível, era necessário que
a constatação de concentração de álcool no sangue fosse capaz de causar influência
ao condutor, independente da quantidade ingerida.
A Lei n° 11.705, de 19 de junho de 2008, conhecida como “Lei Seca”, mo-
dificou a redação do art. 306, prevendo a caracterização do crime de embriaguez,
quando a concentração de álcool por litro de sangue for igual ou superior a 6 (seis)
decigramas ou sob influência de outra substância psicoativa que cause dependência.
Como o condutor não é obrigado a se autoincriminar, diante da não realiza-
ção do bafômetro ou coleta de sangue poderá, cautelarmente, o Delegado de Polícia
requisitar o exame clínico de embriaguez, instaurando inquérito policial, uma vez
que da conduta do motorista poderá advir a constatação da prática de outros ilícitos
penais previstos no CTB, v.g., omissão de socorro, inovação artificiosa do local de
acidente de trânsito.
Registre-se que, por força do § 3° do art. 277 do Código de Trânsito Brasileiro,
assim redigido: “Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabele-
cidas no art. 165 deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer
dos procedimentos previstos no caput deste artigo”.
Sobre esta matéria ver o item 7.6 do capítulo XXI deste Manual.
8. CONCLUSÃO
81
9. MODELOS
82
MODELO I
Meritíssimo Juiz:
Por força dos elementos de convicção constantes neste Inquérito Policial, ain-
da não concluído, e com base nos artigos 311 e 312 do Código de Processo Penal,
esta Autoridade Policial representa a Vossa Excelência no sentido de ser decretada a
PRISÃO PREVENTIVA de__________ (qualificação completa), pelos motivos de
fato e de direito abaixo discriminados:
___________(descrever o fato criminoso, desde a sua eclosão até a tomada de
conhecimento pela Policia Judiciária);
___________(esclarecer as primeiras medidas tomadas pela autoridade poli-
cial, v.g., elaboração de BO, requisições periciais e médico-legais, diligências, oitiva
de testemunhas, exibições e apreensões etc.)
___________(propiciar ao Magistrado um resumo do modus operandi do indi-
ciado, relatando suas circunstâncias);
___________(resumir as medidas faltantes ou que devam ser objeto de diligên-
cias, investigações, consultas, respostas ou precatórias).
Destarte, como se verifica dos elementos constantes deste Inquérito Policial,
notadamente das provas testemunhais e materiais coletadas, reincidência do agen-
te (se for o caso) REPRESENTO a Vossa Excelência pela decretação da PRISÃO
PRE ENTIVA do indiciado (qualificar), o qual se encontra TEMPORARIAMEN-
TE preso(se esta for a circunstância), como medida de inteira Justiça.
_____________________________________
Delegado(a) de Polícia
83
MODELO 2
Ofício nº____/_____
_______________,de__________de________
Meritíssimo Juiz:
_____________________________________
Delegado(a) de Polícia
84
MODELO 3
________________,____de________de______
Meritíssimo Juiz:
_____________________________________
Delegado(a) de Polícia
85
MODELO 4
INCOMUNICABILIDADE DO INDICIADO
________________,____de________de______
Meritíssimo Juiz:
_____________________________________
Delegado(a) de Polícia
86
MODELO 5
________________,____de________de______
Meritíssimo Juiz:
_____________________________________
Delegado(a) de Polícia
87
MODELO 6
MANUTENÇÃO DE SIGILO
CONCLUSÃO
Cumpra-se.
_________________,de_______________de ____________
_____________________________________
Delegado(a) de Polícia
DATA E CERTIDÃO
Na mesma data recebi estes autos com o despacho supra e certifico que dei
inteiro cumprimento ao seu respeitável teor, conforme adiante se vê. O referido é
verdade e dou fé. O Escrivão(ã) de Polícia,_________________.
88
MODELO 7
QUEBRA DE SIGILO
___________,de_________de_____
Meritíssimo Juiz:
_____________________________________
Delegado(a) de Polícia
89
MODELO 8
90
MODELO 9
Autoridade_____________________
Reconhecedor _________________
Testemunha ___________________
Testemunha ___________________
Escrivão(ã) ____________________
91
MODELO 10
RECONSTITUIÇÃO DE CRIME
___________________, de____________de________
Senhor Diretor:
_____________________________________
Delegado(a) de Polícia
92
MODELO 11
Aos___ dias do mês de____ de____, nesta cidade de___________, por volta
das_____ horas, o Dr(a) , Delegado(a) de Polícia do(a) , acompanhado dos
policiais_______________, compareceu __________(mencionar o local onde se
efetivará a reprodução simulada dos fatos) comigo Escrivão(ã) de Polícia, ao final
assinado, e as testemunhas _________(nomes, RG, qualificação e endereço), a fim
de proceder à reprodução simulada do crime ali ocorrido no dia__ de___ de____,
em que figura como indiciado ________(nome e qualificação). Em virtude de
tratar-se de crime de _____, fez o papel de vítima o(a)_______________, que possui
características físicas semelhantes às de_____________, autor(a) dos fatos, com a
tomada de fotografias das principais cenas, filmagem, bem como a confecção de
croqui do itinerário percorrido pela vítima e pelo criminoso. Para a reconstituição
dos fatos, valeram as declarações do indiciado e das mencionadas testemunhas, que
se prontificaram a esclarecer e a reproduzir, de maneira simulada, com fidelidade que
lhes permitissem suas memórias, o que teria ocorrido no dia do crime. De tudo o que
foi observado, podem os fatos ser relatados, em suas principais cenas, da maneira
seguinte: 1º) Tudo começou quando______ ; 2º) Na sequência,___________ ; 3º)
Ato contínuo,__________; 4º) A final_________ (narração dos acontecimentos).
Foram estas as principais cenas reconstituídas. Nada mais havendo a constar,
mandou a Autoridade que se lavrasse, o presente auto que, lido e achado conforme,
vai devidamente assinado. Eu,__________, Escrivão(ã) que o digitei.
Autoridade _____________________
Indiciado _______________________
Testemunha ____________________
Testemunha ____________________
Escrivão(ã) _____________________
93
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
2. CONCEITO
95
3. FORMATO
3.1 Preâmbulo
96
3.2 Corpo
3.3 Histórico
97
3.4 Apêndices
3.4.1 Comunicações
98
3.4.2 Requisições
A materialidade do delito, assim como os meios e modos empregados na sua
execução, são elementos importantíssimos do Inquérito Policial e correspondem às
provas objetivas ou materiais, que são documentadas pelo Perito Criminal e Médico
Legista.
As requisições periciais, via de regra, são preenchidas no ato do registro da
ocorrência, competindo, portanto, ao seu executor, além da formulação correta e
adequada dos quesitos pertinentes, a informação de que foram requisitados os exa-
mes periciais, que poderá integrar os campos existentes nos formulários de boletins
de ocorrência, ou conforme a natureza da requisição, no próprio histórico.
99
100
6. CONCLUSÃO
101
102
7. MODELOS
103
MODELO 1
VÍTIMA:______________________________________________________________
Doc. Ident. nº______________________________Veio ao Plantão:______
(Espécie e repartição expedidora)
Pai:___________________________________________________________________
Mãe:__________________________________________________________________
Cor:_________ Idade:__________Est. Civil:__________Prof.:___________________
Nac.:_________________________ Nat.:____________________________________
Residência:_____________________________________________________________
(Rua, número, cidade, bairro, fone, meio de condução)
Local de trabalho:_______________________________________________________
(Rua, número, firma, cidade, bairro, fone, meio de condução)
Foi internada?_________________ Onde?___________________________________
104
TESTEMUNHAS:
(Nome, res., fone, meio de condução, doc. identidade, local de trabalho, bairro
condução, fone)
1)_____________________________________________________________________
2)_____________________________________________________________________
3)_____________________________________________________________________
4)_____________________________________________________________________
5)_____________________________________________________________________
SOLUÇÃO: ____________________________________________________________
(B.O., inquérito, termo circunstanciado, outra)
EXAMES REQUISITADOS:_____________________________________________
(IC, IML, outros exames - por extenso)
Elaborado por_______________________________,___de__________de_______
________________________________ __________________________
(assinatura) – Nome e cargo datilografados (assinatura e nome da autoridade)
105
MODELO 2
Nº___________
NATUREZA DA OCORRÊNCIA:
Data da ocorrência:-___________________
Hora do fato:_______________________
Local:_____________________________
Circunscrição:______________________
Hora da comunicação: _______________
INDICIADO: A ESCLARECER.
Se o indiciado foi visto pela vítima ou terceiro, informar:
Sexo____, compleição física_________, cor dos olhos_________, cor da cútis____;
Altura______,óculos_____(descrever), barba____(descrever), bigode__-(descrever);
Cabelos_____, cor______, tatuagem______(descrever) cicatriz_______(descrever);
Defeito físico ________(descrever) dentes_________(descrever)
Desvio de conduta__________(descrever) Peculiariedades físicas_____(descrever);
Canhoto, tique, cacoete, sotaque estrangeiro, sotaque regional, personifica o sexo
oposto, peculiaridades no andar, fala defeituosa, mudo, olhos orientais, manchas
na pele, sardas, espinhas, pintas, peruca, albino, sarará etc.
VÍTIMA: _______________________________, Alcunha,_________
Documento de Identidade-RG nº____________
CPF.________CTPS nº_____________,série_______, emitida em____________
CNH_______________Filho de________________e________________________
Cor__________Nacionalidade_____________Natural de______________________
Com idade de___________, nascido aos___________estado civil_______________
Profissão_________, residente na______(logradouro,nº,bairro,cidade,cep,telefone)
LOCAL DE TRABALHO EM:______( logradouro,nº,bairro,cidade,cep,telefone)
FOI INTERNADO(A) _____________________ONDE?______________________
VEIO AO PLANTÃO?_____________________________
106
SOLUÇÃO:_________________________________________
EXAMES REQUISITADOS:___________
HISTÓRICO: Compareceu nesta unidade ________________________________
(assinatura da vítima)__________________________
Localidade, ________________/_______________/__
Elaborado por:_______________________________
(nome e cargo datilografados e assinatura)
107
MODELO 3
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
BOLETIM ESPECIAL DE OCORRÊNCIA PARA VEÍCULOS OFICIAIS
(DECRETO Nº 20.416 DE 28-01-1983)
LOCAL____________________________________________________ DATA______________
HORA DA COMUNICAÇÃO ___________________________ HORA DO FATO: __________________
NATUREZA DA OCORRÊNCIA
COLISÃO CHOQUE CAPOTAMENTO ABALROAMENTO ATROPELAMENTO OUTRO
DA VIA E DO TRÂNSITO
ALINHAMENTO
ESPÉCIE ALINHAMENTO PAVIMENTO
D SIMPLES TIPO ESTADO OBRAS DE ARTE
E 2 faixas de rolamento RETA CONCRETO SECO PONTE
S 3 " " " CURVA ASFALTO MOLHADO TÚNEL
C 4 " " " DECLIVE PARALEL. ENLAMEADO PASSAG/INF.
R
DUPLA ACLIVE CASCALHO OLEOSO PASSAG/SUP.
I
3 faixas de rolamento BAIXADA S/REVEST. DANIFICADO
Ç
à 6 faixas de rolamento EM OBRAS
O MÃO DE DIREÇÃO ILUMINAÇÃO SINALIZAÇÃO SEMÁFORO
ÚNICA DO DIA PLACAS FUNCIONANDO
D
DUPLA NOITE C/ILUM. OFICIAIS DEFEITUOSO
O
ARTIFICIAL PARTICULARES DESLIGADO
L NOITE S/ILUM. OUTRAS INEXISTENTE
O TEMPO
C BOM
A NEBLINA
L
CHUVA
108
CATEGORIA
OFICIAL ①② PARTICULAR ①② ALUGUEL ①② OUTROS ①②
ESPÉCIE
D
E PASSAGEIRO ①② MISTO①② CORRIDA①② CARGA ①② TRADIÇÃO MOTORIZ.①② ESPECIAL ①②
S
TIPO
C
R AUTOMÓVEL ①② CAMINHONETA ①② - CHASSI ①② TRATOR OU SIMILAR ①②
I ÔNIBUS ①② CAMINHÃO ①② - MOTOCICLETA ①② OUTROS ①②
Ç PERUA ①② REBOQUE ①② - BICICLETA ①② ①②
Ã
LOCAIS DAS AVARIAS
O
FRENTE TRASEIRA LADO DIREITO
D PARAL. DIREITO ①② PARAL. DIREITO ①② PARAL. DIANTEIRO ①②
O PARAL. ESQUERDO ①② PARAL. ESQUERDO ①② PARAL. TRASEIRO ①②
PARACHOQUE ①② PARACHOQUE ①② PORTAS ①②
L CAPÔ ①② CAPÔ ①② LADO ESQUERDO
O GRADE ①② LANTERNA ①② PARAL. DIANTEIRO ①②
C FARÓIS ①② PARAL. TRASEIRO ①②
A LANTERNAS ①② TETO ①② PORTAS ①②
L
OUTRAS ANOTAÇÕES ______________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________
109
110
SECRETARIA DA SEGURANÇA
BOLETIM DE AVALIAÇÃO DOS DANOS EM VEÍCULO OFICIAL
1 - SERVIÇO DE BORRACHARIA
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ ___________________
_____________________________________________ R$ ___________________
_____________________________________________ R$ ___________________
_____________________________________________ R$ ___________________
_________________________________
S/TOTAL R$ ______________________
2 - SERVIÇO DE ELETRICIDADE
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ ___________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ ___________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_________________________________
S/TOTAL R$ ______________________
3 - SERVIÇO DE FUNILARIA
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_________________________________
S/TOTAL R$ ______________________
111
CROQUI
DESCRIÇÃO SUMÁRIA
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
_________________________________________
ASSINATURA DO RESPONSÁVEL
DATA: ____/____/____
112
4 - SERVIÇO DE MECÂNICA
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_________________________________
S/TOTAL R$ ______________________
5 - SERVIÇO DE PINTURA
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_________________________________
S/TOTAL R$ ______________________
6 - SERVIÇO DE TAPEÇARIA
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_________________________________
S/TOTAL R$ ______________________
7 - PEÇAS TROCADAS
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_____________________________________________ R$ _____________________
_________________________________
S/TOTAL R$ ______________________
_____________________________
Avaliação efetuada pelo chefe da frota da Secretaria, a qual pertence o veículo,
Sr. _________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
_________________________________________
ASSINATURA DO RESPONSÁVEL
113
MODELO 4
DELEGACIA DE POLÍCIA DE
114
VESTUÁRIO:
CALÇA: TIPO: COR: CARACTERÍSTICA:
CAMISA: TIPO: COR: CARACTERÍSTICA:
JAQUETA: TIPO: COR: CARACTERÍSTICA:
SAIA: TIPO: COR: CARACTERÍSTICA:
ROUPA ÍNTIMA: TIPO: COR: CARACTERÍSTICA:
CALÇADO: TIPO: COR: CARACTERÍSTICA:
MEIA: TIPO: COR: CARACTERÍSTICA:
DESAPARECEU ANTERIORMENTE?
ONDE ESTEVE?
JÁ ESTEVE PRESO? ONDE?
MOTIVO:
DESAPARECEU SOZINHO OU ACOMPANHADO?
DESAPARECEU DE CARRO OU A PÉ?
INFORMANTE
NOME:
DOCUMENTO DE IDENTIDADE: RG Nº ; CPF ;
CTPS Nº , SÉRIE , EMITIDA EM ;
CNH
GRAU DE PARENTESCO OU AMIZADE:
RESIDÊNCIA:
SERVIÇO:
TELEFONE DE RECADO OU DO VIZINHO:
QUAIS AS PROVIDÊNCIAS JÁ TOMADAS PELA FAMÍLIA?
TESTEMUNHAS:
1. QUALIFICAÇÃO E ENDEREÇO COMPLETO
MENSAGENS EXPEDIDAS:
SOLUÇÃO:
LOCALIDADE ____/____/____
ELABORADO POR
DELEGADO(A) DE POLÍCIA
115
MODELO 5
DELEGACIA DE POLÍCIA DE
116
___________________________________________________________
(Assinatura da vítima ou do representante legal)
LOCALIDADE ____/____/____
ELABORADO POR
DELEGADO(A) DE POLÍCIA
117
MODELO 6
DELEGACIA DE POLÍCIA DE
118
SOLUÇÃO:
EXAMES REQUISITADOS:
HISTÓRICO: Compareceu nesta unidade
LOCALIDADE ____/____/____
ELABORADO POR
DELEGADO(A) DE POLÍCIA
119
MODELO 7
DELEGACIA DE POLÍCIA DE
BOLETIM DE OCORRÊNCIA
DE FURTO/ ROUBO/ EXTRAVIO DE ARMA DE FOGO
Nº _________
120
SOLUÇÃO:
MENSAGENS EXPEDIDAS:
EXAMES REQUISITADOS:
HISTÓRICO: Compareceu nesta unidade
LOCALIDADE ____/____/____
ELABORADO POR
DELEGADO(A) DE POLÍCIA
121
MODELO 8
DELEGACIA DE POLÍCIA DE
BOLETIM DE OCORRÊNCIA
DE FURTO/ ROUBO/ EXTRAVIO DE CARGA
Nº__________
–Sexo:
–Compleição física:
–Cor dos olhos:
–Cor da cútis:
–Altura:
–Óculos: Descrever:
–Barba: Descrever:
–Bigode: Descrever:
–Cabelos: Cor:
–Tatuagem: Descrever:
–Cicatriz: Descrever:
–Defeito físico: Descrever:
–Dentes:
–Desvio de conduta: Descrever:
–Peculiaridade físicas: Descrever: Canhoto, tique, cacoete, sotaque estrangeiro,
sotaque regional, personifica o sexo oposto, peculiaridades no andar, fala defeituosa, mudo
olhos orientais, manchas na pele, sardas espinhas, pintas, peruca, albino ou sarará etc.
_____________________________________________________________________________________
122
TIPO DO CRIME
DIA DA SEMANA:
CARACTERÍSTICAS DA CARGA
TIPO:
– ELETRO-ELETRÔNICO
– TÊXTEIS, MANUFATURADOS – tecidos, roupas, calçados etc.
– METAIS
– MEDICAMENTOS, PERFUMARIA, PRODUTOS DE LIMPEZA
– PRODUTOS QUÍMICOS
– CIGARROS
– PEÇAS AUTOMOTIVAS, ACESSÓRIOS, PNEUS, GÊNEROS ALIMENTÍCIOS
– CARGA MISTA – produtos diversificados
– OUTRAS CARGAS. ESPECIFICAR:
123
MARCAS:
CARACTERÍSTICAS PECULIARES:
NÚMERO DE SÉRIE:
ORIGEM: NACIONAL
IMPORTADO
NÚMERO DAS NOTAS FISCAIS:
VALOR DA CARGA:
SEGURO:
NOME DA EMPRESA SEGURADORA:
VALOR DO SEGURO:
APÓLICE:
EMBARCADOR:
NOME DO EMBARCADOR:
LOCAL DE EMBARQUE:
DESTINO DA CARGA:
RECUPERAÇÃO DA CARGA:
CARGA RECUPERADA: TOTALMENTE
PARCIALMENTE
LOCAL DA RECUPERAÇÃO:
DATA E HORA DA RECUPERAÇÃO:
VALOR ESTIMADO DA RECUPERAÇÃO:
VEICULOS ENVOLVIDOS
SUBTRAÍDO
SUSPEITO
MARCA/TIPO:
ANO DE FABRICAÇÃO/MODELO:
COR:
PLACA:
CHASSI:
RENAVAM
CAVALO MECÂNICO
S/REBOQUE
PICK UP
ÔNIBUS
CAMINHÃO
CARRO
MOTO
124
ESCOLTA:
RECUPERAÇÃO
LOCAL DA RECUPERAÇÃO:
DATA DA RECUPERAÇÃO:
HORA DA RECUPERAÇÃO:
NOME DO CONDUTOR
DOCUMENTO DE IDENTIDADE:
VEIO AO PLANTÃO?
PAI:
MÃE:
COR:
IDADE:
DATA DE NASCIMENTO:
ESTADO CIVIL:
PROFISSÃO:
NACIONALIDADE:
NATURALIDADE:
RESIDÊNCIA: (logradouro, nº, bairro, cidade, cep, telefone)
LOCAL DE TRABALHO: (logradouro, nº, bairro, cidade, cep, telefone)
FOI INTERNADA?
ONDE?
CNH: (número, categoria, validade do exame de saúde, data de expedição e Ciretran)
125
MENSAGENS EXPEDIDAS:
SOLUÇÃO:
HISTÓRICO: Compareceu nesta unidade
___________________________________________________
(assinatura – pessoa que comunicou o fato)
LOCALIDADE ____/____/____
ELABORADO POR
DELEGADO(A) DE POLÍCIA
126
MODELO 9
DELEGACIA DE POLÍCIA DE
127
DADOS DO RG
NÚMERO DO RG:
ÓRGÃO EXPEDIDOR:
DATA DE EMISSÃO DO RG:
NOME DO IDENTIFICADO:
FILIAÇÃO DO IDENTIFICADO:
NATURALIDADE:
DATA DE NASCIMENTO:
ENDEREÇO RESIDENCIAL:
SOLUÇÃO:
MENSAGENS EXPEDIDAS:
EXAMES REQUISITADOS:
___________________________________________________
(assinatura da vítima ou representante)
LOCALIDADE ____/____/____
ELABORADO POR
DELEGADO(A) DE POLÍCIA
CERTIDÃO
128
MODELO 10
Hora da
Comunicação ao
Sistema
_________________________________________________
Delegado de Polícia de Permanência no CEPOL
B.E.O. 1
Imprima quantas cópias necessitar deste Boletim
129
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
131
3. CRITÉRIOS PROCESSUAIS
O Capítulo III da Lei nº 9.099/95 dispõe, entre outros aspectos, que o Juizado
Especial Criminal será provido por juízes togados ou togados e leigos, tendo como
competência a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor
potencial ofensivo. Quanto à competência do Juizado, será esta determinada pelo
lugar em que foi praticada a infração penal.
A Carta Magna, em seu artigo 98, inciso I, prevê a criação de juizados espe-
ciais para perquirir as infrações penais de menor potencial ofensivo, deixando a
cargo do legislador ordinário sua definição.
Primeiramente, foi editada a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, que criou
os Juizados Especiais Cíveis e Criminais na Justiça Estadual e, em seu artigo 61, enu-
merou como infração penal de menor potencial ofensivo as contravenções penais
e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a um ano, excetuadas as
hipóteses de procedimento especial.
Posteriormente, a Emenda Constitucional nº 22, de 18 de março de 1999, am-
pliou a possibilidade da criação de Juizados Especiais também no âmbito da Justiça
Federal. Como corolário foi editada a Lei Federal nº 10.259, de 12 de julho de 2001,
132
rezando no parágrafo único de seu artigo 2º, diversamente da Lei Estadual, que se
consideram infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei,
os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos ou multa,
sujeitas ou não a procedimento especial.
Mais tarde, a Lei nº 11.313, de 28 de junho de 2006, deu nova redação ao artigo
61 da Lei nº 9.099/95, elevando o limite máximo para 2 (dois) anos.
Anote-se que a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que instituiu o Estatu-
to do Idoso, em seu artigo 94 dispõe que: “Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena
máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedi-
mento previsto na Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no
que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal.”
Como se vê, o dispositivo legal supramencionado refere-se ao quantum de pena
como parâmetro para regrar o procedimento a ser observado na apuração dos cri-
mes previstos no Estatuto do Idoso e não com o escopo de trazer ao mundo jurídico
novo conceito de infração penal de menor potencialidade ofensiva. Nesse diapasão,
visa assegurar a prioridade na tramitação dos feitos em razão da senilidade da víti-
ma, como se afere dos artigos 69 e seguintes do diploma legal em análise.
Como tratado em capítulo próprio, por força do que dispõe o artigo 41 da Lei
nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para os crimes de violência
doméstica e familiar, independentemente da pena fixada, são inaplicáveis os dispo-
sitivos da Lei nº 9.099/95.
6. NATUREZA JURÍDICA
133
2 PITOMBO, Sérgio M. de Moraes. Supressão Parcial do Inquérito Policial. Breves notas ao art.
69 e § único da Lei nº 9.099/95, in Juizados Especiais Criminais-Interpretação e crítica. Malheiros, p. 82.
3 PITOMBO, Sérgio M. de Moraes. Op. cit., pp. 80/81.
134
9. PRISÃO EM FLAGRANTE
135
11. VÍTIMA
12. TESTEMUNHAS
A redação do artigo 69, e seu parágrafo único, nenhuma referência faz à tes-
temunha. Com o fim de regular a atuação das Polícias Civil e Militar, o Secretário
da Segurança Pública fez editar a Resolução SSP-353, de 27 de novembro de 1995,
regrando no parágrafo único, de seu artigo 1º, o que segue: “A comunicação prevista
neste artigo, sempre que possível, far-se-á com a apresentação do autor ou autores
do fato, da vítima ou vítimas, e da testemunha ou testemunhas.” Ademais, a Por-
taria DGP-14, de 16 de abril de 1996, instituiu modelos de termo circunstanciado
e de termo de comparecimento para uso da Polícia Civil em casos de incidência
da Lei nº 9.099/95. No modelo inicialmente mencionado, imprimiu-se o vocábulo
testemunha(s), com resumo de sua versão.
Quando da lavratura do termo circunstanciado, recomenda-se que sejam ar-
roladas tantas testemunhas quantas forem necessárias para o esclarecimento da in-
fração penal.
13. PROVAS
136
Nos crimes de ação penal privada, o termo circunstanciado somente pode ser
elaborado após manifestação expressa da vítima, nos termos do § 5º do artigo 5º do
Código de Processo Penal.
137
138
139
15. CONCLUSÃO
16. MODELOS
140
MODELO 1
Ocorrência:
Policial que apresentou a ocorrência:
Vítima (s):
Resumo da versão:
Testemunha (s):
Resumo da versão:
Data da decadência do direito de ação (se ação penal privada ou pública condicionada à
representação): ____/____/____
Registre-se, Cumpra-se.
Autoridade _______________________
Policial _______________________
Vítima(s) _______________________
Testemunha(s) _______________________
Autor(es) _______________________
Escrivão(ã) _______________________
141
MODELO 2
Autoridade _______________________
Compromissado (a) _________________
Escrivão (ã) _______________________
142
MODELO 3
________________________
Delegado(a) de Polícia
B - Tratam-se de lesões:
( ) única ( ) múltiplas
143
OBS: ___________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Local: _______________________________________ Data _____/ _____ / ______
________________________ ________________________
Médico Legista Médico Legista
144
MODELO 4
TERMO DE REPRESENTAÇÃO
Autoridade _______________________
Representante _____________________
Escrivão(ã) _______________________
145
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
147
2. CONCEITO
1 CASTELO BRANCO, Tales. Da Prisão em Flagrante, 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 1998, p;13
2 TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal, 21.ª ed, 3º v. São Paulo: Saraiva
1999
3 TORNAGHI, Hélio. Manual de Processo Penal –Prisão e Liberdade. 21ª ed. Rio de Janeiro-
Forense- 1963, p. 468
148
149
6 JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal – Parte Geral, 1º v. 20ª. São Paulo:Saraiva,
1997, p.138.
150
3.2.2.1 Os parlamentares
151
3.2.2.2 Os Magistrados
3.2.2.4 Os Advogados
152
3.2.2.5 Os militares
153
4. ESTADO DE FLAGRÂNCIA
154
155
156
“é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papeis que façam
presumir ser ele autor da infração”.
A dificuldade apresentada para o reconhecimento dessa modalidade de prisão
refere-se à presunção de autoria, pois, o passar do tempo pode ser, efetivamente, o
elemento suficiente para não haver indicação certa de autoria.
157
não pode ser e não ser ao mesmo tempo. Essa lição remonta a Aristóteles e se refere
ao denominado “Princípio da Contradição” (Nada pode ser e não ser simultanea-
mente) ou a pessoa é presa ou se apresenta”.13
13 CABETTE, Eduardo Luiz Santos. O advento da reforma do Código de Processo Penal pela
Lei nº 12.403/11 e o destino da apresentação espontânea do acusado. Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n.
2676, 17 de maio de 2011. Disponível em Jus Navigandi http:jus.uol.com.br – Acesso em 29.05.2011.
14 JESUS, Damásio E.de, Op.cit. p.191/192.
15 MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo Penal, 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2000, p. 374
16 TORNAGHI, Helio. Op. cit. P. 480
17 MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. Cit. 374
158
159
nação essa tomada como gênero, dada pela própria autoridade, quando o fato ocor-
re em sua presença ou contra ela no exercício de suas funções. Esse modelo identifica
um segundo rito procedimental na prisão em flagrante.
O rito procedimental, no caso, se apresenta com outras exigências formais: a)
a voz de prisão é dada pela própria autoridade; b) a documentação da captura pode
ser presidida pela própria autoridade, se esta tem atribuições conferidas pela lei
para tanto; c) não havendo a figura do condutor, a autoridade relata, no respectivo
auto, a sua condição, a competência para presidir o feito, a voz de prisão, os fatos
acontecidos e a classificação do ilícito penal infringido; d) a declaração do acusado
deve ser obtida neste ato, respeitando-se o seu direito ao silêncio; e) as testemunhas
devem prestar depoimentos ao final do auto que será assinado por todos os que
participaram da sua elaboração.
Deve-se frisar que, adotando a autoridade este rito procedimental, o respectivo
auto de flagrante, após autuação e registro, deve ser imediatamente, sem a realização
de qualquer outra providência, além do relatório do Delegado de Polícia, encami-
nhado à autoridade judiciária competente, dispensando-se a comunicação de rotina
porque o envio dos autos supre essa exigência constitucional.
Não deve a autoridade que preside o auto de flagrante omitir-se, nos casos
admitidos, de examinar a questão da liberdade provisória, com ou sem fiança.
As autoridades, para presidir a lavratura de flagrante nas hipóteses aqui co-
mentadas, podem ser: 1) O Delegado de Polícia regularmente investido nas funções
de titular responsável pela apuração das infrações penais e sua autoria, conforme
disposição do art. 144 § 4º, da Constituição Federal e art. 4º do CPP; 2) O Juiz de
Direito que tenha qualidade e competência para processar o preso.
A prisão em flagrante, como a definida no artigo 307, segundo Tales Castelo
Branco, não é, necessariamente, presidida pela autoridade, policial ou judiciária,
que tenha efetuado a captura.19
Embora a legislação processual penal confira esse poder à autoridade, entende
Tales Castelo Branco que “nada impede que, mesmo a autoridade que tenha qua-
lidade para fazê-lo, decline dessa atribuição encaminhando o preso à autoridade
policial competente”.20
Efetivamente, até por questões da livre tramitação do inquérito policial instau-
rado em razão da prisão em flagrante, pode a autoridade policial, quando da voz de
prisão a algum autor de ilícito penal, especialmente quando o fato ocorra em sua
presença, ou mesmo contra ela, na condição de vítima de desacato, por exemplo,
conduzir o preso à presença de outro Delegado de Polícia para a lavratura do res-
pectivo auto, servindo como condutor.
160
161
Não concordando com esse posicionamento, Tales Castelo Branco indica três
tendências para explicação desse controvertido tema: a) o flagrante não é possível,
a não ser que o próprio ofendido realize a captura, com ajuda ou não da polícia; b)
a prisão em flagrante deve ser realizada compulsoriamente, desde que preenchidas
as condições do estado de flagrância; c) a prisão em flagrante só pode ocorrer se
autorizada pelo ofendido.21
Por sua vez, Hélio Tornaghi, sem discordar da possibilidade de ocorrência de
prisão nos casos ora tratados, estatui que “se, portanto, o flagrante é o ato inicial
do inquérito e se esse não pode sequer começar sem precedente queixa ou represen-
tação do ofendido, segue-se que nos crimes de ação privada ou nos de ação pública
dependente de representação a prisão em flagrante e a lavratura do respectivo auto
dependem do consentimento anterior do ofendido”.22
Sem discordar desse entendimento, deve-se reconhecer que a prisão em fla-
grante, nos crimes de ação penal de iniciativa privada, pode ser efetivada da mesma
forma em que é realizada quando de crime de ação penal pública, o ato de captura
não deve diferir, tanto ocorre nas infrações penais cuja ação penal é pública ou
como nas de iniciativa privada.
Estando preenchidos os requisitos estabelecidos no artigo 302 do CPP, com-
pulsoriamente o funcionário policial deve prender em flagrante e qualquer do povo
pode realizar essa captura.
Ora, tratando-se de ação penal de iniciativa privada, a atuação da justiça cri-
minal está na dependência da vontade da vítima e, essa manifestação, deve ser ex-
pressa.
Tratando-se de prisão em flagrante, a manifestação da vontade da vítima deve
ser apresentada à autoridade policial para que esta possa autuar aquele que fora
capturado em flagrante.
Não havendo essa manifestação de vontade, requerimento formal, a autori-
dade policial está impedida de lavrar o auto de prisão e, a única solução, é liberar o
capturado. Por precaução, deve a autoridade policial registrar os fatos em boletim
de ocorrência.
Formalmente, a manifestação de vontade do ofendido deve constar ou do cor-
po do auto de flagrante ou de documento previamente encaminhado à autoridade
policial.
Pode-se dizer que formalmente a autoridade policial adota o mesmo critério
para os crimes de ação penal pública condicionada.
A Lei n.º 9.099/95, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais,
apresentou um quadro a respeito das chamadas “infrações de menor potencial ofen-
162
sivo” que possibilitaria interpretar não existir, para essas infrações, a prisão em fla-
grante e nem o inquérito policial.
De fato, em uma primeira observação do parágrafo único do art. 69 da referida
lei, que estabelece “que a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência
lavrará termo circunstanciado, não impondo prisão em flagrante ao autor do fato,
nem exigindo fiança, desde que seja imediatamente encaminhado ao Juizado ou as-
suma o compromisso de comparecimento”.
Entretanto, a regra estabelecida nessa legislação, apresenta exceções que de-
vem ser apreciadas pela autoridade policial ao decidir a respeito do registro do ter-
mo circunstanciado ou da prisão em flagrante se preenchidos os requisitos do estado
de flagrância.
Pode ocorrer a prisão em flagrante:
a) quando o autor do fato não tem possibilidade de ser encaminhado ime
diatamente a Juízo, v.g. por embriaguez;
b) quando o autor do fato não quer ser apresentado a Juízo e nem assume o
compromisso de fazê-lo;
c) quando o autor do fato é vadio, ou não tem residência fixa, ou não possui
documentos, ou é reincidente e ou já gozou dos benefícios da Lei nº
9.099/95, nos últimos 5 (cinco) anos.
As infrações classificadas como menor potencial ofensivo – pena privativa de
liberdade até dois anos – podem sujeitar os seus infratores à aplicação de medidas
cautelares, nos termos da Lei n. 12.403/011, pois “se a intenção do legislador fosse
a de vedar a imposição das cautelares nos delitos de menor potencial ofensivo, ele o
teria feito de maneira expressa. O entendimento contrário implicaria numa violação
ao princípio da legalidade e numa considerável diminuição da eficácia de tais medi-
das, uma vez que impossibilitaria a sua aplicação em diversos crimes”.23
163
que devemos entender por crime organizado (stricto sensu), dentro da extensa reali-
dade fenomenológica criminal”.24
Em decorrência de dificuldades conceituais, modificações se tornaram neces-
sárias para, não só pretender nova definição, com novo texto legal, ou seja, a Lei nº
10.217, de 11 de abril de 2001, mas possibilitar ampliação do conteúdo da norma
fixada pela Lei nº 9.034/95.
Assinale-se, a respeito do artigo 1º da lei em análise, que “diante das imper-
feições, o legislador resolveu alterar o artigo, por meio da Lei n° 10.217/01, para
acrescentar que a lei em estudo define e regula meios de prova e procedimentos in-
vestigatórios que versem sobre ilícitos decorrentes de ações praticadas por quadrilha
ou bando ou associações criminosas de qualquer tipo”.25
Como se vê, a nova ordem legislativa continuou sem conceituar o “crime orga-
nizado”, senão cita, em seu artigo 1º três figuras distintas, quais sejam: a quadrilha
ou bando (cuja previsão legal encontra-se no artigo 288 do Código Penal), associa-
ções criminosas (também já tipificadas em algumas legislações penais especiais, tais
como, o artigo 35 da Lei nº 11.346/06 e o artigo 2º da Lei nº 2.889/56 (define e pune
o crime de genocídio); e, por fim, organização criminosa (a qual permanece sem
definição legal). Apesar das deficiências conceituais e de uma pretensão de importar
modelo estrangeiro, a nova legislação realizou profundas modificações no que diz
respeito a “ação controlada, que consiste em retardar a interdição policial do que
se supõe ação praticada por organizações criminosas ou a ela vinculado, desde que
mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize
no momento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de
informações”(inciso II do art. 2º Lei 10.217/01).
Nesse diapasão, é importante ressaltar o disposto no inciso LXI, do artigo 5º
da Carta Magna de que “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por or-
dem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente...”. Assim, o dis-
posto no inciso II, do artigo 2º da lei em apreço, significa tão somente que permite à
Polícia deixar de atuar em determinado momento para atingir o fim especificado na
lei, e para prender, posteriormente, ou se trata de crime permanente, e, nessa condi-
ção, considera-se em estado de flagrância em “flagrante diferido”.
Feitas essas ponderações, conclui-se que o legislador inovou nesse dispositivo
a possibilidade de afastar a obrigatoriedade do policial em “prender quem quer que
seja encontrado em flagrante delito” não tipificando, por conseguinte, o crime de
prevaricação, desde que observados os requisitos legais.
24 SILVA, Jose Geraldo da, LAVORENTI, Wilson & GENOFRE, Fabiano. Crime Organizado-
Lei n. 9.034/95 (alterada pela Lei n. 10.217, de 11/04/01) in Leis Penais Especiais Anotadas, 8ª. ed. Cam-
pinas: Editora Millennium, 2005, p;. 209.
25 SILVA, JOSE GERALDO DA, LAVORENTI, Wilson & GENOFRE, Fabiano. Crime Or-
ganizado-Lei n. 9.034/95 (alterada pela Lei n. 10.217, de 11/04/01) in Leis Penais Especiais Anotadas, 8ª.
ed. Campinas: Editora Millennium, 2005, p;. 209.
164
165
6. DOCUMENTAÇÃO
O ato de captura quer seja realizado por policiais, ou quer por qualquer do
povo, necessita ser formalmente documentado pelo Delegado de Polícia.
6.1 Importância
26 GRECO FILHO, Vicente & RASSI, João Daniel. Lei de Drogas Anotada – Lei n. 11.343/2006.
São Paulo: Editora Saraiva, 2007. 25 SILVA, José Geraldo; LAVORENTI, Wilson
166
que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a
autoridade, ao final, o auto”.27
27 QUEIROZ, Carlos Alberto Marchi de. Novos Rumos da Prisão em Flagrante. In jornal O
Policial, - Mogi das Cruzes, n. 40, junho de 2005, p. 5
28 CASTELO BRANCO, Tales. Op. Cit. P. 92
29 TORNAGHI, Helio. op. Cit. P. 503
167
latar a responsabilidade de quem efetuou a prisão (Cód. Penal, art. 350) e o acerto
ou desacerto da autoridade policial”.30
A segunda posição, doutrinariamente apresentada, Tales é um dos seus adep-
tos, parece ser a mais correta, embora, na prática, possa a autoridade policial re-
alizar um exame prévio das condições da prisão e só depois decidir efetivamente
da instauração do feito policial ou realizar “ apenas o registro da ocorrência para
apreciação e controle posteriores, ordenando, se couber, a abertura de inquérito” ou,
“excepcionalmente, lavrando o auto e restituindo o paciente à liberdade”.31
A autoridade policial competente para presidir “auto de prisão em flagrante”
é a do local onde o ato de captura foi realizado, a não ser que, nesse local, não haja
autoridade presente e, na hipótese, será o preso apresentado à autoridade do local
mais próximo, conforme disposição do artigo 308 do Código de Processo Penal.
Costumeiramente, os policiais civis realizam capturas em flagrante e apresen-
tam os capturados à autoridade policial a que estão, hierarquicamente, subordina-
dos, sem a preocupação relacionada a competência definida na legislação processu-
al. . Trata-se de medida ilegal e que pode ocasionar a própria nulidade do feito, com
sérios prejuízos à justiça criminal.
Nem sempre a autoridade policial competente para conhecer da prisão e lavrar
o respectivo auto é a que tem qualidade e competência para presidir inquérito poli-
cial, por exemplo, no caso do fato delituoso ter ocorrido em São Paulo e a captura,
em perseguição, ter sido efetuada em Santos. Na hipótese, o auto de flagrante deve
ser lavrado por autoridade policial de Santos e os autos, o preso e as provas coleta-
das encaminhados à autoridade policial competente de São Paulo, para instauração
do inquérito policial.
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171
172
será crime um fato que também for antijurídico. E não será antijurídico o fato se
praticado, naturalmente, apoiado em normas jurídicas. Daí o art. 23 do Código
Penal afirmar que não há crime quando o agente o pratica em estado de necessida-
de, legitima defesa, estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de um
direito, uma vez que todas essas hipóteses são admitidas e descritas nesse mesmo
código. Assim, se restar evidente que o conduzido agiu acobertado por alguma das
excludentes de antijuridicidade, não há como se afirmar a existência de fundada
suspeita de prática de crime. E se não pratica crime, não pode haver a ordem para
recolhimento à prisão (ou pagamento de fiança). É a interpretação que resulta da
leitura do citado § 1º do art. 304 do CPP” 34
Alguns processualistas entendem que, havendo hipótese de exclusão de ilici-
tude, a autoridade policial deve adotar, no caso concreto, não lavrar o flagrante e
apurar os fatos através de inquérito policial, conforme proposição apresentada ao
projeto de lei de autoria do Prof. José Frederico Marques e que tramitou no Con-
gresso Nacional, na década de 70.35
Apesar das divergências doutrinárias quanto à atuação do Delegado de Polícia
reconhecendo, se resultar das respostas “fundada a suspeita contra o conduzido”,
as causas de exclusão de ilicitude, torna-se conveniente destacar, no artigo de Edu-
ardo Augusto Paglione, a posição do jurista Adriano Marrey que, comentando fato
ocorrido no começo da década de 90 do século XX, em artigo publicado na Revista
dos Tribunais de 1991, sob o titulo “Legítima defesa exclui possibilidade prisão”,
assim se manifestou à pagina 387: “Manter preso o cidadão que se comportou tal
como a lei natural e a legislação penal autorizam, ao defender a própria vida ou a
de outrem, pode definir-se como procedimento que desaponta a expectativa comum
e constitui motivo de justa apreensão para quantos, habituado na grande cidade de
vida tornada agressiva, possam eventualmente vir a ser alvo de violência, como a de
inicio descrita”.36
Desta forma, de acordo com a lição deixada por Adriano Marrey – infeliz
mente não tão divulgada como merece – o artigo 304 § 1º do CPP, concede à autori-
dade policial o poder-dever de analisar juridicamente o fato que lhe é apresentado.
O despacho fundamentado, referente à insubsistência da prisão deve envolver
o convencimento da autoridade policial que, adotando esse posicionamento, não ex-
pede nota de culpa, sendo sempre aconselhável a instauração de inquérito Policial.
173
174
175
da prisão. Dispõe, a esse respeito, o artigo 310 do CPP: “Ao receber o auto de prisão
em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisi-
tos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes
as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória com ou sem fiança”.
A respeito de prisão em flagrante em que o autuado tenha praticado o crime
nas condições previstas no artigo 23 do Código Penal, o juiz, conforme estatui o pa-
rágrafo único do art. 310 do CPP, pode conceder ao acusado a liberdade provisória.
A comunicação da prisão em flagrante, conforme disposição do art. 306 do
CPP, deve ser feita não só à autoridade judiciária, mas também, ao órgão do Minis-
tério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada, com a indicação do
local onde se encontra preso.
Deve se consignar que, na hipótese de o autuado não ter advogado que o
assistiu na audiência de lavratura do respectivo auto de prisão ou não tê-lo indicado,
uma cópia integral do auto deve ser encaminhada à Defensoria Pública. (§ 1º do
art. 306).
Tratando-se de infração penal cuja competência para julgamento é da Justiça
Federal, a Delegacia Geral de Polícia de São Paulo “ Recomenda às Autoridades Po-
liciais que, na hipótese de lavratura de auto de prisão em flagrante delito por crime
da Justiça Federal, para fins de cumprimento do dever legal de imediata comunica-
ção, remetam cópia da peça flagrancial e demais documentos de policia judiciária de
praxe, diretamente à Justiça Federal, sem prejuízo de comunicação devida ao Minis-
tério Público Federal e, caso o conduzido não indique defensor por ele constituído,
também à Defensoria Pública da União”. (Recomendação DGP-1, de 07.01.2011).
8. PRISÃO PREVENTIVA
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177
9. LIBERDADE PROVISÓRIA
178
A fiança, nos termos indicados no artigo 319 CPP, em sua nova redação – Lei
n. 12.403/2011 – é espécie de medida cautelar diversa da prisão que é concedida “nas
infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evi-
tar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem
judicial”.
O objetivo da concessão da liberdade provisória com fiança é manter o acusa-
do vinculado ao processo mediante condições, assegurando-lhe a liberdade até que
sobrevenha condenação definitiva.
Atualmente não há mais o que se falar em crimes inafiançáveis, pois todos os
crimes – pena de detenção ou reclusão - são considerados afiançáveis (parágrafo
único do art. 322 do CPP), tendo algumas situações em que a autoridade – policial
ou judiciária – não podem conceder a fiança.
A concessão da fiança pelo Delegado de Polícia, nos casos de prisão em fla-
grante, pode ser efetivada “nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade
máxima não seja superior a 4 (quatro) anos” (art. 322, caput – CPP).
A fiança, nos demais casos, deverá ser requerida ao juiz que tem prazo para
decidir estipulado em 48 (quarenta e oito) horas.
Os artigos 323 e 324 do CPP indicam situações em que a concessão de fiança, a
concedida pelo Delegado de Policia ou pelo Juiz, não podem ser deferidas.
Em primeiro lugar, o artigo 323 refere-se às proibições descritas na Consti-
tuição Federal, que são as seguintes: I - nos crimes de racismo; II – nos crimes de
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos
como crimes hediondos; III – nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
O artigo 324 enumera as hipóteses em que, também, não serão objetos de con-
cessão de fiança:
A autoridade policial está impedida de concessão de fiança nos seguintes ca-
sos: I - nos crimes punidos com pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro
anos); II - em casos de prisão civil ou militar; III - aos que, no mesmo processo,
tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo,
qualquer das obrigações a que se referem os artigos 327 e 328 do Código de Proces-
so Penal; IV - nos casos em que estão elencados os motivos que autorizam a prisão
preventiva.
Os motivos que podem determinar o decreto de prisão preventiva e, portanto,
infrações inafiançáveis as infrações constantes do artigo 313 do CPP: I - nos crimes
dolosos com pena privativa de liberdade, se o acusado é reincidente por condenação
anterior transitada em julgado e cuja pena é privativa de liberdade; II - nos crimes
que envolvem violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente,
idoso, enfermo ou pessoa com deficiência para garantir a execução das medidas
protetivas de urgência.
179
O valor da fiança, em dinheiro ou objetos, deve ser, quando arbitrada pelo De-
legado de Polícia, fixada no valor de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando a
pena aplicada não for superior a 4 (quatro) anos.
Prevê a legislação processual que a fiança pode ser reduzida até o máximo de
2/3 (dois terços) ou aumentada em até 1.000 (mil), vezes, na dependência da situação
econômica do preso em flagrante.
A concessão ou negativa de fiança deve ser fundamentada em despacho nos
autos de inquérito policial instaurado.
A comunicação da prisão feita ao juiz deve incluir, além da noticia da lavratura
do auto de prisão em flagrante, copia da nota de culpa e informações a respeito da
concessão ou não da fiança.
10. CONCLUSÃO
11. MODELOS
180
4. Termo de assentada
5. Termo de declarações
6. Termo de declarações do adolescente autor de ato infracional
7. Auto de qualificação e interrogatório
181
MODELO I
___________
(*) Este documento constitui a peça final do auto de prisão em flagrante delito a ser elaborada
pela autoridade policial e por escrivão(ã) de seu cargo, objetivando a juntada dos anexos produzidos
anteriormente, funcionando como a portaria do Inquérito Policial.
Caso o acusado não queira, não possa ou não saiba assinar, a autoridade policial deverá proceder
nos termos dos artigos 304, § 3º, do CPP, incluindo neste auto duas testemunhas instrumentárias.
182
Condutor _______________________________
(*) Este documento constitui a primeira peça do auto de prisão em flagrante delito a ser elaborada pela
autoridade policial e por escrivão(ã) de polícia de seu cargo, objetivando a oitiva do condutor.
183
Condutor _______________________________
(*) Este documento constitui a segunda peça do auto de prisão em flagrante delito a ser elaborada pela
autoridade policial e por escrivão(ã) de polícia de seu cargo.
184
TERMO DE ASSENTADA
EM AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO
Testemunha _____________________________
(*) Este documento constitui a terceira peça do auto de prisão em flagrante delito a ser ela elaborada
pela autoridade policial e por escrivão(ã) de polícia de seu cargo, objetivando a oitiva da(s) testemunha(s).
185
TERMO DE DECLARAÇÕES
EM AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO
Vítima _________________________________
(*) Este documento constitui a quarta peça do auto de prisão em flagrante delito a ser elaborada pela
autoridade policial e por escrivão(ã) de polícia de seu cargo, objetivando a oitiva da(s) vítima(s), se possível
e conveniente.
186
Interrogado _____________________________
(*) Este documento constitui a quinta peça do auto de prisão em flagrante delito a ser elaborada pela
autoridade policial e por escrivão(ã) de polícia de seu cargo, objetivando a documentação da versão do
conduzido.
Caso não queira, não possa ou não saiba assinar, a autoridade policial deverá proceder nos termos do
artigo 304, § 3º, do CPP, incluindo neste auto duas testemunhas instrumentárias.
187
Data
Delegado(a) de Polícia
2.1 - Diante das provas carreadas neste Auto de Prisão em Flagrante Delito
reconhecendo não haver ilícito penal na conduta praticada pelo conduzido julgo
insubsistente a prisão efetuada procedendo-se à comunicação desta decisão e o en-
caminhamento do respectivo auto ao Judiciário.
2.2 - Diante das provas carreadas neste Auto de Prisão em Flagrante Delito
reconhecendo não ser o conduzido autor da infração penal descrita neste auto, jul-
go insubsistente a prisão efetuada procedendo-se à comunicação desta decisão e o
encaminhamento do respectivo auto ao Judiciário.
188
MODELO II
189
Condutor __________________________________
(*) Este documento constitui a primeira peça do Auto de Prisão em Flagrante Delito e Apreensão de
Adolescente Autor de Ato Infracional a ser elaborada pela Autoridade Policial e por Escrivão(ã) de Polícia
de seu cargo, objetivando a oitiva do condutor.
190
Condutor _____________________________________
(*) Este documento constitui a segunda peça do Auto de Prisão em Flagrante Delito e Apreensão
de Adolescente Autor de Ato Infracional a ser elaborada pela Autoridade Policial e por Escrivão(ã) de
Polícia de seu cargo.
191
TERMO DE ASSENTADA
EM AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO E APREENSÃO
DE ADOLESCENTE AUTOR DE ATO INFRACIONAL
Testemunha ___________________________________
(*) Este documento constitui a terceira peça do Auto de Prisão em Flagrante Delito e Apreensão
de Adolescente Autor de Ato Infracional a ser ela elaborada pela Autoridade Policial e por Escrivão(ã) de
Polícia de seu cargo, objetivando a oitiva da testemunha.
192
TERMO DE DECLARAÇÕES
EM AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO E APREENSÃO
DE ADOLESCENTE AUTOR DE ATO INFRACIONAL
Vítima _______________________________________
(*) Este documento constitui a quarta peça do Auto de Prisão em Flagrante Delito e Apreensão de
Adolescente Autor de Ato Infracional a ser elaborada pela Autoridade Policial e por Escrivão(ã) de
Polícia de seu cargo, objetivando a oitiva da vítima, se possível e conveniente.
193
Curador ___________________________________________
(*) Caso em que há participação de adolescente em conflito com a lei na autoria da infração penal.
194
Interrogado ___________________________________
(*) Este documento constitui a quinta peça do Auto de Prisão em Flagrante Delito e Apreensão de
Adolescente Autor de Ato Infracional a ser elaborada pela Autoridade Policial e por Escrivão(ã) de
Polícia de seu cargo, objetivando a documentação da versão do conduzido.
Caso não queira, não possa ou não saiba assinar, a Autoridade Policial deverá proceder nos
termos do artigo 304, § 3º, do CPP, incluindo neste auto duas testemunhas instrumentárias.
195
MODELO III
Indiciado _____________________________________
(*) Este documento constitui a peça final do auto de prisão em flagrante delito a ser elaborada pela
autoridade policial e por escrivão(ã) de seu cargo, objetivando a juntada dos anexos produzidos anteriormente,
funcionando como a portaria do Inquérito Policial.
Caso o acusado não queira, não possa ou não saiba assinar, a autoridade policial deverá proceder nos
termos do artigo 304, § 3º, do CPP, incluindo neste auto duas testemunhas instrumentárias.
É importante salientar a necessidade do encaminhamento imediato destes autos à autoridade
judiciária (artigo 307 do CPP).
196
Interrogado ___________________________________
(*) Este documento constitui a peça do auto de prisão em flagrante delito a ser elaborada pela autoridade
policial e por escrivão(ã) de polícia de seu cargo, objetivando a documentação da versão do conduzido.
Caso não queira, não possa ou não saiba assinar, a autoridade policial deverá proceder nos termos do
artigo 304, § 3º, do CPP, incluindo neste auto duas testemunhas instrumentárias.
197
TERMO DE ASSENTADA
EM AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO
Testemunha ___________________________________
(*) Este documento constitui a peça do auto de prisão em flagrante delito a ser ela elaborada pela
autoridade policial e por escrivão(ã) de polícia de seu cargo, objetivando a oitiva da(s) testemunha(s).
198
TERMO DE DECLARAÇÕES
EM AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO
Vítima _______________________________________
(*) Este documento constitui a peça do auto de prisão em flagrante delito a ser elaborada pela autoridade
policial e por escrivão(ã) de Polícia de seu cargo, objetivando a oitiva da(s) vítima(s), se possível e conveniente.
199
MODELO DE DESPACHO 1
Cls.
Estando devidamente comprovado o ilícito penal praticado pelo autuado, expeça-se
nota de culpa, entregando-lhe uma das vias, mediante recibo.
Proceda-se à identificação do acusado, requisitando-se ao Instituto de Identificação
sua folha de antecedentes.
Requisite-se ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal os exames
periciais indispensáveis à documentação da materialidade da infração.
Tratando-se de infração penal inafiançável, encaminhe-se o preso ao estabelecimen-
to prisional da Comarca.
Nos termos do disposto no artigo 307 do CPP, em razão de ter a infração sido praticada
na presença da autoridade policial (ou ter sido praticada contra a autoridade policial),
encaminhe-se, imediatamente, o auto de prisão em flagrante e a documentação que o instrui
ao MM. Juiz de Direito competente.
_____________________________
Delegado de Polícia
200
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
2. PERÍCIAS EM GERAL
Perícias em geral são todos os exames de natureza forense realizados por peri-
tos, nomeadamente Médicos Legistas e Peritos Criminais, destinados a prestar es-
clarecimentos à Polícia e à Justiça e que constituem a demonstração da existência de
um fato, bem como dos meios e modos empregados.
201
As perícias devem ser determinadas pela autoridade policial logo que tiver
conhecimento da prática de infração penal, nos termos do art. 6º, VII, do Código
de Processo Penal. O Delegado de Polícia deve evitar requisitar perícia ao longo do
Inquérito Policial, comportamento que, na maior parte das vezes, dificulta a com-
provação da infração penal, uma vez que o laudo, produzido pelos peritos, ainda
que sem valor de prova absoluta, não vincula o Juiz, conforme dispõe o art. 182,
tendo peso específico na solução do caso investigado, já que sua natureza jurídica é
de meio de prova.
202
5. REALIZAÇÃO DA PERÍCIA
6. MODALIDADES DE PERÍCIAS
Deve a autoridade policial requisitar, nos casos de infração penal que deixa
vestígios, a realização de exame de corpo de delito, direto ou indireto, nos termos do
artigo 6º, inciso VII e artigo158 do estatuto processual penal.
O Código de Processo Penal trata das perícias em geral: a necropsia, assim
como a exumação (artigos 162 e 166); o exame de lesões corporais, seja o inicial,
quando a autoridade policial toma conhecimento do fato, ou o complementar, que
poderá ser ordenado, pela autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requeri-
mento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor, nos
termos do artigo 168, sempre que objetivar a classificação das lesões, que podem
ser leves, graves ou gravíssimas para efeito de classificação do delito nos termos
do artigo 129, § 1°, inciso I do Código Penal. Pode sua falta, em qualquer caso, ser
suprida pela prova testemunhal (§ 3º do artigo 168); o exame do local de infração,
em casos de homicídios, acidentes de trânsito, dentre outros (artigo 169); as perícias
de laboratórios, comuns nos exames toxicológicos que objetivam apurar, por exem-
plo, envenenamento e embriaguez (artigo 170); o exame de local de crimes contra
o patrimônio destinado a apurar os vestígios de destruição ou rompimento de obs-
táculos ou por meio de escalada para a subtração da coisa, bem como a avaliação
dos respectivos objetos, quando necessário (artigos 171 e 172); o exame de local de
incêndio, para apurar a causa e o lugar onde se iniciou o fogo e a extensão do dano
(artigo 173); o exame para reconhecimento de escritos, estabelecendo regras para
colheita de material (artigo 174) e o exame de instrumentos da infração, de realiza-
ção obrigatória, quaisquer que sejam os instrumentos utilizados na ação criminosa,
e.g., armas de fogo, ou armas brancas, além de variados instrumentos cortantes,
perfurantes, contundentes etc (artigo 175).
203
6.1 DNA
204
205
206
O laudo pericial, nos termos do parágrafo único do art. 160 do Código de Pro-
cesso Penal, será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, podendo este prazo
ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos, de tal sorte que,
em caso de atraso, o Delegado de Polícia deverá tomar providências junto aos insti-
tutos, no sentido de tê-lo em mãos no mais curto espaço de tempo.
8. CONCLUSÃO
207
9. QUESITOS
208
Código Penal
(Decreto-lei nº 2.848, de 7-12-1940)
Imputabilidade penal
Art. 26 e parágrafo único
Quesitação médico-legal para exame de sanidade mental do indiciado
Embriaguez
Art. 28, II, e §§
Quesitação médico-legal para verificação de embriaguez
209
Homicídio
Quesitação médico-legal para exame da vítima
1) Houve morte?
2) Qual a causa da morte?
3) Qual o instrumento ou meio que produziu a morte?
4) A morte foi produzida por veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
maio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum? (Resposta jus-
tificada)
5) Foi a morte ocasionada por lesão corporal anterior que, por sua sede, foi sua
causa eficiente?
Homicídio culposo
Quesitação médico-legal para exame da vítima
Infanticídio
Art. 123
Quesitação médico-legal para exame da vítima
1) Houve morte?
2) Ocorreu durante o parto, ou logo após?
210
Aborto
Art. 126, parágrafo único
Quesitação médico-legal para exame da vítima
1) A gestante é menor de 14 (catorze) anos?
2) A gestante é alienada ou débil mental?
3) Há lesão corporal ou qualquer outro vestígio indicando ter havido emprego de
violência?
211
Aborto necessário
Art. 128, I
Quesitação médico-legal para exame da vítima
1) A provocação do aborto foi feita como único meio de salvar a vida da gestante?
Lesão corporal
Art. 129
Quesitação médico-legal para exame inicial da vítima
212
213
214
Abandono de incapaz
Art. 133
Quesitação médico-legal para exame da vítima
1) O examinando era, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos re-
sultantes do seu abandono?
2) Do abandono resultou lesão corporal de natureza grave? (Resposta Justificada,
com referência ao artigo 129, §§ 1º e 2º do Código Penal)
3) Do abandono resultou a morte do examinando?
Omissão de socorro
Art. 135
Quesitação médico-legal para exame da vítima
215
Maus tratos
Art. 136
Quesitação médico-legal para exame da vítima
Constrangimento ilegal
Art. 146
Quesitação médico-legal para exame da vítima
216
Violação de correspondência
Art. 151
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
217
Furto qualificado
Art. 155, § 4º
Quesitação criminalística para exame de local de crime (1ª opção)
218
Roubo
Art. 157
Quesitação médico-legal para exame da vítima
219
3) Qual o meio usado para o acesso a esse local: com destruição ou rompimento de
obstáculo, ou mediante escalada, uso de chave falsa ou outro?
4) Há, internamente, vestígios de destruição ou rompimento de obstáculo ou teria
ocorrido escalada, uso de chave falsa ou outro meio tendente à subtração de coisas?
5) Em que época se presume tenha ocorrido o fato?
6) Houve emprego de instrumento ou instrumentos? Quais?
7) Existiam vestígios, marcas, objetos, documentos ou outros que venham a permi-
tir a futura identificação do autor ou autores?
Extorsão
Art. 158
Quesitação médico-legal para exame da vítima
1) Há lesão corporal, ou outro vestígio, indicando ter havido emprego de violência
contra o(a) examinando(a)?
2) Qual o meio ou instrumento empregado? 3) Da violência resultou lesão corporal
de natureza grave? (Resposta Justificada, com referência ao artigo 129, §§ 1º e 2º)
4) Da violência resultou morte?
Alteração de limites
Art. 161
Quesitação criminalística para exame de local de crime
220
Alteração de limites
Art. 161, § 1º, I e II
Quesitação criminalística para exame de local de crime
Usurpação de águas
Art. 161, § 1º, I
Quesitação criminalística para exame de local de crime
221
Dano
Art. 163
Quesitação criminalística para exame de local de crime (1ª opção)
1) Houve destruição, inutilização ou deterioração da coisa submetida a exame?
(Resposta Justificada)
2) Qual o meio e quais os instrumentos empregados?
3) Houve emprego de substância inflamável ou explosiva?
4) Qual o valor do dano causado?
Dano qualificado
Art. 163, parágrafo único, e I usque IV
Quesitação criminalística para exame de local de crime
1) Qual a extensão dos danos produzidos pela ação criminosa?
2) Quais os objetos ou instrumentos que os produziram?
222
Apropriação indébita
Art. 168
Quesitação criminalística para exame de local de crime
223
Fraude no comércio
Art. 175
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
Art. 175, § 1º
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
224
Violação de sepultura
Art. 210
Quesitação criminalística para exame de local de crime
225
Vilipêndio a cadáver
Art. 212
Quesitos médico-legais para exame do cadáver
Estupro
Art. 213
Quesitação médico-legal para exame da vítima do sexo feminino
226
227
12) Houve qualquer outra causa que tivesse impossibilitado a vítima de oferecer
resistência? (Resposta Justificada)
13) No caso específico, formular quesitos para exame de constatação de crime de
perigo de contágio venéreo.
1) Houve parto?
2) Qual a data provável desse parto?
3) Qual a idade da criança dada como filho (a) pela examinanda?
228
Incêndio
Art. 250
Quesitação criminalística para exame de local de crime (1ª opção)
1) Houve incêndio?
2) Qual o material que o produziu?
3) Qual o modo por que foi, ou parece ter sido produzido o incêndio?
4) Qual a natureza do edifício, construção ou das coisas incendiadas?
5) Quais os efeitos ou os resultados do incêndio?
1) Houve incêndio?
2) Onde o fogo teve início?
3) Qual a sua causa?
4) Não sendo possível precisar sua causa, qual a mais provável?
5) Do incêndio resultou perigo para a integridade física, para a vida ou para o
patrimônio alheio?
6) Qual a extensão dos danos produzidos pelo incêndio?
7) Existem eventuais vestígios de objeto(s), produto(s) químico(s) ou material(is)
explosivos utilizados na ação criminosa?
1) Houve incêndio?
2) Qual a natureza, finalidade e utilização da coisa incendiada?
3) Onde se originou o incêndio?
4) Qual a causa determinante?
Incêndio
Art. 250
Quesitação criminalística para exame pericial contábil
229
Explosão
Art. 251
Quesitação criminalística para exame de local de crime (1ª opção)
1) Houve explosão?
2) Onde ocorreu?
3) Qual a sua causa?
4) Não sendo possível precisar a causa, qual a mais provável?
5) Da explosão resultou perigo para a integridade física, para a vida ou para o
patrimônio de outrem?
6) Qual a extensão dos danos produzidos pela explosão?
7) Qual a natureza do material explosivo utilizado?
230
Inundação
Art. 254
Quesitação criminalística para exame de local de crime
1) Houve inundação?
2) Qual o fato que a ocasionou?
3) Qual a natureza e utilidade do prédio inundado?
4) Quais os efeitos ou resultados produzidos pela inundação?
5) O que foi inundado?
6) Foi a inundação acidental, proposital ou resultou de imprudência, negligência
ou imperícia? (Resposta Justificada)
7) A inundação expôs a perigo a vida ou a integridade física de outrem? (Resposta
Justificada)
8) A inundação expôs a perigo o patrimônio de outrem? (Resposta Justificada)
9) Qual o valor do dano?
Perigo de inundação
Art. 255
Quesitação criminalística para exame de local de crime
231
Desabamento ou desmoronamento
Art. 256
Quesitação criminalística para exame de local de crime
1) Houve difusão de doença ou praga que pudesse causar dano à floresta, planta-
ção ou a animais de utilidade econômica?
2) Qual a doença ou praga difundida?
3) A difusão foi acidental, proposital ou resultou de imprudência, negligência ou
imperícia? (resposta especificada)
4) Houve dano?
232
233
Arremesso de projétil
Art. 264
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
234
Epidemia
Art.267
Quesitação criminalística para exame de local de crime
235
236
Art. 280
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
1) O material submetido a exame é substância medicinal?
2) O material submetido a exame está em desacordo com a receita médica apresen-
tada? (Resposta Justificada)
Moeda falsa
Art. 289
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime (1ª opção)
237
238
Moeda falsa
Art. 289, § 3º
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
1) A moeda submetida a exame foi fabricada com título ou peso inferior ao deter-
minado em lei?
1) No local havia condições materiais para falsificação de papel moeda (ou moeda
metálica)? Quais eram tais condições?
2) O material apresentava características que lhe permitiam ser confundido com o
papel moeda de curso legal? Quais eram tais características?
239
deverão ser formulados mais os seguintes quesitos: 3) São falsas as moedas sub-
metidas a exame? 4) Em caso afirmativo, quais os caracteres físicos e químicos
que 4) Em caso afirmativo, quais os caracteres físicos e químicos que as as dife-
renciam das peças autênticas de valor e tipo correspondentes? 5) Têm as moedas
submetidas a exame o mesmo valor intrínseco que as autênticas que lhes são
correspondentes? 6) As moedas submetidas a exame poderiam ter sido fabrica-
das por meio de matrizes, moldes, máquinas e seus acessórios, aos quais se refere
o 1º quesito? 7) A matéria submetida a exame é a mesma utilizada na fabricação
das referidas moedas?
240
Petrechos de falsificação
Art. 294
Quesitação criminalística para o exame do objeto material do crime
241
242
243
Supressão de documento
Art. 305
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
Falsa identidade
Art. 307
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
244
Motim de presos
Art. 354
Quesitação criminalística para exame de local de crime
Porte de arma
Art. 19, §§, e alíneas
Quesitação criminalística para exame de arma branca instrumento de contravenção
(1ª opção)
245
Jogo de azar
Art. 50
Quesitação criminalística para exame dos instrumentos da contravenção
246
Embriaguez
Art. 62
Quesitação médico-legal para verificação de embriaguez (1ª opção)
Jogo do bicho
Art. 58 do Decreto-lei nº 6.259/44
Quesitação criminalística para exame dos instrumentos da contravenção (1ª opção)
247
Corrida de cavalos
Art. 60 do Decreto-lei nº 6.259/44
Quesitação criminalística para exame de documentos
Local de afogamento
Arts. 6º, VII, e 169
Quesitação criminalística para exame de local de afogamento
Local de crime
Arts. 6º, VII, e 169
Quesitação criminalística para exame de local de crime contra o patrimônio
248
249
250
Exames grafotécnicos
Art.174, I usque IV
Quesitação criminalística para verificação da autenticidade ou falsidade de assinatura
Exames mecanográficos
Art. 175
Quesitação criminalística para identificação de máquina de escrever
251
252
Acidentes do Trabalho
(Decreto- lei nº 7.036, de 10-11-1944)
Acidentes do trabalho
Art. 47
Quesitação médico-legal para exame de vítima de acidente do trabalho em caso de morte
1) Houve morte?
2) Essa morte resultou de lesão corporal, perturbação funcional ou doença? (Res-
posta Justificada)
3) A morte resultou de acidente do trabalho? (Resposta Justificada)
253
Crime de Genocídio
(Lei nº 2.889, de 1º-10-1956)
Crimes de genocídio
Arts. 1º, a usque e, 2º e 3º
Quesitação criminalística sobre locais de crime de genocídio
254
Código Eleitoral
(Lei nº 4.737, de 15-07-1965)
Crimes eleitorais
Arts. 289 usque 326
Quesitação criminalística sobre locais de crimes eleitorais
Sonegação fiscal
(Lei nº 4.729, de 14-07-1965)
Código Florestal
(Lei nº 4.771, de 15-09-1965)
Contravenções florestais
Art. 26, a usque q
Quesitação criminalística para exame de local de contravenção florestal
255
Lei de Drogas
(Lei nº 11.343, de 23-8-2006)
Locais de crime
Art. 33, § 1º, II e III
Quesitação criminalística para exame de locais de encontro de drogas bem como de
locais de plantio, cultura, colheita e exploração de vegetais
Facilitação de uso
Art. 38
Quesitação médico-legal para constatação de facilitação de uso de substâncias
entorpecentes (1ª opção)
1) A droga foi prescrita fora de caso indicado pela terapêutica ou em dose eviden
temente maior do que a necessária, ou com infração de preceito legal ou regula-
mentar? (resposta especificada)
256
No caso indicado
Exame de constatação
Art. 50, § 1º
Quesitação médico-legal para constatação provisória de droga (1ª opção)
257
Art. 184
Violação de modelo de utilidade
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
1) A coisa submetida a exame constitui modelo de utilidade, assegurado por patente?
258
Art. 191
Violação de expressão ou de sinal de propaganda
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
Foi usado no artigo (produto, recipiente, invólucro, cinta, rótulo, fatura, cir-
cular, cartaz ou outro meio de divulgação ou propaganda) submetido a exame
termos retificativos, tais como “tipo”, “espécie”, “gênero”, “sistema”, “seme-
lhante”, “sucedâneo”, “idêntico”, ou “equivalente”, sem ressalva da verdadeira
procedência do artigo (ou produto)? (Resposta Justificada)
259
Art. 195, V
Uso indevido de nome comercial
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
Art. 195, V
Uso de marca, nome comercial etc, indicativo de procedência não verdadeira
Quesitação criminalística para exame do objeto material do crime
Estatuto do Desarmamento
(Lei nº 10.826, de 22-12-2003)
260
261
Crimes de trânsito
Arts. 301 usque 312
Quesitação criminalística para exame de local de acidente de trânsito (1ª opção)
1) Houve acidente?
2) Qual a sua natureza?
3) Como ocorreu ou parece ter ocorrido? (em caso de necessidade de complemen-
tação de laudo pericial de acidente de trânsito, poderão ser formulados outros
quesitos a critério das autoridades competentes, tais como:)
262
1) Houve acidente?
2) Qual o tipo de acidente ocorrido?
3) Como aconteceu o acidente?
4) Quem lhe deu causa e por quê?
5) Qual o traçado topográfico do local: cruzamento, confluência, bifurcação, pas-
sagem de nível, curva, reta, viaduto ou praça?
6) Qual a visibilidade no momento do fato?
7) Qual o perfil topográfico do local: em nível, aclive ou declive?
8) Qual o nome da rua, avenida, estrada, praça etc?
9) Qual o sentido direcional imprimido pelos veículos envolvidos, a saber, cidade-
-bairro, bairro-cidade, rua-rua, avenida-avenida etc?
10) Qual a mão de direção do local: mão dupla ou mão única?
11) Existe sinalização de trânsito no local do acidente, como semáforos, placas, fai-
xas ou tartarugas?
12) Qual o tipo de pavimentação no local do acidente: asfalto, concreto, paralelepí-
pedos, blocos de concreto, terra batida, areia, cascalho etc?
13) Qual o estado de pavimentação: bom, regular, péssimo, seco, molhado, úmido etc?
14) Qual o tipo de iluminação existente: incandescente, a vapor, mercúrio?
15) A iluminação estava acesa, apagada ou inexiste?
16) Quais as dimensões da calçada, do leito carroçável e do acostamento?
17) Existem vestígios de frenagem, de derrapagem, de arrastamento ou de atrita-
mento de pneus?
18) Existem sulcos, riscos, atritamentos, cavidades?
19) Em caso positivo, qual a sua localização e significado?
20) Houve eventual choque com objetos fixos, tais como postes, árvores, guias etc?
263
264
Arts. 29 usque 37
Quesitação criminalística dos crimes contra a fauna: pesca
265
5) O incêndio ocorrido (caso tenha havido incêndio) apresenta indícios de ter sido
doloso ou culposo?
6) Em caso positivo, qual a extensão do dano?
7) Os peritos podem afirmar se foram, ou não, tomadas precauções adequadas
para evitar-se o incêndio?
8) Qual a capacidade do balão causador do incêndio e quais os instrumentos, ma-
teriais e meios utilizados para a sua fabricação?
9) Quais os meios utilizados para o impedimento da regeneração da vegetação na-
tiva: gradeação manual, mecânica, fogo, produtos químicos ou outros?
10) Como pode ser descrita a madeira apreendida?
11) A madeira apreendida é, ou não, procedente de floresta?
12) A madeira transformada em carvão apreendido era realmente, ou não, madeira
de lei?
13) Qual o dano ecológico causado pela extração de minérios ou areia, em termos
de poluição de cursos de água e desbarrancamento de margens?
266
267
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
As apreensões e arrecadações são procedimentos cautelares, de natureza ins-
trumental, constituindo meios para assegurar a tutela jurisdicional, bem como para
fazer retornar a coisa ou valor a seu legítimo proprietário ou possuidor.
As apreensões e arrecadações deverão estar embasadas em dois pressupostos,
o periculum in nora e o fumus boni iuris, para evitar o prejuízo que adviria da demora
na conclusão da ação penal, e respectivamente, verificar a presença de elementos
indicadores da existência do crime e da autoria.
Os procedimentos cautelares processuais penais podem ser de natureza pessoal
ou real. O primeiro recai sobre a pessoa que, em tese, infringiu o ordenamento penal,
e o segundo sobre os bens que tiverem relação com o fato delituoso.
3. CABIMENTO
Os procedimentos cautelares poderão ocorrer anteriormente a qualquer pro-
cedimento policial ou judicial, i.e., quando a autoridade policial tiver conhecimento
269
4. FORMALIDADES
5. APREENSÃO
270
6. BUSCA E APREENSÃO
271
sendo que em seu art. 2º, inciso II, afirma que ela será realizada sobre o comando da
responsabilidade do Delegado Federal e estabelece outras providências.
Finda a diligência, deverá o Delegado de Polícia documentá-la por meio de
auto de busca e apreensão, que será assinado pelos executores e testemunhas, comu-
nicando-se o Juízo, sobre as circunstâncias, mediante ofício.(modelo 2)
Em caso de desobediência do morador, será arrombada a porta e forçada a
entrada, permitindo-se, ainda, o emprego de força contra coisas existentes no inte-
rior da casa do recalcitrante, sendo, consignado no auto a resistência que ensejou o
arrombamento.
De acordo com a redação determinada pelo inciso XI do artigo 5º da Lei
Maior, para resguardar-se a legalidade da busca domiciliar, deverá ser solicitado
mandado judicial, através de representação subscrita pela autoridade policial que,
devidamente fundamentada, indicará o imóvel em que será realizada, o motivo e os
fins da diligência, bem como solicitação para arrombamento, caso necessário.
A formalidade de que deve revestir-se o mandado expedido pelo Delegado
de Polícia consta do artigo 243 do Código de Processo Penal, sendo que, em face
da determinação constitucional, nele deverá ser inserida a expressão “judicialmente
autorizado”.
É possível, ainda, a busca e apreensão de pessoas, v.g., do ofendido que se
encontra privado de sua liberdade, como nas hipóteses de sequestro, redução a con-
dição análoga à de escravo, subtração de incapazes.
Não sendo encontrada a pessoa ou coisa procurada, os motivos da diligência
serão comunicados a quem tiver sofrido a busca, se o requerer.
7. ARRECADAÇÃO
A autoridade policial, ao localizar instrumento de objeto no local da infração
penal, deverá lavrar auto de arrecadação, quando julgar necessário transportar os
bens para exame posterior, com a finalidade de fixar o liame entre a prova material,
o crime e o criminoso. (modelo 4)
272
Nem sempre os bens arrecadados têm relação direta com infração penal, v.g.,
os pertences do suicida.
Existem algumas posições no sentido de afirmar que o auto de arrecadação
já foi substituído, naturalmente, pelo auto de exibição e apreensão. De qualquer
forma, independentemente do procedimento adotado, se existir fundada razão para
a medida cautelar, não ocorrerá nulidade, desde que os instrumentos ou objetos
sejam detalhadamente discriminados, constando, entre outras características, sua
numeração, marca, calibre, estado de conservação, tipo etc.
8. MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
As medidas assecuratórias, v.g., o sequestro de bens imóveis e móveis, hipoteca
legal e o arresto têm por escopo garantir a reparação do dano por parte do autor de
infração penal ao ofendido, i.e., vítima ou interessado.
Na fase procedimental, interessa-nos apenas o sequestro de bens imóveis e mó-
veis, pois a hipoteca legal e o arresto só podem ocorrer na fase processual.
O artigo 132 do Código de Processo Penal, não sendo caso de busca e apre-
ensão, prevê a possibilidade de se proceder ao sequestro de bens móveis, estando
presentes as condições do artigo 126.
Como menciona Julio Fabbrini Mirabete, citando E. Magalhães Noronha, o
sequestro na esfera penal é a retenção judicial do bem imóvel ou móvel, havido
com os proventos da infração, com o fim de assegurar as obrigações civis advindas
deste”1.
O sequestro pode ser efetuado esteja o bem na propriedade do acusado ou na
posse de terceiro, não importando o título da aquisição, ou seja, através de aliena-
ção, renúncia ou abandono.
A representação da autoridade policial objetivando a sua concessão, será diri-
gida ao Juiz competente para processar a ação penal, e para sua decretação é neces-
sário que existam indícios veementes da procedência ilícita do bem, nos termos do
artigo 126 do Código Processo Penal. (modelo 5)
Prossegue Mirabete, citando Hélio Tornaghi, que indícios veementes “são os
que levam grave suspeita, os que eloquentemente apontam um fato, gerando uma
suposição bem vizinha da certeza”2. Não se trata de prova plena da ilicitude da aqui-
sição do imóvel, porém, não pode ser ordenado se não existir qualquer prova, ainda
que indiciária ou circunstancial, e muito menos decorrer de simples presunção, sen-
do incabível quando o acusado adquirir o bem antes do fato criminoso3.
Recaindo o sequestro sobre imóvel, deve a autoridade policial representar ao
Juiz, objetivando sua inscrição no Registro de Imóveis, conforme prevê o artigo 128
do Código de Processo Penal, que será realizada na forma do artigo 239 da Lei nº
6.015/73, Lei de Registros Públicos.
1 MIRABETE, Júlio Fabbrini. Processo Penal. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 1996, p. 236.2 MIRA-
BETE, op. cit., p. 237. 3 RT 544/350.
2 MIRABETE, op. cit., p. 237.
3 RT 544/350
273
9. AVALIAÇÃO
Avaliar significa determinar o valor real de alguma coisa. Nos termos do artigo
172 do Código de Processo Penal, proceder-se-á, quando necessário, à avaliação por
meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências, confor-
me determina o parágrafo único do dispositivo.
Procura a autoridade policial, com o ato da avaliação, determinar o exato va-
lor da coisa. Até mesmo o produto do crime, também, poderá ser submetido à ava-
liação. No caso, o Delegado de Polícia determinará a lavratura de auto de avaliação
que assinará juntamente com os peritos nomeados, as testemunhas e o escrivão.
(modelo 6)
Os peritos nomeados prestarão compromisso de fielmente desempenharem
seus encargos caso não sejam oficiais, não se devendo designar policiais civis como
peritos avaliadores, sobretudo quando tiverem participação na investigação.
A avaliação, medida cautelar realizada no curso do Inquérito Policial, neces-
sária à elucidação da infração penal, influencia, indubitavelmente, a dosimetria da
pena, por força do disposto no artigo 59 do Código Penal.
10. RESTITUIÇÃO
Caberá restituição de coisas apreendidas pela autoridade policial quando pu-
derem ser restituídas, não interessarem ao processo nos termos do artigo 118 do
Código de Processo Penal, não houver dúvida quanto ao direito do reclamante e
não tiver sido feita a apreensão em poder de terceiro de boa fé.
Podem, também, ser restituídos os instrumentos que não forem suscetíveis de
confisco, i.e., aqueles cujo fabrico, uso, porte, alienação ou detenção, constituam fa-
tos lícitos, instrumentos de crime confiscáveis na hipótese de existir pessoa com au-
torização prévia para uso, coisas deterioráveis, não sendo duvidoso o direito ao bem.
Aliás, em relação a toda coisa apreendida, ou arrecadada, definida como legal-
mente restituível, a autoridade policial procederá à devolução do bem, lavrando-se
auto de entrega. (modelo 7).
No entanto, em caso de dúvida sobre quem seja seu verdadeiro proprietário, a
autoridade policial poderá depositá-lo em mãos da pessoa que o detinha, se idônea,
mediante auto de depósito, instaurando incidente de restituição de coisa apreendi-
da, nos termos do § 1º do artigo 120 do Código de Processo Penal. (modelo 8)
Ressalte-se que o artigo 91,inciso II, a, do Código Penal, dispõe sobre a perda
em favor da União dos instrumentos do crime.
274
275
276
11.8 Drogas
277
Lei, após a sua regular apreensão, ficarão sob custódia da autoridade de polícia
judiciária, excetuadas as armas, que serão recolhidas na forma de legislação espe-
cífica”.
12. CONCLUSÃO
13. MODELOS
278
MODELO 1
279
MODELO 2
_______Testemunhas_______Escrivão(ã)_____
280
MODELO 3
Delegado(a) de Polícia
281
MODELO 4
AUTO DE ARRECADAÇÃO
282
MODELO 5
Meritíssimo Juiz:
Delegado(a) de Polícia
À Sua Excelência
283
MODELO 6
AUTO DE AVALIAÇÃO
284
MODELO 7
AUTO DE ENTREGA
285
MODELO 8
AUTO DE DEPÓSITO
286
MODELO 9
287
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
289
3. ORDEM DE SERVIÇO
4. RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO
290
5. INTIMAÇÕES E NOTIFICAÇÕES
291
292
A Polícia Civil do Estado de São Paulo, por sugestão de integrantes das DISE,
criou uma peça denominada informe criminal e investigação preliminar, na qual,
inicialmente, o Investigador de Polícia Chefe elabora um informe dando ciência à
sua autoridade policial do teor de um fato denunciado.
Esta, então, se for o caso, despacha favoravelmente, determinando a investiga-
ção dos fatos noticiados, e, com base no informe criminal, a chefia de investigadores
elabora um documento conhecido como informação preliminar, que é distribuído
a uma das equipes. Através de investigação, campana e monitoramento do local,
chega-se à procedência, ou improcedência, da notícia, reduzindo-se tudo a relatório
de investigação, documento de grande importância para a instauração de Inquérito
Policial, pedidos de prisão temporária ou preventiva, e, até, autuações em flagrante,
em casos de crimes permanentes.
15. CONCLUSÃO
293
16. MODELOS
294
MODELO 1
ORDEM DE SERVIÇO Nº
PROCEDIMENTO ______BO/TC
1º__________________
2º__________________
3º__________________
4º__________________
AUTORIDADE REQUISITANTE:_____________________
ESCRIVÃO(Ã) DO FEITO:______________
NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO
295
MODELO 2
RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO
Senhor(a) Delegado(a)
296
MODELO 3
DATA:___/___/___HORA:____LOCAL:_________
VEÍCULO/BEM INSPECIONADO:____________
Sr. Delegado(a):
1)________________________________________
2)________________________________________
297
MODELO 4
Ref.
DIPO
Senhor(a) Delegado(a):
Investigador de Polícia
298
MODELO 5
RELATÓRIO – Nº ______________
V-RECEPTADOR: _________________qualificação
Assinatura ______________
299
MODELO 6
BOLETIM DE OCORRÊNCIA –
DELITOS DE AUTORIA DESCONHECIDA
Natureza:_______________________________
I - Histórico
II - Qualificação da vítima
III - Qualificação das testemunhas
IV - Reconhecimento fotográfico
V - Diligências realizadas
VI - Outros dados relevantes
Local e data___________________________
Assinatura ____________________________
300
MODELO 7
NOTIFICAÇÕES
Assinatura _____________________
301
MODELO 8
Assinatura __________________
302
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
303
Encerrando estas considerações, cabe mais uma vez enfatizar que, qualquer
que seja a natureza da comunicação oficial, a transparência e a inteligibilidade são
requisitos indispensáveis, eis que intrínsecos ao próprio Estado de Direito.
Sintetizando, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder
Público redige atos normativos e comunicações.
Conforme acentuado linhas antes, no curso de uma redação oficial, além da
impessoalidade, o uso do padrão culto de expressão, a clareza, a concisão, a forma-
lidade e a uniformidade conduzem a uma interpretação única, num mesmo nível de
linguagem.
A uniformidade da comunicação pressupõe que existe um único comunicador,
o Serviço Público, podendo o destinatário ser outro órgão da Administração ou o
conjunto dos cidadãos ou de instituições, que passam a ser tratados de forma ho-
mogênea.
Isso não quer dizer que se deva admitir ou praticar uma forma específica de
linguagem administrativa, que coloquialmente seria o burocratês, invariavelmente
caracterizado por expressões e clichês do jargão burocrático, além de evitáveis for-
mas arcaicas de construção de frases.
Destaque-se que a redação oficial não se prende a eventual aridez do idioma
pátrio, podendo e devendo com ele evoluir. Impõe-se, contudo, a observância de
certos parâmetros que a diferencia da literatura, do texto jornalístico ou da corres-
pondência pessoal.
A linguagem estritamente técnica deve se restringir aos casos absolutamente
indispensáveis. Rebuscamentos acadêmicos e vocabulários de determinadas áreas
são de difícil compreensão por parte de quem não esteja com eles familiarizado,
devendo por essa razão ser evitados.
304
305
306
Os meios usuais de comunicação oficial utilizados pela Polícia Civil são o ofí-
cio, para os casos revestidos de maior formalidade, o memorando, para as situações
de menor complexidade e importância, o edital, ou o comunicado, para dar publici-
dade a assunto de interesse do público em geral e a circular, ou o aviso, para noticiar
assunto de interesse do público interno, preferencialmente.
Outras formas existem, como a portaria, o despacho interlocutório e a ordem
de serviço, que mais se aplicam na elaboração de procedimentos de Polícia Judiciá-
ria, objeto de outros capítulos deste Manual.
O Manual de Telecomunicações e de Elaboração de Mensagens Eletrônicas,
criado pela Portaria DGP-28, de 14/6/2010, foi elaborado em face da necessidade de
se atualizar o serviço de transmissão e recepção de mensagens pela rede Intranet da
Polícia Civil. Esse Manual adapta as mensagens a modelos padronizados, abrangen-
do maior número de informações de interesse policial, sendo seu uso obrigatório em
todas as unidades policiais civis.
Segundo o compêndio Curso Especial de Língua Portuguesa2, elaborado pela
Academia de Polícia Civil de São Paulo, sob a responsabilidade da professora Anna
Ciampone de Souza:
Ofício é uma comunicação oficial expedida por autoridades para tratamento
de assuntos oficiais entre órgãos da administração pública ou dirigidos aos particu-
lares. São partes do ofício o cabeçalho, o nome do documento, número, ano, sigla do
órgão expedidor, local e data, destinatário, assunto, vocativo, fecho, assinatura e por
último o endereçamento, com as iniciais do redator e do digitador.
Memorando é modalidade de comunicação entre unidades administrativas de
um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em nível igual ou diferente.
Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
Carta é meio de comunicação de que se valem as empresas ou as pessoas para
o relacionamento comercial, sendo comum o seu recebimento pelas repartições pú-
blicas.
Requerimento é instrumento por meio do qual se solicita algo de direito a uma
autoridade, baseando-se em dispositivos legais. Também é chamado de petição. Em
segundo grau é recurso. Se coletivo, é abaixo-assinado.
Relatório é documento em que se registram observações, pesquisas, investiga-
ções, fatos, variando de acordo com o assunto e a finalidade.
Ordem de serviço, em matéria de polícia judiciária, é determinação de chefia
com orientação para a execução de serviço ou para o desempenho de encargo.
Atestado é documento expedido para fins de direito por órgão público, assina-
do por funcionário que autentica a veracidade do fato.
Certidão é documento expedido por quem tem fé pública, como o escrivão de
polícia e o tabelião, com a finalidade de comprovar algo requerido, reproduzindo
2 Curso Especial de Língua Portuguesa – Ciampone de Souza, Anna, 1940 – (coord.). Ed. Aca-
demia de Polícia “Dr. Coriolano Nogueira Cobra – São Paulo – 1º semestre de 2005
307
308
309
5. CONCLUSÃO
6. MODELOS
310
Modelo de Ofício
_____________________________________
Delegado(a) de Polícia
A Sua Excelência
O Senhor Doutor .........................
MM. Juiz de Direito Presidente do E. Tribunal do júri da Comarca de ...........
.................... – SP
AB/cde.
311
Modelo de Memorando
Atenciosamente.
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
312
Modelo de carta
À ...........................
Rua ...................., nº.........
CEP 00000-000 - cidade - SP
Prezados Senhores:
Atenciosamente.
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
313
Modelo de requerimento
Nestes termos,
pede deferimento.
.........................................................
314
O R D E M DE S E R V I Ç O Nº ../.....
_____________________________________
Delegado(a) de Polícia
315
RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO
A Sua Senhoria
O(A) Senhor(a) Doutor(a)...................
Delegado(a) de Polícia do...................
_____________________________________
Investigador(a) de Polícia
316
ATESTADO DE POBREZA
Atesto, para fins judiciais, que ................ R.G. nº........... (qualificação comple-
ta) é pessoa pobre, na acepção jurídica do termo, não podendo prover as despesas
do processo, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família.
_____________________________________
Delegado(a) de Polícia
317
Modelo de certidão
CERTIDÃO
_____________________________________
Nome
Escrivão(ã) de Polícia
318
Modelo de declaração
DECLARAÇÃO
_____________________________________
Nome do(a) Professor
319
Modelo de ata
Aos .......dias do mês de ........ do ano de ............, nesta cidade de São Paulo,
capital, na sede da ...................., sito à ............., nº......., bairro ..............., às ......
horas, reuniu-se, ordinariamente, a Diretoria Executiva do(a)......................., sob a
presidência de....................., para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: ...........
.......................................................................... Depois de analisados, discutidos e
votados os itens da pauta, resultaram as seguintes deliberações: ................... . Às
......horas, a reunião foi declarada encerrada pelo Sr.(a) Presidente. Eu............., que
a secretariei, lavrei esta ata, que segue assinada pelos que dela participaram.
Presidente(a) .......................................
Participante.......................................
Participante.........................................
Secretário(a).........................................
320
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
321
mitação de protocolados deve se processar com a máxima celeridade, tanto que seu
artigo 64 diz que o prazo máximo de retenção em cada dependência é de 5 (cinco)
dias úteis, para informações e providências e de 8 (oito) dias úteis para apresenta-
ção de pareceres ou soluções que dependam de estudos mais detidos. Diz, ainda, o
citado artigo, que nos processos que tramitam pelo interior do Estado, esses prazos
serão dilatados para 10 (dez) e 15 (quinze) dias úteis, respectivamente.
Aludida norma estabelece outros detalhes quanto ao cumprimento de prazos,
asseverando que só será admissível infringência, em caso de absoluta necessidade,
motivada por circunstâncias especiais e convenientemente justificadas em tempo
hábil, no próprio protocolado. Nesse aspecto, veda o uso de fórmulas vagas como
retido por acúmulo de serviço ou retido em aguardo.
Já a Resolução SSP-106, de 01/07/10, que estabeleceu normas complementa-
res ao disposto naquele ordenamento anterior, dispõe que “a entrada e a saída de
quaisquer processos, documentos ou expedientes similares no Gabinete do Secretá-
rio, far-se-á por intermédio da Seção de Comunicações Administrativas (SCA) da
Divisão de Administração (DAGS)”.
Diz, ainda, que obedecido o atual sistema de protocolo de papéis, cada expe-
diente, depois de registrado e autuado receberá um número de processo “GS”, salvo
quando se refira a processo anterior do mesmo interessado e versando o mesmo
assunto, hipótese em que, após protocolado, será simplesmente encaminhado para
juntada.
Dispõe que a tramitação interna de processos entre as diversas unidades da
Administração Superior da Secretaria e da Sede, ou provenientes de outros órgãos
da Pasta, realizar-se-á diretamente, mediante despacho dos dirigentes ou respon-
sáveis por essas unidades, enviando-se à Seção de Comunicações Administrativas
(SCA), após a assinatura da unidade recebedora, uma das vias da “Relação Nu-
mérica de Expedição de Autos” (lista de remessa), para fins de anotação e controle.
Em outros tópicos, dispõe sobre a tramitação de expedientes à Consultoria Ju-
rídica da Pasta, tais como as notificações em mandados de segurança, informações
em ações e decisões judiciais que determinem o cumprimento de obrigações de fazer
e não fazer.
Estabelece ser de exclusiva competência do Secretário de Estado, do Secretário
de Estado Adjunto, do Chefe de Gabinete e da Assessoria Especial do GS, o enca-
minhamento à Consultoria Jurídica de expedientes que digam respeito a “consulta
sobre a interpretação, eficácia ou validade de atos administrativos de responsabilidade
do Titular da Pasta; consulta sobre matéria de ordem constitucional, normas de ser-
viço, procedimentos processuais, interpretação de textos legais e outras, cuja natureza
possa implicar em alteração de diretrizes existentes no âmbito da Pasta”.
Diz, finalmente, que “são de competência exclusiva do Titular da Pasta, os
despachos que encaminhem expedientes ao Governador do Estado, ao Vice-Gover-
nador do Estado, aos Secretários de Estado, ao Presidente da Assembleia Legis-
lativa, ao presidente do Tribunal de Justiça, ao Procurador Geral de Justiça, ao
Presidente do Tribunal de Contas, ao Procurador Geral do Estado e a outras altas
autoridades civis e militares”.
322
5. CONCLUSÃO
6. MODELOS
323
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
325
2. A ORIGEM DO NEOLOGISMO
3. CONTEÚDO
O exame da peça permite ao observador atento verificar que ela traz, em seu
contexto, o local, a hora, o dia do fato e da semana, outros adminículos como condi-
ções climáticas e meteorológicas do momento do crime, além de subsídios coletados
pelo pesquisador de campo junto a testemunhas e pessoas que tenham tido ciência
do acontecimento investigado. Traz, ainda, com a minuciosa observação sobre o ca-
dáver, sua identidade, possíveis hábitos, características comportamentais sustenta-
das pela Criminologia, além de croqui descritivo, nos termos das previsões impostas
pelo inciso I do art. 6º do CPP.
1 DESGUALDO, Marco Antonio. Recognição Visuográfica de Local de Crime. São Paulo: Re-
vista Brasileira de Ciências Criminais do IBCCrim, nº 13, janeiro/março de 1996, pp. 242/252.
326
6. FATORES OBJETIVOS
7. NATUREZA PROCEDIMENTAL
327
8. O UNIVERSO DE PESQUISA
Marco Antonio Desgualdo, em seu artigo pioneiro, reconhece que todo crime
de autoria desconhecida é um desafio, sendo a presunção inicial de que foi perpe-
trado por ser humano, fora dos padrões normais, cuja conduta típica reveste-se de
culpabilidade.
A partir desse ponto crucial, existe todo um universo a ser pesquisado, através
de metodologia pouco usual, ou até mais avançada, inclusive mediante a utilização
de processos de perquirição modelados pela Heurística e pela Semiótica.
Numa análise, ainda que superficial, poderíamos dizer que a recognição visuo-
gráfica cifra-se em torno de uma reprodução gráfica, ilustrada, do local do crime,
mediante utilização de croqui, fotografia, exame da arma, exame externo do cadáver
e oitiva sumária das testemunhas podendo aplicar-se, inclusive, aos locais de crimes
de trânsito. (modelo 3)
328
10. O CROQUI
11. A FOTOGRAFIA
Procurando não violar a cena do crime objeto dos exames criminais, o policial
à frente do caso deverá anotar o tipo ou marca da arma utilizada, se deixada no
local, bem como os cartuchos ali abandonados.
Identicamente, através de auto de arrecadação, deve colher eventuais cartu-
chos ejetados de armas automáticas.
Nessa ocasião, a observação do alinhamento das marcas de sangue, alongadas,
estreladas etc, permitirão ao investigador ter uma ideia se a vítima deslocou-se do
local inicial do crime e, também, se o criminoso encontra-se ferido.
329
330
que muitos policiais foram enganados por coisas que pareciam claras e inegáveis,
mas que, na realidade, eram bem diferentes do que pareciam.
Diante desse contexto, o policial deverá demonstrar arejamento científico, sob
pena de não avançar na nobre arte da investigação criminal, valendo-se das ciências
auxiliares, de observação e de aplicação.
São ciências de observação a Biologia, a Tipologia, a Sociologia e a Psiquia-
tria, enquanto que são de aplicação a Medicina Legal, a Polícia Técnica ou Científi-
ca e a Ciência Penitenciária.
Adverte, ainda, de que muitas vezes não bastam apenas conhecimentos cien-
tíficos para o desvendamento de um caso, devendo o investigador, também, apelar
para seus sentidos, deixando aflorar seu raciocínio lógico, já que, através deles che-
ga-se à intuição sensível, que implica em “ver com os olhos da percepção”.
Assim, todos os cinco sentidos deverão encontrar-se em contato com o meio
ambiente, assimilando, no local, todos os vestígios que se apresentarem, conclui
Marco Antonio Desgualdo.
16. CONCLUSÃO
17. MODELOS
331
Modelo 1
DO LOCAL:
a) - INTERNO
332
b) - EXTERNO
333
334
335
VÍTIMA(S) ___________________________________________________________
AUTOR(ES) __________________________________________________________
______________________________________________________________________
FICHA(S) Nº(S)
________________________________ ________________________________
Encarregado do preenchimento Autoridade Policial
Nome ou carimbo Nome ou carimbo
336
MODELO 2
DO LOCAL:
a) - INTERNO
TIPO ( ) residência térrea ( ) sobrado ( ) apartamento
( ) edícula ( ) cômodo isolado ( ) comércio
( ) outro _______________________________________________________
ENDEREÇO COMPLETO: (constar logradouro, nº, bairro, andar, apto, telefone etc.)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
QUALIDADE DA CONSTRUÇÃO E CONDIÇÕES GERAIS DO LOCAL NO
TOCANTE À SEGURANÇA: ___________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
b) EXTERNO
DESCRIÇÃO DO LOCAL: ______________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
ENDEREÇO COMPLETO E MEIOS DE ACESSO: _________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
HÁ SINAIS INDICATIVOS DE UTILIZAÇÃO DE VEÍCULO(S)? ( ) não ( ) sim
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
PESSOAS COM ACESSO AUTORIZADO AO LOCAL: ____________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
337
338
339
AUTOR(ES)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
FICHA(S)/FOTOS _____________________________________________________
______________________________________________________________________
HOUVE APREENSÃO E ENTREGA DE BENS? ( ) não ( ) sim. JUNTAR
CÓPIA DOS AUTOS RESPECTIVOS
OBSERVAÇÕES FINAIS________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________________________________ ________________________________
Encarregado do preenchimento Autoridade Policial
Nome ou carimbo Nome ou carimbo
340
Modelo 3
DO LOCAL:
a) INTERNO
ENDEREÇO COMPLETO: (constar logradouro, nº, bairro, andar, apto, telefone etc.)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
QUALIDADE DA VIA PÚBLICA E CONDIÇÕES GERAIS DO LOCAL NO
TOCANTE À SEGURANÇA: ___________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
b) EXTERNO
DESCRIÇÃO DO LOCAL: _____________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
ENDEREÇO COMPLETO E MEIOS DE ACESSO: ________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
HÁ SINAIS INDICATIVOS DE ENVOLVIMENTO DE VEÍCULO(S)?
( ) não ( ) sim
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
PESSOAS COM ACESSO AO LOCAL: ___________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
341
342
AUTOR(ES) __________________________________________________________
______________________________________________________________________
FOTO(S) _____________________________________________________________
______________________________________________________________________
343
OBSERVAÇÕES FINAIS________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________________________________ ________________________________
Encarregado do preenchimento Autoridade Policial
Nome ou carimbo Nome ou carimbo
344
1. Considerações preliminares
345
4. Localização de veículo
5. Receptação de veículo
346
347
348
349
Nas ocorrências onde houver lesões corporais com resultado grave, gravíssimo
ou seguidas de morte, deve a autoridade policial:
a) determinar o registro do fato em boletim de ocorrência;
b) requisitar os exames periciais necessários;
c) instaurar Inquérito Policial.
9. Armas de fogo
Para apreciação dos delitos referentes às armas de fogo, merecem atenta leitura
as infrações de que trata a Lei nº 10.826/03.
9.1 Procedimentos
350
Sobre o registro e porte de arma de fogo por policiais militares deve-se con-
sultar portaria do Comandante Geral a respeito, publicada todo o ano, dispondo
sobre o registro de armas de fogo não registradas, renovação de registros estaduais
e entrega de arma de fogo junto às Organizações Policiais Militares do Estado de
São Paulo.
351
Se o crime for praticado por policial militar, fora da escala de serviço, com o
emprego de arma particular, compete à Justiça comum o julgamento do delito.
10. Drogas
352
353
10.2 Apreensão
354
Sempre que houver resistência à ordem legal por parte de terceiros, o policial
civil pode usar dos meios necessários para defender-se ou para vencê-la.
355
que tratam das comunicações e informações que devem ser efetuadas e compiladas
bem como a Portaria DGP-25/02 que cria grupos especiais de investigação sobre
furto, roubo e desvio de carga.
Nas ocorrências de furto, roubo ou encontro de veículos, consultar a Portaria
DGP-9, de 30/3/87.
Sobre as providências para a agilização na obtenção do laudo de exame ne-
croscópico e do exame pericial, consultar a Portaria DGP-17, de 8/9/97.
Os procedimentos a serem seguidos nos locais de crime são tratados de forma
minudente pela Resolução SSP -382, de 1/9/99 e pela Recomendação DGP - 2, de
8/9/92.
Sobre o atendimento de ocorrência envolvendo policial, ver a Resolução SSP-
224, de 3/6/98.
13. Conclusão
356
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
357
358
359
pedido, orçamento ou a denominada nota branca, que não têm valor fiscal, mas que
passam a valer como recibo para o adquirente.
Calçamento: é a modalidade de sonegação na qual o comerciante coloca o va-
lor real da transação somente nas vias da nota fiscal que acompanha a mercadoria,
registrando um valor menor nas vias que ficam fixas no bloco e nas destinadas à
fiscalização.
Tal expediente é conhecido como calçamento porque o negociante usa uma
lâmina ou papelão entre as vias que acompanham a mercadoria, as destinadas à
fiscalização e as que permanecem no bloco de notas fiscais, de forma que os valores
exatos da venda aparecem apenas na via destinada ao adquirente.
Os crimes contra a ordem econômica do Capítulo II dessa lei tratam conjun-
tamente dos crimes contra as relações de consumo. Assim, os artigos 4º, 5º e 6º
referem-se às condutas lesivas à ordem econômica, enquanto que o artigo 7º às re-
lações de consumo.
No artigo 4º, inciso I, encontram-se as seguintes condutas:
a) abuso do poder econômico, com dominação do mercado ou eliminação
total ou parcial da concorrência, mediante:
1) ajuste ou acordo de empresas;
2) aquisição de acervos de empresas em cotas, ações, títulos ou direitos;
3) coalizão, incorporação, fusão ou integração de empresas;
4) concentração de ações, títulos, cotas ou direitos em poder de empresa,
empresas coligadas ou controladas ou pessoas físicas;
5) cessação parcial ou total das atividades da empresa;
6) impedimento à constituição, funcionamento ou desenvolvimento de
empresa concorrente.
Também no artigo 4°, inciso II, tem-se:
b) formação de acordo, convênio, ajuste ou aliança entre ofertantes visando:
1) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou produzidas;
2) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou grupo de
empresas;
3) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de distribuição ou
de fornecedores.
Os incisos III, IV, V, VI e VII, do mesmo artigo, dispõem:
c) discriminação de preços de bens ou de prestação de serviços por ajustes
ou acordo de grupo econômico, com o fim de estabelecer monopólio ou de
eliminar, total ou parcialmente, a concorrência.
d) açambarcamento, sonegação, destruição ou inutilização de bens de
produção ou de consumo, com o fim de estabelecer monopólio ou de
eliminar, total ou parcialmente, a concorrência.
e) provocação de oscilação de preços em detrimento de empresa concorrente
ou vendedor de matéria-prima, mediante ajuste ou acordo, ou por outro
meio fraudulento.
360
361
362
A Lei nº 8.078/90, no Título II, artigos 61 até 74, tipifica como infrações penais
as seguintes condutas:
a) omissão de dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade
de produtos, nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade;
b) omissão de comunicação à autoridade competente e aos consumidores a
nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior
à sua colocação no mercado:
c) omissão em retirar do mercado, imediatamente, quando determinado pela
autoridade competente, produtos nocivos ou perigosos;
d) execução de serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determi-
nação de autoridade competente;
e) afirmação falsa ou enganosa, ou omissão de informação relevante sobre
a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho,
durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços;
f) promoção de publicidade enganosa ou abusiva;
g) promoção de publicidade capaz de induzir o consumidor a se comportar de
forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança;
h) omissão na organização de dados fáticos, técnicos e científicos que dão base
à publicidade;
i) emprego, na reparação de produtos, de peça ou componentes de reposição
usados, sem autorização do consumidor;
j) utilização na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento
físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer
outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a
ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer;
k) Impedimento ou embaraço de acesso do consumidor às informações que
sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros;
I) omissão na imediata correção de informação sobre consumidor constante
de cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber
ser inexata:
m) omissão de entrega ao consumidor do termo de garantia adequadamente
preenchido e com especificação clara de seu conteúdo.
363
364
365
“vídeo-pôquer”, desde que detectado processo fraudulento que venha a lesar nú-
mero indeterminado de pessoas. (in Revista Justitia, Procuradoria Geral de Justiça
e Associação Paulista do Ministério Público, ano 52, vol. 152, out/dez/1990, p. 86).
Nesses casos, as sequências são programadas, de forma imutável, pela máqui-
na, não tendo o apostador a menor possibilidade de alterar os resultados sucessivos
de cada jogada, com ínfima possibilidade de formar qualquer jogo compensador.
Sintetizando, há que se ter em conta, para se deslocar a tipificação da contra-
venção penal para o crime de estelionato, a substituição da sorte pela fraude e, para
transmutação deste crime contra o patrimônio para a figura típica da Lei nº 1.521/51,
a lembrança de que nos crimes contra a economia popular não se tem em conta a
lesão ao patrimônio individual, nem visa proteger o patrimônio público, considera-
-se que a ofensa é dirigida, sobretudo, contra o patrimônio do povo, perturbando o
bem-estar social e o seu poder econômico, pelo assalto ganancioso dos infratores.
Com exceção dos artigos 279 e 281, já revogados, essas modalidades delitivas
estão previstas nos artigos 267 a 285 do Código Penal, a saber:
366
Estabelece a alínea “a” do artigo 7º, inciso IX, da Lei n° 8.137/90 que a venda,
depósito, exposição ou entrega de matéria prima ou mercadoria em condições im-
próprias ao consumo caracteriza crime.
Não se pode afirmar que a doutrina nacional tenha dado estatura autônoma
a um verdadeiro “Direito Penal do Trabalho”, muito embora notórias as violações
de conotação criminal, sob diversas naturezas, de que são pacientes a classe dos tra-
balhadores brasileiros. No entanto, essa nomenclatura vem sendo empregada pelos
penalistas europeus desde a primeira metade do século passado - “Diritto Penal dei
Lavoro” dos italianos, “Derecho Penal dei Trabajo” para os espanhóis ou o “Ar-
beitsstrafecht” segundo os germânicos - para designar essa derivação especial do
Direito do Trabalho tradicional.
O Direito Penal do Trabalho pode ser entendido como o ramo do ordenamen-
to jurídico que objetiva tutelar penalmente os direitos conferidos aos trabalhadores
em nível constitucional ou ordinário. No direito brasileiro encontramos essas cons-
truções típicas na legislação codificada e extravagante, a saber:
367
6. ESTELIONATO
368
criminalidade bárbara e esta outra engenhosa, a fraude, sob todos os mantos, nas
relações interpessoais. Do mesmo expoente mestre pátrio colhe-se que a sagacidade
dos negócios não se constitui em fraude juridicamente ponderável, sendo tolerada,
dentro de certos limites, em homenagem à segurança e estabilidade dos contratos,
havendo, pois, licença para aquela habitual astúcia pela qual se realiza o vulgarmen-
te dito “bom negócio”. O Direito, concluiu ele, nem sempre se apresenta coincidente
com a Moral.
Vários entes típicos previstos no artigo 171 do Código Penal trazem inegável
conteúdo de Direito Penal Econômico porque, quebrantando a boa fé nas relações
negociais, além de lesar o patrimônio privado, colocam ademais em perigo o bem
jurídico maior que é a ordem pública econômica, em especial, quando produzem
“grave prejuízo em interesses econômicos coletivos, como sucede com as grandes
fraudes financeiras e as quebras fraudulentas de sociedades mercantis de grande
importância”, nos seguintes termos:
a) disposição de coisa alheia como própria;
b) alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria;
c) defraudação de penhor;
d) fraude na entrega de coisa;
e) fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro;
f) fraude no pagamento por meio de cheque:
g) duplicata simulada.
7. CRIMES FISCAIS
O Direito Penal Tributário, ou Fiscal, ou, ainda, para alguns, Direito Penal Fi-
nanceiro, constitui-se, portanto, num ramo do Direito Penal Econômico que busca
tutelar não apenas o crédito do tesouro, “mas todo o complexo de realização dessa
política financeira informada pelo bem comum”.
Naturalmente nem todo ilícito tributário veste a moldura de um tipo penal.
Conforme exposição magistral de PAULO DE BARROS CARVALHO (Curso de
Direito Tributário, p. 346), “o comportamento violador do dever jurídico estabele-
cido em lei tributária pode revestir as características de meras infrações ou ilícitos
tributários, bem como de crimes, fiscais, dessa maneira definidos em preceitos da lei
penal”, isto porque, anota, “entre tais entidades existe uma distinção formal e, atrás
disso, uma grande diferença de regime jurídico, posto que os crimes fiscais estão
subordinados aos princípios, institutos e formas do Direito Penal, ao que as infra-
ções contidas em leis tributárias, de caráter não-criminal, sujeitam-se aos princípios
gerais do Direito Administrativo”.
Orienta EDAMAR OLIVEIRA ANDRADE FILHO (Dos Crimes Fazendá-
rios, Compêndio Teórico e Prático, p. 95) que “veiculada no bojo de normas que
buscavam criar mecanismos de proteção às relações de consumo, num período eco-
nômica e politicamente conturbado, veio a lume a Lei nº 8.137, de 27-12-1990, que
ao revogar a Lei nº 4.729/65, pretendeu, mais uma vez, reprimir a evasão tributária”.
369
370
9. CRIMES FALIMENTARES
371
372
l) advocacia administrativa;
m) violação de sigilo funcional;
n) crimes contra as finanças públicas (art. 359):
1) contratação de operação de crédito;
2) inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar;
3) assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura;
4) ordenação de despesa não autorizada;
5) prestação de garantia graciosa;
6) não cancelamento de restos a pagar;
7) aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou
legislatura;
8) oferta pública ou colocação de títulos no mercado sem criação ou
registro regulares.
373
374
12. RECEPTAÇÃO
A receptação apresenta-se como manutenção ou, pior, como segurança e agra-
vação de uma situação patrimonial ilícita, pois “acrescenta-se ao dano já efetuado,
pressupõe-no segundo o seu próprio conceito e coloca a coisa subtraída ainda mais
longe do poder de dispor por parte do dono”.
Merece ela tratamento legal no artigo 180 de nosso estatuto penal, com a des-
crição das figuras simples, qualificada, privilegiada e culposa.
375
376
377
378
379
380
381
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Nas questões de Polícia Judiciária, tudo o que não se inicia e não termina em
cartório pelas mãos do Escrivão de Polícia, simplesmente não existe. Essa assertiva
resume a importância do trabalho afeto ao ocupante desse nobre ofício, como suge-
re o lema da laboriosa classe sine notario nihil rerum in perpetuam memoriam, que do
latim se traduz sem o escrivão nada se perpetua.
Com efeito, não há como deixar de admitir que grande parte dos atos da fase
pré-processual da persecução penal é executada pelo Escrivão de Polícia, sem falar
das tarefas próprias da atividade de polícia administrativa que, em boa parte, tam-
bém lhe competem.
O Escrivão de Polícia é um técnico profissionalmente especializado. O produto
final do seu trabalho, o Inquérito Policial, elaborado sob a presidência da autorida-
de policial, com o concurso de outros servidores, é peça ímpar, cronologicamente
ordenada e concebida sob a égide da praxe forense.
Oportuno ressaltar, igualmente, o trabalho que o Escrivão de Polícia executa
na elaboração de processos administrativos, ocasião em que assume a condição de
secretário da unidade Processante Permanente ou Especial.
383
3.1 Autuação
3.2 Recebimento
É o termo em que o Escrivão de Polícia registra a entrega que lhe é feita em car-
tório, dos autos de inquérito, quando estes provêm de outra autoridade. (modelo 2)
3.3 Conclusão
3.4 Data
3.5 Certidão
384
3.6 Juntada
3.7 Desentranhamento
3.8 Remessa
Através desse termo o Escrivão de Polícia consigna, de forma a que fique com-
provado, o envio do inquérito a Juízo ou a outra autoridade policial.
Quando existirem armas ou quaisquer outros objetos que devam acompanhar
o feito, é imperioso fazer constar do termo de remessa essa circunstância, de manei-
ra discriminada. (modelo 9)
3.9 Apensamento
3.10 Vista
385
386
6. CONCLUSÃO
7. MODELOS
387
MODELO 1
AUTUAÇÃO
Aos ............ dias do mês de ............ do ano de ............, nesta cidade de ............,
em meu cartório, autuo ............., que adiante se segue ............. e, para constar, lavro
este termo. Eu, ............, Escrivão de Polícia que o digitei.
MODELO 2
RECEBIMENTO
Aos ............ dias do mês de ............ do ano de ............, foram-me entregues,
em cartório, os presentes autos, e para constar, lavrei este termo. Eu, ............, Escri-
vão de Polícia que o digitei.
MODELO 3
CONCLUSÃO
Aos ............ dias do mês de ............ do ano de ............, faço estes autos con-
clusos ao Dr. Delegado de Polícia desta unidade policial e, para constar, lavro este
termo. Eu, ............, Escrivão de Polícia que o digitei.
MODELO 4
DATA
Aos ............ dias do mês de .......... do ano de ............, recebi estes autos e, para
constar, fiz este termo. Eu, ............, Escrivão de Polícia que o digitei.
388
MODELO 5
CERTIDÃO
Certifico, em cumprimento à portaria (ou despacho) retro (ou supra) haver
.......... (declarar a natureza do ato praticado): intimado partes, notificado peritos,
expedido ofício, pesquisado laudos etc. O referido é verdade e dou fé.
..........(local), ............(data)
O Escrivão de Polícia, ............(assinatura)
MODELO 6
CERTIDÃO
..............(nome)...,Escrivão(ã) de Polícia, em exercício na Delegacia de Polícia
de......................., atendendo requerimento da parte interessada e em cumprimento
a despacho exarado pelo Sr.(a) Delegado(a) de Polícia,................
CERTIFICA, que verificando no Cartório a seu cargo, o arquivo de Boletins
de Ocorrência, encontrou o de nº......., sobre................., do seguinte teor: “........”.
Era o que continha o Boletim de Ocorrência acima referido e seu teor foi para aqui
fielmente transcrito. O referido é verdade,
__________________________
Escrivão de polícia
MODELO 8
DESENTRANHAMENTO
Aos ............dias do mês de.............. do ano de .............., em cumprimento ao
despacho retro (ou supra), desentranhei destes autos o (s) documento (s) de folha
(s)..............., para serem submetidos à competente perícia técnica. Para constar, la-
vrei este termo. Eu, ..............., Escrivão (a) de Polícia que digitei.
389
MODELO 9
REMESSA
Aos ............ dias do mês de ............ do ano de ............, faço remessa destes
autos ao ............ (destinatário: Fórum Criminal, Delegacia de Polícia, Institutos
Periciais etc.) e, para constar, lavro este termo. Eu, ............, Escrivão de Polícia que
o digitei.
MODELO 10
APENSAMENTO (nos autos principais)
Aos ............ dias do mês de ............ do ano de ............ em cumprimento do
despacho (supra ou retro), apenso a estes autos os autos de ............ (declarar a na-
tureza dos autos apensados) e, para constar, faço este termo. Eu, ............, Escrivão
de Polícia que o digitei.
MODELO 11
APENSAMENTO (nos autos apensados)
Aos ............ dias do mês de ............ do ano de ............, em cumprimento ao
despacho (supra ou retro), apenso estes autos ao inquérito policial em que figura
como indiciado ............ e, para constar, lavro termo. Eu, ............, Escrivão de Polí-
cia que o digitei.
MODELO 12
VISTA
Aos..........dias do mês de........................do ano de............, em cartório, faço
estes autos com vista ao acusado, na pessoa de seu advogado.......(nome e OAB) e,
para constar, lavro este termo. Eu,...............,Escrivão de Polícia que o digitei.
390
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
O sujeito ativo, nas infrações penais, é aquele que pratica a conduta descrita
na norma penal.
Em princípio, o sujeito ativo só pode ser o homem, ou seja, a criatura humana,
embora, na atualidade, exista, em algumas infrações penais, a possibilidade da pes-
soa jurídica ser considerada como sujeito ativo de certos ilícitos.
Estes comentários visam, preliminarmente, estabelecer a situação do ser hu-
mano como o autor de infração penal.
391
4. A IDENTIFICAÇÃO HUMANA
1 ALMEIDA JÚNIOR, A., Lições de Medicina Legal. 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nacional
de Direito, 1957, p.12.
2 ALMEIDA JÚNIOR, A., op. cit., p. 12.
392
Vários são os processos para a identificação do ser humano. Dentre estes, ape-
nas para referência, citam-se as mutilações, as marcas, as tatuagens, a fotografia, o
retrato falado, a antropometria e outras formas empíricas, como ausência de dentes.
Os processos de identificação mais utilizados pela Polícia Judiciária, com base
científica, são o da identificação datiloscópica e da identificação fotográfica.
A identificação datiloscópica, por meio de um procedimento simples, expedito
e com base segura, torna possível a identificação do ser humano.
Não sendo necessário, no âmbito deste trabalho, falar-se da história da dacti-
loscopia e de seu efetivo emprego em todo o mundo, é preciso estabelecer “desde o
início do século atual, Felix Pacheco (Rio) e Evaristo da Veiga (São Paulo), pleitea-
vam a adoção da dactiloscopia”3.
O procedimento da identificação datiloscópica, que utiliza o sistema de classi-
ficação de Vucetich, deve ser utilizado para a identificação do indiciado desde que
este não seja civilmente identificado, conforme disposição da Lei nº 12.037/09.
Muito embora o sistema de identificação se apresente como a forma mais ade-
quada e científica de indicação de autoria, prevalece a ideia de que a datiloscopia
representa um sério constrangimento ilegal.
O constituinte de 1988, pretendendo considerar como garantia do cidadão o
não constrangimento da identificação datiloscópica, fixou no inciso LVIII, do artigo
5º da Constituição Federal, como princípio que “o civilmente identificado não será
submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei”.
O legislador ordinário, dando cumprimento à norma constitucional que veda
a identificação criminal a quem for identificado civilmente, adota, com a Lei nº
12.037/09, regras proibitivas da identificação criminal, reconhecendo que a identifi-
cação civil é atestada por certos documentos públicos.
393
4 A regra estabelecida na Lei nº 12.037/09 é de que o civilmente identificado não será submetido
a identificação criminal. Os documentos referidos no texto são aqueles indicados no artigo 2º da lei ora
objeto de comentário.
5 Artigo 2º da Lei nº 12.037/09.
6 A situação descrita está definida no inciso IV do artigo 3º da Lei nº 12.037/09.
394
5. O INDICIAMENTO
5.1 Conceito
O indiciamento constitui ato utilizado pela Polícia Judiciária para a identifica-
ção criminal do autor de um ilícito penal.
Reconhecendo-se como indispensável para a apuração do fato criminoso a
identificação de seu autor, compete à Polícia Judiciária estabelecer distinção entre
o mero suspeito e aquele a quem é atribuída a ação delituosa, no caso o indiciado.
No desenrolar das investigações, a autoridade policial necessita realizar uma
tarefa especial para atribuir a alguém a qualidade de indiciado.
Essa certeza na indicação não sofre grandes dificuldades quando o conheci-
mento da infração penal é levado à autoridade policial através da prisão em flagrante.
Tratando-se de fatos nos quais necessário se faça, para a indicação do autor, a
realização de investigação, é, na tramitação do Inquérito Policial, que surgindo os
elementos que indicam a autoria, deverá ocorrer o indiciamento, que não deve ser
um ato arbitrário, mas legítimo do poder do estado.
Não constitui, como muitos doutrinadores pretendem, constrangimento ilegal
ser o suspeito transformado em indiciado, havendo elementos indicativos de sua
participação nos fatos delituosos.
Oportuna a distinção que estabelecia o Prof. José Frederico Marques, no bojo
do Projeto de Lei nº 633/75, que trata da reforma do Código de Processo Penal,
a respeito de réu, acusado, suspeito e indiciado, em capítulos próprios do projeto
referido, nos seguintes termos:
“Art.105 - Antes de proposta ação penal, denomina-se suspeito aquele a
quem se possa atribuir a prática da infração penal; e indiciado, o que desta
seja o provável autor”.
395
5.3 Conteúdo
6. CONCLUSÃO
7. MODELOS
396
Cls.
_________________________
Delegado(a) de Polícia
397
Cls.
_________________________
Delegado(a) de Polícia
1. Dispõe o artigo 109 do ECA o que segue: “O adolescente civilmente identificado não será submetido à
identificação compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação,
havendo dúvida fundada.”
2. Portaria DGP-23, de 28 de junho de 2004, reza em seu artigo 4º: “Presente, por qualquer motivo, em
unidade da Polícia Civil adolescente ou ex-adolescente (em faixa etária compatível de execução de medida
sócio-educativa) sobre a qual recaia dúvida acerca da existência de mandado judicial de internação provisória
ou definitiva a cumprir, deverá a Autoridade Policial, pelo meio de comunicação mais célere, solicitar a
confirmação da existência e validade da ordem de privação de liberdade à Divisão de Capturas/DIRD.”
398
Cls.
Identifique-se o indiciado___________________________________________
____________________________________________, RG ___________________,
que, por ser portador de cédula de identidade, fica dispensado de ter colhidas suas indi-
viduais datiloscópicas, requisitando-se sua folha de antecedentes.
_________________________
Delegado(a) de Polícia
399
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Inicialmente, há de se destacar que os livros se destinam, quaisquer que sejam
suas formas, a perpetuar, através da imutabilidade, os fatos objeto dos seus registros.
Daí a razão, a despeito do advento da Informática, do livro continuar sendo indis-
pensável aos trabalhos afetos a uma repartição pública, em especial a uma Delegacia
de Polícia. A instauração de um Inquérito Policial, por exemplo, só se consuma,
efetivamente, depois de feito seu registro formal no livro respectivo.
Os livros obrigatórios de uma Delegacia de Polícia devem ser escriturados por
Escrivão de Polícia ou sob sua orientação, fiscalização e responsabilidade.
401
3. LIVROS OBRIGATÓRIOS
402
4. LIVROS FACULTATIVOS
403
O livro deve conter o registro dos dados básicos das ocorrências de menor
potencial ofensivo, nos moldes daqueles lançados no Livro de Registro de Inqué-
ritos Policiais. Os nomes do autor, vítimas e testemunhas, constantes dos Termos
Circunstanciados de Ocorrência, deverão figurar no respectivo índice onomástico.
Destina-se esse livro ao registro das fianças exibidas, de cujo termo, já par-
cialmente impresso, deve ser extraída certidão para instruir o respectivo feito. Sua
obrigatoriedade decorre de mandamento constante do artigo 329 do Código de Pro-
cesso Penal.
Vem com suas folhas parcialmente impressas, servindo para o registro, em or-
dem cronológica, de todas as ocorrências atendidas e sobre as quais tenham sido
lavrados boletins. O registro será feito com o preenchimento de todos os dados prin-
cipais, conforme os campos existentes, tais como número de ordem, data, nature-
za da ocorrência, nome da(s) vítima(s), nome do(s) indiciado(s) e se foi, ou não
instaurado inquérito policial, lavrado auto de prisão em flagrante delito ou termo
circunstanciado de ocorrência.
Também serão apostos os nomes dos componentes das equipes que se re-
vezam no plantão. Ao final do turno será feito o resumo das atividades, deven-
do ser consignado o material, v.g., viatura(s), colete(s), arma(s), etc, que será(ão)
transferido(s) à equipe que assume. Desse resumo, extraem-se cópias para remessa
aos escalões superiores.
404
Este livro foi concebido para registrar os inquéritos policiais e termos circuns-
tanciados de ocorrência devolvidos com pedidos de diligências (cotas).
Neste livro, são registrados os feitos quando de sua instauração, para poste-
rior distribuição aos Escrivães de Polícia, mediante carga. Trata-se de livro do tipo
ata, devidamente adaptado, devendo ser utilizada uma linha para cada registro. O
lançamento será feito concomitantemente com o Livro de Registro de Inquéritos
Policiais, com índice, com o mesmo número sequencial, incluindo-se os feitos oriun-
dos de outras unidades.
405
São lavradas atas descritivas das visitas e do que foi constatado nas correições,
ordinárias ou extraordinárias, feitas nas dependências subordinadas. Desses termos
devem ser extraídas certidões para posterior remessa ao órgão hierarquicamente
superior.
Vale lembrar que as correições, regulamentadas pela Resolução SSP-46, de
21-12-70, se realizam semestralmente, quando ordinárias, anunciadas através de edi-
tal, com a devida publicidade.
406
5.22 Livro de Registro de Ponto para Funcionários Públicos de Carreiras não Policiais
Destina-se ao registro do comparecimento do funcionário público em exercí-
cio na Unidade Policial, designados de burocráticos, devendo registrar data, entrada
e saída para o efeito de atentar a frequência ao trabalho.
407
6. CONCLUSÃO
Pelo que aqui ficou demonstrado, pode-se concluir que a atividade policial,
pelas suas características, não pode dispensar o uso do livro oficial. O registro dos
atos de Polícia Judiciária e, também, das providências de caráter administrativo,
necessitam ser feitas de forma indelével, com simplicidade e eficiência.
Todavia, há de se destacar que os recursos de informática, que a Polícia Civil já
se utiliza em larga escala, poderão ser de grande valia nesse campo.
408
Decreta:
409
Fixa o rol de livros obrigatórios nas Unidades da Polícia Civil, nos termos do
Decreto Estadual 54.750, de 8-9-2009, e dá providências correlatas
410
411
MODELO 1
TERMO DE ABERTURA
_________________________
Delegado(a) de Polícia Titular
412
MODELO 2
TERMO DE ENCERRAMENTO
_________________________
Delegado(a) de Polícia Titular
413
MODELO 3
414
415
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
417
Os tipos penais definidos como “crimes contra a fauna”, previstos nos ar-
tigos 29 a 35 da Lei nº 9.605/98, tem como objeto a proteção do “conjunto de
animais próprios de uma região”, fixando, a norma penal, a defesa da “fauna
silvestre”.
Consideram-se espécimes de fauna silvestre, de acordo com o § 3º do artigo
29, “todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras,
aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo
dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras”,
A Polícia Judiciária, referente ao capítulo dos Crimes contra a Fauna, que
descreve dezessete tipos criminais, deve levar em conta a natureza da infração penal.
Dessa forma, os crimes cujas sanções penais não sejam superiores a dois anos
e as contravenções penais (Lei nº. 9.099/95 c/c Lei nº 10.259/01) por serem classifi-
cados como infrações penais de “menor potencial ofensivo”, devem ser apurados
por procedimento denominado “Termo Circunstanciado”, conforme disposição da
legislação que criou e instituiu o Juizado Especial Criminal.
As infrações penais deste capítulo que têm penas superiores a dois anos são
apuradas por meio de Inquérito Policial, conforme disposição processual penal.
418
único, art. 34; Pesca com utilização de explosivos ou substâncias tóxicas ou outro
meio proibido, artº 35; Crimes relacionados à pesca de toda espécie de cetáceos – Lei
nº 7.643, de 18 de dezembro de 1987.
Deve-se acrescentar, para efeito de aplicação das normas relacionadas às in-
frações contra à fauna, que o artigo 36 define o que é considerado pesca em suas
múltiplas atividades como sendo “todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apa-
nhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos de peixes, crustáceos, moluscos e
vegetais hidróbios suscetíveis ou não de aproveitamento econômico”.
419
São infrações penais dessa espécie definidos na lei de crime contra o meio am-
biente e no Código Penal:
Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente.- artº 38;
Cortar árvores em floresta de preservação permanente – art. 39; Danificar direta ou
indiretamente Unidades de Conservação – art. 40; Provocar incêndio em mata ou
floresta – art. 41; Fabricar, vender, transportar ou soltar balões – art. 42; Causar
incêndio, expondo a perigo a viga, a integridade física ou patrimônio de outrem – se
o incêndio é em lavoura, pastagem mata ou floresta - art. 250 do Código Penal.
420
O artigo 54 da Lei nº 9.605/98 define o crime de poluição nos seguintes termos:
“Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, ou o que provoquem a mortalidade de animais
ou a destruição significativa da flora”.
O dispositivo ora objeto de comentário visa sancionar a provocação de polui-
ção de qualquer natureza que, em níveis elevados, resultam ou possam resultar em
421
422
423
424
425
Os delitos descritos nos artigos 68 e 69 podem ser praticados, por serem classi-
ficados como comuns, por qualquer pessoa, inclusive por funcionário público.
No artigo 68, o autor Passos de Freitas, em sua obra já citada, comentando
esse dispositivo, faz uma advertência a respeito do tipo delituoso que serve, efetiva-
mente, para a investigação criminal a cargo da polícia judiciária.
O artigo 68 admite a modalidade culposa, cuja pena é de três meses a um ano,
sem prejuízo da multa.
Referentemente ao artigo 69, pode-se acrescentar que esta modalidade de de-
lito tem o seu momento consumativo com a ação de obstar ou dificultar a fiscaliza-
ção podendo ocorrer com simples omissão.
A apuração se faz com inquérito policial, excepcionando-se na hipótese de
tratar-se de delito culposo, quando o rito procedimental é o previsto na Lei nº
9.099/95.
Os vetos a dispositivos do projeto de lei que deu origem à Lei nº 9.605/98 man-
tiveram preceitos penais relativos ao meio ambiente que estão descritos em legisla-
ções esparsas, inclusive no Código Penal.
Dada a relevância de certas disposições, especialmente as contravenções penais
relativas à defesa da flora e à poluição, este capítulo pretende apresentar, de forma
bastante simplificada, os tipos penais descritos em legislações esparsas e que não
foram revogados pela lei de crimes ambientais.
O Código Penal, em diversos dispositivos, trata, subsidiariamente, de crimes
que podem envolver fatos relacionados ao meio ambiente.
Os tipos referidos estão descritos nos artigos 163, 164, 250, 251, 252, 253, 254,
256, 270 e 271, não necessitando de comentários específicos a respeito em razão de
ampla bibliografia e obras especializadas de doutrinadores.
Com o objetivo de, apenas, especificar a natureza das infrações penais quanto
à forma de investigação criminal, este comentário apresenta classificação a respeito
dos atos de Polícia Judiciária.
São indicadas infrações penais denominadas de menor potencial ofensivo e,
portanto, apuradas, em princípio, por termo circunstanciado as seguintes:
426
9. CONCLUSÃO
427
428
1. CONCEITO
1 Cf. De Plácido e Silva, Vocabulário Jurídico, 11ª edição, Rio de Janeiro, Forense, 1989, p.88.
2 Cf. Alexandre de Moraes, Direitos Humanos Fundamentais, São Paulo, Atlas, 1997, p. 39.
3 Cf. Unesco, Les dimensions internationales des droits de l’homme, 1978, p. 11.
4 Cf. Maurice Cranston, O que são os Direitos Humanos, Difel, Difusão Editorial S/A, São
Paulo, Rio de Janeiro, 1979, p.1.
429
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
5 Cf. Thomas Hobbes, Leviatã, tradução João Paulo Monteiro e Mana Vizza da Silva,Abril
Cultural,1979, p. 75.
6 Cf. Thomas Hobbes, op. cit.,p. 75.
7 Cf. John Locke, Segundo Tratado sobre o Governo, Abril Cultural, São Paulo, 1983.
430
2.2 Inglaterra
431
2.4 França
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, decorrente da Revo-
lução Francesa, proclamou como direitos naturais e imprescritíveis, a liberdade, a
propriedade, a segurança e a resistência à opressão, negando o estado de coisas que
vigorava sob o domínio da realeza.
Guilherme José de Mattos, a propósito, observa que “a Declaração dos Direi-
tos do Homem e do Cidadão, de 1789, é oriunda da Revolução Francesa”, tendo
sido “preparada pelos escritos dos Enciclopedistas e dos filósofos Voltaire, Montes-
quieu e Rousseau. Representa o grito dos povos oprimidos pela tirania dos reis, um
dos quais Luiz XIV, cognominado o Rei Sol, que entendia estar investido do direito
divino, como se fosse um Deus na Terra. Aliás, chegou a dizer que era o próprio
Estado, com esta sua frase: L’État c’est moi, o Estado sou eu”.13
Os constituintes de 1789, antes de estabelecerem o Governo da França sobre no-
vas bases, decidiram fazer uma declaração solene de direitos “naturais, inalienáveis e
sagrados” do homem, objetivando prevenir, definitivamente, a volta do despotismo.
Com semelhante declaração, os constituintes, além de proteger os indivíduos,
impuseram uma limitação absoluta aos poderes do Estado.
Inspirada pelos fisiocratas e pelos jusnaturalistas, a declaração francesa admi-
tia a existência de certos princípios anteriores e imutáveis, que se impõem aos povos
em todos os tempos, e que deveriam estar sempre diante dos olhos do povo, servindo
de guia aos legisladores e de salvaguarda dos cidadãos.
Guilherme José de Mattos, nesse sentido, ensina que “o direito natural é o
que vem do céu. Está entre nós, dentro de nós. Sendo criação de Deus, é anterior
ao Estado; logo também ao homem, que é filho de Deus, é anterior ao Estado. Daí
porque o direito positivo, criação do homem, existe para amparar os princípios do
direito natural. Assim é que, na Declaração Universal dos Direitos do Homem, es-
tão relacionados o direito à vida, à liberdade, à propriedade, à segurança pessoal ao
trabalho e ao salário justo, além de outros”.14
432
15 Cf. John Locke, Segundo Tratado sobre o Governo, op. cit., 1983.
16 Cf. Heleno Cláudio Fragoso, Direito Penal e Direitos Humanos, 1ª ed, Forense, Rio de Janei-
ro, 1977, p.120.
17 Cf. Maria Carolina Milani Caldas, et al, op.cit., p. 73.
18 Cf. Maria Carolina Milani Caldas, et al, op.cit., p. 73.
19 Cf. Maria Carolina Milani Caldas, et al, op.cit., p. 73 e p. 74.
433
20 Cf. Heleno Cláudio Fragoso, op. cit., p.120 e Maria Carolina Milani Caldas et al, op. cit., p. 74.
21 Cf. Guilherme José de Mattos, op. cit., p. 15
22 Cf. Heleno Cláudio Fragoso, op.cit., p. 120.
23 Cf. João Francisco Crusca, op. cit., p. 37.
24 Cf. João Francisco Crusca, op. cit., p. 38.
25 Cf. Heleno Cláudio Fragoso, op. cit., p. 120.
434
26 Cf. Eduardo Muylaert Antunes, Natureza Jurídica da Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos, RT 446/29.
27 Cf. Guilherme José de Mattos, op. cit., p.15.
28 Cf. Guilherme José de Mattos, op. cit., p.15.
435
436
36 Cf. Antônio Augusto Cançado Trindade, apresentando o livro Direitos Humanos e o Direito
Constitucional Internacional, de Flávia Piovesan, Max Limonad, 2ª ed., p. 21 e 22.
37 Cf. Milton da Silva Ângelo, op. cit., pp. 18, 19 e 20.
437
438
As regras mínimas, a seguir elencadas, e que poderão ter seu estudo ampliado
através de obras mais alentadas que o presente trabalho, sintetizam os esforços e
esperanças de que é possível a ressocialização do preso aproximando-o mais rapida-
mente da sociedade da qual se desviou.
Assim, o preso tem, dentre outros, direito a:
a) registro;
b) separação por categorias;
c) locais especialmente destinados à execução da pena;
d) higiene pessoal;
e) roupas e cama;
f) alimentação;
g) exercícios físicos;
h) serviços médicos;
i) disciplina e sanções;
j) direito de informação e de queixa;
k) contato com o mundo exterior;
l) biblioteca;
m) religião;
n) depósito de objetos pessoais;
o) notificação de falecimento, enfermidade e transferências;
p) inspeção.
Diversas normas internacionais vedam abusos que podem ser cometidos du-
rante o algemamento de pessoas, que, no Brasil, é previsto pelo art. 284 do CPP.
Nesse sentido, o artigo 31 das Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos,
da Organização das Nações Unidas.
Identicamente, segundo o magistério de Sergio Marcos de Moraes Pitombo,
vejam-se: “art. 5º da Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948; art.
3º das Quatro Convenções de Genebra, de 1949 e, também, o art. 99 da Terceira
Convenção; art. 7º do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, de 1966;
439
39 Cf. Sérgio Marcos de Moraes Pitombo, Inquérito Policial-Novas Tendências, Cejup, p. 90.
40 Cf. Nações Unidas, Regras de Tóquio-Comentários às Regras Mínimas das Nações Unidas
sobre as Medidas Não-Privativas de Liberdade, tradução de Damásio E. de Jesus, Edições Paloma, Com-
plexo Jurídico Damásio de Jesus, 1998.
440
Muito embora restrita à cidadania inglesa, a Bill of Rights, acabou por refletir-
se na Declaração de Virgínia, de 1776, estendendo seus efeitos aos cidadãos ingleses
e seus descendentes residentes na América, sendo, finalmente, assimilada pela De-
claração dos Direitos do Homem e do Cidadão, votada pela Assembleia Nacional,
durante a Revolução Francesa.
Portentosa construção ideológica, a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão resultou dos esforços intelectuais do filósofo e humanista Thomas Paine
(1737-1809), que doutrinava que cada época e cada geração devem agir em conjunto,
estabelecendo sua própria ordem política e social, principalmente nos aspectos ati-
nentes aos direitos humanos à vida, à educação, e ao usufruto da riqueza da Nação.
Nesse sentido, é preciso recordar que eles jamais sobreviverão se a sociedade não
buscar apoio na instituição policial, conforme interpretação que se extrai da leitura
do artigo 12 do diploma revolucionário, votado pela Assembleia Nacional francesa.
441
15. CONCLUSÃO
Não obstante, os governantes não podem se esquecer que a Polícia Civil cons-
titui eficiente instrumento de controle social e de proteção dos direitos humanos
fundamentais e, portanto, indispensável aos objetivos perseguidos pela democracia.
Aliás, nunca é demais lembrar que a Assembleia Nacional revolucionária, reconhe-
cendo a necessidade da instituição policial como órgão permanente do Estado apro-
vou o artigo 12, da sua histórica declaração, nos seguintes termos “a garantia dos
direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública: esta força é, pois,
instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem
é confiada”.41
41 Cf. Carlos Alberto Marchi de Queiroz, Direitos Humanos e Polícia Civil. Informativo Adpesp,
nº 42, janeiro de 1999, pp. 25 e 26.
442
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Acidente do trabalho, definido pela Lei n° 8.213/91, é aquele que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço do empregador, provocando lesão corporal ou per-
turbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução permanente ou tempo-
rária, da capacidade para o trabalho.
Embora possa parecer que acidente no trabalho e acidente do trabalho sejam
idênticos, na realidade não o são. O primeiro é todo e qualquer acidente com le-
sões de pessoas, ou não, no local do trabalho, v.g. uma caixa que cai é acidente no
trabalho, mesmo não causando qualquer dano. O segundo é o acidente que ocorre
pelo exercício do trabalho, a serviço do empregador ou no trajeto de ida e volta do
emprego, provocando lesão corporal, perturbação funcional, doença que cause a
morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
2. FATORES DE IMPORTÂNCIA
443
Dados gerais sobre acidentes do trabalho indicam que fatores humanos, como
a ignorância, a inobservância de regras de segurança e fadiga são responsáveis por
80% dos acidentes e somente 18% podem ser atribuídos às causas materiais, reser-
vando-se os 2% aos fenômenos naturais.
Além do aspecto da personalidade, verifica-se que existem indivíduos biologi
camente predispostos ao acidente. A idade, o sexo, o estado de saúde, são elementos
que influenciam nessa predisposição, pois os menores e as pessoas idosas são mais
sujeitas a acidentes.
Sabe-se que a capacidade física da mulher é distinta à do homem, tornando-a,
por vezes, mais propensa à fadiga e à enfermidade.
Deve ser lembrado, contudo, que as características físicas e os traços de perso-
nalidade sempre atuam conjuntamente na pessoa para a mensuração de sua influên-
cia na ocorrência de acidentes.
Destarte, a predisposição para o infortúnio só pode ser verificada individual
mente, mediante exames específicos, variando conforme a natureza do trabalho
executado.
4. HIGIENE DO TRABALHO
A higiene do trabalho compreende uma série de princípios e normas, cujos
objetivos são a orientação profissional, o ensino pré-profissional, a instrução espe-
cializada, a melhoria das condições do trabalho, os socorros adequados e imediatos,
a recuperação do policial acidentado e a educação preventiva.
Considerando-se que a higiene tem papel essencialmente preventivo, parece
contraditório fazer referência a socorro e recuperação de empregados acidentados
dentro deste título. Todavia, o cuidado imediato de um ferimento, como sua desin-
fecção tem caráter preventivo, visando a não agravação de suas consequências.
444
5. SEGURANÇA DO TRABALHO
6. PREVENÇÃO DE ACIDENTES
445
446
Deve-se salientar que para ter direito ao valor do sinistro, é indispensável que
o policial, por ocasião do acidente, esteja em horário de trabalho, devidamente com-
provado pela escala de plantão.
A partir de 2006, a Companhia de Seguros concordou em considerar como
acidente de trabalho do policial, o trajeto de casa ao trabalho e vice-versa, isto é, o
chamado acidente “In Itinere”.
O Decreto n° 28.180/97, por sua vez, determina que o acidente de trabalho será
apurado mediante sindicância interna.
A Portaria DGP- 9/97 institui as normas de apoio psicológico aos policiais
envolvidos em ações de alto potencial estressante.
A título de subsídio histórico, mister esclarecer que a Portaria DGP 33/97,
ainda em vigor, constituiu a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA,
que realizou profundos estudos a respeito da matéria.
Grupo de Prevenção de Acidentes do Trabalho foi instituído pela Portaria
DGP 19/98, para atuação na Delegacia de Polícia de Investigações sobre infrações
contra as Relações de Trabalho, contra a Organização Sindical e Acidentes do Tra-
balho, atualmente pertencente à estrutura do Departamento de Polícia de Proteção
à Cidadania-DPPC.
Referida portaria deixou expressamente consignado, a proteção do policial
que venha a sofrer acidente no trajeto de casa ao trabalho e vice-versa, o chamado
acidente de trabalho “in itinere”.
O Decreto n° 29.180/88 instituiu o regulamento de perícias médicas referentes
aos funcionários, servidores e candidatos a cargos ou funções públicas.
Percebe-se por meio dos sentidos uma série de eventos como, por exemplo, a
queda de uma pessoa da escada, rolando até o último degrau, sofrendo graves feri-
mentos. Sabe-se que a pessoa caiu porque a visão nos permite tal percepção, sendo
que o acidente poderia ter sido evitado se o óleo derramado nos degraus fosse obser-
vado, visto que tal circunstância certamente causaria escorregões e tombos. Desse
modo, ainda que não se presenciasse qualquer acidente, este poderia ser previsto e
evitadas suas consequências.
Assim, pode-se dizer que causa de acidente é qualquer fator que o preceda e,
caso removido, evitaria o sinistro.
As causas de acidente de trabalho dividem-se em dois grupos: imprevisíveis e
previsíveis, a saber:
São aquelas que não podem ser afastadas pela vontade do homem, como um
vendaval que arremessa um objeto contra um policial que se dirigia para sua casa
em seu horário de almoço.
447
São aquelas que podem ser afastadas com a observância de cuidados ou provi-
dências. No exemplo do óleo derramado na escada, o mesmo poderia ter sido limpo
e, assim deixar de ser causa de um acidente.
As causas previsíveis correspondem à grande maioria dos acidentes, e isso de-
monstra o quanto se pode fazer para evitá-los.
Dentre as causas previsíveis destacam-se duas grandes classes: atos inseguros
e condições inseguras.
Ato Inseguro é o comportamento capaz de provocar dano ao funcionário, a
terceiros ou ao equipamento por ele utilizado, a saber:
a) Ato inseguro de ordem psíquica
É aquele decorrente de ações relacionadas à ausência do dever de cuidado
(imprudência, negligência ou imperícia), exigido de pessoa de percepção
mediana, sobretudo do policial que mesmo tendo consciência do perigo
arrisca-se. É o que se verifica com aqueles que não se preocupam com a
manutenção de sua viatura, de suas armas e algemas, ou ainda os que não
possuem habilidade ou destreza na execução do serviço.
b) Ato inseguro de ordem fisiológica
É o resultante do desgaste natural do organismo humano, pois a idade
avançada torna o policial propenso a sofrer acidentes. Doenças como a hi-
pertensão arterial, varizes, hérnias, distensões e esgotamento nervoso, entre
outras, podem dar causa ao infortúnio, tornando-se parte do cotidiano.
Por outro lado, as condições inseguras ocorrem quando há falha técnica no
ambiente ou no equipamento utilizado, v.g. a manutenção precária da viatura, im-
provisada pelo próprio policial.
448
449
É reconhecido oficialmente que das diversas agressões à saúde, uma das mais
explícitas, é o trabalho insalubre.
O trabalho insalubre, isto é, não saudável, é o que causa danos à saúde. Muitas
enfermidades estão diretamente relacionadas à insalubridade e outras são agravadas
pelas condições em que a atividade laboral é executada, possibilitando a visualiza-
ção do nexo causal entre trabalho e doença.
Os levantamentos bioestatísticos têm fundamental importância nesta área por-
que os efeitos da insalubridade são percebidos a longo prazo, pois o agente agressor,
de forma insidiosa, vai minando a resistência do organismo humano.
A CLT, em seu artigo 189, conceitua atividades insalubres como “aquelas que,
por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da nature-
za e da intensidade do agente e do tempo de exposição a seus efeitos”.
A fim de compensar as condições insalubres de trabalho, criou-se um adicional
específico, cabível apenas às atividades relacionadas pelo Ministério do Trabalho.
9.4 Estresse
450
451
452
ainda, referida portaria, que toda unidade policial deverá encaminhar ao Grupo
uma cópia do registro da ocorrência.
Ao GPA incumbirá coletar todos os registros sobre eventos infortunísticos
ocorridos no Estado; elaborar mapa estatístico; sugerir medidas que possam reduzir
os eventos típicos; encaminhar relatório à Delegacia Geral de Polícia; apontar os
pontos frágeis de determinada atividade policial no que diz respeito a ocorrência
acidentária e, finalmente, propor medidas preventivas ou corretivas para redução,
eliminação ou neutralização dos riscos.
Tanto a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), bem como o
Grupo de Prevenção de Acidentes (GPA), só existem formalmente, aguardando im-
plementação.
Informações estatísticas sobre métodos de segurança é de grande valia, prin-
cipalmente se ilustrada com fatos e fotografias, objetivando demonstrar sempre o
valor da prevenção.
Assim que instalada a CIPA, deve divulgar amplamente as datas de suas reu
niões e incentivar todo policial a delas participar, dando sua colaboração em prol
do bem estar de todos.
Campanhas, envolvendo todos os recursos educativos possíveis, seriam de
grande valor para o desenvolvimento de um bom programa de segurança no tra-
balho, pois, além de ser um meio eficaz, fornece conhecimentos sobre os riscos pró-
prios de sua função, despertando em todos consciência da prevenção de acidentes.
Muitas vezes, os policiais não seguem normas de segurança porque ignoram os
perigos que a execução de suas atividades pode acarretar, ou não avaliam os danos
que podem sofrer por negligência, imprudência e imperícia. Por outro lado, ou-
vem e repetem preconceitos e neles acreditam, desprezando as normas e esquecendo
mesmo o valor de sua saúde e de sua vida. Não percebem que, se ficarem inválidos,
diminuirão suas capacidades laborativas.
Uma campanha educativa, para que seja realmente boa e atinja seus objetivos
precisa ser completa. Não basta afixar cartazes, nem fazer palestras esporádicas,
mas conscientizar todos acerca do fim proposto.
453
A polícia, entre outras atribuições, tem uma finalidade social, pois visa garan-
tir a segurança pública. Composta por profissionais que podem se acidentar, provo-
cando seu afastamento do serviço e, consequentemente, uma lacuna na repartição,
raramente suprida, devido à falta de recursos humanos.
Vale dizer que a polícia será forte, construtiva, progressiva, produtiva, disposta
ao trabalho, na medida em que seus membros forem sadios, física e mentalmente.
Deve também, antes de tudo, o policial estar atento aos problemas relaciona-
dos com acidentes de trabalho, pois geralmente está na linha de frente e a mercê de
infortúnios, os quais poderiam ser evitados, se previstos.1
454
CAPÍTULO XX
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1 Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou
psicológico e dano moral ou patrimonial: I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o
espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente
agregadas; II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são
ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; III - em
qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, indepen-
dentemente de coabitação.Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de
orientação sexual.
455
a) de coabitação;
b) familiares com ou sem coabitação;
c) de afetividade, com ou sem habitação.
A violência doméstica contra a mulher tem tratamento diverso na aplicação da
Lei Maria da Penha, pois não mais se permite elaboração de termo circunstanciado
quando se tratar de crime. Diante disso, o Delegado de Polícia, se for o caso, poderá
lavrar auto de prisão em flagrante, instaurar inquérito policial por portaria, ou ape-
nas registrar o fato em boletim de ocorrência.
A lei enumera como violência doméstica as situações previstas em seu art. 7º.2
Nessa direção, após o Delegado de Polícia constatar a violência sofrida pela mulher,
verificará qual foi o ilícito, exercendo juízo de tipicidade sobre os fatos apresentados.
De acordo com a Lei nº 11.340/06, poderá o Delegado de Polícia defrontar-se
com os seguintes ilícitos penais:
2 I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degra-
dar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem,
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause preju-
ízo à saúde psicológica e à autodeterminação;III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta
que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimi-
dação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo,
a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio,
à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que
limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;IV - a violência patrimonial, entendida
como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos,
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluin-
do os destinados a satisfazer suas necessidades;V - a violência moral, entendida como qualquer conduta
que configure calúnia, difamação ou injúria.
456
457
458
459
A Lei nº. 11.340/2006 criou medidas protetivas de urgência, mas não as defi-
niu. Estabeleceu, em seu Capítulo II, Título IV, o procedimento a ser seguido, no
pedido, para eventual concessão pelo magistrado.
Os artigos 19 a 21 cuidam do procedimento judicial para a concessão de medi-
da protetiva, enquanto os artigos 22 e 23 exemplificam os vários tipos de providên-
cias, respectivamente, as que obrigam o ofensor e as de proteção urgente à ofendida.
Desta forma, conclui-se que as medidas protetivas de urgência, inéditas no
direito brasileiro, objetivam fazer cessar imediatamente a violência sofrida pela ví-
460
461
462
463
Cidade,..........de....................de 20.............
Ofício nº....................
BO nº........................
Inquérito Policial nº...................
Processo nº........... (se houver)
Vítima.......................................
Autor........................................
MM.JUIZ.
464
BO nº........................
Inquérito Policial nº...........(se houver)
Processo nº......................(se houver)
Vítima.......................................
Autor........................................
Autoridade:.............................
Solicitante:..............................
Escrivão(ã)..............................
465
466
ANEXO I
Termo de Ciência
Aos...dias do mês de...do ano de dois mil e...., na ...(Unidade Policial), nesta
cidade de ...., a(s) vítima(s) (e/0u seu representante legal)...., qualificada(s) (os) no
registro de ocorrência nº....(natureza:...), foi(ram) cientificada(s) (os) expressamente:
da eventual necessidade de representação, em virtude da natureza da infração,
a ser oferecida pessoalmente ou por procurador com poderes específicos, no prazo
improrrogável de seis (6) meses, a partir do conhecimento da autoria, após o que não
poderá mais exercer esse direito;
da importância de manter atualizado o seu endereço constante do registro po-
licial, bem como das demais pessoas apontadas (autor do fato e testemunhas);
dos direitos que lhe são assegurados pela Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006
(Lei Maria da Penha);
da rede de apoio atualmente disponível para o asseguramento de seus direitos,
conforme relação que se encontra afixada nesta unidade.
Recebi uma via do presente termo às...hs do dia....de.....de......
____________________________________
(assinaturas)
467
ANEXO II
468
469
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CAPÍTULO XXI
TRÂNSITO
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
471
472
Lote Lindeiro é aquele situado ao longo das vias urbanas ou rurais e que com
elas se limita.
Passagem de Nível é todo cruzamento de nível entre uma via e uma linha férrea
ou trilho de bonde com pista própria.
Passagem Subterrânea é obra de arte destinada à transposição de vias, em des-
nível subterrâneo, e ao uso de pedestres ou veículos.
Passarela é obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível aéreo, e
ao uso de pedestres.
Passeio é parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, sepa-
rado por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à
circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.
Perímetro Urbano é limite entre área urbana e área rural.
Pista é parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, iden-
tificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas,
ilhas ou aos canteiros centrais.
Placas são elementos colocados na posição vertical, fixados ao lado ou suspen-
sos sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente e, eventualmente,
variáveis, mediante símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas
como sinais de trânsito.
Ponte é a obra de construção civil destinada a ligar margens opostas de uma
superfície líquida qualquer.
Refúgio é a parte da via, devidamente sinalizada e protegida, destinada ao uso
de pedestres durante a travessia da mesma.
Retorno é o movimento de inversão total de sentido da direção original de
veículos.
Rodovia é a via rural pavimentada.
Sinais de Trânsito são elementos de sinalização viária que se utilizam de placas,
marcas viárias, equipamentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos
e gestos, destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e
pedestres.
Sinalização é o conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança co-
locados na via pública com o objetivo de garantir sua utilização adequada, possi-
bilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que
nela circulam.
Trânsito é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou
em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e
operação de carga ou descarga.
Transposição de Faixas é a passagem de um veículo de uma faixa demarcada
para outra.
Ultrapassagem é o movimento de passar à frente de outro veículo que se deslo-
ca no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitan-
do sair e retornar à faixa de origem.
Viaduto é a obra de construção civil destinada a transpor uma depressão de
terreno ou servir de passagem superior.
473
474
475
476
Via coletora é aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha ne-
cessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o
trânsito dentro das regiões da cidade.
Via local é aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas,
destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas.
Via rural é aquela que compreende as estradas e rodovias.
Via urbana é aquela que compreende ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e si-
milares, abertas à circulação pública, situadas na área urbana, caracterizadas prin-
cipalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão.
INFRAÇÕES
INFRAÇÕES PENAIS
ADMINISTRATIVAS
477
6. ACIDENTES DE TRÂNSITO
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479
480
Em caso de Invalidez
permanente ou reembolso
A própria vítima
de despesas de assistência
médica e suplementares
Locais de Atendimento
Os pontos de atendimento em todo o território nacional estão listados no site
www.dpvatseguro.com.br
481
7. CRIMES DE TRÂNSITO
O Código de Trânsito Brasileiro introduziu novos tipos penais para caracteri-
zar determinadas condutas do motorista quando da utilização de veículo automo-
tor nas vias públicas abertas à circulação, tratando de especializar figuras típicas,
antes tratadas de forma genérica pelo Código Penal. Nessa direção, segue quadro
demonstrativo dos crimes de trânsito e seus equivalentes pretéritos:
482
483
3 Conceito de veículo automotor: todo veículo a motor de propulsão que circule por seus pró-
prios meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária
de veículos utilizados para o transporte de pessoas ou coisas. O termo compreende os veículos conecta-
dos a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).
484
4 O art. 312 do CTB trata da inovação artificiosa, havendo, portanto, necessidade de verificação
da concorrência deste dispositivo penal (concurso material).
485
486
487
III - exame clínico com laudo conclusivo e firmado pelo médico examinador da Polícia
Judiciária2
488
489
Notas Relevantes:
490
Drogas Psicotrópicas
Fonte: CROCE, Delton; CROCE JÚNIOR, Delton. Manual de Medicina Legal. 3. Ed. São Paulo: Saraiva, 1996.
O tipo penal exige que da conduta resulte dano potencial à incolumidade pú-
blica ou privada, a ser aferida no caso concreto, prevendo o concurso de dois ou
mais condutores.
491
492
493
Tabela de Correspondência
494
495
496
CAPÍTULO XXII
CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA
E IRREGULARIDADES EM MEDICAMENTOS
E SUBSTÂNCIAS ALIMENTÍCIAS
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Os crimes contra a saúde pública estão previstos nos artigos 267 a 285 do Có-
digo Penal, com as alterações introduzidas pelas Leis nºs. 9.677/98 e 9.695/98.
A primeira Lei n° 9.677/98 nasceu com imprecisões técnicas nos textos, mor-
mente, nos mandamentos enunciativos da lei. Não bastasse isso, a forma escolhida
que sequenciou os parágrafos do artigo 273, por números e letras, afastou-se com-
pletamente da técnica legislativa brasileira.
A segunda Lei nº 9.695/98, cujo objetivo maior foi qualificar o crime de falsifi-
cação de remédios como hediondo, porque não estava explícito na anterior, foi alvo
de críticas, pois as condutas de maior ou menor gravidade tiveram tratamento seme-
lhante, bem como por não ter contemplado o artigo 272, que trata da falsificação,
corrupção, adulteração de substância ou produtos alimentícios, como hediondo.
2. ASPECTOS LEGISLATIVOS
A Lei n° 9.677/98, entretanto, por cerca de 1 (um) mês e 18 (dezoito) dias, foi
alvo de críticas exacerbadas dos lidadores do Direito para que o legislador aparasse
suas imperfeições técnicas, no que foram atendidos, surgindo assim, a Lei 9.695/98
para complementá-la.
A Lei 9.695/98 delimitou o que deveria ser considerado hediondo, restringiu
o campo de incidência da hediondez. Vale dizer, com o advento da Lei n° 9.695/98
considera-se crime hediondo apenas o artigo 273, seus parágrafos e incisos, exceto a
forma culposa, ou seja, a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de pro-
duto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
Ressalte-se que tais instrumentos vieram a lume somente após a descoberta de
falsificações em medicamentos, notadamente os episódios envolvendo, v.g., pílulas
anticoncepcionais inócuas, bem como nos óbitos, ocorridos por causa de remédio
497
3. SUJEITOS DO DELITO
O sujeito passivo dos crimes contra a saúde pública é a coletividade. Quanto
ao sujeito ativo, qualquer pessoa pode cometer o crime, entretanto, na maioria das
vezes, é um industrial, agricultor ou comerciante.
Quanto à empresa, convém ressaltar, que já existem defensores de que a nova
legislação deixou passar ao largo excelente oportunidade de trazer em seu bojo a
responsabilidade penal da pessoa jurídica, contrariando o axioma clássico do so-
cietas delinquere non potest, a teor do adotado na lei ambiental, que dispõe sobre as
sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, sob o argumento de uma forma eficaz de obrigar diretores das empre-
sas a fiscalizarem eles próprios mais rigorosamente seus produtos, uma vez que, os
crimes contra a ordem econômica e a Constituição Federal, no capítulo destinado
ao assunto, preconizam a possibilidade de responsabilizar-se a pessoa jurídica, sem
prejuízo da individual dos dirigentes, sujeitando-a às punições compatíveis com sua
natureza. Entretanto, necessário trazer a lume que há profissionais do Direito acoi-
mando de inconstitucional a responsabilidade penal objetiva das pessoas jurídicas,
estribado no argumento do preceituado no artigo 5°, inc. XLV, da Carta Federal.
4. POLÍCIA JUDICIÁRIA
A Polícia Civil do Estado de São Paulo, através de profissionais competen-
tes e responsáveis, Delegados de Polícia e auxiliares, têm dado sua contribuição à
sociedade, investigando, esclarecendo e responsabilizando os indigitados nos casos
de denúncias de falsificação dos medicamentos Em razão dessa atuação da polícia
judiciária, evidenciou-se que são fraudados, principalmente os medicamentos mais
consumidos e de preferência mais caros, como exemplo os antibióticos, inclusive
de 100 remédios falsos, 30 são antibióticos. As formas criminais de falsificação de
medicamentos que mais ocorrem são:
a) produtos que não produzem nenhum efeito contra a doença que dizem
tratar de remédios como medicamentos feitos a partir de água e farinha; ou
com dosagem de substância ativa menor do que informa a bula;
b) remédios com a substância ativa na quantidade correta, mas fabricados em
laboratórios clandestinos sem nenhuma higiene e qualidade;
c) amostras grátis dos propagandistas chegam às mãos dos falsários, e mesmo
com a validade vencida, são reaproveitadas. Muitas vezes são reembaladas
ou só são raspadas as numerações de lote, data de fabricação e prazo de
validade em laboratórios improvisados sem nenhuma higiene.
498
499
5.4 Contraprova
6. ASSESSORAMENTOS POSSÍVEIS
500
7. LOCAIS DE EXAME
Nos casos de intoxicação, pode ser coletado material biológico como urina,
fezes e vômito das pessoas contaminadas, para análise laboratorial.
Geralmente os exames laboratoriais de substâncias alimentícias ou medicinais
são realizados pelo Instituto Adolfo Lutz que, além de examinar seu aspecto exter-
no, odor, cor e sabor, procede à análise das características físicas, químicas e micro-
biológicas da amostra.
Contudo, isso não poderá ser feito quando a amostra for inadequadamen-
te coletada e transportada ou seu lacre estiver violado. Nessa hipótese, o Instituto
limitar-se-á a emitir parecer sobre as alterações externas que a substância apresentar
em seu aspecto, cor e sabor.
Nos casos de irregularidades em inseticidas, ou fertilizantes, o laudo é costu-
meiramente emitido pelo Instituto Biológico.
O exame em animais pode ser realizado pelo Instituto de Zoonoses, em São
Paulo.
O artigo 267 do Código Penal trata do crime de epidemia que resulta da pro-
pagação intencional de germes patogênicos como a varíola, a hepatite, AIDS etc.
Lembre-se que, se em razão da epidemia ocorrer a morte (§ 1º do artigo), o crime é
considerado hediondo (artigo 1º, II, da Lei nº 8.072/90, com a redação determinada
pela Lei nº 8.930/94).
Com referência ao artigo 268 do Código Penal, que cuida de infração de me-
dida sanitária preventiva verifica-se ser ele norma penal em branco, pois depende de
complemento previsto na legislação sanitária. Assim ele se caracteriza quando hou-
ver o descumprimento de determinação de vigilância sanitária e/ou epidemiológica,
não exigindo a existência de dano efetivo.
501
502
de São Paulo, a colheita de amostras deve ser realizada em conformidade com a Lei
n° 10.083, de 23 de setembro de 1998, Código Sanitário do Estado de São Paulo,
sob pena do exame pericial se tornar imprestável. Cumpre estabelecer que a perícia
técnica em alimentos, objetivando-se constatar a impropriedade ou nocividade ao
consumo, somente é feita pelo Instituto Adolfo Lutz, que possui laboratório e trei-
namento na área de bromatologia.
Ressalte-se que a água envenenada poderá ensejar enquadramento na Lei n°
9.605/98 que protege o meio ambiente. Além da responsabilidade penal, o autor
do crime pode ser responsabilizado civil e administrativamente, cabendo inclusive
interdição do estabelecimento comercial pela Fiscalização Sanitária e o proprie-
tário poderá ingressar com Mandado de Segurança, visando amparar seu direito
que foi violado por não ter sido observado os ditames da legislação que circundam
o assunto.
Em que pesem as argumentações dos lidadores do direito, a nocividade poderá
ser positiva (capacidade de causar diretamente dano à saúde pública) ou negativa
(redução do valor nutritivo sem perigo imediato a saúde). A tentativa é possível com
a interrupção da conduta. Não se exige fim de lucro, exceto na modalidade ter em
depósito.
A ação penal é pública incondicionada. Mesmo que se cometam várias ações
do tipo, só há um delito, portanto crime de condutas alternativas. Sem a prova de
que a substância ou produto tornou-se nocivo à saúde ou reduziu-lhe seu valor
nutritivo, não há o que se punir, restando eventualmente a aplicação subsidiária de
outro dispositivo. Havendo destinação dirigida na conduta à determinada pessoa
poderá ocorrer outro ilícito. Não basta a conclusão do laudo dizer que a substân-
cia continha produto de adição proibida, tem que informar que a quantidade adi-
cionada tornava a substância nociva ou que seu valor nutritivo foi reduzido. Não
obstante, há entendimento que, mesmo antes das novas leis ingressarem no siste-
ma jurídico, já existiam outras legislações aplicáveis como as Leis n°s. 8137/90,
1521/ 51 e 8078/90.
Quanto ao preceito secundário do artigo 272, passou de 4 a 8 anos e multa,
portanto, houve majoração de pena, pois antes era de reclusão de 2 a 6 anos. Esta
mesma pena é aplicada nos casos de seus parágrafos, para quem pratica as condutas
de fabricar, vender, expor à venda, importar, ter em depósito para vender, ou de
qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a substância alimentícia ou o pro-
duto falsificado, corrompido ou adulterado.
A grande novidade no artigo 272, é que seu § 1° tipificou a ação criminosa em
relação a bebidas, com ou sem teor alcoólico, uma vez que havia incerteza na apli-
cação do uísque falsificado, vez que não se chegava a um entendimento se o uísque
era alimentação. Uma corrente dizia que o uísque não era substância alimentícia
nem medicinal, outra corrente dizia que a venda de uísque nacional em vasilhame
estrangeiro configurava a violação do artigo 175 do CP, ou não se enquadraria nesse
dispositivo, aplicando-se outros, entre os quais os artigos 171, caput, e parágrafo II
inc, IV ou os artigos 275, 276, ou 277.
503
504
505
506
507
estudo, somente ocorre com a falsa indicação, sem dependência de outro resultado,
sendo que ele não prevê a modalidade culposa.
O art .275 do Código Penal alterou consideravelmente o preceito secundário,
uma vez que a pena era de detenção de 1 a 3 meses ou multa, e atualmente passou
a ser de reclusão de 1 a 5 anos e multa, não sendo mais sanção alternativa. Assim,
anteriormente tratava-se de infração de menor potencial ofensivo, passando agora a
ser de médio potencial ofensivo. Em razão disso, não cabe mais a suspensão condi-
cional do processo e, no âmbito da polícia judiciária, não é possível a elaboração de
termo circunstanciado, sendo obrigatória a apuração do ilícito por meio de inquéri-
to policial, instaurado por portaria ou auto de prisão em flagrante. Este último com
as cautelas já mencionadas, neste capítulo, por ocasião dos estudos realizados nos
dispositivos anteriores.
Quanto ao artigo 276 do Código Penal, voltado para produto ou substância
nas condições dos dois artigos anteriores, traz a seguinte redação: “Vender, expor
a venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo
produto nas condições dos artigos 274 e 275”. Com referência a esse crime, as Leis
nº 9.677/98 e 9.675/98, apenas alteraram o preceito secundário, não interferindo na
redação original do preceito primário. A pena, que era de detenção de 1 a 3 meses
ou multa, isto é, alternativa, passou a ser de reclusão de 1 a 5 anos e multa. Este
aumento de pena trouxe as implicações já mencionadas no estudo dos artigos ante-
riores, isto é, deixou de ser infração de menor poder ofensivo, não podendo, por isso,
ser elaborado mais termo circunstanciado. A apuração criminal ocorrerá por meio
de inquérito policial, instaurando mediante portaria ou auto de prisão em flagrante.
Também não se aplica a suspensão condicional do processo, vez que a pena mínima
abstratamente cominada não é mais inferior a um ano. Referido dispositivo também
não prevê a forma culposa, somente a dolosa.
Frise-se que, nesse dispositivo, o agente já praticou as ações incriminadas nos
artigos 274 ou 275. Assim, é necessária a existência de apontamento falso no in-
vólucro, isto é, a existência de substância que não se encontra em seu conteúdo,
ou que nela exista em quantidade menor que a mencionada. O objeto material é o
produto destinado a consumo, fabricado com emprego de processo proibido ou de
substância não permitida pela legislação sanitária, segundo as condições previstas
no art. 274, ou ainda produto alimentício, terapêutico ou medicinal, acondicionado
em invólucro ou recipiente com falsa indicação das substâncias que o compõem,
conforme prevê o artigo 275. Tem que ser autor do crime antecedente (art. 274 ou
275), por exemplo, óleo comestível adicionado com água.
Questão duvidosa é saber se a bula integra o invólucro ou recipiente. Há en-
tendimento ser a resposta afirmativa (RT 287:74). Dentro desse mesmo contexto,
observa - se que não se enquadra no dispositivo as indicações feitas em prospecto
ou anúncios de propaganda, dependendo, do caso concreto ser tipificado em ou-
tro delito.
O artigo 277 do Código Penal abrange somente a venda de substância, excluin-
do o comércio de utensílios, apetrechos e máquinas, v.g. venda de carne de cavalo
como se fosse carne de porco, destinada à falsificação, com o seguinte teor: “vender,
expor à venda, ter em depósito ou ceder substância destinada à falsificação de pro-
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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
510
10. MODELOS
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MODELO 1
COLHEITA DE AMOSTRAS
Qualificado: _________________________________________
Policial: ________________________RG _________________
Policial: ________________________RG _________________
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MODELO 2
REQUISIÇÃO DE EXAME
Ofício nº ______/_____
Ref.: _________ ___________________(cidade e data)
Senhor Diretor:
A perícia terá por fim precisar se o referido material encontra-se alterado, adulterado,
corrompido, falsificado ou avariado, e se está relacionado com os fatos investigados por
esta unidade policial, em tese, delituosos.
Para tanto, solicito respostas justificadas aos seguintes quesitos:
________________________
Delegado(a) de Polícia
Ilmo. Sr.
Diretor do Instituto de Criminalística / Adolfo Lutz
São Paulo – SP
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MODELO 3
Autoridade _______________________
Recebedor ________________________
1ª Testemunha _____________________
2ª Testemunha _____________________
Escrivão(ã) _______________________
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MODELO 4
TERMO DE CIÊNCIA
Autoridade _______________________
Cientificado _______________________
Escrivão(ã) _______________________
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Capítulo XXIII
Criminologia
1. Considerações Preliminares
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2. Divisões da Criminologia
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3. Sociologia Criminal
4. Psicanálise Criminal
Jiménez de Asúa, em suas obras, insiste em afirmar que Sigmund Freud elabo-
rou uma Teoria Etiológica do Delito, baseada em estudos sobre o “id”, o “ego” e o
“superego”.
Considerava o “id” como o inconsciente, o “ego” como fonte superficial do
“id”, mediador entre este e o “superego”, este último verdadeiro fator inibidor do
“id”. Demonstrou que a educação determina as normas de conduta, dizendo que
a “criminalidade não é tara de nascimento, mas deficiência de educação” e que o
criminoso age com o fito de sofrer uma pena, espécie de “catarse”, para afinal ex-
piar o seu delito. Explicou em sua obra “Moisés e a Religião” que o homem herda
instintos delinquenciais, razão dos primeiros conflitos com os pais, do mordiscar
519
dos mamilos da mãe, bem como a destruição de brinquedos e o arrancar dos olhos
das bonecas.
Mesmo enfatizando o poder da “censura pela educação”, foi contrariado por
Adler, que defendia a posição de que “as condições econômico-sociais são, opressi-
vamente, as causas do delito”.
6. Vitimologia
Alguém já disse, no passado, que “os grandes criminosos passam para a His-
tória, mas não suas vítimas”. Talvez, um pouco maliciosamente, porque nos identi-
fiquemos mais com os criminosos do que com as vítimas.
A Vitimologia é um dos ramos mais fascinantes da Criminologia. Criada em
1945 por Mendelsohn, através de seu livro Sociologia Jurídica, veio à luz em Paris,
no ano de 1947, através de outra publicação, de sua autoria, intitulada Psicologia
Jurídica.
Mendelsohn, curiosamente, classificou as vítimas em cinco categorias:
1-vítima totalmente inocente (unrelated victim);
2-vítima menos culpada que o criminoso;
3-vítima tão culpada quanto o criminoso;
4-vítima mais culpada que o criminoso;
5-vítima totalmente culpada.
520
Seu impacto foi tão grande que, hoje, a exemplo do art. 59 do CP, a pena do
agente é, inclusive, diminuída em relação ao comportamento da vítima.
Nesse particular, Polícia e Vitimologia e, consequentemente, Criminologia an-
dam juntas já que mediante a Prevenção Vitimológica ensinam-se as pessoas a não
serem vítimas. Prega maior prevenção dos delitos em áreas de maior deterioração
social, principalmente.
Na escalada da violência contemporânea talvez caiba à Polícia dar o primeiro e
importante passo, pois que instrumentaliza atividade ocupacional que pela própria
natureza propicia violência, posto que pessoas habituadas a viver com ela tornam-se
naturalmente violentas. É a violência como retroalimentação da violência.
7. Ecologia da Vitimidade
Os estudiosos italianos ensinam que “o crime não desaparece, apenas se trans-
forma”. É a chamada “Teoria da Extensão”.
Na atualidade a polícia brasileira defronta-se com novas formas de crimina-
lidade. A primeira delas é a “delinquência dos menores”, que se manifesta através
de criminalidade organizada (darks, white-powers, arrastões), vandalismo (grafita-
gem, nomeadamente) e violência juvenil, em geral. Desmerecem consideranda, nesta
oportunidade, o fracasso na prevenção e no tratamento do delinquente juvenil.
A criminalidade do automóvel, que em 1977 nos Estados Unidos ceifou 50.000
vidas, é em nosso país responsável por metade dos processos-crime em andamento
nas varas criminais. Verdadeira “extensão do ego”, o veículo representa forma de
criminalidade diante da qual a “Polícia deve contar com grande mobilidade para
coibir este tipo de delinquência”.
No Brasil são registrados, anualmente, mais de 600.000 acidentes, com 50.000
vítimas, menos que os 58.000 combatentes norte-americanos mortos em sete anos
de guerra no sudeste asiático. Sétimo PIB mundial, o Brasil possui 15 milhões de
automotores, sendo 85% da produção transportada sobre rodas.
Outras modalidades de macrocriminalidade que a Polícia tem enfrentado e
poderá enfrentar no futuro são: “o terrorismo, o sequestro de aeronaves, a utilização
de reféns, a sabotagem dos transportes coletivos, a criminalidade racial, a ocultação
de bens de consumo, as manobras altistas e o consumo de drogas”.
Sobre tais aspectos urge à polícia brasileira encetar campanhas de comunica-
ção social no sentido de valorizar a vida humana e o respeito às leis. Tais processos
atingiram a grande massa de motoristas que não frequentam escolas, reforçados
com campanhas preventivas de segurança nas estradas e de maior segurança dos
veículos junto às montadoras.
Semelhante ação poderá contribuir para a diminuição de acidentes de trânsito,
uma das formas mais graves de delinquência contemporânea, ao lado dos crimes
contra o patrimônio.
Cabe à Polícia, efetivamente, prevenir, reprimir e controlar a criminalidade, até
que sejam mudadas as estruturas sociais geradoras de injustiça. É preciso, além da
assistência imediata ao menor abandonado pelo Estado, que o policiamento seja,
cada vez mais eficaz, respeitados os direitos humanos.
521
Capítulo XXIV
NEUROCIÊNCIA NA ATIVIDADE POLICIAL
1.1 Conceito
A Neurociência estuda a estrutura, a função e o desenvolvimento do sistema
nervoso ante sua condição normal, bem como frente a eventuais alterações, patoló-
gicas ou não, envolvendo diferentes ciências.
As ciências envolvidas são, por exemplo, medicina, odontologia, anatomia,
fisiologia, neurologia, psiquiatria, psicologia, farmacologia, fonoaudiologia, socio-
logia, biologia, filosofia, física e antropologia.
A Neurociência na atividade policial visa o estudo do comportamento do de-
linquente, da vítima, da dinâmica criminosa, bem como o exame do controle social
frente à ação e reação das pessoas, analisadas em seu contexto mais amplo, ou seja,
a resposta de acordo com o funcionamento do sistema nervoso, levando-se em con-
ta, ainda, a interdisciplinariedade com as demais ciências.
1.2 Histórico
O resgate histórico pode ser apoiado na aula ministrada, em 2008, no Grupo
de Estudos de Neurociência na Atividade Policial, por Magaly Iazzetti Caliman
quando asseverou o que segue:
523
524
2. INVESTIGAÇÃO POLICIAL
2.1 Conceito
A Carta Magna, em seu § 4º do artigo 144, dispõe que: às polícias civis, dirigidas
por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União,
as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
Em consonância com o sobredito texto constitucional, o ordenamento jurídico
vigente prevê referida atribuição no artigo 140 da Constituição do Estado de São
Paulo e no artigo 4º do Código de Processo Penal.
Assim, a atividade investigativa criminal é realizada pelos agentes da Polícia
Civil, no âmbito de suas atribuições, sob a presidência do Delegado de Polícia.
Ressalta-se que a arte de investigar está pautada no conhecimento das ciências
humanas, exatas e biológicas, de forma que pensar neurocientificamente significa
apreender, analisar e julgar informações e fatos de forma sistêmica.
O desenvolvimento da persecução criminal depende de coligir as informações
relevantes em busca da verdade e como atividade intelectual, a missão policial exige
o pensar corretamente, sendo primordial a adequação da formação desse profissio-
nal a uma moderna metodologia científica investigatória, daí a proposta do apren-
dizado da Neurociência na atividade policial, percebendo e interpretando todo dado
essencial ao sucesso da empreitada policial.
Dessa forma, o relatório escrito de tudo que o policial, perito ou médico, pode
observar no local, denominado descrição ou levantamento do local, poderia ser
considerado um documento subjetivo, se não fosse o treino e a técnica. A capacita-
ção do policial em observar é aguçada com o treino. A importância da técnica, por
sua vez, encontra respaldo nas pesquisas científicas de diversas áreas, com o fim de
capacitar melhor o agente da autoridade para o desempenho de seu ofício.
O tirocínio policial busca construir o alicerce da estrutura da informação para
reconstruir um fato pretérito, com o fim específico de provar a materialidade e a
autoria da infração penal, através de investigação criminal e científica.
Assim, a investigação eficaz requer raciocínio científico e lógico, de forma que,
auxiliada pelas demais ciências, visa o esclarecimento de uma infração penal e a
aplicação da Justiça.
Por ser a labuta policial muito complexa, é fundamental que o policial conheça
a si mesmo e enfrente os desafios do dia-a-dia, de forma eficiente e criativa a ponto de
provocar o chamado estresse positivo, logicamente com respaldo na Neurociência.
2.2 Histórico
O doutrinador Marcel Le Clère (apud VIEIRA, 1965, p.1) asseverou ter encon-
trado a função policial descrita “pelos povos considerados como os que alcançando o
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3. COMUNICAÇÃO
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4. APLICAÇÃO PRÁTICA
528
529
1 AMEM, Daniel G. Transforme seu cérebro, transforme sua vida: um programa revolucio-
nário para vencer a ansiedade, a depressão, a obsessividade, a raiva e a Impulsividade. Tradução: Judit
G. Pely. São Paulo: Mercuryo, 2000. CALIMAN, Magaly Iazzetti. Neurociências. In: Aula expositiva
no grupo de estudos de Neurociência na atividade policial, 2008. Artigo. São Paulo: Acadepol, 2008.
CD-ROM. COBRA, Coriolano Nogueira. Manual de Investigação Policial. 7ª ed. São Paulo: Saraiva,
1987. FERNANDEZ, Atahualpa. Neurociência, moral e direito: seriedade e prudência. Disponível em:
<http://www.juristas.com.br/impressao_revistas.asp?ic=3315> Acesso em: 16/1/2008. KANDEL, Erik.
Fundamentos da neurocirurgia do Comportamento. Guanabara Koogan, 1997. KHALSA, Dharma Sin-
gh; STAUTH, Cameron. Longevidade do Cérebro. Tradução de Sylvia Bello. Rio de Janeiro: Objetiva,
1997. MARANHÃO, Odon Ramos. Curso básico de Medicina Legal. 5ª ed. São Paulo: Malheiros, 1992.
MOLINA, Antônio Garcia-Pablos de; GOMES, Luiz Flávio. Criminologia: introdução a seus funda-
mentos teóricos: introdução às bases criminológicas da Lai 9.099/95, lei dos juizados especiais criminais.
4ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. OLIVEIRA, Getúlio Dornelles de. Controle do Cérebro.
São Paulo: PNL, 2003. PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o direito constitucional internacional.
7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006. SASSI JUNIOR, Erlei; MARTINS, Fernanda Celeste Oliveira. A mente
do PSICOPATA. São Paulo: Segmento: Revista Ciência Criminal – Especial Mente Criminosa, 2007.
SPRITZER, Nelson. O novo cérebro: como criar resultados inteligentes. Porto Alegre: L&PM, 1995.
VIEIRA, Hermes. Formação Histórica da Polícia de São Paulo. São Paulo: Serviço Gráfico da Secretaria
da Segurança Pública, 1965. WEIL, Pierre; TOMPAKOW, Roland. O corpo fala: a linguagem silenciosa
da comunicação não-verbal. 52ª ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
Capítulo XXV
CRIMES CIBERNÉTICOS – CYBERBULLYING
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
2. CYBERBULLYING
Recentemente surgiu o cyberbullying que consiste no mesmo tipo de agressão,
porém, praticada de forma eletrônica (ou cibernética), ou seja, por intermédio de
computadores ou outros recursos tecnológicos. Esse tipo de ofensa tem como meio
de execução as mais variadas formas e tem rápida disseminação pela rede, ou seja,
em pouco tempo é disponibilizada na Internet em uma infinidade de sites e blogs.
Por isso, dificilmente a vítima consegue extirpar a informação de todos os locais.
2.1 Modalidades
Entre as modalidades de cyberbullying temos o envio de e-mails ofensivos para
a vítima ou para pessoas conhecidas, envio de mensagens SMS, via celulares, posta-
gem de vídeos, publicação de ofensas em sites, blogs, redes sociais, fóruns de discus-
são, hotéis virtuais, mensageiros instantâneos, entre outras.
O cyberbullying, de forma semelhante ao bullying, é muito frequente no am-
biente escolar, entre jovens e pode ser praticado também no ambiente corporativo,
no seio familiar, entre vizinhos, amigos ou em outros ambientes.
531
2.2 Motivação
Em nosso dia-a-dia temos visto o cyberbullying ser praticado pelos mais va-
riados motivos, desde diferenças entre características físicas das pessoas como, por
exemplo, uso de óculos, obesidade, deformidade física ou em relação a outras carac-
terísticas. Isso ocorre também quando um jovem se destaca intelectualmente ou que
possui uma religião, etnia ou preferência sexual diferente da maioria.
2.3 Consequências
3. CRIMES CIBERNÉTICOS
532
4. DA INVESTIGAÇÃO
533
criminoso, não se esquecendo de clicar em ver cabeçalho completo (ou exibir código
fonte da mensagem), elaborando-se certidão sobre o fato. Caso outro policial civil
realize esta atividade, ao final deverá elaborar um documento relatando ao Delega-
do de Polícia os procedimentos adotados. Por exemplo, se o policial for um investi-
gador de polícia ou outro funcionário que trabalhe diretamente com as atividades
investigativas deverá elaborar um relatório de investigação.
É possível registrar uma ata notarial em um cartório de notas. Nesse caso, o
cartorário acessa e imprime o conteúdo ofensivo, no mesmo molde do ato elaborado
pelo escrivão de polícia, pois ambos possuem fé pública.
Para que a Polícia tenha condições de prestar um serviço adequado e eficiente,
é necessário que a vítima forneça o maior número possível de informações e que ela
se cerque de precauções para colaborar com a polícia na persecução penal do delito
que foi deflagrado por intermédio do computador. Também para evitar que possa
vir a ser responsabilizada, sobretudo, nos casos em que não se consegue comprova-
ção da existência do delito, podendo ser inclusive punida pelo crime de comunicação
falsa de crime ou contravenção ou denunciação caluniosa.
Outro caminho que pode ser utilizado é a própria vítima gravar as informa-
ções em uma mídia não regravável e as imprimir, procedendo à entrega do material
na Delegacia de Polícia. Nesta impressão deve constar o endereço (ou URL) onde
o conteúdo foi divulgado e nos casos de e-mails, o cabeçalho completo, além do
conteúdo.
Nos casos de ofensas em salas de bate papo o procedimento é semelhante, sen-
do necessário individualizar o nome da sala, seu endereço na internet e os nickna-
mes envolvidos. Existem programas de computadores confiáveis e gratuitos capazes
de permitir que o site seja integralmente copiado e que se constate a sua autenticida-
de, como por exemplo, o HTTrack Website Copier (cópia do site) e o Home of the
MD5summer (verifica a integridade do arquivo).
Outra forma de registrar as informações e apresentar o endereço onde o con-
teúdo ofensivo foi publicado é utilizar a tecla do computador denominada “print
screen”, que copia uma imagem do que estiver aparecendo na tela. Depois, o usu-
ário executa a cola do conteúdo em algum programa de edição de imagens, como
o “paint”. Em seguida, imprime e entrega para a Polícia, quando noticiar o fato e
elaborar o Boletim de Ocorrência.
534
condenou uma pessoa a indenizar duas vítimas em razão de ter postado no Orkut
mensagens com palavras e expressões de baixo calão (Processo: 200701014929).
No Rio de Janeiro um grupo de pais de alunos e ex-alunos foi condenado a
pagar uma indenização de R$ 18.000,00, por danos morais, em razão da criação de
uma comunidade na mesma rede social com a finalidade de ofender a vítima (14ª
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio).
No Estado de Minas Gerais, no ano de 2007, um indivíduo, que foi compa-
rado ao ET de Varginha em um site de relacionamento, recebeu indenização de R$
3.500,00 de um colega de Faculdade (9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de
Minas Gerais).
6. CONCLUSÃO
Registre-se, finalmente, que a prática deste tipo de crime pela internet não é si-
nônimo de impunidade, muito pelo contrário, a Polícia possui instrumentos adequa-
dos e profissionais capacitados para que, por intermédio da investigação criminal, a
autoria e a materialidade sejam comprovadas.
Observa-se que o cyberbullying, muitas vezes, é praticado sem que seus autores
tenham consciência das consequências e dos males que estes proporcionam, por isso
a reparação de dano se torna necessária. Lidar com o problema não é responsabi-
lidade exclusiva da escola ou da polícia. A solução envolve um trabalho conjunto
entre os pais, educadores, organizações não governamentais, entidades religiosas,
órgãos do governo. A sociedade como um todo, atuando em rede, deve participar
da discussão, apresentar sugestões e implementar programas que possam ter efeitos
muito mais positivos.
É necessário que haja uma reflexão envolvendo jovens, adultos sobre a necessida-
de de não praticar esse tipo de ofensa, respeitando-se a dignidade e a cidadania, impor-
tantes atributos dos seres humanos para uma convivência harmônica e bem estar social.
535
LIVROS CONSULTADOS
Entre outros:
ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Inquérito Policial, Ícone Editora, 1992.
ALVES DOS SANTOS, Edna de Araújo. Polícia Civil – Princípios institucionais e prática
cartorária, Editora Espaço Jurídico, Rio de Janeiro, 1997.
ALVES FRANCO, Paulo. Inquérito Policial, Editora Sugestões Literárias, 1992.
ALBUQUERQUE, Deocleciano S. Elucidário do Inquérito Policial, Rio de Janeiro, Editora
A Noite.
AZKOUL, Marco Antonio. A Polícia e sua função constitucional. Editora Oliveira Mendes,
São Paulo, 1998.
ANDRADE, Octacílio de Oliveira. Lições de Direito Processual Penal, Editora Cultural
Paulista, São Paulo, 2002.
BARBOSA, Manoel Messias. Inquérito Policial, São Paulo, LEUD, 1991.
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. Editora Saraiva, 2ª ed. atualizada e ampliada,
1998.
CASTELO BRANCO, Tales. Da Prisão em Flagrante, 4ª ed., Editora Saraiva, São Paulo, 1988.
CASTELO BRANCO, Vitorino Prata. O advogado em ação, Editora Juruá.
CHOUKE, Fauzi Hassan. Garantias constitucionais na investigação criminal, Editora Revista
dos Tribunais, 1995.
COBRA, Coriolano Nogueira. Manual de Investigação Policial, Editora Saraiva, 7ª ed. revista
e atualizada, 1987.
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Algemas
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Apresentação espontânea
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COGAN, José Damião Pinheiro Machado. Flagrante e espontânea apresentação do acusado,
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Busca e apreensão
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Prova
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ZARZUELA, José Lopes. Análise instrumental como elemento de prova, Arquivos da Polícia
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Qualificação indireta
TUCCI, Rogério Lauria. Indiciamento e qualificação indireta-fase de investigação criminal:
distinção, RT 571/291.
Recognição visuográfica
DESGUALDO, Marco Antonio. Recognição visuográfica de local de crime, Revista Brasileira
de Ciências Criminais do IBCCrim, ano 4, nº 13, janeiro-maio de 1996, pp. 242-252.
Relatório do inquérito
NOGUEIRA, Orildo, Relatório da autoridade policial, Informativo da ADPESP nº 23, junho,
julho de 1993, p. 15.
QUEIROZ FILHO, Dilermando. Relatório e valorização da carreira, Informativo da
ADPESP nº 29, abril de 1997, pp. 16/17.
QUEIROZ FILHO, Dilermando. Relatório e valorização da carreira II, Informativo da
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Sigilo do inquérito
COGAN, José Damião Pinheiro Machado. A propósito do sigilo no inquérito policial, Jornal
“O Estado de S. Paulo”, p. 38, 14.9.1985.
Telecomunicações
DIPOL, Manual de Telecomunicações e de Elaboração de Mensagens Eletrônicas, Portaria
DGP-28, de 14.6.2010, Gráfica da Academia de Polícia Dr. Coriolano Nogueira Cobra, São
Paulo, 2010.
Termo circunstanciado
ALONSO, Sidney Juarez. Diligências realizadas em termos circunstanciados antes da audiência
preliminar – procedimento incompatível com as normas da Corregedoria Geral da Justiça
(Prov. CG – 32/01). Delegacia de Polícia de Jundiaí – Setor de Carta Precatória (Artigo não
publicado até a presente data).
FERREIRA, Haroldo, & BARIANI, Jaqueline Makowski de Oliveira. A Justiça Criminal
Consensual e as Atividades de Polícia Judiciária, in Arquivos da Polícia Civil – revista tecno-
científica. Acadepol/SP. 2005.
PITOMBO, Sérgio M. de Moraes. Supressão Parcial do Inquérito Policial – Breves notas ao
art. 69 e parágrafo único da Lei nº 9.099/95, in Juizados Especiais Criminais – Interpretação
e crítica. Editora Malheiros.
Vida pregressa
GUIÃES DE BARROS, Luís. Vida pregressa do indiciado, Investigações, ano I, nº 3, pp.
125/130.
553