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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

CARLA NASCIMENTO SILVA REZENDE

DEFICIÊNCIA FÍSICA, DEFICIÊNCIA VISUAL E EDUCAÇÃO DO DEFICIENTE


INTELECTUAL

Macaé
2021
RESUMO

Muitas vezes falar de inclusão escolar, mas nem sempre tem em mente o que isso implica
especificamente. Em suma, vale dizer que incluir, neste caso, significa identificar e respeitar o
que é diverso dentro da sala de aula. A inclusão escolar é um processo que requer diversos
protocolos e procedimentos. Por outro lado, funciona por tentativa e erro. Nem todas as
crianças integradas respondem bem ao contexto e nem todos os grupos se adaptam bem a uma
criança com necessidades educacionais especiais (NEE). Com efeito, uma educação inclusiva
requer a adaptação dos conteúdos curriculares para alunos integrados. São crianças que
demandam atenção educacional específica derivada de deficiência e / ou distúrbios graves de
conduta. Esses alunos requerem atenção especial que lhes permita participar de seu processo
de aprendizagem. Portanto, professores são treinados são necessários para ensinar crianças
com dificuldades de aprendizagem. Esse trabalho tem como objetivo descrever o processo de
educação do deficiente físico, visual e intelectual nas escolas.

Palavras-chave: Educação; discapacidade visual; discapacidade física; discapacidade


ABSTRACT

We often talk about school inclusion, but we don't always keep in mind what this specifically
entails. In short, it is worth saying that including, in this case, means identifying and
respecting what is diverse within the classroom. School inclusion is a process that requires
different protocols and procedures. On the other hand, it works by trial and error. Not all
integrated children respond well to context and not all groups adapt well to a child with
special educational needs (SEN). Indeed, an inclusive education requires the adaptation of
curricular content for integrated students. These are children who demand specific educational
attention due to a disability and/or serious conduct disorder. These students require special
attention to allow them to participate in their learning process. Therefore, trained teachers are
needed to teach children with learning difficulties. This work aims to describe the process of
education of the physically, visual and intellectually disabled in schools.

Keywords: Education; visual impairment; physical disability; disability


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 4
2 DESENVOLVIMENTO ....................................................................................... 5
2.1 Necessidades educacionais especiais (NEE) .......................................................... 5
2.2 Tipos de discapacidades ......................................................................................... 6
2.3 Discapacidade auditiva ........................................................................................... 6
2.4 Discapacidade visual .............................................................................................. 8
2.5 Discapacidade intelectual ....................................................................................... 9
2.6 Educação de crianças com Necesidades Educativas Especiales........................... 10
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 12
REFERÊNCIAS.................................................................................................. 13
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1 INTRODUÇÃO

É definida como deficiência física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou


temporária, causada ou agravada pelo meio físico, econômico e social, que limita a
capacidade de realização de uma ou mais atividades da vida diária.
A deficiência também pode ser definida como qualquer restrição ou ausência da
capacidade de realizar uma atividade da maneira ou dentro da faixa considerada normal para
um ser humano". É importante destacar que, no campo educacional, é necessário que a família
estimule seus filhos e filhas a frequentar a educação, de acordo com suas necessidades
educacionais especiais. (LÓPEZ; ECHEITA; MARTÍN, 2009). Esta educação pode ser
ministrada em centro de educação especial, se a sua deficiência for grave ou profunda, ou no
sistema regular de ensino, se o seu nível de adaptação social o permitir, através da integração
escolar.
Atualmente, o termo deficiente ou deficiente não é mais utilizado porque as mesmas
pessoas com deficiência têm destacado a importância de se valorizarem como pessoas com
habilidades, habilidades, sentimentos e caráter antes de ter uma deficiência, o termo adequado
é pessoa com deficiência (ROSSATO; LEONARDO, 2011). Para analisar a questão da
deficiência, existem dois pontos de vista muito importantes: o médico e o social. O primeiro
visa descobrir a causa da deficiência por meio de exames e tenta corrigir a deficiência por
meio de cirurgia ou terapia.
Quando a deficiência é abordada de uma perspectiva social, ela se refere ao fato de
que as crianças aprendem por meio de suas interações com outras pessoas. Por exemplo: ao
morar com seus irmãos e irmãs e outras crianças sem deficiência de idades semelhantes, eles
aprendem novas estratégias para conviver com sua condição de deficiência e se beneficiar
dessa participação (MOSQUERA, 2010). Esse trabalho tem como objetivo descrever o
processo de educação do deficiente físico, visual e intelectual nas escolas.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Necessidades educacionais especiais (NEE)

A discapacidade é um termo geral que, segundo a OMS, engloba deficiências,


limitações de atividades e restrições de participação. As deficiências são problemas que
afetam uma estrutura ou função corporal; limitações de atividades são dificuldades em
realizar ações ou tarefas, e restrições de participação são problemas em participar de situações
vitais. Consequentemente, a deficiência é um fenômeno complexo que reflete uma interação
entre as características do organismo humano e as características da sociedade em que vive
(LÓPEZ; ECHEITA; MARTÍN, 2009).
Outro conceito que é importante conhecer e que é presente é o das necessidades
educacionais especiais, é um termo geral para se referir a crianças que precisam de algum tipo
de ajuda extra. Entende-se por integração escolar o processo no qual alunos com necessidades
educacionais especiais frequentam aulas regulares nas escolas de seu bairro, junto com
crianças sem deficiência e em nível adequado para sua idade, onde recebem o apoio
psicopedagógico de que necessitam às suas próprias habilidades e necessidades (SANTOS,
2012).
Atualmente, as tendências internacionais falam de um conceito mais amplo que é a
educação inclusiva, que se refere ao conjunto de processos que visam eliminar ou minimizar
as barreiras que limitam a aprendizagem e a participação de todos os meninos e meninas sem
discriminação (LÓPEZ; ECHEITA; MARTÍN, 2009).
Assim, a disfuncionalidade é um termo genérico que inclui déficits e limitações na
capacidade de realizar atividades e restrições à participação social da pessoa. Funcionalidade
e deficiência são organizadas em duas seções principais:
• Funções e estruturas corporais: funções fisiológicas e estruturas anatômicas que
podem apresentar deficiências.
• Atividades e participação: entendidas como o desempenho ou desempenho de tarefas
e ações por uma pessoa ou o ato de se envolver em uma situação vital. Portanto, a deficiência
não é uma entidade isolada nas pessoas, não é a substância dela, mas é definida não apenas
pelo estado de saúde da pessoa, mas pelas complexas relações que podem ser estabelecidas
entre essa condição e os fatores pessoais e contextuais que o cercam.
Portanto, as condições ambientais e contextuais podem agravar a situação de
deficiência de uma pessoa, ao mesmo tempo que ambientes mais facilitadores podem facilitar
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o desempenho das pessoas com deficiência (ROSSATO; LEONARDO, 2011). Assim, um


ambiente ambiental voltado para as dificuldades e não favorecendo suas potencialidades e
habilidades, produz um efeito de barreira, que pode colocar o aluno com diversidade
funcional em situação de desvantagem social e cultural.

2.2 Tipos de discapacidades

A deficiência é consequência não só do estado de saúde da pessoa, mas também de


fatores pessoais e ambientais. A deficiência é algo dinâmico sujeito às circunstâncias e ao
ambiente. Fatores pessoais e contextuais podem variar a deficiência de uma pessoa. Dois
alunos com a mesma condição de saúde não apresentam a mesma condição de deficiência,
pois seus fatores pessoais e ambientais podem ser muito diferentes (ROSSATO;
LEONARDO, 2011).
É por isso que nem todos os alunos com deficiência são iguais, nem exigem as
mesmas acomodações. Cada aluno com deficiência é único, assim como cada aluno sem
deficiência. Existem diferentes tipos de deficiência: física, psicossocial, cognitiva e sensorial.
Cada um deles pode se manifestar em diferentes graus. Além disso, uma pessoa pode ter
vários tipos de deficiência simultaneamente, o que abre ainda mais o leque de pessoas com
deficiência.

2.3 Discapacidade auditiva

Podem ser classificados de acordo com a localização da lesão, podendo ser


condutores, neurossensoriais e mistos. De acordo com o grau da perda auditiva são divididos
em leve, moderado e severo.
Perda condutiva: é causada por uma disfunção do ouvido externo ou do ouvido médio.
Pode ser corrigido por meio de procedimentos médicos, farmacológicos ou cirúrgicos.
Algumas dessas perdas são transitórias, por exemplo: as mudanças de pressão que ocorrem ao
voar de avião ou ao subir uma montanha (ROSSATO; LEONARDO, 2011).
Perda neurossensorial: É produzida por uma lesão no ouvido interno, ao nível da
cóclea ou do nervo auditivo. Esse tipo de perda auditiva não pode ser corrigido, mas pode ser
ajudado com o uso de aparelhos auditivos.
Perda mista: É aquela que apresenta uma combinação de perda condutiva e
neurossensorial.
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Surdez: Pode ser definida como a perda total da audição e representa uma
incapacidade de ouvir e compreender a linguagem falada, pode-se dizer também que é a
incapacidade de ouvir (SANTOS, 2012)
Dentre os graus de perda auditiva que correspondem à surdez, são conhecidos: o grau
severo e o profundo. Pessoas com perdas graves têm a capacidade de ouvir palavras gritadas
em seus ouvidos. Precisa aprender a linguagem de sinais ou leitura labial. No grau profundo,
ele é incapaz de ouvir e entender, mesmo quando gritado. Necessita de reabilitação ou
educação especial (SANTOS, 2012).
Perda auditiva: É a diminuição da audição, essas pessoas conseguem ouvir os sons do
ambiente e da voz. Pessoas com esse tipo de perda têm problemas de articulação e atenção.
Aqueles de grau moderado afetaram a recepção da mensagem, a discriminação e a
compreensão em meios de comunicação ruidosos. Eles devem usar o aparelho auditivo
permanentemente (SANTOS, 2012).
Doenças infecciosas sofridas pela mãe durante a gravidez, principalmente a rubéola.
No período pós-natal, a criança pode adquirir deficiência auditiva causada por sarampo,
varíola, meningite, infecção de ouvido, encefalite, febre alta, danos físicos na cabeça ou na
área do ouvido, ruído excessivo ou infecções repetidas do canal auditivo. Para que a criança
com deficiência auditiva facilite o processo de aprendizagem em sala de aula, as seguintes
estratégias e adaptações são recomendadas:

 Posicionar os alunos em um local que permita ver facilmente o quadro negro e que
o professor leia sua expressão lábio facial (leitura de gestos e boca).
 Usar uma linguagem clara, simples, direta e familiar aos alunos.
 Usar gestos faciais e corporais, mímica, dramatizações e ilustrações para facilitar
sua comunicação e a transmissão de novos conhecimentos.
 Incentivar a leitura e explicar as palavras e expressões desconhecidas para
expandir seu vocabulário. e. Fale na frente dos alunos que apresentam
dificuldades, evite cobrir a boca, falar fora do campo visual da criança.
Se a criança tiver um aparelho auditivo, verifique sua condição diariamente e
funcionamento adequado. Além disso deve-se sempre ter em mente que a criança, mesmo que
use um dispositivo auditivo, não ouvirá da mesma forma que uma pessoa que ouve. Assim,
coloque a criança com um parceiro (a) que ouça bem, para que pode ajudá-lo a repetir as
instruções (ROSSATO; LEONARDO, 2011). Se a criança não se expressa com clareza,
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reserve um tempo para ouvir o que você quer dizer a ele. Ajude-o a usar as palavras certas
para construir frases e reconhecer seus esforços.

2.4 Discapacidade visual

A definição de deficiência visual engloba diversos aspectos, tais como: acuidade


visual, campo visual, visão binocular entre outros, mas, para a disciplina educacional A
acuidade visual e o campo visual são de interesse. Também podemos falar sobre deficiências
visuais, que são distúrbios de funções visuais que causam dificuldades no processo de
percepção de os objetos do mundo circundante. Surgem como consequência de doenças olho,
anormalidades no desenvolvimento do analisador visual e refração do olho e outras doenças
(ROSSATO; LEONARDO, 2011).
Termo que engloba qualquer tipo de problema visual grave, causado por patologias
congênitas, acidentes de qualquer tipo ou causados por vírus de diferentes origens. Existem
quatro níveis de deficiência visual que mantêm correlação com os níveis de deficiência visual,
que são explicados a seguir:

 Cegueira: falta de visão ou apenas percepção da luz. Impossibilidade de realizar


tarefas visuais.
 Deficiência visual profunda: dificuldade em realizar tarefas visuais grosseiras
Impossibilidade de realizar tarefas que requerem visão detalhada.
 Deficiência visual grave: capacidade de realizar tarefas visuais com imprecisões,
exigindo adaptação do tempo, auxílio e modificações.
 Deficiência visual moderada: capacidade de realizar tarefas visuais com o uso de
ajudas especiais e iluminação adequada, semelhantes às pessoas com visão normal
usam.

O trabalho a ser realizado com os pais e responsáveis coloca o desafio de conseguir a


maior participação de todos nos processos de aprendizagem dos filhos. No entanto, pelo facto
de existirem alguns temas específicos para famílias de crianças com discapacidade, é
importante considerar que, por vezes, será necessário trabalhar especificamente com famílias
de crianças com deficiência visual, em algumas questões, como benefícios legais,
informações sobre apoios específicos, instituições que oferecem serviços especializados, entre
outras, que podem advir das próprias famílias (MOSQUERA, 2010).
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Para trabalhar com as famílias na questão da deficiência visual, podem ser realizadas
oficinas onde são discutidos alguns aspectos da mesma, como "prevenção das dificuldades
visuais, as possibilidades de desenvolvimento que uma criança pode ter (ROSSATO;
LEONARDO, 2011). Com necessidades especiais associadas à deficiência visual, noções
básicas do Sistema Braille1 ou sobre os diversos elementos que existem atualmente no
mercado de acesso à informação para pessoas com essa deficiência.
O professor pode realizar estratégias de abordagem dentro da sala de aula para apoiar
os alunos com deficiência visual: mostrar a ele a localização da sua mesa, deixe-o sentar-se
sozinho ou à vontade. Colocar os objetos em determinados locais para facilitar o seu uso,
desta forma irá favorecer a sua independência. Escrever no quadro em letras grandes e nítidas
para facilitar a visualização (ROSSATO; LEONARDO, 2011). Permitir que ele se sente na
frente perto do quadro para facilitar a leitura e escuta direta e facilitar o uso de recursos
visuais como a lupa, o telescópio, o púlpito entre outros, permitir que o aluno use o alfabeto
Braille e o ábaco para trabalhar em matemática, fazer um tour por toda a escola para
reconhecer o meio ambiente e facilitar a locomoção, usar diferentes técnicas e recursos de
ensino para que funcione sem qualquer dificuldade, lembrar de que as crianças cegas devem
aprender a se orientar e a se mover com confiança (SANTOS, 2012).
As atividades físicas e jogos são boas práticas para incentivar as crianças cegas a
andarem por conta própria dentro da escola com a ajuda de uma bengala, além disso, sugerir o
uso de um gravador para gravar palestras e ouvi-las em casa como uma revisão e aumentar a
conscientização das crianças na sala de aula sobre a deficiência visual e oriente-os sobre como
tratar seus colegas com deficiência visual (FERNANDES; DENARI, 2017).

2.5 Discapacidade intelectual

É aquele que se caracteriza porque a pessoa não aprende tão rápido, nem lembra das
coisas tão bem quanto as outras pessoas de sua idade, sua capacidade de se relacionar com os
outros é alterada. Uma pessoa com deficiência tem um QI abaixo de 70. Isso pode ser causado
por qualquer condição que impeça o desenvolvimento do cérebro antes do nascimento,
durante o nascimento ou durante a infância. Abaixo é apresentado os graus de discapacidade
intelectual (FERNANDES; DENARI, 2017)

1 Braille é um sistema tátil de leitura e escrita projetado para pessoas cegas. Também é conhecido como

cecografia. Foi idealizado em meados do século XIX pelo francês Louis Braille, que ficou cego devido a um
acidente na infância enquanto brincava na oficina de seu pai.
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Retardo mental leve: As crianças com retardo mental leve, ao longo dos anos pré-
escolares desenvolvem habilidades sociais e de comunicação. Sua deficiência a nível sensorial
e psicomotor é mínimo e geralmente não é identificado facilmente, para idades mais
avançadas, por um profissional (ROSSATO; LEONARDO, 2011).
Retardo mental moderado: a maioria das pessoas com este nível de retardo, adquirir
habilidades de comunicação mentalmente durante os anos pré-primários. Com supervisão,
eles podem cuidar de si próprios, também podem desenvolver habilidades sociais e
ocupacionais (ROSSATO; LEONARDO, 2011).
Retardo mental grave: eles desenvolvem muito pouca linguagem e comunicação,
durante os primeiros 6 anos de vida. Nos anos escolares, podem aprender a falar e fazer
algumas atividades cuidados pessoais (vestir, tomar banho, escovar os dentes e outros). Em
alguns casos são capazes de realizar algumas atividades de preparação, como reconhecendo o
alfabeto, contando alguns números e objetos, leitura mínima de um vocabulário básico
(ROSSATO; LEONARDO, 2011).
Retardo mental profundo: em geral, as pessoas que têm nível de retardo, eles também
têm deficiências neurológicas associadas. Durante a idade pré-escolar, eles manifestam
deficiências consideráveis no sensorial e psicomotor, o que os impede de se adaptarem bem
ao mundo que arredores, no entanto, eles podem conseguir que seu desenvolvimento seja
maior do que eles apresentam, em um ambiente repleto de estímulos adequados, com
supervisão constante e apoio individual (ROSSATO; LEONARDO, 2011).
Mostrar às crianças o que fazer, não só por meio da linguagem oral, mas também com
diferentes estímulos visuais, táteis, auditivos, entre outros, contudo, é importante usar uma
linguagem simples para dar instruções e verificar se a criança as compreendeu
(FERNANDES; DENARI, 2017). A utilização de objetos reais para o aluno manipular e
sentir, ajuda e, além disso, reduz as distrações e colocar o aluno perto do professor ou com
grupos de colegas que fornecem apoio.

2.6 Educação de crianças com Necessidades Educativas Especiais

Os profissionais da educação encarregados de viabilizar a inclusão escolar nas salas de


aula precisam de recursos. Não se trata apenas de dinheiro para materiais, salários e assim por
diante, mas de recursos metodológicos e suporte. E é isso, a teoria é fantástica e está
disponível aqui e ali (LÓPEZ; ECHEITA; MARTÍN, 2009). O que não basta são os exemplos
de atividades ou tarefas para promover a educação inclusiva. Falta um manual de inclusão
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escolar. Algo como um guia de boas práticas que divulga ideias úteis e criativas. Aqui estão
alguns exemplos para atender às necessidades educacionais especiais em sala de aula:
Eliminar todas as barreiras físicas que representam um obstáculo para alguém com
deficiência física. Para isso, o uso de rampas tem sido o recurso mais popular. Soma-se a isso
a instalação de elevadores ou mudanças no layout das salas de aula (ROSSATO;
LEONARDO, 2011). No passado, a diversidade dentro da sala de aula gerava incerteza e
insegurança, tanto para os alunos quanto para suas famílias. Hoje a diversidade é percebida
como uma vantagem e não como um prejuízo.
Fornecer às crianças com NEE tutores, professores especiais ou acompanhantes
terapêuticos, conforme apropriado auxilia em seu desempenho. Eles são mediadores entre a
turma e o pequeno com habilidades especiais. Eles serão responsáveis por promover a
participação de todos e desestimular a exclusão. A educação inclusiva e a satisfação das
necessidades educacionais especiais (NEE) é um grande desafio para o futuro. A tendência na
educação é integrar e, para isso, é preciso estar preparado (FERNANDES; DENARI, 2017).
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A criança com deficiência é aquela que apresenta maiores dificuldades do que as


demais em acessar as informações do ambiente que a cerca e necessita de uma resposta
educacional adequada oferecida por toda a comunidade. Os educadores devem focar na
prevenção e/ou detecção das necessidades educacionais especiais apresentadas por esses
alunos e traduzi-las em formas de intervenção, apoios, modificações e ajustes que favoreçam
o seu desenvolvimento integral.
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REFERÊNCIAS

FERNANDES, Ana Paula Cunha dos Santos; DENARI, Fatima Elisabeth. Pessoa com
deficiência: estigma e identidade. 2017.
LÓPEZ, Mauricio; ECHEITA, Gerardo; MARTÍN, Elena. Concepciones sobre el proceso de
inclusión educativa de alumnos con discapacidad intelectual en la educación secundaria
obligatoria. Cultura y Educación, 2009, vol. 21, no 4, p. 485-496.
MOSQUERA, Carlos Fernando França. Deficiência visual na escola inclusiva. Editora
Ibpex, 2010.
ROSSATO, Solange Pereira Marques; LEONARDO, Nilza Sanches Tessaro. A deficiência
intelectual na concepção de educadores da educação especial: contribuições da
psicologia histórico cultural. Revista Brasileira de Educação Especial, 2011, vol. 17, no 1, p.
71-86.
SANTOS, Daísy Cléia Oliveira dos. Potenciais dificuldades e facilidades na educação de
alunos com deficiência intelectual. Educação e pesquisa, 2012, vol. 38, p. 935-948.

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