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Bibliografia: livro dele. Renato de lima. Aury lopes jr. Patchelli. Qualquer um. Capez não!
No processo penal não falo mais em verdade real, pq quando falo em verdade real cria-se
uma contradição (...)
● Princípio da Publicidade
○ art. 5º, LX. (...e outros dispositivos)
○ absoluta: regra. Restrita: exceção
● Princípio do Contraditório
○ art. 5º LIV
○ Convenção Americana dos DH (Pacto de São José da Costa Rica), art. 8º,
item 1. Decreto Legislativo nº 27 de 26 de Maio de 1992
○ Informação e Reação: binômio que forma o contraditório
○ Contraditório é a ciência bilateral dos atos e termos do processo e
possibilidade de contraditá-los. Joaquim Canuto de Almeida
○ Dever de imparcialidade do órgão decisor exige inteirar-se da controvérsia
○ Antonio Magalhães Gomes Filho: a garantia do contraditório trata-se de uma
garantia fundamental de imparcialidade (...)
○ Obs.: Interceptação telefônica: hipótese de contraditório postergado no
Processo Penal.
● Princípio da Imparcialidade
○ na relação jurídica processual, 3 sujeitos: Juiz, MP acusador e Réu. art. 345
do CP. Tem que exigir do órgão julgador o desinteresse por ambas as partes.
Deve o Estado-juiz interessar-se apenas pela busca pela verdade processual
esteja ela com quem estiver sem abandonar a sua posição de supra-parte
○ É uma das características inerentes ao exercício da jurisdição (prof não trata
ele como princípio metodológico do processo penal)
○ é a mais difícil delas. Imparcialidade pressupõe juiz independente. Isso
pressupõe garantias constitucionais (...). Tenho que afastar essa influência
deixando o juiz livre para decidir, mas sem que ele sofra coações. João
Monteiro Arouca: A imparcialidade não é princípio inerente apenas a função
jurisdicional é também da função executiva (aqui chamada de
impessoalidade).
○ Imparcialidade exige que o juiz seja um cara neutro e juiz neutro não existe.
■ Uma coisa é você gostar da parte, outra coisa é olhar para o fato e
entender o fato.
■ A imparcialidade do órgão jurisdicional é uma característica da
jurisdição que tem que existir, mas ela tem uma grande dificuldade
quando se depara com tipos específicos de processo (...)
■ Lei 9.034 revogada pela 12.850 de 2013. Juiz como investigador, juiz
inquisidor quando o juiz é um julgador imparcial! Copiaram a Itália e
copiaram errado. Importaram o sistema inquisitivo da Itália, de certa
forma. E o juiz no br não faz investigação pq aqui o sistema é
diferente.
■ Imparcialidade é de difícil aplicação na prática. Não dá pra ter juiz
neutro, juiz apolítico.
Aula 3 - 03/03/2021
● Princípio do Favor Rei
○ (...) in dubio pro reo
○ mais vale um culpado nas ruas do que um inocente na cadeia Enrico Ferri
○ mitigação?
■ no tribunal do júri, na fase da pronúncia, dizem eles que, na dúvida,
decide-se em favor da sociedade. Prof não aceita esse princípio. Se
ta na dúvida impronuncia, pro prof. Prof diz como no tribunal do júri se
julga pela aparência. Tribunal do Júri é um teatro. Prof não aceita in
dubio pro societate
○ 386, VI e VII CPP
○ art. 615
08/03/2021
● Sistema Inquisitivo
○ aperfeiçoado no direito canônico.
○ Surgiu logo após o sistema acusatório privado surgido em Roma. Cidadão,
ao saber de crime, ele mesmo poderia fazer acusação. O que surge com
isso? vingança, perseguição, injustiça. Se acaba com sistema privado e
passamos para o inquisitivo onde juiz passa a ser acusador
○ Estado traz pra si repressão da prática de delitos.
○ nome vem do tribunal eclesiástico
○ acusar, defender e julgar nas mãos de uma só pessoa (o juiz).
○ processo é regido de forma secreta
○ não há contraditório ou ampla defesa, acusado é mero objeto do processo e
não sujeito de direito
○ sistema de provas: prova tarifada. Prova legal.
○ obs.: Franco Cordero juiz vive num quadro mental paranoico
● Sistema Acusatório
○ art. 129 CF
○ MP acusa
○ Acusação = imputação penal + pedido
○ actum trium personarum (ato entre 3 personagens: juiz, autor e réu)
○ (........)
obs.: sistema misto (...). Prof acha ruim. Juizado de instrução é erro. Afrânio Silva Jardim.
10/03/2021
(...)
● art. 241 CPP: Não foi recepcionado pela CF. Se o delegado ou o juiz for fazer busca
pessoalmente no domicílio de alguém não precisa expedição de mandado. Esse
dispositivo legal é anterior à CF. Antes da CF delegado podia emitir mandado de
busca e apreensão. Juiz se fosse pessoalmente não podia expedir mandado pra ele
mesmo. art. 5º, XI, CF. Compatibilizar com o sistema acusatório: hoje a autoridade
policial não pode expedir mandado de busca. Numa estrutura acusatória de
processo penal: juiz não pode fazer colheita de provas. Juiz determina e a polícia ou
o MP vai lá e cumpre.
● fazer apreensão: fazer aquilo que está descrito na ordem judicial. Mandado tem que
descrever o que vai ser apreendido. CPP art. 243
○ não posso ter mandado de busca coletivo pra todas as casas de uma
comunidade específica, por ex.! 243, I, CPP
● carro é extensão da casa? Não. No automóvel pode ser feita a busca. É busca
pessoal. art. 244 CPP
● obs.: quem investiga o desembargador é o presidente do Tribunal de Justiça
● art. 385 CPP: pra Rangel, não foi recepcionado pela CF
○ qual é o objeto do processo? pretensão acusatória (responsabilidade do MP).
○ se MP retira, pede a absolvição, não pode o juiz exercer em seu lugar! esse
art. é quando juiz podia acusar (sistema inquisitivo).
○ princípio da necessidade. Não há pena sem processo. nulla poena sine
iudicium
Inquérito Policial
15/03/2021
Indiciamento
Francisco de Assis Toledo princípios básicos do direito penal: crime é um fato típico, ilícito e
culpável (prof discorda da definição do Damásio).
● indiciar é apontar, indicar quem pode ser o possível autor daquele crime.
● Lei 12.830/13, art 2º
● até 2013 não existia o ato formal de indiciamento. Ia lá achando que era
testemunha, que tem que falar a verdade, e percebe que acabei de me
autoincriminar.
● (...)
● ato do indiciamento tem que ser fundamentado. Tratando-se de ato administrativo,
tem que ser vinculado. Não se trata de atividade discricionária da autoridade policial.
● qual é a natureza jurídica do inquérito?
○ como definir natureza jurídica de qualquer coisa: perguntar: é ela uma coisa,
uma pessoa ou um bem? a praça, por ex, é um bem. É bem público ou
particular? público. Qual diploma legal estudamos bem? código penal, civil...?
Civil. Art. 99, I, CC bem público municipal de uso comum do povo.
○ inquérito: procedimento de índole meramente administrativa. Integra a função
executiva. Inquérito é conjunto de atos administrativos.
○ não tem contraditório nem ampla defesa, já que é procedimento
administrativo e não processo administrativo.
○ inquérito é resquício de sistema inquisitivo quando o usam pra determinar
culpa (...). Inquérito bem conduzido apura os fatos e não visa punir, quem faz
isso é a sentença do juiz se chegarmos até lá. Inquérito tem ainda muito do
sistema inquisitivo.
○ posso ter condenação com base no inquérito? ver art. 155. Não pode decidir
com base exclusivamente nos elementos da investigação, as informações
tem que ter sido corroboradas no processo. Se não forem renovadas,
repetidas, confirmadas no processo elas não existem. Por que? porque o
inquérito não tem contraditório nem ampla defesa.
● art. 155 CPP. Juiz está livre pra decidir, mas de acordo com as provas que constam
nos autos, não é sistema da íntima convicção.
● diligências investigatórias determinadas pelo juiz. Art. 13, II: podia. Mas não pode
mais por causa do sistema acusatório (e o ministro do supremo fazendo isso,
definindo diligência?? a luz da estrutura acusatória do processo penal é erro
gravíssimo, juiz não colhe prova etc; além disso juiz instrutor e juiz vítima? se eles
são as vítimas não podem julgar! ). Quem pode determinar diligência é o MP, ele que
é o dominus litis, titular da ação penal.
● CPP, art. 593, III, d
● O inquérito policial pode ter vício que acarrete a sanção de nulidade?
○ é como qualquer ato administrativo!
○ ex.: perícia pra ver se é cocaína: perito, não o policial provando, por ex.
Características do Inquérito
● Inquisitorial
○ poder de direção é da autoridade policial
● Formal
● Sistemático
○ devem ser documentadas no inquérito. Deve ser possível fazer reconstrução
histórica dos fatos.
● Unidirecional
○ tem um único objetivo/ escopo: apuração dos fatos e objetos da investigação.
Não cabe à autoridade policial emitir juízo de valor (dizer que foi legítima
defesa, violenta emoção etc). Apenas conduz os fatos visando apurá-los.
17/03/2021
(...5mins atrasada)
● art. 14 A (Exceção ao não contraditório? (...))
● 142, CF (...). blabla justiça militar.
● apresentação espontânea impede prisão em flagrante (pra Rangel), depois pode ter
prisão preventiva
● obs.: dolo eventual é o “dane-se”, culpa consciente é o “poxa vida”
● na dúvida delegado deve entender o menos gravoso (ex.: delegado em dúvida sobre
qual a capitulação dada, como culpa ou dolo, faz diferença pra caber ou não fiança)
● (...)
● princípio da insignificância: delegado não pode definir se é ou não, cabe ao MP.
Sigiloso
● Até advogado está sujeito ao sigilo (da diligência, mas pode ir lá e ver o inquérito)
art. 7º, III e XIV, lei 8906/94 (Estatuto da Ordem): não permite intromissão na fase
investigatória. Advogado tem acesso ao que já está documentado.
● súmula vinculante 14
Discricionário
● autoridade policial, ao iniciar uma investigação, não está atrelada a nenhuma forma
determinada (...?)
● não confundir com arbitrariedade
● ex.: começou investigação com carta psicografada.
art. 10, caput: inquérito deverá terminar em prazo de 10 dias se estiver preso em flagrante
ou preventivamente (?...ler dispositivo). Com indiciado solto: 30 dias.
798, §1º cpp (...). se contasse nos termos do CPP não vou computar dia do começo, mas
incluo o do vencimento. Vou contar o prazo do CP: incluir dia do começo. art. 10 do CP.
Essa é a contagem que deve ser feita, a mais favorável ao réu.
(...) centrais de inquérito MP (...)
art. 10, §3º (...)
se não houver cautelar real ou pessoal, não passa pelo juiz, deve ficar entre mp e delegado
(diligências e tal não cabem ao juiz). Princípio da reserva da jurisdição para certas coisas.
foro por prerrogativa de função art 10, §3º (autoridade em questão é o delegado de polícia).
não é foro privilegiado, não é privilégio.
stf: atos praticados no exercício do mandato e se ainda está no cargo (...). Prof discorda.
dep est: foro de prerrogativa de função TJ
virou senador: perde foro? ou vai pro supremo ou continua no TJ. Não faz sentido senador
ser julgado por juiz de primeiro grau.
22/03
arts 6, 218, 240, 241 do CPP à luz da CF
Condução Coercitiva
● art. 218 CPP
busca e apreensão: cônjuge. Busca domiciliar sem ordem judicial. (...). está abolida a figura
do chefe da sociedade conjugal. art. 226, §5º.
art. 1567 CC
Arquivamento do Inquérito
(...)
41 c/C 395, CPP
(...)
24/03/2021
se juiz discordar do arquivamento? manda pro procurador geral (...). Se procurador geral
discorda do promotor que pediu arquivamento, indica um promotor pra oferecer denúncia
(...) Promotor indicado é longa manus do procurador geral, ele é indicado “para oferece-la” é
ato de delegação. Pra doutrina em geral é assim, portanto ele deve oferecer denúncia. Mas
prof diz que ele tem independência funcional garantida pela constituição (127 (ou 128?),
§1º) e em conflito entre CF e CPP prevalece a CF.
(...) (...)
181 ECA. Homologação, mais em consonância com o sistema acusatório, foi feito em 91, à
luz da constituição.
prescrição.(...)
Salo de Carvalho: tem entendimento de que os processos que se eternizam/ ultrapassam
prazo razoável deveriam autorizar que réu tivesse redução de pena se for condenando por
conta do sofrimento ao longo do processo. (...)
arquivamento implícito do inquérito do policial (figura doutrinária): casos existem em que o
MP inves de requerer arquivamento do inquérito ao juiz ele oferece denúncia de um
indiciado ou esquece de mencionar outro; imputa ao indiciado prática de um fato e
esqueceu-se de outro fato também apurado no inquérito. Tem que verificar se juiz percebeu
“cochilo” do MP e mandou pro procurador geral, se não, se juiz recebe denúncia: é
arquivamento implícito. Jurisprudência não aceita esse arquivamento explícito, eles
entendem que o arquivamento tem que se dar de forma expressa, clara.
nesse acordo deve estabelecer todas as cláusulas a que está submetido o investigado (...).
Acordo: vou assumir culpa e você vai estabelecer as cláusulas desse acordo. Esse acordo
deve ter objeto claro e definido para que não paire uma dúvida na sua execução (...).
(...)
ele assume a autoria, não exatamente a culpa. Aquilo não vai pros antecedentes criminais
dele (só fica lá pra caso vá fazer outra transição penal).
lei 11343: lei de drogas. art. 33. (...). se a pena mínima fosse menor que 4 anos seria
considerado que tem violência sim (...). violência intrínseca e não extrínseca. (...) pro prof!
de qualquer forma tráfico de drogas é 5 então já não cabe.
art. 28-A, I
(...)
o acordo de delação premiada é diferente. No caso da delação premiada vai ter processo.
05/04/2021
(...)
Crime novo: Perseguição, art. 147 - A. Em verdade esse crime é um crime habitual. É
infração penal de menor potencial ofensivo, reclusão de 6 meses a 2 anos. Conduta criminal
Habitual (Inciso II).
Frequência do reiteradamente do crime de stalking? Bom senso para identificar. 2 vezes
não seria reiterada.
● Inciso II do Anpep. Reincidência e criminoso habitual impede anpep. Exceção:
infrações penais insignificantes. Ex.: furto de uma caneta de 50 centavos, furto de
uma banana. (pra não entrar na discussão do furto de pequeno valor (...)).
● Inciso III: já ter sido beneficiado nos 5 anos anteriores com um acordo ou transação
penal ou suspensão do processo. 5 anos é a prescrição de reincidência do anpep.
Sursis processual da lei 9.099 (e não o sursis penal do código penal).
07/04/2021
(...)
Diferenças entre ANPEPE e Transação Penal
(...)
● pena mín; pena máx
Não tem como flagrar crimes como curanderismo, funcionamento de casa de prostituição e
tal (...) habitual
(...)
● ambito de competencia da transação penal é o jecrim. do anpepe é qualquer órgãos
jurisdicional desde que satisfeitos os requisitos do 28-a
(...) (...)
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta
de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de
outras provas tiver notícia.
(...)
(...)
súmula 524
ação penal ser iniciada sem novas provas (...)?
(...)
(...)
12/04/2021
teorias possíveis: una (tgp pra civil e penal) x específica pra processo penal, teoria dualista
(...)
ação
subjetivo (?); abatrato; autônomo; instrumental; público (contra o estado em face do réu
(...)
Ação penal
● pública
● condicionada
○ a representação (do ofendido)
○ a requisição (do Ministro da Justiça)
● incondicionada
● de iniciativa privada: promovida mediante queixa do ofendido (art. 100, §2º, CP).
Art. 100, CP: ação penal é pública, exceto quando a lei a declara privativa do ofendido
(“somente se procede mediante queixa”); queixa crime: petição inicial penal (só entro com
ela em juízo, perante o juiz). Na delegacia faço registro de ocorrência, notícia crime, faço
representação (autorizo instauração de inquérito para apurar crime (qndo pública
condicionada).
art. 24, CPP
19/04/2021
art 48: pra alguns juristas e pra supremo por estar no art 48 só caberia na ação de iniciativa
privada. pro prof isso é um erro.
(...)
art 77: (...)
(...)
se vai promover a queixa crime, tem que promover contra todos os autores. ou promove
contra todos ou contra ninguém. Indivisibilidade
perdao concedido a um se extende a todos os outros (se os outros não aceitam o perdão é
outra história)
03/04/2021
jurisdição
art 28 arquivamento de inquérito. se juiz discorda manda ao pgj ou pgr. (...) juiz está
obrigado a atender, se o esta, o dono da ação penal é o MP.
(...)
(...)
(...)
(...)
art 76 lei do jecrim exceção. sanção de caráter administrativo porém com intervenção do
juiz