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1. Depoimento pessoal
a) Conceito e finalidades
c) Casuística
Uso de evasivas:
Art. 345. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de
responder ao que Ihe for perguntado (RECUSA DIRETA), ou
empregar evasivas (RECUSA INDIRETA), o juiz, apreciando as
demais circunstâncias e elementos de prova, declarará, na sentença,
se houve recusa de depor.
Ex: a pessoa diz que não se lembra se a pessoa estava com camisa
vermelha ou amarela, com ou sem camisa...
Não comparecimento:
Art. 343, § 2o Se a parte intimada não comparecer (RECUSA
INDIRETA), ou comparecendo, se recusar a depor (RECUSA
DIRETA), o juiz Ihe aplicará a pena de confissão.
Em algumas hipóteses, a parte tem “direito ao silêncio”, não sendo aplicada a confissão:
Nada impede que, apesar de não considerar crime a mentira, aplique o disposto no
artigo 17, II, do CPC:
Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que: (Redação dada pela
Lei nº 6.771, de 1980)
(...)
II - alterar a verdade dos fatos; (Redação dada pela Lei nº
6.771, de 1980)
2. Confissão
a) Conceito
A confissão recai sobre fato, não vincula; o reconhecimento recai sobre fato e direito,
fato e conseqüências jurídicas, vincula.
Meio de prova: é um instrumento para obter a prova, para sacar o conteúdo da prova.
Ex: depoimento pessoal extrai a confissão; prova documental extrai o fato que está no
documento; depoimento extrai as impressões da pessoa sobre os fatos.
Confissão não é meio de prova, não é usada para extrair nada! É o próprio objeto da
prova. Há confissão por depoimento, por prova testemunhal...
c) Espécies de confissão
i. Confissão extrajudicial
É aquela que não é feita em juízo.
Se feita por escrito e à parte ou a quem a represente, a confissão terá a mesma
eficácia da confissão judicial.
Se feita a terceiro ou for oral (segundo o professor), será livremente valorada
pelo juiz.
Espontânea: é aquela que pode ser prestada diretamente pela parte, de modo oral
ou por escrito.
Provocada: pode ser real ou ficta. A confissão ficta tem previsão no artigo 343,
§1º, do CPC.
Real: ocorre no depoimento pessoal. Não é ato voluntário, só há
confissão por conta da provocação.
Ficta: a pessoa vai prestar o depoimento e não responde as perguntas ou
não vai.
d) Casuística
i. Confissão do litisconsorte
Artigos 48 e 350 do CPC.
Ex: 2 litisconsortes – um dos litisconsortes confessa que ambos devem e o outro nega.
b) Procedimentos
i. Exibição contra a parte: o autor pede que o réu exiba documento ou coisa.
ii. Exibição contra terceiro
A parte não sofre a presunção de veracidade e o terceiro não sofre aquelas sanções
porque a própria lei estabelece que a recusa é lícita nos casos do artigo 363:
Existem duas diferenças entre pedir exibição no curso do processo e ajuizar a ação
exibitória.
4. Prova documental
a) Conceito
Exemplos:
A prova escrita é o principal exemplo. O papel (suporte material) recebe informação.
Outros exemplos: pedra, vídeo, gravação em cd, pen drive, gravação de voz, e-mail,
página de internet...
b) Espécies
i. Documento público
Tem um valor probatório maior que o privado porque faz prova não só da sua formação
(presume-se que foi formado de forma adequada porque é público), mas também ficam
provados os fatos que o escrivão ou tabelião ou funcionário declarar que ocorreram na
sua presença.
Admite-se prova em contrário em relação ao fato afirmado.
É aquele não emitido por autoridade pública, mas sim elaborado pelos próprios
particulares.
ii. Questão incidental no processo. É decidida pelo juiz sem coisa julgada.
Como regra geral, a arguição de falsidade serve apenas para argüir falsidade material
(falsidade relativa à formação do documento ou à declaração nele contida).
5. Prova testemunhal
a) Conceito
Na prova testemunhal, a pessoa que não é parte conta fatos ao juiz. Um terceiro conta
fatos ao juiz. Se é a própria parte, é interrogatório ou depoimento pessoal
OBS: A jurisprudência entende que, apesar de não ser possível comprovar contrato só
por testemunhas, é possível comprovar seu cumprimento, sua inexecução, etc.
O juiz pode ouvir como informante os suspeitos e impedidos, mas NÃO PODE OUVIR
O INCAPAZ COMO INFORMANTE.
d) Contradita de testemunha
A parte tem que ir para a audiência sabendo que vai contraditar e ainda levar as suas
testemunhas da contradita.