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b) Procedimento Dispensável
▪ Art. 27 CPP; art. 39 §5º CPP. Se o titular da ação penal contar com
elementos de informação oriundos de procedimento investigatório
diverso, o inquérito policial será dispensável.
– EX.: Sindicância ou Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra
servidor público.
– EX.: COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
– EX.: INSS faz investigações.
– EX.: Receita Federal faz investigações de crimes tributários.
– EX.: IBAMA em delitos ambientais.
▪ Art. 12, CPP. Se o inquérito policial servir de base ele deve ser anexado à
denúncia.
15 Fonte: Renato Brasileiro de Lima (Manual de Processo Penal, 2016). Henrique Hoffmann (Site
Conjur). Geilza Diniz (PDF GranConcursos, 2020).
▪ Direito PROCESSUAL PENAL ▪ Caderno de Wantuil Luiz Cândido Holz ▪ Página 51 ▪
c) Procedimento Sigiloso
da família e de advogado.
▪ Para o advogado dar assistência ao preso é necessário acesso
as informações.
▪ Interpretação extensiva: “Preso” deve ser interpretado como
investigado / suspeito / investigado.
▪ (Súmula Vinculante 14): “É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício
do direito de defesa”.
▪ No caso de dados sigilosos, o advogado terá acesso apenas
aos elementos que tenham interesse na defesa do seu cliente.
Não terá acesso a dados de investigação de outros acusados.
▪ O acesso do advogado é restrito aos elementos investigativos
já documentados. Não abrange eventuais diligências em
andamento.
▪ A doutrina estende a Súmula Vinculante a todas as demais
formas de investigação criminal.
▪ (Art. 7º, XIV, Lei 8.906/94 – com redação dada pela Lei 13.245/16) De
regra, o advogado tem acesso com ou sem procuração a autos de
investigação criminal de qualquer natureza, mas havendo
informações sigilosas (quebra de sigilo bancário, telefônico etc.)
somente o advogado com procuração terá acesso.
d) Acesso do advogado ao IP
▪ Lei 13.245/16, que altera o art. 7º, XIV, XXI, §10, §11 e §12, Lei 8.906/94.
▪ ACESSO AOS AUTOS: Lei 8.906/94, Art. 7º, XIV: assegura ao advogado
acesso aos autos do flagrante e de investigações de qualquer natureza,
mesmo sem procuração, ainda que conclusos, podendo copiar peças e
tomar apontamentos, em meio físico ou digital. O novo dispositivo legal
não delimita “ao interesse de seu cliente”.
▪ Qualquer natureza abrange, por exemplo, investigações presididas
pelo Ministério Público e mesmo investigações não criminais.
▪ §10: Em autos sujeitos a sigilo exigir-se-á procuração.
– EX.: art. 234-B, CP (crimes sexuais).
▪ §11: O Delegado poderá delimitar o acesso do advogado aos
elementos de prova relacionados a diligências em andamento e
ainda não documentados nos autos, quando houver risco de
comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das
diligências.
e) Procedimento Inquisitorial
▪ Requisitos:
▪ (i) Investigado é servidor vinculado às instituições do art. 144 da
CF ou do art. 142 da CF (neste caso, quando em missões
destinadas a Garantia da Lei e da Ordem).
▪ (ii) O objeto de investigação são fatos relacionados ao uso da
força letal praticados no exercício profissional, tentados ou
consumados, inclusive nas hipóteses de exclusão de ilicitude.
▪ Procedimento:
→ Citação (notificação) do investigado, para que constitua
defensor em 48 horas.
▪ Tecnicamente, seria melhor chamar o ato de notificação
(pois não existe relação processual a ser integrada).
→ Caso o investigado fique inerte, intimação da instituição a
que estava vinculado o investigado, para que constitua defensor
para o investigado, em novo prazo de 48 horas.
▪ Preferencialmente, a atribuição deve recair sobre a
Defensoria Pública. Havendo manifestação de que não há
Defensoria Pública, será possível a indicação de profissional
que não integre a Administração, com os custos por conta
do orçamento da instituição a que o servidor estiver
vinculado.
f) Procedimento Discricionário
g) Procedimento Oficioso
h) Procedimento Oficial
i) Procedimento Indisponível
▪ (Art. 17, CPP) O Delegado não pode arquivar o inquérito policial.
▪ O Delegado tem até uma certa discricionariedade para instaurar o
inquérito, mas instaurado não poderá arquivar.
▪ Essa característica se dirige ao Delegado.
j) Procedimento Temporário
▪ (Art. 10, CPP) Inquérito Policial tem prazo para ser concluído.
▪ Direito PROCESSUAL PENAL ▪ Caderno de Wantuil Luiz Cândido Holz ▪ Página 64 ▪
k) Inexistência de nulidade
▪ Eventuais vícios do Inquérito Policial não contaminam a futura ação
penal. Sendo o inquérito um procedimento administrativo e não processo
(dele não decorre sanções), não há que se falar em “nulidade no
inquérito”.
▪ Inquérito policial não tem nulidade, mas mera irregularidade (vícios). Um
ato ilegal (viciado) não contamina todo o inquérito.
– EX.: Perícia feita por um só perito não oficial. Depois pode ser feita
nova perícia.
– EX.: Falha na Portaria de instauração do inquérito policial.
– EX.: Polícia Civil investiga crime eleitoral.
– EX.: Não é necessária a intimação prévia da defesa técnica do
investigado para a tomada de depoimentos orais na fase de
inquérito policial. Não haverá nulidade dos atos processuais caso essa
intimação não ocorra. A Lei nº 13.245/2016 implicou um reforço das
prerrogativas da defesa técnica, sem, contudo, conferir ao
advogado o direito subjetivo de intimação prévia e tempestiva do
calendário de inquirições a ser definido pela autoridade policial. (STF.
2ª Turma. Pet 7612/DF, J.: 12/03/2019)
▪ Exceção 1: Provas ilícitas produzidas na investigação preliminar podem
contaminar o processo judicial, por derivação (art. 157, §1º, CPP).
▪ A aplicação da teoria da ilicitude por derivação (art. 157, §1º, CPP)
leva a ilicitude do inquérito policial para dentro do processo judicial.
– EX.: Caio, mediante tortura, confessa o crime e informa o local
onde se encontram o cadáver e a arma do crime. Em seguida, a
polícia diligencia nos locais informados no interrogatório e
localiza o cadáver e a arma do crime. As perícias serão ilícitas
▪ Direito PROCESSUAL PENAL ▪ Caderno de Wantuil Luiz Cândido Holz ▪ Página 67 ▪
por derivação.
▪ Exceção 2: Art. 7º, XXI, Lei 8.906/94 (redação dada pela Lei 13.245/16):
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de
infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório
ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos
investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou
indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: