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PRÁTICA PENAL

Rafael Lino da Silva do Bomfim – 1º Ten PM


INSTRUTORES

1º TEN PM LINO
SGT PM AMORIM
SD 1ª CL PM REBOUÇAS
Direito Penal Parte Especial

• O crime vem a ser uma das formas do Estado defender


o cidadão contra as violações a seus direitos. Desse
modo, para cada crime, há um bem jurídico a ser
protegido.

• Os bens jurídicos protegidos podem ser a VIDA,


LIBERDADE, PATRIMÔNIO, DIGNIDADE...

• Além da definição dos crimes, a parte especial do CPB,


também define as medidas, as quais são aplicadas aos
criminosos, as penas, como expresso no art. 1º do CPB.
HOMICÍDIO
Art. 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em
razão dessa condição:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:
I - violência doméstica e familiar;
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos.
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se
o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo
doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão
grave que a sanção penal se torne desnecessária.
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de
segurança, ou por grupo de extermínio.
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem
condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.
HOMICÍDIO

Bem jurídico tutelado: VIDA (Existência)

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa

Sujeito Passivo: Qualquer pessoa

Tipo Subjetivo: animus necandi

Crime material

Previsão da modalidade culposa (parágrafo terceiro)


HOMICÍDIO

Homicídio Simples

Art. 121. Matar alguém:


Pena – reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.

Homicídio Privilegiado

§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de


relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da
vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
HOMICÍDIO

Homicídio Qualificado

§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo
torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro
recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
vantagem de outro crime:
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
FURTO

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:


Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou
aplicar somente a pena de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de
explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor
que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente
domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da
subtração.
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de
substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem
sua fabricação, montagem ou emprego.
FURTO

Bem jurídico tutelado: PROPRIEDADE

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa

Sujeito Passivo: Qualquer pessoa

Tipo Subjetivo: animus furandi

Crime material

Não admite modalidade culposa


FURTO

Furto Simples

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia


móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Causa de Aumento de Pena

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é


praticado durante o repouso noturno.
FURTO

Furto Privilegiado

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a


coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão
pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou
aplicar somente a pena de multa.

Gato de Eletricidade/Internet/TV à cabo

§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou


qualquer outra que tenha valor econômico.
FURTO

Furto Qualificado

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se


o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à
subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada
ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
FURTO

Furto Qualificado

§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e


multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum.
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a
subtração for de veículo automotor que venha a ser
transportado para outro Estado ou para o exterior.
§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a
subtração for de semovente domesticável de produção,
ainda que abatido ou dividido em partes no local da
subtração.
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e
multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de
acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem
sua fabricação, montagem ou emprego.
ROUBO

Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência.
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa.
§ 1.º Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra
pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para
si ou para terceiro.
§ 2.º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até 1/2 (metade):
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; (REVOGADO)
II – se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III – se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância;
IV – se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou
para o exterior;
V – se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou
isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca;
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de
artefato análogo que cause perigo comum.
§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito
ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.
§ 3.º Se da violência resulta:
I - lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 (sete) a 15 (quinze) anos, além da multa;
II - morte, a reclusão é de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo da multa.
ROUBO

Bem jurídico tutelado: PROPRIEDADE

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa

Sujeito Passivo: Qualquer pessoa

Tipo Subjetivo: animus furandi

Crime material

Não admite modalidade culposa


ROUBO

Roubo Simples

Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para


outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência.
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa

§ 1.º Na mesma pena incorre quem, logo depois de


subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou
grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime
ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
ROUBO

Roubo Qualificado

§ 2.º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até 1/2 (metade):


I – (REVOGADO)
II – se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III – se a vítima está em serviço de transporte de valores e
o agente conhece tal circunstância;
IV – se a subtração for de veículo automotor que venha a
ser transportado para outro Estado ou para o exterior;
V – se o agente mantém a vítima em seu poder,
restringindo sua liberdade.
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de
acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem
sua fabricação, montagem ou emprego.
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com
emprego de arma branca;
ROUBO

Roubo Qualificado

§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):


I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de
arma de fogo;
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo
mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo
que cause perigo comum.

§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com


emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido,
aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.

§ 3.º Se da violência resulta:


I - lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 (sete) a
15 (quinze) anos, além da multa;
ROUBO

Latrocínio

§ 3.º Se da violência resulta:


II - morte, a reclusão é de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, sem
prejuízo da multa.

Doutrina (art. 14, CPB) Tentativa

Jurisprudência (Súmula 610) Consumação

Súmula 610 STF - Há crime de latrocínio, quando o homicídio


se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de
bens da vítima.

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