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INSTITUTO DE CIENCIAS DE SAUDE TENHA ESPERANҪA -INCISTE

CURSO DE TECNICO DE MEDICINA GERAL. 20

DISCIPLINA DE MEDICINA LEGAL

TEMA
SEXOLOGIA OU AFRODISIOLOGIA FORENSE

Discentes:

Graça Albertino N°26

João Nayt N°32

Marinela Gene Sithole N°42

Rabia Fernando N°46

Docente:

Dr. Macotoro

Beira ,2024

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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................. 3
2. SEXOLOGIA OU AFRODISIOLOGIA FORENSE ............................................................ 4
2.1. Estudo dos caracteres sexuais: ...................................................................................... 4
3. Estados Inter-Sexuais ou Sexo Dúbio: .............................................................................. 5
3.1. Hermafroditismo ............................................................................................................... 5
3.1.1. CLASSIFICAÇÃO DE KLEBS................................................................................ 5
3.1.2. CLASSIFICAÇÃO DE WILKINS ........................................................................... 6
4. Atentado ao pudor ................................................................................................................. 6
4.1. Violação ........................................................................................................................ 7
4.2. Estupro .......................................................................................................................... 7
4.3. Perícia Médico Legal: ....................................................................................................... 7
4.4. EXAME DAS VÍTIMAS .................................................................................................. 8
5. EXAME DO AUTOR OU AGRESSOR............................................................................... 9
5.1. Exame em casos de sexo oral ........................................................................................ 9
5.2. Exame em casos de sexo por via anal ......................................................................... 10
5.3. Exame em casos de sexo por via vaginal .................................................................... 10
5.4. Exame em casos de outros coitos ectópicos ou outros tipos de manifestações ........... 12
sexuais ou actos libidinoso. ..................................................................................................... 12
6. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 13
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 14

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1. Introdução
É um dos capítulos mais mediatizados da Medicina Legal devido as repercusões morais
e jurídico-legais que têm na vida das pessoas, bons costumes e honra dos cidadãos. Tem
como objectivo o estudo de: (1)- sexo dúbio ou anomalias de diferenciação sexual e o
transsexualismo;
(2)- crimes sexuais ou crime contra a honestidade e (3)- distúrbios de instinto
sexual e as perversões sexuais com implicações médico-legais.

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2. SEXOLOGIA OU AFRODISIOLOGIA FORENSE

Estuda os aspectos da sexualidade que tem interesse jurídico tal como: violência sexual,
anomalias de diferenciação sexual e transtornos de instinto sexual.
Tem como objectivo o estudo de:
 Sexo dúbio ou anomalias de diferenciação sexual e o transsexualismo;
 Crimes sexuais ou crime contra a honestidade ;
 Distúrbios de instinto sexual e as perversões sexuais com implicações médico-
legais.
2.1.Estudo dos caracteres sexuais:
O sexo é um dos elementos constituitivos da personalidade biológica,
jurídicoconstitucional de um individuo, ao sexo vem registado na Identificação Judicial
particularmente no Assinalamento Suncinto o nome, a filiação, o estado civil, a data de
nascimento, o local de nascimento, a nacionalidade, a raça, etc.
A identidade sexual de um individuo é influenciada por uma serie de factores
interrelacionados,tais como factores genéticos, factores hormonais, factores
psicológicos ou comportamentais necessários para uma qualificação sexual harmoniosa.

O sexo é classificado em função desses factores que são designados de caracteres


sexuais assim teremos:
 Sexo genético ou cromossómico: é determinado pela presença de caracteres
sexuais cromossómicos, assim designaremos que um individuo é do sexo
masculino se tiver os cromossomas sexuais xy ou o individuo é do sexo
feminino se tiver os cromossomas sexuais xx. Estes cromossomas sexuais são
adquiridos pelo novo ser ou óvulo no acto da fecundação, provenientes dos
cromossomas sexuais de cada dos progenitores.
 Sexo gonâdico: é definido pela presença nas gônadas indiferenciadas de
elementos germinativos provenientes da informação genética que dará origem a
célula sexual do tipo masculino ou feminino, será masculino se o carácter sexual
diferenciar em testículos e sexo feminino se o carácter sexual diferenciar em
ovários, todos estes produzirão hormonas esteróides.
 Sexo cromatínico: a presença de corpúsculos de Barr presentes nos núcleolos
determina que o individuo é do sexo feminino.

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 Sexo genital interno: é nos dado pela presença de caracteres sexuais internos do
tipo masculino o que tiver o que tiver diferenciação dos canais de Wolff:
epidídimo, canal deferente, canal ejaculador, vesícula seminal, próstata e
glândula bulbo-uretral. Será do sexo feminino o que tiver diferenciação dos
canais de Muller: trompas, útero e vagina.
 Sexo genital externo ou fenotipico: é definido pela presença dos órgãos gentias
externos do tipo masculino se tiver pénis e escroto com testículos dentro das
bolsas, do tipo feminino se tiver a vulva. É com base no sexo genital externo ou
fenotipico que se regista o sexo do individuo na altura do nascimento.
 Sexo de identificação psíquica: é definido pela identificação sexual que o
individuo faz de si próprio, e que se reflecte no seu comportamento.
 Sexo de identificação social: é definido pela identificação sexual influenciada
pela educação recebida desde a infância, no ambiente familiar, escolar, laboral e
social, que prepara e condiciona o sujeito para seu futuro papel sexual.

3. Estados Inter-Sexuais ou Sexo Dúbio:


Os estados inter-sexuais ou sexo dúbio tem em vista o estudo do Hermafroditismo e
estados de Pseudo-Hermafroditismo para fazer a distinção ou diferenciação com o
Trans-sexualismo.

3.1.Hermafroditismo
é uma expressão provêm da mitologia grega. Hermafrodita que era o filho de Afrodita
(Venus) e de Hermes (Mescúrio).

Existem duas classificações dos estados inter-sexuais ou sexo dúbio:

3.1.1. CLASSIFICAÇÃO DE KLEBS


Esta classificação não toma em consideração os caracteres sexuais secundários,
considera básicamente a presença a presença do carácter sexual gonádico.

 Hermafroditismo verdadeiro: é um individuo que apresenta glândulas sexuais


dos dois sexos, testiculos e ovários, podem estar separados ou unidos numa
única massa chamada de ovotestis. Pode estar bilateralmente isto é testículos e

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ovários em ambos os lados; unilateralmente, testículo e ovário num lado noutro
testículo ou ovário; lateralmente, testículo num lado e ovário noutro.
 Pseudohermafroditismo: quando a malformação afecta uma parte dos orgãos
sexuais internos ou externos. É considerado pseudo-hermafrodita masculino se
o individuo possuem gónadas masculinas, isto é testículos; pseudo-hermafrodita
feminino se o individuo possuem gónadas femininas, isto é ovários.

3.1.2. CLASSIFICAÇÃO DE WILKINS


É uma classificação mais recente, além de considerar os caracteres sexuais gonádicos,
toma em consideração os caracteres sexuais secundários que se desenvolvem
influenciados pelos níveis hormonais.
 Hiperplasia congénita da supra-renal: é também chamado o hermafroditismo
feminino com sinais de masculinização devido a hiperplasia da supra-renal.
 Hermafroditismo verdadeiro:
 Pseudohermafroditismo masculino: existe duas situações:
(1)- é um individuo que apresenta hipospadia com escroto bipartido.
(2)- é um individuo com digenesia gonádica que tem cromatina masculina.
 Pseudohermafroditismo feminino:
Estas classificações só tem valor teórico. Muitas das vezes constitui um achado na sala
de operações ou de autópsias. Em casos de sexo duvidoso é importante para o
diagnóstico médico-legal efectuar o estudo do psicológico ou comportamental.
 Trans-sexualismo: é uma anomalia de orientação psicossocial e do
comportamento.

4. Atentado ao pudor
São todos os actos libidinosos, venéreos, lascívias, que deixam sinais físicos,
psicológicos e psíquicos ou com repercussões nestas áreas na vítima. Estes actos podem
ser todo o género ou tipo de manifestação sexual, desde a prática de coito ou sexo
ectópico tais como o sexo por via oral, sexo por via anal, sexo entre as coxas, sexo entre
os seios, sexo manual auto ou hetero isto é masturbação; toques e apalpadelas de
mamas, vagina, pénis;etc; sexo por via vaginal, sexo vulvar ou vestibular, etc.

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4.1.Violação
Violação é toda a cópula vaginal com qualquer mulher, contra a sua vontade, por meio
de violência física, de intimidação, ou de qualquer fraude, que não constitua sedução, ou
achando-se a mulher privada do uso da razão, ou dos sentidos.
Pode ainda ser cópula vaginal com menor de doze anos, mesmo com consentimento
desta, mesmo que não haja penetração total do pénis.

4.2.Estupro
É a cópula vaginal, por meio de sedução, com mulher virgem menor de dezoito e maior
de doze anos é de que o perito ao subentender que está perante esta figura jurídica deve
demonstrar:
(1)- o estado de virgindade ou de desfloramento diagnosticando respectivamente a
integridade ou a laceração do hímen.

Virgindade é um conceito jurídico-social que não resulta da integridade física ou


anatômica da membrana hímenial, resulta antes de a mulher nunca ter exercido cópula
vaginal, mesmo incompleta, conservando a sua pureza sexual

4.3.Perícia Médico Legal:


Estabelece o Regulamento que “nos casos de alegação ou suspeita de atentado ao
pudor, estupro, violação, gravidez, aborto provocado e parto, o exame de peritos deverá
ser feito diante de uma ou duas testemunhas e demanda em todo o caso o consentimento
da parte; e se for criança, o consentimento da mãe.

Os crimes sexuais, estabelecidos no Código Penal como crimes contra a honestidade –


atentado ao pudor, estupro e violação, constituem urgência médico-legal. As vítimas
devem ser observadas o mais cedo possível, o ideal logo após o facto a fim de:
 Permitir um tratamento médico e psicológico
 Colheita de todos os elementos ou indícios tipo manchas na vítima, no agressor,
no vestuário e sobrado para constituir elemento de prova material, antes que
estes despareçam ou sejam conspurcados.
 Permitir ou evidenciar os sinais de conjunção carnal e de outras diferentes
formas ou tipos de manifestação sexual.

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4.4.EXAME DAS VÍTIMAS
O exame deve ser efectuado num gabinete ou consultório médico, em ambiente bem
recatado para preservar a privacidade da vítima, devidamente iluminado a luz natural ou
artificial, com uma marquesa normal e marquesa ginecológica, sempre na presença de
familiares ou representantes legais, o perito deve ser auxiliado por uma enfermeira ou
outro técnico de saúde.
O exame clínico deve ser completo, devendo o perito observar o estado geral; o estado
de consciência, orientação no tempo e espaço; estado psicológico.
A vitima deve estar completamente despida, o perito descreverá se o individuo
examinado é ou não púbere, de consistência física regular de acordo com a idade,
avaliando o desenvolvimento físico.
Deve descrever se a vítima apresenta ou não as lesões traumáticas extra-genitais, dando
particular atenção ao tipo de lesões de ataque ao nível da face, do pescoço, dos seios,
coxas, nadégas, etc e as lesões de defesa nos membros superiores (antebraço e mãos) e
de outras regiões do corpo.
Deverá o perito precisar a ausência de lesões traumáticas extra-genitais.
O perito deverá examinar a roupa da vítima, da cama ou do local de facto.

Pedofilia e/ou abuso sexual de menores pode ser um distúrbio de instinto sexual, que
consiste em toda e qualquer exploração de menor pelo adulto que tem como finalidade
directa ou indirecta a obtenção de um prazer lascívio, venéreo, etc. Estes abusos
manifestam-se de diversas formas desde carícias nos órgãos genitais dos menores,
solicitação para que estes façam aos adultos, sexo oral entre o menor e o adulto ou vice-
versa, sexo por via vaginal, sexo anal, sexo manual auto ou hetero, exibição de material
pornográfico, etc.
Durante o exame clínico o perito deve averiguar junto da família certas manifestações
que a criança pode ter como por exemplo mudança brusca de comportamento para com
amigos, família, colegas na escola; medo ou temor de certas pessoas ou lugares; recusa
imediata de ser examinada, uso de expressões ligadas ao acto sexual ou de palavrões;
etc.

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5. EXAME DO AUTOR OU AGRESSOR
o exame clínico deve ser efectuado se possível urgentemente na mesma altura em que
se examina a vítima, o ideal antes das vinte quatro horas, o exame deve ser completo
dando particular atenção a observação dos dedos e das unhas, colheita de amostras para
exame laboratorial de sangue, urina, saliva, nas bordas das unhas, superficie do pénis,
pêlos pubianos e manchas em todo o corpo, nas roupas.
5.1.Exame em casos de sexo oral
1)- Introdução do pénis na cavidade bucal: quando a prática de sexo oral é voluntária
e de mutúo consentimento, geralmente a introdução e saida do pénis pela cavidade
bucal faz-se por meio de sucção e a direcção é mais ou menos transversal e
ligeiramente obliqua para cima não chegando a traumatizar o palato; entretanto
quando este acto é contra a vontade da vítima a introdução e saida do pénis é feita
com a boca parcialmente cerrada, a direcção é oblíqua de baixo para cima, o agressor
força esse acto colocando uma das mãos na cabeça da vítima na região occipital
produzindo flexão e extensão do pescoço traumatizando desde modo a abóbada
palatina.
As lesões locais que podemos encontrar na vítima são equimoses na mucosa labial,
escoriações ou abrasões na mucosa labial, equimoses na abóbada palatina.
A pesquisa de semén por meio de uma zaragatoa deve ser feita na região
alveologengival levantando os lábios, na orofaringe muitas das vezes é infrutífera
porque a vítima terá cuspido ou deglutido o sémen.
A pesquisa de sémen na boca deve ser feita precocemente antes de se completar uma
hora após o acto libidinoso.
No agressor podemos encontrar marcas dos dentes e manchas de saliva no pénis da
vítima útil para identificação de quem foi o agressor e da vítima.
2)- Introdução da língua na região vulvo-vaginal: é um tipo ou manifestação de acto
sexual libidinoso mais raro, mais frequente em adolescentes do sexo masculino,
aliciados ou seduzidos por mulheres adultas mais velhas, segundo os nossos registos
com empregadas domésticas ou vizinhas, aliciam os adolescentes a introduzir a língua
na região vulvovaginal.

Geralmente os sinais locais aparecem tardiamente, quanto estes adolescentes contraem


doenças de transmissão sexual na orofaringe, temos um caso de um adolescente que
evoluia constantemente com amigdalites de repitição com falência terapêutica, feita a

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cultura do exsudato comprovou-se presença de infecção gonocócica.
5.2.Exame em casos de sexo por via anal
A introdução do pénis ou de um objecto ponteagudo no anús de um individuo designa-
se de sodomia passiva.
Antigamente considerava-se sodomia como sinónimo de pederastia pois estes actos
libidinosos eram práticados em menores do sexo masculino, actualmente julgamos
nós que a expressão correcta é pedófilo, isto é, individuo que tem atracção sexual por
crianças de ambos os sexos, podendo o acto sexual ser anal, vaginal, oral, manual, etc.
O individuo que introduz o pênis ou objecto pratica o acto de sodomia activa.

A descrição das lesões deve se feita por quadrantes superior ou inferior, ou seguindo o
sentido horário do relógio.
Além destes sinais locais podemos encontrar equimoses, feridas ou fissurites na mucosa
anorectal resultantes da cópula anal recente. A
pesquisa de semén na vítima deve ser feita antes de ter decorrido vinte quatro horas,
questionar a vítima se defecou ou não.
autor ou agressor deve-se pesquisar particulas de fezes no pénis, nos pêlos na região
púbica e peças de vestuário.
A prática deste género ou tipo de manifestação sexual em menores de dezasseis anos de
ambos os sexos, quer a vítima tenha ou não consentido configura um crime de atentado
ao pudor, e em individuos maiores de dezasseis anos só é crime se for contra a
vontadade ou sem o seu consentimento cm base no que vem plasmado no Código Penal.
5.3.Exame em casos de sexo por via vaginal
o objecto de exame é o hímen e a região vulvo-vaginal.
Hímen ou hímene
É uma membrana fibro-elástica situada à entrada da vagina, mais ou menos alta, tem
consistência variável e apresenta formas tão variadas que pode afirmar-se não haver
duas mulheres que tenham hímen igual, apresenta dois bordos o livre e o aderente.

Os hímenes dividem-se em típicos que são os mais frequentes, e atípicos menos


frequentes. Esta classificação baseia-se na forma ou desenho do orifício himeneal.

Hímenes típicos
(1)- hímen circular ou anular: é o que apresenta o bordo livre da membrana em

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forma circular central ou levemente excêntrico de forma circular.
(2)- hímen semilunar:é o que apresenta o bordo livre da membrana em forma de meia
lua na maioria dos casos de concavidade voltada para cima.
(3)-hímen labiado ou bilabiado: é o que apresenta o bordo livre da membrana em
forma de fenda vertical, podendo ser obíqua ou transversal.
Hímens atípicos: existem uma variedade de hímenes atípicos cujos bordos livres da
membrana têm formas diferentes tais como biperfurado, cribriforme, helicoidal, etc., o
imperfurado que necessita ser cirúrgicamente perfurado.
Hímen virgem: o estado de virgindade de um hímen é diagnosticado pela integridade
da membrana, isto é, quando não existe nenhuma solução de continuidade entre o
bordo livre e o bordo aderente.

Laceração traumática do hímen geralmente é completa, vai desde o bordo livre até ao
bordo aderente da membrana, os bordos são desiguais hímenes complacentes ou
elásticos, são os que permitem o coito sem se lacerar, cujas características foram já
descritas.
A cópula em meninas menores de seis anos é anatomicamente impossível, visto que o
ângulo sub-púbico é ainda mais agudo, formando uma verdadeira óssea.
Em meninas entre os seis e onze anos a cópula é possível, mas devido as dimensões e
desenvolvimento dos orgãos genitais serem reduzidas a penetração do pénis adulto
erecto provoca laceração do períneo ou do tabique recto-vaginal, lesões muito graves.
Em meninas depois dos doze anos ou púberes o coito só produz lesões no hímen e ou
ligeiras lesões genitais.
A pesquisa de semén no canal vaginal deve ser efectuada no fundo de saco de Douglas
num periodo que não exceda as quarenta oito horas, perguntar sempre a vítima se se
lavou.
No autor ou agressor pode-se pesquisar manchas das secreções vaginais no pénis, pêlos
púbicos, roupa interior e sobrado.
A prática deste género de manifestação sexual, cópula por via vaginal pode constituir
julagamos nós com base no que vem plasmado nos art. 391, 392, 393 do Código Penal
os seguintes crimes:
(1)- violação se a cópula vaginal for com uma mulher de idade igual ou inferior aos
doze anos.
(2)- violação se a mulher tiver idade superior a doze anos e a cópula vaginal for contra a

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vontade da vítima ou se ela estiver privada do uso da razão ou dos sentidos.
(3)- estupro se a cópula vaginal for com uma mulher maior doze e menor de dezoito
anos por meio de sedução, e deve-se provar que o desfloramento da vítima foi
provocado pelo autor ou então na mulher com hímen complacente quando está têm
sinais de cópula recente.

(4)- atentado ao pudor, se a cópula vaginal for com uma mulher menor de dezasseis
anos com o seu consentimento, que já tinha sinais de desfloramento não recente
provocado por outro individuo no momento do facto.

5.4. Exame em casos de outros coitos ectópicos ou outros tipos de manifestações


sexuais ou actos libidinoso.
os sinais que a vítima apresentar vai depender do tipo de sexo ectópico ou acto
libidinoso praticado, por exemplo sexo entre os seios podemos encontrar manchas de
sémen na região peitoral; auto ou heteromasturbação pode ou não deixar sinais, tais
como vulvovaginites traumáticas; presença de corpos ou objectos estranhos no ânus,
vagina e boca associado com lesões traumáticas nestas regiões; manhas nas peças do
vestuário,. etc.

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6. CONCLUSÃO

Em casos de suspeita de crimes sexual. O exame deve ser efetuado num gabinete ou
consultório médico, em ambiente adequado, para preservar a privacidade da vítima,
devidamente iluminado a luz natural ou artificial, com uma marquesa normal e
marquesa ginecológica, sempre na presença de um familiar ou representante legal, se for
da sua vontade.

O TMG deve ser auxiliado por uma enfermeira ou outro técnico de saúde,O exame
clínico deve ser completo, devendo ser observado o estado geral; o estado de
consciência; a orientação no tempo e no espaço; o estado psicológico,A vítima deve
estar completamente despida e em seguida descreve-se se o individuo examinado é ou
não púbere, de consistência física regular de acordo com a idade, avaliando o
desenvolvimento físico,A seguir a descrição se a vitima apresenta ou não lesões
traumáticas extra-genitais, dando particular atenção ao tipo de lesões de ataque a nível
da face, do pescoço (chupões), dos seios (escoriações a volta dos mamilos), das coxas e
nádegas (rubor, escoriações); lesões de defesa nos membros superiores (antebraço e
mãos) e de outras regiões do corpo, O TMG deverá precisar a ausência de lesões
traumáticas extra-genitais pois tipificariam outro tipo de crime.

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7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
 TEMAS DE MEDICINA LEGAL E SEGUROS
 Dr. ANTÓNIO EUGÉNIO ZACARIAS
 TRATADO DE MEDICINA LEGAL e TOXICOLOGÍA. J.A GISBERT
CALABUIG, SEXTA EDIÇÃO,2006.
 MEDICINA LEGAL, OITAVA EDIÇAO,GENIVAL VELOSO DE
FRANÇA

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